Novembro foi um mês meio brochante, vou ser sincera. A caixinha em si, apesar de simples, me deixou super feliz. Fazia tempo que eu queria ler esses livros do King por sempre ouvir falar muito bem e enfim, vou conseguir. Mesmo que eu não tenha comprado muitos pops (muitos só vão chegar mês que vem, principalmente os que estou importando), também fiquei feliz com o pop do Harry. Faltava ele pro trio do baile ficar completo e foi o primeiro dessa wave nova que dei um jeito de comprar. O desânimo maior é saber que a Funko já lançou mais uma cacetada de pops de Harry Potter, com os personagens usando as roupinhas do baile (e já anunciaram mais alguns outros pro ano que vem, pelamordosantodeus) e eu estou aqui, falida. Quando penso que falta pouco pra completar essa coleção sem fim, brotam mais cem do além pra deixar qualquer um desesperado.
Mas, coleção é assim mesmo, a gente conquista devagarinho e com paciência. Minha falta de coragem vai um pouco além disso, mas acho que não cabe comentar aqui, afinal, caixinha de correio é postagem pra coisas boas, que me deixam alegrinha e feliz, e a lamúria fica pra lá.
Bora ver o que chegou esse mês:
Sessão da Meia-Noite com Rayne e Delilah - Jeff Zentner
25 de novembro de 2019
Título: Sessão da Meia-Noite com Rayne e Delilah
Autor: Jeff Zentner
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto
Ano: 2019
Páginas: 408
Nota:★★★★☆
Resenha: Josie e Delia são melhores amigas, do tipo inseparáveis. Toda noite de sexta-feira, as duas se tornam Rayne Ravenscroft e Delilah Darkwood, apresentadoras de um programa de terror amador exibido em um canal na TV local chamado Sessão da Meia-Noite. O programa é filmado em Jackson, no Tennessee, mas tem um alcance considerável a ponto de ter alguma audiência. Os filmes são ruins e nem sempre elas conseguem manter o "profissionalismo" diante de algumas barbaridades e se encangalham de rir durante as filmagens. Os telespectadores lhes escrevam comentando os episódios, apontando erros, dando sugestões, fazendo críticas e fazendo comentários desnecessários sobre as meninas. Ainda assim elas continuam tentando dar o seu melhor para terem algo de que possam sentir orgulho.
Mas, diferente de Josie, que pensa em televisão 24hrs por dia, Delia se dedica a isso porque seu pai era um grande fã de filmes de terror. O problema é que ele abandonou a família há anos, e a ideia que Delia teve para tentar reencontrá-lo é produzindo algo que possa vir a chamar a atenção dele de alguma forma, como se isso fosse fazer com que ele retomasse o contato com a filha.
Agora, com o ensino médio chegando ao fim, as meninas começam a fazer planos sobre a faculdade, mas sem abrir mão das filmagens do programa. Assim, num final de semana, as duas partem para a Flórida, onde aconteceria uma grande convenção de terror, a ShiverCon. Seria uma ótima oportunidade se elas conseguissem um contrato com uma grande emissora e tudo dependeria de uma reunião que Delia organizou com um produtor, que não tem nada de convencional.
Narrado em primeira pessoa, com capítulos que se alternam entre os pontos de vista das duas protagonistas, o livro traz uma história sobre amizade doida e verdadeira, e a vontade de lutar pelos sonhos. Ao comparar este com os dois livros anteriores do autor, percebi que essa história é mais positiva, mais leve e divertida, enquanto os outros seguem pelo lado mais sério do emocional. Embora seja uma história sobre adolescentes e para adolescentes, o tom desta destoa um pouco e isso me causou um leve estranhamento no começo, porque eu acho que esperava mais sentimento e menos humor. E o humor nesse livro foi um problema pra mim, pois as piadinhas e o sarcasmo das meninas não me fizeram rir nem um pouco. Desde as primeiras páginas achei esse humor forçado demais, deixando a história com um tom abestalhado, e foram poucos os trechos que conseguiram arrancar um sorriso no cantinho da minha boca. Outro problema pra mim foi que só conseguia distinguir as vozes das personagens e saber qual era o ponto de vista da vez porque o nome delas vem no topo da página do capítulo, caso contrário seria impossível pra mim. Não vi diferença nenhuma que mostrasse quem era quem só pela narrativa. Além disso, não consegui identificar nenhum momento grandioso ou significativo o bastante para uma ligação emocional que deveria ser tão forte como o autor quis mostrar para torná-las melhores amigas, e se houve algo do tipo, me perdi totalmente.
Fora isso, não nego que o autor tem uma habilidade única quando o assunto é falar sobre sentimentos, angústias e receios sobre essa fase da vida, e suas personagens acabam sendo muito genuínas, como se fossem um retrato da vida como ela é. De um lado temos Josie, que tem a vida um tanto fácil e confortável por vir de uma família rica e, talvez por isso, é bastante antipática. Todas as facilidades que ela poderia ter pra se dar bem na vida estão em suas mãos, e ela não parece entender muito bem quando alguém não tem o que ela tem, mas, a medida que as coisas vão acontecendo envolvendo alguns grupos sociais, ela acaba tentando mudar de atitude pois passa a enxergar que o mundo não é tão cor-de-rosa assim.
De outro lado temos Delia, que é totalmente o oposto de Josie. Ela sente falta do pai e tem que lidar não só com as consequências desse abandono e dessa rejeição, como também com a mãe instável e depressiva, que vive a base de remédios numa tentativa de manter a própria sanidade. A vontade de reencontrar o pai é tanta que ela deposita todas as suas forças e esperanças nesse projeto, esperando que ele retorne. Ela se sente prejudicada, se sente triste e as vezes despeja suas frustrações em quem não tem nada a ver, mas ela tem capacidade pra reconhecer seus erros e está disposta a melhorar.
Dessa forma, por mais que eu concorde ou discorde de alguma atitude, ou não tenha sentido tanta simpatia assim (principalmente por Josie), eu ainda torcia por elas (mesmo que eu quisesse meter a mão em Josie as vezes) e acho que uma história pra ser boa, deve mexer com a gente desse jeito.
No mais, Sessão da Meia-Noite com Rayne e Delilah traz uma mensagem muito válida e bonita, e mostra que seguir nossos sonhos é uma tarefa difícil, às vezes parece impossível, e muitas vezes requer sacrifícios que nem sempre estamos dispostos ou prontos pra fazer. O mais importante dessa vida é dar valor a quem está perto da gente e tem algo a acrescentar, e não correr atrás de quem partiu e deixou apenas um vazio.
Autor: Jeff Zentner
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto
Ano: 2019
Páginas: 408
Nota:★★★★☆
Sinopse: Toda sexta-feira, as melhores amigas Josie e Delia se transformam em Rayne Ravenscroft e Delilah Darkwood, apresentadoras de um programa de terror exibido em um canal da TV local. Com o final do ensino médio se aproximando, Josie precisa decidir se vai mudar de cidade para estudar em uma universidade grande e ir atrás de seu sonho de seguir carreira na televisão – mas isso significaria ficar longe de sua melhor amiga... Enquanto isso, Delia sonha que seu pai, um fã de filmes de terror que abandonou a família anos atrás, assista ao programa delas na TV e retome o contato.
Em um fim de semana, as duas resolvem fazer uma viagem para a Flórida, onde vai acontecer a ShiverCon, a maior convenção do universo do terror e o lugar perfeito para conseguir um contrato com uma grande emissora. Mas pode ser que um jovem lutador de MMA, um produtor de televisão excêntrico e um basset hound idoso acabem transformando a vida dessas melhores amigas de uma maneira inesperada.
Resenha: Josie e Delia são melhores amigas, do tipo inseparáveis. Toda noite de sexta-feira, as duas se tornam Rayne Ravenscroft e Delilah Darkwood, apresentadoras de um programa de terror amador exibido em um canal na TV local chamado Sessão da Meia-Noite. O programa é filmado em Jackson, no Tennessee, mas tem um alcance considerável a ponto de ter alguma audiência. Os filmes são ruins e nem sempre elas conseguem manter o "profissionalismo" diante de algumas barbaridades e se encangalham de rir durante as filmagens. Os telespectadores lhes escrevam comentando os episódios, apontando erros, dando sugestões, fazendo críticas e fazendo comentários desnecessários sobre as meninas. Ainda assim elas continuam tentando dar o seu melhor para terem algo de que possam sentir orgulho.
Mas, diferente de Josie, que pensa em televisão 24hrs por dia, Delia se dedica a isso porque seu pai era um grande fã de filmes de terror. O problema é que ele abandonou a família há anos, e a ideia que Delia teve para tentar reencontrá-lo é produzindo algo que possa vir a chamar a atenção dele de alguma forma, como se isso fosse fazer com que ele retomasse o contato com a filha.
Agora, com o ensino médio chegando ao fim, as meninas começam a fazer planos sobre a faculdade, mas sem abrir mão das filmagens do programa. Assim, num final de semana, as duas partem para a Flórida, onde aconteceria uma grande convenção de terror, a ShiverCon. Seria uma ótima oportunidade se elas conseguissem um contrato com uma grande emissora e tudo dependeria de uma reunião que Delia organizou com um produtor, que não tem nada de convencional.
Narrado em primeira pessoa, com capítulos que se alternam entre os pontos de vista das duas protagonistas, o livro traz uma história sobre amizade doida e verdadeira, e a vontade de lutar pelos sonhos. Ao comparar este com os dois livros anteriores do autor, percebi que essa história é mais positiva, mais leve e divertida, enquanto os outros seguem pelo lado mais sério do emocional. Embora seja uma história sobre adolescentes e para adolescentes, o tom desta destoa um pouco e isso me causou um leve estranhamento no começo, porque eu acho que esperava mais sentimento e menos humor. E o humor nesse livro foi um problema pra mim, pois as piadinhas e o sarcasmo das meninas não me fizeram rir nem um pouco. Desde as primeiras páginas achei esse humor forçado demais, deixando a história com um tom abestalhado, e foram poucos os trechos que conseguiram arrancar um sorriso no cantinho da minha boca. Outro problema pra mim foi que só conseguia distinguir as vozes das personagens e saber qual era o ponto de vista da vez porque o nome delas vem no topo da página do capítulo, caso contrário seria impossível pra mim. Não vi diferença nenhuma que mostrasse quem era quem só pela narrativa. Além disso, não consegui identificar nenhum momento grandioso ou significativo o bastante para uma ligação emocional que deveria ser tão forte como o autor quis mostrar para torná-las melhores amigas, e se houve algo do tipo, me perdi totalmente.
