Caixa de Correio #90 - Agosto e o Sonho do Pop Próprio
31 de agosto de 2019
Apesar do mês ter sido corrido, posso dizer que entre mortos e feridos, salvaram-se todos, e a caixinha só veio pra acrescentar e trazer um pouquinho mais de alegria pra essa pessoa que vos fala, que anda tão desanimada com tudo e com todos e a beira da depressão.
Nani e Lilo chegaram esse mês pra fazer companhia pro Elvis e pro Hiro e agora a família das chins tá completa. Só preciso de uma gaiola maior pra eles ficarem mais confortáveis e terem mais espaço pra pular e brincar mas acho que sou vou conseguir comprar uma nova em outubro se eu continuar nessa falência eterna que tô. Recebi livritchos super desejados e já estou entregue a O Iluminado como se não houvesse amanhã (já quero o pop do Jack Torrance inclusive). E enfim, realizei o Sonho do Pop Próprio e agora tenho um Jamie Frasier, de Outlander, pra chamar de meu. Mesmo tendo sido um achado no melhor precinho que consegui, só ele vale por uns vinte pops, então não estranhem ele ter vindo solitário nessa caixinha. Agora, não preciso de mais nada, até eu inventar outra coisa.
Espiem todas essas bonitezas:
Na Telinha - Big Little Lies (2ª Temporada)
21 de agosto de 2019
Título: Big Little Lies
Temporada: 2 | Episódios: 7
Distribuidora: HBO
Elenco: Reese Whiterspoon, Nicole Kidman, Shailene Woodley, Laura Dern, Zoë Kravitz, Meryl Streep
Gênero: Drama/Suspense
Ano: 2019
Duração: 52min
Classificação: +16
Nota: ★★★★☆
Embora o livro no qual a série homônima tenha se baseado seja único, o universo e as personagens femininas criados por Liane Moriarty era intrigante demais pra ter acabado alí. Assim, quando a HBO anunciou uma segunda temporada para dar continuidade à história, eu logo me empolguei.
Agora, as Cinco de Monterrey, Madeleine, Celeste, Jane, Bonnie e Renata, estão de volta não só para mostrar mais de suas vidas (im)perfeitas e como elas estão lidando com o segredo da morte de Perry, como também introduzir Mary Louise Wright (interpretada por Maryl Streep), a mãe do falecido que não está sabendo lidar com a morte do filho e acaba sendo um tipo de "vilã" da série, sendo invasiva, inconveniente, e atormentando a vida de todo mundo. Se na primeira temporada tivemos um foco maior sobre os dilemas do trio Madeleine, Celeste e Jane, aqui, embora Celeste ainda tenha seu espaço (devido a ligação maior com a sogra), os maiores destaques ficam com Renata, Bonnie e a própria Mary Louise.
O espectador se vê em meio a uma trama envolvendo o segredo e as mentiras acerca da morte de Perry, mas o que acaba se sobrepondo é a raiva e o incômodo que Mary Louise nos causa com suas intromissões e falta de noção ao invadir a vida de Celeste e seus filhos, ou tentar bater de frente com as outras mulheres que não abaixam a cabeça pra ninguém.
Madeleine continua tentando reconstruir seu casamento e recuperar a confiança do marido, mostrando seu lado mais humano, e Jane segue tentando ser uma boa mãe para seu filho enquanto tenta investir num novo relacionamento, apesar de ainda carregar o trauma do estupro e não conseguir se soltar.
O passado trágico de Bonnie começa a ser revelado, mostrando que ela sofreu alguns abusos psicológicos e físicos cometidos pela própria mãe, e agora ela não só tenta lidar com a mágoa que ela sente, como também com a culpa que carrega por ter se envolvido diretamente com a morte de Perry.
Renata, que antes apareceu só como uma excêntrica advogada bem sucedida e que tenta compensar sua ausência dando tudo do bom e do melhor para sua filha, agora tem a vida mais abordada e seu relacionamento com o marido é pra matar qualquer um de desgosto. Não por não ter sido bem construído, muito pelo contrário, mas por mostrar o quão tóxico e oportunista esse homem foi, fazendo besteiras atrás de besteiras, a ponto de levar a família à falência e levar Renata a loucura.
Cega pelo luto e inconformada com a morte do filho que ela pensava ser um exemplo de bom homem e marido, Mary Louise não acredita que a morte dele tenha sido mero acidente e quer provar isso pra polícia, e, com seus pensamentos machistas, tenta encontrar no comportamento de Celeste justificativas para provar que ela não é boa mãe, que não é capaz de criar os próprios filhos, que ela mentiu sobre as violências que sofria, e ainda se acha no direito de julgar todo mundo com quem se depara da forma mais asquerosa que se possa imaginar, principalmente Jane, cujo filho foi fruto do estupro cometido por Perry no passado.
No mais, a série serviu para matarmos a saudade de Monterrey, e compreender um pouco mais das personagens através da forma como elas estão seguindo com a vida e lidando com segredos e problemas. Talvez a série pudesse ter sido mais enxuta a fim de evitar enrolação em cenas desnecessárias até que chegasse o final realmente empolgante, onde esperei ansiosamente por Mary Louise ter algum tipo de castigo digno, ou uma redenção. Mas, no fim das contas, posso dizer que embora tenha seus defeitos, a série foi muito boa de se acompanhar, seja pelas excelentes interpretações de todo o elenco, pela trilha sonora maravilhosa, pela forma de se conduzir os dramas (de forma direta ou através de cenas abstratas que sugerem algo que não se concretiza), ou pela curiosidade de saber mais sobre a vida cheia de altos e baixos dessas mulheres tão marcantes.
Temporada: 2 | Episódios: 7
Distribuidora: HBO
Elenco: Reese Whiterspoon, Nicole Kidman, Shailene Woodley, Laura Dern, Zoë Kravitz, Meryl Streep
Gênero: Drama/Suspense
Ano: 2019
Duração: 52min
Classificação: +16
Nota: ★★★★☆
Sinopse: As Cinco de Monterey precisam enfrentar as consequências de manter o grande segredo sobre o assassinato mas tudo se torna mais complicado com a chegada de Mary Louise (Meryl Streep), a mãe de Perry, que está determinada a descobrir o que realmente aconteceu com o seu filho.
Embora o livro no qual a série homônima tenha se baseado seja único, o universo e as personagens femininas criados por Liane Moriarty era intrigante demais pra ter acabado alí. Assim, quando a HBO anunciou uma segunda temporada para dar continuidade à história, eu logo me empolguei.
Agora, as Cinco de Monterrey, Madeleine, Celeste, Jane, Bonnie e Renata, estão de volta não só para mostrar mais de suas vidas (im)perfeitas e como elas estão lidando com o segredo da morte de Perry, como também introduzir Mary Louise Wright (interpretada por Maryl Streep), a mãe do falecido que não está sabendo lidar com a morte do filho e acaba sendo um tipo de "vilã" da série, sendo invasiva, inconveniente, e atormentando a vida de todo mundo. Se na primeira temporada tivemos um foco maior sobre os dilemas do trio Madeleine, Celeste e Jane, aqui, embora Celeste ainda tenha seu espaço (devido a ligação maior com a sogra), os maiores destaques ficam com Renata, Bonnie e a própria Mary Louise.
O espectador se vê em meio a uma trama envolvendo o segredo e as mentiras acerca da morte de Perry, mas o que acaba se sobrepondo é a raiva e o incômodo que Mary Louise nos causa com suas intromissões e falta de noção ao invadir a vida de Celeste e seus filhos, ou tentar bater de frente com as outras mulheres que não abaixam a cabeça pra ninguém.
