Caixa de Correio #53 - Julho

31 de julho de 2016


Na correria pra organizar os posts e por tudo em dia, vim correndo pra montar o da caixa. Ainda tenho algumas resenhas pra postar e encaixar ainda no final desse mês, mas logo logo elas vão ao ar.
Comprei um Funko do Rony de Harry Potter no Ebay no final do mês passado, mas como vou mofar no minimo uns 3 meses esperando o bendito chegar, deixo pra mostrar na caixa do mês que ele vier. Oremos pra não demorar séculos.
Esse mês recebi um monte de coisa boa, aproveitei promoção no Sub de 3 livros por 30 pila e comprei 3 livritchos que estavam na minha wishlist literária, mas estou sem rumo aqui sem saber por onde começar nesse monte de coisa maravilinda que chegou.
Bora espiar?

Top 10 #2 - Dez Motivos para Ler (e reler) Harry Potter

30 de julho de 2016

Dia 31 de Julho é aniversário da nossa querida J.K. Rowling, e essa também é a data do aniversário do bruxinho mais famoso de todos os tempos, Harry Potter. Make a wish, Harry!

E pra não deixar essa data tão especial passar em branco, eu, como fã da série, fiz uma listinha com muito amor e carinho (P.S. pro banner do post, que fofo!) com 10 motivos pra quem ainda não leu (que heresia, gente!), correr pra ler, e quem já leu, correr pra ler de novo e matar a saudade!

Novidades de Julho - Leya

28 de julho de 2016

Clube da Luta 2 (HQ) - Chuck Palahniuk
Alguns amigos imaginários nunca vão embora...
Vamos juntos quebrar a regra número um do Clube da Luta. Tyler Durden está de volta. Agora, ele já é pai de família. A continuação do clássico de Palahniuk surge num formato inovador: em HQ. A história se passa nove anos depois do final do primeiro livro. O casal de protagonistas, que leva uma existência aparentemente normal, mais uma vez terá de rever alguns amigos imaginários que nunca foram embora. Só que agora as consequências podem fugir ainda mais do controle. Comemorando vinte anos da publicação do livro Clube da Luta, Chuck e o aclamado ilustrador Cameron Stewart se juntaram para criar o que já se tornou uma das mais aguardadas HQs da história: o retorno de Tyler Durden.

Reviravolta - Soul Rebel #1 - Kimberly Mascarenhas
Reviravolta é o primeiro volume da série "Soul Rebel", grande fenômeno da internet. Cassidy, a protagonista desta história, é uma jovem tímida, mas muito forte e decidida. A certa altura, depois de alguns acontecimentos inesperados em sua vida, Caissy conhecerá Mason, um cara lindo e sexy, mas com fama de perigoso. E uma atração inevitável entre eles vira o combustível de uma paixão conturbada. Cheia de dúvidas e conflitos internos, ela decide se entregar à paixão e correr todos os riscos, sem saber que se relacionar com ele talvez signifique colocar a própria vida em jogo. Com muita emoção, desejo e ação, Reviravolta conquista o leitor de imediato e o deixa contando as horas para ler toda a trilogia.


Dungeons and Dragons - O império da imaginação - Michael Witwer

Pai dos jogos de aventura fantástica, Gary Gygax tem uma história de vida que foi contada apenas aos poucos e em pedaços. Em O império da imaginação, Michael Witwer apresenta uma biografi a dinâmica de Gygax, desde a infância em Lake Geneva, Wisconsin, até a morte em 2008. Dungeons & Dragons, obra máxima de Gygax, explodiria em popularidade durante os anos 1970 e 1980 e mudaria o mundo dos jogos irreversivelmente. O RPG mais famoso de todos os tempos lidera uma classe de elite de jogadores, entre eles, George R.R. Martin, Robin Williams e Vin Diesel – todos já falaram abertamente sobre suas experiências com o jogo quando eram jovens, e muitos creditam a ele o início do exercício em que a imaginação começou a levantar voo. O envolvimento de Gygax na indústria dos jogos de tabuleiro e de RPG durou muito mais tempo do que sua dramática e involuntária saída da empresa criadora do D&D, a TSR. Sua infl uência ainda pode ser notada em fi lmes, livros e videogames do gênero. Witwer nos mostra, no entanto, que talvez a faceta mais convincente da vida e da obra de Gygax tenha sido seu compromisso inabalável com o poder da criatividade em face de uma miríade de adversidades – culturais, econômicas e pessoais. Por meio da criação do RPG, Gygax forneceu a gerações de jogadores as ferramentas necessárias para que cada um inventasse personagens e mundos inteiros em sua mente. Com uma narrativa de estilo particular que elegantemente captura o drama dos primeiros dias de D&D, Witwer escreveu uma crônica atrativa da vida e do legado desse imperador da imaginação.

Surgido das sombras - Alien #1 - Tim Lebbon
Chris Hooper, quando criança, sonhava com monstros. Mais tarde, ele percebeu que monstros não moram apenas nos sonhos infantis. Trabalhando numa mineradora, no planeta LV178, Chris e sua equipe encontram no solo um ninho de Xenomorfos, mas o que Chris ainda não sabia é que essa viagem se tornaria o seu pior pesadelo.
Com a participação de Ellen Ripley, essa nova aventura promete ser surpreendente e revelar uma história até então desconhecida. Resgatando todo o clima de terror e suspense que fez sucesso nos filmes, Alien: surgido das sombras é o primeiro livro da trilogia que promete trazer de volta monstros terríveis, naves espaciais, androides e uma das maiores heroínas que conquistou toda uma geração.


Circo Mirandus - Cassie Beasley

27 de julho de 2016

Título: Circo Mirandus
Autora: Cassie Beasley
Editora: Agir Now
Gênero: Fantasia/Infantojuvenil
Ano: 2016
Páginas: 288
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva
Sinopse: Você acredita em mágica? Micah Tuttle, sim. Embora a malvada tia-avó Gertrude não aprove, Micah acredita nas histórias que o avô, em seu leito de morte, conta sobre o Circo Mirandus: o tigre invisível que toma conta dos portões, a belíssima mulher-pássaro que voa de verdade, e o mágico mais poderoso de todo o mundo o Homem que Dobra a Luz. Finalmente, o vovô Ephraim oferece provas. O Circo é real. E o Dobra-Luz lhe deve um milagre. Com a decidida e racional amiga Jenny Mendonza ao seu lado, Micah decide encontrar o Circo e o homem que talvez possa salvar seu querido avô. O problema é que o Dobra-Luz não quer manter sua palavra, e agora depende de Micah conseguir o milagre de que tanto precisa.
Resenha: Circo Mirandus é o livro de estreia da autora americana Cassie Beasley que chegou ao Brasil pela Agir Now/Harper Collins.

Micah Tuttle foi criado por seu avô, Ephraim, depois que perdeu os pais. Ele sempre ouvia histórias incríveis sobre um circo mágico que o avô visitou quando ainda era criança e Micah realmente acreditava no que ouvia e que o Circo Mirandus, de fato, existiu. Mas um dia seu avô ficou doente, e sua tia-avó Gertrudis veio para tomar conta dele e de seu avô. O problema é que ela não acreditava em nenhuma daquelas histórias, dizia que o Circo não existia e além de afastar Micah de Ephraim por achar que ele deveria repousar para melhorar, fazia de tudo para que o garoto esquecesse as histórias que o empolgavam tanto, o desencorajando. Mas tudo mudou quando uma carta provou a existência do Circo. No passado, quando ainda era muito jovem, Ephraim conheceu um mágico muito poderoso que havia lhe prometido um milagre, o Homem que Dobra Luz. E agora que está doente, ele enfim enviou a carta pedindo a ajuda dele pois descobriu qual é o milagre que precisa, e sua carta foi respondida... Micah acredita que o pedido do avô seria ficar saudável outra vez, e que a magia iria resolver todos os problemas...

O livro é narrado em terceira pessoa e intercala duas linhas de tempo onde temos Micah no presente e o jovem Ephraim do passado contando como ter descoberto o Circo mudou sua vida. A escrita da autora envolve pela simplicidade e pela delicadeza ao descrever detalhes.
A forma como a autora aborda assuntos como a família, perda, amizade e a crença na magia que jamais deve ser perdida é simplesmente admirável.
Os personagens são bem construídos e cada um possui sua própria caracteristica incomum que os tornam especiais e únicos dentro do universo do Circo.
Gostei muito de vovô Ephraim. Seu amor fraternal é incondicional. Ele é bondoso, dedicado e muito sábio, e acompanhar esse tipo de relacionamento tão bonito entre avô e neto é inspirador.

A história tem uma carga dramática que emociona já que aborda a ideia da morte e que Micah não teria ninguém a altura do avô para ser seu responsável e amá-lo tanto. Mas mesmo que haja esse toque de tristeza e a sensação do coração estar apertado, há muitos momentos alegres e divertidos devido à magia e aos personagens peculiares com quem Micah se depara.

A capa é linda de viver! Tem detalhes dourados e aplicações de verniz local que fazem do livro a coisa mais adorável da estante. A fonte tem um tamanho agradável e as páginas são amarelas. Cada capítulo é numerado, possui título e é sempre iniciado com uma pequena ilustração. Alguns capítulos ainda terminam com uma maior que ocupa toda a página. As ilustrações são simples mas sempre muito expressivas, o que colabora para a visualização dos elementos, cenários e personagens criados pela autora.

