Mostrando postagens com marcador Chick Lit. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Chick Lit. Mostrar todas as postagens

Daisy Está na Cidade - Rachel Gibson

26 de maio de 2015

Lido em: Maio de 2015
Título: Daisy Está na Cidade - Lovett, Texas #1
Autora: Rachel Gibson
Editora: Jardim dos Livros/Geração Editorial
Gênero: Romance
Ano: 2015
Páginas: 416
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Daisy Lee Monroe está de volta a Lovett, Texas, e depois de muitos anos descobriu que pouca coisa mudou. Sua irmã continua uma louca e sua mãe ainda tem flamingos de plástico rosa no quintal. E Jackson Lamott Parrish, o bad boy que ela havia deixado para trás, ainda é tão sexy quanto antes. Ela gostaria de poder evitar este homem em particular, mas ela não pode. Daisy tem algo a dizer para Jackson, e ela não vai a lugar nenhum até que ele escute.
Jackson aprendeu a lição sobre Daisy da maneira mais difícil, e agora a única palavra que ele está interessado em ouvir dos lábios vermelhos de Daisy é um adeus. Mas ela está surgindo em toda parte, e ele não acredita em coincidência. Parece que a única maneira de mantê-la quieta é com a boca, mas beijar Daisy já foi sua ruína no passado. Ele é forte o suficiente para resistir a ela agora? Forte o suficiente para vê-la sair da sua vida novamente? Ele é forte o suficiente para fazê-la ficar?

Resenha: Daisy Está na Cidade é o primeiro volume da série Lovett, Texas, escrita pela autora Rachel Gibson. Não estranhem o fato de o primeiro livro ter sido lançado depois do segundo, Maluca por Você, até mesmo porque as histórias são independentes e tratam de personagens diferentes, só se passam no mesmo lugar.

Quinze anos se passaram após a saída de Daisy da cidadezinha de Lovett, mas agora ela está de volta, para resolver assuntos inacabados com Jack, com quem teve um romance intenso, porém secreto, quando ainda estudavam juntos. O relacionamento se mantinha em segredo pois Steven, que fazia parte do trio de melhores amigos dos dois, gostava de Daisy e eles não queriam magoá-lo. Porém, Jack sentiu uma enorme necessidade de ter seu próprio espaço ficando um tempo sozinho após ter perdido os pais num terrível acidente de carro e Daisy não aceitou que ele se fechasse dessa forma e quisesse distância dela, mesmo que só naquele momento. Ela, então, se casa com Steven e os dois vão embora da cidade deixando Jack arrasado, com a sensação de ter sido abandonado e traído pela garota que amava.

Mas agora, depois de todos esses anos, Steven morreu de câncer e Daisy precisa entregar a Jack uma carta escrita pelo falecido a fim de resolverem o que ficou mal entendido quando eles foram embora.
O problema é que Jack ainda guarda muito ressentimento depois de ter sido traído daquela forma e não tem o menor interesse em saber o que Daisy tem a lhe dizer... Mas ela não vai desistir e Jack não sabe se vai conseguir resistir diante de tanta insistência.

Narrado em terceira pessoa, a história é ricamente detalhada numa escrita muito fluída, cheia de humor e gostosa de se ler.
Daisy e Jack são muito parecidos. Ambos são resistentes e defendem suas opiniões de que tudo o que foi feito ou como agem em relação ao passado são coisas corretas. Jack se acha no direito de odiá-la por ter sido traído, enquanto Daisy acredita que o motivo que a levou a se casar com outro e ir embora é totalmente justificável e por isso o ódio de Jack não tem fundamento e ele tem que perdoá-la. E ela é teimosa em ficar no pé dele, e ele teima em não lhe dar ouvidos ou brechas pra qualquer tipo de conversa. A vontade é de pegar os dois e sacudi-los feito bonecos para chegarem logo num acordo.

O melhor é que as cenas em que estão juntos, por mais tensão que possam carregar, são equilibradas com boas doses de humor, algumas até bem tocantes e emocionantes, o que torna a história bem leve e divertida, mas ainda pelos pontos dignos de discussão. Acredito que as atitudes dos personagens são questionáveis e reflexivas, até mesmo a de Steven. Ele seria o "vilão" ou um herói por ter "roubado" a namorada do amigo? Por trás de cada atitude há motivos. Nem sempre esses motivos justificam certas ações, sendo melhores ou piores, mas nem tudo é feito com más intenções...
Daisy passa a impressão de ser muito egoísta, impulsiva e pode não agradar a alguns, mas levei em consideração que com pouca idade somos imaturos e fazemos coisas que sem sempre compreendemos, e antes tentar corrigir as coisas tarde do que deixar passar e não corrigirmos nunca. Daisy tem consciência de que Jack guarda rancor dela, mas também tem consciência de que se eles jamais poderiam ter um futuro juntos se ele não esquecer tudo e seguir em frente.

Jack foi um dos personagens mais bem construídos dos quais acompanhei. Tanto pelo fato de ele ser um gato lindo e sarado quanto pela personalidade, pois é alguém que me soou super natural, um homem de bem mas com seus defeitos, que sofreu desilusões e não soube lidar com isso, assim como muitas pessoas por aí. Além de, claro, ter a melhor pegada ever, deixando até um tal de Christian Grey chupando o dedo. O que, em nome de Deus, é esse homem?? Não vou entrar em detalhes sórdidos.. leiam e descubram, e delirem um pouco também...

Eu adorei Jack e a forma como foi retratado, um homem com a testosterona transbordando, muito macho, mas que tem que lidar o passado e isso, logo, mexe com seus sentimentos.
Enfim, como Jack trabalha numa oficina, o que não me agradou muito foram as descrições de modelos de carros, motores, carburadores e afins. Como não entendo nada disso, foram informações que, pra mim, foram insignificantes e desnecessárias.
Ainda assim, adorei a escrita da autora e fiquei admirada pelo romance contemporâneo e bem humorado, com personagens peculiares, intrigantes, com personalidade forte, e com toques bastante picantes e sensuais.

O trabalho gráfico do livro é impecável. A capa é uma graça pois realmente faz a referência de alguém voltando às suas origens. Os detalhes das margaridas também tem tudo a ver. A diagramação é simples, as páginas amarelas, a fonte é grande, assim como as margens, o que colabora com a leitura, e não encontrei erros de revisão.

A história me lembrou um pouco do filme "Doce Lar", em que a mocinha, já acostumada com outro tipo de vida proporcionada pela metrópole, volta a sua cidade natal e descobre que nada mudou, nem as pessoas e seus costumes malucos, mas, ainda assim, é algo que lhe causa estranhez. Mas mesmo com uma premissa que não é muito inovadora, a história tem um ótimo desenvolvimento e faz o leitor querer devorar cada capítulo a fim de saber qual é a grande revelação que Daisy tem a fazer, se Jack irá ceder ou não e, mesmo que previsível, como eles irão resolver suas enormes diferenças.
No final de tudo, ainda parei pra refletir sobre a questão do amor e do perdão, sobre como a raiva pode consumir uma pessoa fazendo com que se torne amarga, e como, às vezes, a pessoa impede a si própria de ser feliz por não ser capaz de perdoar ou por uma pedra em cima de algo, que mesmo impossível de se esquecer, não vale a pena se guardar. Ás vezes as coisas se resolvem com o simples gesto de ceder, de abrir mão do orgulho. Em vez de agir com a voz da razão, basta deixar o coração ter sua vez, mesmo que mais uma vez...

No Mundo da Luna - Carina Rissi

15 de maio de 2015

Lido em: Abril de 2015
Título: No Mundo da Luna
Autora: Carina Rissi
Editora: Verus
Gênero: Romance/Chick lit/Literatura Nacional
Ano: 2015
Páginas: 476
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: A vida de Luna está uma bagunça! O namorado a traiu com a vizinha, seu carro passa mais tempo na oficina do que com ela e seu chefe vive trocando seu nome.
Recém-formada em jornalismo, ela trabalha como recepcionista na renomada Fatos&Furos. Mas, em tempos de internet e notícias instantâneas, a revista enfrenta problemas e o quadro de jornalistas diminuiu drasticamente. É assim que a coluna do horóscopo semanal cai no colo dela. Embora não tenha a menor ideia de como fazer um mapa astral e não acredite em nenhum tipo de magia, Luna aceita o desafio sem pestanejar. Afinal, quão complicado pode ser criar um texto em que ninguém presta atenção?
Mas a garota nem desconsufia dos perigos que a aguardam e, entre muitas confusões, surge uma indesejada, porém irresistível paixão que vai abalar o seu mundo. O romance perfeito — não fosse com o homem errado. Sem saída, Luna terá que lutar com todas as forças contra a magia mais poderosa de todas, que até então ela desconhecia: o amor.

Resenha: No Mundo da Luna é um romance escrito pela autora nacional Carina Rissi e publicado pelo selo Verus do Grupo Editorial Record.
Luna é uma moça de 23 anos recém-formada em jornalismo e trabalha na  renomada revista Fatos&Furos.

Porém, a revista já não está no auge mais... Em tempos de internet e tecnologia ninguém mais compra impressos já que tudo é lido online. Luna sempre quis trabalhar na revista e ter sua própria coluna, mas Dante, o redator-chefe, a colocou como recepcionista para atender telefonemas e anotar recados e acabou se revelando um completo imbecil. Nem o nome da coitada ele acerta.
Traída pelo namorado, cheia de problemas e com um emprego ruim, ela não sabe mais o que fazer pra melhorar sua vida. Até que, durante uma reunião de pauta, Dante decidiu por falta de opção que Luna poderia substituir o antigo colunista responsável pelo Horóscopo e ela aceita o novo trabalho, afinal, escrever uma coluna, por mais bobinha que seja, é melhor que trabalhar na recepção.

Eis que Luna recorre a sua avó, que entende de misticismo e magia, lhe pedindo ajuda para fazer as previsões dos signos, mas, ao perceber que a neta queria fazer uso leviano desse poder, a adverte que não se deve brincar com essas coisas e nega ajuda. Luna não vê alternativa a não ser ir a uma loja mística e, após pechinchar, acaba comprando um baralho de tarô muito poderoso que pertenceu a uma cigana antiga. Ainda ignorando os avisos da avó, Luna começa a fazer leituras astrológicas, tirando 3 cartas do baralho e interpretando a sua maneira. Ela, então, usando o nome de Cigana Clara pra se indentificar, faz previsões para cada signo de forma descontraída e irreverente e isso além de chamar atenção dos leitores, faz a revista voltar a ser um sucesso, vendendo como nunca.

Ela continua sendo alertada pela avó, e também por Sabrina, sua melhor amiga, de que deve ter cautela ao lidar com magia, mas Luna não acredita nessas "bobagens" e ignora os conselhos delas.
Se aproximando de Viny, um fotógrafo freelancer da revista, e também de Dante, Luna começa a ficar dividida entre seus sentimentos e acaba caindo em tentação quando não deveria... Mas tudo parece indo de vento em poupa e Luna mal pode acreditar que sua vida, enfim, está dando certo, mas algumas mudanças começam a acontecer, os destinos das pessoas parecem mesmo estar em suas mãos, e talvez seja hora de repensar se Sabrina e sua avó têm razão.