Madeleine continua tentando reconstruir seu casamento e recuperar a confiança do marido, mostrando seu lado mais humano, e Jane segue tentando ser uma boa mãe para seu filho enquanto tenta investir num novo relacionamento, apesar de ainda carregar o trauma do estupro e não conseguir se soltar.
O passado trágico de Bonnie começa a ser revelado, mostrando que ela sofreu alguns abusos psicológicos e físicos cometidos pela própria mãe, e agora ela não só tenta lidar com a mágoa que ela sente, como também com a culpa que carrega por ter se envolvido diretamente com a morte de Perry.
Renata, que antes apareceu só como uma excêntrica advogada bem sucedida e que tenta compensar sua ausência dando tudo do bom e do melhor para sua filha, agora tem a vida mais abordada e seu relacionamento com o marido é pra matar qualquer um de desgosto. Não por não ter sido bem construído, muito pelo contrário, mas por mostrar o quão tóxico e oportunista esse homem foi, fazendo besteiras atrás de besteiras, a ponto de levar a família à falência e levar Renata a loucura.
Cega pelo luto e inconformada com a morte do filho que ela pensava ser um exemplo de bom homem e marido, Mary Louise não acredita que a morte dele tenha sido mero acidente e quer provar isso pra polícia, e, com seus pensamentos machistas, tenta encontrar no comportamento de Celeste justificativas para provar que ela não é boa mãe, que não é capaz de criar os próprios filhos, que ela mentiu sobre as violências que sofria, e ainda se acha no direito de julgar todo mundo com quem se depara da forma mais asquerosa que se possa imaginar, principalmente Jane, cujo filho foi fruto do estupro cometido por Perry no passado.
No mais, a série serviu para matarmos a saudade de Monterrey, e compreender um pouco mais das personagens através da forma como elas estão seguindo com a vida e lidando com segredos e problemas. Talvez a série pudesse ter sido mais enxuta a fim de evitar enrolação em cenas desnecessárias até que chegasse o final realmente empolgante, onde esperei ansiosamente por Mary Louise ter algum tipo de castigo digno, ou uma redenção. Mas, no fim das contas, posso dizer que embora tenha seus defeitos, a série foi muito boa de se acompanhar, seja pelas excelentes interpretações de todo o elenco, pela trilha sonora maravilhosa, pela forma de se conduzir os dramas (de forma direta ou através de cenas abstratas que sugerem algo que não se concretiza), ou pela curiosidade de saber mais sobre a vida cheia de altos e baixos dessas mulheres tão marcantes.
Ano Um - Nora Roberts
17 de agosto de 2019
Título: Ano Um - Crônicas da Escolhida #1
Autora: Nora Roberts
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance/Distopia
Ano: 2019
Páginas: 400
Nota:★★★★☆
Resenha: O último dia do ano era dia de festa, a chegada do ano novo estava sendo celebrada por todos, mas, alguma coisa começou a se espalhar pelo toque, se alastrou pelo ar e começou a contaminar o mundo inteiro... Em questão de poucas semanas mais da metade da população foi dizimada, o governo entrou em colapso, e as pessoas estavam tentando sobreviver em meio ao caos absoluto. Com a queda da tecnologia e da ciência por falta de recursos, a magia surgiu, e o cenário foi totalmente transformado para uma realidade nova e desconhecida. Mas, assim como existe a luz, também existe as trevas...
Algumas pessoas passaram a usar a magia para o bem, ajudando sobreviventes e fazendo o possível para sobreviverem também. Mas, em contrapartida, as pessoas ruins parecem ter se aproveitado da magia para se tornarem ainda piores, malignas, demoníacas, e causar sofrimento e ver os outros sofrerem era algo que pra eles era bom. E entre o bem e o mal, restaram alguns humanos que, por algum motivo, eram imunes a tudo isso, mas eles se comportaram exatamente como o esperado quando estão diante de algo que não entendem ou não conhecem bem: os destroem.
E partindo dessa premissa, vamos acompanhar vários personagens que partem numa jornada cheia de perigos em busca de segurança: Lana Bingham e seu namorado, Max Fallon, que sabem que se permanecerem em Nova York serão caçados e decidem fugir; a jornalista Arlys Reid e seu estagiário Little Fred que buscam descobrir e registrar a verdade; o paramédico Jonah Vorhies e a médica Rachel Hopman que estão determinados a ajudar uma mãe com seus filhos recém nascidos; Chuck, um gênio da tecnologia que tenta manter o bom humor com a falta da mesma; e Fredinha, que embora esteja em meio a um cenário pós apocalíptico, tenta ser otimista e tirar algo de bom dessa trágica experiência. Todos eles sob as mesmas condições de um mundo caótico, sem que saibam das reais intenções do novo governo que assumiu, e por isso só querem se manter a salvos...
Narrado em terceira pessoa, a história é interessante e bem construída, mas tem um início um pouco arrastado e a quantidade de personagens que são inseridos de uma vez acaba tornando a leitura um pouco confusa até começar a fluir melhor. O livro é dividido em quatro partes: A Catástrofe, onde podemos acompanhar como o tal vírus rapidamente se espalhou pelo mundo, como as pessoas reagiram ao fim do mundo, e o que fizeram para tentar se salvar; Fuga, onde acompanhamos o trajeto de "incomuns" (com poderes) e "imunes" (aqueles que não foram acometidos pelo vírus) fugindo das ameaças que os cercam; Sobrevivência, que mostra como está sendo a vida depois da fuga; e Da Escuridão à Luz, onde os personagens, enfim, chegam ao destino onde acreditam, erroneamente, que estão em segurança.
A autora criou um mundo intrigante, cujo caos incomoda e causa pânico, onde o contraste entre o bem e o mal ficam evidentes, principalmente ao expor a natureza humana, e o comportamento de alguns nos causam arrepios e repulsa, mas ao mesmo tempo, Nora Roberts promove um certo ar de normalidade através deles, já que as pessoas precisam se adaptar e aceitar tudo aquilo por não terem outra escolha. Somando esses elementos com fantasia, magia e toques de ação e distopia, posso dizer que a autora acertou em cheio, pois aborda tudo que envolve o cenário pós apocalíptico, a forma como os sobreviventes tentam se estabelecer através de pequenas comunidades e regras, e ainda traz um pouco mais.
Por ser um livro introdutório, tentei relevar sobre alguns pontos que, pra mim, não foram muitos satisfatórios, mas acabaram sendo incômodos demais pra desconsiderar. O início confuso que não me manteve presa à leitura; alguns diálogos que pareciam inacabados; algumas cenas descritas de uma forma que não conseguimos visualizar o que está, de fato, acontecendo; a quantidade de personagens e suas histórias que são demais e me fizeram não sentir nenhum apego por ninguém; ou o excesso de detalhes de uma rotina monótona que não fazem muita diferença e nem acrescentam nada na história, a não ser deixá-la ainda mais comprida. Fora isso, eu gostei da trama de forma geral, das reviravoltas, das situações críticas, e da ideia das pessoas que se põe a prova e mostram suas verdadeiras essências diante de novas responsabilidades, novos poderes, e uma nova realidade.
Autora: Nora Roberts
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance/Distopia
Ano: 2019
Páginas: 400
Nota:★★★★☆
Sinopse: Quando este mundo acaba, um novo começa.
Tudo começa na noite de Ano-Novo. A doença se alastra rapidamente. Em questão de semanas, a rede elétrica para de funcionar, as leis e o sistema de governo entram em colapso e mais da metade da população mundial é dizimada.