Fora isso, não nego que o autor tem uma habilidade única quando o assunto é falar sobre sentimentos, angústias e receios sobre essa fase da vida, e suas personagens acabam sendo muito genuínas, como se fossem um retrato da vida como ela é. De um lado temos Josie, que tem a vida um tanto fácil e confortável por vir de uma família rica e, talvez por isso, é bastante antipática. Todas as facilidades que ela poderia ter pra se dar bem na vida estão em suas mãos, e ela não parece entender muito bem quando alguém não tem o que ela tem, mas, a medida que as coisas vão acontecendo envolvendo alguns grupos sociais, ela acaba tentando mudar de atitude pois passa a enxergar que o mundo não é tão cor-de-rosa assim.
De outro lado temos Delia, que é totalmente o oposto de Josie. Ela sente falta do pai e tem que lidar não só com as consequências desse abandono e dessa rejeição, como também com a mãe instável e depressiva, que vive a base de remédios numa tentativa de manter a própria sanidade. A vontade de reencontrar o pai é tanta que ela deposita todas as suas forças e esperanças nesse projeto, esperando que ele retorne. Ela se sente prejudicada, se sente triste e as vezes despeja suas frustrações em quem não tem nada a ver, mas ela tem capacidade pra reconhecer seus erros e está disposta a melhorar.
Dessa forma, por mais que eu concorde ou discorde de alguma atitude, ou não tenha sentido tanta simpatia assim (principalmente por Josie), eu ainda torcia por elas (mesmo que eu quisesse meter a mão em Josie as vezes) e acho que uma história pra ser boa, deve mexer com a gente desse jeito.
No mais, Sessão da Meia-Noite com Rayne e Delilah traz uma mensagem muito válida e bonita, e mostra que seguir nossos sonhos é uma tarefa difícil, às vezes parece impossível, e muitas vezes requer sacrifícios que nem sempre estamos dispostos ou prontos pra fazer. O mais importante dessa vida é dar valor a quem está perto da gente e tem algo a acrescentar, e não correr atrás de quem partiu e deixou apenas um vazio.
Os Sete Maridos de Evelyn Hugo - Taylor Jenkins Reid
23 de novembro de 2019
Título: Os Sete Maridos de Evelyn Hugo
Autora: Taylor Jenkins Reid
Editora: Paralela
Gênero: Romance
Ano: 2019
Páginas: 360
Nota:★★★★★♥
Resenha: Depois de ter curtido muito a escrita e a história de Daisy Jones & The Six, da autora Taylor Jenkins Reid, não pensei duas vezes quando soube do lançamento de Os Sete Maridos de Evelyn Hugo e já queria ler o quanto antes, cheia de expectativas. Diferente do primeiro que tem foco na indústria da música, este nos leva aos bastidores de Hollywood.
Prestes a completar oitenta anos, Evelyn Hugo, a lendária estrela de Hollywood, vive reclusa em seu apartamento depois de protagonizar vários escândalos no meio cinematográfico em sua época de glória. Agora, Evelyn quer contar sua verdadeira história, com direito aos mínimos detalhes e todos os segredos de sua vida, desde que a entrevistadora seja Monique Grant, uma jornalista inexperiente de trinta e cinco anos que ninguém nunca ouviu falar. Inicialmente, Monique não entende o motivo de ter sido escolhida para escrever um livro com a biografia de Hugo em meio a tantos jornalistas famosos que poderiam fazer o mesmo, e ela percebe que escrever e publicar essa biografia não só poderia alavancar sua carreira, como descobrir que as trajetórias das duas poderiam estar conectadas de uma forma surpreendente.
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Monique, a trama retorna ao passado da icônica e famigerada atriz dos anos 60, se intercalando com os momentos presentes da jornalista, evidenciando, assim, o impacto que os detalhes da vida dela causam em Monique. Em meios aos capítulos também surgem as partes divididas por informações sobre cada casamento (que aconteceram por um motivo, e não por ela ter mania de se casar pra causar como muitos pensavam), e várias notícias sobre a atriz em jornais do passado ou em sites da atualidade, com direito a comentários do público e afins, o que mostra que quando a pessoa é pública, todos se acham no direito de julgá-la com suas opiniões que ninguém pediu.
O que realmente movimenta essa jornada é a curiosidade do leitor pela vida de Evelyn. Mas não aquela vida que todos conhecem através das notícias sensacionalistas e dos escândalos aos quais a atriz se envolveu, mas sim sua vida por trás das câmeras, os detalhes de sua rotina, dos seus desejos, dos seus sonhos, e de quem ela é na realidade. São coisas que ninguém sabe por conta da fachada de celebridade que lhe foi imposta. Assim, vamos acompanhando uma mulher forte e que assume tudo o que fez, por mais "sujo" que possa parecer. Evelyn é cativante, e entre as milhões de virtudes e defeitos que tem, talvez a maior delas seja sempre ser sincera com os outros e consigo mesma, sendo capaz de conseguir olhar pra si mesma e avaliar a quantas anda sua vida. Ela se aproveitou de sua beleza, de seu corpo estonteante, dos contatos e influências de Hollywood pra chegar onde queria, e, embora muito disso possa ter lhe dado vários problemas, ela não se arrepende de nada, principalmente porque nada foi por acaso, tudo fez parte das escolhas dela com propósito de se aproximar e conseguir algo muito maior e que a faria feliz de verdade. Monique, então, ficaria responsável por contar ao mundo quem é essa Evelyn Hugo.
Só posso dizer que a autora acertou em cheio outra vez com mais uma obra que levanta questionamentos e discussões sobre a representatividade que personagens femininas empoderadas tem na sociedade, principalmente quando envolvem assuntos ligados à violência contra a mulher, ao preconceito, à sexualidade e outras questões de gênero. E leituras assim são importantes e muito necessárias para que as pessoas aprendam a ser mais tolerantes quando o assunto é amor e felicidade alheia.
Sei que o ano ainda não acabou, mas já me arrisco a dizer que este foi o melhor livro que li em 2019, e sei que vai ser difícil algum outro superar.
Ao final, o que faz a gente se lamentar é que a obra não é baseada em fatos, e que se trata de apenas uma personagem - a melhor personagem -, e se Evelyn Hugo existisse de verdade, eu seria sua maior fã.
Autora: Taylor Jenkins Reid
Editora: Paralela
Gênero: Romance
Ano: 2019
Páginas: 360
Nota:★★★★★♥
Sinopse: Lendária estrela de Hollywood, Evelyn Hugo sempre esteve sob os holofotes – seja estrelando uma produção vencedora do Oscar, protagonizando algum escândalo ou aparecendo com um novo marido... pela sétima vez. Agora, prestes a completar oitenta anos e reclusa em seu apartamento no Upper East Side, a famigerada atriz decide contar a própria história – ou sua "verdadeira história" –, mas com uma condição: que Monique Grant, jornalista iniciante e até então desconhecida, seja a entrevistadora. Ao embarcar nessa misteriosa empreitada, a jovem repórter começa a se dar conta de que nada é por acaso – e que suas trajetórias podem estar profunda e irreversivelmente conectadas.
Resenha: Depois de ter curtido muito a escrita e a história de Daisy Jones & The Six, da autora Taylor Jenkins Reid, não pensei duas vezes quando soube do lançamento de Os Sete Maridos de Evelyn Hugo e já queria ler o quanto antes, cheia de expectativas. Diferente do primeiro que tem foco na indústria da música, este nos leva aos bastidores de Hollywood.
Prestes a completar oitenta anos, Evelyn Hugo, a lendária estrela de Hollywood, vive reclusa em seu apartamento depois de protagonizar vários escândalos no meio cinematográfico em sua época de glória. Agora, Evelyn quer contar sua verdadeira história, com direito aos mínimos detalhes e todos os segredos de sua vida, desde que a entrevistadora seja Monique Grant, uma jornalista inexperiente de trinta e cinco anos que ninguém nunca ouviu falar. Inicialmente, Monique não entende o motivo de ter sido escolhida para escrever um livro com a biografia de Hugo em meio a tantos jornalistas famosos que poderiam fazer o mesmo, e ela percebe que escrever e publicar essa biografia não só poderia alavancar sua carreira, como descobrir que as trajetórias das duas poderiam estar conectadas de uma forma surpreendente.
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Monique, a trama retorna ao passado da icônica e famigerada atriz dos anos 60, se intercalando com os momentos presentes da jornalista, evidenciando, assim, o impacto que os detalhes da vida dela causam em Monique. Em meios aos capítulos também surgem as partes divididas por informações sobre cada casamento (que aconteceram por um motivo, e não por ela ter mania de se casar pra causar como muitos pensavam), e várias notícias sobre a atriz em jornais do passado ou em sites da atualidade, com direito a comentários do público e afins, o que mostra que quando a pessoa é pública, todos se acham no direito de julgá-la com suas opiniões que ninguém pediu.
O que realmente movimenta essa jornada é a curiosidade do leitor pela vida de Evelyn. Mas não aquela vida que todos conhecem através das notícias sensacionalistas e dos escândalos aos quais a atriz se envolveu, mas sim sua vida por trás das câmeras, os detalhes de sua rotina, dos seus desejos, dos seus sonhos, e de quem ela é na realidade. São coisas que ninguém sabe por conta da fachada de celebridade que lhe foi imposta. Assim, vamos acompanhando uma mulher forte e que assume tudo o que fez, por mais "sujo" que possa parecer. Evelyn é cativante, e entre as milhões de virtudes e defeitos que tem, talvez a maior delas seja sempre ser sincera com os outros e consigo mesma, sendo capaz de conseguir olhar pra si mesma e avaliar a quantas anda sua vida. Ela se aproveitou de sua beleza, de seu corpo estonteante, dos contatos e influências de Hollywood pra chegar onde queria, e, embora muito disso possa ter lhe dado vários problemas, ela não se arrepende de nada, principalmente porque nada foi por acaso, tudo fez parte das escolhas dela com propósito de se aproximar e conseguir algo muito maior e que a faria feliz de verdade. Monique, então, ficaria responsável por contar ao mundo quem é essa Evelyn Hugo.
Só posso dizer que a autora acertou em cheio outra vez com mais uma obra que levanta questionamentos e discussões sobre a representatividade que personagens femininas empoderadas tem na sociedade, principalmente quando envolvem assuntos ligados à violência contra a mulher, ao preconceito, à sexualidade e outras questões de gênero. E leituras assim são importantes e muito necessárias para que as pessoas aprendam a ser mais tolerantes quando o assunto é amor e felicidade alheia.
Sei que o ano ainda não acabou, mas já me arrisco a dizer que este foi o melhor livro que li em 2019, e sei que vai ser difícil algum outro superar.