O livro é narrado em primeira pessoa e a leitura é bem leve e fácil. A história é simples, água com açúcar e com vários toques de humor e, mesmo que clichê, é bem divertida, do tipo que faz a gente rir mesmo.
Luna tem pensamentos malucos mas representa muito bem uma jovem adulta recém formada que está "quase" pronta pra vida lá fora. Ela passa por altos perrengues e tem o sonho de se realizar numa área que gosta, esperando um futuro melhor. E talvez pelas dificuldades que enfrenta, muitas vezes ela demonstra ser alguém muito temperamental, confusa e, às vezes, infantil.

Dante faz o estilo "bonitinho mas ordinário". O cara demonstra ser um babaca mas ainda assim pode ser o cara dos sonhos de qualquer uma, desde que alguém seja a responsável por essa mudança, claro.
Senti que houve algumas situações e detalhes que acabaram não sendo tão importantes para o desenvolvimento da trama, situações cotidianas por exemplo, talvez para dar um toque mais real à vida da protagonista, mas que por não fazer muita diferença na história só engrossaram o livro. Até mesmo pela própria Luna, que é muito inconstante e muitas vezes imatura e sua confusão acabou me atingindo e me fazendo ficar confusa também. Quando ela e Dante estão juntos, por serem tão diferentes um do outro, sempre há brigas e discussões, muitas delas desnecessárias e até cansativas, que só prolongaram o enredo. E como se não bastasse as brigas, ainda há uma infantilidade sem tamanho quando esses dois começam a falar na língua do Z e do D (letras que substituem S e N) o que foi o cúmulo do ridículo. Os personagens não amadurecem com o desenrolar dos acontecimentos. É como se houvesse uma insistência em cima de algo que já sabemos e lá vem mais. Alguns personagens poderiam ter sido dispensados sem que fizesse diferença e o mais importante: do meio do livro pra lá me deparei com várias situações e cenas que não fizeram o menor sentido além de achar que foi uma grande encheção de linguiça. Talvez se essas páginas fossem enxugadas e/ou transformadas em um aprofundamento maior sobre a cultura cigana, já que há menção superficial sobre isso na história, eu teria aproveitado e curtido muito mais a leitura do livro.
Sobre as cenas mais quentes, gostei e acheis dignas, pois não foram escrachadas nem vulgares e um público mais jovem pode ler sem maiores problemas. A autora soube dosar muito bem o erotismo pra que fosse inserido à trama.

Uma coisa que acho interessante ressaltar é que, pelo menos ao levar o livro "Procura-se um Marido" em consideração (já que não li os demais), parece haver um tipo de fórmula pra esse tipo de romance da autora, e senti que tanto a trama quanto os personagens são muitíssimos parecidos. Protagonista destrambelhada com um emprego que começa lá de baixo querendo subir na vida, que vive um relacionamento de amor e ódio com um cara comprometido com o trabalho, enquanto vive recebendo conselhos de um parente cujo relacionamento tem um enorme significado sentimental e fraterno, conselhos estes que são ignorados solenemente. Fora as situações de "ação" extrema que, ao meu ver, são absurdas e não se encaixam em lugar nenhum. É como se a escrita ficasse estagnada numa zona de conforto e não saísse dela nunca mais. Esperei uma evolução que não aconteceu...

A capa é bonita com aplicações locais em verniz no título e na personagem. A diagramação é simples e as folhas amarelas. Os capítulos são curtos e alguns deles terminam com previsões astrológicas de Luna. A revisão está impecável.

O livro é muito bom, sim, até a metade pelo menos, mas depois parece perder o fio da meada e se torna arrastado. Até chegar ao desfecho da história, parece que se passou uma eternidade pra algo tão simples, mas não é de todo ruim.
Recomendo a leitura pra leitores menos exigentes, pra quem procura por um romance descontraído e despretensioso que, de certa forma, mostra que podemos encontrar o amor, por ironia do destino ou não, quando menos se espera.

Mamãe Walsh: Pequeno Dicionário da Família Walsh - Marian Keyes

12 de fevereiro de 2015

Lido em: Novembro de 2014
Título: Mamãe Walsh: Pequeno Dicionário da Família Walsh - Livro Extra
Autora: Marian Keyes
Editora: Bertrand Brasil
Gênero: Chick lit
Ano: 2014
Páginas: 160
Nota: ★★★★★
Sinopse: Cheio de humor, cheio de lágrimas, cheio de emoção e de vida. Depois de histórias que envolviam suas cinco filhas Claire, Margaret, Rachel, Anna e Helen , faltava um livro que trouxesse as palavras da matriarca de uma das famílias mais divertidas da literatura. Em Mamãe Walsh - Pequeno Dicionário da Família Walsh, Marian Keyes apresenta mais um exemplo que explica porque ela se tornou a maior escritora de chick-lit do planeta. A obra traz uma compilação de expressões que fazem o leitor compreender ainda melhor essa inusitada família. Em cada uma delas, a chefe do clã narra acontecimentos que ilustram o tema, como H de Homens de verdade, em que ela conta as aventuras com grandes exemplares do sexo masculino; ou C de Cozinha, com histórias sobre o dom culinário dos Walsh. Mamãe Walsh produzirá no leitor lembranças de cada um dos títulos anteriores de Marian, de Melancia a Chá de sumiço, causando identificação instantânea: quem nunca passou por situações loucas na vida? Um livro que convida todos a se divertirem mais uma vez com esses incríveis personagens. São páginas repletas de humor e sagacidade, como somente Marian Keyes é capaz de escrever.

Resenha: Para os fãs da família mais maluca da literatura estrangeira, eis que Marian Keys presenteou suas leitoras com um "pequeno dicionário" que serve como um extra para a série da Família Walsh, mas dessa vez pelos olhos da matriarca da família. Trata-se de uma série de termos conhecidos na família que vão de A a Z seguidos por uma breve explicação do que se trata em que mamãe Walsh descreve situações cômicas e muito hilárias com o famoso bom humor e sacadas engraçadas e bastante rotineiras que a autora usa e abusa em seus livros.

Acredito que pela quantidade de páginas, o livro não segue o mesmo padrão de tamanho dos livros anteriores, talvez por ser um bônus para a série. As páginas são brancas e a diagramação é simples e não encontrei erros na revisão. Mesmo com poucas páginas, mamãe Walsh consegue passar com uma naturalidade super peculiar um pouco mais de quem ela é, de onde veio, como conheceu o marido, como lidou com a adolescência das filhas - afinal, não é nada fácil ter cinco filhas mulheres com personalidades diferentes -, por que em sua casa só se encontra comida congelada e por aí vai. É possível relembrar das situações malucas mencionadas nos demais livros da série envolvendo suas filhas, porém, pelo ponto de vista de mamãe Walsh, e de quebra ainda saber como estão e por onde andam as personagens tão queridas que emocionaram e arrancaram gargalhadas das fãs da série.
O que me fez gostar muito mais desse livro é que, além de rir muito das situações em que a protagonista da vez se mete ou das impressões que tem sobre alguma coisa, Marian Keys retrata com realidade uma família tradicional, mesmo que muito maluca, fazendo com que as personagens estejam tão próximas a ponto de nós, leitoras, conseguirmos nos identificar com alguma delas, com um pensamento que tiveram ou com uma situação das quais se encontraram, mas no caso de mamãe Walsh, fica bem mais evidente de como uma "senhora de idade" ainda pode conservar seu espírito jovem intacto, mantendo o bom humor, a praticidade, a sagacidade e, além de tudo, a esperteza para saber lidar com qualquer tipo de situação que a vida - junto com o marido e suas filhas malucas - lhe impõe.

Para os fãs da série, é um livro de leitura obrigatória. A nostalgia que ele causa é imensa, e a vontade de reler os livros anteriores é praticamente inevitável!

Loucamente Sua - Rachel Gibson

8 de janeiro de 2015

Título: Loucamente Sua - Truly, Idaho #1
Autora: Rachel Gibson
Editora: Jardim dos Livros
Gênero: Romance/Chick-lit
Ano: 2012
Páginas: 344
Nota: ★★★★★
Sinopse: De volta à sua cidadezinha para atender ao funeral do seu padrasto Henry, a bela cabeleireira Delaney é surpreendida com uma cláusula do testamento dele: se quiser receber a sua herança, ela deverá permanecer um ano inteiro na cidade e não ter "contato sexual" algum com o bad boy Nick, filho bastardo de Henry. Acontece que, dez anos antes, ela e Nick viveram uma paixão, e embora ele seja um mulherengo incorrigível, a proximidade de ambos reacende a antiga chama. Será Delaney capaz de resistir ao motoqueiro de conversa fiada?

Resenha: Loucamente sua é o primeiro livro da série Truly, Idaho, escrito pela autora Rachel Gibson e publicado no Brasil pelo selo Jardim de Livros da Geração Editorial.
Após o falecimento de seu padrasto, Delaney volta para a cidade natal com o intuído de apenas ir ao funeral, pegar sua parte na herança e voltar. Mas ela não esperava que uma cláusula no testamento do falecido a instituía a ficar um ano morando na cidade pra só depois ter sua parte da herança. E comos e não bastasse, há um outro pequeno detalhe na cláusula: ela não pode - e nem deve - se envolver com Nick...
Delaney quer sua parte da herança, mas o passado ainda é vivido, e ela teme não conseguir ficar longe dele...
Nick é bastardo, nascido em uma época em que havia muito preconceito. Seu pai (o falecido padrasto de Delayne) não o reconhecia como filho. Nick tentou de todas as maneiras conseguir atenção e reconhecimento da parte do pai mas só conseguiu quando ele soube que sua esposa, a mãe de Delaney, não poderia ter filhos.
Com a morte dele, Nick recebe sua parte na herança, mas também consta na clausula que ele deve se manter longe de Delaney e não fazer sexo com ela. Será que isso vai dar certo?

A autora fez deste romance um ensinamento, pois ela retrata uma época onde havia preconceitos, entre americanos e mexicanos, colocando até algumas reflexões para o leitor, como o reconhecimento e a procura de amor, tanto da parte de casal quanto da parte da família, e isso vindo de ambas as partes no que diz respeito aos personagens.
A história retrata o passado de forma a explicar os acontecimentos da historia, o que fará muitas leitoras suspirarem e morrerem de amores.
Um romance bastante clichê, confesso, com personagens de personalidade forte e decidida, o que pode até causar certa irritação no leitor, principalmente com as cenas sensuais, dosadas na medida certa, mas com muita frustração sexual que rola entre os personagens.
Os personagens secundários só serviram para dar uma movimentação na história, mas não tiveram muito destaque.