Onde existia ordem, agora só há caos. E conforme o poder da ciência e da tecnologia diminuíam, a magia crescia e tomava o seu lugar. Uma parte dessa magia é boa, como a feitiçaria praticada por Lana Bingham no apartamento que divide com o amante, Max. Outra parte dela, no entanto, é inimaginavelmente maligna, e pode se esconder em qualquer canto, numa esquina, nos fétidos túneis sob o rio ou dentro daqueles que você mais ama e conhece…
Espalham-se rumores de que nem os imunes nem os dotados estão a salvo das autoridades que patrulham as ruas devastadas, então Lana e Max resolvem deixar Nova York. Outros viajantes também seguem esperançosos para o oeste: Chuck, um gênio da tecnologia que mantém o bom humor em um mundo off-line; Arlys, uma jornalista que insiste em buscar e registrar a verdade; Fredinha, uma jovem com um otimismo que parece fora do lugar nessa paisagem desoladora; Rachel e Jonah, médica e paramédico, determinados a proteger uma jovem mãe e seus três bebês recém-nascidos.
Em um mundo em que cada estranho no caminho pode representar a morte ou a salvação, nenhum deles sabe o que encontrarão. Porém, um novo horizonte os aguarda, a concretização de uma profecia ancestral que transformará a vida de todos os sobreviventes.
O fim chegou. O início é o que vem agora.
Resenha: O último dia do ano era dia de festa, a chegada do ano novo estava sendo celebrada por todos, mas, alguma coisa começou a se espalhar pelo toque, se alastrou pelo ar e começou a contaminar o mundo inteiro... Em questão de poucas semanas mais da metade da população foi dizimada, o governo entrou em colapso, e as pessoas estavam tentando sobreviver em meio ao caos absoluto. Com a queda da tecnologia e da ciência por falta de recursos, a magia surgiu, e o cenário foi totalmente transformado para uma realidade nova e desconhecida. Mas, assim como existe a luz, também existe as trevas...
Algumas pessoas passaram a usar a magia para o bem, ajudando sobreviventes e fazendo o possível para sobreviverem também. Mas, em contrapartida, as pessoas ruins parecem ter se aproveitado da magia para se tornarem ainda piores, malignas, demoníacas, e causar sofrimento e ver os outros sofrerem era algo que pra eles era bom. E entre o bem e o mal, restaram alguns humanos que, por algum motivo, eram imunes a tudo isso, mas eles se comportaram exatamente como o esperado quando estão diante de algo que não entendem ou não conhecem bem: os destroem.
E partindo dessa premissa, vamos acompanhar vários personagens que partem numa jornada cheia de perigos em busca de segurança: Lana Bingham e seu namorado, Max Fallon, que sabem que se permanecerem em Nova York serão caçados e decidem fugir; a jornalista Arlys Reid e seu estagiário Little Fred que buscam descobrir e registrar a verdade; o paramédico Jonah Vorhies e a médica Rachel Hopman que estão determinados a ajudar uma mãe com seus filhos recém nascidos; Chuck, um gênio da tecnologia que tenta manter o bom humor com a falta da mesma; e Fredinha, que embora esteja em meio a um cenário pós apocalíptico, tenta ser otimista e tirar algo de bom dessa trágica experiência. Todos eles sob as mesmas condições de um mundo caótico, sem que saibam das reais intenções do novo governo que assumiu, e por isso só querem se manter a salvos...
Narrado em terceira pessoa, a história é interessante e bem construída, mas tem um início um pouco arrastado e a quantidade de personagens que são inseridos de uma vez acaba tornando a leitura um pouco confusa até começar a fluir melhor. O livro é dividido em quatro partes: A Catástrofe, onde podemos acompanhar como o tal vírus rapidamente se espalhou pelo mundo, como as pessoas reagiram ao fim do mundo, e o que fizeram para tentar se salvar; Fuga, onde acompanhamos o trajeto de "incomuns" (com poderes) e "imunes" (aqueles que não foram acometidos pelo vírus) fugindo das ameaças que os cercam; Sobrevivência, que mostra como está sendo a vida depois da fuga; e Da Escuridão à Luz, onde os personagens, enfim, chegam ao destino onde acreditam, erroneamente, que estão em segurança.
A autora criou um mundo intrigante, cujo caos incomoda e causa pânico, onde o contraste entre o bem e o mal ficam evidentes, principalmente ao expor a natureza humana, e o comportamento de alguns nos causam arrepios e repulsa, mas ao mesmo tempo, Nora Roberts promove um certo ar de normalidade através deles, já que as pessoas precisam se adaptar e aceitar tudo aquilo por não terem outra escolha. Somando esses elementos com fantasia, magia e toques de ação e distopia, posso dizer que a autora acertou em cheio, pois aborda tudo que envolve o cenário pós apocalíptico, a forma como os sobreviventes tentam se estabelecer através de pequenas comunidades e regras, e ainda traz um pouco mais.
Por ser um livro introdutório, tentei relevar sobre alguns pontos que, pra mim, não foram muitos satisfatórios, mas acabaram sendo incômodos demais pra desconsiderar. O início confuso que não me manteve presa à leitura; alguns diálogos que pareciam inacabados; algumas cenas descritas de uma forma que não conseguimos visualizar o que está, de fato, acontecendo; a quantidade de personagens e suas histórias que são demais e me fizeram não sentir nenhum apego por ninguém; ou o excesso de detalhes de uma rotina monótona que não fazem muita diferença e nem acrescentam nada na história, a não ser deixá-la ainda mais comprida. Fora isso, eu gostei da trama de forma geral, das reviravoltas, das situações críticas, e da ideia das pessoas que se põe a prova e mostram suas verdadeiras essências diante de novas responsabilidades, novos poderes, e uma nova realidade.
Novidade de Agosto - Suma de Letras
16 de agosto de 2019
O Aprendiz de Assassino - A Saga do Assassino #1 - Robin Hobb
Fitz tem seis anos de idade quando seu avô o joga aos pés de um guarda real e anuncia que a partir de então o pai deve cuidar do bastardo que produziu — e o pai de Fitz é ninguém menos que Chilvary Farseer, o príncipe herdeiro dos Seis Ducados.
Excluído pela realeza, mas importante demais para ser abandonado, Fitz é criado à sombra da corte, protegido pelo mestre dos estábulos e crescendo em meio aos criados e plebeus da Cidade de Torre do Cervo.
No entanto, um bastardo real é uma peça perigosa, e o rei Shrewd não demora a convocá-lo. Carregando no sangue a magia ancestral do Talento e uma habilidade ainda mais instintiva de se comunicar com os animais, Fitz passa a ser treinado para se tornar um assassino a serviço do rei.
Quando saqueadores selvagens começam a atacar as regiões costeiras dos Seis Ducados, Fitz recebe sua primeira missão. Embora alguns o vejam como uma ameaça, o jovem bastardo vai provar que pode ser a chave para a sobrevivência do reino.
Novidades de Agosto - Paralela
15 de agosto de 2019
The Risk: O Dilema de Brenna e Jake - Briar U #2 - Elle Kennedy
Todo mundo diz que eu sou uma garota má. Deve ser porque faço o que bem entendo e não estou nem aí para o que os outros pensam de mim. Apesar disso, dormir com o inimigo não faz meu tipo. Como filha do técnico de hóquei da Briar, minha vida estaria arruinada se eu me relacionasse com um jogador de um time rival.