Ao final, o que faz a gente se lamentar é que a obra não é baseada em fatos, e que se trata de apenas uma personagem - a melhor personagem -, e se Evelyn Hugo existisse de verdade, eu seria sua maior fã.
Games - Cat Room
21 de novembro de 2019
Título: Cat Room
Desenvolvedora: Cross Field
Plataforma: Android e iOS
Categoria: Simulação/Puzzle
Ano: 2016
Classificação Indicativa: Livre
Nota: ★★★★☆
Eu adoro jogos de bichinhos fofinhos, e, se tratando de um de gatíneos, é claro que eu não podia deixar de conferir.
Cat Room é um game japonês de simulação e quebra-cabeças, que consiste basicamente em cuidar das necessidades dos gatinhos fofinhos, mas traz outros perequetês a mais pra incrementar as coisas e tornar o jogo mais dinâmico e social. Só é possível jogar nos idiomas japonês e inglês. Os mini tutoriais ou explicações iniciais são um pouco confusos, e inicialmente pode haver um pouco de dificuldade pra entender a mecânica do jogo e o que ele oferece, mas depois que a gente se acostuma e aprende, fica bem fácil e intuitivo.
Adotamos os gatinhos e vamos fazendo o que eles ficam pedindo, como dar comida, brincar, dar banho, comprar qualquer coisa que precisam, plantar alguma plantinha ou fruta pra preparar alguma receita na panela, dando amor e afins, e, ao realizar as vontades deles, vamos ganhando pontos de experiência pra subir de nível, o que permite desbloquear mais itens, e também dinheirinhos em forma de moedas pra poder gastar comprando mobílias super bonitinhas para a casa.
Os itens colhidos, assim como as receitas preparadas, podem ser dadas de presentes pra outros jogadores, seja numa visita ou no painel de pedidos. Essas visitas e presentes também rendem pontos de experiência e dinheiro.
Os gatinhos podem ser adquiridos num painel onde temos acesso à sua raça, porém só tem como sabermos a aparência dele após a compra, como se fosse uma "surpresa", pois até então só vemos a silhueta deles. Embora seja possível comprar vários gatos de uma vez usando as estrelas acumuladas ao passar nas fases do puzzle, a quantidade de gatos que podemos ter ao mesmo tempo na casa depende do nível de jogo e dos slots adquiridos. Quanto maior o nível, mais chance de ganhar ou comprar slots, e mais gatinhos pra se cuidar podem ser selecionados pra morar na casa.
Além disso, existe o minigame/puzzle, estilo Candy Crush que, além de permitir que ganhemos mais dinheiro no jogo, também desbloqueia novos itens, dão estrelas pra desbloqueio de novas raças, slots para criar mais gatos, ou receitas que podem ser preparadas na cozinha e dadas de presente pra outros jogadores ou pros nossos próprios gatitos. A dificuldade aumenta de acordo com o nível, e algumas fases parecem impossíveis de completar. Fico imaginando os níveis mais altos, e o desespero e a raiva que a gente não deve passar alí por não conseguir completar a fase...
Existe uma área chamada Paradise, que é onde podemos levar o bichano pra passear e realizar pequenas atividades, e até é possível interagir e fazer trocas com outros jogadores (a maioria dos jogadores são japoneses).
No menu existe a BabyRoom, que é onde cuidamos de um filhotinhos até que ele cresça pra levarmos ele pra casa, mas os cuidados com ele também são demorados e é preciso ter paciência até que ele fique pronto.
No menu, na opção de "Achievement" existem alguns desafios que a gente pode completar pra ganhar recompensas, desde dinheiro, latinhas, energia, ou facilidades pro puzzle. São coisas como logar todos os dias, dar mais amor pros gatos, chegar em determinado nível, e por aí vai... Mobiliar a casa com todos os itens de uma coleção em particular também pode render dinheiro e itens especiais.
Acho que o único ponto "negativo", talvez como forma de controle pra ninguém subir de nível de forma desenfreada e haver um pouco mais de equilíbrio, é que os itens utilizados passam por um tempo de "limpeza", e só podem ser usados novamente depois de alguns minutos. Assim, se um gato for brincar no arranhador, por exemplo, pra mandá-lo brincar outra vez é preciso esperar alguns minutos. As plantas também requerem um tempo pra crescerem e serem colhidas.
O minigame também é limitado, então após gastarmos a energia, é preciso esperar um tempo até que ela encha novamente pra podermos jogar de novo ou assistir algum anúncio pra adiantar esse tempo. É até possível acelerar o tempo de espera ou adquirir outras coisas bloqueadas, mas é preciso gastar as latinhas de comida, que seriam equivalentes a diamantes. Essas latinhas podem ser conseguidas através do puzzle, do aumento de nível, ou comprando com dinheiro de verdade. Essas latinhas também podem ser usadas pra comprar mais dinheiro no jogo pra gastar na compra de móveis ou expansões pra aumentar o espaço da casa, ou comprar móveis ou enfeites que são exclusivos e precisam ser pagos com latinhas também.
É um joguinho simples, mas que além de ter um visual fofo com musiquinhas agradáveis de se ouvir, é bem divertido pra se passar o tempo. Eu curti muito.
Desenvolvedora: Cross Field
Plataforma: Android e iOS
Categoria: Simulação/Puzzle
Ano: 2016
Classificação Indicativa: Livre
Nota: ★★★★☆
Sinopse: "Cat Room" é um jogo gratuito onde você pode criar sua própria sala pessoal com gatos bonitos.
Eu adoro jogos de bichinhos fofinhos, e, se tratando de um de gatíneos, é claro que eu não podia deixar de conferir.
Cat Room é um game japonês de simulação e quebra-cabeças, que consiste basicamente em cuidar das necessidades dos gatinhos fofinhos, mas traz outros perequetês a mais pra incrementar as coisas e tornar o jogo mais dinâmico e social. Só é possível jogar nos idiomas japonês e inglês. Os mini tutoriais ou explicações iniciais são um pouco confusos, e inicialmente pode haver um pouco de dificuldade pra entender a mecânica do jogo e o que ele oferece, mas depois que a gente se acostuma e aprende, fica bem fácil e intuitivo.
Adotamos os gatinhos e vamos fazendo o que eles ficam pedindo, como dar comida, brincar, dar banho, comprar qualquer coisa que precisam, plantar alguma plantinha ou fruta pra preparar alguma receita na panela, dando amor e afins, e, ao realizar as vontades deles, vamos ganhando pontos de experiência pra subir de nível, o que permite desbloquear mais itens, e também dinheirinhos em forma de moedas pra poder gastar comprando mobílias super bonitinhas para a casa.
Os itens colhidos, assim como as receitas preparadas, podem ser dadas de presentes pra outros jogadores, seja numa visita ou no painel de pedidos. Essas visitas e presentes também rendem pontos de experiência e dinheiro.
Os gatinhos podem ser adquiridos num painel onde temos acesso à sua raça, porém só tem como sabermos a aparência dele após a compra, como se fosse uma "surpresa", pois até então só vemos a silhueta deles. Embora seja possível comprar vários gatos de uma vez usando as estrelas acumuladas ao passar nas fases do puzzle, a quantidade de gatos que podemos ter ao mesmo tempo na casa depende do nível de jogo e dos slots adquiridos. Quanto maior o nível, mais chance de ganhar ou comprar slots, e mais gatinhos pra se cuidar podem ser selecionados pra morar na casa.
Além disso, existe o minigame/puzzle, estilo Candy Crush que, além de permitir que ganhemos mais dinheiro no jogo, também desbloqueia novos itens, dão estrelas pra desbloqueio de novas raças, slots para criar mais gatos, ou receitas que podem ser preparadas na cozinha e dadas de presente pra outros jogadores ou pros nossos próprios gatitos. A dificuldade aumenta de acordo com o nível, e algumas fases parecem impossíveis de completar. Fico imaginando os níveis mais altos, e o desespero e a raiva que a gente não deve passar alí por não conseguir completar a fase...
Existe uma área chamada Paradise, que é onde podemos levar o bichano pra passear e realizar pequenas atividades, e até é possível interagir e fazer trocas com outros jogadores (a maioria dos jogadores são japoneses).
No menu existe a BabyRoom, que é onde cuidamos de um filhotinhos até que ele cresça pra levarmos ele pra casa, mas os cuidados com ele também são demorados e é preciso ter paciência até que ele fique pronto.
No menu, na opção de "Achievement" existem alguns desafios que a gente pode completar pra ganhar recompensas, desde dinheiro, latinhas, energia, ou facilidades pro puzzle. São coisas como logar todos os dias, dar mais amor pros gatos, chegar em determinado nível, e por aí vai... Mobiliar a casa com todos os itens de uma coleção em particular também pode render dinheiro e itens especiais.
Acho que o único ponto "negativo", talvez como forma de controle pra ninguém subir de nível de forma desenfreada e haver um pouco mais de equilíbrio, é que os itens utilizados passam por um tempo de "limpeza", e só podem ser usados novamente depois de alguns minutos. Assim, se um gato for brincar no arranhador, por exemplo, pra mandá-lo brincar outra vez é preciso esperar alguns minutos. As plantas também requerem um tempo pra crescerem e serem colhidas.
O minigame também é limitado, então após gastarmos a energia, é preciso esperar um tempo até que ela encha novamente pra podermos jogar de novo ou assistir algum anúncio pra adiantar esse tempo. É até possível acelerar o tempo de espera ou adquirir outras coisas bloqueadas, mas é preciso gastar as latinhas de comida, que seriam equivalentes a diamantes. Essas latinhas podem ser conseguidas através do puzzle, do aumento de nível, ou comprando com dinheiro de verdade. Essas latinhas também podem ser usadas pra comprar mais dinheiro no jogo pra gastar na compra de móveis ou expansões pra aumentar o espaço da casa, ou comprar móveis ou enfeites que são exclusivos e precisam ser pagos com latinhas também.
É um joguinho simples, mas que além de ter um visual fofo com musiquinhas agradáveis de se ouvir, é bem divertido pra se passar o tempo. Eu curti muito.
A Tormenta de Espadas - George R.R. Martin
18 de novembro de 2019
Título: A Tormenta de Espadas - As Crônicas de Gelo e Fogo #3
Autor: George R.R. Martin
Editora: Suma de Letras
Gênero: Alta Fantasia
Ano: 2019
Páginas: 832
Nota:★★★★★
Resenha: Dando continuidade à Guerra dos Cinco Reis, que agora na verdade são quatro porque um morreu, Stannis Baratheon, enfeitiçado pela Mulher Vermelha, tenta reerguer seu exército depois da Batalha da Água Negra que ocorreu em Porto Real. Foi nesta batalha que Tyrion sofreu um ataque e agora se recupera do enorme ferimento no rosto que lhe renderia sua famosa cicatriz.
