Sombrio - Luke Delaney

27 de março de 2016

Título: Sombrio - D.I. Sean Corrigan #2
Autor: Luke Delaney
Editora: Fábrica 231/Rocco
Tradutora: Márcia Arpini
Gênero: Thriller Policial
Ano: 2016
Páginas: 464
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva
Sinopse: O segundo livro do autor de Brutal traz de volta o sagaz detetive Sean Corrigan, especializado nos casos mais difíceis envolvendo serial killers em Londres. Em sua nova investigação, Corrigan está à caça de um assassino de mulheres que mantém suas vítimas em cativeiro antes de executá-las, com requintes de crueldade. O que essas mulheres têm em comum? Que tipo de obsessão faz com que o assassino aja dessa forma? Vítima de abuso e violência na infância, o detetive sabe que precisa agir estrategicamente e usar seu instinto para identificar o mal, onde ele estiver. E terá que correr contra o tempo antes que novas vítimas em potencial cruzem o caminho do criminoso. Luke Delaney é o pseudônimo usado por um policial que durante anos trabalhou na polícia londrina investigando os crimes mais difíceis da cidade.

Resenha: Sombrio é o segundo volume da série D.I. Sean Corrigan, escrita pelo autor Luke Delaney e publicado no Brasil pelo selo Fábrica 231, da Rocco.

Partindo de onde o primeiro volume parou, começamos acompanhando o progresso do caso anterior nos tribunais. Sean, por ter obtido sucesso no caso anterior, ficou responsável pelo caso de um desaparecimento que, aparentemente, era incomum para o detetive. Jovens mulheres, de forma repetitiva e por um período determinado como num ciclo, começaram a ser sequestradas em plena luz do dia, mantidas em cativeiro, assassinadas cruelmente e jogadas em florestas para serem encontradas. O trabalho da polícia então se resume a encontrar as mulheres antes que elas sejam mortas e desovadas pelo assassino, e Sean começa a investigar mais a fundo para saber o que as mulheres têm em comum para chamar a atenção dele e o que esse maníaco quer.

A narrativa é feita em terceira pessoa e se alterna entre os pontos de vista de Sean e do assassino, Thomas Keller, que já é apresentado logo no começo do livro sem que haja mistério algum sobre sua identidade. Então, embora Sean ainda não saiba, o leitor sabe quem é o homem por trás desses crimes e a abordagem acaba se tornando bastante diferenciada pois ficamos torcendo para que o detetive descubra logo o que está acontecendo através de suas investigações e o desenrolar da história nos mostra como os eventos que se passam chegam ao fim, evidenciando as motivações dos personagens e dando ao leitor uma visão ampla e profunda sobre cada um deles. O apoio que Sean tem também é muito importante e torna o trabalho de investigação bastante realista.
A escrita é ágil, dinâmica e muito envolvente, mesmo que seja recheada de psicopatia e violência, e acompanhar o detetive tentando pensar como Keller usando de seu passado sombrio para lhe ajudar é incrível. Sean, embora seja o mocinho, ainda carrega um lado obscuro bastante intrigante devido ao que sofreu quando criança, pois ao longo da história, a medida que ele tenta entrar na mente e pensar como o criminoso, a sensação é de que ele faz parte desse mundo terrível e que fica pendendo entre o bem e o mal. E independente da real intenção dele, ainda ficamos presos pra saber mais e mais.

A capa combina com a do livro anterior da série, e esta mostra grades com um cadeado ilustrando o que seria a prisão das mulheres. Mas será que são elas, de fato, as aprisionadas em suas condições?
Não curti muito a tradução do título. O original é "The Keeper" e acho que tem muito mais a ver com o conteúdo da história. Os capítulos são numerados, a diagramação é simples, as páginas são amarelas e não percebi erros de revisão.

Em alguns trechos, até mesmo pela questão do gênero do livro e dos sequestros serem muito parecidos, o livro se torna um pouco repetitivo, mas ainda assim, pra quem gosta de livros policiais e investigativos com uma história bastante crua e sombria vai se deparar com uma leitura empolgante que fará com que o leitor fique com o pé atrás sempre que for atender a porta de casa, ou pensando se aquela pessoa do outro lado da rua é mesmo quem parece ser...

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