Caixa de Correio #16 - Junho

30 de junho de 2013


Oie, pessoas!
Esse mês foi bastante "produtivo". Recebi muita coisa de parceria (algumas atrasadas), aproveitei promoções maravilhósicas, fiz uma mini compra no sebo, uma troca no skoob e fiquei feliz... até perceber que não tenho mais onde guardar esse tantão de livros... OMG.
Espiem!

Cinder - Marissa Meyer

28 de junho de 2013

Lido em: Junho de 2013
Título: Cinder - As Crônicas Lunares #1
Autora: Marissa Meyer
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Gênero: Distopia/Juvenil/Ficção/Releitura
Ano: 2013
Páginas: 448
Nota: ★★★★★
Sinopse: Num mundo dividido entre humanos e ciborgues, Cinder é uma cidadã de segunda classe. Com um passado misterioso, esta princesa criada como gata borralheira vive humilhada pela sua madrasta e é considerada culpada pela doença de sua meia-irmã. Mas quando seu caminho se cruza com o do charmoso príncipe Kai, ela acaba se vendo no meio de uma batalha intergaláctica, e de um romance proibido, neste misto de conto de fadas com ficção distópica. Primeiro volume da série As Crônicas Lunares, Cinder une elementos clássicos e ação eletrizante, num universo futurístico primorosamente construído.

Resenha: Cinder é o primeiro volume da série "Crônicas Lunares", escrita por Marissa Meyer e lançado pelo selo Jovens Leitores da Editora Rocco.

Há 126 anos, toda a catástrofe gerada pela Quarta Guerra Mundial chegou ao fim, dando início a Terceira Era, e desde então, a Comunidade Oriental nasceu, unindo povos, cultura e ideais com propósito de fortalecer os cidadãos, que optaram pela paz em vez da guerra, e Pequim se reergueu como Nova Pequim. Apesar de a guerra ter terminado, um problema que assola e devasta campos e cidades inteiras há muitos anos persiste: a letumose, uma doença letal. E é contra essa doença que o império travou uma batalha que, até então, não foi bem sucedida...

E é nesse cenário que conhecemos Lihn Cinder, uma garota de 16 anos que, devido há um grave acidente que sofreu no passado, foi "reparada" de forma que 36,48% de seu corpo passou a ser sintético. Ela se tornou uma ciborgue, com direito a fiação, aço, bioeletricidade, visor óptico, um software conectado em rede que lhe dá acesso a um completo banco de dados, uma perna biônica e um dom para lidar com todos os tipos de peças e mecanismos a tornando a melhor mecânica de toda Nova Pequim. Mas por trás de toda essa habilidade, poucos sabem de sua história, já que vive excluída. Depois de ter sobrevivido ao acidente, que aconteceu aos seus 11 anos, ela foi adotada. Adria, sua "madrasta" e guardiã, além de nem considerá-la como humana, encontra nesse dom uma fonte de renda fácil, explorando e maltratando Cinder. Pearl e Peony são suas meio-irmãs, que estavam sendo preparadas por Adria para o grande baile imperial. Pearl trata Cinder com muito descaso, o que faz com que a ciborgue só tenha a companhia de Peony e de Iko, a androide ajudante.

Justamente por saber consertar tudo, foi procurada pelo próprio príncipe Kaito, herdeiro do Império, para que ela consertasse sua andróide, Nainsi, que parou de funcionar, e o que deveria ser um simples trabalho de reparo, acaba indo além... Ao sair com Iko e a irmã em busca de peças, Peony acaba sendo contaminada pela letumose e levada para quarentena. Como castigo por ter exposto a irmã, Adria envia Cinder como "voluntária" para que os cientistas façam testes, a usando como cobaia para mais um experimento que tem como objetivo encontrar a cura, e é a partir dos resultados dos exames e das descobertas feitas pelo Dr. Erland que o destino de Cinder mudará para sempre, principalmente quando ela descobre os segredos que acercam o defeito de Nainsi... Conspirações e ameaças de invasão dos Lunares (uma raça misteriosa que vive na lua) são alguns dos problemas que o império começa a enfrentar, e em meio a toda a confusão, o baile imperial está se aproximando...

Dividida em quatro partes, a fim de separar os acontecimentos importantes, e narrada em terceira pessoa, a história mescla elementos de um dos mais famosos contos de fadas que conhecemos, ficção científica, questões políticas e sociais e preconceito para que uma distopia fantástica pudesse nos ser apresentada. E isso tudo ambientado no oriente, então imaginei toda a tecnologia e modernidade manipuladas por personagens de olhos puxadinhos. A história é tão bem escrita, tão envolvente e flui tão bem, que suas quase 450 páginas podem ser lidas de uma vez. Somos poupados de muitos detalhes das características físicas, mas isso não impede de imaginarmos personagens bem construídos, cada qual com sua importância na história.

Cinder se conformou que está a margem da sociedade por estar em uma das classes mais baixas que existem, o que a coloca como uma monstruosidade, uma aberração, mas isso não tira sua força, sua inteligência nem seus propósitos. Um ponto interessante é que devido a cirurgia cibernética, seus dutos lacrimais foram removidos e Cinder não chora e nem fica corada, mas isso não a impede de sentir emoções apesar de sempre demonstrar frieza, e considerei isso como um ponto super original e positivo, pois isso a torna uma personagem que não aflora hormônios melosos para todos os cantos nem demonstra vergonha caso se encontre em alguma situação embaraçosa.
Não era sua culpa ele ter gostado dela.
Não era culpa dela ser ciborgue.
Ela não pediria desculpas.
- pág. 387
Outro ponto muito bacana é a inserção dessa sociedade que vive na Lua, pra ser mais exata em Luna, os chamados lunares, que vivem sob o comando da rainha Levana, inescrupulosa, vingativa, dissimulada e calculista que ainda tem um exército a seu dispor. É um povo mutante e misterioso e alguns deles possuem dons de manipulação sobre os outros e achei isso super adequado, visto que a própria lua é conhecida em muitas histórias e lendas pelo seu poder de "hipnotizar", cheia de misticismo e magia, e devido a isso, são uma incógnita para os terráqueos, que não sabem das suas reais intenções.

Algumas coisas são um pouco previsíveis, já que temos como base um conto de fadas conhecido, mas a criatividade da autora em unir tudo isso faz de Cinder uma agradável e original surpresa a cada capítulo, cheia de ação, mistérios e um toque de romance bem sutil.
Com relação a parte física do livro, a capa é espetacular, a diagramação muito bem feita e a revisão foi ótima. As páginas são amareladas e a fonte, apesar de diferente dos demais livros, tem um tamanho perfeito.

Enfim, como não amar uma versão futurística de Cinderela, com perna e pé biônicos em vez de um sapatinho de cristal, suja de graxa em vez de coberta por andrajos, com uma ajudante androide munida com um chip de inteligência em vez de ratinhos e passarinhos, com um carro velho tirado do meio das sucatas em vez de uma abóbora transformada em carruagem e sua própria força de vontade em vez de uma fada madrinha?
Simplesmente irresistível e imperdível! Esperando a continuação, Scarlet, mais ansiosa do que nunca!

Abandono - Meg Cabot

27 de junho de 2013

Lido em: Junho de 2013
Título: Abandono - Abandono #1
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Sobrenatural/Romance
Ano: 2013
Páginas: 304
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Sozinha. Desacreditada. Abandonada.
Desde que Pierce Oliviera passou por uma experiência de quase morte, sua vida mudou. Dois anos depois, ela só quer recomeçar numa nova cidade. Afinal, uma menina de 17 anos precisa de alguma normalidade, não? O que ninguém sabe é que Pierce conheceu o misterioso John no mundo dos mortos, e agora o rapaz não a deixa em paz... nem sai de seus pensamentos. Sem saber se John gosta dela ou a odeia, Pierce tenta ao máximo manter a distância - mas isso pode ser mais difícil do que pensava...