E essa é a definição de Jake Connelly. Estrela e capitão do time de Harvard, ele é arrogante, irritante e atraente demais pra ser verdade. E o pior é que eu preciso que ele tope fingir ser meu namorado para que eu consiga meu tão sonhado estágio na HockeyNet. Mas é claro que aquele gostoso idiota não vai facilitar: para cada encontro falso… ele quer um pra valer.
O que significa que estou em apuros. Isso de ficar saindo às escondidas com Jake Connelly não tem como dar certo. Embora esteja cada vez mais difícil resistir ao desejo e ao sorriso de Jake, me recuso a me apaixonar por ele.
Esse é o único risco que eu não vou correr.
O Dom Supremo - Paulo Coelho
O texto bíblico da Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios é um dos escritos mais famosos sobre o amor, mas de tanto ouvi-lo, será que ainda aprendemos com sua mensagem? Seguindo os passos do jovem pregador Henry Drummond, Paulo Coelho é capaz de redefinir tudo que conhecíamos a respeito do tema, inspirando-se no famoso discurso “The Greatest Thing in the World”. O resultado é um texto belíssimo e poderoso, que lista os nove elementos do amor — paciência, bondade, generosidade, humildade, delicadeza, entrega, tolerância, inocência e sinceridade —, e nos traz um ensinamento transformador sobre o que é mais importante para a fé.
O Zahir - Paulo Coelho
Muitas perguntas surgem quando Esther, a esposa de um famoso escritor, desaparece sem deixar rastros. Teria ela, uma bem-sucedida jornalista que cobriu a guerra no Iraque, sido vítima de assassinato ou sequestro? Ou simplesmente decidira fugir com seu amante? Afinal, como Esther se sentia em relação ao casamento?
Disposto a reencontrar sua amada e preocupado com o que teria acontecido com ela, o escritor viaja ao Cazaquistão com um desconhecido para desvendar o significado do amor e as muitas maneiras pelas quais esse sentimento pode se manifestar em nossa vida. Traduzido para mais de 40 línguas e publicado em dezenas de países, O Zahir é uma jornada de autoconhecimento, do aclamado autor de O alquimista e Hippie.
Novidades de Agosto - Seguinte
14 de agosto de 2019
Cinco Julias - Matheus Souza
De madrugada, sem o menor aviso, todas as mensagens que todo mundo já enviou por e-mail e pelas redes sociais vazaram na internet. Agora, basta digitar o nome de alguém num campo de busca para ler as conversas particulares que a pessoa já teve. Vários políticos são presos, milhares de fofocas de celebridades vêm à tona. E a vida de cinco adolescentes que têm o mesmo nome [Júlia] vira de cabeça para baixo.
Em uma noite chuvosa no Rio de Janeiro, uma série de incidentes faz com que as cinco se encontrem. Cada uma tem o seu motivo, mas todas querem fugir da cidade o quanto antes. Assim, elas partem num carro de autoescola para São Paulo, numa viagem hilária e intensa, sofrida e maravilhosa — como a própria adolescência.
Nocturna - Nocturna #1 - Maya Motayne
Depois de se libertar da dominação dos inglésios, o reino de Castallan não esperava passar por mais nenhuma crise. Mas Dez, o herdeiro, foi assassinado, e agora nobres e plebeus precisam aceitar que o destino do reino está nas mãos do príncipe Alfie, que passou meses fugindo de suas obrigações enquanto bebia tequila em alto-mar.
De volta a Castallan, Alfie não consegue acreditar que seu irmão morreu e, tentando provar o contrário, se depara com Finn Voy. Graças a sua habilidade de assumir a aparência de qualquer pessoa, Finn está sempre usando um disfarce para se proteger dos traumas de seu passado e de qualquer um que se meter em seu caminho.
Quando os destinos de Alfie e Finn se cruzam, eles acidentalmente libertam uma magia poderosa e antiga que, se não for detida, vai mergulhar o mundo em escuridão. Com o futuro de Castallan em suas mãos, o príncipe e a ladra terão de aprisionar essa magia obscura a qualquer custo, mesmo que, no caminho, precisem confrontar seus segredos mais sombrios.
Nightflyers - George R.R. Martin
12 de agosto de 2019
Título: Nightflyers
Autor: George R.R. Martin
Editora: Suma de letras
Gênero: Sci-fi/Terror/Contos
Ano: 2019
Páginas: 144
Nota:★★★★☆
Resenha: Uma equipe composta por nove cientistas embarca na nave Nighflyer para iniciar uma missão que envolve estudar uma raça alienígena misteriosa e super avançada que viaja pelo espaço, os volcryn. Pilotada pelo excêntrico capitão Royd Eris, a Nightflyer é totalmente automatizada e autossustentável, mas Royd não se envolve com a tripulação, os vigia através das câmeras de segurança e se apresenta somente por holograma.
Porém, vários problemas começam a surgir, e a equipe se dá conta de que está numa situação totalmente inesperada e fora de controle. Thale Lassamer, o telepata do grupo, detecta uma presença desconhecida e ameaçadora. A forma de contato do capitão levanta suspeitas, e o individualismo dos tripulantes acabam tirando a missão do foco, principalmente quando uma onda sangrenta de assassinatos cometidos por uma misteriosa entidade começa a se desencadear...
Narrado em terceira pessoa, o conto traz os acontecimentos na nave regados a muito suspense e em meio a um clima bastante sombrio. Para um livro com tão poucas páginas, talvez ele pudesse ser mais direto e menos arrastado no começo, e embora a história seja boa e tenha potencial, a sensação de que faltou alguma coisa é inevitável, principalmente porque as coisas realmente interessantes ficam guardadas para o final. Logo no início somos apresentados a muitos personagens (característica clássica nas obras do autor), e isso acaba dificultando um pouco a identificação sobre quem é quem. Pra mim é um pouco difícil gravar quem é ou o que fazem quando são todos jogados de uma vez sem que uma apresentação mais detalhada não seja feita de forma gradual, e a impressão que tive no final é de que não houve um desenvolvimento suficiente para que houvesse apego ou desprezo, mas que os personagens só estavam ali para mover a trama de ponto A para B. Não vou ser exigente ou implicante a ponto de considerar esses pontos totalmente negativos, afinal, se trata de um conto e realmente não há tanto espaço para um desenvolvimento maior, então posso dizer que a combinação de suspense, terror e ficção científica funcionou bem em Nightflyers e que dentro do que se propôs, a história, mesmo que pudesse ter ido além, foi bem satisfatória.
Preciso destacar o projeto gráfico do livro que é totalmente maravilhoso. Embora tenha um formato pequeno e poucas páginas, o livro tem a capa dura e várias ilustrações em cores dos personagens, locais da nave ou cenas impactantes.
No mais, a história é cheia de mistérios, traz várias perguntas e desperta a curiosidade do leitor sobre a real existência dos Volcryns, quem é o capitão Royd e por que ele se comporta assim, quem (ou o que) está assassinando todo mundo, e será que alguém vai sobreviver?
Pra quem gostou de obras dos anos 80 como Alien, o oitavo passageiro, vai aproveitar a leitura.