A narrativa é feita em terceira pessoa, a diagramação é simples, com fontes no tamanho tradicional e folhas amareladas. A revisão deixou um pouco a desejar... encontrei alguns erros, mas acredito que a história supera esse ponto negativo. A capa é linda, combina com as capas dos outros livros da autora, mas esta foi muito bem bolada e cheia de significado. Ao final da leitura o leitor vai entender e achar genial.
Para quem esta a procura de um romance leve e recheado de diversão, este livro é a leitura ideal.

Maluca Por Você - Rachel Gibson

7 de janeiro de 2015

Título:
Maluca Por Você - Lovett, Texas#2
Autora: Rachel Gibson
Editora: Jardim dos Livros/Geração Editorial
Gênero:Romance/Chick-lit
Ano: 2014
Páginas: 113
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Um charmoso policial acaba de chegar à cidadezinha de Lovett, no Texas. Seu nome é Tucker Matthews. Tudo o que ele quer é um pouco de sossego e um lar pra chamar de seu. Seu e de Pinky, sua gatinha de estimação, deixada com ele por uma ex-namorada louca. Mas parece que Tucker tem sorte (ou azar) para mulheres doidas. Sua nova vizinha é ninguém menos que Lily Brooks, ou, a Maluca Lily Darlington, famosa na cidade pelos excessos do passado, como quando entrou com o carro dentro do escritório do ex-marido cretino. Fofocas à parte, Tucker não imaginou que no lugar da suposta barraqueira fosse conhecer uma baita mulher em seus trinta e oito anos, linda, inteligente, sexy e engraçada, que irá virar sua cabeça do avesso. Maluca por você é um romance apimentando e divertidíssimo! Você não vai conseguir parar de ler!

Resenha: Maluca por Você é o segundo volume da série Lovett, Texas escrito pela autora Rachel Gibson e lançado no Brasil pelo selo Jardim dos Livros da Geração Editorial. Não estranhem que o volume 2 tenha sido lançado primeiro, até mesmo porque as histórias são independentes, contando a história de personagens diferentes, tendo em comum apenas que todas se passam em Lovett, no Texas.

Narrado em terceira pessoa, conhecemos a historia de amor de Tucker e Lily.
Tucker, após servir ao exército e ter levado um tiro, decidiu viver em uma cidade no Texas como policial. Porém ele não contava que teria uma vizinha um tanto peculiar.
Lily, na sua juventude, cometeu atrocidades que a levaram a ser conhecida como “A Maluca”. Depois de seu casamento ter terminado e sofrido muito – além de cometer maluquices – ela decidiu que era tempo de se dedicar aos cuidados de seu filho, decidindo não ter mais nenhum homem para atrapalhar sua vida.
Mas a “vida” em si pregou peças e colocou esses dois um de frente ao outro, nascendo ali uma atração da qual Lily tenta escapar enquanto Tucker tenta provar que é merecedor, assim como ela.

Mesmo que possua poucas páginas, é um livro que traz um romance bem leve e é recheado de bom humor. O que não funcionou muito pra mim é que vários pontos não foram muito aprofundados e trabalhados, como o passado de Tucker ou o quê, de fato, levou Lili a fazer tantas loucuras em sua vida. A história é muito boa, bem desenvolvida e com um ciclo fechado (começo, meio e fim) mas deixa aquele gostinho de quero mais, aquela vontade de saber mais sobre os personagens para entender melhor o que se passa com eles.

Pela falta de maiores explicações, acho que o romance foi muito rápido, corrido e soou meio forçado pra mim. Acho que não dá pra comparar muito com os outros livros da autora.
Maluca por Você é um chick-lit com romance curto e previsível, e a leitura, apesar de superficial, é bem leve e divertida e recomendo para aqueles que querem passar um tempinho com uma história que vai direto ao ponto.

A Noiva é Tamanho 42 - Meg Cabot

20 de dezembro de 2014

Lido em: Dezembro de 2014
Título: A Noiva é Tamanho 42 - Mistérios de Heather Wells #5
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Mistério/Chick Lit
Ano: 2014
Páginas: 400
Nota: ★★★★★
Sinopse: Heather Wells parece mais familiarizada com pistolas e escroques do que com convites e madrinhas, mas nem por isso vai deixar o dia mais importante da sua vida passar em branco. Mas, bem quando estão preparando a celebração de sua união com Cooper Carwright, Jasmine, uma das novas assistentes de residentes, bate as botas. A causa da morte, segundo os laudos, é asma, mas parece que há algo de esquisito por trás desse caso...

Resenha: A Noiva é Tamanho 42 é o quinto e último volume da série Mistérios de Heather Wells, escrita pela autora diva Meg Cabot e lançado no Brasil pela Galera Record.
Por ser o último volume, a resenha pode ter spoiler de volumes anteriores.
Resumindo a história geral, Heather é uma ex estrela da música pop que chegou ao fundo do poço, perdeu tudo o que tinha, inclusive o namorado que a traiu, teve sua grana roubada pela sua própria mãe e o que lhe restou foi trabalhar para seu ex cunhado por quem ela nutria uma paixão platônica e aceitar morar de favor. Pela conveniência, ela também passou a trabalhar num conjunto residencial para universitários, o problema é que vários assassinatos começaram a acontecer e Heather começou a investigar os ocorridos a fim de solucionar os casos. Cada volume se destina a um mistério diferente que independe do outro, mas como os personagens evoluem e suas histórias são contadas de forma gradual e cronológica, os livros devem ser lidos em ordem para um melhor entendimento.

Heather Wells está de volta e, enfim, de casamento marcado com Cooper. Tudo bem que seu trabalho exige muito de sua atenção, afinal, ela agora é diretora-assistente do dormitório do conjunto residencial Fischer, mas entre seu trabalho e a preocupação com todos os preparativos do casamento, Heather ainda precisa lidar com o que se tornou um hábito no alojamento: algum infeliz sempre morre...

Dessa vez, a nova assistente dos residentes, Jasmine, foi encontrada morta depois de sofrer um suposto ataque de asma, mas, claro, Heather não se convenceu de que essa foi a verdadeira causa da morte e sua intuição lhe diz para investigar melhor o que de fato ocorreu...

Em meio a investigação e aos preparativos do casório, Heather ainda precisa dedicar atenção ao RMI (Residente Muito Importante) recém chegado ao conjunto residencial: o príncipe herdeiro Rashid Ashraf bin Zayed Faisal, ou como gosta de ser chamado, Shiraz. Seu pai doou alguns milhões para a universidade para que ele pudesse se formar, mas o príncipe parece gostar de farrear e milhões de garotas querem tentar fisgar esse pedaço de mau caminho.
Parece muita coisa para Heather ter que lidar, até que sua mãe, aquela mesma que a roubou e fugiu com seu agente a deixando na pior, resolveu dar as caras... E agora?

A história é narrada em primeira pessoa e é claramente perceptível o quanto Heather cresce se a compararmos com a moça que não parava de delirar por comida no primeiro livro. A Noiva é Tamanho 42 traz uma história muito mais adulta do que os livros anteriores devido ao quanto Heather e Cooper se relacionam sexualmente e aos temas mais sérios que aborda, como abuso doméstico e assédio sexual, mas que são tratados de uma forma bastante satisfatória.
A mistério sobre a morte de Jasmine também foi muito bem conduzido e bem trabalhado, e só tenho que elogiar a espirituosidade com que Meg Cabot escreve e sua forma de criar personagens incrivelmente realistas, pelo menos para essa série em especial que com esse último livro se tornou uma de minhas favoritas. A medida que a história se desenrola o mistério vai se desvendando lentamente e dessa vez a verdadeira identidade do assassino e o motivo que o leva isso é uma verdadeira surpresa. Não é mesmo quem esperei...

Cooper, com seu instinto protetor, não deixa de avisar Heather a não meter o nariz onde não é chamada, mas depois de acompanhá-la por tantos assassinatos misteriosos, fica óbvio que não se trata somente de um dom, mas sim de que ela realmente se preocupa com os estudantes e com o bem estar de todos e seu envolvimento não é por mero acaso... Por mais que o casamento esteja próximo, ele não é o foco da história, então não espere por um romance meloso com uma maluca 100% interessada e preocupada com os preparativos. Por mais que seja importante, o mistério, assim como a trama acerca dos problemas da universidade, são os fatores principais e Heather, mais do que ninguém, sabe a importância de cada coisa em sua vida. Ela é aquele tipo de pessoa que sempre coloca os outros a quem se importa em primeiro lugar e foi impossível não me identificar com ela.
Um ponto que achei muito adequado foi a questão do ex namorado, o impagável Jordan. Neste livro ele não teve espaço, mal apareceu, e acredito que seja para deixar claro que é um fato na vida de Heather que ficou pra trás, que teve fim, que não faz mais parte da vida dela, ela vive o agora e se preocupa com o futuro, e o que passou, passou. Ja a questão do retorno de sua mãe é algo um pouco mais delicado...

Uma coisa que adorei foi o pequeno crossover que a autora embutiu na historia que com certeza irá agradar os fãs da autora e de suas séries: Lizzie Nichols é a responsável pelo vestido de noiva de Heather *o*
Quem conhece a trilogia Rainha da Fofoca (uma das minhas favoritas ♥) vai morrer de amores e empolgação ao ver Lizzie fazendo uma pontinha quando Heather entra em sua loja procurando um modelo de vestido vintage, a sua especialidade. Foi simplesmente genial! ♥
A grande maioria dos personagens secundários tiveram um papel tão importante quanto os principais, pois através de suas atitudes de sempre estarem ao lado de Heather, ficou claro como a amizade, quando é verdadeira, é importante e como deveria ser, de fato.
Confesso que não gostava de Cooper quando comecei a acompanhar a série, mas mudei de ideia ao fim desse livro... O amor sem limites e o que ele é capaz de fazer por ela é algo que com certeza despertaria inveja em qualquer um.

Sobre a parte impressa, a diagramação é simples, segue o mesmo padrão dos livros anteriores em que cada capítulo se inicia com alguma nota, bilhete, notícia, algo escrito por Heather ou até uma receita. As páginas são amareladas (diferente dos três primeiros volumes em que as páginas são brancas) e não encontrei erros na revisão. A capa com esse tom de rosa bebê com o vestido vintage na capa deu um toque super delicado ao livro.

Aos leitores que procuram por uma história mais adulta da autora, envolvendo crimes com um toque de humor e romance, Mistérios de Heather Wells é uma ótima pedida que me surpreendeu e superou todas as minhas expectativas. A Noiva é Tamanho 42 é, de longe, o melhor de todos os livros da série.

Quero ser Vintage - Lindsey Leavitt

4 de dezembro de 2014

Lido em: Novembro de 2014
Título: Quero ser Vintage
Autora: Lindsey Leavitt
Editora: Benvirá
Gênero: Juvenil/Chick lit
Ano: 2014
Páginas: 286
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Depois de descobrir que foi traída virtualmente, Mallory não pensou duas vezes antes de xingar Jeremy em uma rede social e sumir do mapa. Ela decidiu ser totalmente vintage e viver com sua avó quando era adolescente, nos anos sessenta, época em que as relações iam além da superficialidade das redes sociais.
Mas Mallory não imaginava que viver sem tecnologia seria tão difícil. Como fazer as pesquisas da escola sem internet? Como esquentar um lanche sem a praticidade do micro-ondas? Como falar com as amigas sem mensagens do celular ou e-mail?