Circo Mirandus é um livro com uma história bonita e inesquecível, que pode ser lido por leitores de todas as idades. Com certeza ele irá proporcionar uma viagem incrível pelo mundo da fantasia e quem gosta de histórias mágicas com um toque de misério intrigante e protagonizadas por crianças vai encontrar nesse livro uma dose agridoce de otimismo e esperança de que coisas boas virão.
A história é uma das mais fofas que já li e a única coisa que penso agora é em repassá-la aos meus filhos para eles também viverem essa magia.


Sorteio - A Rebelde do Deserto

26 de julho de 2016


Geeeente, faz ERAS que não organizo um sorteio aqui no blog. Shame on me!
Pra voltar ao costume e deixar todo mundo feliz, eis que esta pessoa que vos fala trouxe um sorteio em parceria com a Editora Seguinte!
E pra concorrer é super fácil! Confira as regrinhas abaixo:
Termos e condições:
- Ter endereço de entrega em território nacional;
- Comentar este post deixando email válido para contato;
- Perfis fakes ou exclusivos pra promoções não serão aceitos. Caso constatado, o ganhador será desclassificado sem aviso prévio;
- Não nos responsabilizamos por danos ou extravios por parte dos correios, nem por um segundo envio em caso de devolução por erro nos dados informados ou entrega sem sucesso;
- Após o resultado o ganhador será comunicado por email (o mesmo deixado nos comentários). O prazo para responder com os dados é de até 48 horas, caso contrário um novo sorteio será realizado. Em caso de falta de resposta por parte do ganhador, o sorteio será refeito por no máximo 3 vezes. Caso ninguém responda em tempo hábil, o sorteio será cancelado;
- Caso o ganhador seja sorteado com uma entrada extra que não tenha sido cumprida, este será desclassificado e será feito novo sorteio;
- O envio do livro será feito em até 30 dias úteis pela Editora Seguinte após o recebimento dos dados do ganhador;

a Rafflecopter giveaway

Boa sorte!

Maré Congelada - Morgan Rhodes

25 de julho de 2016

Título: Maré Congelada - Queda dos Reinos #4
Autora: Morgan Rhodes
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Juvenil
Ano: 2016
Páginas: 438
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: As disputas pela Tétrade, quatro cristais mágicos capazes de conferir poderes inimagináveis a quem os encontrar, continua. Amara roubou o cristal da água, Jonas conseguiu o da terra, Felix enganou os rebeldes para ficar com o cristal do ar, e Lucia está com o do fogo. Mas nem todos sabem como libertar a magia da Tétrade, e apenas a princesa feiticeira conquistou poder até agora, aliando-se ao deus do fogo que libertou de seu cristal. Gaius, o Rei Sanguinário, também não desistiu de encontrar os cristais. Ele está mais sedento por poder do que nunca, especialmente agora que não conta mais com a ajuda da imortal Melenia nem com o apoio de Magnus, o herdeiro que o traiu para poupar a vida da princesa Cleo. Para conquistar todo o mundo conhecido, Gaius resolve atravessar o mar gelado até Kraeshia, e tentar um acordo com o imperador perverso de lá. No caminho, o rei vai encontrar muitas dificuldades e inimigos, como Amara, princesa de Kraeshia, que tem seus próprios planos para conquistar o poder.
Resenha:  A busca pelos cristais da tétrade continua. Em mais um volume da série A Queda dos Reinos, os personagens estão cada vez mais sedentos por poder e desejo de derrotar seus inimigos. Nessa sequência, que antecede Crystal Storm, Morgan Rhodes trouxe mais uma vez uma aventura instigante e animadora, mas que por alguns motivos não se igualou aos outros.

Posso dizer, como toda a certeza, que a saga de Cleo, Magnus, Lucia e Jonas é uma das histórias mais empolgantes que já li. O primeiro livro se mostrou uma completa surpresa. Um aspecto muito forte para mim e para alguns leitores dos quais li a opinião, é: a narrativa da autora sempre flui como um rio em alta velocidade. Em Maré Congelada isso não poderia ser diferente: finalizei a leitura em três dias, mas como algumas ressalvas a respeito do caminho que tudo está tomando.

Como todos sabem, existem diversos pontos de vista na história. Agora, Lucia está cada vez mais sedenta por sangue e deseja vingança. A jovem exibe um ar austero em todas suas aparições e tenta encobrir com uma carapaça toda dor que sentiu. Cleo, a minha personagem preferida, está sempre olhando para o seu futuro e lutando por isso utilizando todas as suas armas possíveis. Magnus, o príncipe sanguinário, mostrou dois lados diferentes e cabe a quem lê escolher qual deles é o mais convincente. E Jonas, bom, está cada vez mais atrapalhado e cometendo mais erros (ele consegue ser bem irritante diversas vezes). Além dos quatro protagonistas, há capítulos com o ponto de vista de Amara Cortas e Félix.

Se em A Ascenção das Trevas tive uma empatia por quase todos eles, esse sentimento se tornou mutável. Com mudanças de ideias repentinas fica difícil conseguir montar um perfil e entendê-los a fundo. Isso não deveria soar como um ponto negativo e, sim, como um enigma a ser desvendado. Porém, ao que parece, tudo está sendo moldado para render uma trama que abrangerá seis livros, o que poderia ser encerrado com quatro. Alguns diálogos que poderiam ser resumidos e acontecimentos, que certamente não têm muita necessidade, poderiam ser extinguídos.

Não estou desmerecendo a história - longe de mim, já que adoro esse universo criado em Mítica - mas Rhodes poderia tentar enxugar a narrativa. Para elucidar isso de uma maneira simples é só comparar uma novela com uma série. Uma tem uma longa duração com vários núcleos e desenvolvimentos e em contrapartida a outra tem algumas temporadas, de poucos episódios, com um foco certo. A Queda dos Reinos ganha pontos pela narrativa, mas fica difícil entender para onde estamos sendo levados. Há muitas mortes, alá Game Of Thrones, mas elas parecem ser a troco de nada. Muito do que nós imaginamos acaba se perdendo quando, de repente, surge um novo personagem sedento por poder e muda todo o rumo da trama, dando uma nova perspectiva e traindo tudo que podemos esperar.

Maré Congelada foi bom, mas poderia ter sido melhor. É difícil criar empatia com alguma história quando ela começa a se perder e rodar, rodar, rodar... Numa tentativa de escrever uma série longa, acredito que Morgan deixou a desejar nesse livro e acabou revertendo a imagem positiva deixada até então. Posso afirmar que de todas as quatrocentas e poucas páginas, apenas 30% é realmente conteúdo proveitoso e de agrado aos olhos. Os personagens estão cada vez mais voláteis; há um surgimento de novos enigmas e embates. O resultado disso tudo é uma trama que cheia de controvérsias e densa demais, confundindo quem lê. Para quem, assim como eu, é fã da série, só resta esperar o melhor que há de vir pela frente.


Um Novo Mundo - Bibi Tatto

24 de julho de 2016

Título: Um Novo Mundo: Gagui joined the game
Autora: Bibi Tatto
Editora: Novo Conceito
Gênero: Infantojuvenil
Ano: 2016
Páginas: 144
Nota: ★★☆☆☆
Onde Comprar: Saraiva
Sinopse: O tempo está correndo e Bibi precisa alcançar logo seu irmão, Gagui, senão... Você conhece o mundo do Minecraft? Então certamente sabe quem é a Bianca Tatto, ou melhor, Bibi! Ela tem hoje um dos canais mais importantes no Youtube sobre Minecraft, com dicas e experiências que divide com um grupo de mais de um milhão de inscritos que a segue e comenta tudo que posta. Também é considerada a garota gamer mais assistida entre os youtubers do Brasil, além de uma das maiores do mundo. Neste livro, Bibi apresenta uma incrível competição entre o avatar dela e o do Gagui dentro de um novo mundo que ela criou no jogo. Enquanto isso, alterna a história com momentos divertidos de sua vida e confusões reais que se meteu durante seus dezesseis anos de idade. Se você faz parte do público que curte Minecraft e procura por uma empolgante história, não pode deixar de saber quem sairá vencedor dessa perseguição! Preparado para a aventura?
Resenha: Ainda na incansável (mas rentável) onda de livros de youtubers, a Editora Novo Conceito resolveu apostar em Bianca Tatto. Bibi tem um canal desde dezembro de 2014 onde fala principalmente sobre o jogo Minecraft que, atualmente, mesmo sendo relativamente recente, já passou de 1,7 milhão de inscritos. Ela também compõe músicas e faz videos sobre viagens e seu dia a dia em geral.

Bibi se inspirava muito no youtuber Pedro Afonso, mais conhecido como Rezendeevil, e quando ela escreveu e gravou uma música em homenagem a ele, a repercussão foi tanta que, desde então, Bibi ficou conhecida entre o público destinado aos gamers no Youtube e seu canal não parou de crescer a ponto de ela ser considerada uma das gamers mais assistidas entre os youtubers desse segmento. Ela é bastante articulada e consciente do público que tem, e achei bem bacana que, mesmo que os videos sejam sobre o jogo, ela também sempre fala sobre a importância dos estudos para a criançada.
Em Um Novo Mundo, Bibi faz um misto sobre alguns episódios engraçados de sua própria vida ao mesmo tempo em que narra uma competição entre seu avatar e o de Gagui, seu irmão (que foi quem apresentou o jogo pra ela) num mundo novo criado por ela dentro de Minecraft.