Resenha: Pierce Oliviera é uma garota comum de 17 anos e que aos 15 anos teve uma EQM (experiência de quase morte). Ao tentar salvar um passarinho, Pierce caiu na piscina, se enroscou na rede e ficou imobilizada, bateu a cabeça e teve uma hipotermia. Ela só se lembra de ter acordado num lugar estranho, sozinha, perdida, e se deparou com várias pessoas em filas, inclusive ela mesma, aguardando a barca chegar para levá-las aos seus destinos... Foi então que Pierce reconheceu John, um cara que ela viu pela primeira vez aos 7 anos de idade, durante o enterro de seu avô, que tentou animá-la um pouco revivendo um passarinho morto. John pesquisou pelo nome de Pierce em seu tablet enquanto ela estava arrumando confusão na fila e, ao descobrir quem era a garota, a levou para seus aposentos, lhe informando sua nova condição de morta e lhe oferecendo um chá. Pierce perdeu a barca, mas ganhou a oportunidade de fazer companhia para John pela eternidade... Como forma de gratidão, ele a presenteia com um colar misterioso cuja pedra muda de cor para indicar que o perigo está próximo, e que segundo ele a protegeria das Fúrias, espíritos que desejam se vingar de John pois não se conformam com seu destino final depois de terem morrido, e como John é um tipo de gerente do mundo inferior, elas farão de tudo para prejudicá-lo. Desesperada com a ideia de ficar presa no submundo para sempre, Pierce não tem outra reação a não ser querer fugir, e num reflexo, joga o chá quente em John e, como se tivesse sido guiada pelo colar, consegue escapar. Ela, então, acorda num hospital. Os médicos conseguiram ressuscitá-la graças a hipotermia que de certa forma a "conservou". Mas se por um momento ela pensou que que ficaria livre de problemas, se enganou redondamente... Deb, a mãe de Pierce, culpou o marido por ter sido negligente com a filha a ponto de deixá-la se afogar (e não ter demonstrado nenhuma preocupação com isso), se separou dele e resolveu se mudar com a menina para Isla Huesos com intenção de recomeçarem a vida. Escola nova, amigos novos, proximidade com seus parentes... Tudo parecia ir bem, mas John tem a incrível capacidade de aparecer quando Pierce está em apuros... Distância é algo que não parece fazer parte do vocabulário dele, e amor e ódio são palavras que andam juntas quando esses dois se encontram...
Falando sério, a expressão "esquecer e perdoar" não faz sentido para mim. Perdoar faz com que paremos de insistir no assunto, o que nem sempre é saudável (é só ver o exemplo dos meus pais).
Contudo, se esquecemos, não aprendemos com nossos erros, o que pode ser fatal.
(pág. 13)
Para quem pensa já ter ouvido uma história parecida em algum lugar, bingo! Meg Cabot (diva) se inspirou no mito de Perséfone e Hades (da Mitologia Grega), usando elementos e cenários reais (e sombrios) para construir o enredo de "Abandono". Mas por favor, não espere por muitas referências nem maiores aprofundamentos (como acontece com os livros do Riordan), pois você não vai encontrar.
Pierce é uma personagem que constantemente se sente sozinha, deslocada, abandonada. Ela não tem muitos atrativos, não tem a personalidade forte, é chorona e não é muito marcante.
John é o mocinho misterioso, bonitão, sexy e muito sinistro, mas também parece se sentir mais sozinho do que nunca. Em suas poucas aparições, sempre marca presença com suas demonstrações de força e preocupação em proteger e defender Pierce de qualquer perigo que possa correr. É bem difícil decifrá-lo.
Para quem já está acostumado com os livros da autora, pode ficar um pouco surpreso com este. A começar pela narrativa, que é feita em primeira pessoa, mas um tanto confusa no início por mesclar o presente com as lembranças de Pierce, que são inseridas bem no meio de seus pensamentos sem nenhuma diferenciação. Acabei me acostumando, mas estranhei e a leitura demorou um pouco pra engatar e fluir.
Ao prestar atenção nas características dos personagens, não foi muita novidade o galã fazer o estilo motoqueiro bandido, pois há outras histórias da autora que apresentam personagens assim. Cheguei a esperar por uma protagonista ruiva, mas mantendo o estilo da deusa, Pierce é morena, com olhos castanhos e tudo (thanks, Lord).
Os demais personagens são bem curiosos, tanto pelas descrições quanto no comportamento. Cada um tem parte fundamental no desenrolar da história e alguns acabam revelando grandes surpresas que me deixaram de boca aberta, principalmente o sacristão Richard Smith, que acompanha Pierce em suas idas ao cemitério respondendo todas as perguntas que ela tem tornando a história bem mais interessante, e a avó da menina, que parece ter mais segredos do que parece...
Em cada início de capítulo podemos acompanhar alguns trechos de "A Divina Comédia", de Dante Alighieri, no qual o autor descreve sua ida ao Mundo Inferior.
Com relação a parte física do livro, só tenho que parabenizar a editora por um trabalho tão bonito. A capa é linda e a moça deitada na terra descreve bem Pierce. O título em dourado também ficou um luxo só (pena que descasca). As páginas são amareladas e a fonte tem um tamanho ótimo. Só encontrei um erro em todo o livro, mas o resto está impecavelmente bem revisado.
Por ser o primeiro livro da trilogia, este, apesar de ser carregado de surpresas, é introdutório, e não vejo a hora de poder pegar "Inferno", a continuação, pra saber como o final de "Abandono" vai se resolver.
Pra todos aqueles que já se perguntaram o que acontece depois da morte, para os que se interessam por mitologia, e principalmente para os fãs de Meg Cabot, "Abandono" é uma leitura mais do que recomendada.

Semana Especial Neil Gaiman + Promoção

26 de junho de 2013


Neil Richard Gaiman é um autor de romances e quadrinhos inglês. Vive em Minneapolis, Estados Unidos e é casado com Amanda Palmer, da banda Dresden Dolls. Entre suas obras em prosa estão "Deuses Americanos" e "Belas Maldições", a segunda em parceria com Terry Pratchett; e sua criação quadrinística mais conhecida é Sandman, que tem como personagens principais Sandman, a personificação antropomórfica do Sonho, também é conhecido como Morpheus, numa referência à mitologia grega e seus irmãos, Morte, Destino, Delírio, Desejo, Desespero e Destruição.
(Fonte: Wikipédia)

Confira a página da Editora Intrínseca especialmente dedicada ao autor clicando no logo abaixo:



Seu mais novo livro ganhou o nome de O Oceano no Fim do Caminho:
Sinopse: Foi há quarenta anos, agora ele lembra muito bem. Quando os tempos ficaram difíceis e os pais decidiram que o quarto do alto da escada, que antes era dele, passaria a receber hóspedes. Ele só tinha sete anos. Um dos inquilinos foi o minerador de opala. O homem que certa noite roubou o carro da família e, ali dentro, parado num caminho deserto, cometeu suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter sido perturbadas. Forças que não são deste mundo. Um horror primordial, sem controle, que foi libertado e passou a tomar os sonhos e a realidade das pessoas, inclusive os do menino.
Ele sabia que os adultos não conseguiriam — e não deveriam — compreender os eventos que se desdobravam tão perto de casa. Sua família, ingenuamente envolvida e usada na batalha, estava em perigo, e somente o menino era capaz de perceber isso. A responsabilidade inescapável de defender seus entes queridos fez com que ele recorresse à única salvação possível: as três mulheres que moravam no fim do caminho. O lugar onde ele viu seu primeiro oceano.
E para comemorar esse super lançamento, em parceria com a Intrínseca, que tal uma promoção mais do que especial valendo um exemplar do livro?

Pra participar é só seguir as regrinhas abaixo:
- Ter endereço de entrega no Brasil
- Curtir as páginas da Intrínseca e do Livros e Chocolate no Facebook!

E para mais chances, há entradas extras que você pode preencher!
Não se esqueça de ler com atenção os "Termos e Condições" ao fim do formulário.

a Rafflecopter giveaway
Boa sorte!!!

Agridoce - Simone O. Marques

24 de junho de 2013

Lido em: Junho de 2013
Título: Agridoce - Agridoce #1
Autora: Simone O. Marques
Editora: Modo
Gênero: Fantasia/Sobrenatural/Literatura Nacional
Ano: 2012
Páginas: 342
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Anya é uma garota comum, estudante de gastronomia e que mora em Florianópolis. Certa noite, ao passear pela praia ela sente um aroma que a atrai terrivelmente, um perfume, uma mistura de fragrâncias que mexe com todos os seus sentidos. Na noite seguinte ela e vê perseguida pelo aroma e descobre que ele vem do corpo de um belo banhista que sai do mar. Cedendo ao impulso, ela vai até ele. Surpreendendo-o, ela o lambe e encosta o nariz em sua pele. Atormentada pelo aroma, ela precisa experimentar, então, alcança seu pescoço e o morde numa veia pulsante. Anya então descobre o prazer de degustar o sangue doce, que a fazia pensar em frutas flambadas, temperado com o sal da água... o sabor agridoce que a desperta para uma necessidade vital que fará parte de sua vida à partir de então, a necessidade de sangue...