Resenha: Quero ser Vintage é um chick lit juvenil escrito pela autora Lindsey Leavitt e publicado no Brasil pela Benvirá.
O livro conta a história de Mallory, uma adolescente de 16 anos que namora Jeremy há 1 ano até descobrir que o rapaz andava mantendo uma "segunda vida" com direito a casa e esposa no Authentic Life, um game online (estilo Second Life/The Sims) da rede social bastante popular, Friendspace. O problema é que Jeremy realmente conversava com essa garota por fora do jogo, trocando juras de amor por emails e tudo mais, e Mallory entendeu aquilo como uma baita traição.

Mallory sumiu da vista do namorado e a repercussão do término desse namoro não foi das melhores visto que o bafafá na rede social fez com que ela parecesse a errada da história, enquanto Jeremy deixava emoticons felizes pra comentários de gente que ela nem sabe quem é a xingando sem saber o que realmente aconteceu. Mallory fica louca de raiva de ver como a internet pode ser injusta e cruel.
Até que um dia, ajudando o pai a procurar artigos valiosos e antiguidades nas tralhas da avó, Mallory encontra uma lista e acredita que se a velha conseguiu se dar bem sem qualquer tipo de aparato tecnológico, que ela também poderia "voltar no tempo" e viver da mesma forma, sem se preocupar com intrigas e oposições que sempre acontecem nas redes sociais. Pra que celular? Pra que computador? Em 1962 não existia internet e as pessoas se relacionavam e viviam normalmente sem se preocupar com esse tipo de coisa. Mallory decide levar uma vida mais simples mas não imaginava que viver uma vida vintage/medieval, sem a "traidora" tecnologia, é mais difícil do que ela imaginou. Mas ela está determinada a conseguir...

Narrado em primeira pessoa de forma bem fácil bem humorada e fluída, o livro não foca totalmente do estilo e cultura vintage dos anos 60, mas sim de uma garota que após ter tido uma decepção amorosa, usa o tema como válvula de escape para dar uma alavancada na vida e seguir em frente. Na capa ainda consta uma nota da autora Meg Cabot, e logo imaginei a trilogia "Rainha da Fofoca" em que a personagem segue o estilo vintage ao se vestir e me empolguei bastante, mas que fique claro que uma história não tem nada a ver com a outra.

Mallory é uma garota que, mesmo determinada, age por impulso e nem sempre mede as consequências dos seus atos, e Ginnie, sua irmã mais nova meio que fica responsável por guiá-la no caminho da razão já que é mais inteligente. Ela leva a vida organizando tarefas e pensamentos em forma de lista (que iniciam os capítulos), e a diagramação para essas listas é diferente da narrativa como forma de destaque, muito bem humoradas, e como forma de superar o ocorrido com o namorado, Mallory arranjou essa lista da avó para ter com o que gastar seu tempo, mesmo que na lista conste itens que já não existem na atualidade... Mas Mallory dá um jeito, claro.

Sobre a parte física, a capa é uma graça, a fonte tem um tamanho agradável, as páginas são amareladas e durante a leitura encontrei uns poucos erros da revisão.

Por mais fictícia que a história seja, os personagens são bem construídos com personalidades, pensamentos e comportamento dignos de qualquer pessoa, e por esse motivo a história se torna bastante crível e próxima, como se fosse uma situação que pudesse acontecer com qualquer um de nós, ainda mais quando ela encontra Oliver, primo de seu ex... Ele acaba ajudando a garota em seus objetivos, lhe respeita, lhe dá espaço, e as conversas que eles tem é o que foi um ponto positivo nesse "relacionamento" pois diferente de Jeremy, Oliver parece realmente entender Mallory...
O relacionamento familiar também é muito interessante pois a autora explora, mesmo que não tenha tanta profundidade, os vínculos entre as gerações e a complexidade do relacionamento que cada familiar tem com o próximo.

O fator "falta de tecnologia" nos faz refletir sobre como nossas próprias vidas caminham, tão dependentes da modernidade. Quem não se sente pelado ao sair de casa sem o celular? Mas mais importante que isso: será que no passado a vida era mais fácil e as coisas realmente eram flores e amores sem a tecnologia para atrapalhar?

Uma leitura divertida, doce e despretensiosa sobre a busca pelo autoconhecimento que é válida para todos. Recomendo muito!

Tamanho 42 e Pronta para Arrasar - Meg Cabot

13 de janeiro de 2014

Lido em: Dezembro de 2013
Título: Tamanho 42 e Pronta para Arrasar - Mistérios de Heather Wells #4
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Mistério/Chick Lit
Ano: 2013
Páginas: 400
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Neste quarto volume da série de Heather Wells, a protagonista vai precisar resolver mais um dos mistérios que parecem a perseguir. Tania Trace, a mais nova celebridade teen, está noiva do ex-namorado de Heather, Jordan Cartwright, e os dois ganham um reality show só para eles. O problema é que Tania resolveu gravar o programa em um dos alojamentos da faculdade de Nova York, mais especificamente aquele onde Heather trabalha, e acidentes suspeitos começam a acontecer. Agora Heather vai precisar descobrir quem está por trás disso antes que algo pior aconteça.
Resenha: Tamanho 42 e Pronta para Arrasar é o 4º volume da série Mistérios de Heather Wells, escrita por Meg Cabot e lançada pela Galera Record.
Nos volumes anteriores, Heather descobriu que tem o dom da investigação, e aproveitando que seu local de trabalho se transformou no "alojamento da morte", ela poderia colocar esse dom em prática ao mesmo tempo que delirava por comida e alimentava uma paixão platônica por seu senhorio e ex futuro cunhado, Cooper.

Dessa vez, Jordan (o ex noivo de Heather e irmão de Cooper) e Tania (a bonitona com quem Jordan traiu Heather) estão juntos e esperando um bebê, e por serem o maior sucesso em meio às celebridades teen, ganharam um reality show, e o local escolhido para as gravações foi o alojamento da faculdade. O problema é que em meio aos funcionários, estudantes e a um grupo de dezenas de fãs adolescentes que estão ocupando os dormitórios para "povoar" o cenário, eventos estranhos e acidentes suspeitos que parecem estar em volta de Tania começam a acontecer e alguém acaba morrendo... E Heather, mais uma vez, embarca nesse mistério para tentar descobrir quem é o responsável antes que a possível vítima, Tania, sofra com o pior. E em meio a confusão, tenta encobrir seu noivado com Cooper para manter o assunto longe do olhar dos curiosos...

Apesar de não ser minha série favorita da Meg Cabot, Mistérios de Heather Wells me agrada por sempre ter uma narrativa fluída e uma protagonista que tem personalidade e atitude, mesmo que às vezes ela viaje na maionese quando o assunto é Cooper. Porém, neste 4º volume, senti que a história deu muito mais destaque para Tania do que para a própria Heather, principalmente porque agora ela, enfim, está noiva de Cooper. Não sei se é pelo tempo que se passou quando li os 3 primeiros livros, (e isso é um problema quando os livros de uma série demoram séculos para serem publicados em vez de terem um tempo menor de intervalo porque a impressão que dá é que o próprio autor se perde na história sem saber como dar a continuidade que os leitores esperam) mas até então pensei que Tania fosse só um tipo de "intrusa" que teve o papel de separar Heather do noivo para que ela pudesse dar um rumo em sua vida até que foi parar no alojamento, e depois acabou ficando na vida de Jordan, como se tivesse caído de paraquedas, mas é possível perceber que Tania tem muito mais segredos e importância do que imaginei. Antes Tania era uma modelo, agora já é cantora com um vozeirão que desbanca até Mariah Carey desde os primórdios e não lembro disso nos outros livros...

Enfim... descobrimos o motivo real de Tania ter se envolvido com Jordan e que apesar de ter sido "a outra" lá no primeiro livro, não fez nada com intenção de prejudicar Heather, mas, sim, buscando o que acreditava ser melhor para ela mesma, o que acaba não a colocando no papel de uma "vilã", mesmo que tenha sigo egoísta em não pensar nos envolvidos.
Jordan já não está hilário e impagável como nos livros anteriores, e parece que enfim tomou jeito agora que tem um relacionamento sério e que está na boca do povo.

E a história inteira praticamente se passa com Heather lidando com problemas que envolvem a fama de Tania e os mistérios em torno das coisas estranhas que acontecem no alojamento. Já seus delírios com comida, sacadas inteligentes e engraçadas, e até mesmo o relacionamento com Cooper que enfim alavancou, ficaram em segundo plano, e quando Tania revela seu maior segredo que tem tudo a ver com os acidentes que andam acontecendo, aí é que Heather perde sua vez mesmo.
Por um lado gostei de Jordan e Tania terem sido muito trabalhados pois antes eram personagens que apareciam vez ou outra, mas teria gostado mais se Heather e Cooper não tivessem perdido espaço para esses dois a essa altura do campeonato, depois de tantos obstáculos que enfrentaram até ficarem juntos e noivos, afinal, era o que Heather mais queria... O final não foi tão satisfatório pra mim, porque tudo foi descoberto e resolvido de uma vez só, então senti que a história toda se tornou um pouco enrolada pra ter um desfecho tão rápido.

A narrativa continua sendo em primeira pessoa e a leitura é bem divertida, fácil e fluída, só senti que devido ao destaque pro outro casal e a falta de uma morte exagerada e sanguinolenta para ser investigada, a história saiu do padrão dos livros anteriores. Os capítulos são curtos e sempre se iniciam com algum trecho de música composta por alguém, ou com avisos ou formulários da universidade orientando alunos ou quem quer que seja que queira entrar nas dependências.
A série terá ainda o 5º volume, "The Bride Wore Size 12", e provavelmente deve falar a respeito do noivado e os preparativos do casamento enquanto alguma morte medonha acontece, quem sabe, mas não faço ideia da previsão de lançamento dele aqui no Brasil. E pretendo ler pois é uma série bem bacana de se acompanhar.