Minecraft é um dos jogos mais populares da atualidade e conquistou milhões de fãs por todo o mundo. Ele permite usar e abusar da criatividade permitindo ao jogador viver grandes aventuras, enfrentando aranhas gigantes, zumbis e outros monstros malucos, enquanto cenários e objetos com seu visual em formato de blocos bastante característico são criados a partir dos materiais coletados pelo mundo afora.
O livro é todo narrado por Bibi e a intenção é fazer parecer que ela está conversando com o leitor, cumprimentando, explicando sobre o jogo, soltando vários "kkkkkkk's" e contando sobre alguns momentos "incríveis" de sua vida.
Como o público do canal dela é composto em sua grande maioria por crianças, é tudo contado de forma muito leve, didática e descontraída, logo o livro é voltado exclusivamente pra esse mesmo público.
Acredito que pelo conteúdo, as histórias e os casos podem soar bastante engraçados e divertidos para os fãs de Bibi na faixa dos dez anos de idade ou menos, mas eu particularmente achei tudo infantil ao extremo e até um pouco forçado na questão da interação e da graça do que é contado, até mesmo pra alguém da idade dela.

O projeto gráfico do livro é bem caprichado. A capa mostra Bibi no universo do jogo com detalhes quadriculados e em forma de blocos. A digramação também é bem legal, a fonte é grande e o livro é cheio de fotos de Bibi e de ilustrações dos elementos de Minecraft.

Não sou o público alvo do canal e acredito que só quem é fã deva curtir o conteúdo do livro. Apesar de ter revirado os olhos quando o assunto era algum caso vivido por ela, o livro pode ser uma oportunidade bacana para as crianças adentrarem o universo literário e começarem a se interessar mais por leitura.

Felizmente, o Leite - Neil Gaiman

23 de julho de 2016

Título: Felizmente, o Leite
Autor: Neil Gaiman
Ilustrações: Skottie Young
Tradutor: Edmo Suassuna
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Gênero: Fantasia/Infantojuvenil
Ano: 2016
Páginas: 128
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Uma prosaica ida até o mercado se transforma numa incrível aventura no mais recente livro infantil do celebrado escritor britânico Neil Gaiman, que coloca um estranho objeto prateado no caminho de um pai que só queria comprar um pouco de leite para o café da manhã. Aliás, aquele disco prateado gigantesco estacionado em plena rua Marshall, com seres verdes um tanto gosmentos e bastante ranzinzas querendo reformar o (nosso) mundo, é só a primeira de muitas surpresas que esperam pelo zeloso pai de família na história, que inclui ainda viagens no tempo e no espaço num balão, um dinossauro inventor, navios piratas, vulcões e outras maluquices. Será que o café da manhã das crianças está a salvo? Com ilustrações incríveis de Skottie Young, Felizmente, o leite é uma história de fantasia com uma boa dose de nonsense e o senso de humor peculiar de Neil Gaiman.
Resenha: Felizmente, o Leite, escrito pelo ilustre autor britânico Neil Gaiman e graciosamente ilustrado pelo artista Skottie Young, é uma aventura hilária que traz uma metáfora bastante inteligente e apropriada para várias questões familiares e contemporâneas.

Tudo começa quando uma tradicional família fica desfalcada da mãe, que precisa viajar a trabalho e deixa o casal de filhos sob os cuidados do pai. Antes de ir ela deixa instruções sobre o funcionamento da casa e da rotina dos filhos, mas tudo indica que o pai parece estar perdido e não faz ideia do que fazer. Na primeira manhã, quando as crianças vão tomar café, elas se deparam com uma tragédia: O leite para o cereal acabou!
O pai, então, precisa sair para comprar o bendito leite, mas demora tanto que é questionado pelos filhos. Ele não tem outra saída a não ser contar sobre todas as aventuras mirabolantes pelas quais passou para conseguir trazer a garrafinha do precioso leite são e salvo e garantir o sucesso do café matinal e a satisfação das crianças.

A narrativa é feita pelo filho mais velho, desconfiado da história do pai, que inventa as mais fantasiosas e absurdas desculpas pela demora praticamente eterna em trazer o leite que as crianças tanto precisam. A filha mais nova adora essa história incrível e se deixa levar pelas mais malucas situações que o pai viveu enquanto trazia e protegia a garrafinha de leite, numa jornada inusitada com direito a abdução alienígena, dinossauro inventor, piratas, aborígenes, pôneis, viagens em máquinas do tempo e muitas confusões impossíveis e repletas de reviravoltas e outras improbabilidades.

Embora seja voltado ao público infantil, a história é muito bem construída e vai arrancar risadas e levar reflexões até mesmo para os mais velhos, mostrando que as responsabilidades pela casa e pelos filhos não devem cair exclusivamente sobre a mãe e que o casal precisa achar um equilíbrio, dividindo as tarefas domésticas e sendo responsáveis por igual pelas crianças, tudo isso através de uma narrativa lúdica, leve, recheada de criatividade e muito divertida!
As ilustrações também não ficam atrás, pois o artista consegue acompanhar e ilustrar perfeitamente bem e de forma cômica e encantadora, passando as ideias geniais de Gaiman para o papel.

Neil Gaiman não cansa de nos surpreender. Felizmente, o Leite é uma aventura divertida e super nonsense que vai agradar leitores de todas as idades.
Já li para meus pequenos e eles adoraram e riram tanto quanto eu! ♥


Porno - Irvine Welsh

22 de julho de 2016

Título: Porno - Trainspotting #2
Autor: Irvine Welsh
Tradução: Galera & Pellizzari
Editora: Rocco
Gênero: Ficção/Romance
Ano: 2016
Páginas: 480
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Livraria Cultura
Sinopse: As anfetaminas, os ansiolíticos, a metadona, o ácido lisérgico, nada disso faz mais efeito. Morfina, adeus! Novos vícios para novos tempos. E, agora, eles estão em todos os lugares. Em qualquer cinema pulguento, nos classificados dos jornais, nas esquinas, ao alcance de um único clique no mouse. Todos os dias. Vinte e quatro horas. Toda a perversão, todo o desespero e toda a doença em troca de um único barato: pornografia. Quem precisa de heroína quando nunca foi tão fácil obter um orgasmo?
Resenha: Porno foi lançado pela primeira vez em 2006 no Brasil, dando continuidade a Trainspotting, onde conhecemos a história de Mark Renton, Sick Boy, Spud e Begbi, jovens inconsequentes, desajustados e viciados em drogas que viviam no suburbio de Edimburgo, se envolveram em várias confusões e arruinavam as próprias vidas enquanto ansiavam pela próxima onda. Dez anos se passaram desde então, eles estão na casa dos trinta, têm responsabilidades de pessoas adultas, filhos e estão diversificando os próprios interesses, até toparem com o assunto do momento: a indústria pornográfica.
O livro do autor escocês Irvine Welsh foi relançado pela Editora Rocco nessse ano de 2016 sob novo, muito mais bonito e menos sugestivo, projeto gráfico.

Sick Boy, ou melhor, Simon, ganha o foco maior nessa sequência. Ele se tornou um empreendedor ambicioso e oportunista que não mede esforços para ganhar muito dinheiro, nem que para isso ele execute falcatruas ou qualquer outro projeto arriscado e que ainda sirva para alimentar seu próprio ego. E então, sem deixar de lado a ideia de que quer se vingar de Renton por algo que aconteceu no passado, ele decide produzir um filme pornô e todos os seus antigos compaheiros se envolvem no dito projeto. E enquanto isso, Begbie está prestes a ser libertado da prisão e quer descontar sua raiva em todos os outros.

A narrativa é feita em primeira pessoa e assim como acontece em seu antecessor, não há nenhum indicativo sobre quem é o personagem com a voz ativa da vez, mas a medida que vamos nos acostumando com as particularidades de cada um, fica fácil saber quem é quem e considero isso como sendo um ponto super favorável ao autor, que demonstra sua incrível habilidade de diferenciar personagens lhes dando personalidade própria, cada qual com sua narrativa individual e única, sendo possível conhecermos cada um deles apenas pelo modo de falar e/ou agir. O ritmo da escrita é constante, mais focado e não apresenta tantos elementos caóticos deixando a estrutura da trama menos confusa já que é linear, mas ainda seguindo quase o mesmo padrão de diálogos coloquiais e formas de expressão simplistas e abreviadas.
Essa ideia de "amadurecimento" dos personagens onde eles agora aparecem em sua versão adulta pode até fazer com que o leitor pense que a trama está tendendo para algo totalmente novo e diferente do que foi visto anteriormente, mas no fundo os personagens ainda conservam suas características marcantes, por piores e mais depravadas que sejam, que os tornaram inesquecíveis.
Não posso deixar de falar sobre Spud, que tem que lidar com seus pensamentos insanos e autodestrutivos, mas agora tem uma família pra cuidar. A forma como seu personagem é retratado faz com que o ele seja alguém muito próximo a realidade, com problemas pertinentes e preocupantes que cercam a vida de muita gente por aí.

Uma coisa que pude perceber é que a história, em geral, faz uma crítica sobre o funcionamento da cultura do sexo na sociedade e o autor consegue evidenciar todos os absurdos desse meio através dos personagens, incorporando características únicas em cada um deles para que eles possam fazer uma representação fiel do que acontece quando o assunto é sexo e o que se pode tirar de vantagens dos outros por meio dele.
A sensação ao ler e finalizar Porno foi de uma enorme nostalgia, aquela satisfação em poder saber o destino daqueles garotos deliquentes e o que mais o autor tinha a dizer sobre eles, e de quebra ainda conhecer novos personagens numa trama tão inteligente e bem construída quanto a primeira, com o diferencial de ter um toque de humor muito maior.
Porno é um retrato realista das facetas humanas, das melhores até as piores, trazendo elementos como sexo, vingança, drogas e violência misturados de forma bastante satisfatória. Confesso que alguns podem considerar várias cenas bastante incômodas, seja pelo teor sexual explícito ou sobre as duras verdades acerca da podridão da sociedade e daqueles que parecem pensar que o mundo funciona na base predadores ou presas, mas o livro superou minhas expectativas e é umas melhores sequências que já acompanhei com um tema pertinente e que proporciona diversão na medida certa. Chega a ser cômico que persnagens tão imorais consigam trazer reflexões sobre moralidade e valores aos leitores, e o que posso dizer sobre isso? É genial!

