Final do mês! Março foi um bom mês pra caixa. Bora espiar?
Aproveitei promoções (mesmo que algumas tenham sido em janeiro mas só recebi agora) e recebi vários livros lindos ♥
Novidade de Março - Agir Now
29 de março de 2016
Circo Mirandus - Cassie Beasley
Você acredita em mágica? Micah Tuttle, sim. Embora a malvada tia-avó Gertrude não aprove, Micah acredita nas histórias que o avô, em seu leito de morte, conta sobre o Circo Mirandus: o tigre invisível que toma conta dos portões, a belíssima mulher-pássaro que voa de verdade, e o mágico mais poderoso de todo o mundo o Homem que Dobra a Luz. Finalmente, o vovô Ephraim oferece provas. O Circo é real. E o Dobra-Luz lhe deve um milagre. Com a decidida e racional amiga Jenny Mendonza ao seu lado, Micah decide encontrar o Circo e o homem que talvez possa salvar seu querido avô. O problema é que o Dobra-Luz não quer manter sua palavra, e agora depende de Micah conseguir o milagre de que tanto precisa.
Novidades de Março - Gente e Única
28 de março de 2016
Única
Alice e as armadilhas do outro lado do espelho - Alice no País das Armadilhas #2 - Mainak DharMais de dois anos se passaram desde que Alice seguiu um Mordedor com orelhas de coelho e entrou em um buraco, o que deu início a uma série de acontecimentos que mudaram a vida dela e a de todos que moram no País das Armadilhas. A Guarda Vermelha resolvera conceder trégua; Alice havia reinstaurado a paz entre humanos e Mordedores e, sob a liderança dela, os humanos tinham conseguido fundar a primeira comunidade real e verdadeiramente organizada desde a Insurreição — uma cidade chamada País das Maravilhas.
Entretanto, o aparente estado de paz é rompido depois de diversos ataques dos Mordedores e Alice se vê rejeitada pelas mesmas pessoas por cuja liberdade ela lutou. Agora precisa voltar ao País das Armadilhas para desvendar essa nova conspiração que ameaça o País das Maravilhas. E fazer isso significa ficar frente a frente com sua maior e mortal adversária — a Rainha Vermelha.
Segredos da Bel para meninas - Bel e Fran
Não é preciso apresentar a Bel e a Fran, autoras deste livro, mãe e filha. Criadoras do canal Bel para Meninas e do Penteados para Meninas, encantaram o Brasil com uma forma de ver a vida de um jeito mais divertido, espalhando a felicidade e a simplicidade.
No mundo da Bel, é possível falar de brincadeiras, comidas e acontecimentos da vida cotidiana com a leveza dos olhos de uma criança. Neste livro totalmente colorido, Bel e sua mãe vão contar suas melhores ideias para estimularem pessoas de todas as idades a se divertirem juntas.
Gente
Conquiste aquele cara em 60 dias - Blake LavakConquiste aquele cara em 60 dias oferece uma nova perspectiva para o velho problema de relacionamentos. Este livro não é como os outros que você já viu no mercado, pois foi escrito por um “especialista por experiência” que conta suas observações e interpretações das situações pelas quais passou ao longo de sete anos de estudo.
Blake Lavak nos apresenta um livro motivador, inspirador e que nos faz refletir, compartilhando as estratégias que têm sido testadas por um grupo pequeno de mulheres que o autor identificou como especialistas em relacionamentos. Aborda diretamente confusões que surgem para a mulher atual entre feminismo e masculinidade e oferece ações práticas para vencer no jogo mais importante da sua vida. Este livro vai capacitar as mulheres a terem confiança para usar todos os seus pontos fortes no intuito de obter e manter o homem dos seus sonhos.
Uma proposta na qual o autor oferece diferentes técnicas infalíveis e permite que a leitora se adapte e decida, por si própria, quais quer usar. Algumas delas podem parecer chocantes e provocativas, mas seus impactos psicológicos e emocionais sobre os homens são reais, poderosos e duradouros. Os princípios contidos neste livro vão encorajá-la a se empenhar de forma diferente no processo de namoro.
Minha vida dava uma série - Guilherme Cepeda e Larissa Azevedo
Se você não resiste a uma série e é uma daquelas pessoas que assistem a muitas ao mesmo tempo, fica indignado quando uma delas é cancelada, vive esperando por novos episódios e novas temporadas, então, aceite: você é um de nós, um viciado em séries.
E viciado em série passa por todo tipo de apuro: você não vê a hora de voltar para casa para assistir o próximo episódio porque não consegue parar de pensar: “AHH, O QUE VAI ACONTECER?”, ou quando você precisa conversar com alguém sobre o que aconteceu no final de temporada, mas seu amigo ainda não assistiu e você não quer dar spoiler ou, pior: quando você teve que desligar o computador pois já tinha virado a noite e chegou a hora de trabalhar (e a temporada não acabou!). Agora você tem como resolver – ou pelo menos aliviar – todas essas preocupações que são sintomas de um amante de séries.
Este livro foi criado para você desabafar todas as suas angústias e frustrações do mundo das séries, o suspense de cada episódio, as risadas que nunca esquecerá daquela série de comédia que todo mundo já assistiu, e também para não se perder entre tantas séries queridas. Conte tudo o que quiser compartilhar sobre essa sua relação de dependência dos seriados da televisão.
Sombrio - Luke Delaney
27 de março de 2016
Título: Sombrio - D.I. Sean Corrigan #2
Autor: Luke Delaney
Editora: Fábrica 231/Rocco
Tradutora: Márcia Arpini
Gênero: Thriller Policial
Ano: 2016
Páginas: 464
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva
Resenha: Sombrio é o segundo volume da série D.I. Sean Corrigan, escrita pelo autor Luke Delaney e publicado no Brasil pelo selo Fábrica 231, da Rocco.
Partindo de onde o primeiro volume parou, começamos acompanhando o progresso do caso anterior nos tribunais. Sean, por ter obtido sucesso no caso anterior, ficou responsável pelo caso de um desaparecimento que, aparentemente, era incomum para o detetive. Jovens mulheres, de forma repetitiva e por um período determinado como num ciclo, começaram a ser sequestradas em plena luz do dia, mantidas em cativeiro, assassinadas cruelmente e jogadas em florestas para serem encontradas. O trabalho da polícia então se resume a encontrar as mulheres antes que elas sejam mortas e desovadas pelo assassino, e Sean começa a investigar mais a fundo para saber o que as mulheres têm em comum para chamar a atenção dele e o que esse maníaco quer.
A narrativa é feita em terceira pessoa e se alterna entre os pontos de vista de Sean e do assassino, Thomas Keller, que já é apresentado logo no começo do livro sem que haja mistério algum sobre sua identidade. Então, embora Sean ainda não saiba, o leitor sabe quem é o homem por trás desses crimes e a abordagem acaba se tornando bastante diferenciada pois ficamos torcendo para que o detetive descubra logo o que está acontecendo através de suas investigações e o desenrolar da história nos mostra como os eventos que se passam chegam ao fim, evidenciando as motivações dos personagens e dando ao leitor uma visão ampla e profunda sobre cada um deles. O apoio que Sean tem também é muito importante e torna o trabalho de investigação bastante realista.
A escrita é ágil, dinâmica e muito envolvente, mesmo que seja recheada de psicopatia e violência, e acompanhar o detetive tentando pensar como Keller usando de seu passado sombrio para lhe ajudar é incrível. Sean, embora seja o mocinho, ainda carrega um lado obscuro bastante intrigante devido ao que sofreu quando criança, pois ao longo da história, a medida que ele tenta entrar na mente e pensar como o criminoso, a sensação é de que ele faz parte desse mundo terrível e que fica pendendo entre o bem e o mal. E independente da real intenção dele, ainda ficamos presos pra saber mais e mais.
A capa combina com a do livro anterior da série, e esta mostra grades com um cadeado ilustrando o que seria a prisão das mulheres. Mas será que são elas, de fato, as aprisionadas em suas condições?
Não curti muito a tradução do título. O original é "The Keeper" e acho que tem muito mais a ver com o conteúdo da história. Os capítulos são numerados, a diagramação é simples, as páginas são amarelas e não percebi erros de revisão.
Em alguns trechos, até mesmo pela questão do gênero do livro e dos sequestros serem muito parecidos, o livro se torna um pouco repetitivo, mas ainda assim, pra quem gosta de livros policiais e investigativos com uma história bastante crua e sombria vai se deparar com uma leitura empolgante que fará com que o leitor fique com o pé atrás sempre que for atender a porta de casa, ou pensando se aquela pessoa do outro lado da rua é mesmo quem parece ser...
Autor: Luke Delaney
Editora: Fábrica 231/Rocco
Tradutora: Márcia Arpini
Gênero: Thriller Policial
Ano: 2016
Páginas: 464
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva
Sinopse: O segundo livro do autor de Brutal traz de volta o sagaz detetive Sean Corrigan, especializado nos casos mais difíceis envolvendo serial killers em Londres. Em sua nova investigação, Corrigan está à caça de um assassino de mulheres que mantém suas vítimas em cativeiro antes de executá-las, com requintes de crueldade. O que essas mulheres têm em comum? Que tipo de obsessão faz com que o assassino aja dessa forma? Vítima de abuso e violência na infância, o detetive sabe que precisa agir estrategicamente e usar seu instinto para identificar o mal, onde ele estiver. E terá que correr contra o tempo antes que novas vítimas em potencial cruzem o caminho do criminoso. Luke Delaney é o pseudônimo usado por um policial que durante anos trabalhou na polícia londrina investigando os crimes mais difíceis da cidade.
Resenha: Sombrio é o segundo volume da série D.I. Sean Corrigan, escrita pelo autor Luke Delaney e publicado no Brasil pelo selo Fábrica 231, da Rocco.
Partindo de onde o primeiro volume parou, começamos acompanhando o progresso do caso anterior nos tribunais. Sean, por ter obtido sucesso no caso anterior, ficou responsável pelo caso de um desaparecimento que, aparentemente, era incomum para o detetive. Jovens mulheres, de forma repetitiva e por um período determinado como num ciclo, começaram a ser sequestradas em plena luz do dia, mantidas em cativeiro, assassinadas cruelmente e jogadas em florestas para serem encontradas. O trabalho da polícia então se resume a encontrar as mulheres antes que elas sejam mortas e desovadas pelo assassino, e Sean começa a investigar mais a fundo para saber o que as mulheres têm em comum para chamar a atenção dele e o que esse maníaco quer.
A narrativa é feita em terceira pessoa e se alterna entre os pontos de vista de Sean e do assassino, Thomas Keller, que já é apresentado logo no começo do livro sem que haja mistério algum sobre sua identidade. Então, embora Sean ainda não saiba, o leitor sabe quem é o homem por trás desses crimes e a abordagem acaba se tornando bastante diferenciada pois ficamos torcendo para que o detetive descubra logo o que está acontecendo através de suas investigações e o desenrolar da história nos mostra como os eventos que se passam chegam ao fim, evidenciando as motivações dos personagens e dando ao leitor uma visão ampla e profunda sobre cada um deles. O apoio que Sean tem também é muito importante e torna o trabalho de investigação bastante realista.