Autor: George R.R. Martin
Editora: Suma de letras
Gênero: Sci-fi/Terror/Contos
Ano: 2019
Páginas: 144
Nota:★★★★☆
Sinopse: Nas fronteiras do universo, uma expedição científica composta de nove acadêmicos dá início à missão de estudar os volcryn, uma misteriosa raça alienígena. Existem, no entanto, mistérios mais perigosos a bordo da própria nave. A Nightflyer, única embarcação que se dispôs à missão, é uma maravilha tecnológica: completamente automatizada e pilotada por uma única pessoa. O capitão Royd Eris, porém, não se mistura com a tripulação – conversando apenas através de comunicadores e se apresentando somente por holograma, ele mais parece um fantasma do que um líder. Quando Thale Lassamer, o telepata do grupo, começa a detectar uma presença desconhecida e ameaçadora por perto, a tripulação se agita e as desconfianças aumentam. E a garantia de Royd sobre a segurança de todos é posta à prova quando uma entidade malévola começa uma sangrenta onda de assassinatos.
Resenha: Uma equipe composta por nove cientistas embarca na nave Nighflyer para iniciar uma missão que envolve estudar uma raça alienígena misteriosa e super avançada que viaja pelo espaço, os volcryn. Pilotada pelo excêntrico capitão Royd Eris, a Nightflyer é totalmente automatizada e autossustentável, mas Royd não se envolve com a tripulação, os vigia através das câmeras de segurança e se apresenta somente por holograma.
Porém, vários problemas começam a surgir, e a equipe se dá conta de que está numa situação totalmente inesperada e fora de controle. Thale Lassamer, o telepata do grupo, detecta uma presença desconhecida e ameaçadora. A forma de contato do capitão levanta suspeitas, e o individualismo dos tripulantes acabam tirando a missão do foco, principalmente quando uma onda sangrenta de assassinatos cometidos por uma misteriosa entidade começa a se desencadear...
Narrado em terceira pessoa, o conto traz os acontecimentos na nave regados a muito suspense e em meio a um clima bastante sombrio. Para um livro com tão poucas páginas, talvez ele pudesse ser mais direto e menos arrastado no começo, e embora a história seja boa e tenha potencial, a sensação de que faltou alguma coisa é inevitável, principalmente porque as coisas realmente interessantes ficam guardadas para o final. Logo no início somos apresentados a muitos personagens (característica clássica nas obras do autor), e isso acaba dificultando um pouco a identificação sobre quem é quem. Pra mim é um pouco difícil gravar quem é ou o que fazem quando são todos jogados de uma vez sem que uma apresentação mais detalhada não seja feita de forma gradual, e a impressão que tive no final é de que não houve um desenvolvimento suficiente para que houvesse apego ou desprezo, mas que os personagens só estavam ali para mover a trama de ponto A para B. Não vou ser exigente ou implicante a ponto de considerar esses pontos totalmente negativos, afinal, se trata de um conto e realmente não há tanto espaço para um desenvolvimento maior, então posso dizer que a combinação de suspense, terror e ficção científica funcionou bem em Nightflyers e que dentro do que se propôs, a história, mesmo que pudesse ter ido além, foi bem satisfatória.
Preciso destacar o projeto gráfico do livro que é totalmente maravilhoso. Embora tenha um formato pequeno e poucas páginas, o livro tem a capa dura e várias ilustrações em cores dos personagens, locais da nave ou cenas impactantes.
No mais, a história é cheia de mistérios, traz várias perguntas e desperta a curiosidade do leitor sobre a real existência dos Volcryns, quem é o capitão Royd e por que ele se comporta assim, quem (ou o que) está assassinando todo mundo, e será que alguém vai sobreviver?
Pra quem gostou de obras dos anos 80 como Alien, o oitavo passageiro, vai aproveitar a leitura.
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George R.R. Martin,
Resenha,
Sci-fi,
Suma de Letras,
Terror
Daisy Jones & The Six - Taylor Jenkins Reid
10 de agosto de 2019
Título: Daisy Jones & The Six
Autora: Taylor Jenkins Reid
Editora: Paralela
Gênero: Romance
Ano: 2019
Páginas: 360
Nota:★★★★★
Resenha: Daisy Jones não era só uma jovem bonita, ela também fazia composições ótimas e tinha uma voz bastante marcante e elogiada. Com pais que só se preocupavam com status e dinheiro, Daisy acabou se envolvendo cada vez mais com o mundo do rock, incluindo se afundar em drogas e muita bebida, mas foi alí que ela se impôs, mesmo que tivesse sido obrigada a se unir ao The Six para a gravação de um novo álbum. Porém, embora a banda estivesse fazendo muito sucesso e se tornando um grande marco na indústria musical, essa união foi bastante problemática.
E partindo dessa premissa, a obra vai contar as origens do Daisy Jones & The Six, que foi a enorme sensação nos anos 70, sua jornada e seu fim, que até então o público desconhecia, através de várias entrevistas com as pessoas envolvidas com a banda.
O livro traz uma história bastante crível sobre o tema, e mesmo que aborde algumas questões mais pesadas, como bebedeira, drogas, sexo, aborto e afins, a leitura é bastante fluída. Por ser contada em forma de entrevistas, temos acesso aos relatos dos personagens nos dando seus próprios pontos de vista sobre os acontecimentos, e isso colabora para que eles sejam muito reais, principalmente por que são cheios de defeitos. Podemos ver que cada um deles nos dá sua versão dos fatos que resultaram no fatídico fim da banda. Através desses relatos podemos saber como era a rotina dos integrantes da banda, como era o clima entre eles, como os problemas começaram a surgir, como a personalidade forte de cada um podia ser um enorme problema...
Ter esse "acesso aos bastidores" de como é uma banda e sua rotina, mesmo que isso envolva algumas "sujeiras", é super legal, mas ainda mais bacana é acompanhar a forma como os personagens lidaram com os problemas e as lições que eles tiraram de tudo isso. Talvez o que eu mais tenha curtido, além da ideia da temática musical, é a ideia de personagens femininas fortes e com opiniões relevantes, mesmo que totalmente opostas. De um lado temos alguém que quer focar na carreira pra ser reconhecida e bem sucedida, e de outro temos alguém que enxerga que a família é o mais importante para se preservar ou se construir, e as duas são mulheres que lutam pelos seus ideais, pelas coisas que acreditam.
No final da leitura a vontade é de voltar aos anos 70, assistir um show, ouvir as músicas deles, saber como eram as vozes desses personagens peculiares e cativantes, que formaram essa banda fictícia, mas ao mesmo tempo tão real.
Um dos livros mais legais e emocionantes que li esse ano!
Autora: Taylor Jenkins Reid
Editora: Paralela
Gênero: Romance
Ano: 2019
Páginas: 360
Nota:★★★★★
Sinopse: Todo mundo conhece Daisy Jones & The Six. Nos anos setenta, dominavam as paradas de sucesso, faziam shows para plateias lotadas e conquistavam milhões de fãs. Eram a voz de uma geração, e Daisy, a inspiração de toda garota descolada. Mas, no dia 12 de julho de 1979, no último show da turnê Aurora, eles se separaram. E ninguém nunca soube por quê. Até agora.
Esta é a história de uma menina de Los Angeles que sonhava em ser uma estrela do rock e de uma banda que também almejava seu lugar ao sol. E de tudo o que aconteceu ― o sexo, as drogas, os conflitos e os dramas ― quando um produtor apostou (certo!) que juntos poderiam se tornar lendas da música.
Neste romance inesquecível narrado a partir de entrevistas, Taylor Jenkins Reid reconstitui a trajetória de uma banda fictícia com a intensidade presente nos melhores backstages do rock’n’roll.