Chá de Sumiço - Marian Keyes

3 de janeiro de 2014

Lido em: Dezembro de 2013
Título: Chá de Sumiço - Família Walsh #5
Autora: Marian Keyes
Editora: Bertrand
Gênero: Chick Lit
Ano: 2013
Páginas: 644
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Helen Walsh não vive um bom momento. O trabalho como detetive particular não vai bem, o apartamento foi tomado por falta de pagamento e um ex- namorado surge com uma proposta de trabalho: encontrar o desaparecido músico da Laddz, a boy band do momento. Precisando do dinheiro, ela se vê forçada a aceitar, o que causa uma confusão em sua cabeça ao conviver com o ex e precisar acalmar o atual namorado. Ao tentar seguir suas próprias regras, Helen será arrastada para o mundo complexo, perigoso e glamoroso do showbiz, percebendo que seu pior inimigo ainda está por surgir. Irresistível, comovente e muito engraçado, Chá de sumiço é diferente de todos os romances do gênero, e a protagonista – corajosa, vulnerável e dona de uma língua afiadíssima – é a heroína perfeita para os novos tempos.
Resenha: Chá de Sumiço é o 5º e último livro escrito por Marian Keyes acerca das irmãs da Família Walsh que começou com Melancia (contando a história de Claire), seguido por Férias (contando a história de Rachel), Los Angeles (Maggie) e Tem Alguém Aí? (Anna), todos lançados pela Bertrand. Em Chá de Sumiço temos Helen, a irmã caçula, como protagonista. No quarto livro da série, Tem Alguém Aí?, apesar de a história ser focada em Anna, Helen tem um papel super bacana onde inicia sua carreira no meio das investigações se tornando uma detetive particular hilária e que sempre se metia em confusões, e dessa vez, mesmo que alguns anos tenham se passado, ela continua trabalhando nesse ramo. Porém, a vida de Helen já não é mais toda aquela festa cheia de brincadeiras e curtições em que quase nada era levado a sério, e ela não está vivendo em nenhum mar de rosas. Problemas financeiros e dificuldades no trabalho são fatores que fizeram com que ela deixasse de ter condições de pagar o financiamento de seu apartamento e Helen teve que recorrer a casa dos pais para seu desgosto. Até que seu ex namorado, Jay Parker, aparece cheio de dinheiro lhe oferecendo um novo trabalho em que Helen teria que investigar o desaparecimento de Wayne Diffney, um dos integrantes da popular banda Laddz, e descobrir seu paradeiro. Helen apesar de relutar e achar que o trabalho seria a maior furada pois não confia nada em Jay, principalmente pela forma como o namoro deles terminou, acaba aceitando por causa da grana.

Helen já está num relacionamento ótimo com Artie, um cara mais maduro que também trabalha com investigações e já é pai de três filhos, mas o reaparecimento de Jay abala suas emoções, principalmente quando ela adentra pelo mundo da fama e se vê cercada de sujeira, e quando se dá conta de que está afundando na obscuridade da própria mente...

Vou ser sincera em assumir que depois de ter lido os quatro livros da família Walsh, a personagem que mais gostava era a Helen, então um livro só para ela era o que eu mais esperava e ansiava. Sarcástica, teimosa, maluca, sem educação, engraçada, bonita e despreocupada com a vida eram algumas das características que definiam Helen em suas aparições nos livros anteriores, mas em Chá de Sumiço, essa Helen não existe mais. Aqui nos deparamos com uma mulher que passou dos 30, bem mais madura e com problemas sérios de depressão e tendências suicidas super graves, que faz tratamento com psiquiatras e é dependente de remédios e mais remédios, além da Coca zero...

Quando me dei conta de que aquela Helen de quem eu era super fã, a ponto de colocá-la em primeiro lugar no hall dos meus personagens literários favoritos devido a sua personalidade e atitudes marcantes, tinha simplesmente sumido e sido substituída por outra totalmente diferente, me bateu aquela tristeza, e apesar de continuar lendo a história para saber como ela iria lidar com sua depressão ao mesmo tempo que investigava um desaparecimento, Chá de Sumiço não superou minhas expectativas como imaginei. O livro é bem escrito, a leitura flui maravilhosamente bem, apesar das mais de 600 páginas com capítulos curtos (71 capítulos + prólogo), a história poderia ter a mesma qualidade se contada de forma mais rápida, com menos detalhes e pensamentos repetitivos, como por exemplo, a insistência, que pra mim foi super irritante, de Helen sempre achar que está sendo aproveitadora usufruindo do conforto, da luz, da água e etc, e que deve repor todas as Cocas zero geladinhas que toma enquanto está na casa de Wayne investigando, como se estivesse roubando do cara.

A questão que envolve a resolução de um mistério chega a ser clichê, pois a investigação, como sempre, se arrasta por todo o livro em que todas as explicações são guardadas pro final. Juro que fiquei com vontade de pular as páginas pra saber logo o fim de tudo, o que raios tinha acontecido com Wayne e como ela daria jeito em todos os obstáculos que se deparou, mas me contive, e por um bom motivo: Marian Keyes é o tipo de autora que sabe lidar com temas fortes e ao mesmo tempo delicados, como é o caso do vício em drogas, o abandono, a morte, com a violência e afins, de uma forma muito natural e que não deixa o leitor abismado e em choque. Às vezes ela se estende além da conta deixando o livro mais grosso do que nunca, mas acredito que seja para poder frisar nos mínimos detalhes os pensamentos dos personagens que sofrem com algum dos problemas abordados de forma exaustiva, com intenção de passar para o leitor toda a emoção sentida no momento, como se quisesse que ele sentisse tudo aquilo na pele. E como pra mim "depressão" é um assunto delicado, mesmo que tenha alguns toques de humor e por mais natural que a história tenha sido narrada, ficar relembrando situações e pensamentos ruins através de um personagem fictício foi algo que me incomodou, principalmente porque nos livros anteriores Helen esbanjava alegria e maluquices por onde passava.

No mais, é um bom livro para quem quiser se aventurar num mistério sobre um sumiço bastante complexo que envolve muito mais coisas do que se pode imaginar, e principalmente, pra aqueles que querem saber mais sobre a depressão e como quem sofre com ela se vê um mundo sem cor e sem graça.

Tamanho Não Importa - Meg Cabot

29 de dezembro de 2013

Lido em: Dezembro de 2011
Título: Tamanho Não Importa - Mistérios de Heather Wells #3
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Mistério/Chick Lit
Ano: 2011
Páginas: 334
Nota: ★★★★☆
Sinopse: A ex estrela do pop Heather Wells não tem do que reclamar: seu pai finalmente vai se mudar do apartamento que ela divide com Cooper; ela arrumou um namorado que quer ajudá-la a emagrecer e as coisas no emprego de inspetora de alojamento na Universidade de Nova York vão... Bem, as coisas por lá continuam esquisitas como sempre. O Dr. Owen Broucho, diretor interino do alojamento Fischer Hall e seu terceiro chefe em menos de um ano, acaba de ser assassinado. Mais uma vez, Heather precisará usar seus excepcionais talentos de investigação se quiser livrar Sebastian Blumenthal, líder estudantil e principal suspeito do assassinato, de uma acusação aparentemente falsa.
Resenha: Tamanho Não Importa é o terceiro volume da série Mistérios de Heather Wells, escrita por Meg Cabot e lançado no Brasil pela Galera Record. Dessa vez, apesar de começar um relacionamento com o professor que aparece no livro anterior, Tad Tocco, Heather ainda nutre aquela paixão eterna e secreta por Cooper, seu senhorio lindo, galante e irmão de seu ex noivo.
Tad e Heather não parecem ser feitos um para o outro, pois o cara além de vegetariano, é um atleta nato, e está disposto a ajudar Heather a "tonificar seus músculos" com exercícios físicos, coisa que para ela é o fim. Mas, apesar de não combinarem, Heather se recusa a enxergar o que está diante de seu nariz e vai levando o namoro como dá.

Alan, o pai dela, está disposto a deixar o apartamento e se mudar, mas quer que Heather volte a cantar suas músicas pop para um público mais infantil.
E como o livro se trata de mistérios, mortes, sangue e essas coisas horrorosas das quais Heather não se vê livre mais, enquanto ela quase morria de cansaço pela rua afora numa corrida matinal com Tad, seu chefe odioso e diretor interino do "Alojamento da Morte", Owen Broucho, foi assassinado com um tiro que atravessou sua cabeça em sua sala no alojamento, e mesmo que todos a proíbam de se envolver, até mesmo Cooper, nossa heroína comilona apesar de considerar as orientações dele, não poderia ficar de fora dessa, claro... O principal suspeito de ter cometido esse crime foi Sebastian, um aluno que estava organizando uma manifestação reclamando por mais direitos aos funcionários que estudam na universidade. Heather decide provar sua inocência depois que Sarah, sua assistente e apaixonada por Sebastian, e Gavin a convencem a investigar, pois o rapaz jamais seria capaz de cometer tal atrocidade...

Primeiro uma estudante foi encontrada morta no poço do elevador em Tamanho 42 Não é Gorda, depois a cabeça de uma líder de torcida foi encontrada dentro de uma panela em Tamanho 44 Também Não é Gorda. Nos dois primeiros casos, Heather estava lá, pronta para investigar e descobrir tudo. Agora o chefe de Heather foi assassinado, e claro, ela está lá pra meter o bedelho onde não foi chamada mais uma vez e descobrir o que anda acontecendo, quem, quando e porquê. Apesar da história ser muito bem escrita e fluir bem, acaba se tornando algo bem repetitivo: morte + personagens engraçados + investigação para desvendar o caso + questões amorosas e "alimentícias". Apesar da história ser muito boa, talvez se os livros não forem lidos um atrás do outro, como eu li, não dê essa impressão tão clara de repetição. Heather continua hilária e Tad como seu namorado, acaba despertando um ciúme "involuntário" em Cooper, que havia sido bem cruel com Heather no livro anterior mesmo sabendo dos sentimentos dela (ódio que fiquei desse cara).

No mais, é uma história bem divertida que foi conduzida de forma bem leve e engraçada apesar do tema, e mesmo com um motivo maluco para a morte, assim como nos outros livros anteriores, recomendo muito, principalmente para provar que as pessoas (nesse caso o próprio Cooper) só dão valor e correm atrás do prejuízo quando existe a ideia da perda, ou da substituição... Talvez levando essa ideia em consideração, fiquei meio decepcionada com o final apesar de ser algo que muitas torceram para acontecer...

Para quem curte o gênero chick lit com personagens engraçados e cativantes, com uma boa dose de mistério e não se preocupa com as calorias das guloseimas, a leitura vale super a pena.
E que venha o quarto livro da série, Tamanho 42 e Pronta para Arrasar.

Tamanho 44 Também Não é Gorda - Meg Cabot

23 de dezembro de 2013

Lido em: Dezembro de 2011
Título: Tamanho 44 Também Não é Gorda - Mistérios de Heather Wells #2
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Mistério/Chick Lit
Ano: 2009
Páginas: 415
Nota: ★★★★☆
Sinopse: A ex-estrela pop Heather Wells está de volta, e como de costume vai se envolver em uma perigosa investigação. Ela é inspetora de um dormitório feminino da Universidade de Nova York, e está acostumada com festas e brincadeiras estranhas das estudantes.
Quando uma jovem aparece morta na cozinha do alojamento, Heather acha que pode ajudar, como já fez no passado. Mas quem está por trás desses assassinatos fará de tudo para se proteger e uma ex-celebridade gordinha não ficará no caminho do criminoso.
Resenha: Tamanho 44 Também Não é Gorda é o segundo volume da série Mistérios de Heather Wells, escrita por Meg Cabot, que dá continuidade ao Tamanho 42 Não é Gorda e à história de Heather Wells, a ex cantora de música pop, agora beirando os 29 anos, que após perder tudo, teve ajuda do seu ex futuro cunhado, Cooper, e foi trabalhar num alojamento estudantil, até que algumas estudantes começaram a aparecer mortas e ela resolveu dar uma de detetive para descobrir quem era o responsável pelos crimes pavorosos.