Enquanto o intragável Joffrey ocupa o Trono de Ferro, o caos reina em Westeros. Comandando o Norte, Robb Stark continua tendo êxito nas batalhas que luta e passou a ser chamado de Jovem Lobo.
Representando a Patrulha da Noite, que ainda não tomou partido na confusão, Jon Snow se infiltra no grupo dos Selvagens, e fica de olho em Mance Rayder, o Rei Para Lá da Muralha.
Daenerys Targaryen segue para Pentos levando consigo seus três dragões, que crescem cada vez mais. Ao passar pela Baía dos Escravos, ela se torna a Quebradora de Correntes e ganha cada vez mais força enquanto planeja chegar em Westeros.
E enquanto a guerra ganha mais força, uma horda de mortos-vivos se levanta representando umdos maiores perigos que todos haveriam de enfrentar...
Mantendo o estilo de narrativa dos livros anteriores, A Tormenta de Espadas traz capítulos narrados em terceira pessoa com pontos de vistas de personagens distintos. Em alguns momentos, pelo excesso de detalhes, a leitura é um pouco maçante, mas a história é tão interessante que é impossível não se envolver e só querer saber mais.
Com mortes a perder de vista, traições inesperadas e reviravoltas incríveis, este volume consegue ser ainda melhor que os anteriores pois aqui é onde as coisas realmente começam a acontecer e a ganhar um desenvolvimento maior, que irão interferir no futuro e no destino de todos.
É meio difícil falar sobre esses livros quando a série fez tanto sucesso e muita gente já sabe o que acontece. Como são muitos personagens e os acontecimentos acabam se interligando, é difícil fazer comentários e tecer opiniões sem spoilers. É difícil também falar das características de cada personagem já que são tantos que mal dá pra contar, mas só posso dizer que é uma série incrível, com tramas políticas inteligentes, com personagens que são capazes de fazer coisas que até Deus duvida, e com um autor audacioso e desapegado o bastante para criar situações inacreditáveis, principalmente no que diz respeito às mortes.
Personagens que pareciam não fazer nenhuma diferença começam a evoluir e ganhando importância, e enquanto uns ganham nossa admiração, outros mereciam uma lenta e dolorosa morte. A medida que os acontecimentos pela visão de um determinado protagonista se desenrola, as camadas desse personagem começam a ser desvendadas, e vemos que cada um deles tem suas particularidades que os tornam únicos, com objetivos distintos, mas sempre presando por algo maior... Alguns querem sobreviver, outros querem conquistar algo que acreditam lhes ser de direito, outros só querem vingança por algo trágico que aconteceu ou por alguém que lhe foram tomados... Enfim...
Não é a toa que a série ganhou todo esse espaço. Foi mais do que merecido e realmente faz jus ao sucesso. Pra fãs de fantasias épicas, é leitura mais do que obrigatória.
Autor: George R.R. Martin
Editora: Suma de Letras
Gênero: Alta Fantasia
Ano: 2019
Páginas: 832
Nota:★★★★★
Sinopse: O futuro de Westeros está em jogo, e ninguém descansará até que os Sete Reinos tenham explodido em uma verdadeira tormenta de espadas.
Dos cinco pretendentes ao trono, um está morto e outro caiu em desgraça, e ainda assim a guerra continua em toda sua fúria, enquanto alianças são feitas e desfeitas. Joffrey, da Casa Lannister, ocupa o Trono de Ferro, como o instável governante dos Sete Reinos, ao passo que seu rival mais amargo, lorde Stannis, jaz derrotado e enfeitiçado pelas promessas da Mulher Vermelha.
O jovem Robb, da Casa Stark, ainda comanda o Norte, contudo, e planeja sua batalha contra os Lannister, mesmo que sua irmã seja refém deles em Porto Real. Enquanto isso, Daenerys Targaryen atravessa um continente deixando um rastro de sangue a caminho de Westeros, levando consigo os três únicos dragões existentes em todo o mundo.
Enquanto forças opostas avançam para uma gigantesca batalha final, um exército de selvagens chega dos confins da civilização. Em seu rastro vem uma horda de terríveis criaturas místicas - os Outros: um batalhão de mortos-vivos cujos corpos são imparáveis.
Resenha: Dando continuidade à Guerra dos Cinco Reis, que agora na verdade são quatro porque um morreu, Stannis Baratheon, enfeitiçado pela Mulher Vermelha, tenta reerguer seu exército depois da Batalha da Água Negra que ocorreu em Porto Real. Foi nesta batalha que Tyrion sofreu um ataque e agora se recupera do enorme ferimento no rosto que lhe renderia sua famosa cicatriz.
Enquanto o intragável Joffrey ocupa o Trono de Ferro, o caos reina em Westeros. Comandando o Norte, Robb Stark continua tendo êxito nas batalhas que luta e passou a ser chamado de Jovem Lobo.
Representando a Patrulha da Noite, que ainda não tomou partido na confusão, Jon Snow se infiltra no grupo dos Selvagens, e fica de olho em Mance Rayder, o Rei Para Lá da Muralha.
Daenerys Targaryen segue para Pentos levando consigo seus três dragões, que crescem cada vez mais. Ao passar pela Baía dos Escravos, ela se torna a Quebradora de Correntes e ganha cada vez mais força enquanto planeja chegar em Westeros.
E enquanto a guerra ganha mais força, uma horda de mortos-vivos se levanta representando umdos maiores perigos que todos haveriam de enfrentar...
Mantendo o estilo de narrativa dos livros anteriores, A Tormenta de Espadas traz capítulos narrados em terceira pessoa com pontos de vistas de personagens distintos. Em alguns momentos, pelo excesso de detalhes, a leitura é um pouco maçante, mas a história é tão interessante que é impossível não se envolver e só querer saber mais.
Com mortes a perder de vista, traições inesperadas e reviravoltas incríveis, este volume consegue ser ainda melhor que os anteriores pois aqui é onde as coisas realmente começam a acontecer e a ganhar um desenvolvimento maior, que irão interferir no futuro e no destino de todos.
É meio difícil falar sobre esses livros quando a série fez tanto sucesso e muita gente já sabe o que acontece. Como são muitos personagens e os acontecimentos acabam se interligando, é difícil fazer comentários e tecer opiniões sem spoilers. É difícil também falar das características de cada personagem já que são tantos que mal dá pra contar, mas só posso dizer que é uma série incrível, com tramas políticas inteligentes, com personagens que são capazes de fazer coisas que até Deus duvida, e com um autor audacioso e desapegado o bastante para criar situações inacreditáveis, principalmente no que diz respeito às mortes.
Personagens que pareciam não fazer nenhuma diferença começam a evoluir e ganhando importância, e enquanto uns ganham nossa admiração, outros mereciam uma lenta e dolorosa morte. A medida que os acontecimentos pela visão de um determinado protagonista se desenrola, as camadas desse personagem começam a ser desvendadas, e vemos que cada um deles tem suas particularidades que os tornam únicos, com objetivos distintos, mas sempre presando por algo maior... Alguns querem sobreviver, outros querem conquistar algo que acreditam lhes ser de direito, outros só querem vingança por algo trágico que aconteceu ou por alguém que lhe foram tomados... Enfim...
Não é a toa que a série ganhou todo esse espaço. Foi mais do que merecido e realmente faz jus ao sucesso. Pra fãs de fantasias épicas, é leitura mais do que obrigatória.
Na Telinha - BoJack Horseman (2ª Temporada)
17 de novembro de 2019
Título: Bojack Horseman
Temporada: 2 | Episódios: 12
Elenco: Will Arnett, Alison Brie, Amy Sedaris, Paul F. Tompkins, Aaron Paul
Gênero: Animação/Comédia/Drama/Fantasia
Ano: 2015
Duração: 25min
Classificação: +16
Nota: ★★★★★
BoJack Horseman está de volta nessa segunda temporada que consegue ser tão boa quanto a primeira. Enquanto seu completo fracasso como pessoa foi explorado na primeira temporada, dessa vez, o que entra em cena é seu retorno para os holofotes e sua autodescoberta em busca de algo maior e mais além do que o fundo do poço: BoJack quer voltar a ser feliz.
Depois do lançamento de sua biografia escrita por Diane Nguyen, BoJack recupera a fama perdida, volta a ser conhecido e consegue um trabalho para protagonizar o filme Secretariat. Porém, contrariando suas expectativas, esse retorno não lhe traz nenhuma alegria, muito pelo contrário.
Embora a temporada ainda aborde as questões sobre os bastidores podres do mundo das celebridades, o foco fica sobre BoJack que, depois de reconhecer que sua vida foi ladeira abaixo, está em busca da sua felicidade. Os episódios mantém a essência da série, trazem um humor sagaz, que beira a ironia, e os demais personagens que fazem parte da vida de BoJack, Diane, Todd, Princess Carolyn e Mr. Peanutbutter, ganham mais profundidade, espaço e relevância. Os altos e baixos do casamento de Diane com Mr. Peanutbutter é bem trabalhado e mostra um outro lado da vida de um casal que muitos tem, mas não contam pra ninguém, assim como as tentativas frustradas de BoJack se relacionar com alguém quando ele não está preparado pra isso, por mais que ele tente. Por falar em relacionamento, alguns são apresentados de uma forma tão absurda, mostrando que, por amor, muitas vezes ficamos tão cegos, que deixamos de ser capazes de enxergar a verdade que está na nossa frente, e isso chega a ser até preocupante se pararmos pra pensar.
Há uma abordagem bem interessante sobre o relacionamento falido de BoJack com sua mãe, que sempre o coloca abaixo de zero e nunca lhe dá apoio algum, e o quanto isso afeta sua vida, e por aí podemos ver que grande parte da personalidade dele vem do que ele precisou - e ainda precisa - enfrentar. A proximidade com uma ex-companheira de trabalho, que agora já está adulta e cheia de problemas, também ganha espaço e levanta vários questionamentos.
As situações e os diálogos trazem ótimas reflexões, pois não deixam de ser uma crítica à sociedade atual. Os personagens são tão "humanos", cheios de falhas e defeitos, que acabam estando bem próximos da nossa realidade, por mais bizarros que sejam. Logo é perfeitamente possível sentir alguma empatia ou se identificar com suas personalidades, seus desafios, seus obstáculos ou com seus sonhos.