A escrita é ágil, dinâmica e muito envolvente, mesmo que seja recheada de psicopatia e violência, e acompanhar o detetive tentando pensar como Keller usando de seu passado sombrio para lhe ajudar é incrível. Sean, embora seja o mocinho, ainda carrega um lado obscuro bastante intrigante devido ao que sofreu quando criança, pois ao longo da história, a medida que ele tenta entrar na mente e pensar como o criminoso, a sensação é de que ele faz parte desse mundo terrível e que fica pendendo entre o bem e o mal. E independente da real intenção dele, ainda ficamos presos pra saber mais e mais.
A capa combina com a do livro anterior da série, e esta mostra grades com um cadeado ilustrando o que seria a prisão das mulheres. Mas será que são elas, de fato, as aprisionadas em suas condições?
Não curti muito a tradução do título. O original é "The Keeper" e acho que tem muito mais a ver com o conteúdo da história. Os capítulos são numerados, a diagramação é simples, as páginas são amarelas e não percebi erros de revisão.
Em alguns trechos, até mesmo pela questão do gênero do livro e dos sequestros serem muito parecidos, o livro se torna um pouco repetitivo, mas ainda assim, pra quem gosta de livros policiais e investigativos com uma história bastante crua e sombria vai se deparar com uma leitura empolgante que fará com que o leitor fique com o pé atrás sempre que for atender a porta de casa, ou pensando se aquela pessoa do outro lado da rua é mesmo quem parece ser...
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The Book Sacrifice Tag
26 de março de 2016
Em busca de tags literárias, achei essa no blog Seguindo o Coelho Branco, da Alice. Não sei quem criou (só sei que a tag é de fora mas não achei a fonte) e caso você aí saiba me avise para que eu dê os devidos créditos, please e obrigada.
A tag consiste em responder 4 perguntas relativas a livros que você sacrificaria caso fosse muito necessário! E olha que teria que ser muito necessário mesmo, porque por mais odioso que um livro seja, se faz parte da minha coleção, me recuso a me desfazer dele...
1 - Livro superestimado
Estamos vivendo um apocalipse zumbi e a cura são os livros superestimados. Qual livro você sacrificaria para matar um zumbi?
Não hesitaria em jogar os livros do John Green no meio da cara do zumbi. Em especial, tacaria com bastante força O Teorema Katherine e Cidades de Papel. E se engana quem ache que estou criticando odiosa e negativamente os livros do homem, não é isso... Só acho que fazem muito auê sobre esses livros sendo que, apesar de alguns serem até bem bons, nem são lá grandes coisas pra fazerem tanto barulho assim...
2 - Série
Você sai do salão com o cabelo lindo, mas está caindo o maior temporal, e você, obviamente, está sem o seu guarda-chuva. Qual série você usa para proteger o penteado?
A saga do Tigre. Esses livros só existem pra deixar a gente morta de fome!
3 - Um clássico
Você está numa palestra em que o professor cisma de defender um clássico que você detesta e não consegue entender qual a relevância para o mundo. Qual clássico você tacaria na cabeça do palestrante?
Não sou de ler livros clássicos e os poucos que li sempre tiveram alguma relevância, sim, talvez por eu ter lido já adulta e ter uma maturidade e entendimento maiores para encarar esse tipo de leitura. Porém, dentre esses livros estava O Seminarista, de Bernardo Guimarães, o qual nem tenho mais na estante e nem sei que fim o pobre levou. Nunca curti a ideia das escolas obrigarem os adolescentes a engolirem livros chatos e desinsteressantes pra essa fase da vida e talvez minha relutância e antipatia por livros clássicos, principalmente os nacionais, tenha partido daí.
Há outros livros, não necessariamente clássicos, que passam a mesma mensagem de forma mais fluída e mais empolgante.
4 - O livro mais detestável
Vivemos uma nova era glacial e você precisa fazer uma fogueira para sobreviver. Qual livro, dentre todos os que já leu, será o escolhido para alimentar o fogo?
Um único livro não daria pra fazer uma fogueira em plena era glacial, logo, pra coisa virar um belo fogaréu, eu tacaria na pilha pelo menos os seguintes livros: Almanova, de Jodi Meadows; Pegando Fogo, de Meg Cabot; Melancia, de Marian Keyes; a série Crepúsculo, de Stephanie Meyer e Cinquenta Tons de Cinza, de E.L. James.
E vocês? Quais livros sacrificariam em meio a uma peleja dessas? rsrsrs
Tag - Cardápio Literário
25 de março de 2016
Oie, pessoas!
Ando tentando manter uma frequência razoável de atualizações no blog mas as coisas, como sempre, estão bem corridas por aqui.
Pra sair da mesmice de news e resenhas vou tentar postar umas tags bacanas que vejo por aí e talvez em abril eu entre com um projeto que queria ter incluído no blog desde que o criei mas nunca consegui... Mas fica o mistério no ar... Vai ser surpresa huhuhu.
Mas voltando a tag porque já mudei de assunto e não quero divagar... Quem criou foi a Jéssica do blog Valeu a pena esperar e a tag consiste em relacionar quatro livros de acordo com uma pequena descrição pra cada categoria do cardápio em questão: Bebidas, Comidas, Doces e uma Extra (fruta).
Então, let's go!
Com exceção de Crepúsculo, tem resenha de todos os livros aqui no blog, por isso não discorri sobre eles pra não ficar falando sobre o que já falei antes e nem deixar o post muito extenso. Aproveita pra dar uma conferida nas resenhas e comenta o que achou!
Vou deixar a tag em aberto pra quem quiser responder ;)
O Papel de Parede Amarelo - Charlotte Perkins Gilman
24 de março de 2016
Título: O Papel de Parede Amarelo
Autora: Charlotte Perkins Gilman
Editora: Jose Olympio
Gênero: Drama/Conto/Clássico
Ano: 2016
Páginas: 112
Nota: ★★★★☆
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
A história começa quando um casal se muda temporariamente para uma casa antiga pois John, o marido, de acordo com seus conhecimentos médicos, acredita que a tranquilidade do campo ajudará na recuperação da esposa que sofre de alguma doença inespecífica. Ela não sabe exatamente do que está sofrendo, mas a angústia a consome dia após dia. John não permite que ela saia, que ela escreva, que ela se distráia e vive a tratando com desdém... Contrariada pelo marido, ela fica confinada num quarto cujo papel de parede possui um padrão incompreensível e abominável que acaba lhe causando muito desconforto e irritação.
Logo, a mulher passa a sofrer as consequências de um colapso nervoso e o que ocorre é exatamente o contrário do que o marido havia planejado. O diário que ela mantém em segredo é o que lhe resta, e os conflitos pessoais que passa a enfrentar poderão levá-la ao definhamento e à loucura.
A narrativa é feita em primeira pessoa de forma bastante fria e subjeiva. Embora o livro seja curto e a leitura seja rápida, a história é complexa e não é muito fácil de ser digerida e pode, inclusive, ser bastante incômoda devido a situação em que a protagonista se encontra.
A maneira desarticulada em que a história é construída, é repleta de tons assombrosos que acabam deixando o leitor com vários questionamentos sobre a loucura da personagem e até mesmo sobre a posição de seu marido. Não fica muito claro se aquele confinamento é para ajudá-la ou não pois no contexto da história que corresponde com a realidade da época (e que infelizmente ainda existe na sociedade atual), a ideia de uma mulher inválida e dependente é um fator necessário para que ela continue sendo submissa e controlada pelo homem, que é arbitrário e decide que a verdade absoluta é um conceito criado por ele mesmo e que, muitas vezes, é baseado em algo que ele desconhece completamente mas que é suficiente para mantê-lo na posição de senhor.
A ideia de que há um pouco de autobiografia no conto faz com que ele tenha uma importância ainda maior, tanto na literatura quando nas questões sociais, pois é possível que muitas mulheres se identifiquem ao refletirem sobre as limitações da vida privada e o quanto esse tipo de vivência e convívio são dolorosos.
Chega a ser preocupante ter esse vislubre do modo como as mulheres que sofriam de algum problema de saúde, principalmente os psicológicos, eram tratadas na época e como suas preocupações e dilemas não eram levados a sério, sendo reduzidos a praticamente nada. Independente das boas intenções do marido, é possível percebermos o quanto as diferenças de gênero eram gritantes e o quão prejudicial era essa falta de direitos e maiores considerações.
A verdadeira mensagem, que é a crítica sobre a desigualdade de gênero e a opressão vivida pelas mulheres, é feita de forma sutil e está nas entrelinhas. O Papel de Parede Amarelo é, sem dúvidas, um livro para se refletir. Mesmo que algumas coisas ainda tenham mudado hoje em dia e muitas mulheres tenham voz e atitude, ainda temos um longo caminho a ser percorrido... Ainda existem muitos homens por aí que acreditam piamente que entendem e sabem o que é melhor para as mulheres e, infelizmente, ainda existem mulheres que aceitam esse tipo de controle...
Autora: Charlotte Perkins Gilman
Editora: Jose Olympio
Gênero: Drama/Conto/Clássico
Ano: 2016
Páginas: 112
Nota: ★★★★☆
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Este clássico da literatura feminista foi publicado originalmente em 1892, mas continua atual em suas questões. Escrito pela norte-americana Charlotte Perkins Gilman, ele narra, em primeira pessoa, a história de uma mulher forçada ao confinamento por seu marido e médico, que pretende curá-la de uma depressão nervosa passageira. Proibida de fazer qualquer esforço físico e mental, a protagonista fica obcecada pela estampa do papel de parede do seu quarto e acaba enlouquecendo de vez. Charlotte Perkins Gilman participou ativamente da luta pelos direitos das mulheres em sua época e é a autora do clássico tratado Women and Economics, uma das bíblias no movimento feminista. Esta edição de O papel de parede amarelo, que chega às livrarias pela José Olympio, traz prefácio da filósofa Marcia Tiburi..Resenha: O Papel de Parede Amarelo foi escrito pela autora Charlotte Perkins Gilman e publicado pela primeira vez em 1892. Pelo conteúdo, a obra passou a ser considerada um clássico da literatura feminista.
A história começa quando um casal se muda temporariamente para uma casa antiga pois John, o marido, de acordo com seus conhecimentos médicos, acredita que a tranquilidade do campo ajudará na recuperação da esposa que sofre de alguma doença inespecífica. Ela não sabe exatamente do que está sofrendo, mas a angústia a consome dia após dia. John não permite que ela saia, que ela escreva, que ela se distráia e vive a tratando com desdém... Contrariada pelo marido, ela fica confinada num quarto cujo papel de parede possui um padrão incompreensível e abominável que acaba lhe causando muito desconforto e irritação.
Logo, a mulher passa a sofrer as consequências de um colapso nervoso e o que ocorre é exatamente o contrário do que o marido havia planejado. O diário que ela mantém em segredo é o que lhe resta, e os conflitos pessoais que passa a enfrentar poderão levá-la ao definhamento e à loucura.