Heather não sente falta da vida de celebridade que tinha quando era adolescente e está super focada no trabalho, principalmente agora que descobriu que possui um incrível talento para a investigação, e, por "sorte", o alojamento onde trabalha parece atrair malucos interessados na criminalidade e assassinos, o que lhe dá muito o que fazer além de se preocupar com bagels, pizzas, cappuccinos e outras gostosuras, incluindo seus pensamentos que envolvem Cooper... Tom Snelling é seu novo chefe e Heather terá que se acostumar com ele, que chegou já num momento ruim, pois dessa vez a cabeça decepada de Lindsay Combs, uma líder de torcida super popular, foi encontrada dentro de uma panela na cozinha do alojamento, agora conhecido como "Dormitório da Morte", e o resto do corpo está desaparecido. E adivinhem quem irá entrar em cena para tentar descobrir quem é o assassino da vez?

Além da investigação, Heather se envolve em várias confusões, que vão desde sua recuperação em matemática onde ela precisa estudar para se formar (porque forjou o próprio currículo) até a abordagem sobre tráfico de drogas e rituais perversos entre membros das fraternidades do campus, que inclusive são filhos de pessoas influentes em Nova York.

A narrativa continua sendo em primeira pessoa e flui muito bem, e apesar de abordar alguns temas delicados e até pesados, é feita de forma como se não fosse algo a ser levado a sério, mas sim como algo cômico que faz parte de uma história divertida. Os capítulos se iniciam com trechos de músicas compostas por Heather durante a noite, algumas super malucas, outras bem "profundas", então dá pra perceber a diferença de pensamento entre as que ela cantava antigamente quando tinha o contrato com a gravadora que eram escritas por outras pessoas se comparado ao que ela escreve agora.

Meu pobre coração se despedaça
Como vidro quebrado
Respirar é difícil
Começo a tossir
Isto precisa acabar
Tem que chegar ao fim
Por acaso alguém sabe
Como desligar esta esteira?
"Na Academia"
Composta por Heather Wells
- pág. 75
A capa faz o mesmo estilo das capas de toda a série, são simples e de muito bom gosto. As páginas são brancas e a diagramação é simples. Encontrei alguns erros na revisão, mas nada que prejudicasse muito a leitura. E apesar do subtítulo, continuo considerando os títulos dos livros super nada a ver, pois passam outra ideia sobre a história.

Em Tamanho 44 Também Não é Gorda, Heather continua sendo uma heróina super inteligente, esperta e dedicada, sem deixar de lado seus devaneios por comida e sua paixonite pelo sedutor Cooper, que enfim agora sabe que a moça nutre sentimentos por ele. Porém acho que qualquer relacionamento, mesmo que demore volumes e mais volumes pra acontecer e engatar, tem que ter um interesse recíproco desde o início, e não vejo como Heather pode ter algo com Cooper mesmo que eles tivessem se aproximado mais dando a entender que ficariam juntos de uma vez por todas. E não, ainda não foi dessa vez e espero que não seja nunca... Pra ser sincera, torço pra que Heather encontre um outro tipo de cara, principalmente devido ao que acontece num diálogo entre os dois no final da história... Leiam pra tirar as próprias conclusões. Nem sempre o galã lindo, charmosão e irresistível obrigatoriamente tem que ser "O Cara".

Jordan, o ex noivo de Heather, é um personagem que por mais cafajeste que seja é um dos ingredientes para o sucesso da série. Neste volume o maluco está mais engraçado do que nunca, e apesar de estar de casamento marcado com a modelo com quem Heather o flagrou, parece estar sofrendo de algum tipo de crise existencial, então ele simplesmente não cansa de continuar insistindo em assediar a ex.

Já Gavin McGoren, é um personagem que apareceu no primeiro livro e era famoso por praticar surfe de elevador, e ele me agradou muito mais. Além de ter tido um espaço bem considerável na história, demonstrou ser um cara muito legal, ainda mais por demonstrar interesse em Heather. Sou "do contra" e torci pelo rapazinho ter uma chance com ela em vez de Cooper, assumo... Até que Tad Tocco surge na história e já me deixou com um ponto de interrogação pairando sobre minha cabeça pensando qual o motivo desse professor assistente ter aparecido assim, de mansinho...

Uma presença inesperada também aparece nesse volume: o pai de Heather, Alan, que estava preso desde o livro anterior por ter sigo pego sonegando impostos. De início parece que o cara é um oportunista folgado que quer se aproveitar da filha lhe pedindo um teto, mas depois vemos que não é bem assim... O relacionamento dele com a filha é muito bacana e deu um up na história. E por falar em personagens inesperados, é muito legal acompanhar o relacionamento que Heather desenvolve com Regie, o traficante. O cara é um marginal mas Heather sendo tão boa pessoa consegue se aproximar e conseguimos tirar proveito das conversas deles...

Enfim... apesar de o mistério não ter sido muito trabalhado a ponto de se arrastar até o final sendo possível prever quem é o assassino antes mesmo da revelação, e o toque de romantismo não ter muito enfoque, gostei mais do segundo volume devido ao comportamento dos personagens e o desenvolvimento deles na história que fluiu muito melhor e foi bem mais interessante, atrativa e menos enrolada.

Tamanho 42 Não é Gorda - Meg Cabot

Lido em: Dezembro de 2011
Título: Tamanho 42 Não é Gorda - Mistérios de Heather Wells #1
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Mistério/Chick Lit
Ano: 2006
Páginas: 412
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Heather Wells é uma cantora pop que chegou a um ponto nada desejado da carreira: o fundo do poço.
Nenhuma gravadora se interessa por suas músicas, ganhou peso e só entra em roupas tamanho 42, o pai está atrás das grades e a mãe fugiu para Buenos Aires com suas economias - e seu agente! Mas quando Heather arruma um trabalho de inspetora em uma faculdade, tudo muda... ou, pelo menos, é o que parece. Um crime inesperado leva-a a uma vida de aventuras e altas doses de adrenalina. Mas a vida de detetive é potencialmente perigosa e alguns riscos podem ser fatais.
Resenha: Tamanho 42 Não é Gorda é o primeiro volume da série Mistérios de Heather Wells, escrita pela diva Meg Cabot e lançado no Brasil pela Galera Record.

Heather Wells é uma loira de 28 anos que foi parar no fundo do poço. Ela fez um mega sucesso como cantora pop quando tinha seus 15 anos de idade, fazendo shows em shoppings e arrasando por onde ia com suas músicas descoladas, porém, perdeu seu contrato quando resolveu cantar suas próprias músicas em vez das compostas pela gravadora, e quando sua mãe decidiu meter a mão em todas as suas economias fugindo para Buenos Aires junto com seu agente. Como se isso não bastasse, seu noivo, Jordan, com quem namorava desde a adolescência, ainda foi pego no pulão a traindo.

Heather, sozinha, sem um tostão, com uns quilinhos a mais e sem ter para onde ir, consegue um emprego como "diretora-assistente" no alojamento Fisher, ou melhor, no conjunto residencial estudantil da Faculdade de Nova York, e lá está bem satisfeita, pois mora há dois minutos a pé do trabalho e tem benefícios, como comer de graça! E ela só tem onde morar por causa de Cooper, um detetive particular super gato, misterioso e só tendo como defeito ser irmão de Jordan, o traidor, que, por pena da garota, lhe ofereceu um quarto em troca de ela trabalhar pra ele como contadora.


Até que que num belo dia, Heather chega no trabalho e é surpreendida com a terrível notícia de que uma estudante, Elizabeth Kellogg, foi encontrada estirada no poço do elevador, toda quebrada e morta. De acordo com as investigações, a pobre Elizabeth sofreu um acidente quando estava brincando de surfe de elevador, mas Heather logo discorda, afinal, ela conhece as meninas do alojamento e além de elas não terem esse costume, esse é um esporte masculino. Ninguém dá ouvidos às teorias de Heather, nem quando outras mortes igualmente estranhas começam a serem descobertas, e ela não tem outra opção a não ser investigar por conta própria a fim de descobrir quem está por trás dessas mortes e porquê. E ela nem imagina que meter o nariz onde não foi chamada poderá colocá-la em perigo também...

Narrado em primeira pessoa, Tamanho 42 Não é Gorda é um livro bem leve e divertido, cheio de personagens super bem construídos e hilários que realmente conquistam o leitor. Heather é determinada, super engraçada com suas tiradas e seus pensamentos e devaneios envolvendo comida ou seu senhorio, Cooper, ou quando fica indignada, soltando comentários ácidos quando tem que lidar com os assédios de seu ex noivo. É o tipo de personagem forte, adulta (que realmente se comporta como tal), que sabe sair de qualquer situação com classe e estilo, e prova que quando se tem talento e determinação, se chega em qualquer lugar, até mesmo porque aparência ou peso não significam nada quando existe inteligência, desde que não falte as queridas e deliciosas guloseimas ♥.
Cooper faz o estilo galã, ovelha negra da família, e favorito do avô por ter sido o único a desejar a felicidade do velho que se assumiu como gay e apresentou seu namorado Jorge.

Jordan também fez sucesso como artista da boy band "Easy Street", e ao mesmo tempo em que o odiamos pelas desculpas esfarrapadas que dá por ter sido pego traindo Heather, como se ele não tivesse tido culpa nenhuma em estar com a cabeça de uma garota no meio de suas pernas, morremos de rir porque ele vive sendo confundido pelo investigador do caso como sendo um dos integrantes dos Backstreet Boys!

A leitura, assim como os outros livros da autora, flui muito bem e é super rápido de se ler, porém o romance acaba ganhando o mínimo de destaque devido ao mistério das mortes juntamente com as questões femininas de Heather que são os pontos mais aprofundados.

Uma das coisas que não me agrada muito nesse livro, e nos outros da série em si, é o título, pois pra quem não conhece, a primeira impressão é a de que se trata de autoajuda ou qualquer outra coisa que não tem a menor ligação com o tema "mistério e mortes". Algumas partes são repetitivas, então achei que a mesma história poderia ser contada mas com bem menos páginas, sem nenhuma interferência. E levando em consideração o desfecho, achei o motivo das mortes bem fútil, então não foi algo que me agradou 100%.

Sobre a parte física, eu acho a capa linda pela simplicidade. As folhas são brancas e as letras tem um tamanho ótimo. Cada início de capítulo trás um trecho de alguma música interpretada por Heather na época em que cantava, algumas super sensíveis, outras hilárias e absurdas. Diagramação simples mas muito bem feita.

Como se trata de série, o primeiro livro tem esse papel mais introdutório, mas ainda assim foi uma leitura super bacana apesar de alguns pontos negativos. Uma leitura leve e divertida que recomendo para os fãs do gênero e da autora.