Confesso que os primeiros episódios não são tão convidativos, mas a medida que as coisas vão acontecendo, os personagens vão sendo mais trabalhados, seus dilemas vão ficando cada vez mais interessantes, as sátiras se tornam certeiras, e as lições, que parecem ser sutis num primeiro momento, acabam ficando explícitas, sendo impossível não pegar os temas abordados e parar pra pensar na nossa própria vida.
BoJack Horseman pode não ter um visual muito atrativo a primeira vista, mas é uma das melhores e mais inteligentes animações adultas da atualidade.
Temporada: 2 | Episódios: 12
Elenco: Will Arnett, Alison Brie, Amy Sedaris, Paul F. Tompkins, Aaron Paul
Gênero: Animação/Comédia/Drama/Fantasia
Ano: 2015
Duração: 25min
Classificação: +16
Nota: ★★★★★
Sinopse: Depois que sua autobiografia se torna um best-seller e o papel no filme dos seus sonhos parece finalmente ser realidade, BoJack está pronto para impulsionar sua carreira. A menos que ele estrague tudo.
BoJack Horseman está de volta nessa segunda temporada que consegue ser tão boa quanto a primeira. Enquanto seu completo fracasso como pessoa foi explorado na primeira temporada, dessa vez, o que entra em cena é seu retorno para os holofotes e sua autodescoberta em busca de algo maior e mais além do que o fundo do poço: BoJack quer voltar a ser feliz.
Depois do lançamento de sua biografia escrita por Diane Nguyen, BoJack recupera a fama perdida, volta a ser conhecido e consegue um trabalho para protagonizar o filme Secretariat. Porém, contrariando suas expectativas, esse retorno não lhe traz nenhuma alegria, muito pelo contrário.
Embora a temporada ainda aborde as questões sobre os bastidores podres do mundo das celebridades, o foco fica sobre BoJack que, depois de reconhecer que sua vida foi ladeira abaixo, está em busca da sua felicidade. Os episódios mantém a essência da série, trazem um humor sagaz, que beira a ironia, e os demais personagens que fazem parte da vida de BoJack, Diane, Todd, Princess Carolyn e Mr. Peanutbutter, ganham mais profundidade, espaço e relevância. Os altos e baixos do casamento de Diane com Mr. Peanutbutter é bem trabalhado e mostra um outro lado da vida de um casal que muitos tem, mas não contam pra ninguém, assim como as tentativas frustradas de BoJack se relacionar com alguém quando ele não está preparado pra isso, por mais que ele tente. Por falar em relacionamento, alguns são apresentados de uma forma tão absurda, mostrando que, por amor, muitas vezes ficamos tão cegos, que deixamos de ser capazes de enxergar a verdade que está na nossa frente, e isso chega a ser até preocupante se pararmos pra pensar.
As situações e os diálogos trazem ótimas reflexões, pois não deixam de ser uma crítica à sociedade atual. Os personagens são tão "humanos", cheios de falhas e defeitos, que acabam estando bem próximos da nossa realidade, por mais bizarros que sejam. Logo é perfeitamente possível sentir alguma empatia ou se identificar com suas personalidades, seus desafios, seus obstáculos ou com seus sonhos.
Confesso que os primeiros episódios não são tão convidativos, mas a medida que as coisas vão acontecendo, os personagens vão sendo mais trabalhados, seus dilemas vão ficando cada vez mais interessantes, as sátiras se tornam certeiras, e as lições, que parecem ser sutis num primeiro momento, acabam ficando explícitas, sendo impossível não pegar os temas abordados e parar pra pensar na nossa própria vida.
BoJack Horseman pode não ter um visual muito atrativo a primeira vista, mas é uma das melhores e mais inteligentes animações adultas da atualidade.
Wishlist #79 - Funko Pop - The Devil Wears Prada
14 de novembro de 2019
Sabe aquele filme que vira favorito e a gente assiste um milhão de vezes sem cansar? Poizé.
Depois de ANOS de espera, enfim a senhora Funko ouviu as minhas preces. Os pops do filme O Diabo Veste Prada foram divulgados e serão lançados entre março/maio de 2020, e não estou aguentando de ansiedade, tendo pequenos ataques e faniquitos. Esperei séculos pra ter um mini Miranda Priestly pra chamar de minha e agora já posso fazer minha contagem regressiva. Olha que lindas essas mini divas do mundo da moda, meupai.
Depois de ANOS de espera, enfim a senhora Funko ouviu as minhas preces. Os pops do filme O Diabo Veste Prada foram divulgados e serão lançados entre março/maio de 2020, e não estou aguentando de ansiedade, tendo pequenos ataques e faniquitos. Esperei séculos pra ter um mini Miranda Priestly pra chamar de minha e agora já posso fazer minha contagem regressiva. Olha que lindas essas mini divas do mundo da moda, meupai.
A Fúria dos Reis - George R.R. Martin
9 de novembro de 2019
Título: A Fúria dos Reis - As Crônicas de Gelo e Fogo #2
Autor: George R.R. Martin
Editora: Suma de Letras
Gênero: Alta Fantasia
Ano: 2019
Páginas: 648
Nota:★★★★★♥
Resenha: Dando continuidade aos conflitos apresentados no livro anterior, A Fúria dos Reis apresenta ainda mais ameaças em meio às diversas tramas políticas dessa guerra que está por vir.
Depois que um cometa vermelho corta os céus, algumas profecias começam a surgir, mas nada se equipara ao caos que se instaurou nos Sete Reinos. Depois da morte de Ned Stark e da separação dos membros da família Stark, Joffrey Baratheon reina com tirania, mas mesmo com Tyrion Lannister como sua mão, numa tentativa de amenizar os estragos causados pelo rei, não consegue impedir uma grande guerra civil.
Seis facções/casas entraram na disputa pelo poder, com o objetivo de ocupar o Trono de Ferro de Westeros. A ideia de Joffrey não ser o herdeiro legítimo do trono deixou o povo em polvorosa, e agora o irmão mais velho de Robert, Stannis Baratheon, se alia a uma misteriosa religião encabeçada por Melisandre, a sacerdotiza vermelha que serve o Senhor da Luz, para formar um exército que vai lutar para que ele consiga o que é seu por direito. Stannis foi convencido de que ele é o guerreiro profetizado que salvaria o mundo de uma grande escuridão iminente. Em contrapartida, Renly Baratheon, irmão mais novo de Robert, também se acha merecedor de ocupar o trono e se autoproclama rei, e se alia à Casa Tyrell.
Nas Ilhas de Ferro, Balon Greyjoy também é coroado rei, e um plano de vingança começa a ser tramado.
Com tantos reis em busca de um único objetivo, surgiu a Guerra dos Cinco Reis.
Os Lannister não medem esforços para manter sua posição no trono, mas o que ninguém imagina é que um perigo muito maior está vindo de além das grandes Muralhas, ou que do Leste, uma jovem garota de cabelos quase brancos e olhos cor de violeta, em companhia de seus três dragões, quer reconquistar o que foi tomado de seus ancestrais.
Narrado em terceira pessoa e com capítulos que se alternam entre os principais personagens dessa trama fantástica, a história vai ganhando ainda mais formas e camadas, evidenciando união, conflitos e traições entre todas as casas envolvidas nessa disputa. Não nego que a história seja maravilhosa e fez um sucesso gigantesco, e os personagens vão nos surpreendendo cada vez mais, mas a escrita do autor, embora seja fluída, é prolixa ao extremo. Metade do livro envolve planos a perder de vista e execução zero. É difícil quando a história é boa e intrigante, mas a forma de ser contada nos livros é cansativa, e talvez por isso muitos preferiram acompanhar a série (eu vi a série antes de ler os livros, sorry). Mas sou obrigada a concordar que a história é cheia de surpresas, reviravoltas e muita, MUITA ação. E MUITO SANGUE.
Os personagens vão mostrando cada vez mais para o que vieram, e a medida que passam a lidar com experiências cada vez mais trágicas, vão se moldando e se adaptando à realidade conflituosa e cheia de perigos que os cerca. E os perigos são tantos que aqui nãos e pode cogitar a hipótese de se apegar a ninguém. Todos morrem, a todo momento. Ninguém está a salvo. Quando você pensa que alguém é importante e que vai mudar o rumo das coisas, lá está ele sem cabeça ou com as tripas pra fora pra te provar que não.
A inserção dos dragões de Daenerys na trama traz o ar de fantasia, e a forma como ela vai se desenvolvendo e se tornando cada vez mais forte para lutar pelo que ela quer é incrível, e o que torna sua jornada ainda mais realista em meio ao cenário de disputas, porém, por mais que ela tenha um futuro promissor, ela ainda não chegou onde quer, sofre bastante, e suas cenas acabam sendo um tanto entediantes. Os caminhantes e o perigo que eles representam não fica atrás.
O que me incomoda um pouco na narrativa do autor é o excesso de detalhes que envolvem abuso, incesto e cenas extremamente pornográficas. Talvez, dentro do contexto da época isso tenha alguma relevância, mas acho que a história poderia ser a mesma se o assunto não existisse, ou fosse tratado de forma mais sutil.
No mais, é difícil falar sobre uma história tão complexa sem dar maiores detalhes e spoilers que possam estragar a experiência de quem ainda não leu. Só posso dizer que o sucesso não veio por mero acaso, a história, mesmo que demore pra ser finalizada devido ao excesso de descrições e detalhes, realmente é incrível e supera nossas expectativas, e pra quem é fã de alta fantasia recheada de tramas políticas, é leitura mais do que indicada.
Autor: George R.R. Martin
Editora: Suma de Letras
Gênero: Alta Fantasia
Ano: 2019
Páginas: 648
Nota:★★★★★♥
Sinopse: Da antiga fortaleza de Pedra do Dragão, às costas áridas de Winterfell, reina o caos.
Seis facções disputam o controle de uma terra dividida e o direito de ocupar o Trono de Ferro de Westeros - e estão dispostos a encarar tempestades, levantes e guerras para isso.
Nesta história, irmão trama contra irmão e os mortos se levantam para caminhar pela noite. Aqui, uma princesa se disfarça de menino órfão, um cavaleiro se prepara para encarar uma pérfida feiticeira e bárbaros descem das Montanhas da Lua para saquear os campos.
Em um contexto de incesto e fratricídio, alquimia e assassinato, a vitória será dos homens e mulheres que possuírem o mais frio aço... e o mais frio coração. Pois, quando se desperta a fúria dos reis, a terra inteira treme.
Resenha: Dando continuidade aos conflitos apresentados no livro anterior, A Fúria dos Reis apresenta ainda mais ameaças em meio às diversas tramas políticas dessa guerra que está por vir.