Resenha: "Agridoce" nos apresenta Anya, uma garota aparentemente comum, exceto pelo fato de sofrer de uma alergia ao sol que a impede de sair durante o dia, e por apreciar como ninguém sabores e aromas, faz faculdade de gastronomia. Ela mora com seu pai superprotetor, Edgar, que inclusive dá aulas na faculdade onde ela estuda. Como Anya tem uma vida mais noturna e é tachada de nerd, seus laços de amizade são bem fracos e não se estendem além da sala de aula o que a torna bem solitária.
Numa noite, enquanto Anya andava pela praia, ela sente um aroma que a enlouqueceu, e no ímpeto de seguir aquele cheiro envolvente, ela se viu mordendo o pescoço de um banhista a fim de poder provar daquele sabor agridoce que a deixou maravilhada, e é a partir desse ponto que a história começa a se desenvolver, pois Anya despertou para aquilo que ela, até então, desconhecia... Anya carrega um vírus que faz dela uma Portadora, uma Vampira, e a necessidade de beber sangue agora é vital pra ela, mesmo que isso a deixe assustada ou inconformada.

Vários pontos me chamaram a atenção em "Agridoce", pois a história apesar de tratar de vampiros, é bem diferente da maioria, pois as pessoas tem funções nesse meio e cada uma está ligada à outra, mesmo sem saberem disso. Elas vivem suas vidas normalmente e de repente começam a procurar incessantemente por alguém até se encontrarem e descobrirem o propósito daquela busca. Portador, Mensageiro, Escravo, Antagonista... São termos que definem as funções de cada um deles. Um Vampiro é um Portador, até que um Mensageiro cruza seu caminho por acaso e desperta sua sede, como aconteceu com o banhista, e revela sua condição até então "adormecida". E quando um Portador é despertado, junto com ele outros dois também são: o Escravo e o Antagonista. O Escravo passa, então, a buscar pelo Portador, a quem ele deve servir enquanto for possível, pois seu sangue tem o sabor e a consistência exatas que esse Portador tanto precisa. Já o Antagonista é um Caçador, e ele parte em busca do Portador com intuito de exterminá-lo. E ninguém sabe de nada a respeito dessa nova função, como ou porquê, só sentem aquela necessidade absurda e incontrolável de busca, e só precisam estar de frente um pra o outro para que o instinto fale por eles, dentre algumas outras coisas mais...

Os personagens são muito bem construídos e cada um tem sua função especial na história, com personalidades e características distintas. Só senti que Anya não teve o destaque como personagem principal que merecia, pois muitas vezes o foco se desviava para outras situações e personagens a ponto de eu me esquecer da existência dela. Ela não me marcou como Ivan, amigo de Edgar, que tem presença e a considera como sua sobrinha, e se tiver que quebrar a cara de alguém para protegê-la, não pensa duas vezes. Não vou me aprofundar nos personagens, pois conhecê-los através da leitura é muito mais bacana e emocionante, pois cada um tem sua própria história de vida, algumas mais sensíveis do que outras.
A narrativa também é super leve e envolvente, que prende e se desenvolve sem que o leitor perceba o tempo passar.
Com relação a parte física do livro, só tenho elogios, pois é todo caprichado: a capa é muito bonita, cada página é enfeitada com ornamentos e as páginas são amareladas.

A busca frenética pelo seu ideal, os dilemas enfrentados pelos personagens, os aromas e sabores que são descritos de forma tão detalhada que chega a despertar sentidos e a fome do leitor (principalmente o chocolate nhaaamm), e o toque de sensualidade clássica de histórias de vampiros, fazem de "Agridoce" uma ótima pedida!

Mais novidades - Galera Record

Métrica - Colleen Hoover
Após a perda inesperada do pai, Layken, de 18 anos, é obrigada a ser o suporte tanto da mãe quanto do irmão mais novo. Por fora, ela parece resiliente e tenaz; por dentro, entretanto, está perdendo as esperanças. Um rapaz transforma tudo isso: o vizinho de 21 anos, que se identifica com a realidade de Layken e parece entendê-la como ninguém. A atração entre os dois é inevitável, mas talvez o destino não esteja pronto para aceitar esse amor. 






World of Warcraft - A Ruptura: Prelúdio de Cataclismo - Christie Golden
Nova aventura do universo de World of Warcraft.Thrall, Chefe Guerreiro da Horda e sensível xamã, notou uma mudança perturbadora no mundo de Azeroth. Há secas, tempestades, enchentes e terremotos afetando todos e desestabilizando ainda mais a paz entre a Aliança e a Horda. Numa época em que o rei Varian Wrynn de Ventobravo planeja uma ação violenta, e os elfos noturnos estão mais hostis aos orcs, Thrall precisa descobrir o que há de errado com os espíritos elementais porque o preocupante comportamento deles parece ser o primeiro sinistro aviso do Cataclismo por vir.




Poseur: Boazinhas, Glamourosas e Feias - Rachel Maude
As meninas da Winston Prep não são crescidas demais para pegar doces no Halloween, pelo menos não com o acessório indispensável nessa estação: uma bolsa quentíssima chamada Porta-gostosura. Mas qual modelo vai ser o mais doce? Janie, Petra, Melissa e Charlotte insistem: o meu! É hora de escolher a fantasia e preparar o baile de máscaras, porque, neste novo volume de Poseur, o dia das bruxas será um desfile só...








Cidade das Almas Perdidas - Cassandra Clare
Quando Jace e Clary voltam a se encontrar, Clary fica horrorizada ao descobrir que a magia do demônio Lilith ligou Jace ao perverso Sebastian, e que Jace tornou-se um servo do mal. A Clave decide destruir Sebastian, mas não há nenhuma maneira de matar um sem destruir o outro. Mas Clary e seus amigos irão tentar mesmo assim. Ela está disposta a fazer qualquer coisa para salvar Jace, mas ela pode ainda confiar nele? Ou ele está realmente perdido?
Garanta seu exemplar e leia a carta que Jace escreveu para Clary depois da noite que passaram juntos em Ídris... :-D





Desaparecidos: Esconderijo Perfeito - vol 3 - Meg Cabot
Nessa continuação de Codinome Cassandra, Jess estava de férias quando Amber Mackey desapareceu. Só que agora todo mundo na Ernest Pyle High School culpa a menina pela morte brutal da líder de torcida. No entanto, ela se sente totalmente isenta de qualquer responsabilidade. Afinal, como poderia ter impedido que a garota aparecesse morta se nem mesmo sabia sobre seu desaparecimento? Mas quando outra líder de torcida também some do mapa, Jess tem a chance de se redimir. E, de quebra, de ainda se tornar popular.







Diários do Vampiro - Caçadores - Espectro vol. 1 - L.J. Smith
Um novo ciclo se inicia em Diários do Vampiro. E também em Fell’s Church, que está livre dos kitsune para sempre. Elena e seus amigos salvaram a cidade, mas isso teve um preço: a vida de Damon Salvatore. Elena e Stefan estão finalmente livres para ficar juntos, mas isso não é fácil. Um novo mal fervilha na cidade e agora Elena só tem um irmão Salvatore para protegê-la.

Rose e a Máscara do Mago - Holly Webb

23 de junho de 2013

Lido em: Junho de 2013
Título: Rose e a Máscara do Mago - Rose #3
Autor: Holly Webb
Editora: Prumo
Gênero: Infanto Juvenil/Fantasia
Ano: 2013
Páginas: 192
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Desde que começou a trabalhar na casa do Sr. Fountain, mago e conselheiro do rei da Inglaterra, a vida de Rose tomou um rumo inesperado. Quem poderia imaginar que uma menina órfã, cujo único sonho era se tornar uma serviçal respeitável, acabaria virando aprendiz de magia? Junto com suas habilidades, no entanto, vieram os perigos que sempre rodeiam quem tem poderes sobrenaturais. Nesta nova aventura, Rose e seus amigos acompanham o grande mago Fountain em uma missão sigilosa para recuperar uma máscara veneziana que foi roubada do palácio real. A busca para encontrar os astutos criminosos levará Rose à cidade misteriosa de Veneza, onde nada é o que parece. Para ela, Veneza, uma cidade toda construída sobre a água, parece algo saído de um conto de fadas, mas se Rose não conseguir impedir que os poderes da terrível máscara sejam revelados, o conto de fadas pode ter um final nada feliz.

Resenha: Rose e a Máscara do Mago é o terceiro volume da série Rose, lançada pela Editora Prumo. Apesar do livro seguinte partir exatamente de onde o anterior parou, as aventuras de Rose não tem muita ligação o que faz com que os livros sejam bem independentes, então, essa resenha não tem spoilers dos livros anteriores. Os primeiros volumes são Rose e o Feitiço e Rose e a Princesa Perdida.

Neste volume, podemos acompanhar Rose se vendo numa posição que ela jamais imaginou passar, pois quando ela estava no orfanato, ela só queria arranjar um emprego para se sustentar sozinha. Mas, ao descobrir que tem o dom da magia, ela se tornou uma aprendiz de feiticeira e já deixou claro que possui bastante habilidade no que faz.
Nessa nova aventura, uma máscara, que pertence ao rei da Inglaterra muito valiosa e repleta de poderes mágicos, foi roubada do palácio, e tudo leva Rose a acreditar que isso foi obra de Grossamer, um mago mau e inescrupuloso. Rose, Gus (o gato mágico falante) e Freddie seguem junto com o Sr. Fountain para Veneza, famosa por ser uma cidade flutuante, já que fica sobre a água, para tentarem desvendar esse mistério e resgatarem a máscara antes que os poderes dela sejam usados para outras finalidades que fogem ao seu real propósito.