P.S. É possível ler esse livro mesmo sem ter lido o primeiro, mas eu particularmente recomendo que a leitura seja feita na ordem a fim de conhecermos o íntimo e as experiências vividas por esse grupo de jovens irresponsáveis e desajustados. Com certeza a leitura será mais proveitosa e valerá muito mais a pena.

Trainspotting - Irvine Welsh

21 de julho de 2016

Título: Trainspotting - Trainspotting #1
Autor: Irvine Welsh
Tradução: Galera & Pellizzari
Editora: Rocco
Gênero: Ficção/Romance
Ano: 2016
Páginas: 288
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Livraria Cultura
Sinopse: Para que ter um emprego? Para que ter uma casa de dois andares em uma rua arborizada? Para que uma cafeteira, uma máquina d elevar, um bilhete de metrô? Abrir uma conta no banco, ter um cartão de crédito, assinar contratos? Despertador, TV a cabo, férias na Riviera? Crianças na escola, carro do ano, comida na geladeira? Quem disse que a vida precisa ser só isso? É essa vida que você escolheu? Tem certeza de que você precisa disso? Relaxe. Sinta o sangue correndo em suas veias. Feche os olhos. E prepare-se para a viagem.
Resenha: Trainspotting, escrito pelo autor escocês Irvine Welsh, ganhou uma grande repercussão devido a temática junkie/trash utilizada que engloba o submundo das drogas e de como era a vida de jovens que usavam a heroína de forma impensada e inconsequente (como qualquer viciado em drogas faz). O livro é de 1993, foi lançado no Brasil em 2004 e Editora Rocco relançou a obra nesse ano de 2016 sob novo - e infinitamente melhor - projeto gráfico.

A história se passa nos anos 90, no subúrbio de Edimburgo, Escócia, e retrata a época com bastante fidelidade através de jovens amigos que se perdem na vida ao fazerem escolhas erradas por não quererem viver de acordo com os moldes impostos pela sociedade considerados como "corretos".
É um livro de conteúdo explícito, sórdido, vulgar e sujo que mostra como alguém pode arruinar a si próprio, degradando-se lentamente em meio a marginalidade, passando o dia deitado numa poça da urina ou merda e ainda correndo riscos de contaminação por doenças incuráveis como a AIDS, que teve seu auge na época, devido as práticas nada higiênicas que são adotadas pelo grupo dos drogados.
A história é contada por um grupo de amigos, Mark Renton, Sick Boy, Spud, Tommy e Begbie, dentre outros, cada um com características únicas mas com uma coisa em comum: Eles são viciados e contam como chegaram ao fundo do poço pelo uso desenfreado da heroína.

O livro é dividido em partes - que pelos títulos resumem bem a vida de um viciado (Largando, Voltando, Largando de novo, Cagando tudo, Exílio, Lar, Saída) - e cada uma delas possuem capítulos sem sentido e aleatórios que parecem não ter ligação nenhuma com o anterior ou o seguinte, principalmente por não serem lineares e nem respeitarem uma ordem cronológica certa, e a narrativa em primeira pessoa se alterna sem que fique claro quem é o personagem da vez. Somente após o leitor se familiarizar com a forma de falar de cada um deles é possível se atentar a essas características particulares e saber a quem pertence a voz ativa que narra o capítulo em questão. Vamos ficando íntimos deles, sabendo de seus medos e anseios quando eles compartilham suas opiniões acerca da vida e do que lhes acontecem, sendo possível conhecer a essência de cada um deles. De início parece muito confuso e a impressão é de que a própria estrutura narrativa é um amontoado desconexo, mas posteriormente fica claro que a ideia foi genial levando em consideração que a vida desses jovens e como suas cabeças funcionam num estado de torpor (ou da falta dele) é a personificação do próprio caos.

Embora o tema seja pesado, há muitas passages cômicas e até despretenciosas que dão espaço para que o leitor "respire", fugindo um pouco de tanta tragédia, mas as críticas à sociedade estão lá, em trechos reflexivos que nos colocam pra pensar sobre as consequências de nossas escolhas além de dar uma visão sobre alguns fatores que pode levar alguém a ir pelo caminho das drogas. A sociedade fede, é hipócrita, preconceituosa, e a desilusão que as pessoas nutrem por esperarem por um futuro sem perspectivas de coisa alguma acaba fazendo com que alguns procurem por válvulas de escape como forma de distração. O problema é que algumas delas são ilegais, levam esses sujeitos à marginalização e na grande maioria das vezes, é um caminho irreversível e sem volta, logo qualquer indício de que o futuro poderia ser promissor, acaba sendo destruído por uma escolha ruim.

Penso como a tradução dessa obra deve ter sido um trabalho árduo para os tradutores pois o autor recria a linguagem oral falada pela população da classe baixa de Edimburgo e a passa para a forma escrita, procurando escrever da mesma forma que se fala, focando em sotaques e entonações. É uma mistura de inglês clássico com o dialeto usado do sul da Escócia e por mais que a grafia seja "incorreta" é possível entender o que se fala pela através da parte fonética. Na tradução e adaptação para o português, a forma para evidenciar esse linguajar pobre e chulo foi usando uma escrita bem informal e com erros ortográficos propositais, e ao mesmo tempo descartando o uso de gírias regionais, pois dessa forma qualquer um pode ler sem maiores dificuldades no entendimento. Porém, em outros casos onde são utilizados termos mais complexos relacionados a elementos específicos da região onde os personagens vivem, foi necessário a criação de um glossário para não fugir dos padrões da escrita traduzida e facilitar nossas vidas, além das notas de rodapé com observações sobre alguns termos usados pontualmente.
O título também foi mantido em inglês de forma proposital já que além do significado literal (conferindo os trens), ele faz uma referência ampla a atividades sem sentido ou sem utilidade que implique em uma total "perda de tempo", o que na minha opinião não poderia ser mais adequado visto que a vida que esses pobres coitados escolheram não os leva a nada... Acho que inclusive o livro deveria ser de leitura obrigatória em escolas a fim de conscientizar e abrir os olhos dessa geração que não é tão diferente daquela que viveu nos anos 90...

Em suma, Trainspotting é uma obra ácida, recheada de obscuridade, agressiva e muito, muito suja, mas tráz uma história contada de forma única, intrigante, agradável, divertida e despretenciosa e que vai se tornar inesquecível e trazer questionamento e reflexões devido a profundidade com que os dilemas daqueles que possuem vícios são abordados.

Temporada dos Ossos - Samantha Shannon

20 de julho de 2016

Título: Temporada de Ossos - Bone Season #1
Autora: Samantha Shannon
Editora: Fantástica/Rocco
Gênero: Fantasia Urbana/Sobrenatural/Distopia
Ano: 2016
Páginas: 448
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Ambientada em 2059, a trama acompanha a protagonista Paige Mahoney, uma andarilha onírica, alguém capaz de entrar na mente das pessoas e captar pensamentos e fragmentos de sonhos. Considerada traidora pelo governo, Paige paga por seu dom com a sua liberdade e é enviada para uma prisão secreta em Oxford. Lá, ela conhece os Rephaim, criaturas de uma raça antiga que desejam controlar a clarividência de Paige e de outros como ela, e precisará aprender a confiar em aliados improváveis não só para reconquistar a liberdade, mas garantir a própria sobrevivência. Considerada um dos principais nomes da literatura de fantasia dos últimos tempos, Samantha Shannon entrega aos leitores um romance surpreendente e arrebatador.

Resenha: Temporada de Ossos é o primeiro volume da série Bone Season escrita pela autora inglesa Samantha Shannon e publicado no Brasil pelo selo Fantástica, da Editora Rocco.

O ano é 2059 e o mundo já não é mais o mesmo. Aqueles que são dotados da paranormalidade são temidos pela sociedade e o governo partiu numa caça desenfreada aos clarividentes. Scion é uma das cidades mais seguras para as pessoas normais viverem e a vigilância constante contra os poderes mentais dos clarividentes é constante. Devido a isso, vários grupos clandestinos de desnaturais, divididos em cortes e sessões, foram formados no submundo. Essas pessoas precisam viver incógnitas, precisam evitar que suspeitas sejam levantadas sobre elas para que não sejam capturadas. Num desses grupos está Paige Mahoney, uma jovem de dezenove anos com o poder de entrar na mente das pessoas e captar pensamentos e fragmentos de sonhos. Ela é uma Andarilha Onírica e é uma das mais poderosas de sua classe. Em troca das suas habilidades, ela recebe proteção ao ser concubina de Jaxon Hall, o Mime-Lorde que lidera os Sete Selos, seu grupo de elite. Esses líderes são como mafiosos, e embora ele dê abrigo a Paige, ela sabe que está longe do perigo... Após alguns acontecimentos, Paige é capturada e levada para uma torre em Sheol I, conhecida como Oxford, onde é mantida presa secretamente pelos Rephaim, criaturas que culpam os desnaturais por vários problemas que foram desencadeados através do uso de seus dons e que por isso os escreviza a fim de controlar a clarividência que eles possuem. Resta a Paige lidar com a verdade obscura que descobre enquanto tenta aprender o suficiente para sobreviver, fugir e reconquistar sua liberdade.