Resenha: Daisy Jones não era só uma jovem bonita, ela também fazia composições ótimas e tinha uma voz bastante marcante e elogiada. Com pais que só se preocupavam com status e dinheiro, Daisy acabou se envolvendo cada vez mais com o mundo do rock, incluindo se afundar em drogas e muita bebida, mas foi alí que ela se impôs, mesmo que tivesse sido obrigada a se unir ao The Six para a gravação de um novo álbum. Porém, embora a banda estivesse fazendo muito sucesso e se tornando um grande marco na indústria musical, essa união foi bastante problemática.
E partindo dessa premissa, a obra vai contar as origens do Daisy Jones & The Six, que foi a enorme sensação nos anos 70, sua jornada e seu fim, que até então o público desconhecia, através de várias entrevistas com as pessoas envolvidas com a banda.
O livro traz uma história bastante crível sobre o tema, e mesmo que aborde algumas questões mais pesadas, como bebedeira, drogas, sexo, aborto e afins, a leitura é bastante fluída. Por ser contada em forma de entrevistas, temos acesso aos relatos dos personagens nos dando seus próprios pontos de vista sobre os acontecimentos, e isso colabora para que eles sejam muito reais, principalmente por que são cheios de defeitos. Podemos ver que cada um deles nos dá sua versão dos fatos que resultaram no fatídico fim da banda. Através desses relatos podemos saber como era a rotina dos integrantes da banda, como era o clima entre eles, como os problemas começaram a surgir, como a personalidade forte de cada um podia ser um enorme problema...
Ter esse "acesso aos bastidores" de como é uma banda e sua rotina, mesmo que isso envolva algumas "sujeiras", é super legal, mas ainda mais bacana é acompanhar a forma como os personagens lidaram com os problemas e as lições que eles tiraram de tudo isso. Talvez o que eu mais tenha curtido, além da ideia da temática musical, é a ideia de personagens femininas fortes e com opiniões relevantes, mesmo que totalmente opostas. De um lado temos alguém que quer focar na carreira pra ser reconhecida e bem sucedida, e de outro temos alguém que enxerga que a família é o mais importante para se preservar ou se construir, e as duas são mulheres que lutam pelos seus ideais, pelas coisas que acreditam.
No final da leitura a vontade é de voltar aos anos 70, assistir um show, ouvir as músicas deles, saber como eram as vozes desses personagens peculiares e cativantes, que formaram essa banda fictícia, mas ao mesmo tempo tão real.
Um dos livros mais legais e emocionantes que li esse ano!
Novidades de Agosto - Companhia das Letras
8 de agosto de 2019
Ganhadores - João José Reis
Em Ganhadores, o historiador João José Reis reconstitui a história dos negros de ganho, ou ganhadores, protagonistas de uma insólita greve que paralisou o transporte na capital baiana durante vários dias em 1857.
Esses trabalhadores escravizados, libertos ou livres, todos africanos ou seus descendentes, se organizavam em grupos de trabalho e percorriam a cidade de cima a baixo fazendo todo tipo de serviço, sobretudo o carrego de pessoas e objetos ou a venda de alimentos e outras mercadorias. Em 1857, porém, a Câmara Municipal baixou uma postura impondo-lhes medidas que combinavam arrocho fiscal e controle policial. Mas os ganhadores, que já viviam dia e noite sob a vigilância e a violência de autoridades, senhores e “cidadãos de bem”, não se deixariam abater. O resultado foi a primeira mobilização grevista no Brasil a paralisar todo um setor vital da economia urbana. Baseado em ampla investigação em documentos escritos, impressos e iconográficos, Ganhadores é um livro revelador e essencial para se compreender a intrincada rede de relações sociais, econômicas e culturais que estruturava a sociedade baiana do século XIX, ancorada na instituição da escravidão e caracterizada por um sistema de controle baseado numa economia de favores e domínio paternalista.
Se o episódio de resistência aqui narrado trata mais especificamente da Bahia do século XIX, ele tem muito a dizer sobre as relações e opressões sociais e raciais no Brasil de hoje.
Hoje Estarás Comigo no Paraíso - Bruno Amaral
Neste poderoso romance autobiográfico, Bruno Vieira Amaral apaga a fronteira entre realidade e ficção e faz da literatura o instrumento para reconstituir um episódio de sua infância: o assassinato de seu primo João Jorge, em 1985, num bairro de uma periferia de Portugal. Ao rememorar o vilarejo em que cresceu, a relação com o pai ausente e o peso de nossa herança familiar, ele destrincha não apenas os acontecimentos relacionados ao crime, mas também os elementos que constituem sua própria história.
Um verdadeiro elogio ao poder da linguagem, este livro ultrapassa a investigação factual ao trazer à tona um narrador observador e inquieto, sempre desconfiado das artimanhas da memória.
A Fúria - Silvina Ocampo
Finalmente vemos chegar ao Brasil um livro de Silvina Ocampo, que está entre os escritores mais surpreendentes e intensos do continente. Publicado em 1959, A fúria é considerado “o mais ocampiano” dos livros de Silvina, obra em que a autora encontra sua voz única e inaugura seu universo alucinado. “Nos seus contos há algo que não consigo compreender: um estranho amor por certa crueldade inocente e oblíqua”, escreveu o amigo Jorge Luis Borges. Saídas do que Roberto Bolaño chamou de “uma limpa cozinha literária”, suas histórias misturam elegância e excesso, distanciamento e intensidade, calma e horror. Há a influência macabra que a antiga dona de uma casa exerce na nova inquilina (“A casa de açúcar”, o conto favorito de Julio Cortázar); adivinhos e premonições (“A sibila” e “Magush”); amores loucos (“A paciente e o médico”); a festa de aniversário de uma jovem paralítica (“As fotografias”); e uma profusão de crianças malignas, como a que incendeia cruelmente uma amiga no conto que dá título ao livro. Revalorizada com entusiasmo nos últimos anos, a literatura de Silvina Ocampo é singular, complexa, envolvente e nos convida, como poucas, à fantasia e à imaginação.
O Perigo de uma História Única - Chimamanda Ngozi Adichie
O que sabemos sobre outras pessoas? Como criamos a imagem que temos de cada povo? Nosso conhecimento é construído pelas histórias que escutamos, e quanto maior for o número de narrativas diversas, mais completa será nossa compreensão sobre determinado assunto.
É propondo essa ideia, de diversificarmos as fontes do conhecimento e sermos cautelosos ao ouvir somente uma versão da história, que Chimamanda Ngozi Adichie constrói a palestra que foi adaptada para livro. O perigo de uma história única é uma versão da primeira fala feita por Chimamanda no programa TED Talk, em 2009. Dez anos depois, o vídeo é um dos mais acessados da plataforma, com cerca de 18 milhões de visualizações.
Responsável por encantar o mundo com suas narrativas ficcionais, Chimamanda também se mostra uma excelente pensadora do mundo contemporâneo, construindo pontes para um entendimento mais profundo entre culturas.
A Vida de Vernon Subutex - Volume 1 - Virginie Despentes
Vernon Subutex faz parte de uma espécie em vias de extinção: dono de uma loja de vinis, aproveitou tudo o que os anos anteriores tinham a oferecer — sexo, drogas e rock ‘n’ roll estão no seu sangue. Mas agora, nos inóspitos anos 2000, ele precisa enfrentar um novo mundo: sua loja já não vende mais o suficiente para que ele consiga sobreviver, a maioria dos seus amigos já morreu e Alex Bleach — músico de sucesso que sempre o ajudou em suas crises — acaba de ser vitimado por uma overdose.
Sem emprego, sem casa e sem amigos, Vernon passa a viver nas ruas de Paris. Ele já não consegue mais pagar um plano de internet, e por isso não sabe que, graças a um comentário deixado no Facebook, todos estão à sua procura.