Procura-se um Marido - Carina Rissi

26 de maio de 2013

Lido em: Maio de 2013
Título: Procura-se um Marido
Autora: Carina Rissi
Editora: Verus
Gênero: Romance/Chick lit/Literatura Nacional
Ano: 2012
Páginas: 474
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Alicia sabe curtir a vida. Já viajou o mundo, é inconsequente, adora uma balada e é louca pelo avô, um rico empresário, dono de um patrimônio incalculável e sua única família. Após a morte do avô, ela vê sua vida ruir com a abertura do testamento. Vô Narciso a excluiu da herança, alegando que a neta não tem maturidade suficiente para assumir seu império – a não ser, é claro, que esteja devidamente casada. Alicia se recusa a casar, está muito bem solteira e assim pretende permanecer. Então, decide burlar o testamento com um plano maluco e audacioso, colocando um anúncio no jornal em busca de um marido de aluguel. Diversos candidatos respondem ao anúncio, mas apenas um deles será capaz de fazer o coração de Alicia bater mais rápido, transformando sua vida de maneiras que ela jamais imaginou.
Resenha: Procura-se um Marido é o segundo sucesso da autora nacional Carina Rissi, lançado pela Verus Editora, selo do Grupo Editorial Record.
Alicia Moraes de Bragança e Lima (nome de gente hyka) é uma moça de 24 anos e foi criada pelo avô desde criança depois de ter perdido os pais, e a relação dos dois só pode ser resumida em "amor fraternal sem limites". Os dois têm uma ligação muito especial, se conhecem super bem, se entendem como ninguém, e, apesar de todo o dinheiro, um é o maior tesouro do outro, pois são os únicos da família que restaram. Vô Narciso é dono de um império de empresas cuja fortuna é incalculável, e Alicia aproveita a vida o máximo que pode, viajando pelo mundo, sem se preocupar com nada, já que o avô banca todas as suas despesas e a livra de todas as confusões que se mete.

Porém, depois de Alícia arranjar mais problemas com tantas curtições desenfreadas, mostrando que não tem um pingo de responsabilidade, seu avô ficou muito decepcionado...
Mas vô Narciso acaba morrendo devido a um aneurisma, e o que Alícia não esperava, era descobrir que, além de ter perdido o avô, ele havia incluído uma cláusula em seu testamento em que ela só poderia receber toda aquela fortuna sem fim depois de casada, numa tentativa maluca de fazer com que a garota tomasse juízo. Alícia, desesperada, se vê numa completa enrascada, pois o curador da herança, Clóvis, segue a risca tudo o que o avô deixou por escrito e não vai dar moleza para ela.

Alicia ficou sem dinheiro, sem cartão de crédito, teve que começar a trabalhar em uma das empresas do avô começando de um cargo baixo com um salário miserável e vergonhoso, precisou vender seu precioso carro para pagar o que devia, e, como tentativa de sair dessa vida cruel, bolou um plano mirabolante e resolveu colocar um anúncio no jornal procurando um marido de aluguel para, enfim, receber a herança e poder viver tranquilamente.

Depois de alguns mocorongos que se candidataram, eis que surge Max, um funcionário que trabalha na empresa do avô e que, mesmo sendo um gato gostosíssimo e inteligente, ela não suportava desde quando o conheceu, mas, o casamento de fachada ajudaria os dois em seus interesses, e Alicia embarca nessa se metendo em muitas confusões e descobrindo que um casamento de negócios era mais complicado do que ela imaginava, principalmente quando ela passa a conhecer Max melhor e descobre que seus sentimentos vão muito além do que ela pretendia...

Quando vi a capa de Procura-se um Marido, já fiquei desesperada pelo livro, e depois de ter lido algumas resenhas, minha curiosidade e ansiedade pra ler logo essa história que todos andavam falando tão bem, só aumentou. Devido a isso, coloquei muitas expectativas na leitura e não aguentava mais esperar para começar a ler logo e matar essa curiosidade.

Alícia é uma patricinha com a vida boa que perde tudo da noite pro dia e precisa consertar tudo, e ver a garota amadurecendo, aprendendo com os erros e demonstrando o potencial que tem foi uma coisa muito bacana de acompanhar. O relacionamento que tinha (e continua mantendo através de sonhos) com o avô é uma coisa muito bonita e me emocionei várias vezes por isso. Sua amizade com Mari também é algo muito bacana e bem construído, pois uma amiga de verdade, além de conhecer a outra e saber do que ela precisa, está ali pro que der e vier, independente da situação. Super ponto positivo pra esse tipo de amizade abordada aqui.

Mas apesar da história ser boa no geral, ter me arrancado algumas risadas, ter me prendido e me deixado bem empolgada no começo, ela não superou minhas expectativas, pois além de extremamente previsível, em todos os pontos, soou muito surreal, principalmente no que diz respeito a Max, e ao final a considerei fraca. São muitas páginas para uma história muito simples e com poucos personagens. Chegou a me lembrar os livros da Marian Keys, que apesar de muito bons, poderiam ser muito mais finos se não fosse pelos detalhes e acontecimentos desnecessários e que não fazem diferença nenhuma na história.

Max é o típico galã de novela que arranca suspiros por onde passa. É inteligente, rico, bonito, rico, gostoso, lindo, educado, rico, compreensível, sarado, olhos verdes penetrantes, fala mansa, rico, protetor, intelectual, forte, alto, lindo, rico... Um cara como ele não existe, definitivamente, e nem me atrevo a querer um pra mim... Acho que personagens, por mais fictícios e "perfeitos" que sejam, devem ter seus defeitos. Alícia sim me conquistou, pois ela tem defeitos e aprende com eles.

Há várias cenas que, pra mim, foram completamente irritantes e infantis em que os personagens ficam precipitando as coisas, sem esperar por explicações para o que viram ou ficaram sabendo, para só bem mais tarde aparecerem com uma desculpa boba para não terem dado ouvidos ao outro. E isso acontece com a família de Max ao saberem do casamento, o que foi uma tentativa de forçar um humor numa família supostamente maluca, mas que pra mim não teve graça; com Alícia, pois a menina é explosiva, inconstante e está amadurecendo aos poucos, e até pra pra relevar todas as suposições que ela tem; mas o pior foi com Max, pois tendo em vista que ele é um cara tão sabido, compreensível e maduro ao que tudo indica, essa é uma atitude que não combina com ele.

A pior personagem da história é Vanessa, pois é a típica vagabunda que botou na cabeça que deve conquistar Max e atrapalhar o casamento dele, e fica se submetendo a situações lamentáveis em que ela força cenas de amassos o atacando e fazendo de tudo pra prejudicar Alícia na empresa, mesmo sabendo que não tem a menor chance de conseguir nada. Personagens que existem pra atrapalhar, devem realmente atrapalhar, caso contrário, são descartáveis, inúteis, enchedores de linguiça... Essa ganhou a caveirinha odiosa, com louvor.

A história tem uma premissa bacana, é um chick lit que traz uma narrativa em primeira pessoa super fácil, simples e gostosa de se ler, mas só continuei lendo pra ver se tudo o que previ desde o início iria mesmo acontecer, e foi dito e feito.
A revisão é ótima, a capa é linda (já disse isso) e merece uma estrela exclusiva, a diagramação é simples e as folhas são amareladas, o que acabam contribuindo para nossa leitura, obrigada, Verus!
Eu gostei da escrita da autora, e devido aos nomes e alguns termos usados, ela evidencia que é um livro nacional. Mais um ponto positivo.

No geral considerei um livro bom, pois é um romance água com açúcar que vai agradar às mais sentimentais, que curtem uma história fácil e bem levinha, e que sonham e suspiram por um príncipe encantado...



Pobre Não Tem Sorte - Leila Rego

12 de agosto de 2012

Lido em: Agosto de 2012
Título: Pobre Não Tem Sorte
Autor: Leila Rego
Editora: All Print
Gênero: Chick Lit/Literatura Nacional
Ano: 2010
Páginas: 248
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Toda garota do interior sonha em se casar com o cara de seus sonhos, ter uma casinha, filhos e ser feliz até que a morte os separe, certo?
E se esse cara for lindo, rico, super fashion e divertido?
E se tal "casinha dos sonhos" for um mega apartamento no melhor bairro da cidade?
Uau! Mariana encontrou o cara perfeito e vai se casar com ele!
E nada de casinha! Isso é coisa de gente que pensa pequeno. Mariana vai ter o apartamento dos sonhos que já vem incluso no pacote: case com um homem rico e vá morar em grande estilo.
E quanto a filhos e ser feliz até que a morte os separe... Bem, ela ainda não pensou nesses detalhes. Afinal as prioridades vão para as coisas bem mais interessantes como, por exemplo, o vestido de noiva perfeito, o que o colunista vai dizer sobre o seu casamento no tablóide de domingo, o que as amigas e inimigas irão comentar, quem entrará na lista de convidados para sua despedida de solteira, etc.
Mas isso só dura até um dia em que Mariana... Bom, leiam o livro e descubram.

Resenha: Mariana é uma típica patricinha. Tem 26 anos e nos conta sobre sua jornada após ter ficado noiva de Eduardo, um cara super gato, inteligente, médico e o mais importante de tudo: muito rico! Sua vida gira em torno de status e agora que "acertou essa bolada" e vai se casar, está preocupada em se dedicar à reforma do apartamento recém comprado e aos preparativos do casamento e da festa, que devem ser perfeitos aos olhos da sociedade.

Só que como o próprio título do livro diz, "pobre não tem sorte"... Mariana não é rica, muito pelo contrário. Ela mora com os pais e a irmã mais nova na cidade de Prudente, interior de São Paulo, num apartamento minúsculo e sem graça. E isso pra ela é motivo de vergonha eterna.
Suas amigas ricas não podem nem sonhar onde ela mora ou que sua bolsa caríssima lhe custou meses de trabalho e um cartão de crédito estourado.
Mariana sempre tem desculpas para livrar a cara desse tipo de constrangimento e manter as aparências diante das amigas. E a proposta de casamento após um namoro de 7 longos anos, veio a calhar, pois assim não precisará mais fingir ou mentir.

Mariana então parte numa saga para deixar tudo do jeitinho que ela sonhou, sempre deixando claro que bom gosto, glamour, luxo e requinte são as coisas mais importantes da vida, e que se for preciso que pessoas saiam magoadas dessa história, tudo bem, desde que ela própria não perca a reputação que levou tanto tempo pra construir nem passe vergonha com revelações de sua origem.

Sim, é isso mesmo! Não é só impressão, não! Mariana não é má pessoa, mas é um dos maiores exemplos de futilidade e egoísmo que encontramos por aí! Ela é consumista, esbanja horrores, se endivida até o pescoço mas não perde a foto! E para minha imensa alegria, o livro não se resume a só isso! É aquele tipo de história que por mais antipatia que tomamos da personagem e por mais vontade que temos de lhe enfiar a mão na cara pra ver se ela acorda, queremos continuar lendo desesperadamente, torcendo para saber quando e como ela vai finalmente cair na real. Nunca torci tanto pela mudança de um personagem (para o próprio bem dela, claro) como torci por Mariana.