A narrativa é feita em primeira pessoa de forma bastante fria e subjeiva. Embora o livro seja curto e a leitura seja rápida, a história é complexa e não é muito fácil de ser digerida e pode, inclusive, ser bastante incômoda devido a situação em que a protagonista se encontra.
A maneira desarticulada em que a história é construída, é repleta de tons assombrosos que acabam deixando o leitor com vários questionamentos sobre a loucura da personagem e até mesmo sobre a posição de seu marido. Não fica muito claro se aquele confinamento é para ajudá-la ou não pois no contexto da história que corresponde com a realidade da época (e que infelizmente ainda existe na sociedade atual), a ideia de uma mulher inválida e dependente é um fator necessário para que ela continue sendo submissa e controlada pelo homem, que é arbitrário e decide que a verdade absoluta é um conceito criado por ele mesmo e que, muitas vezes, é baseado em algo que ele desconhece completamente mas que é suficiente para mantê-lo na posição de senhor.
A ideia de que há um pouco de autobiografia no conto faz com que ele tenha uma importância ainda maior, tanto na literatura quando nas questões sociais, pois é possível que muitas mulheres se identifiquem ao refletirem sobre as limitações da vida privada e o quanto esse tipo de vivência e convívio são dolorosos.
Chega a ser preocupante ter esse vislubre do modo como as mulheres que sofriam de algum problema de saúde, principalmente os psicológicos, eram tratadas na época e como suas preocupações e dilemas não eram levados a sério, sendo reduzidos a praticamente nada. Independente das boas intenções do marido, é possível percebermos o quanto as diferenças de gênero eram gritantes e o quão prejudicial era essa falta de direitos e maiores considerações.
A verdadeira mensagem, que é a crítica sobre a desigualdade de gênero e a opressão vivida pelas mulheres, é feita de forma sutil e está nas entrelinhas. O Papel de Parede Amarelo é, sem dúvidas, um livro para se refletir. Mesmo que algumas coisas ainda tenham mudado hoje em dia e muitas mulheres tenham voz e atitude, ainda temos um longo caminho a ser percorrido... Ainda existem muitos homens por aí que acreditam piamente que entendem e sabem o que é melhor para as mulheres e, infelizmente, ainda existem mulheres que aceitam esse tipo de controle...
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Resenha
Novidade de Março - Suma de Letras
Mr. Mercedes - Trilogia Bill Hodges #1 - Stephen King
Nas frigidas madrugadas, em uma angustiante cidade do Centro-Oeste, centenas de pessoas desempregadas estão na fila para uma vaga numa feira de empregos. Sem qualquer aviso um motorista solitário irrompe no meio da multidão em um Mercedes roubado, atropelando os inocentes, dando ré e voltando a atropelá-los. Oito pessoas são mortas, quinze feridos.
Em outra parte da cidade, meses mais tarde, um policial aposentado chamado Bill Hodges é ainda assombrado por um crime sem solução. Quando ele recebe uma carta enlouquecida de alguém que se auto-identifica como privilegiado e ameaça um ataque ainda mais diabólico, Hodges acorda de sua deprimente e vaga aposentadoria, empenhado em evitar outra tragédia.
Brady Hartfield vive com sua mãe alcoólatra na casa onde ele nasceu. Ele adorou a sensação de morte sob as rodas da Mercedes, e ele quer aquela corrida de novo. Apenas Bill Hodges, com um par de aliados altamente improváveis, pode prender o assassino antes que ele ataque novamente. E eles não têm tempo a perder, porque na próxima missão de Brady, se for bem sucedido, vai matar ou mutilar milhares.
Mr. Mercedes é uma guerra entre o bem e o mau, do mestre do suspense, cuja visão sobre a mente deste obcecado assassino insano é arrepiante e inesquecível.
Novidades de Março - Valentina
Coração? - O Protetorado da Sombrinha #4 - Gail Carriger
Não Fuja - Não Pare #3 - FML Pepper
Lady Maccon, a sem alma, está às voltas com uma nova conspiração, só que, desta vez, ela não é o alvo. Quando um fantasma enlouquecido revela que há um complô planejando um atentado contra a vida da rainha, a preternatural começa a investigar e segue uma pista que a leva a esquadrinhar, cada vez mais, o passado do marido. Como se não faltasse mais nada, ela ainda tem que lidar com uma irmã que resolveu participar do movimento sufragista (quanta ousadia!), o mais recente dispositivo mecânico de Madame Lefoux e uma praga de porcos-espinhos zumbis que mal lhe dão tempo de se lembrar de que, por acaso, está no oitavo mês de gestação.
Será que Alexia conseguirá descobrir quem está tentando matar a Rainha Vitória, antes que seja tarde demais? Seriam os vampiros outra vez ou algum traidor em pele de lobo? E o que é, exatamente, essa criaturinha que resolveu aparecer no segundo melhor closet de Lorde Akeldama, na pior hora possível?
Não Fuja - Não Pare #3 - FML Pepper
Vida. Morte. O que há entre elas? Antes e depois delas? Dois universos tão distintos e intimamente ligados. Como não sucumbir ao desejo que lhe drena a vida? Como aceitar que existe morte em vida e vida na morte? O que fazer quando a morte é a centelha que pulsa na vida, embebida de escuridão? A bússola da existência gira e aponta: o medo é uma opção; a vida, uma batalha; a morte, uma bênção.
Novidades de Março - Geração Editorial
23 de março de 2016
Herobrine - A Lenda - Pac e Mike
Vida e Obra do Plagiário Paulo Francis - O Mergulho da Ignorância no Poço da Estupidez - Fernando Jorge
O TazerCraft é um dos maiores sucessos da internet brasileira. Trata-se de um canal no YouTube que mobiliza milhões de jovens, diariamente, em histórias que prendem até o último segundo. No total, são mais de 1,5 bilhão de visualizações, sendo 20 milhões da série “Herobrine: a lenda”, 4,5 milhões de inscritos e uma aventura que não poderia ficar restrita apenas às telas dos computadores. Por isso, essa webserie (e filme) ganhou livro, para contar, com mais profundidade, com novos acontecimentos, com muito mais batalhas e emoção, uma história cheia de tensão, reviravoltas e o melhor ingrediente do mundo: aventura! Sem perder o charme dos vídeos e o conhecido jeito irreverente de Pac e Mike. Para melhorar, a dupla mostrou todo o talento num texto leve e empolgante, que envolve o leitor da primeira até a última página. Em Herobrine: a lenda, o amado quarteto está de volta: Felipe, Peter, João e Victor! Os quatro amigos viverão uma aventura que nem o mais crente dos habitantes de Mine poderia imaginar. Para os fãs, a edição conta com mais 30 ilustrações impressionantes que fazem os personagens saltarem – literalmente – no decorrer do livro.
Vida e Obra do Plagiário Paulo Francis - O Mergulho da Ignorância no Poço da Estupidez - Fernando Jorge
Paulo Francis nunca chegou a ser um grande escritor ou um respeitado ensaísta, mas foi, enquanto
viveu, o mais polêmico, o mais cortejado e sem dúvida mais odiado jornalista brasileiro. Neste livro ousado, corajoso e tão virulento quanto o próprio Francis foi (e publicado enquanto o jornalista ainda vivia), Fernando Jorge desmascara o intelectual supostamente rigoroso, apontando-lhe plágios, erros e injustiças. Para Paulo Francis, Lula era um jumento, além de cachaceiro; Vicentinho, um escravo; a ex-ministra Dorotéa Werneck, sirigaita; Roberto Marinho, um "Homem Porcaria"; Rui Barbosa, ladrão; e o ministro Sérgio Motta, stalinista caipira. Para Fernando Jorge, Paulo Francis não passou de um incompetente utilizador de adjetivos, insultos, frases roubadas ou desvirtuadas.
A vida e os escritos de Paulo Francis são analisados e os erros apontados com rigor, todos documentados. Acima das críticas severas do autor, que às vezes se irrita naturalmente com os absurdos do criticado, este livro é bem humorado, engraçado e altamente instrutivo. Ao nos apontar os erros e disparates de Paulo Francis, Fernando Jorge nos dá uma verdadeira aula de cultura e conhecimento.
Novidades de Março - Galera Record
22 de março de 2016
Vamos juntas? - O guia da sororidade para todas - Babi Souza
Rainha das Sombras - Trono de Vidro #4 - Sarah J. Maas
A Profecia do Paladino - A Profecia do Paladino #1 - Mark Frost
De Volta - The 100 #3 - Kass Morgan
Rebelde - Reboot #2 - Amy Tintera
O Código da Atração - As Regras do Amor #2 - Pamela Wells
Toda mulher já se sentiu insegura na hora de sair sozinha na rua. O risco de ser abordada, perseguida ou assediada é uma realidade. Mas, um dia, uma moça chamada Babi Souza teve uma ideia simples e revolucionária: da próxima vez em que você estiver sozinha, olhe para os lados. Pode ter outra mulher andando na mesma direção. Por que não vão juntas?
Logo, o movimento Vamos Juntas? conquistou moças em todo o Brasil, se tornando um símbolo de união feminina e feminismo, na defesa por direitos iguais entre homens e mulheres. Aos poucos, muitas mulheres mudaram sua forma de enxergar o dia a dia e a moça ao lado.
Além de dados sobre o feminismo, que mostram como ainda há tanto a ser conquistado, este guia traz relatos de mulheres que aprenderam, junto ao Vamos Juntas?, a enxergar companheiras umas nas outras. A se unir, ao invés de rivalizar.
Rainha das Sombras - Trono de Vidro #4 - Sarah J. Maas
Todos que Celaena Sardothien amou lhe foram tirados. Mas finalmente chegou a hora da retribuição. A vingança promete ser tão dura quanto o aço da Espada de Orynth — a espada de seu pai. Finalmente Celaena retornou ao império; por justiça, para resgatar seu reino e confrontar as sombras do passado.
A assassina está morta. Ela abraçou a identidade de Aelin Galathynius, rainha de Terrasen. Mas antes de reclamar o trono, precisa lutar. E ela vai lutar. Por seu primo, a Puta de Adarlan, o general do Norte... um guerreiro preparado para morrer por sua soberana; por seu amigo Dorian, um príncipe preso em uma inimaginável prisão; por seu povo, escravizado por um rei cruel e à espera do retorno triunfante de sua líder; por seu carranam e a libertação da magia.
Ao avançar em seu plano, no entanto, Aelin precisa tomar cuidado com velhos inimigos. E abrir o coração para novos e improváveis aliados. Tudo isso enquanto os valg continuam trabalhando nas sombras. E Manon Bico Negro, a Líder Alada das Treze, treina suas bestas voadoras. Mas é de Morath, a fortaleza montanhosa do Duque de Perrington, que uma ameaça como nenhuma outra promete destroçar seu grupo de rebeldes e sua corte recém-formada.