A história é narrada em primeira pessoa através da perspectiva de Paige, sob uma escrita precisa, densa, com ritmo lento para os acontecimentos e muito descritiva, e sendo classificada como uma distopia, temos um governo totalmente opressor e uma classe social igualmente oprimida, e como consequência, aqueles que lutam para sobreviver e/ou combaterem essa falta de liberdade, e claro, vivendo na ilegalidade. A impressão que tive foi que a autora uniu vários elementos conhecidos de outras histórias da literatura e tornou tudo mais complexo, adicionando alguns elementos novos, criando ramificações afim de subdividir classes e determinadas características dos personagens e dando muitas explicações como forma de introduzir o leitor nesse universo repleto de camadas intrincadas e bem interessantes, mas em alguns pontos isso torna a leitura lenta e cansativa devido a essa grande quantidade de informações cheias de detalhes que acabaram me deixando um pouco confusa. Confesso que demorei a me situar na trama por causa disso, pois memorizar o funcionamento do sindicato do crime no submundo, quais as punições dadas aos criminosos capturados, me familiarizar com nomenclaturas e termos diferentes para cada coisa, e até mesmo como funciona o tipo raro de clarividência de Paige não foi uma tarefa muito fácil já que a história continua seguindo. Juro que eu iria gostar muito se o livro fosse adaptado para as telinhas para que a visualização do funcionamento desse universo fosse compreendida de forma mais fácil.
Eu acredito que o ritmo lento da trama foi um fator proposital, pois assim o final acabou funcionando muito melhor. São muitas coisas acontecendo e a cada página a sensação é que mais e mais informações nos são jogadas, sendo necessário uma atenção redobrada para não perder detalhes.

Paige é uma protagonista inteligente, cheia de determinação e ambições. Ela também não é apresentada como uma personagem perfeita, pois por ser impulsiva e teimosa, nem sempre age com razão, e pelos seus erros, ela dá uma sensação de realidade, de gente como a gente, em meio a fantasia. Ela tem espaço para crescer e a medida que a história se desenrola ela é muito bem desenvolvida. Apesar dos membros dos Sete Selos terem sido bem trabalhados, mostrando particularidades e características importantes, eles não tiveram muito espaço e senti falta de um maior desenvolvimento para eles.
Eu gostei bastante da construção dos Rephaim. A cultura da sociedade, seus costumes e a forma como vivem são bem intrigantes, e Nashira, a líder, é uma personagem ótima, mesmo que ardilosa e cruel.

O projeto gráfico do livro é lindo! A capa é simples mas tem efeitos bastante caprichados e que lembram uma textura de jeans, o título é dourado e a parte interna da capa é de um laranja bastante vivo. A diagramação é simples, a fonte é pequena, cada início de capítulo tem o mesmo símbolo presente na capa e podemos contar com o mapa da Colônia Penal de Sheol 1, a classificação completa dos sete tipos e subtipos de clarividentes e um glossário ao fim do livro explicando vários termos utilizados.

Temporada dos Ossos é o primeiro volume de uma série composta por sete livros e é indicada para os fãs de distopia e fantasia sobrenatural que procuram por tramas complexas e bem construídas. A história é criativa, divertida, tem um grande impacto e, mesmo que complexa, desperta o interesse e faz querer mais. Super recomendo!

Silêncio - Richelle Mead

19 de julho de 2016

Título: Silêncio
Autora: Richelle Mead
Editora: Galera Record
Gênero: YA/Fantasia
Ano: 2016
Páginas: 280
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Pelo que Fei se lembra, nunca houve um ruído em seu vilarejo - todos são surdos. Na montanha, ou se trabalha nas minas ou na escola, e as castas devem ser respeitadas. Quando algumas pessoas começam também a perder a visão, inclusive a irmã de Fei, ela se vê obrigada a agir e a desrespeitar algumas leis.
O que ninguém sabe é que, de repente, ela ganha um aliado: o som, e ele se torna sua principal arma. Ao seu lado, segue também um belo e revolucionário minerador, um amigo de infância há muito afastado em função do sistema de castas.
Os dois embarcam em uma jornada grandiosa, deixando a montanha para chegar ao vale de Beiguo, onde uma surpreendente verdade mudará suas vidas para sempre. Fei não demora a entender quem é o verdadeiro inimigo, e descobre que não se pode controlar o coração.

Resenha: Há muitos séculos um pequeno povoado habita o alto de uma montanha, um vilarejo conhecido como Paço do Pavão, onde, todos são surdos e vivem em absoluto silêncio. O lugar é cercado por pedras que impedem os moradores de saírem dalí os tornando dependentes de um sistema de trocas com as pessoas que vivem no vale de Beiguo, ao pé da montanha. Através de uma tirolesa, eles enviam os minérios coletados das minas e recebem mantimentos para sobreviverem, pois o solo não é fértil e eles não conseguem cultivar plantas nem criar animais. A pequena sociedade foi dividida em castas e as pessoas só poderiam ter três tipos de trabalhos: os artistas, os mais respeitados na hierarquia que são responsáveis por representar os acontecimentos cotidianos através das pituras a fim de deixarem tudo registrado na História; os mineradores, responsáveis pela escavação e extração dos minérios que são enviados a troco dos alimentos; e os fornecedores de suprimentos, responsáveis por dividir de forma justa a comida que recebem.
Fei é uma das aprendizes de artista mais promissoras e habilidosas do povoado. Ela e a irmã, Zhang Jing, vieram de uma família de mineradores que morreram bem jovens, mas por possuirem o dom da arte conseguiram uma posição melhor na sociedade ao se tornarem aprendizes. O problema é que algumas pessoas começaram a perder a visão, se tornando dependentes da caridade alheia e sendo obrigadas a viverem as margens por deixarem de ser "úteis", e quando Jing começa a ser afetada e sua visão começa a falhar, Fei se desespera com medo da irmã perder o posto e ter um destino sofrido e miserável e não hesita em enganar os tutores fazendo o trabalho de Jing quando ela não consegue executá-lo com a perfeição exigida.
A cegueira que afetou os mineradores acabou trazendo problemas para todo o povoado, pois em consequência da produção ter caído muito, os mantimentos que chegavam pela tirolesa também diminuiram proporcionalmente, e com a ideia de que isso mais cedo ou mais tarde levaria os habitantes à morte, Li Wei, um jovem minerador que foi amigo de infância de Fei mas foi obrigado a se afastar devido ao sistema de castas, decide se rebelar e descer a montanha numa tentativa desesperada de reverter a situação. Porém, em meio a aflição do povoado, Fei, inexplicavelmente, começa a ouvir, e o que inicialmente a assusta, acaba sendo seu maior aliado quando ela resolve ajudar Li Wei nessa jornada cheia de perigos em busca de ajuda e de respostas para a sobrevivência de seu povo.

Richelle Mead utilizou da mitologia e do folclore chinês para construir uma história original e envolvente o bastante para causar uma das maiores ressacas literárias que já enfrentei até então. Nem sei quanto tempo faz que um livro não me prendia desse jeito. É o tipo de livro que me animou a ponto de me fazer sair comentando dele pra todo mundo que via pela frente feito uma louca.
A escrita é fluída, gostosa de se acompanhar, descritiva na medida certa e intinstigante a ponto de ter me feito devorar cada página sem vontade nenhuma de parar.
A narrativa é feita em primeira pessoa a partir do ponto de vista de Fei, mas pelo fato de todos no povoado serem surdos, os diálogos são feitos através da linguagem de sinais e aparecem em itálico para se diferenciarem do restante do texto, e este é um dos pontos mais incríveis que a história apresenta, pois a partir disso o leitor adentra um universo diferenciado e entende melhor as reações daqueles que desconhecem o que é ouvir qualquer tipo de som, assim como as limitações que eles possuem e como são afetados por isso, e como a própria Fei lida com a ideia totalmente nova de ter sido acometida pela audição.

Sobre os personagens, não há muito o que comentar pois o que fica mais evidente são os sentimentos em vez da personalidade propriamente dita, e a situação em que Fei se encontra explica bem isso. Ela e a irmã conseguiram um posto na casta dos artistas, mas isso teve um preço. Ela sempre amou Li Wei e nunca o esqueceu, desde quando era criança, mas ao mudar de posição na hierarquia social foi impedida de se relacionar com ele e até foi prometida para outra pessoa a quem ela jamais amaria. Fei viveria numa posição melhor, daria conforto e segurança à irmã (a quem ela sentia necessidade constante de cuidar e proteger), mas abriu mão de sua felicidade em nome disso.
"Você não deveria ter que se casar porque outra pessoa quer que seja assim, ou porque parece ser a melhor escolha. Tem que se casar com alguém que ame você. Alguém que a ame a ponto de ser capaz de mudar o mundo por sua causa."
- Pág. 122
A medida que Fei e Li Wei descem a montanha e se deparam com um mundo totalmente novo, o leitor acompanha uma trama recheada de aventura e mistério, assim como embarca num romance doce que faz com que torçamos pelos dois ficarem juntos, e também pra tudo ficar bem e que todas as injustiças que eles descobrem que existem alí tenham um fim.
"Acho que somos bons nessa coisa de fazer o impossível."
- Pág. 189
A abordagem sutil que a autora utilizou para criticar a desigualdade social e a exploração alheia foi fantástica, e por mais inaceitável e cruel que seja, serve para abrir nossos olhos para enxergarmos que situações assim não ocorrem somente na ficção.
O livro foi classificado como sendo do gênero fantástico, mas posso dizer que esse elemento só aparece mesmo no desfecho da história. O foco maior recai sobre a estrutura da sociedade e como cada um tem um papel específico a desempenhar nela, assim como as descobertas que Fei e Li fazem acerca de seu povo ao se aventurarem para fora dos limites do vilarejo. As lendas locais sobre criaturas míticas sempre são mencionadas ou são perceptíveis de alguma forma, mas nada aprofundado o bastante até descobrirmos que estes elementos são as respostas para todos os questionamentos levantados durante a leitura. Num primeiro momento fiquei com a impressão de que as coisas saíram do contexto e foram muito convenientes, mas depois pensei bem e considerei que o folclore faz parte da história do povo desde os primórdios e nada mais justo do que ele ser a solução para os seus problemas.