Acho que para aqueles que já viram minhas resenhas dos livros anteriores, sabem que gosto muito das histórias da Rose, pois ela é uma fofilda, né? São livros voltados para o público infanto juvenil, mas talvez pela narrativa e pela complexidade da história, pessoas mais velhas também devam curtir. Esse não foge à regra, porém, a Rose agora está muito mais madura do que nos outros livros, mais corajosa e muito mais esperta. Talvez devido a tudo que já teve que passar, ela meio que já se acostumou ao perigo. Até a própria narrativa parece ter evoluído se comparada aos outros livros e os acontecimentos e algumas descrições deles são mais sérios, mais assustadores, mais macabros... Pensem numa criança tentando arrancar uma máscara que simplesmente faz parte do rosto de alguém, e essa cena sendo descrita em detalhes, em que até a dor fica evidente é algo bem enervante.

A capa é muito fofa, a diagramação continua simples, com estrelinhas em cada início de capítulo e páginas brancas. A revisão também ficou ótima, só fiquei um pouco incomodada com a falta de espaços entre pontuações, que talvez se perderam ou foram removidos de propósito devido ao alinhamento do texto, não sei.

Mas enfim... a história é super leve e envolvente, e nos leva numa corrida contra o tempo, com um cenário mágico, digno de conto de fadas, repleta de segredos, indicada a todos que curtem uma história cheia de fantasia, magia e muitos perigos.
Só achei que ela foi desenvolvida e resolvida muito rápido, e o final deixa um gancho bem curioso e empolgante para o próximo livro.


Promoção - Kit Férias

22 de junho de 2013


As tão esperadas Férias estão chegando e com ela vem muita coisa boa: descanso, passeios, boas leituras, mais tempo para dormir e ficar no computador, mas no finalzinho das férias é quase impossível não sentirmos uma espécie bem sutil de saudade da nossa rotina, coisa que em hipótese alguma gostamos de admitir, mas sentimos.
Pensando em todo esse "tempo livre" nós, dos blogs Cachola Literária, De Livro em Livro, Este Já Li, Leituras da Paty, Livros e Chocolate e Who's Thanny, pensamos em um Kit de Sobrevivência para que vocês pudessem curtir as Férias com muita leitura e diversão, afinal para quem gosta de ler, Ler é como Brincar! Serão 3 Kits Férias e vocês poderão escolher o que mais se identificarem e caso se identifiquem com todos, podem tentar a sorte, não é mesmo?
O nosso objetivo é que vocês possam se divertir ao ganharem livros que desejam ler.
Escolha seu Kit Férias e divirta-se!

*Para participar você só precisa residir ou ter endereço de entrega no Brasil e seguir os passos no formulário autoexplicativo do Rafflecopter.
A primeira entrada é livre, leve e solta, mas os formulários estão cheios de chances extras e vocês podem aproveitar e ir fundo para conquistarem seu Kit Férias, afinal ler nas férias é uma ótima opção sobretudo para quem não vai viajar!!!
Lembrem de ler os Terms and Conditions ao fim dos formulários, ok?

KIT FÉRIAS 1: Private (James Patterson) & Diablo III: A Ordem (Nate Kenyon)
KIT FÉRIAS 2: A Pousada Rose Harbor (Debbie Macomber) & Jardim de Inverno (Kristin Hannah)
KIT FÉRIAS 3: Conselho de Amiga (Siobhan Vivian) & Paperboy (Pete Dexter) 

Entrevista - Rachel Gibson

21 de junho de 2013

Bora dar uma espiada na entrevista exclusiva que a autora dos livros "Loucamente Sua" e "Simplesmente Irresistível", Rachel Gibson, deu para a Geração Editorial?

Quando e por que começou a escrever livros?
Comecei a escrever livros em 1989 quando a minha televisão quebrou. Não tinha muito que fazer, então decidi reescrever E o vento levou para matar o tempo. Depois que reescrevi o livro com um final feliz, deixei-o de lado e comecei a escrever um romance contemporâneo.
 
Você faz muitas pesquisas antes de escrever os seus livros?
Isso depende muito do livro. A série militar que atualmente estou escrevendo (o primeiro livro foi Rescue Me) exige muita pesquisa. Os livros de hockey – como See Jane Score e Any Man Of Mine, também demandou pesquisa, mas não tanta assim. Escrevi uma série baseada em escritores e não tive que fazer pesquisas.

Qual é a coisa mais interessante que encontrou durante a pesquisa dos seus livros? 
A mais interessante, e com certeza a mais memorável, foi quando eu falei com jogadores de hockey gostosões e suados no vestiário deles. Aquele dia eu levantei com o é direito!

Você se considera uma escritora de chick-lit? O que acha do gênero?
Não sou autora de chick-lit. Escrevo romances, mas adoro ler um bom chick-lit.

Qual é a melhor parte no seu trabalho como escritora?
Economia de tempo e de transporte. Saio da cama quando quero. Pego o bule de café e vou até o andar de cima onde está o meu escritório

Como você faz para que os seus livros sejam tão divertidos? Como mantem o frescor das cenas e diálogos engraçados, como é possível ver em Simplesmente Irresistível?
Nunca foi minha intenção sentar e escrever humor. As pessoas são engraçadas. A vida pode ser engraçada. Eu escrevo sobre pessoas e sobre a vida.

Por que machões e mocinhas em perigo são frequentes em seus enredos?
Por que machões? Por que não! Toda mulher tem um segredo, que não é tão secreto assim:  fantasia ser resgatada por um homem másculo que não tem escolha a não ser ficar loucamente apaixonado por ela. Não importa o quanto ele tente, ele não pode lutar contra isso...

Qual foi sua inspiração para criar Simplesmente Irresistível?
O jogador de hockey Mark Messier. Ele parece um homem primitivo com o capacete enfiado na cabeça. Mas, por alguma razão, o acho sexy.

Eu li em algum lugar que Simplesmente Irresistível é o livro que você mais se orgulha. Por quê? 
Simplesmente Irresistível foi o primeiro livro que vendi em 98, e que ainda vende bem 18 anos depois.

Os personagens principais são inspirados em pessoas reais?
Não, mais usei minha mãe como um personagem secundário quando escrevi Daisy's Back In Town.

Quais são suas expectativas em relação aos leitores brasileiros? Por que você acha que seus romances são tão amados por aqui?
Não tenho expectativas em relação aos meus leitores. Só espero que gostem do meu trabalho e  que possam “fugir” comigo por algumas horas. Acho que mulheres em todas as partes do mundo gostam de ler um bom romance.

Está trabalhando em algum livro no momento?
Estou escrevendo um romance ambientado em Nova Orleans, Louisiana. É bem sexy e picante, com direito a homens machões.

 



A Menina que Fazia Nevar - Grace McCleen

19 de junho de 2013

Lido em: Junho de 2013
Título: A Menina que Fazia Nevar
Autora: Grace McCleen
Editora: Paralela
Gênero: Religião/Literatura Estrangeira
Ano: 2013
Páginas: 312
Nota: ★★☆☆☆
Sinopse: Todos os dias se parecem na vida que Judith McPherson leva ao lado do pai. Eles têm uma rotina simples e reclusa, numa casa repleta de lembranças da mãe que ela nunca conheceu, e as únicas pessoas com quem convivem são os fiéis da igreja cristã a que pertencem. Judith não tem amigos na escola, onde é alvo de gozações, e para encontrar consolo se refugia no mundo de sucata que construiu em seu quarto. Lá, cada dia é um dia, e a vida pode ser incrivelmente feliz graças a sua imaginação. Basta acreditar que a Terra Gloriosa, como ela chama sua maquete, é realmente o paraíso prometido onde um dia vai viver ao lado da mãe. Aos dez anos, Judith vê o mundo com os olhos da fé, e onde os outros veem mero lixo, ela identifica sinais divinos e uma possibilidade de criar. Assim, constrói bonecos de pano e inventa para eles histórias felizes na Terra Gloriosa. O que nem Judith poderia imaginar é que talvez seu brinquedo seja mais do que uma simples maquete. Pelo menos é o que parece quando ela cobre a Terra Gloriosa de espuma de barbear e a cidade aparece coberta de neve na manhã seguinte. Um pequeno milagre, é assim que ela interpreta esse e outros sinais parecidos. Tão pequeno que muitas pessoas poderiam pensar que não passa de coincidência, mas Judith sabe que milagres nem sempre são grandes, e que reconhecê-los é um dom de poucas pessoas. Longe de ser benéfico, no entanto, esse poder traz consigo uma grande responsabilidade. Afinal, seria certo usar a Terra Gloriosa para se vingar de Neil Lewis, o colega que a maltrata todos os dias na escola? 