Com a sorte prestes a mudar, Vernon se vê enredado numa trama de estrelas pornô, fãs enlouquecidos e magnatas da indústria fonográfica. Todos tentam sobreviver na selva da cidade grande, enquanto mantêm um pouco de seu coração intacto — nem que seja através de um pouco de loucura.
Origens - David Christian
Como passamos do big bang à complexidade impressionante de hoje, em que 7 bilhões de seres humanos estão conectados por redes poderosas o suficiente para transformar o planeta?
David Christian oferece essas respostas com uma saborosa narrativa cosmológica que amplia nossos horizontes, contada na maior escala possível. Criador do projeto Big History, que tem Bill Gates como um de seus grandes apoiadores, ele traça como, em oito momentos fundamentais, as condições certas permitiram que novas formas de complexidade surgissem — das estrelas às galáxias, da Terra ao Homo sapiens, da agricultura aos combustíveis fósseis. Esta última grande inovação nos deu uma bonança energética que trouxe enormes benefícios para a humanidade, mas que também ameaça abalar tudo o que criamos.
Com um escopo panorâmico e uma narrativa cativante, Origens revela o que podemos aprender sobre a existência humana quando a consideramos a partir de uma escala universal.
A Noite dos Olhos - Heloisa Seixas
Ao longo de sua carreira, Heloisa Seixas transitou com habilidade pelos mais diversos gêneros literários. Após publicar dois romances em sequência — O oitavo selo e Agora e na hora —, a escritora carioca volta às formas breves, que marcaram sua estreia na literatura, com este volume de contos.
Em A noite dos olhos, Heloisa explora diferentes narradores, estilos e cenários para retratar situações ora cotidianas, ora inesperadas. Embora independentes, essas histórias têm em comum uma prosa apurada, e se aproximam por fios invisíveis.
Entremeadas aos dezesseis textos mais longos, o livro inclui duas seções de microcontos que transmitem toda a potência do gênero em sua forma mínima. Fruto de pleno domínio dos artifícios da ficção, esta é uma coleção de narrativas inquietantes, capaz de capturar o leitor do início ao fim.
Trono Destruído - Victoria Aveyard
7 de agosto de 2019
Título: Trono Destruído - A Rainha Vermelha #4,5
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Fantasia
Ano: 2019
Páginas: 504
Nota:★★★★★
Embora dois desses contos já sejam conhecidos e ocupem quase 200 páginas, e por mais que eu acredite que esse livro poderia ter sido facilmente encaixado no anterior para evitar que vários corações se partissem com aquele final, confesso que eu me surpreendi e fiquei com a sensação de dever cumprido, de final merecido, de coração quentinho e acalentado.
Os contos abordam acontecimentos dos personagens que fizeram parte dessa saga e tiveram grande importância e influência em todo o desenrolar da história. O acesso ao diário da falecida mãe de Cal, o início da rebelião vermelha, a inserção de novos personagens que nos mostram uma perspectiva diferente de uma visão fora da batalha, a adaptação de Evangeline ao novo mundo, o relacionamento delicado de Mare e Cal, e o tão esperado desfecho de Maven.
Não vou entrar em detalhes para não estragar a surpresa que a leitura desse livro nos reserva, mas posso afirmar que a autora soube dosar muito bem ação e drama em contos que fluem e nos deixam bastante empolgados e satisfeitos.
Não posso dispensar comentários acerca da edição e diagramação desse livro maravilhoso. Desde a impressão do texto em roxo, até mapas e documentos que não só enchem os olhos, como colaboram para uma melhor compreensão e visualização dos locais por onde a trama se passa, árvores genealógicas, linha temporal, anotações e outras informações, detalhes e curiosidades relevantes sobre prateados e vermelhos para a história.
No final, fica em aberto se os novos personagens introduzidos poderão ou não resultar num spin-off escrito pela autora, mas independente dos planos dela, posso dizer que esse livro trouxe a paz que o anterior me tirou aquela final aberto. Pra quem é fã da série (principalmente aqueles que ficaram insatisfeitos com o desfecho do quarto livro), é leitura mais do que recomendada para fechar e entender tudo o que se passou.
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Fantasia
Ano: 2019
Páginas: 504
Nota:★★★★★
Sinopse: Nesta coletânea, que encerra a série A Rainha Vermelha, você vai descobrir mais sobre o universo avassalador da saga que já vendeu mais de meio milhão de exemplares no Brasil.Resenha: Quem acompanhou a série A Rainha Vermelha e ficou com aquele vazio no coração após finalizar a leitura de Tempestade de Guerra, com certeza precisa ler essa coletânea definitiva de seis contos que darão um desfecho digno para série.
Trono Destruído é uma coletânea especial para todos os leitores da série best-seller de Victoria Aveyard que ficaram com vontade de passar mais tempo com os personagens depois do fim de Tempestade Guerra.
Com design especial, o livro traz os dois contos já publicados ("Canção da Rainha" e "Cicatrizes de Aço"), além de quatro histórias inéditas que darão aos leitores mais um vislumbre de seus personagens favoritos e a chance de conhecer caras novas. O volume conta ainda com mapas exclusivos, bandeiras, registros sobre a história de Norta e muito mais!
Embora dois desses contos já sejam conhecidos e ocupem quase 200 páginas, e por mais que eu acredite que esse livro poderia ter sido facilmente encaixado no anterior para evitar que vários corações se partissem com aquele final, confesso que eu me surpreendi e fiquei com a sensação de dever cumprido, de final merecido, de coração quentinho e acalentado.
Os contos abordam acontecimentos dos personagens que fizeram parte dessa saga e tiveram grande importância e influência em todo o desenrolar da história. O acesso ao diário da falecida mãe de Cal, o início da rebelião vermelha, a inserção de novos personagens que nos mostram uma perspectiva diferente de uma visão fora da batalha, a adaptação de Evangeline ao novo mundo, o relacionamento delicado de Mare e Cal, e o tão esperado desfecho de Maven.
Não vou entrar em detalhes para não estragar a surpresa que a leitura desse livro nos reserva, mas posso afirmar que a autora soube dosar muito bem ação e drama em contos que fluem e nos deixam bastante empolgados e satisfeitos.
Não posso dispensar comentários acerca da edição e diagramação desse livro maravilhoso. Desde a impressão do texto em roxo, até mapas e documentos que não só enchem os olhos, como colaboram para uma melhor compreensão e visualização dos locais por onde a trama se passa, árvores genealógicas, linha temporal, anotações e outras informações, detalhes e curiosidades relevantes sobre prateados e vermelhos para a história.
No final, fica em aberto se os novos personagens introduzidos poderão ou não resultar num spin-off escrito pela autora, mas independente dos planos dela, posso dizer que esse livro trouxe a paz que o anterior me tirou aquela final aberto. Pra quem é fã da série (principalmente aqueles que ficaram insatisfeitos com o desfecho do quarto livro), é leitura mais do que recomendada para fechar e entender tudo o que se passou.
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A Metade Sombria - Stephen King
5 de agosto de 2019
Título: A Metade Sombria
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Gênero: Terror/Thriller
Ano: 2019
Páginas: 464
Nota:★★★★★
Resenha: Thad Beaumont é um escritor desde seus onze anos de idade. Atualmente ele vive com a esposa e um casal de filhos gêmeos em Castle Rock. Seus livros, pelo menos aqueles que levam seu nome real, são considerados bem medianos pelo público, mas ele também escreve thrillers perturbadores, violentos e cheios de sangue, usando o pseudônimo "George Stark", e esses livros fazem um enorme sucesso entre os fãs do gênero. Thad inclusive se transformava completamente quando assumia a identidade de Stark, como se adotasse outra personalidade, uma "metade sombria", a ponto de assustar a própria esposa.