A capa ilustra bem a protagonista e o alto da montanha como pano de fundo. Os detalhes em dourado também dão um destaque maior fazendo com que o trabalho gráfico tenha ficado muito caprichado e bonito. A diagramação é simples, as páginas são amarelas, os capítulos são curtos, a fonte e a margem possuem um tamanho agradável e encontrei alguns poucos erros na revisão, mas nada que tenha atrapalhado minha concentração e meu envolvimento com a história.

No mais, Silêncio é uma história única e intrigante com romance, aventura e mistério, e traz uma abordagem nova e original sobre os aspectos da vida humana e sobre o que as pessoas são capazes de fazer, uns pelo bem estar de quem amam, e outros por se manterem no poder.

Novidades de Julho - Grupo Pensamento

18 de julho de 2016

Jangada
As Vidas Impossíveis de Greta Wells - Andrew Sean Greer
Durante um tratamento psiquiátrico após perder seu irmão e o rompimento de seu relacionamento, Greta Wells se vê transportada para vidas que poderia ter tido se tivesse nascido em épocas diferentes. Sua consciência se alterna entre seu próprio tempo e sua vida em 1918, em que trai o marido, e outra em 1941, em que é mãe e esposa devotada. As três vidas de Greta são repletas de tensões familiares e escolhas difíceis. Cada realidade tem suas perdas, recompensas e desafios. Será que são efeitos do tratamento ou ela realmente está vivendo essas vidas? E se Greta descobrir como permanecer em um dos outros mundos, em qual época ela vai querer ficar?



Sombras do Espaço - Megan Crewe
Agora que Skylar decidiu ajudar Win a acabar com o controle secreto exercido pelo seu povo alienígena sobre a Terra, ela segue para a imensa estação espacial que Win e o restante dos kemyanos chamam de lar. Suas habilidades conquistam o respeito dos Rebeldes, porém eles percebem que alguém está vazando informações para o inimigo, quando os Executores intensi cam seus esforços para capturá-los. Skylar tem razões para descon ar de todos os kemyanos. A cada passo em direção à verdade, Skylar mergulha mais fundo nas vidas ao seu redor e no completo horror do aprisionamento de seu planeta. Para completar sua missão, ela precisa arriscar a própria vida, o seu coração e o futuro da Terra.



Pensamento
Para Sempre com Meu Filho - Elisa Medhus
A dra. Elisa Medhus nunca acreditou na vida após a morte. Médica renomada, ela colocava toda a sua fé na ciência. Mas tudo isso mudou depois que seu filho Erik fez a passagem para o Outro Lado da Vida e passou a se comunicar com ela. Neste livro, Elisa transcreve as respostas de Erik para os mais universais questionamentos do ser humano: o sentido da vida e da experiência humana, a vida após a morte, e muitos outros assuntos relativos à espiritualidade. As mensagens profundas de Erik podem mudar a sua vida para sempre.





O Homem é Aquilo que Ele Pensa - James Allen
James Allen, um dos maiores pensadores e divulgadores do mentalismo de todos os tempos, nos mostra neste clássico que os bons pensamentos, quando disciplinados e em estreito controle e observação, se transformam em realidade. Este livro nos ensina a adquirir força interior e a dominar nossos pensamentos, para termos uma vida mais saudável, feliz e abundante, que nos conduza à paz, à segurança e ao crescimento interior. A chave da felicidade está mais ao alcance de nossas mãos do que podemos imaginar!






Cultrix
História do Sexo sem as Partes Chatas - Karen Dolby
Derrubando mitos sexuais históricos, Karen Dolby conta num estilo leve, divertido e picante tudo o que aconteceu entre quatro paredes, ou mesmo diante dos olhos de todos, ao longo de mais de 2.500 anos de costumes sexuais. Você conhecerá as histórias desde a Grécia Clássica, passando pelos romanos e os escândalos envolvendo os Bórgias e as várias dinastias de reis e rainhas, papas e sacerdotes, presidentes e primeiros-ministros, escritores, artistas, santos e filósofos. Este livro vai virar do avesso tudo o que você pensou até hoje sobre os costumes sexuais da humanidade.




A Riqueza Pública das Nações - Dag Detter e Stefan Fölster
Melhorar a gestão da riqueza pública é uma das questões econômicas mais importantes da nossa época. O setor público tem demonstrado ser um péssimo administrador da riqueza que possui em mãos. Com base em pesquisas e na experiência prática de muitos países, os autores mostram que governos do mundo inteiro, inclusive nações que hoje passam por crises financeiras, poderiam monetizar seus valiosos ativos de diversas formas. A principal sugestão para reverter o crescimento econômico enfraquecido é que os ativos públicos sejam entregues a uma gestão profissional de fundos, que lance mão do que há de melhor na administração corporativa.

A Rebelde do Deserto - Alwyn Hamilton

17 de julho de 2016

Título: A Rebelde do Deserto - A Rebelde do Deserto #1
Autora: Alwyn Hamilton
Editora: Seguinte
Gênero: YA/Aventura/Romance
Ano: 2016
Páginas: 283
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher. Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele. Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo - é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por revelar a ela o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir. 

Resenha: Uma jovem destemida. Uma aventura no deserto. Uma rebelião não esperada. Esses são alguns ingredientes do livro de estreia da autora Alwyn Hamilton. Como bom leitor do gênero YA, admito que A Rebelde do Deserto não é uma leitura espetacular; a história de Amani é composta de elementos interessantes e muito convincentes, mas que não chegam a ser surpreendentes. Em um universo literário com espaço para muitos gêneros, a aventura de uma garota corajosa em meio a um deserto perigoso pode ser um ótimo entretenimento.

É esperado por todo leitor que, ao se inciar uma leitura, não haja vontade de largá-la de lado. Nessa saga, que se passa num deserto onde a pobreza é extrema, a água é um bem precioso e há uma guerra incessante por poder, Amani leva o leitor a uma aventura pelo desconhecido: magia, sultões, guerras, cultura do oriente e crenças. Essa pitada de "originalidade" e aspectos que ainda não vistos em outra obra ainda foram o maior atrativo para ascender a vontade de mergulhar no universo da Vila da Poeira.

No começo, há uma introdução sobre a trama e junto disso vem um choque cultural. A autora inseriu um pouco de elementos da vida real que, infelizmente, são bem conhecidos por todos nós. As mulheres são tratadas como objetos; os homens dominam tudo a pulso de ferro; e existe Amani, a protagonista, que apesar de ter apenas dezessete anos, é pura força e inteligência. Houve uma identificação instantânea com ela e acredito que esse seja um ponto chave para o fluir de uma história: empatia com o personagem que a protagoniza. Recentemente defendi veemente que narrativas em primeira pessoa são um perigo: ou tudo corre muito bem ou vai ladeira a baixo. Às vezes, é preciso saber do pensamento de todos e descentralizar o ponto de vista de um só. A Rebelde do Deserto traz tudo sob a perspectiva de Amani, mas isso não é um ponto fraco. O necessário foi mostrado. Não há divagações estranhas e desnecessárias. No mais, Amani é uma protagonista que mostrou um desenvolvimento gradativo e com certeza trará ainda mais surpresas nos volumes sequentes.

Os outros personagens são pouco trabalhados, mas há devida atenção a eles. Quem mais aparece, claro, é Jin, o parceiro de Amani em sua jornada pelo deserto. Há certa cumplicidade na relação dos dois com uma pequena pitada de romance. O livro tem um ritmo muito acelerado e em pouco mais de 280 páginas tudo é narrado de forma concisa e cheia de acontecimentos. Há espaço para tudo, no seu devido lugar e em sua devida hora. As questões sentimentais têm seu espaço (felizmente pequeno), as lutas e momentos de tensão acontecem tomando uma ou duas páginas e logo é retomado o desenvolvimento da história.

A Rebelde do Deserto fez jus a uma boa aventura. A história de Amani Al'Hiza é uma trama que empolga e no final deixa aquele gostinho de quero mais. É o tipo de livro que não é complexo demais e não necessita disso. Tudo flui de uma maneira excelente e a ansiedade pela continuação é certa. É esperado agora que as continuações tragam uma profundidade maior nos impasses dos personagens. A saga da rebelde, que traz alguns clichês envoltos em muitas crenças e um pano de fundo que remete As Mil e Uma Noites, é adorável e cumpre o prometido. Afinal, tudo que precisamos em alguns momentos é um livro leve que nos faça viajar para um mundo totalmente novo.

O Risco - Rachel Van Dyken

16 de julho de 2016

Título: O Risco - Aposta #3
Autora: Rachel Van Dyken
Editora: Suma de Letras
Gênero: Romance
Ano: 2015
Páginas: 296
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Beth nunca fez nada de arriscado. De inconsequente. De divertido. Isso é, até acordar em um quarto de hotel ao lado de Jace, um senador sexy, que ela reencontrou em uma festa de casamento na noite anterior.
O problema é que sua última lembrança da noite é estar na cama, abraçada a uma caixa de biscoitos, chorando copiosamente. E Jace também não se recorda de muito mais. Outro problema? Eles foram fotografados entrando juntos no hotel, e agora a mídia está em polvorosa, especulando quem é a misteriosa acompanhante do senador. Uma amiga? Uma antiga namorada? Uma... prostituta?
O que deveria ser um encontro casual transforma-se em uma aventura de seis dias: a fim de que escapem do assédio dos repórteres, vovó Nadine os envia para um resort no Havaí. Para Beth, são seis dias de conto de fadas junto ao homem por quem é apaixonada desde a adolescência. Para Jace, são seis dias para esquecer as mágoas do passado e aprender que, às vezes, o amor exige atos de coragem.