A Profecia do Paladino - A Profecia do Paladino #1 - Mark Frost
Um misterioso thriller do roteirista de Quarteto Fantástico e co-criador da série Twin Peaks. Will West faz de tudo para não chamar a atenção. A pedido dos pais, ele se esforça para tirar notas medíocres e não se destacar. Mas quando sua escola o obriga a fazer uma prova de desempenho geral, ele acaba se esquecendo de errar algumas respostas. Seu resultado espetacular atrai o interesse de uma das escolas particulares mais exclusivas do país, que o procura para oferecer uma bolsa de estudos. No entanto, assim que recebe essa oferta, começa a ser seguido por homens misteriosos e sedãs pretos. Ao tentar escapar de perseguidores, seus pais desaparecem e Will acaba se matriculando às pressas no misterioso colégio. Chegando à sua nova escola, ele percebe possuir talentos físicos e mentais que beiram o impossível e descobre que suas habilidades estão conectadas a uma batalha milenar entre forças épicas.
De Volta - The 100 #3 - Kass Morgan
Quando naves riscam o céu da Terra, os 100 sabem que mais pessoas estão deixando a colônia espacial. E esse pode ser o retorno definitivo da humanidade ao planeta.
Glass sobreviveu à queda dos módulos de transporte. Ela experimenta as novas sensações de estar na Terra.
Clarke, por sua vez, está comandando o resgate aos sobreviventes da colisão, mas não consegue parar de pensar em seus pais, que ainda podem estar vivos.
Já Wells precisa encontrar uma forma de lidar com a nova ameaça à sua liderança. Os homens que detinham o poder na colônia estão decididos a manter a ordem na Terra segundo suas regras. Mas essa nova lei está longe de ser justa.
Chegou a hora de os 100 lutarem por liberdade, em seu novo lar.
Rebelde - Reboot #2 - Amy Tintera
Wren Connoly acreditou que seu lado humano tivesse ficado para trás no instante em que ela morreu... e voltou à vida como Reboot em surpreendentes 178 minutos. Com uma força extrema e treinada para ser o soldado perfeito, Wren precisou fugir da CRAH, Corporação de Repovoamento e Avanço Humano, para salvar Callum 22, o rapaz que lhe mostrou ser possível ter emoções, compaixão e até amor, sendo Reboot.
Após terem escapado da CRAH, Wren e Callum estão prontos para recomeçar a vida em paz, na reserva Reboot. Mas Micah, o Reboot que comanda o local, tem planos malignos em mente: dizimar os humanos da Terra. Micah vem construindo um exército Reboot há anos, e finalmente está pronto para iniciar ataques às cidades. Agora que fugiram, Wren e Callum precisam decidir se ficam ao lado de Reboots ou se abandonam tudo e vivem longe da guerra. Aos poucos, os dois percebem que só há uma alternativa: precisam se tornar rebeldes.
O Código da Atração - As Regras do Amor #2 - Pamela Wells
As quatro melhores amigas de As Regras do Amor estão de volta e neste verão terão sua amizade testada. Alexia, Raven e Sydney estão comprometidas e cada namoro está em um momento muito distinto. Alexia sente a atração física por Ben aumentar a cada dia. Já Horace, namorado de Raven, irá passar um tempo em Detroit e a distância será um desafio para a garota. Sydney, por sua vez, nunca precisou tanto de Drew. Mas o garoto está muito diferente... Kelly, a única solteira do grupo, conheceu um cara lindo, e as amigas querem ajudá-la a conquistar o rapaz. Pra isso, criam o Código da Atração: uma lista de regras para conquistar o amado. Só que Kelly acaba se apaixonando por outra pessoa.
Vamos Juntas? - Babi Souza
21 de março de 2016
Título: Vamos Juntas? - O guia da sororidade para todas
Autora: Babi Souza
Editora: Galera Record
Gênero: Não ficção/Nacional
Ano: 2016
Páginas: 144
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Resenha: Quantas vezes uma mulher já teve medo de andar sozinha na rua por correr o risco de ser assediada, assaltada ou até mesmo violentada? O caminho de ida e volta pra casa, para o trabalho, escola ou faculdade pode ser pior do que parece já que, infelizmente, faz parte da realidade feminina que elas ainda sejam alvos da intromissiva e abusiva abordagem masculina. E por passar por uma situação dessas, a jornalista Babi Souza refletiu sobre a questão da insegurança que, nós mulheres, sentimos diante de situações assim e criou o movimento Vamos Juntas? que, apesar de simples, pode fazer toda a diferença num trajeto a ser percorrido: Se você estiver andando sozinha durante a noite ou numa rua deserta, olhe em volta. Pode ter uma mulher indo na mesma direção e com os mesmos receios que você, então por que não irem juntas?
A ideia ganhou espaço no Facebook e a repercussão foi enorme. Em pouco tempo a página ganhou centenas de milhares de curtidas, comentários e compartilhamentos, mulheres de todas as idades e de todos os lugares do Brasil aderiram e propagaram a ideia e várias delas passaram a relatar muito do que já vivenciaram em experiências que tiveram, tanto as boas quanto as más.
O mais legal do movimento é que, através dele, muitas mulheres tiveram voz, deixaram a insegurança de lado e resolveram enfrentar seus medos e até mesmo seus assediadores. Encontraram uma na outra uma irmã a quem se abrigar, alguém a quem apoiar e dar um ombro amigo, independente das circunstâncias, sem julgamento e só com o intuito de fazer o bem a quem é exatamente como nós. Uma aliança baseada na sororidade visando o bem estar de todas.
O livro não toca somente no ponto do movimento, mas também na importância do feminismo e do empoderamento feminino, mostrando que muitas mulheres, por não saberem o real significado desses termos, ainda não vestiram a camisa a ponto de lutarem pela igualdade de gênero. Logo, o livro desconstrói conceitos mal interpretados de forma leve, direta e quase didática.
E pensem numa diagramação fofa! O projeto gráfico do livro é a coisa mais gracinha, com cores marcantes, tipografia descolada, ilustrações lindas em forma de pictogramas que combinam com a proposta do livro, cards recortáveis com mensagens inspiradoras e um formato que funciona como um verdadeiro guia, com a história do movimento, a história da sororidade, estatísticas e dados históricos sobre os feitos de mulheres notáveis, relatos verídicos das seguidoras da fanpage e até uma análise sobre a rivalidade entre mulheres (que jamais deveria existir).
Vamos Juntas? é um livro, acima de tudo, necessário, afinal, se o tempo passa e os homens ainda continuam insistindo em se comportar dessa forma, sem indícios de que vão mudar e sem nos respeitar como iguais, que a mudança parta de nós, da nossa união e dessa coisa linda chamada sororidade, que vem crescendo a cada dia mais. Juntas nós podemos quebrar barreiras, ultrapassar limites e mudar o mundo!
Autora: Babi Souza
Editora: Galera Record
Gênero: Não ficção/Nacional
Ano: 2016
Páginas: 144
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Toda mulher já se sentiu insegura na hora de sair sozinha na rua. O risco de ser abordada, perseguida ou assediada é uma realidade. Mas, um dia, uma moça chamada Babi Souza teve uma ideia simples e revolucionária: da próxima vez em que você estiver sozinha, olhe para os lados. Pode ter outra mulher andando na mesma direção. Por que não vão juntas?
Logo, o movimento Vamos Juntas? conquistou moças em todo o Brasil, se tornando um símbolo de união feminina e feminismo, na defesa por direitos iguais entre homens e mulheres. Aos poucos, muitas mulheres mudaram sua forma de enxergar o dia a dia e a moça ao lado.
Além de dados sobre o feminismo, que mostram como ainda há tanto a ser conquistado, este guia traz relatos de mulheres que aprenderam, junto ao Vamos Juntas?, a enxergar companheiras umas nas outras. A se unir, ao invés de rivalizar.
Resenha: Quantas vezes uma mulher já teve medo de andar sozinha na rua por correr o risco de ser assediada, assaltada ou até mesmo violentada? O caminho de ida e volta pra casa, para o trabalho, escola ou faculdade pode ser pior do que parece já que, infelizmente, faz parte da realidade feminina que elas ainda sejam alvos da intromissiva e abusiva abordagem masculina. E por passar por uma situação dessas, a jornalista Babi Souza refletiu sobre a questão da insegurança que, nós mulheres, sentimos diante de situações assim e criou o movimento Vamos Juntas? que, apesar de simples, pode fazer toda a diferença num trajeto a ser percorrido: Se você estiver andando sozinha durante a noite ou numa rua deserta, olhe em volta. Pode ter uma mulher indo na mesma direção e com os mesmos receios que você, então por que não irem juntas?
A ideia ganhou espaço no Facebook e a repercussão foi enorme. Em pouco tempo a página ganhou centenas de milhares de curtidas, comentários e compartilhamentos, mulheres de todas as idades e de todos os lugares do Brasil aderiram e propagaram a ideia e várias delas passaram a relatar muito do que já vivenciaram em experiências que tiveram, tanto as boas quanto as más.
O mais legal do movimento é que, através dele, muitas mulheres tiveram voz, deixaram a insegurança de lado e resolveram enfrentar seus medos e até mesmo seus assediadores. Encontraram uma na outra uma irmã a quem se abrigar, alguém a quem apoiar e dar um ombro amigo, independente das circunstâncias, sem julgamento e só com o intuito de fazer o bem a quem é exatamente como nós. Uma aliança baseada na sororidade visando o bem estar de todas.
O livro não toca somente no ponto do movimento, mas também na importância do feminismo e do empoderamento feminino, mostrando que muitas mulheres, por não saberem o real significado desses termos, ainda não vestiram a camisa a ponto de lutarem pela igualdade de gênero. Logo, o livro desconstrói conceitos mal interpretados de forma leve, direta e quase didática.
E pensem numa diagramação fofa! O projeto gráfico do livro é a coisa mais gracinha, com cores marcantes, tipografia descolada, ilustrações lindas em forma de pictogramas que combinam com a proposta do livro, cards recortáveis com mensagens inspiradoras e um formato que funciona como um verdadeiro guia, com a história do movimento, a história da sororidade, estatísticas e dados históricos sobre os feitos de mulheres notáveis, relatos verídicos das seguidoras da fanpage e até uma análise sobre a rivalidade entre mulheres (que jamais deveria existir).
Vamos Juntas? é um livro, acima de tudo, necessário, afinal, se o tempo passa e os homens ainda continuam insistindo em se comportar dessa forma, sem indícios de que vão mudar e sem nos respeitar como iguais, que a mudança parta de nós, da nossa união e dessa coisa linda chamada sororidade, que vem crescendo a cada dia mais. Juntas nós podemos quebrar barreiras, ultrapassar limites e mudar o mundo!
Os Segredos Matemáticos dos Simpsons - Simon Singh
20 de março de 2016
Título: Os Segredos Matemáticos dos Simpsons
Autor: Simon Singh
Editora: Record
Gênero: Não Ficção
Ano: 2016
Páginas: 280
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Resenha: Os Segredos Matemáticos dos Simpsons, escrito pelo autor britânico Simon Singh e publicado no Brasil pela Editora Record, faz uma abordagem bastante inovadora acerca da série de animação Os Simpsons. Simon é um grande divulgador da ciência e da matemática e neste livro ele visa descomplicar e esclarecer que nada que aparece nas cenas não são por mero acaso.