Resenha: Judith é uma garotinha de 10 anos que vive com o pai, é órfã de mãe e vive muito sozinha já que não tem amigos. Ela possui uma maquete, que chama de "Terra Gloriosa", onde construiu a cidade onde mora e os habitantes, projetando um tipo de paraíso, tudo feito de sucata e itens descartáveis, como forma de passar o tempo. Até que um dia Judith cobre a maquete com espuma branca, e para sua surpresa, a cidade amanhece coberta de neve. Judith associa o ocorrido a um milagre, acredita ter poderes "divinos" mas não imagina a responsabilidade que teria sobre suas ações.

O livro tem uma capa linda, foi muito bem escrito, teve uma revisão impecável e tem o tipo de narrativa que flui de forma fácil, que descreve todos os detalhes, emoções e características muito bem apesar de ser repetitivo em algumas descrições ou denominações. Não sou muito religiosa, mas às vezes gosto de ler livros que trazem histórias do gênero, que fazem refletir e pensar (ou reforçar a crença) que existe algo maior do que a gente, mas esse livro não me tocou, e muitas vezes me fez perder a paciência. Ele expõe uma história com detalhes delicados, tristes e até mesmo trágicos, que nos leva a pensar que se passamos por algo ruim a ponto de deixarmos de ter fé, é porque deve existir um motivo maior, mesmo que inexplicável, como forma de aprendizado ou castigo, pois Deus sabe o que faz com o destino de cada um, ou coisa do tipo. Porém, a forma de expor a fé aqui me agradou muito pouco, quase nada, principalmente quando levei a sinopse em consideração para optar por essa leitura, pois ela passa uma ideia totalmente diferente do que encontrei na história ao lê-la. Fico incomodada quando alguém tenta forçar a religião de forma exagerada, e o pai de Judith é exatamente daquele tipo que sai batendo na porta dos outros pra pregar a palavra e enfiar Deus goela abaixo do povo de forma incômoda e inconveniente. Testemunha de Jeová level hard.

Mas enfim... por mais que a história aborde o milagre da "Terra Gloriosa" e a questão da fé absoluta, que move montanhas, há muitas outras coisas que ficaram explícitas mas contadas de forma sutil, talvez para mascarar a gravidade do assunto, e que podem incomodar, e muito, aqueles que acham que há coisas desnecessárias, dispensáveis e exageradas na religião e/ou em alguns religiosos fanáticos.

Judith sofre bullying constantemente na escola nas mãos do intragável Neil Lewis (ele me lembrou o Nelson Muntz, personagem de Os Simpsons), pois como só fala de religião, não tem amigos e é considerada a esquisita da turma. Ela ainda é tratada com descaso pelo próprio pai, que concentrou a frustração e todas as energias que lhe restaram de forma fervorosa na religião, por ter perdido a esposa, que teve complicações no parto, e ter ficado incumbido de cuidar da filha sozinho. E talvez a vida dela poderia ter sido salva, mas a religião proíbe transfusão de sangue e nada pode ser feito. É pra morrer de ódio e desgosto desse tipo de "crença".

Judith cresceu acreditando que o pai não a ama pois a culpa pela mãe ter morrido é dela, e em vez do imbecil tratá-la com amor e carinho, é distante e faz com que o ambiente familiar fique extremamente tenso. A menina se encontra constantemente sozinha e deprimida, vive pra rezar, espera pelo Apocalipse a qualquer momento e passa a ter um amigo imaginário, que apesar de ser fruto de sua imaginação, é o próprio Deus que a leva a acreditar que todas as tragédias que acontecem na cidade é culpa dela e do poder que ela tem sobre sua maquete, e que ela ainda deve responder pelas escolhas que faz, como se fosse uma criminosa.

Fico pensando que tipo de gente tem coragem de abusar psicologicamente de uma criança inocente e indefesa a ponto de fazê-la sofrer tanto e ficar tão confusa quanto Judith fica aqui, sem saber a quem recorrer e o que fazer. É muito sofrimento, muita injustiça pra uma história só, com um tipo de fé abordada de forma que, pra mim, foi completamente inadequada. E fora que não faço ideia de qual foi a intenção da autora ou no que, ou como, ela acredita.

A única personagem que realmente me agradou foi a professora substituta da escola (e que esqueci o nome), pois ela tem senso e sabe discernir o certo do errado, procurando ser sempre justa e correta. E fora que ela é a única que vê que Judith tem problemas sérios, mas sempre é afastada pela menina.
Vou confessar que tive um pouco de dificuldade pra elaborar essa resenha, pois nem sempre é fácil falar do tema sem que alguém leve as coisas pra outro lado e não se sinta ofendido, mas nem sempre somos obrigados a concordar ou a acreditar naquilo que o outro acredita, e dependendo do nível de exagero, fica difícil até ter algum respeito por certas atitudes absurdas que são tomadas em nome de Deus.

No geral, é um livro que faz pensar, tanto pela questão da fé, dos milagres, da questão social, das injustiças do mundo e dos malefícios de tudo que é feito em excesso. Foi um livro que pra mim não funcionou muito bem, mas talvez pessoas com outro tipo de visão sobre o assunto vejam outro tipo de mensagem na história, ou aproveitem e absorvam melhor.

Entre o Amor e a Paixão - Lesley Pearse

18 de junho de 2013

Lido em: Junho de 2013
Título: Entre o Amor e a Paixão - Belle #2
Autora: Lesley Pearse
Editora: Novo Conceito
Gênero: Drama/Romance
Ano: 2013
Páginas: 512
Nota: ★★★★☆
Sinopse: "Uma mulher dividida entre o compromisso e o calor de um relacionamento passado." No início da Primeira Guerra, Jimmy, o marido de Belle Reilly, é levado para as trincheiras mortais do norte da França e Belle percebe que não pode ficar de braços cruzados quando tantos estão sacrificando suas vidas. Armada de coragem e boa vontade, ela se torna voluntária como motorista da Cruz Vermelha, também na França.Então, enquanto cumpre seu dever humanitário, um trágico acidente lhe coloca frente a frente com Etienne — o homem que fez parte de seu passado e a quem nunca esqueceu completamente.Dividida entre a paixão proibida por Etienne e a lealdade e o amor por Jimmy, Belle encontra-se em uma situação impossível. A confusão de seus sentimentos, misturada à escuridão da mais brutal das guerras, a levará a sucumbir para sempre, ou a força da vida será maior e a conduzirá, finalmente, à verdadeira felicidade?
Resenha: Londres, meados de 1914. Belle finalmente se sente em paz, feliz em seu casamento com Jimmy, dona de sua loja de chapéus em Blackheath, e esperando seu primeiro filho. Tudo parceria perfeito, já que após tanto sofrimento ela merecia ser feliz. Só que a Primeira Guerra Mundial trouxe consequências gravíssimas para sua família. Belle insistira para que Jimmy não se alistasse, mas ele, como homem, viu que aquilo era seu dever com o país. Entre o amor e a paixão dá continuidade a tortuosa jornada de Belle e a vários problemas que se abateram sobre a população da Inglaterra durante a guerra. O ressurgimento de um antigo amor coloca a protagonista no meio de um embate em seu coração e a dúvida de quem deve ser o escolhido.

A grande dúvida que pairava em minha mente era: Belle precisava ter continuação? Tudo foi tão bem enlaçado no livro anterior, que continuar a mesma história foi um passo arriscado para Lesley. E mesmo assim eu mergulhei de cabeça na nova etapa da vida de todos os personagens. No final, pude constatar que Entre o amor e a paixão é um livro totalmente desnecessário e que só tirou o brilho do seu antecessor.

Um dos primeiros agravantes da história é a quantidade de páginas. 512. Se você me perguntar: "Mas não foi necessário?" Sim, em partes. A Lesley tem o dom de fazer narrativas perfeitas, mesmo em uma quantidade de páginas assim. O problema é que a história toda é carregada de desgraças, sofrimento e muita tristeza. Não precisava disso. A visão que eu tive com o final de Belle foi a melhor possível, até o favoritei. Ler essa sequência me deixou triste e decepcionado.

A personalidade de Belle Cooper continua impecável, e não é à toa que a autora disse não querer se despedir dela e por isso escreveu uma história sequente. Ela continua destemida, forte e inteligente. Creio que isso me fez gostar um pouco do livro, já que aprecio muito personagens principais tão fortes. A narrativa em terceira pessoa deu uma visão ampla do que ocorreu na guerra. Palmas para Lesley. É muito bom ver o cuidado que ela tem na composição de cada página, e a pesquisa feita em diversas fontes. Jimmy ganhou mais profundidade, já que ele se alistou no exército para lutar pelo seu país. O garoto, que se tornou um homem, continua fofo, atencioso e tudo aquilo que conhecemos anteriormente. Porém, a autora conseguiu distorcer um pouco a personalidade dele, o que me deixou frustrado. Sem contar as provações terríveis pelas quais ele passa.