Depois que um cometa vermelho corta os céus, algumas profecias começam a surgir, mas nada se equipara ao caos que se instaurou nos Sete Reinos. Depois da morte de Ned Stark e da separação dos membros da família Stark, Joffrey Baratheon reina com tirania, mas mesmo com Tyrion Lannister como sua mão, numa tentativa de amenizar os estragos causados pelo rei, não consegue impedir uma grande guerra civil.
Seis facções/casas entraram na disputa pelo poder, com o objetivo de ocupar o Trono de Ferro de Westeros. A ideia de Joffrey não ser o herdeiro legítimo do trono deixou o povo em polvorosa, e agora o irmão mais velho de Robert, Stannis Baratheon, se alia a uma misteriosa religião encabeçada por Melisandre, a sacerdotiza vermelha que serve o Senhor da Luz, para formar um exército que vai lutar para que ele consiga o que é seu por direito. Stannis foi convencido de que ele é o guerreiro profetizado que salvaria o mundo de uma grande escuridão iminente. Em contrapartida, Renly Baratheon, irmão mais novo de Robert, também se acha merecedor de ocupar o trono e se autoproclama rei, e se alia à Casa Tyrell.
Nas Ilhas de Ferro, Balon Greyjoy também é coroado rei, e um plano de vingança começa a ser tramado.
Com tantos reis em busca de um único objetivo, surgiu a Guerra dos Cinco Reis.
Os Lannister não medem esforços para manter sua posição no trono, mas o que ninguém imagina é que um perigo muito maior está vindo de além das grandes Muralhas, ou que do Leste, uma jovem garota de cabelos quase brancos e olhos cor de violeta, em companhia de seus três dragões, quer reconquistar o que foi tomado de seus ancestrais.
Narrado em terceira pessoa e com capítulos que se alternam entre os principais personagens dessa trama fantástica, a história vai ganhando ainda mais formas e camadas, evidenciando união, conflitos e traições entre todas as casas envolvidas nessa disputa. Não nego que a história seja maravilhosa e fez um sucesso gigantesco, e os personagens vão nos surpreendendo cada vez mais, mas a escrita do autor, embora seja fluída, é prolixa ao extremo. Metade do livro envolve planos a perder de vista e execução zero. É difícil quando a história é boa e intrigante, mas a forma de ser contada nos livros é cansativa, e talvez por isso muitos preferiram acompanhar a série (eu vi a série antes de ler os livros, sorry). Mas sou obrigada a concordar que a história é cheia de surpresas, reviravoltas e muita, MUITA ação. E MUITO SANGUE.
Os personagens vão mostrando cada vez mais para o que vieram, e a medida que passam a lidar com experiências cada vez mais trágicas, vão se moldando e se adaptando à realidade conflituosa e cheia de perigos que os cerca. E os perigos são tantos que aqui nãos e pode cogitar a hipótese de se apegar a ninguém. Todos morrem, a todo momento. Ninguém está a salvo. Quando você pensa que alguém é importante e que vai mudar o rumo das coisas, lá está ele sem cabeça ou com as tripas pra fora pra te provar que não.
A inserção dos dragões de Daenerys na trama traz o ar de fantasia, e a forma como ela vai se desenvolvendo e se tornando cada vez mais forte para lutar pelo que ela quer é incrível, e o que torna sua jornada ainda mais realista em meio ao cenário de disputas, porém, por mais que ela tenha um futuro promissor, ela ainda não chegou onde quer, sofre bastante, e suas cenas acabam sendo um tanto entediantes. Os caminhantes e o perigo que eles representam não fica atrás.
O que me incomoda um pouco na narrativa do autor é o excesso de detalhes que envolvem abuso, incesto e cenas extremamente pornográficas. Talvez, dentro do contexto da época isso tenha alguma relevância, mas acho que a história poderia ser a mesma se o assunto não existisse, ou fosse tratado de forma mais sutil.
No mais, é difícil falar sobre uma história tão complexa sem dar maiores detalhes e spoilers que possam estragar a experiência de quem ainda não leu. Só posso dizer que o sucesso não veio por mero acaso, a história, mesmo que demore pra ser finalizada devido ao excesso de descrições e detalhes, realmente é incrível e supera nossas expectativas, e pra quem é fã de alta fantasia recheada de tramas políticas, é leitura mais do que indicada.
O Aprendiz de Assassino - Robin Hobb
6 de novembro de 2019
Título: O Aprendiz de Assassino - Saga do Assassino #1
Autora: Robin Hobb
Editora: Suma de Letras
Gênero: Fantasia/Drama
Ano: 2018
Páginas: 450
Nota:★★★★☆♥
Resenha: O Aprendiz de Assassino é o primeiro livro da Saga do Assassino (The Farseer Trilogy), a primeira de cinco sagas que faz parte da enorme série O Reino dos Antigos, da autora Robin Hobb. O livro já havia sido publicado pela Editora Leya anteriormente, mas agora ganhou uma repaginada e foi relançado pela Suma sob novo projeto gráfico e nova revisão/tradução.
Fitz é um garotinho de seis anos de idade, filho bastardo do príncipe Chivarly Farseer, o herdeiro do rei Shrewd Farseer, dos Seis Ducados, que mais tarde abdicou do trono colocando seus irmãos mais novos, Verity e Regal, na linha de sucessão. Fitz foi excluído da vida da realeza por ser um bastardo, mas por ser importante demais (ou perigoso demais para os interesses reais) pra ser simplesmente abandonado à própria sorte, ele foi criado às sombras da corte em meio a criados e animais pelo mestre dos estábulos da Torre do Cervo, Burrich. Fiz herdou o Talento, uma magia ancestral que lhe dá a habilidade de se comunicar com os animais, e posteriormente ele é aceito pela família real, recebendo as devidas instruções, mas também sendo secretamente treinado a se tornar um assassino silencioso a serviço do rei Shrwed.
Até que um grande grupo de saqueadores bárbaros começam a ameaçar os Seis Ducados, e Fitz é enviado para sua primeira missão, mas ele acaba em meio a vários segredos numa trama misteriosa e cheia de reviravoltas.
Num primeiro momento, como leitora, eu me senti um pouco incomodada com a narrativa em primeira pessoa e como as lembranças da infância dele eram tão vívidas, pois, inevitavelmente, ficamos limitados ao ponto de vista e às experiências de Fitz, que conta sua longa jornada nos mínimos detalhes, desde sua primeira lembrança aos seis anos quando foi levado para os estábulos até mais velho. Muito tempo é investido em descrever as experiências de Fitz, e no final das contas, com esse ritmo devagar, quase parando, a sensação é de que vários anos se passaram durante tudo aquilo, como se compartilhássemos o peso que recaiu sobre os ombros do protagonista.
Sobre a parte gráfica, só tenho elogios. A capa, embora destaque bem o nome o nome da autora em prateado, é bem simples e bonita, fazendo referência a Cidade da Torre do Cervo.
Um ponto bastante relevante sobre esta edição da Suma de Letras em particular, diferente das edições publicadas anteriormente pela Editora Leya, é que os nomes dos personagens, que podem moldar ou definir a personalidade deles, não foram traduzidos a fim de manter a originalidade, e graças a Deus que fizeram isso aqui. Inclusive há um glossário no final do livro com o significado de cada nome.
No mais, O Aprendiz de Assassino é uma excelente introdução à série e ao universo fantástico e grandioso criado por Robin Hobb, entregando uma história sobre confiança, amor e lealdade sem igual, e ainda levantando questões interessantes sobre a importância do sangue, e se devemos confiar plenamente em alguém só por causa do bendito parentesco. O livro superou, sim, todas as minhas expectativas, e estou bastante ansiosa pra continuar lendo os próximos volumes. Não é todo dia que a gente encontra um livro de fantasia desse calibre. Super recomendado!
Autora: Robin Hobb
Editora: Suma de Letras
Gênero: Fantasia/Drama
Ano: 2018
Páginas: 450
Nota:★★★★☆♥
Sinopse: Fitz tem seis anos de idade quando seu avô o joga aos pés de um guarda real e anuncia que a partir de então o pai deve cuidar do bastardo que produziu ― e o pai de Fitz é ninguém menos que Chilvary Farseer, o príncipe herdeiro dos Seis Ducados.
Excluído pela realeza, mas importante demais para ser abandonado, Fitz é criado à sombra da corte, protegido pelo mestre dos estábulos e crescendo em meio aos criados e plebeus da Cidade de Torre do Cervo.
No entanto, um bastardo real é uma peça perigosa, e o rei Shrewd não demora a convocá-lo. Carregando no sangue a magia ancestral do Talento e uma habilidade ainda mais instintiva de se comunicar com os animais, Fitz passa a ser treinado para se tornar um assassino a serviço do rei.
Quando saqueadores selvagens começam a atacar as regiões costeiras dos Seis Ducados, Fitz recebe sua primeira missão. Embora alguns o vejam como uma ameaça, o jovem bastardo vai provar que pode ser a chave para a sobrevivência do reino.
Resenha: O Aprendiz de Assassino é o primeiro livro da Saga do Assassino (The Farseer Trilogy), a primeira de cinco sagas que faz parte da enorme série O Reino dos Antigos, da autora Robin Hobb. O livro já havia sido publicado pela Editora Leya anteriormente, mas agora ganhou uma repaginada e foi relançado pela Suma sob novo projeto gráfico e nova revisão/tradução.
Fitz é um garotinho de seis anos de idade, filho bastardo do príncipe Chivarly Farseer, o herdeiro do rei Shrewd Farseer, dos Seis Ducados, que mais tarde abdicou do trono colocando seus irmãos mais novos, Verity e Regal, na linha de sucessão. Fitz foi excluído da vida da realeza por ser um bastardo, mas por ser importante demais (ou perigoso demais para os interesses reais) pra ser simplesmente abandonado à própria sorte, ele foi criado às sombras da corte em meio a criados e animais pelo mestre dos estábulos da Torre do Cervo, Burrich. Fiz herdou o Talento, uma magia ancestral que lhe dá a habilidade de se comunicar com os animais, e posteriormente ele é aceito pela família real, recebendo as devidas instruções, mas também sendo secretamente treinado a se tornar um assassino silencioso a serviço do rei Shrwed.
Até que um grande grupo de saqueadores bárbaros começam a ameaçar os Seis Ducados, e Fitz é enviado para sua primeira missão, mas ele acaba em meio a vários segredos numa trama misteriosa e cheia de reviravoltas.