Criada por Matt Groening, Os Simpsons consiste numa paródia que satiriza a cultura, a sociedade, o estilo de vida da classe média americana e vários aspectos relacionados à condição humana através de uma família completamente disfuncional composta por Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie.
O que poucos sabem é que, no sentido literal da coisa, seus roteiristas são geniais. Muitos deles possuem doutorado em Matemática, Física e Ciência da Computação e os episódios, além de muito engraçados, são cheios de referências engenhosas e super inteligentes.
Em Os Simpsons e seus Segredos Matemáticos, o autor frisa que embora a matemática ainda desperte a rejeição da maioria, principalmente aqueles que gostam de cultura pop, ela é mais do que um simples elemento: Faz parte da vida e não pode simplesmente ser ignorada.
A leitura é fácil e agradável, tem muito bom humor incorporado nos textos e nos títulos dos capítulos, mas não é exatamente fluída devido a alguns termos técnicos e exemplos do que podemos encontrar nos episódios mencionados. O autor faz definições de fórmulas, cálculos e teoremas de forma a facilitar a compreensão do leitor sem que o texto tenha aquele teor de aula chata e desinteressante. Inicialmente a impressão é que tais explicações iriam confundir nossas ideias, mas ao utilizar os exemplos encontrados no seriado, as coisas acabam fluindo melhor e acabam sendo bem legais.
A partir da página 185 o foco passa a ser o seriado animado Futurama, dos mesmos criadores de Os Simpsons, e, utilizando do ambiente futurista, a inserção da matemática ganhou um toque especial e mais avançado devido ao universo ser mais voltado ao público nerd e geek.
A capa tem as cores características do desenho, azul e amarela, com fórmulas e gráficos curiosos e que ilustram bem o conteúdo da obra. A diagramação é bem caprichada e há fotos, testes, piadas, imagens do seriado e ilustrações de várias fórmulas que apareceram em algum episódio que sempre é mencionado e explicado para que se entenda o contexto. Os nomes dos episódios, por ora, são mencionados, porém, apesar do ano, senti falta da informação sobre a temporada a qual pertencem para facilitar a procura.
Não espere muito profundidade na abordagem. Ela é feita de uma forma simplista e bem didática para que qualquer um possa ter acesso e compreender (desde que tenha paciência e leia sabendo a quê o livro se destina), mas acho que, para que o livro seja bem aproveitado, o leitor deve, no mínimo, ser fã da série ou gostar bastante de matemática para dar prosseguimento a leitura. Não curto matemática mas sou muito fã de Os Simpsons, então ler este livro me trouxe uma enorme nostalgia acerca de episódios antigos e dos quais não me atentei para os detalhes onde a matemática, a física e a própria ciência estavam embutidas.
No mais, aos fãs da série, é uma leitura super válida para que se possa assistir aos episódios sob um olhar mais atento e curioso. Dessa forma, compreendemos que por mais que a família Simpson seja cômica e hilária, assim como o elenco dos demais personagens, há mais profundidade nas situações que eles vivenciam do que imaginamos.
Autor: Simon Singh
Editora: Record
Gênero: Não Ficção
Ano: 2016
Páginas: 280
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Um livro que oferece um vislumbre completamente novo de um dos programas de maior sucesso da história da televisão.
Você pode ter assistido a centenas de episódios de Os Simpsons (e de seu primo, Futurama) sem nunca ter se dado conta das referências sutis à matemática brilhantemente incorporadas em muitas tramas – de equações famosas aos teoremas e conjecturas mais modernos. Ao relembrar episódios memoráveis da série, Simon Singh revela que por trás dessas referências estão a genialidade e o senso de humor sem igual dos roteiristas, muitos deles com formação acadêmica avançada em matemática.
Os segredos matemáticos dos Simpsons mergulha em histórias que exploram diversos conceitos matemáticos, apresentando imagens dos episódios, diagramas e testes.
Resenha: Os Segredos Matemáticos dos Simpsons, escrito pelo autor britânico Simon Singh e publicado no Brasil pela Editora Record, faz uma abordagem bastante inovadora acerca da série de animação Os Simpsons. Simon é um grande divulgador da ciência e da matemática e neste livro ele visa descomplicar e esclarecer que nada que aparece nas cenas não são por mero acaso.
Criada por Matt Groening, Os Simpsons consiste numa paródia que satiriza a cultura, a sociedade, o estilo de vida da classe média americana e vários aspectos relacionados à condição humana através de uma família completamente disfuncional composta por Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie.
O que poucos sabem é que, no sentido literal da coisa, seus roteiristas são geniais. Muitos deles possuem doutorado em Matemática, Física e Ciência da Computação e os episódios, além de muito engraçados, são cheios de referências engenhosas e super inteligentes.
Em Os Simpsons e seus Segredos Matemáticos, o autor frisa que embora a matemática ainda desperte a rejeição da maioria, principalmente aqueles que gostam de cultura pop, ela é mais do que um simples elemento: Faz parte da vida e não pode simplesmente ser ignorada.
A leitura é fácil e agradável, tem muito bom humor incorporado nos textos e nos títulos dos capítulos, mas não é exatamente fluída devido a alguns termos técnicos e exemplos do que podemos encontrar nos episódios mencionados. O autor faz definições de fórmulas, cálculos e teoremas de forma a facilitar a compreensão do leitor sem que o texto tenha aquele teor de aula chata e desinteressante. Inicialmente a impressão é que tais explicações iriam confundir nossas ideias, mas ao utilizar os exemplos encontrados no seriado, as coisas acabam fluindo melhor e acabam sendo bem legais.
A partir da página 185 o foco passa a ser o seriado animado Futurama, dos mesmos criadores de Os Simpsons, e, utilizando do ambiente futurista, a inserção da matemática ganhou um toque especial e mais avançado devido ao universo ser mais voltado ao público nerd e geek.
A capa tem as cores características do desenho, azul e amarela, com fórmulas e gráficos curiosos e que ilustram bem o conteúdo da obra. A diagramação é bem caprichada e há fotos, testes, piadas, imagens do seriado e ilustrações de várias fórmulas que apareceram em algum episódio que sempre é mencionado e explicado para que se entenda o contexto. Os nomes dos episódios, por ora, são mencionados, porém, apesar do ano, senti falta da informação sobre a temporada a qual pertencem para facilitar a procura.
Não espere muito profundidade na abordagem. Ela é feita de uma forma simplista e bem didática para que qualquer um possa ter acesso e compreender (desde que tenha paciência e leia sabendo a quê o livro se destina), mas acho que, para que o livro seja bem aproveitado, o leitor deve, no mínimo, ser fã da série ou gostar bastante de matemática para dar prosseguimento a leitura. Não curto matemática mas sou muito fã de Os Simpsons, então ler este livro me trouxe uma enorme nostalgia acerca de episódios antigos e dos quais não me atentei para os detalhes onde a matemática, a física e a própria ciência estavam embutidas.
No mais, aos fãs da série, é uma leitura super válida para que se possa assistir aos episódios sob um olhar mais atento e curioso. Dessa forma, compreendemos que por mais que a família Simpson seja cômica e hilária, assim como o elenco dos demais personagens, há mais profundidade nas situações que eles vivenciam do que imaginamos.
O Desapego Rebelde do Coração - Bianca Briones
19 de março de 2016
Título: O Desapego Rebelde do Coração - Batidas Perdidas #3
Autora: Bianca Briones
Editora: Verus
Gênero: Romance/Drama/Nacional/New Adult
Ano: 2016
Páginas: 406
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Resenha: O Desapego Rebelde do Coração é o mais novo volume da série Batidas Perdidas, escrita por Bianca Briones e publicado pela Verus.
Branca sempre foi uma mulher independente e embora não pensasse em se casar tão cedo, mudou de ideia ao conhecer Lex. Eles se casaram mas as diversas brigas e desentendimentos que tinham resultaram num divórcio. Lex, então, se afastou para outra cidade para seguir com a vida. Não está sendo nada fácil para ela superar essa separação, mas seu espírito independente a faz fingir que sim. Solteira, Branca passa a praticar o desapego, curtindo baladas e aproveitando a vida como pode, mas ela não é a única a pensar que esse é o melhor meio de se livrar do que a machucou.
Rodrigo, o irmão de Viviane (protagonista do primeiro volume da série) era apaixonado por Branca na adolescência, mas desde que tudo passou ele acredita que deve aproveitar a vida ao máximo sem se apegar a ninguém. Agora ele já é um homem, e que homem! Até que eles decidem arriscar um relacionamento perigoso mas não dá pra esconder que o sentimento alí é forte.
Mas Lex volta do Rio de Janeiro com um bebê e cabe a todos resolverem como lidar com esse inevitável destino.
Branca, Lex e Rodrigo precisam seguir em frente e dar um rumo às suas vidas, mas como fazer isso se eles não conseguem se livrar do passado? Eles terão que lidar com suas emoções mais profundas a fim de conseguirem o que desejam.
O livro é narrado em primeira pessoa, antes e depois do que se passa no segundo livro, e os capítulos se intercalam entre Branca, Lex e Rodrigo. Pensei em considerar um triângulo amoroso, mas o foco está sobre Branca e Rodrigo na maior parte do tempo, mostrando um lado envolvente e sexy de um relacionamento. Eles estão vivendo a própria história e embora Lex tenha sua importância ele fica praticamente à margem dos acontecimentos até um determinado ponto em que surge para que a história tenha um clímax.
A escrita da autora é perfeita, intensa e carregada de sensibilidade a ponto de tocar em nossos corações.
Apesar dos personagens terem ligações entre si, cada livro se destina a alguns deles e por isso os livros podem ser lidos fora de ordem sem que haja muita interferência na compreensão. Por ora acompanhamos outros personagens dos volumes anteriores e, por mais que já saibamos algum resultado, é possível compreendermos como as coisas aconteceram até tal ponto.
Branca é bonita e independente e gosta dos prazeres da vida. Ela continua divertida e desbocada mas aqui se mostrou um pouco insegura, talvez pela própria situação em que se encontra, que é mais delicada do que ela já havia passado. Ela não se parece muito com a Branca dos livros anteriores.
Rodrigo vive por aí se divertindo com a mulherada sem se apegar a nenhuma delas, mas no fundo ele faz isso para ocultar algo por que passou e o marcou de forma negativa. Ele esconde seus sentimentos usando de uma fachada de moleque inconsequente, tentando mostrar pra todos - e pra si mesmo - que esqueceu Branca, mas obviamente não iria perder a chance de ficar com ela caso aparecesse em seu caminho, e é exatamento o que acontece...
Lex é um cara sensato e inteligente e seu relacionamento com Branca era como um íma. Juntos eram repelidos, mas havia uma força que os atraía quando se distanciavam.