Infelizmente, Lesley acabou a imagem brilhante que tinha deixado em Belle. A personagem sofreu tanto no último livro e mostrou que conseguiu superar, não havia motivos para repetir a dose. Alguns leitores me disseram: Mas e a guerra? E tudo que aconteceu depois? Isso não interessa. Se tem algo que eu faço ao terminar a leitura, é pensar por mim mesmo o que vem depois. Por isso, imaginei Belle feliz com sua loja de chapéus, casada com Jimmy e morando com Mog e Garth. Creio também que se houvesse a substituição dos personagens e alguns trechos, teríamos outro livro, outra trama para ser desenvolvida, e assim seria muito melhor. Não estranhem a classificação do livro como "Muito bom". É impossível negar que Pearse sabe como desenvolver tudo, desde narrativa até o encerramento da trama. Mas o fato é que Entre o amor e a paixão fez a imagem magnífica que Belle teve se dissolver pelo ralo.

Novidade de Junho - Geração Editorial

17 de junho de 2013

Um campo de concentração em pleno Brasil - Daniela Arbex
Titulo: Holocausto brasileiro
Autora: Daniela Arbex
Gênero: Reportagem
Acabamento: Brochura
Formato:  15,6 x 23 cm
Págs: 256 (+ caderno de fotos)
Peso: 488gr
ISBN: 9788581301570
Preço: R$ 39,90
Livro Holocausto Brasileiro, da jornalista mineira Daniela Arbex, resgata história de 60 mil mortos no Hospital Colônia de Barbacena.

Neste livro-reportagem fundamental, a premiada jornalista Daniela Arbex resgata do esquecimento um dos capítulos mais macabros da nossa história: a barbárie e a desumanidade praticadas, durante a maior parte do século XX, no maior hospício do Brasil, conhecido por Colônia, situado na cidade mineira de Barbacena. Ao fazê-lo, a autora traz à luz um genocídio cometido, sistematicamente, pelo Estado brasileiro, com a conivência de médicos, funcionários e também da população, pois nenhuma violação dos direitos humanos mais básicos se sustenta por tanto tempo sem a omissão da sociedade.
Pelo menos 60 mil pessoas morreram entre os muros da Colônia. Em sua maioria, haviam sido internadas à força. Cerca de 70% não tinham diagnóstico de doença mental. Eram epiléticos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava ou que se tornara incômoda para alguém com mais poder. Eram meninas grávidas violentadas por seus patrões, esposas confinadas para que o marido pudesse morar com a amante, filhas de fazendeiros que perderam a virgindade antes do casamento, homens e mulheres que haviam extraviado seus documentos. Alguns eram apenas tímidos. Pelo menos 33 eram crianças.
Quando chegavam ao hospício, suas cabeças eram raspadas, suas roupas arrancadas e seus nomes descartados pelos funcionários, que os rebatizavam. Daniela Arbex devolve nome, história e identidade aos pacientes, verdadeiros sobreviventes de um holocausto, como Maria de Jesus, internada porque se sentia triste, ou Antônio Gomes da Silva, sem diagnóstico, que, dos 34 anos de internação, ficou mudo durante 21 anos porque ninguém se lembrou de perguntar se ele falava.
Os pacientes da Colônia às vezes comiam ratos, bebiam água do esgoto ou urina, dormiam sobre capim, eram espancados e violados. Nas noites geladas da Serra da Mantiqueira, eram deixados ao relento, nus ou cobertos apenas por trapos. Pelo menos 30 bebês foram roubados de suas mães. As pacientes conseguiam proteger sua gravidez passando fezes sobre a barriga para não serem tocadas. Mas, logo depois do parto, os bebês eram tirados de seus braços e doados.
Alguns morriam de frio, fome e doença. Morriam também de choque. Às vezes os eletrochoques eram tantos e tão fortes, que a sobrecarga derrubava a rede do município. Nos períodos de maior lotação, 16 pessoas morriam a cada dia. Ao morrer, davam lucro. Entre 1969 e 1980, 1.853 corpos de pacientes do manicômio foram vendidos para 17 faculdades de medicina do país, sem que ninguém questionasse. Quando houve excesso de cadáveres e o mercado encolheu, os corpos foram decompostos em ácido, no pátio da Colônia, diante dos pacientes, para que as ossadas pudessem ser comercializadas. Nada se perdia, exceto a vida.
No início dos anos 60, depois de conhecer a Colônia, o fotógrafo Luiz Alfredo, da revista O Cruzeiro, desabafou com o chefe: “Aquilo é um assassinato em massa”. Em 1979, o psiquiatra italiano Franco Basaglia, pioneiro da luta pelo fim dos manicômios que também visitou a Colônia, declarou numa coletiva de imprensa: “Estive hoje num campo de concentração nazista. Em lugar nenhum do mundo, presenciei uma tragédia como essa”.


Sobre a autora

Daniela Arbex é uma das jornalistas do Brasil mais premiadas de sua geração. Repórter especial do jornal Tribuna de Minas há 18 anos, tem no currículo mais de 20 prêmios nacionais e internacionais, entre eles três prêmios Esso, o mais recente recebido em 2012 com a série “Holocausto brasileiro”, dois prêmios Vladimir Herzog (menção honrosa), o Knight International Journalism Award, entregue nos Estados Unidos (2010), e o prêmio IPYS de Melhor Investigação Jornalística da América Latina e Caribe (Transparência Internacional e Instituto Prensa y Sociedad), recebido por ela em 2009, quando foi a vencedora, e 2012 (menção honrosa). Em 2002, ela foi premiada na Europa com o Natali Prize (menção honrosa).

Como eu era antes de você - Jojo Moyes

15 de junho de 2013

Lido em: Junho de 2013
Título: Como eu era antes de você
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Gênero: Drama/Romance
Ano: 2013
Páginas: 320
Nota: ★★★★★
Sinopse: Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento.
O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro. Como eu era antes de você é uma história de amor e uma história de família, mas acima de tudo é uma história sobre a coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo parece acabado.

Resenha:  "Como eu era antes de você" é um drama que conta a história de Louisa Clark, uma moça de 26 anos, com um jeito muito cafona de se vestir, que empurra um namoro falido com Patrick e foi demitida do café onde trabalhava como garçonete. Agora ela está a procura de um emprego para poder se manter e ajudar com as despesas de casa, já que mora com os pais, o avô, a irmã mais nova e o sobrinho pequeno, e é muito cobrada pela família. Talvez por morar numa cidade com poucas chances de crescimento para alguém como ela, Lou acabou se acomodando e se conformou que nunca seria ninguém na vida, e apesar de ser a irmã mais velha, sempre foi colocada em segundo plano e sempre viveu à sombra da irmã mais nova, que é mais inteligente, mais ambiciosa e alvo de todas as expectativas que a família alimenta como alguém que iria se dar bem na vida, porém, por ter ficado grávida, precisou interromper seus planos.

Ao ir numa agência de empregos, devido a não ter muita experiência e nem ter muitas qualificações, a única opção que restou para Lou foi ajudar com os cuidados de um homem de 35 anos que sofreu um terrível acidente que o deixou paralizado de forma irreversível, entrevado numa cadeira de rodas, e que depende dos outros para viver, Will Traynor. Apesar de não ter ficado muito satisfeita com o tipo de serviço que seria designado a ela, Lou aceitou, pois era um trabalho temporário e o salário era muito alto. Porém, Will é um cara extremamente fechado, amargurado, arrogante, mal humorado e de mal com a vida. Sua condição, de acordo com ele, é algo longe de viver com dignidade, pois além de depender dos outros para tudo, não pode mais aproveitar a vida intensamente como fazia antes. Mas o que ele não esperava, era que após as faíscas dos primeiros dias de convivência se extinguissem, Lou fosse exatamente o tipo de pessoa que lhe traria a alegria que o acidente lhe tirou, que despertaria vários sentimentos e emoções, e que sua vida, por mais triste e vazia que fosse, sofreria uma grande mudança ao lado dela... E assim como Will, Lou também não esperava que sua vida iria mudar para sempre, principalmente quando descobre que ele guarda um segredo e que sua temporada como cuidadora seria uma tentativa de correr contra o tempo...