Resenha: Depois de acompanhar a história dos irmãos Titus, dessa vez vovó Nadine está mais afiada do que nunca e determinadíssima a juntar Jace e Beth. Ele é o senador que devia dar em cima de Char, a irmã de Beth. O segundo livro acabou em uma festa de casamento, esse começa em um quarto de hotel com nossos protagonistas sem roupa e sem memória.
Jace não quer se envolver com ninguém desde que flagrou a ex na cama com seu melhor amigo. Sua carreira na política exige muita dedicação e uma imagem pública ilibada. Essa história pode representar um escândalo e reverter seus índices de aprovação. Mas não é qualquer mulher que estava no quarto com ele. Beth é uma cientista nerd  que vive sozinha com seus gatos depois de se desiludir com o amor. Na verdade, ela nunca esqueceu um tal menino que a beijou no baile de formatura, ainda adolescente. E agora, com 30 anos e virgem, ela sequer lembra como foi a noite com esse menino que virou um homem lindo e atraente.
Nenhum dos dois conseguiu esquecer o outro, mas também não tem coragem de admitir, talvez nem pra si mesmo, por isso vovó Nadine resolveu dar uma ajudinha pro coração mandando os dois pra um spa de casais, com terapia e tudo! Claro que ela envolveu a lua de mel dos outros dois casais e mais algumas chantagens, nada que não possa ser superado.
Beth resolve aproveitar os 6 dias de férias forçadas e fazer tudo que ela nunca se permitiu. Pediu a Jace pra que durante aquele tempo desse a ela um conto de fadas, e ele topou. Em menos de 1 semana, eles terão dias e noites de romance e carinho. Só que nem tudo sai como o planejado, muitos imprevistos acontecem, algumas surpresas aparecem... E no meio disso tudo eles precisam decidir se vale a pena dar uma chance ao amor ou continuar valorizando trabalho e se deixando paralisar pelos próprios medos.

Intercalando a narração de Jace e Beth, encerramos a trilogia com a história mais divertida. Um roteiro digno de filme de sessão da tarde, daqueles em que tudo acontece de errado pro casal não ficar junto, mas já estava escrito que seriam um do outro há muito tempo.
"- O amor sempre exige que a gente corra riscos, e não vou mentir, querida. Você pode falhar. Mas não prefere tentar e saber que falhou do que passar o resto da vida se perguntando o que teria acontecido se tivesse dado uma chance?"
O romance é lento, apesar de a atração ser instantânea. Até tentei entender o receio deles, o medo de se jogar de cabeça e arriscar - romântica do jeito que sou teria me declarado e resolvido a situação em dois tempos; aliás, grande parte dos problemas das histórias se dá porque ambas as partes não têm coragem de assumir os sentimentos. Pois bem, se eu fosse Jace superaria a traição em dois tempos e me permitiria ser feliz de novo, e se fosse Beth não teria medo de arriscar ser feliz, ainda mais com o cara que há anos faz parte dos sonhos.
Mas não sou tão insensível a ponto de dizer que é injustificável o medo deles. Cada um sabe a dor que sente e até onde o braço alcança. Talvez todo o processo tenha sido necessário pra desatar os nós com o passado e construir a ponte em direção ao outro.

Beth mexeu muito comigo pela falta de confiança em si mesma. Ela tinha uma autoestima baixíssima, principalmente por causa de um babaca do ensino médio e de outros idiotas que passaram por sua vida. Infelizmente muitas mulheres ainda atrelam sua imagem ao desejo de um homem. Nisso eu consegui entendê-la e senti sua angústia aqui dentro.
Vovó Nadine é tão protagonista quanto o casal. Nos outros ela foi fundamental, mas aqui ela aparece toda hora, inclusive com pedaços de depoimentos à polícia em cada início de capítulo. São peças de um quebra-cabeça que nós recebemos e tentamos montar aos poucos. Enquanto o desenho não se forma, vamos acompanhando o romance e nos divertindo com as loucuras de uma velha faz-tudo que não tem filtro.

Comparado aos primeiros livros, esse é bem leve em termos de sexo. O casal demora a engrenar, então quando finalmente acontece já é quase o fim. Mas nem por isso deixa de ser bom, envolvente, gostoso de ler. A participação excêntrica da vovó compensa! Eu dava gargalhadas demoradas, daquelas de atrair a atenção da galera que estava ao redor e acordar o marido na cama de noite.

Marquei um mooooonte de quotes, gente! Engraçados, românticos, tocantes... E teve um que não precisaria nem vir pra resenha, mas achei bacana a mensagem que a autora inseriu e a maneira simples como foi passada, no meio da cena, no pensamento do homem. Deveria ser uma fala fofa, ele pensando algo legal sobre a menina, de certa maneira a elogiando mentalmente. Mas mesmo na "boa intenção", se corrige, dá o alerta e segue o texto. Foi simples, mas bem colocado.
"As garotas não coram com esse tipo de coisa. A maioria delas não dá a mínima. Que tipo de homem não seguraria a mão dela? Que tipo de homem não tentaria sufocá-la de tanto romance?
Escolhi mal as palavras. Ninguém deveria sufocar outra pessoa com nada, mas enfim."
Chorando porque uma das melhores séries de romance acabou. Rachel Van Dyken me conquistou no primeiro, me arrebatou no segundo e garantiu seu lugar na lista de autores preferidos no terceiro. O epílogo me deixou saciada, mas se me falassem que tinha continuação, spin-off ou qualquer outra coisa relacionada à trilogia eu ficaria super feliz. E acho digno um livro só da juventude da vovó Nadine e sua participação na Guerra Fria.

Rachel Van Dyken tem vários outros livros publicados, com avaliações no Goodreads ainda melhores do que a série A Aposta. Se já gostei dessa, imagina se não vou amar as outras? Torcendo pra que a Suma traga mais obras logo! Se você ainda não leu não perde mais tempo. Vem morrer de rir com as loucuras da vovó Nadine e se apaixonar por Jake, Travis e Jace.


Novidades de Julho - Gente

15 de julho de 2016

Fique com alguém que não tenha dúvidas - Marina Barbieri
Desnecessário dizer que todo mundo já teve uma história amorosa que deu errado. E se ainda não teve, um dia vai ter. Mas por que isso acontece com tanta gente e com tanta frequência? Falta de sorte? Dificuldade em dialogar? Falta de leitura do outro? Nada disso. A verdade é uma só: quando desejamos muito uma pessoa, ignoramos todos os sinais, os aprendizados e a experiência que temos e insistimos cegamente, mesmo que as chances estejam contra nós.
Sim, a paixão nos faz crer nas desculpas mais esfarrapadas e a descrer nos avisos mais óbvios, e então nos boicotamos tentando acreditar na ilusão de que dessa vez vai ser diferente. Nunca é.
Marina Barbieri está há anos tentando impedir suas leitoras de se enganarem. Autora do Deu Ruim, um dos blogs sobre relacionamentos de maior sucesso no Brasil, Marina Barbieri fala neste livro sobre tudo aquilo que no fundo você já sabe, mas se recusa a assumir. Você vai conhecer personagens que provavelmente já deve ter encontrado, como o sr. Feito-Para-Casar, o sr. Distância e o sr. Problema, entre tantas outras figurinhas que estão perambulando por aí e vez ou outra atravessam a sua vida.
Prepare-se para alternar entre rir alto e chorar baixinho com crônicas da vida de todos nós quando se trata de amor (ou da falta dele).  Marina Barbieri compartilha com seus leitores as roubadas amorosas da própria vida, mostrando que amar pode ser mais simples do que nós fazemos parecer.

Casa organizada - Thais Godinho
Este livro veio para desmitificar a ideia de que é preciso investir muito tempo na casa para deixá-la organizada.
Thais Godinho defende que a organização da casa não precisa – nem deve – ser uma tarefa desgastante. Você também se sente frustrado por ver seu tempo perdido em arrumações que logo serão perdidas? Sua casa vira uma bagunça pouco tempo depois de você colocar tudo no lugar? Aqui você verá que organizar a casa é fazer dela um lugar que funcione para você. É transformar o lugar no qual você mora em um refúgio para aproveitar os dias e que faça você ter vontade de voltar. Aqui você verá que é possível ajustar as expectativas em relação à casa de acordo com o seu estilo de vida sem deixar de lado a satisfação de ter um lugar com a sua cara.
Depois de ler este livro, você terá a certeza de que é possível ter uma casa organizada mesmo com uma rotina cheia de compromissos e sem precisar contratar alguém para ajudar.
- Aprenda a manter sua casa organizada por meio de simples ações diárias
- Crie um sistema de organização em que todos participem
- Saiba como aliar cuidados com a casa ao trabalho e aos estudos
Tenha, de uma vez por todas, a casa que sempre sonhou.