O título apesar de soar meio estranho tem tudo a ver com a história, pois mostra personagens tentando se desapegar de pessoas ou costumes de uma forma desinibida, como se tudo aquilo fosse só mais uma fase sem tanta importância a ponto de se apegar.
Há cenas picantes bem dosadas e muito bem escritas o que evidencia a intensidade do envolvimento entre os personagens e foi um ponto que gostei bastante.
A playlist também é ótima e tem tudo a ver com os momentos pelos quais os personagens passam. Não sou adepta de ler enquanto ouço música, mas pra quem gosta é uma boa opção para intensificar as cenas.
A capa combina com os demais livros da série e ilustra bem os personagens. A diagramação é simples, os capítulos são apresentados com o nome do personagem com a voz narrativa da vez e são acompanhados por um trecho de música cuja tradução se encontra no rodapé da página. As páginas são amarelas e a revisão está impecável.
O livro reserva surpresas que vão além do romance. Repleto de frases marcantes e reflexivas, a história foge de clichês, é envolvente e é capaz de arrancar lágrimas até mesmo nos leitores mais resistentes. O enredo mostra que o que faz o futuro é a forma de se encarar o que ficou mal resolvido no passado, então conhecer mais a fundo as motivações de Branca, Rodrigo e Lex foi um fator que acabou superando a própria história, pois através deles é possível compreender que as pessoas se diferem e suas escolhas são o que as determinam.
Este, pra mim, foi o melhor livro da série até então e, pra quem quer uma história que emociona, arranca lágrimas e se torna memorável por mexer tantos com nossos sentimentos, é leitura mais do que indicada.
Autora: Bianca Briones
Editora: Verus
Gênero: Romance/Drama/Nacional/New Adult
Ano: 2016
Páginas: 406
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Quando um amor do passado ressurge e sentimentos mal resolvidos vêm à tona, é preciso decidir entre lutar pelo que se quer ou fugir - e pôr em risco a própria felicidade.
Branca sempre foi uma mulher independente, que não pensava em se casar tão cedo - até conhecer Lex. Entre idas e vindas, eles se casaram e se divorciaram menos de um ano depois. Ela levou um tempo para superar a perda e, sem esperar muito, começou com Rodrigo um perigoso jogo de gato e rato.
Rodrigo tinha uma queda por Branca quando mais novo, mas hoje a enxerga apenas como a razão de uma paixonite adolescente. O que ele esconde de todos - até de si mesmo - é quanto todas as perdas que sofreu o afetaram, e o único modo de lidar com isso é fingir não sentir nada.
Lex ficou muito tempo afastado de todos que amava, trabalhando em outra cidade e tentando seguir em frente, como sempre fez. Sua intenção era voltar apenas para o casamento de amigos, mas a vida tinha outros planos para ele.
Agora os três precisam lidar com o que está acontecendo - e mais, com o bebê que surge com Lex. Quanto a mágoa pode afastar duas pessoas que se amam? Como encarar uma situação em que pelo menos um deles certamente sairá ferido?
A série Batidas Perdidas está de volta, com um dos volumes mais aguardados e a pergunta que não quer calar: De quem será o coração de Branca?
Resenha: O Desapego Rebelde do Coração é o mais novo volume da série Batidas Perdidas, escrita por Bianca Briones e publicado pela Verus.
Branca sempre foi uma mulher independente e embora não pensasse em se casar tão cedo, mudou de ideia ao conhecer Lex. Eles se casaram mas as diversas brigas e desentendimentos que tinham resultaram num divórcio. Lex, então, se afastou para outra cidade para seguir com a vida. Não está sendo nada fácil para ela superar essa separação, mas seu espírito independente a faz fingir que sim. Solteira, Branca passa a praticar o desapego, curtindo baladas e aproveitando a vida como pode, mas ela não é a única a pensar que esse é o melhor meio de se livrar do que a machucou.
Rodrigo, o irmão de Viviane (protagonista do primeiro volume da série) era apaixonado por Branca na adolescência, mas desde que tudo passou ele acredita que deve aproveitar a vida ao máximo sem se apegar a ninguém. Agora ele já é um homem, e que homem! Até que eles decidem arriscar um relacionamento perigoso mas não dá pra esconder que o sentimento alí é forte.
Mas Lex volta do Rio de Janeiro com um bebê e cabe a todos resolverem como lidar com esse inevitável destino.
Branca, Lex e Rodrigo precisam seguir em frente e dar um rumo às suas vidas, mas como fazer isso se eles não conseguem se livrar do passado? Eles terão que lidar com suas emoções mais profundas a fim de conseguirem o que desejam.
O livro é narrado em primeira pessoa, antes e depois do que se passa no segundo livro, e os capítulos se intercalam entre Branca, Lex e Rodrigo. Pensei em considerar um triângulo amoroso, mas o foco está sobre Branca e Rodrigo na maior parte do tempo, mostrando um lado envolvente e sexy de um relacionamento. Eles estão vivendo a própria história e embora Lex tenha sua importância ele fica praticamente à margem dos acontecimentos até um determinado ponto em que surge para que a história tenha um clímax.
A escrita da autora é perfeita, intensa e carregada de sensibilidade a ponto de tocar em nossos corações.
"A vida segue. Se há algo que aprendi observando ao redor é que ela segue para todos, sem exceção. Não importa se você acha que não vai superar ou que ama demais uma pessoa para esquecer, a vida segue."Os personagens são cativantes e muito humanos e suas personalidades é o que os fazem tão autênticos e verdadeiros.
- Pág. 29
Apesar dos personagens terem ligações entre si, cada livro se destina a alguns deles e por isso os livros podem ser lidos fora de ordem sem que haja muita interferência na compreensão. Por ora acompanhamos outros personagens dos volumes anteriores e, por mais que já saibamos algum resultado, é possível compreendermos como as coisas aconteceram até tal ponto.
Branca é bonita e independente e gosta dos prazeres da vida. Ela continua divertida e desbocada mas aqui se mostrou um pouco insegura, talvez pela própria situação em que se encontra, que é mais delicada do que ela já havia passado. Ela não se parece muito com a Branca dos livros anteriores.
Rodrigo vive por aí se divertindo com a mulherada sem se apegar a nenhuma delas, mas no fundo ele faz isso para ocultar algo por que passou e o marcou de forma negativa. Ele esconde seus sentimentos usando de uma fachada de moleque inconsequente, tentando mostrar pra todos - e pra si mesmo - que esqueceu Branca, mas obviamente não iria perder a chance de ficar com ela caso aparecesse em seu caminho, e é exatamento o que acontece...
Lex é um cara sensato e inteligente e seu relacionamento com Branca era como um íma. Juntos eram repelidos, mas havia uma força que os atraía quando se distanciavam.
O título apesar de soar meio estranho tem tudo a ver com a história, pois mostra personagens tentando se desapegar de pessoas ou costumes de uma forma desinibida, como se tudo aquilo fosse só mais uma fase sem tanta importância a ponto de se apegar.
"Estamos assustados com a intensidade dos batimentos do nosso coração. Estamos inevitavelmente perdidos."Os protagonistas evoluem, amadurecem, mudam conceitos e aprendem com os próprios erros.
- Pág. 191
Há cenas picantes bem dosadas e muito bem escritas o que evidencia a intensidade do envolvimento entre os personagens e foi um ponto que gostei bastante.
A playlist também é ótima e tem tudo a ver com os momentos pelos quais os personagens passam. Não sou adepta de ler enquanto ouço música, mas pra quem gosta é uma boa opção para intensificar as cenas.
A capa combina com os demais livros da série e ilustra bem os personagens. A diagramação é simples, os capítulos são apresentados com o nome do personagem com a voz narrativa da vez e são acompanhados por um trecho de música cuja tradução se encontra no rodapé da página. As páginas são amarelas e a revisão está impecável.
O livro reserva surpresas que vão além do romance. Repleto de frases marcantes e reflexivas, a história foge de clichês, é envolvente e é capaz de arrancar lágrimas até mesmo nos leitores mais resistentes. O enredo mostra que o que faz o futuro é a forma de se encarar o que ficou mal resolvido no passado, então conhecer mais a fundo as motivações de Branca, Rodrigo e Lex foi um fator que acabou superando a própria história, pois através deles é possível compreender que as pessoas se diferem e suas escolhas são o que as determinam.
Este, pra mim, foi o melhor livro da série até então e, pra quem quer uma história que emociona, arranca lágrimas e se torna memorável por mexer tantos com nossos sentimentos, é leitura mais do que indicada.
Novidades de Março - Planeta de Livros
18 de março de 2016
Que Ninguém nos Ouça - Leila Ferreira e Cris Guerra
O Nazista e o Psiquiatra - Jack El-hai
O Médico da Humanidade e a Cura da Corrupção - Augusto Cury
Chica da Silva: Romande de uma vida - Joyce Ribeiro
Avareza - Emiliano Fittipaldi
Paixão Índia - Javier Moro
Se eu pudesse viver minha vida novamente... - Rubem Alves
Doçura, inteligência, graça, suavidade – lembra? Também imaginei que estivessem em extinção, mas descobri que seguem vivos nas páginas de "Que ninguém nos ouça". Não que seja uma literatura para mocinhas inocentes: o assunto muitas vezes é barra. Nem Leila, nem Cris saltaram de um conto de fadas. Porém, mesmo quando confidenciam a parte trash de suas trajetórias, a delicadeza continua mantendo o tom. Amargas? Nem que quisessem. Nem que tentassem. É o único talento que elas não têm.
Duas mulheres incomuns e com experiências singulares: só pelo voyeurismo consentido, já valeria dar uma espiada nessa troca de e-mails entre as duas. Porém, basta abrir a primeira página para perdermos a ilusão de que teremos algum controle sobre a leitura. É a Leila e a Cris que seguram o leitor nas mãos: fisgado e rendido, ele ficará preso até a última linha, quando então retornará à vida acreditando novamente na espécie humana.
O Nazista e o Psiquiatra - Jack El-hai
Kelley seguiu os nazistas para o presídio de Nuremberg. Suas novas ordens eram avaliar a saúde mental dos vinte e dois homens de maior escalão para se defrontar com a Justiça no julgamento vindouro. Suas experiências com os nazistas em Mondorf, e com Göring em particular, continuavam a fazer com que seus pensamentos fossem muito além das preocupações de seus deveres de oficial. Haveria uma falha mental comum a todos aqueles prisioneiros? Eles compartilhariam de um distúrbio psiquiátrico que os fizera participar das monstruosas ações do Terceiro Reich? Trabalhar entre aqueles alemães fez com que Kelley ficasse pensando se ele conseguiria responder às perguntas prementes que ocupavam seu cérebro. Talvez seu estudo científico das mentes daqueles homens pudesse identificar um fator significativo que seria útil para a prevenção da ascensão de um futuro regime nazista semelhante.
A necessidade era urgente. Sem sanção oficial, Kelley estava desenvolvendo um plano para explorar os recantos psicológicos do cérebro dos líderes nazistas prisioneiros.