"A minha vida tem sido uma teia de segredos, segredos que mesmo agora são perigosos de compartilhar. Devo colocá-los neste fino papel para fazer deles apenas chamas e cinzas? Talvez."O livro é narrado em primeira pessoa, e a quantidade de detalhes e descrições é tão adorável quanto cansativa. Não que isso seja um ponto negativo no caso desse livro em particular, até mesmo porque a escrita poética da autora é bastante fluída e rica a ponto de a todo momento nos surpreender com a forma incrível que ela tem de expressar alguma emoção ou acontecimento através de uma frase genial, mas esse excesso de floreios, embora importante dentro do contexto, acaba tornando a leitura mais demorada do que o esperado, mostrando, lenta e gradualmente, cada passo da infância cheia de tribulações, dificuldades, privações e sofrimento do pequeno Fitz. Talvez a narrativa foi feita dessa forma de propósito, pois da mesma forma que o protagonista beira a exaustão com tantas experiências trágicas, os leitores também acabam ficando com o emocional desgastado ao acompanhar essa peleja sem fim.
- Pág. 12
Num primeiro momento, como leitora, eu me senti um pouco incomodada com a narrativa em primeira pessoa e como as lembranças da infância dele eram tão vívidas, pois, inevitavelmente, ficamos limitados ao ponto de vista e às experiências de Fitz, que conta sua longa jornada nos mínimos detalhes, desde sua primeira lembrança aos seis anos quando foi levado para os estábulos até mais velho. Muito tempo é investido em descrever as experiências de Fitz, e no final das contas, com esse ritmo devagar, quase parando, a sensação é de que vários anos se passaram durante tudo aquilo, como se compartilhássemos o peso que recaiu sobre os ombros do protagonista.
Sobre a parte gráfica, só tenho elogios. A capa, embora destaque bem o nome o nome da autora em prateado, é bem simples e bonita, fazendo referência a Cidade da Torre do Cervo.
Um ponto bastante relevante sobre esta edição da Suma de Letras em particular, diferente das edições publicadas anteriormente pela Editora Leya, é que os nomes dos personagens, que podem moldar ou definir a personalidade deles, não foram traduzidos a fim de manter a originalidade, e graças a Deus que fizeram isso aqui. Inclusive há um glossário no final do livro com o significado de cada nome.
No mais, O Aprendiz de Assassino é uma excelente introdução à série e ao universo fantástico e grandioso criado por Robin Hobb, entregando uma história sobre confiança, amor e lealdade sem igual, e ainda levantando questões interessantes sobre a importância do sangue, e se devemos confiar plenamente em alguém só por causa do bendito parentesco. O livro superou, sim, todas as minhas expectativas, e estou bastante ansiosa pra continuar lendo os próximos volumes. Não é todo dia que a gente encontra um livro de fantasia desse calibre. Super recomendado!
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Drama,
Fantasia,
Resenha,
Robin Hobb,
Saga do Assassino,
Suma de Letras
Na Telinha - Gilmore Girls (3ª Temporada)
4 de novembro de 2019
Título: Gilmore Girls (Gilmore Girls)
Temporada: 3 | Episódios: 22
Elenco: Lauren Graham, Alexis Bledel, Melissa McCarthy, Keiko Agena, Scott Patterson, Yanic Truesdale, Kelly Bishop, Edward Herrmann, Liza Weil, Milo Ventimiglia, Jared Padalecki
Gênero: Família/Comédia/Drama
Ano: 2002
Duração: 44min
Classificação: +12
Nota: ★★★★☆
Enfim, já disse antes e repito: Gilmore Gils não é minha série preferida, mas tenho que concordar que ela rende momentos de descontração e até reflexão sobre os dramas que envolvem todo tipo de relacionamentos familiares e amorosos.
Temporada: 3 | Episódios: 22
Elenco: Lauren Graham, Alexis Bledel, Melissa McCarthy, Keiko Agena, Scott Patterson, Yanic Truesdale, Kelly Bishop, Edward Herrmann, Liza Weil, Milo Ventimiglia, Jared Padalecki
Gênero: Família/Comédia/Drama
Ano: 2002
Duração: 44min
Classificação: +12
Nota: ★★★★☆
Sinopse: As adoradas Gilmore Girls estão de volta para uma terceira temporada de charme, diálogos inteligentes e engraçados e momentos dramáticos de tirar o fôlego. Para Lorelai e Rory, mãe e filha, este é um ano de mudanças. As expectativas são grandes, princialmente com a formatura de Rory e sua ansiedade para receber uma resposta positiva das faculdades. Mas não é só isso. Rory e Lorelai precisam lidar com seus relacionamentos e os impactos que eles causam em suas vidas.
Faz um tempinho que maratonei a série, mas como pretendo resenhar todas as temporadas em ordem aqui no blog, revi alguns episódios e li alguns resumos pra poder me lembrar melhor dos acontecimentos e poder comentar com o mínimo de propriedade.
Mais um ano cheio de idas e vindas na vida das garotas Gilmore. Último ano de Rory na Chilton, preocupações a mil, e aquela indecisão eterna sobre qual faculdade escolher: Harvard ou Yale.
Rory se sente cada vez menos encantada por Dean, e mais atraída por Jess, enquanto ele desfila por aí com uma nova namorada que não deixa a boca dele em paz nenhum segundo sequer. Pelo menos, estudiosa como é, Rory está bastante focada em sua formatura e na escolha na faculdade. De outro lado, Lorelai e Sookie querem seguir um grande sonho, e planejam inaugurar a própria pousada. É legal acompanhar como cada uma tem um desafio diferente a ser enfrentado, mas que só vem a acrescentar em suas vidas.
Não digo que essa temporada foi a melhor até então, mesmo que a expectativa estivesse alta depois do final da temporada anterior. Houveram momentos emocionantes e outros bem importantes pra podermos entender a questão da causa e efeito que envolve o relacionamento de Lorelai com seus pais e com Chris, pai da Rory, e que tudo o que aconteceu no passado acabou interferindo na pessoa que ela se tornou, mesmo que eu ainda não me simpatize totalmente com ela e essa sua "independência". Mas, o que me fez revirar os olhos mil vezes, foi a questão da quizumba amorosa entre Rory, Jess e Dean, e o quanto esses três conseguem ser ridículos de tantas formas diferentes.
Se antes Jess era aquele garoto inteligente e misterioso, metido a bad boy que despertou a curiosidade de Rory e que se encaixaria como uma luva como seu oposto perfeito, agora que ele finalmente conseguiu "derrotar" Dean e colocado as mãos nesse troféu, vulgo Rory, o moleque se transformou num completo babaca. Esses dois juntos é a coisa mais sem graça que já vi na minha vida, desde o ciúme proposital e forçado que Jess causou nela namorando outra menina nada a ver, até a ideia dele se distanciar pelo motivo de "porque sim". A falta de química é tão evidente, que a ideia dos atores (Alexis Bledel e Milo Ventimiglia) terem namorado na vida real chega a ser inacreditável.Deve ter alguma coisa a ver com a teoria da química amorosa do Joey, de Friends, não é possível...
A cada episódio que abordava esse relacionamento murcho, as coisas pareciam se perder cada vez mais e no final das contas, além de Rory se mostrar um tanto dependente dele, o relacionamento parece só ter existido para que a garota pudesse ter adquirido uma experiência a mais a fim de ser capaz de detectar prováveis embustes.
E nem ouso a falar muito de Dean, porque se antes ele demonstrou ser possessivo, inseguro e mega ciumento, agora ele aparece mais preocupado com Rory pra dar aquele ar de "só dá valor quando perde", mas me arruma uma noiva pra se casar com dezoito fucking anos. Se a ideia do roteiro era dar um jeito de afastar o ator porque ele seguiria outro rumo em outro seriado (Hi, Supernatural!), haviam infinitas alternativas de se fazer isso em vez de enfiá-lo num casamento ridículo com uma menina nada a ver, claramente fadado ao fracasso.
Já Lorelai, por mais que tenha se mostrado vulnerável em vários momentos, precisou sair da sua zona de conforto e encarar de frente várias situações, desde relacionamentos nada a ver, quanto escolhas profissionais, e o próprio orgulho de ver Rory se formando e indo pra faculdade, o que consequentemente separaria as duas. Claro que elas sentiriam muita falta uma da outra, mas a distância acaba gerando uma dinâmica nova e bem interessante entre as duas. Pra elas que sempre estiveram juntas, ficarem separadas por alguns anos era algo totalmente novo, e embora esperado, não era algo que estavam, de fato, prontas pra lidar. Lorelai sabe o quanto vai ser difícil lidar com a ausência da filha enquanto Rory parte para novas e mais interessantes experiências.
Mas o auge mesmo é o relacionamento com Luke, que não engata nunca mais e só faz a gente morrer de ansiedade por essa união que é mais do que óbvia. Então, colocar Luke namorando com uma moça aqui, ou Lorelai ficar dividida entre outro alí, é inútil.
Um episódio dessa temporada (esqueci qual) mostra o passado de Lorelai, quando ela tinha seus dezesseis anos e estava grávida de Rory, e qual foi a reação dos familiares quando descobriram. Ele funciona meio que como um contraste de como foi a espera e o nascimento de Rory, com o nascimento da filha de Chris com sua esposa. Mesmo que não tenha achado que o episódio tenha sido o melhor, atémesmo porque ele tem os momentos presentes com esses flashbacks, ele foi muito importante para esclarecer alguns pontos que dizem respeito a Lorelai adulta. A ideia de uma gravidez na adolescência da filha apavorava Richard e Emily, assim como os pais de Chris. Era algo terrível o bastante para manchar a reputação das duas famílias e todas as escolhas passaram a ser deles, sem que Lorelai fosse consultada em momento algum. Assim, deixar de ter voz e abrir mão do seu poder de escolha, foi o que fez Lorelai se rebelar, desistir do luxo que seus pais lhe proporcionava e poder, enfim, provar que ela poderia se dar bem sozinha e tomando as próprias decisões, sem que ninguém dissesse o que ela deveria fazer. É claro que isso causou problemas e um abismo enorme entre ela e seus pais, mas é o que justifica ela ser assim e o quanto sua liberdade é importante, mesmo que ela ainda sofra internamente por ter feito essa escolha de seguir sozinha com Rory. Isso acaba refletindo também em Richard e Emily, pois por mais que a forma como eles criavam Lorelai pudesse ser "contraditória" para a gente, para eles era o certo a se fazer, então é difícil se colocar no lugar deles e imaginar como é pra eles se sentirem excluídos e afastados das duas meninas que eles mais amavam. Logo, embora Lorelai faça por obrigação e necessidade, Rory tenta ser o mais paciente e compreensiva com eles, talvez a fim de compensar essa "perda". Eles são chatos, claro, mas agora dá pra pelo menos entender o motivo.