Relacionamento, influência e negócios - Márcio Giacobelli
Muitas pessoas vivem como se estivessem esperando a grande oportunidade para finalmente conseguir realizar o sonho de ter o próprio negócio. No entanto, quase sempre as oportunidades estão batendo à porta há bastante tempo, sem ser percebidas. A área de vendas por relacionamento (ou vendas diretas) tem sido a grande chance de muita gente, e pode ser a sua também.
Neste livro, você aprenderá tudo o que é necessário para realizar seu sonho e atingir seus objetivos. Você é o responsável pela sua vida, e aqui saberá como fazer acontecer! Márcio Giacobelli não tem fórmulas mágicas, mas tem algo igualmente valioso: conhecimento de especialista. Ele apresenta inúmeras possibilidades. Caberá a você decidir qual caminho seguir.

Eu sou Jack, o Estripador - James Carnac

Título: Eu sou Jack, o Estripador
Autor: James Carnac
Editora: Seoman
Gênero: Suspense/Mistério
Ano: 2016
Páginas: 312
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Em Whitechapel, em 1888, pelo menos cinco mulheres foram brutalmente assassinadas e mutiladas. O assassino tornou-se conhecido como Jack, o Estripador. Houve muitos suspeitos, porém ninguém foi preso pelos crimes. Este livro apresenta um novo suspeito a partir de um manuscrito redigido nos anos 1920 por James Willoughby Carnac. O texto abrange desde a sua infância até a sua morte, e contém informações que nunca foram divulgadas. Além disso, os acontecimentos da época e a geografia de Whitechapel, em 1888, são descritos com total precisão, tornando James um convincente Jack, o Estripador. Para completar, o motivo oferecido por ele, para ter se tornado um assassino, nos faz crer que seu relato é puramente genuíno. Seria este livro a verdadeira confissão de Jack, o Estripador, ou um extraordinário romance muito bem escrito?

Resenha: Jack, o Estripador foi um serial-killer que ficou conhecido pelos assassinatos brutais que cometeu em Whitechapel, em 1888. Tudo isso teve uma enorme repercussão fazendo com que o assassino se tornasse o mais famoso da história, sendo real ou não, e Jack se tornou inclusive uma lenda urbana. Sua verdadeira identidade nunca foi revelada e ele nunca foi capturado.
No início, o leitor se depara com uma introdução que alega que o livro seja a autobiografia do assassino cuja autoria pertence a um homem desconhecido, e que pode nem mesmo ter existido já que não há registros sobre sua pessoa (e nem mesmo de parentes), JamesWilloughby Carnac, o autor. Logo, fica a dúvida se a obra se trata de um relato verídico sobre sua vida, ou se não passa de uma obra de ficção com as memórias que o suposto assassino deixou pouco antes de sua morte, com informações e detalhes elaborados o bastante para ser capaz de levantar tal questionamento no leitor, ou não...

A narrativa é feita em primeira pessoa e Carnac retorna à infância a fim de registrar como seu fascínio por sangue surgiu antes mesmo de se dar conta sobre a disfuncionalidade da própria família até quando começou a planejar friamente cada estripamento de forma minuciosa, o que acaba causando as mais diversas sensações no leitor, seja curiosidade ou verdadeira repulsa.
A diagramação do livro é ótima, pois é como se o autor tivesse utilizado uma máquina de escrever para registrar sua história. Podemos conferir um mapa de Whitechapel com a marcação dos lugares onde os assassinatos ocorreram, ilustrações de lugares, fotos de vítimas, cópias do manuscrito (em inglês) o que, de certa forma, dá uma credibilidade sobre a autenticidade do relato.

Pra quem gosta do tema e sente curiosidade para ter um pouco mais de informações sob uma perspectiva diferente, mas não tão nova quanto pensei, acerca Jack, o Estripador, é uma leitura indicada, sim, mas confesso que a obra não me convenceu no que se refere a autobiografia. O livro me soou mais como uma pesquisa exaustiva e cuidadosa sobre o serial-killer e uma tentativa de instigar o leitor a dar ao autor o benefício da dúvida com relação a sua verdadeira identidade, mas diante de um tom de escrita que beira a perfeição, pra mim não houve dúvidas de que o livro só pode ter sido escrito por alguém usando de um pseudônimo e que possui experiência ou conhecimentos de escrita profissionais o suficiente para ter me feito desacreditar que tais relatos possam ter vindo de uma mente psicopata e tão cruel. Não faz sentido pra mim ter acesso a relatos e lembranças de uma pessoa que, mesmo tendo escapado de pagar pelos seus crimes e até mesmo após a morte, continua se escondendo atrás de pseudônimos e ainda fazendo com que os casos tenham permanecido insolúveis...


Novidades de Julho - Bertrand Brasil

14 de julho de 2016

Garotas de Vestido Branco - Jennifer Close
Isabella, Mary e Lauren sentem que todos os seus amigos estão se casando. Domingo após domingo, chá de panela após chá de panela, elas admiram presentes, recolhem fitas e papéis de embrulho e comem sanduíches e cupcakes enquanto usam vestidos em tons suaves e bebem champanhe. Mas, em meio a tanta comemoração, essas mulheres têm a própria vida para enfrentar. Com um senso de humor carregado, Jennifer Close nos faz reviver os tempos de emoção, desconcerto e “o que diabos estou fazendo com a minha vida?” do início da idade adulta. Passando por péssimos encontros familiares, viagens desastrosas e relacionamentos arruinados pela política ao mesmo tempo que outros começam em pet shops, Garotas de vestidos brancos nos leva para dentro de um círculo de amizade que, com perfeição, reúne alegrias e frustrações da vida moderna.

À Sombra de Uma Mentira - Alex Marwood
Poucas horas depois de se conhecerem, Jade e Bel, ambas com 11 anos, veem-se envolvidas na morte de uma garotinha e tachadas de assassinas. As duas meninas são enviadas a diferentes reformatórios, onde recebem novas identidades e são instruídas a nunca mais entrar em contato uma com a outra. Agora elas são Kirsty, uma respeitável jornalista freelancer de Londres, e Amber, gerente de um parque de diversões no sul da Inglaterra. Quando Amber encontra um corpo em uma das atrações do parque, a mídia fica em polvorosa, e Kirsty, enviada para cobrir os assassinatos, acaba cruzando o caminho de sua velha conhecida. Não demora muito para as duas se darem conta de o quanto sabem uma sobre a outra. Com medo de que seu passado seja descoberto e exposto pelo frenesi da imprensa, Kirsty e Amber lutam para manter o segredo a salvo.

O Herói Improvável da Sala 13B - Teresa Toten
Um livro repleto de momentos de profunda emoção e outros de inesperado humor, que explora as complexidades de viver com TOC e oferece perspectivas de esperança, felicidade e cura.
Adam Spencer Ross, 14 anos, precisa lidar todos os dias com os problemas que resultam do divórcio dos pais e das necessidades de um meio-irmão amoroso, mas totalmente carente. Acrescente os desafios de seu TOC e é praticamente impossível imaginar que um dia ele se apaixonará. Mas, quando conhece Robyn Plummer no Grupo de Apoio a Jovens com TOC, ele fica perdida e desesperadamente atraído por ela. Robyn tem uma voz hipnótica, olhos azuis da cor do céu revolto e uma beleza estonteante que faz o corpo de Adam doer. Adam está determinado a ser o Batman para sua Robyn, mas será possível ter uma relação “normal” quando sua vida está longe de ser isso?

Serviço Secreto - Jack Reacher #6 - Lee Child
Jack Reacher está acostumado a vagar sozinho de uma cidade a outra, sem destino, emprego, endereço ou identidade. Entretanto, ao ser procurado por M. I. Froelich, uma agente do Serviço Secreto, recebe um pedido bastante incomum: “Quero contratá-lo para assassinar o vice-presidente dos Estados Unidos da América”. Mais nova chefe de segurança do vice-presidente eleito, ela quer que Reacher tente encontrar as falhas na defesa de sua equipe, testando sua eficácia contra um potencial ataque. Reacher é a pessoa certa para isso: tem a habilidade e a furtividade de um ex-policial do Exército, além de ser totalmente anônimo. Ela só não fala que, na verdade, a ameaça é real e a vida do vice-presidente de fato corre perigo.

Sra. Poe - Lynn Cullen
Um escritor e seus demônios, uma mulher e seus desejos, uma esposa e sua vingança.
1845: O Corvo, de Edgar Allan Poe, alcança os padrões de perfeição literária e está no auge da moda – sucesso com o qual uma poetisa esforçada como Frances Osgood só pode sonhar. Apesar de não ser grande fã dos escritos de Poe, ela vê com entusiasmo a chance de conhecê-lo e, em um sarau literário, fica atraída por sua magnética presença – e pela surpreendente revelação de que ele admira o seu trabalho. Flerte e sedução culminam em um romance proibido. Mas quando a frágil mulher de Edgar insiste em se tornar amiga de Frances, o relacionamento se torna tão ambíguo e tortuoso quanto um dos contos de Poe. Inspirado na vida e na escrita de Poe e Osgood, e baseado em autênticos detalhes históricos, Sra. Poe é uma história de tragédia e perda envolta em uma aura de paixão e vitalidade.

Hot Sul - Laura Restrepo
María Paz é uma jovem latina que, como muitas outras, veio para a América em busca de um sonho. Ao ser acusada de matar o marido e sentenciada a passar a vida atrás das grades, ela precisa manter acesas as esperanças enquanto se esforça para provar sua inocência. Mas os perigos da penitenciária não são os únicos obstáculos em seu caminho: a liberdade pode lhe forçar a encarar um horror ainda maior que está à sua espera do outro lado das muralhas da prisão — um horror que não deixará nada impedi-lo de tomá-la para si. Poderá María Paz sobreviver a essa dupla ameaça em uma terra onde perigo e desespero estão constantemente no encalço enquanto felicidade e segurança parecem sonhos inalcançáveis?