O Médico da Humanidade e a Cura da Corrupção - Augusto Cury
A humanidade, em particular o Brasil, está em chamas devido à corrupção. Mas como ela se instala na mente humana? Todo ser humano tem vampiros mentais capazes de asfixiálo, como o orgulho, a ira, a inveja, o ciúme, a dissimulação, a ambição e a necessidade neurótica de ser o centro das atenções. Esses vampiros costumam ser imperceptíveis aos hospedeiros, embora os destruam.
Este impactante romance histórico-psiquiátrico mostra como esses vampiros se alojaram na mente de um poderoso político, um líder considerado incorruptível. O homem rejeita a ideia de estar doente até deparar-se com o misterioso H, o médico da humanidade. Para diagnosticar suas fraquezas, H o leva a viajar pela história e a conhecer a formação da personalidade do sociopata Hitler, a prática da guilhotina na Revolução Francesa, a negação de Pedro a Cristo, o julgamento de Sócrates. No decorrer dessas viagens incríveis, o líder fica assombrado ao descobrir que está sangrando pelos vampiros da corrupção.
Chica da Silva: Romande de uma vida - Joyce Ribeiro
São muitos os motivos que tornam Chica da Silva, mulher distante de estereótipos, tão relevante até os dias de hoje. Sem nenhum talento para queixar-se ou chorar pelos cantos, fosse qual fosse a dificuldade, ela seguia em frente, altiva. Não se deixava derrubar nem demonstrava sofrimento, por mais que se sentisse massacrada ou esmagada por dentro. Sua missão foi sempre viver da melhor forma, de cabeça erguida, enfrentando o que fosse necessário, e principalmente acreditando em si mesma. Era toda feita de autoestima.
Viver à luz de exemplos como o de Chica da Silva é a nossa missão. Lutar pelo amor, pelo respeito, pelo direito de sonhar. Lutar contra a servidão e o comodismo. Lutar pelo direito ao amor, em todas as suas nuances. Com a coragem capaz de inspirar homens e mulheres do século XXI, como eu, como você, como todas as pessoas que nos cercam.
Avareza - Emiliano Fittipaldi
Notícias sobre o apego aos bens materiais que prospera no alto clero da igreja vêm à tona desde o tempo de Dante, mas quase sempre na forma de rumores, desmentidos com veemência pela Cúria Romana. O italiano Emiliano Fittipaldi, que cobre o tema para o jornal L’Espresso, foi além das suspeitas ao recolher com fontes confidenciais uma enorme quantidade de documentos internos do Vaticano. Com acesso a gravações, relatórios e demonstrativos de ganhos e gastos, conseguiu desenhar os primeiros mapas do império financeiro da Igreja Católica.
Neste livro, o jornalista descreve os luxos permitidos aos cardeais em decorrência dos milhões arrecadados com fraudes, conta como a instituição acumulou quase 400 bilhões de euros em contas bancárias graças a doações de fiéis nunca repassadas aos pobres e revela até a existência de esquemas de pagamento para que um candidato a santo se torne beato.
A imensa repercussão deste Avareza na Itália fez com que, de investigador, seu autor passasse a ser investigado no Vatileaks, o escândalo envolvendo o vazamento de documentos secretos da igreja.
Paixão Índia - Javier Moro
A jovem Anita Delgado era bailarina na Espanha, no início do século XX, quando um marajá indiano se apaixonou por ela, lhe deu um palácio e a transformou em princesa – mas não em sua única mulher. Depois de chegar à cidade de Kapurthala sobre um elefante luxuosamente adornado, a nova princesa descobriu que aquele aparente conto de fadas não transcorreria sem o inevitável choque cultural entre dois mundos que se mostravam mais diferentes do que ela imaginava. As outras mulheres do marajá e seus súditos viam em Anita uma ameaça à tradição hindu, e a jovem, apesar de cercada de conforto e riqueza, vivia na mais completa solidão. Determinada, porém, ela se manteve no lugar que acreditava ser o seu – até seu coração começar a bater de maneira diferente.
Javier Moro realizou pesquisas detalhadas, tanto na Europa quanto na Ásia, para construir uma narrativa minuciosa da relação do casal, que deu origem a um dos maiores escândalos da Índia inglesa.
Se eu pudesse viver minha vida novamente... - Rubem Alves
Se eu pudesse viver minha vida novamente...
Neste livro, Rubem Alves viaja no tempo e no espaço. Lança o olhar sobre os sonhos, sobre as perdas e ganhos, detendo-se nos pequenos detalhes que fazem toda a diferença, recorrendo a memórias ora felizes ora dolorosas, quase sempre com um toque de nostalgia que não é arrependimento, mas sim uma saudade gostosa de algo vivido em plenitude.
É assim, com extrema delicadeza, que chega ao coração e à mente de cada um de nós, despertando-nos para o agora, acordando em nós o desejo de viver de forma diferente – nunca é tarde para isso! –, de aproveitar cada instante, de valorizar cada minuto, enchendo-o de beleza, de verdade, de leveza.
Nunca Jamais - Colleen Hoover e Tarryn Fisher
17 de março de 2016
Título: Nunca Jamais - Never Never #1
Autoras: Colleen Hoover e Tarryn Fisher
Editora: Galera Record
Gênero: YA/Thriller
Ano: 2016
Páginas: 192
Nota:★★☆☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Resenha: Nunca Jamais é o primeiro livro da trilogia Never Never escrita pelas autoras Colleen Hoover e Tarryn Fisher. No Brasil o livro foi publicado pela Galera Record.
Charlie "acorda" na escola sem saber o que está fazendo alí, como chegou, por que, quando... Apesar de todos a tratarem normalmente, ela não reconhece ninguém e não entende o que está acontecendo. Fingindo conhecer os alunos, ela tenta descobrir o que se passa para fugir dalí, mas ninguém com quem ela fala a faz se lembrar de coisa alguma, sejam eles seus amigos ou até mesmo aquele que é seu namorado, Silas. Porém, para a surpresa de Charlie, ela descobre que Silas também está sofrendo do mesmo que ela. A partir daí, juntos, eles decidem tentar saber o que está acontecendo e aos poucos descobrem que se conhecem desde crianças, que sempre foram amigos e, principalmente, que há algo de errado e estranho acontecendo entre as famílias dos dois. O que será que aconteceu e por que eles não se lembram de nada nem de ninguém?
O livro é narrado em primeira pessoa e os capítulos se alternam entre Silas e Charlie de uma forma que podemos acompanhar os dois pontos de vistas que eles têm para a situação em que se encontram. E por não saberem de nada, o único ponto relevante é que também não sabemos de nada e ficamos na expectativa para sabermos o que virá a seguir e como eles vão reagir.
A história tem toda aquela atmosfera escolar se remetendo a um público mais jovem e é fácil acompanharmos esse tipo de rotina, principalmente porque ela se passa num curtíssimo período de tempo, dois dias apenas.
Meu problema maior com o livro foi a ideia de acompanhar um thriller sem acontecimentos que mexessem comigo ou despertassem meu interesse a ponto de eu ficar empolgada ou torcendo pelos personagens, que não me cativaram pela falta de carisma. Eles são apáticos e genéricos e não sabemos se há alguma história do passado com carga dramática e emocional o bastante para despertarem minha simpatia ou que justifiquem alguns comportamentos. Poderia falar que a palavra que define a personalidade dos dois pode ser "determinação", mas isso somente levando em conta que estão determinados a descobrirem o que está acontecendo com eles, e enquanto Silas quer fazer com que Charlie se apaixone por ele outra vez, ela parece querer o contrário.
Embora possua poucas páginas, a história é enrolada e nada acontece. Num livro desse tipo o que espero é no mínimo ficar ansiosa devido ao suspense da situação, mas não foi essa a sensação que tive. Os personagens não sabem nada, a partir das pistas que surgem eles não descobrem quase nada que seja realmente útil, há furos inexplicáveis e todos ficamos no escuro. E quando pensamos que a coisa melhora e, enfim, vamos descobrir o tal mistério, o livro acaba! Caraca! O que é isso? Fico muito frustrada quando dividem uma história simples em vários livros sendo que ela poderia ser desenvolvida e finalizada num único volume. Talvez tais furos sejam esclarecidos no próximo livro, mas, ainda assim, acho que as coisas devem ter uma explicação plausível, nem que seja mínima, que dê brechas pra suposições, ou pelo menos que haja um algo a mais para que a história não dê espaço para questionamentos como "Como Silas lembra como dirigir?" ou "Como conhecem os caminhos pra irem de um lugar a outro?" "Como lembram de filmes ou atores?" e etc, e que, inevitavelmente, tornam as coisas um pouco sem nexo. Que tipo de amnésia parcial é essa que não foi justificada para se tornar crível?
A sensação que tive ao final desse livro foi que, apesar da escrita ser boa e existir um fator de suspense que nos mantém ligados à história, a intenção das autoras era confundir os leitores com a falta de informações, como se isso fosse uma técnica para deixá-los na expectativa e ansiosos para os próximos livros e morrendo de amores por um romance que ninguém entende e que simplesmente ainda não tem solidez ou base concreta. Pra mim foram usados artifícios para abordar questões problemáticas entre duas famílias e o suposto romance serviu como mera desculpa.
Talvez, quando os motivos que levaram os protagonistas a se esquecerem deles mesmos depois de um relacionamento longo vierem à tona e as coisas fizerem sentido, quem sabe eu possa rever minha opinião sobre a trilogia como um todo? Mas analisando somente esse primeiro volume, que é super introdutório e artificial, arrisco-me a dizer que Nunca Jamais sustenta um mistério com base num romance esquecido e que ao final deixa os leitores com um milhão de pontos de interrogação pairando sobre suas cabeças.
Sinceramente? Não há nada com o que se suspirar e, embora eu ainda tenha vontade de acompanhar a trilogia para saber que fim terá a história de Charlie e Silas, não irei com as expectativas nas alturas para o risco de quebrar a cara não ser tão grande.
Autoras: Colleen Hoover e Tarryn Fisher
Editora: Galera Record
Gênero: YA/Thriller
Ano: 2016
Páginas: 192
Nota:★★☆☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Charlie Wynwood e Silas Nash são melhores amigos desde pequenos. Mas, agora, são completos estranhos. O primeiro beijo, a primeira briga, o momento em que se apaixonaram... Toda recordação desapareceu. E nenhum dos dois tem ideia do que aconteceu e em quem podem confiar.
Charlie e Silas precisam trabalhar juntos para descobrir a verdade sobre o que aconteceu com eles e o porquê. Mas, quanto mais eles aprendem sobre quem eram, mais questionam o motivo pelo qual se juntaram no passado.
Resenha: Nunca Jamais é o primeiro livro da trilogia Never Never escrita pelas autoras Colleen Hoover e Tarryn Fisher. No Brasil o livro foi publicado pela Galera Record.