Muitas passagens do livro são bem hilárias, como as cenas onde Mariana bebe e esquece o que aconteceu e morre de desespero por não saber se deu algum bafão, e principalmente as cenas em que a sogra dela aparece. As duas tem aquela relação de ódio e rivalidade, mas tudo em silêncio para que Eduardo não fique entre a cruz e a espada. Ao mesmo tempo em que Mariana odeia a jararaca, que desde o início do namoro a despreza pois sabe que ela veio de uma família simples, ela a idolatra por ser uma mulher com ótimo gosto, super rica e glamourosa.
Ela também tem umas tiradas bem bacanas que me lembrou o personagem Caco Antíbes de Sái de Baixo, interpretado por Miguel Falabella. "Eu odeio pobre!" rsrsrsrs

Enfim, a leitura é em primeira pessoa e é bem leve e simples. É como se Mariana fosse uma conhecida nos contando o que ela acha ser certo enquanto ouvimos abestalhadas e incrédulas todos aqueles absurdos. E são tantos que não temos como não rir. Quem aqui não conhece alguém que se acha e vive de aparências quando na verdade não tem nem onde cair morto? Hahahahaha

Gostei do rumo que a história levou e Mariana é um grande exemplo de personagem que ensina os leitores a terem tolerância, pois ela é impossível com toda essa futilidade até cair na real. E o maior exemplo de todos, é que podemos aprender com nossos erros, desde que a vontade de mudar parta de nós mesmos.

Muito bacana e recomendo a leitura de Pobre Não Tem Sorte, o primeiro Chick Lit nacional que li! E as trapalhadas de Mariana continuam em Pobre Não Tem Sorte 2 - Alguma Coisa Acontece no Meu Coração.

Mordida - Meg Cabot

11 de julho de 2012

Lido em: Julho de 2012
Título: Mordida
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Sobrenatural/Romance
Ano: 2012
Páginas: 308
Nota: ★★★★☆
Sinopse: O poder especial de Meena Harper finalmente será valorizado. A Guarda Palatina - uma poderosa unidade secreta que caça demônios - a contratou para trabalhar na filial de Manhattan. A questão é: seu ex-namorado, Lucien Antonesco, é filho do Drácula e o príncipe da escuridão. Tudo bem, Meena decidiu que já chega de vampiros em sua vida... Ao menos até que consiga provar que, mesmo não tendo alma, os seres demoníacos não perderam a capacidade de amar.

Resenha: Mordida é a sequência de Insaciável e por isso essa resenha pode ter spoilers do primeiro livro!
A história, dividida em partes, se passa seis meses depois do que aconteceu em Insaciável. Cada parte é referente a um dia de ação, descobertas e mistérios a serem desvendados.
Tudo começa quando Meena, agora mais racional do que emocional, se encontra com seu ex namorado, David, e é atacada (e mordida) pelo moço. Ela se surpreende quando Lucien aparece do nada e a salva das garras (e das presas) de David. Sim, alguém o transformou em vampiro e ele resolveu fazer um lanchinho no meio da noite.
O que ele não esperava era que Meena, que agora trabalha para a Guarda Palatina usando seu dom de prever a morte das pessoas, não hesitaria em lhe enfiar uma estaca peito adentro...
Mas mesmo que Meena tenha criado coragem o suficiente para dar um fim em David, ela continua com aquela história de que todo mundo, até mesmo os vampiros endemoniados, tem um lado bom mesmo que não aparente, e acredita que tudo é uma questão de escolha.

A Guarda Palatina continua com a árdua tarefa de encontrar e capturar Lucien, que estava desaparecido desde o epísódio digno de caríssimos efeitos especiais caso fosse parar nas telinhas de cinema que arruinou a Catedral de St. George, e Alaric Wulf, o caçador de demônios arrogante, continua incumbido de caçá-lo.
Agora, as investigações estão sobre misteriosos desaparecimentos de turistas na cidade.

Meena também anda sonhando com um menino e sua mãe. Sonhos estranhos e misteriosos envolvendo um diário secreto. Posteriormente ela descobre a quem os sonhos se referem, porém, o mistério envolve muito mais do que ela imaginou. Intrigas e complôs fazem parte de toda a ação abordada na história.
Novos personagens e cenários são inseridos, como padres caçadores de vampiros e até mesmo o Brasil, com direito a Floresta Amazônica, Rio de Janeiro, favelas e tudo. Até os vampiros que vivem aqui são mais "marginais" do que os outros espalhados pelo mundo pra se ter noção.

A leitura flui pois tudo acontece muito rápido, e pelo livro ser dividido em partes que contam os dias consecutivos dos acontecimentos até o desfecho, que foi completamente inesperado, parece ser ainda mais rápido.

Mordida não tem o mesmo ritmo de leitura de Insaciável. Parece se tratar de outra história onde os personagens do primeiro livro caíram de paraquedas. Lucien agora anda se comportando de forma diferente e aparece bem menos do que eu gostaria. Meena, apesar de ainda amá-lo está muito mais racional e passa a ter novos conceitos agindo de forma diferente. Alaric agora aparece beeem mais e pra quem tinha tomado antipatia dele, pode mudar de ideia já que ele se mostra bem diferente do que o ogro que costumava ser. Só Jon continua com sua mansidão de eterno vida boa e conseguiu me arrancar algumas risadas hehehe. E claro, Jack Bauer, que jamais poderia ficar de fora de toda a confusão! :)

Enfim, eu gostei do final justamente por que eu nunca esperava que acontecesse o que aconteceu e da forma como aconteceu. Mesmo que a história tenha passado rápido e tomado um rumo bem diferente de quando começou em Insaciável. Outra coisa é que achei o título desse livro meio nada a ver, pois ele não bate com os acontecimentos da história e o desenrolar dela até o gran finale, mesmo que Meena tenha sido mordida por David.

Gosto da forma como a autora tem facilidade pra escrever sobre vários temas diferentes, em ritmos diferentes, conseguindo prender o leitor da mesma forma.
Se você leu Insciável, Mordida é a história que vai saciar sua curiosidade de saber que fim leva toda essa aventura, pois a "série" acaba aí pelo que parece.

Insaciável - Meg Cabot

3 de julho de 2012

Lido em: Setembro de 2011
Título: Insaciável
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Juvenil/Chic Lit/Sobrenatural
Ano: 2011
Páginas: 504
Nota: ★★★★★
Sinopse: Cansado de ouvir falar de vampiros? Meena Harper também. Mas seus patrões estão fazendo ela escrever sobre eles de qualquer maneira, mesmo que Meena não acredite neles. Não que Meena não esteja familiarizada com o sobrenatural. Veja, Meena Harper sabe como vamos morrer. (Não que você vá acreditar nela. Ninguém nunca acredita). Mas nem mesmo o dom da premonição de Meena pode prepará-la para o que vai acontecer quando ela conhece – e comete o erro de se apaixonar - Lucien Antonesco, um príncipe moderno com um lado sombrio. É um lado negro que muitas pessoas, como uma antiga sociedade de caçadores de vampiros, preferiria vê-lo morto. O problema é que Lucien já está morto. Talvez por isso ele é o primeiro cara que Meena já conheceu com quem ela poderia ter um futuro. Entenda, enquanto Meena sempre foi capaz de ver o futuro de todo mundo, ela nunca foi capaz olhar para o dela própria. E quando Lucien é o que Meena jamais sonhou como namorado, de repente ele pode vir a ser tornar o seu pesadelo. Agora pode ser uma boa hora para Meena começar a aprender a prever seu próprio futuro... Se ela ainda tiver um.

Resenha: Insaciável: Quando vi esse título achei que se tratava de alguém cujo fogo ninguém seria capaz de apagar! rsrsrs Mas não. Insaciável é o nome de uma famosa novela a qual Meena Harper é roteirista. Meena fica decepcionada, pois além de disputar o cargo de redatora chefe com sua rival, Shoshanna e acabar perdendo, passa a ser obrigada por ela a escrever sobre vampiros como tentativa desesperada de fazer com que a novela dê mais audiência (já que vampirismo é o assunto top do momento), pois a novela concorrente está passando na frente com esse tema.
Meena odeia o assunto sobrenatural por dois motivos: ela está de saco cheio e não acredita nem um pouco nessa bobagem de vampiros e afins, e pelo fato de ela própria ser uma paranormal e não gostar disso.
Meena tem o dom de prever a morte das pessoas, sabendo até como e quando será, e tenta ajudar essas pessoas adiando o inevitável. As únicas pessoas que acreditam nela e que o dom é real, é Leisha, sua melhor amiga que está grávida, e Jon, seu irmão.

Meena mora com seu cachorrinho, Jack Bauer (que recebeu esse nome justamente por ser destemido e ter aquele espírito de herói valente) num apartamento que dividia com o ex noivo, David, e ainda abriga e sustenta o irmão que é como um parasita.
No apartamento o lado, mora o casal "aristocrático" Mary Lou e Emil, e Mary Lou, vive tentando arrumar pretendentes para Meena e convidando-a para jantares chiquérrimos em seu apartamento, e ela passa a tentar evitá-la a todo custo.

Numa noite, Meena, com insônia por conta das suas preocupações, resolve passear com Jack Bauer no meio da madrugada, é atacada por um bando de morcegos selvagens e é salva por um cara completamente lindo e misterioso cuja morte Meena não foi capaz de prever: Lucien Antonesco.
Meena fica caidinha por ele, e ao que tudo indica, o sentimento é recíproco...
Os dois então começam a se envolver e Meena descobre que Lucien é um vampiro. Mas não um vampiro qualquer! Ele é o Príncipe das Trevas, filho e herdeiro do próprio Drácula!

Meena se vê numa completa enrascada, pois Lucien é caçado pela Guarda Palatina, que é uma espécie de "exército da igreja contra o mau", e no meio dessa confusão, várias moças estão sendo assassinadas pela cidade, o que leva Alaric, o caçador de vampiros super arrogante que trabalha para a Guarda, investigue o caso.
Porém, por saber que os assassinos são vampiros, Lucien também tenta descobrir quem está por trás dessas mortes, pois ele não permite essas atrocidades, mas claro que a Guarda Palatina não sabe disso, pois enxergam Lucien como o próprio mau encarnado. Mas a medida que Meena vai conhecendo-o melhor, acredita que nele ainda existe humanidade e bondade, tanto que ele é capaz de amá-la e sempre surpreendê-la como o verdadeiro gentleman que é...

Enfim, a história, mesmo que trate do tema de vampiros, não é nada parecida com o que está na moda. A maioria das coisas é levada pro lado do humor justamente pra não ficar séria e carregada demais. Os personagens foram bem construídos e a narrativa (em terceira pessoa) é típica da autora: não dá pra largar. E o final? Se virasse filme, o gasto com efeitos especiais seria astronômico!
Eu gostei demais da história e para quem é fã de Meg Cabot, é leitura obrigatória!