A história é super bem escrita, e flui maravilhosamente bem. Narrada em primeira pessoa, e com alguns capítulos sendo contados pelo ponto de vista de outros personagens, Lou é uma personagem intensa, e que apesar de não ter ambições, é divertida e preocupada com as pessoas a sua volta. É um tipo de personagem que faz com que nossas emoções fiquem a flor da pele pelas descrições de sentimentos que ela extravasa através de seus atos ou pensamentos. Ela tem todo um potencial para ser alguém na vida, mas ainda não teve motivação para que fosse despertado, até conhecer Will, alguém que poderia lhe oferecer tudo, mas ao mesmo tempo nada. Um relacionamento em que duas pessoas combinam perfeitamente bem, mas que não se completam totalmente...

Como eu era antes de você é o tipo de história que emociona, que toca, que faz chorar... Tanto pela simplicidade dos atos e pela beleza dos gestos, como pela dor de perder parte de quem você é, ou viver na aflição, correndo contra o tempo, tentando alcançar o inalcançável, ou simplesmente desistindo do que não se pode ter mais... Nem sempre o dinheiro compra a felicidade, nem sempre a falta dele é sinônimo de tristeza. Pessoas podem viver de aparências, podem ter tudo mas ao mesmo tempo não ter nada, enquanto outras estão alí só pra trazer cor a uma vida totalmente cinza...
Um dos dramas mais bonitos que já li, que me fez ficar com os olhos cheios de lágrimas e que faz com que o leitor reflita sobre o que mais tem valor nessa vida tão curta que temos...

Polêmica, eu? #4 - Spams e divulgações

14 de junho de 2013

Hey, pipous!
Mês passado nem rolou essa coluna aqui no blog por causa da minha correria, então provavelmente deve entrar mais uma lá pro fim do mês pra poder compensar essa vergonha que passei.
E o tema que resolvi trazer pra cá é sobre essas coisinhas que, apesar de necessárias para que as pessoas conheçam o que você tem pra mostrar/falar, são completamente irritantes se feitas por quem é desprovido de senso, onde bem entende e sem o menor respeito pelo espaço alheio: spams e divulgações.

Spams e divulgações nos comentários
Pensem comigo: Vou dar como exemplo uma resenha: Li o livro e pus os meus miolos pra funcionar a fim de passar minha impressão e opinião em forma de texto de forma clara pros outros lerem. Ok. Isso tudo levou tempo e acima de tudo dedicação. E quando nos dedicamos a alguma coisa, esperamos um mínimo de retorno... Não cobro comentários de ninguém, mas se a pessoa se dá o trabalho de comentar, que seja para comentar a respeito do que está escrito. Se não leu, não comente. Simples, não?
Mas aí além de não ler, a pessoa ainda vem fazer propaganda do blog que tem, e ainda dá um ultimato de que adorou o blog, mas só te segue se você seguir de volta! Oi? O desespero pra ter mais seguidores é tanto que começam praticamente a ameaçar a gente. Acho que nem preciso me aprofundar nessa questão, assim evito a fadiga...

Spams e divulgações no Skoob
Aí você entra no seu Skoob e se depara com 138 recados não lidos, e quando vai ver, 136 é divulgação de outros blogs. Juro que não me importo com divulgações feitas no Skoob. Eu mesma já fiz algumas convidando pessoas a participarem de promoções, a visitar e seguir o blog se tivessem gostado e tudo mais, mas antes de enviar esse tipo de mensagem, eu me dei o trabalho de ler o mural do sujeito para ver se ele não se importa com isso. Tem muita gente que além de não gostar, ainda xinga, como se isso fosse resolver alguma coisa... Mas ela está no seu direito, oras.. Não gosta, avisou (mesmo que de forma mal educada) e quer paz. E ainda tem aqueles que falam "se tiver um blog me manda que sigo de volta", mas além de não seguir, ainda voltam um tempo depois com o mesmo spam.
Dá pra um ajudar o outro sem ser inconveniente e nem passar a impressão de egoísta, né?

Spams e divulgações no Facebook
Não tem coisa mais chata do que a pessoa usar o espaço de outra pra deixar o link de seu blog ou o que seja para outras pessoas visitarem (e em vão, porque ninguém visita). Quando fazem isso na página do  eu apago sem a menor dó, porque não faço isso na página de ninguém e não concordo que façam isso na minha desse jeito, sem aviso sem nada. Talvez se a pessoa pedisse por inbox ou por email seria mais simpático, mas chegar chegando é muita falta de educação.
Acredito que quando a pessoa tem algo de útil e que agrade os outros para falar, ela não precisa invadir o espaço alheio. Tem N formas de fazer a própria página crescer sem necessidade de incomodar os outros.

Gente que só quer ajuda de blogs maiores pra fazer o próprio crescer e depois somem
Mas como assim a pessoa só me procura pra "me usar" e depois some e nunca mais ouço falar?
Como assim a pessoa nem fala comigo e aparece do além me procurando pra promoção em conjunto pra benefício próprio sem pensar se isso também é bom pra mim?
Quer ajuda, ok, mas vamos ajudar os outros também? Olhar só pro próprio umbigo não faz ninguém chegar em lugar nenhum...
Não me importo em participar de promoções em grupo, mas que tal rolar uma afinidade, uma amizade, um contato mais frequente, antes e depois das promoções?
Humildade, minha gente! Eu teria uma coisa pra falar pra esse povo que só quer usar o outro e depois jogar fora, como se fosse um modess sujo, mas não vou falar, porque é palavrão...
E isso também serve pra quem participa de promoções e só segue/curte o blog enquanto a promo está valendo, e depois deixa de seguir/deixa de curtir porque não ganhou.. Mas isso é assunto pra outro post...

Enfim... Acho que a divulgação, se feita de forma legal, passa uma boa impressão daquele blogueiro, pois ele não fica insistindo, não é inconveniente, não incomoda e acaba atraindo os outros justamente por ele não ser chato nem abusar.
Então, que tal deixar a ideia de competição pra lá, pois isso não leva a nada, e ter um relacionamento legal com os outros blogueiros? Assim todo mundo se ajuda, todo mundo sai ganhando e a convivência fica muito mais agradável!


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A dica de hoje é a rede social Badoo, onde você encontra uma infinidade de maneiras de manter contato com pessoas do Brasil e do mundo através do chat online principalmente para solteiro e muitas outras maneiras de se relacionar e encontrar aquele amigo de infância ou aquele parente distante, faça agora mesmo a experiência!

Promoção - Junho Distópico

13 de junho de 2013


Quem não ama uma boa distopia? Algo naquele mundo injusto, com um governo controlador, heroínas incomuns e batalhas épicas tem chamado bastante a atenção do público jovem de 2010 para cá. Distopia é o novo Vampirismo, e foi pensando nisso que os blogs Livros e RabiscosLivros e ChocolateClicando Livros e Artesã Literária resolveram se unir para premiar não menos que quatro maravilhosos exemplares do gênero para um de seus leitores! Isso mesmo! Quatro livros, somente um ganhador!!

É só seguir as regrinhas de sempre, residir no Brasil, seguir os blogs publicamente e marcar as entradas cumpridas no formulário abaixo. Para chances extras, é só cumprir o restante das opções!
Não se esqueça de ler atentamente os Termos e Condições ao fim do formulário!
Participe e boa sorte!

Novidades Junho - Cia das Letras/Paralela/Seguinte

Crossfire: Para Sempre Sua - Sylvia Day - Livro 3
A partir do momento que conheci Gideon Cross, vi nele algo que precisava. Algo que não podia resistir. Eu vi a alma perigosa e danificada — muito parecida com a minha. Eu estava atraída por isso. Eu precisava dele, tanto quanto precisava que meu coração batesse. Ninguém sabe o quanto ele arriscou por mim. O quanto fui ameaçada, ou quão sombria e desesperada a sombra de nosso passado se tornaria. Entrelaçados por nossos segredos, nós tentamos desafiar as probabilidades. Nós fizemos nossas próprias regras e nos rendemos completamente ao poder requintado da posse…




O Fator Scarpetta - Patricia Cornwell - Livro 17


Falta uma semana para o Natal. A economia americana do pós-crise custa a se recuperar. Diante de um cenário tão desalentador, a dra. Kay Scarpetta - apesar de sua agenda apertada e do trabalho como analista de medicina forense na CNN - resolve oferecer seus serviços pro bono ao Instituto Médico Legal de Nova York. Mas sua crescente exposição na mídia parece antecipar uma série de eventos inesperados e perturbadores. Ao vivo na CNN, ela é questionada sobre o estranho caso de Hannah Starr, uma bela milionária desaparecida desde a véspera do Dia de Ação de Graças. Durante a mesma transmissão, Scarpetta recebe uma ligação de uma antiga paciente psiquiátrica de Benton Wesley, que parece estar obcecada pelo casal. No mesmo dia, ao voltar para casa depois do programa, um pacote suspeito - possivelmente contendo uma bomba - é deixado aos cuidados de Kay. Rapidamente, a suposta ameaça à vida de Scarpetta a envolve numa rede de acontecimentos surreal em que se encontram um famoso ator acusado de um crime sexual inacreditável e o desaparecimento de uma ricaça que parece partilhar um passado secreto com Lucy, a sobrinha preferida de Kay. Complicando ainda mais a trama, o produtor de Scarpetta na CNN tenta persuadi-la a estrear um programa de TV chamado O fator Scarpetta. Diante de tantos acontecimentos bizarros, ela teme que sua fama resulte na ilusão de que ela realmente tem um 'fator especial', uma habilidade mística que a auxilia na resolução dos casos.