Charlie "acorda" na escola sem saber o que está fazendo alí, como chegou, por que, quando... Apesar de todos a tratarem normalmente, ela não reconhece ninguém e não entende o que está acontecendo. Fingindo conhecer os alunos, ela tenta descobrir o que se passa para fugir dalí, mas ninguém com quem ela fala a faz se lembrar de coisa alguma, sejam eles seus amigos ou até mesmo aquele que é seu namorado, Silas. Porém, para a surpresa de Charlie, ela descobre que Silas também está sofrendo do mesmo que ela. A partir daí, juntos, eles decidem tentar saber o que está acontecendo e aos poucos descobrem que se conhecem desde crianças, que sempre foram amigos e, principalmente, que há algo de errado e estranho acontecendo entre as famílias dos dois. O que será que aconteceu e por que eles não se lembram de nada nem de ninguém?
O livro é narrado em primeira pessoa e os capítulos se alternam entre Silas e Charlie de uma forma que podemos acompanhar os dois pontos de vistas que eles têm para a situação em que se encontram. E por não saberem de nada, o único ponto relevante é que também não sabemos de nada e ficamos na expectativa para sabermos o que virá a seguir e como eles vão reagir.
A história tem toda aquela atmosfera escolar se remetendo a um público mais jovem e é fácil acompanharmos esse tipo de rotina, principalmente porque ela se passa num curtíssimo período de tempo, dois dias apenas.
Meu problema maior com o livro foi a ideia de acompanhar um thriller sem acontecimentos que mexessem comigo ou despertassem meu interesse a ponto de eu ficar empolgada ou torcendo pelos personagens, que não me cativaram pela falta de carisma. Eles são apáticos e genéricos e não sabemos se há alguma história do passado com carga dramática e emocional o bastante para despertarem minha simpatia ou que justifiquem alguns comportamentos. Poderia falar que a palavra que define a personalidade dos dois pode ser "determinação", mas isso somente levando em conta que estão determinados a descobrirem o que está acontecendo com eles, e enquanto Silas quer fazer com que Charlie se apaixone por ele outra vez, ela parece querer o contrário.
Embora possua poucas páginas, a história é enrolada e nada acontece. Num livro desse tipo o que espero é no mínimo ficar ansiosa devido ao suspense da situação, mas não foi essa a sensação que tive. Os personagens não sabem nada, a partir das pistas que surgem eles não descobrem quase nada que seja realmente útil, há furos inexplicáveis e todos ficamos no escuro. E quando pensamos que a coisa melhora e, enfim, vamos descobrir o tal mistério, o livro acaba! Caraca! O que é isso? Fico muito frustrada quando dividem uma história simples em vários livros sendo que ela poderia ser desenvolvida e finalizada num único volume. Talvez tais furos sejam esclarecidos no próximo livro, mas, ainda assim, acho que as coisas devem ter uma explicação plausível, nem que seja mínima, que dê brechas pra suposições, ou pelo menos que haja um algo a mais para que a história não dê espaço para questionamentos como "Como Silas lembra como dirigir?" ou "Como conhecem os caminhos pra irem de um lugar a outro?" "Como lembram de filmes ou atores?" e etc, e que, inevitavelmente, tornam as coisas um pouco sem nexo. Que tipo de amnésia parcial é essa que não foi justificada para se tornar crível?
A sensação que tive ao final desse livro foi que, apesar da escrita ser boa e existir um fator de suspense que nos mantém ligados à história, a intenção das autoras era confundir os leitores com a falta de informações, como se isso fosse uma técnica para deixá-los na expectativa e ansiosos para os próximos livros e morrendo de amores por um romance que ninguém entende e que simplesmente ainda não tem solidez ou base concreta. Pra mim foram usados artifícios para abordar questões problemáticas entre duas famílias e o suposto romance serviu como mera desculpa.
Talvez, quando os motivos que levaram os protagonistas a se esquecerem deles mesmos depois de um relacionamento longo vierem à tona e as coisas fizerem sentido, quem sabe eu possa rever minha opinião sobre a trilogia como um todo? Mas analisando somente esse primeiro volume, que é super introdutório e artificial, arrisco-me a dizer que Nunca Jamais sustenta um mistério com base num romance esquecido e que ao final deixa os leitores com um milhão de pontos de interrogação pairando sobre suas cabeças.
Sinceramente? Não há nada com o que se suspirar e, embora eu ainda tenha vontade de acompanhar a trilogia para saber que fim terá a história de Charlie e Silas, não irei com as expectativas nas alturas para o risco de quebrar a cara não ser tão grande.
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Novidades de Março - Record
16 de março de 2016
Traidor - As Crônicas de Starbuck #2 - Bernard Cornwell
Paixão por Chocolate - Care Santos
Amantes: Uma história da outra - Elizabeth Abbott
A Definição da Arte - Umberto Eco
A Máquina de Caminhar - Cristovão Tezza
O Fim de Tudo - Luiz Vilela
Na Guerra Civil Americana, espiões têm apenas um destino: a forca
Americanos contra americanos. Irmãos contra irmãos. Na cruel guerra civil que assola o território dos Estados Unidos, há heróis, vilões e traidores. No verão de 1862, o capitão da Confederação Nathaniel Starbuck regressa à linha da frente da Guerra de Secessão. Embora tenha participado de diversos combates vitoriosos e demonstrado seu valor como soldado e líder, o jovem não consegue escapar de suas raízes nortistas. Assim, é apenas questão de tempo até ser acusado de espionagem, e então perseguido e brutalmente interrogado. Para limpar seu nome, Nathaniel terá de encontrar o verdadeiro traidor, uma empreitada que exigirá uma coragem extraordinária e uma força inabalável enquanto realiza uma perigosa odisseia através do território inimigo. Conseguirá Nathaniel restaurar a honra de seu nome e se livrar da fama de traidor?
Paixão por Chocolate - Care Santos
Três mulheres. Três séculos. Uma única paixão.
Ah, o chocolate! Um dos produtos mais consumidos de todos os tempos, ele acalma, conforta e aquece o coração e a alma. No decorrer destas deliciosas páginas, Care Santos conduz o leitor a uma encantadora e apaixonante viagem no tempo, que começa com a chegada do primeiro grão de cacau à Europa até a produção dos mais sofisticados produtos derivados desse fruto. E uma chocolateira muito especial, da mais fina porcelana branca, guarda uma história que atravessa séculos e une três mulheres muito especiais: Sara, proprietária de uma das confeitarias mais tradicionais de Barcelona, orgulha-se de administrar a loja fundada por sua família; Aurora, órfã, é a criada fiel de uma família aristocrata barcelonense do século XIX. Uma jovem encantadora para quem o chocolate é algo proibido; Mariana, esposa do fabricante de chocolate mais famoso do século XVIII e inventor de uma prodigiosa máquina que acaba virando alvo de conspiração. Um romance com aroma e sabor, que vai deixar os leitores inebriados. Vibrante e viciante, um verdadeiro prazer para os sentidos.
Amantes: Uma história da outra - Elizabeth Abbott
Da luxúria ao amor, do dinheiro ao poder, um livro que destrincha as motivações e virtudes das amantes.
Em uma picante mistura de história, biografia e panorama cultural, Amantes destrincha as motivações e virtudes das mulheres – fictícias ou reais – que foram dispostas à margem da sociedade ao se verem na posição de amantes. Com estilo vívido, a pesquisadora Elizabeth Abott retrata a intimidade dessas mulheres através dos séculos: das concubinas chinesas às amantes reais europeias e consortes clandestinas de padres (nada) celibatários. Também desconstrói a figura de garotas de mafiosos, a ideia da amante como troféu e o poder das amantes modernas.
A Definição da Arte - Umberto Eco
Grande ensaio sobre arte por um dos mais importantes escritores e pensadores vivos
O objeto de estudo deste livro não é simplesmente a arte – a ser definida –, mas o problema filosófico da possibilidade de uma definição da arte, da maneira como se coloca para as estéticas contemporâneas. Umberto Eco aborda a questão de três pontos de vista: a partir de alguns ensaios históricos, que retomam as definições da antiga estética indiana, da estética medieval e de algumas correntes dos últimos dois séculos; por meio de alguns ensaios teóricos, que examinam também as posições dos estudiosos contemporâneos; e mediante a inspeção do território das poéticas de vanguarda, para ver como e até que ponto as instâncias de tais poéticas se inserem nos quadros especulativos organizados pela estética. Estes ensaios mostram o traçado problemático que conduziu o autor à noção de “obra aberta” – já delineada e comentada nestes escritos – e à pesquisa sobre os problemas da comunicação que ocupou em seguida o centro de seus interesses.
A Máquina de Caminhar - Cristovão Tezza
Livro inédito e ilustrado do autor de O filho eterno
Por mais de seis anos, Cristovão Tezza assinou uma coluna de crônicas no jornal paranaense Gazeta do Povo, revelando a seus leitores uma nova faceta, a de observador fino e bem-humorado do cotidiano. Segundo livro saído da contribuição desse cronista tardio às páginas do jornal, A máquina de caminhar reúne 64 crônicas, selecionadas por Christian Schwartz e ilustradas por Benett, que comprovam a maestria do autor em extrair do circunstancial e do provisório pequenas pérolas literárias. Completa esta coletânea um saboroso ensaio sobre a crônica, com a marca do humor, em que Tezza faz uma brilhante análise de dois exemplos da pena de nosso maior prosador, Machado de Assis. A partir deles, procura definir as marcas deste gênero brasileiríssimo ao qual se dedicou de maneira quase acidental e de que este livro é uma bela amostra.
Saiba como a história e a filosofia moldaram a percepção do Evangelho
Em O evangelho segundo a filosofia, Aurélio Schommer analisa como a história e a filosofia moldaram, ao longo dos séculos, a percepção do livro mais lido e influente de todos os tempos. Guia moral? Revelação? Receita de bem viver? Para a filosofia, o Evangelho pode ser tudo isso. Mas, principalmente, é a mensagem do homem mais influente de todos os tempos, o Verbo divino, o sofista crucificado, como definiu o primeiro filósofo grego a mencionar o Cristo. Como dizia Voltaire, se aceitamos o Evangelho como revelação, toda a filosofia se torna inútil. É só seguir Jesus. Muitos, como Pascal, o fizeram, mas seguiram filosofando. Uma abordagem única, capaz de quebrar dogmas e paradigmas seculares.
Edição revista e repaginada do premiado livro de Luiz Vilela
Nos 25 contos que compõem O fim de tudo, Luiz Vilela aborda, com seu estilo enxuto, a melancolia dos momentos fugazes, a dramaticidade extrema das despedidas – de vida e de morte –, situações que acentuam a ideia de que vivemos em um mundo cada vez mais reflexivo e golpeiam nossas emoções. Vilela traz o conflito e o equilíbrio entre metrópole e interior com personagens que não são propriamente felizes, sofrem promessas de felicidade frustradas.
O fim de tudo foi vencedor do Prêmio Jabuti de 1974, na categoria contos. Publicado originalmente pela editora Liberdade, fundada por Vilela e um amigo, em Belo Horizonte, é agora relançado pela Editora Record com atualizações e acréscimos.
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