Claro que não posso deixar de fazer algumas menções honrosas pra alguns personagens secundários que também ajudar a movimentar essa história, desde Michel, um dos meus preferidos por causa do seu deboche eterno, até Kirk com sua onipresença hilária em Stars Hollow.
Eu gosto da Lane e da sua amizade desinteressada com Rory, mas esse lance de viver em função das leis da mãe por causa de cultura coreana, ou sabe-se lá Deus o quê, é a coisa mais século 18 que existe. Chega a ser irritante as coisas que ela precisa se sujeitar para dar suas escapulidas e poder viver. Não vejo a hora dela enfrentar a Sra. Kim e cuidar da própria vida.
Confesso que eu não gosto muito da Paris, e ela está totalmente surtada nessa temporada. Ela demonstra um lado mais humano, mas continua competitiva demais, principalmente porque parece gostar de esfregar o quanto é inteligente na cara dos outros. Rory tem que ter paciência de Jó pra aguentar essa amizade, mas depois a gente vê que Paris é assim pela necessidade de chamar atenção depois de se dar conta que seus pais estão sempre ocupados demais cuidando de outros assuntos e não dando a mínima pra ela. Sua imagem de mãe é sua babá, e ela ter ido na formatura da garota prestigiar e sentir orgulho de quem ela criou, e vendo onde ela conseguiu chegar, é muito bonito de se ver.
Mais um ano cheio de idas e vindas na vida das garotas Gilmore. Último ano de Rory na Chilton, preocupações a mil, e aquela indecisão eterna sobre qual faculdade escolher: Harvard ou Yale.
Rory se sente cada vez menos encantada por Dean, e mais atraída por Jess, enquanto ele desfila por aí com uma nova namorada que não deixa a boca dele em paz nenhum segundo sequer. Pelo menos, estudiosa como é, Rory está bastante focada em sua formatura e na escolha na faculdade. De outro lado, Lorelai e Sookie querem seguir um grande sonho, e planejam inaugurar a própria pousada. É legal acompanhar como cada uma tem um desafio diferente a ser enfrentado, mas que só vem a acrescentar em suas vidas.
Não digo que essa temporada foi a melhor até então, mesmo que a expectativa estivesse alta depois do final da temporada anterior. Houveram momentos emocionantes e outros bem importantes pra podermos entender a questão da causa e efeito que envolve o relacionamento de Lorelai com seus pais e com Chris, pai da Rory, e que tudo o que aconteceu no passado acabou interferindo na pessoa que ela se tornou, mesmo que eu ainda não me simpatize totalmente com ela e essa sua "independência". Mas, o que me fez revirar os olhos mil vezes, foi a questão da quizumba amorosa entre Rory, Jess e Dean, e o quanto esses três conseguem ser ridículos de tantas formas diferentes.
Se antes Jess era aquele garoto inteligente e misterioso, metido a bad boy que despertou a curiosidade de Rory e que se encaixaria como uma luva como seu oposto perfeito, agora que ele finalmente conseguiu "derrotar" Dean e colocado as mãos nesse troféu, vulgo Rory, o moleque se transformou num completo babaca. Esses dois juntos é a coisa mais sem graça que já vi na minha vida, desde o ciúme proposital e forçado que Jess causou nela namorando outra menina nada a ver, até a ideia dele se distanciar pelo motivo de "porque sim". A falta de química é tão evidente, que a ideia dos atores (Alexis Bledel e Milo Ventimiglia) terem namorado na vida real chega a ser inacreditável.
A cada episódio que abordava esse relacionamento murcho, as coisas pareciam se perder cada vez mais e no final das contas, além de Rory se mostrar um tanto dependente dele, o relacionamento parece só ter existido para que a garota pudesse ter adquirido uma experiência a mais a fim de ser capaz de detectar prováveis embustes.
E nem ouso a falar muito de Dean, porque se antes ele demonstrou ser possessivo, inseguro e mega ciumento, agora ele aparece mais preocupado com Rory pra dar aquele ar de "só dá valor quando perde", mas me arruma uma noiva pra se casar com dezoito fucking anos. Se a ideia do roteiro era dar um jeito de afastar o ator porque ele seguiria outro rumo em outro seriado (Hi, Supernatural!), haviam infinitas alternativas de se fazer isso em vez de enfiá-lo num casamento ridículo com uma menina nada a ver, claramente fadado ao fracasso.
Já Lorelai, por mais que tenha se mostrado vulnerável em vários momentos, precisou sair da sua zona de conforto e encarar de frente várias situações, desde relacionamentos nada a ver, quanto escolhas profissionais, e o próprio orgulho de ver Rory se formando e indo pra faculdade, o que consequentemente separaria as duas. Claro que elas sentiriam muita falta uma da outra, mas a distância acaba gerando uma dinâmica nova e bem interessante entre as duas. Pra elas que sempre estiveram juntas, ficarem separadas por alguns anos era algo totalmente novo, e embora esperado, não era algo que estavam, de fato, prontas pra lidar. Lorelai sabe o quanto vai ser difícil lidar com a ausência da filha enquanto Rory parte para novas e mais interessantes experiências.
Mas o auge mesmo é o relacionamento com Luke, que não engata nunca mais e só faz a gente morrer de ansiedade por essa união que é mais do que óbvia. Então, colocar Luke namorando com uma moça aqui, ou Lorelai ficar dividida entre outro alí, é inútil.
Um episódio dessa temporada (esqueci qual) mostra o passado de Lorelai, quando ela tinha seus dezesseis anos e estava grávida de Rory, e qual foi a reação dos familiares quando descobriram. Ele funciona meio que como um contraste de como foi a espera e o nascimento de Rory, com o nascimento da filha de Chris com sua esposa. Mesmo que não tenha achado que o episódio tenha sido o melhor, atémesmo porque ele tem os momentos presentes com esses flashbacks, ele foi muito importante para esclarecer alguns pontos que dizem respeito a Lorelai adulta. A ideia de uma gravidez na adolescência da filha apavorava Richard e Emily, assim como os pais de Chris. Era algo terrível o bastante para manchar a reputação das duas famílias e todas as escolhas passaram a ser deles, sem que Lorelai fosse consultada em momento algum. Assim, deixar de ter voz e abrir mão do seu poder de escolha, foi o que fez Lorelai se rebelar, desistir do luxo que seus pais lhe proporcionava e poder, enfim, provar que ela poderia se dar bem sozinha e tomando as próprias decisões, sem que ninguém dissesse o que ela deveria fazer. É claro que isso causou problemas e um abismo enorme entre ela e seus pais, mas é o que justifica ela ser assim e o quanto sua liberdade é importante, mesmo que ela ainda sofra internamente por ter feito essa escolha de seguir sozinha com Rory. Isso acaba refletindo também em Richard e Emily, pois por mais que a forma como eles criavam Lorelai pudesse ser "contraditória" para a gente, para eles era o certo a se fazer, então é difícil se colocar no lugar deles e imaginar como é pra eles se sentirem excluídos e afastados das duas meninas que eles mais amavam. Logo, embora Lorelai faça por obrigação e necessidade, Rory tenta ser o mais paciente e compreensiva com eles, talvez a fim de compensar essa "perda". Eles são chatos, claro, mas agora dá pra pelo menos entender o motivo.
Claro que não posso deixar de fazer algumas menções honrosas pra alguns personagens secundários que também ajudar a movimentar essa história, desde Michel, um dos meus preferidos por causa do seu deboche eterno, até Kirk com sua onipresença hilária em Stars Hollow.
Eu gosto da Lane e da sua amizade desinteressada com Rory, mas esse lance de viver em função das leis da mãe por causa de cultura coreana, ou sabe-se lá Deus o quê, é a coisa mais século 18 que existe. Chega a ser irritante as coisas que ela precisa se sujeitar para dar suas escapulidas e poder viver. Não vejo a hora dela enfrentar a Sra. Kim e cuidar da própria vida.
Confesso que eu não gosto muito da Paris, e ela está totalmente surtada nessa temporada. Ela demonstra um lado mais humano, mas continua competitiva demais, principalmente porque parece gostar de esfregar o quanto é inteligente na cara dos outros. Rory tem que ter paciência de Jó pra aguentar essa amizade, mas depois a gente vê que Paris é assim pela necessidade de chamar atenção depois de se dar conta que seus pais estão sempre ocupados demais cuidando de outros assuntos e não dando a mínima pra ela. Sua imagem de mãe é sua babá, e ela ter ido na formatura da garota prestigiar e sentir orgulho de quem ela criou, e vendo onde ela conseguiu chegar, é muito bonito de se ver.
Enfim, já disse antes e repito: Gilmore Gils não é minha série preferida, mas tenho que concordar que ela rende momentos de descontração e até reflexão sobre os dramas que envolvem todo tipo de relacionamentos familiares e amorosos.
Resumo do Mês - Outubro
1 de novembro de 2019
Esse mês foi meio conturbado, mas entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Precisei dar uma pausa nas vendas dos meus livros e acabei ficando bastante atolada aqui. Fiquei super apertada de grana e agora vou ter que me virar nos 30 pra recuperar o tempo - e o dinheiro - perdido.
Como eu já disse várias e várias vezes nesses posts de resumo do mês, que às vezes uso até pra dar uma desabafada básica, eu ando bastante esgotada, física e mentalmente, por conta das tarefas de casa, das crianças, e da minha rotina corrida e muitas vezes desesperadora de mãe e dona de casa. Esse mês levei o Ian numa consulta com a pediatra, depois de mais de um ano sem fazer controle da criança, porque suspeito que ele seja hiperativo, já que não dá um segundo de sossego. Ele foi encaminhado pra uma psicóloga pra que seja feita um acompanhamento e uma avaliação, mas o que me deixou mais em choque nessa consulta dele foi que eu também saí de lá com um bendito encaminhamento, pois segunda a médica, se eu não fizer uma terapia pra me ajudar a por minha cabeça no lugar, eu não vou ter condições de lidar com ele também já que claramente eu não estou só esgotada, como também afundada em depressão e sabe-se lá como eu ainda estou em pé. Fiquei com vontade de chorar, sim ou claro?
É incrível como as pessoas aqui de casa não enxergam o quanto ando cansada e não preocupam em ajudar em nada, quando uma pessoa desconhecida já consegue perceber isso numa simples conversa. Agora é reconhecer que preciso mesmo de ajuda pra lidar com essa confusão e esperar as consultas pra ver no que vai dar. Nunca na minha vida achei que passaria por algo do tipo, mas talvez seja uma boa antes que aconteça algo pior...
Enfim, não vou ficar me alongando muito e bora espiar o pouco que teve no blog doce esse mês que passou... Não pude me dedicar 100%, mas antes pouco do que nada.
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