Bloodlines: Laços de Sangue - Richelle Mead - Livro 1
Sydney estava encrencada. Em sua última missão, ela tinha ajudado a dampira Rose Hathaway a escapar da prisão, e essa aliança foi considerada uma traição grave, já que vampiros e dampiros são criaturas terríveis e antinaturais, ameaças àqueles que os alquimistas devem proteger - os humanos. Com sua lealdade colocada em questão, Sydney se sente obrigada a voluntariar-se para uma tarefa nada agradável - ajudar a esconder Jill Dragomir, uma princesa vampira que está sendo perseguida por rebeldes que querem o poder. Caso ela seja capturada e assassinada, a rainha Lissa ficará sem nenhum parente vivo e, como manda a lei, terá de abdicar do trono - o que culminará numa guerra civil tão sangrenta no mundo dos vampiros que certamente afetará a humanidade.
Assim, pelo bem dos humanos, Sydney aceita se disfarçar de estudante e passa a conviver diariamente com Jill e seu guardião Eddie, quando os três são matriculados como irmãos no último lugar em que qualquer um procuraria a realeza dos vampiros - a Escola Preparatória Amberwood, em Palm Springs, na Califórnia. Mas entre uma pizza e outra, entre um jogo de minigolfe e uma conversa sobre garotos, ela começa a ter a sensação de que talvez esses seres estranhos não sejam tão maus assim, principalmente Adrian, um vampiro muito próximo de Jill que desperta os sentimentos mais contraditórios - e proibidos - em Sydney...
O problema é que além de refletir sobre suas convicções e se preocupar com o seu coração, que anda acelerando mais do que deveria, a garota terá de encarar outros inconvenientes um pouco mais graves, como as tatuagens que viraram febre entre os alunos da escola e que parecem conferir poderes sobrenaturais a quem as usa. De que ingredientes elas eram feitas? Quem estaria por trás disso? Será que havia algum alquimista traidor entre eles? Caberá a Sidney resolver todos esses mistérios e garantir a paz entre os humanos antes que seja tarde demais.

O Amor de Uma Boa Mulher - Alice Munro
Em 'O amor de uma boa mulher', Alice Munro oferece ao leitor mais uma fornada de seus contos de fôlego, marcados pela destreza dos planos cinematográficos e pelo olhar duplo, ao mesmo tempo panorâmico e intimista. A canadense fez das pequenas cidades espalhadas pelo condado de Huron o território privilegiado de sua ficção e detecta nas franjas do meio rural aqueles indivíduos de algum modo deslocados da norma. A velhice, a doença, o transtorno mental ou a simples diferença com relação à maioria pontuam os textos. Em Munro, há uma intuição de que a condição feminina se conecta por vários caminhos com a marginalidade. Uma personagem do conto 'Jacarta' sobrevive dando aulas de ballet depois que o marido jornalista supostamente morre num país distante; a protagonista de 'Ilha de Cortes' deseja ser escritora, mas fracassa; Pauline, a jovem mãe de 'As crianças ficam', tem uma aparência peculiar que a faz ser convidada para interpretar o papel de Eurídice numa montagem teatral amadora, experiência que irá transformar a sua vida. Retrocedendo da atualidade à década de 1950, as narrativas flagram um período em que, para as mulheres, o trabalho muitas vezes servia apenas como um intervalo entre o casamento e a chegada do primeiro filho. Na verdade, tratava-se de um hiato particularmente propício ao desconforto, pois aqueles foram os anos que precederam a Revolução Sexual. A posição gauche dessas mulheres as aproxima de zonas mentais obscuras, colocando-as em xeque diante da vida social. É como se a precisão do roteiro traçado para os homens se opusessem à precariedade e à deriva dos destinos femininos.

Ragnarök - O Fim dos Deuses - A.S. Byatt

Ragnarök, em islandês antigo, significa 'crepúsculo dos deuses', ou ainda, 'julgamento dos deuses'. Ambas as acepções estão contidas nas sagas mitológicas germânicas e escandinavas compiladas a partir do século XIII. Para os antigos nórdicos, o fim dos deuses era também o fim dos tempos, comparável ao Juízo Final dos cristãos, com a importante diferença de que não havia esperanças de uma vida além-túmulo - após o colapso do Valhall - o suntuoso palácio das divindades -, o universo se transformará para sempre num lugar escuro, árido e desabitado. Neste livro híbrido entre mitologia e autobiografia, A. S. Byatt recupera algumas das mais importantes histórias sobre a gênese e o fim do mundo segundo os povos bárbaros - vikings, islandeses, germanos - que habitaram o norte da Europa até sua cristianização. Encantada desde a infância por deuses como Odin, Frigg, Loki e Thor, a autora reconta suas aventuras em meio a gigantes, elfos, lobos e serpentes monstruosas; paralelamente, Byatt rememora suas próprias experiências durante a primeira leitura das narrativas de que esses seres fantásticos são protagonistas. Ostentando poderes prodigiosos, equiparados às forças incontroláveis da natureza, mas também às fragilidades mais típicas dos homens, as divindades do panteão nórdico provocam seu próprio fim com suas paixões imprudentes. Trata-se de um eloquente eco das catástrofes humanas e naturais anunciadas pela atual degradação ambiental e pela escalada dos conflitos bélicos.

O Império de Hitler - A Europa Sob o Domínio Nazista - Mark Mazower
Em 1941 havia soldados alemães a poucas léguas por mar da Grã-Bretanha, admirando as ruínas de Atenas, na área onde fica o aeroporto de Moscou, e marchando pela avenida dos Champs-Élysées, em Paris. Hitler, quase da noite para o dia, se viu senhor de um império maior que o de Napoleão. Depois do sucesso avassalador da campanha teutônica sobre a Europa ocidental (o general que ocupou a Dinamarca teria dito - 'Tire este paiseco do meu caminho, tenho algo mais importante a conquistar!'), o front leste começou a acumular sucessivas vitórias, e o Reich ganhava ares de invencibilidade. Antes do começo de 1942, o Exército alemão tinha feito mais de 2 milhões de prisioneiros russos, e Hans Frank, o governador-geral da Polônia conquistada, instalado em Cracóvia, se comportava como um príncipe renascentista, tirano e vaidoso, cego pelo poder a ponto de escrever um diário em quarenta volumes, que acabaria lhe custando a vida. De repente, o avanço alemão parou. A guerra se prolongaria ainda por mais de dois anos de conflitos sangrentos, até que os soviéticos chegassem a Berlim, mas a maré se invertera definitivamente. Nesta obra, Mark Mazower demonstra que foi justamente a estrutura pouco ortodoxa (senão bizarra) da ocupação alemã o principal componente da derrota nazista. A falta de planejamento e o patente erro de cálculo dos alemães, incapazes de antever as tremendas dificuldades de sua missão 'germanizadora', transparecem com regularidade impactante no vasto repertório de fontes pesquisado pelo autor. Baseado numa ilusão perene, o Terceiro Reich foi responsável, em sua campanha bárbara, não só por dezenas de milhões de mortes durante o conflito, mas por uma Europa dilacerada e decadente, e por um novo mundo.

Pássaros Amarelos - Kevin Powers

'Metade da memória é imaginação', diz John Bartle. Narrador-protagonista de 'Pássaros amarelos', o ex-soldado reconta, em uma narrativa cheia de vaivém, o que aconteceu durante seu serviço na Guerra do Iraque. Não são as lembranças precisas dos episódios sangrentos da guerra, das noites em vigília e das paisagens iraquianas que são postas em dúvida pela memória de Bartle, mas o significado de cada uma de suas ações em Al Tafar, cidade em que combateu em 2004. Isolado em uma cabana nas montanhas Blue Ridge, Bartle tenta dar sentido às suas experiências pelo próprio relato, que não raro abarca reflexões e observações poéticas. A memória vai e volta no tempo, descrevendo os treinamentos no quartel, os ataques à sua base, as incursões pelas vielas de Al Tafar, os corpos, o vagar por uma cidade alemã à espera da repatriação, o retorno aos Estados Unidos. Revirando as lembranças, ele segue um norte - a história de Daniel Murphy, soldado três anos mais jovem, de quem se aproximou e que prometeu levar de volta, vivo, para a mãe. A impossibilidade de cumprir essa promessa atormenta Bartle, que revive em imaginação cada momento com o amigo.