Até que um jornalista descobre que Thad está por trás desse pseudônimo e ameaça revelar sua verdadeira identidade ao público. Thad resolve se antecipar, e não só releva o próprio segredo numa matéria de revista, como também "mata" seu pseudônimo, com direito a um funeral simbólico e túmulo fictício, para ficar livre desse peso que tanto o atormenta.
Porém, pouco tempo depois do "funeral" de George Stark, algumas pessoas conhecidas de Thad e que estavam diretamente ligada ao seu segredo começam a morrer, e suas mortes são extremamente parecidas com as que aparecem nos livros assinados por Stark, e como se isso não fosse estranho o bastante, as digitais de Thad ainda são encontradas nas cenas dos crimes fazendo com que ele seja investigado pela polícia. Mas, embora Thad tenha vários álibis para provar sua inocência, ele sabe que seu pseudônimo está agindo de alguma forma por não ter aceitado ser morto. Foi Stark que deu fama e dinheiro a Thad e ele não iria aceitar ser enterrado e esquecido... Mas não seria fácil para Thad convencer as autoridades de que seu pseudônimo ganhou vida...
A Metade Sombria foi publicada pela primeira vez em 1989 e, pra quem é fã e acompanha as obras do autor, vai perceber que a história tem relação com o próprio King, que também usava o pseudônimo "Richard Backman" para escrever histórias ainda mais macabras dos que ele escrevia assinando seu próprio nome, até ser descoberto e "matar" Backman. Talvez a inspiração para escrever esta obra tenha vindo daí, e embora haja algumas repetições de informações, os elementos inesperados da trama, somados a fluidez e ritmo acelerado dos acontecimentos, acabam causando muita tensão no leitor, que fica envolvido e ansioso em meio aos conflitos de Thad/Stark, e para saber que fim tudo aquilo terá.
Esta edição é só elogios. Após o livro ter ficado esgotado por vários anos, ele foi relançado pela Suma de Letras através da coleção Biblioteca Stephen King, cujas edições vêm em capa dura, diagramação e revisão impecáveis. Quem é fã com certeza não pode deixar de ter essa maravilha na estante.
Como renomado escritor de livros de terror, King não poupa detalhes quando o assunto é morte e violência, e a forma utilizada por ele para mesclar suspense com drama é sem igual, então, para quem tem estômago fraco, talvez o livro seja meio pesado para se acompanhar. O livro ainda nos faz pensar sobre termos uma parte escondida e sombria dentro de nós, que pode ser capaz de coisas inimagináveis sem que saibamos.
Pra quem gosta de suspenses com toques sobrenaturais, muito sangue, uma trama envolvente e de quebra ainda conhecer um pouco mais sobre o próprio autor, é leitura mais do que recomendada.
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Gênero: Terror/Thriller
Ano: 2019
Páginas: 464
Nota:★★★★★
Sinopse: Criar George Stark foi fácil. Se livrar dele, nem tanto.
Há anos, Thad Beaumont vem escrevendo, sob o pseudônimo George Stark, thrillers violentos que pagam as contas da família, mas não são considerados “livros sérios” pelo escritor. Quando um jornalista ameaça expor o segredo, Thad decide abrir o jogo primeiro, e dá um fim público ao pseudônimo.
Beaumont volta a escrever sob o próprio nome, e seu alter ego ameaçador está definitivamente enterrado. Tudo vai bem. Até que uma série de assassinatos tem início, e todas as pistas apontam para Thad. Ele gostaria de poder dizer que é inocente, que não participou dos atos monstruosos acontecendo ao seu redor. Mas a verdade é que George Stark não ficou feliz de ser dispensado tão facilmente, e está de volta para perseguir os responsáveis por sua morte.
Resenha: Thad Beaumont é um escritor desde seus onze anos de idade. Atualmente ele vive com a esposa e um casal de filhos gêmeos em Castle Rock. Seus livros, pelo menos aqueles que levam seu nome real, são considerados bem medianos pelo público, mas ele também escreve thrillers perturbadores, violentos e cheios de sangue, usando o pseudônimo "George Stark", e esses livros fazem um enorme sucesso entre os fãs do gênero. Thad inclusive se transformava completamente quando assumia a identidade de Stark, como se adotasse outra personalidade, uma "metade sombria", a ponto de assustar a própria esposa.
Até que um jornalista descobre que Thad está por trás desse pseudônimo e ameaça revelar sua verdadeira identidade ao público. Thad resolve se antecipar, e não só releva o próprio segredo numa matéria de revista, como também "mata" seu pseudônimo, com direito a um funeral simbólico e túmulo fictício, para ficar livre desse peso que tanto o atormenta.
Porém, pouco tempo depois do "funeral" de George Stark, algumas pessoas conhecidas de Thad e que estavam diretamente ligada ao seu segredo começam a morrer, e suas mortes são extremamente parecidas com as que aparecem nos livros assinados por Stark, e como se isso não fosse estranho o bastante, as digitais de Thad ainda são encontradas nas cenas dos crimes fazendo com que ele seja investigado pela polícia. Mas, embora Thad tenha vários álibis para provar sua inocência, ele sabe que seu pseudônimo está agindo de alguma forma por não ter aceitado ser morto. Foi Stark que deu fama e dinheiro a Thad e ele não iria aceitar ser enterrado e esquecido... Mas não seria fácil para Thad convencer as autoridades de que seu pseudônimo ganhou vida...
A Metade Sombria foi publicada pela primeira vez em 1989 e, pra quem é fã e acompanha as obras do autor, vai perceber que a história tem relação com o próprio King, que também usava o pseudônimo "Richard Backman" para escrever histórias ainda mais macabras dos que ele escrevia assinando seu próprio nome, até ser descoberto e "matar" Backman. Talvez a inspiração para escrever esta obra tenha vindo daí, e embora haja algumas repetições de informações, os elementos inesperados da trama, somados a fluidez e ritmo acelerado dos acontecimentos, acabam causando muita tensão no leitor, que fica envolvido e ansioso em meio aos conflitos de Thad/Stark, e para saber que fim tudo aquilo terá.
Esta edição é só elogios. Após o livro ter ficado esgotado por vários anos, ele foi relançado pela Suma de Letras através da coleção Biblioteca Stephen King, cujas edições vêm em capa dura, diagramação e revisão impecáveis. Quem é fã com certeza não pode deixar de ter essa maravilha na estante.
Como renomado escritor de livros de terror, King não poupa detalhes quando o assunto é morte e violência, e a forma utilizada por ele para mesclar suspense com drama é sem igual, então, para quem tem estômago fraco, talvez o livro seja meio pesado para se acompanhar. O livro ainda nos faz pensar sobre termos uma parte escondida e sombria dentro de nós, que pode ser capaz de coisas inimagináveis sem que saibamos.
Pra quem gosta de suspenses com toques sobrenaturais, muito sangue, uma trama envolvente e de quebra ainda conhecer um pouco mais sobre o próprio autor, é leitura mais do que recomendada.
A Guerra dos Tronos - George R.R. Martin
3 de agosto de 2019
Título: A Guerra dos Tronos - As Crônicas de Gelo e Fogo #1
Autor: George R.R. Martin
Editora: Suma de Letras
Gênero: Alta Fantasia
Ano: 2019
Páginas: 600
Nota:★★★★★
Resenha: Embora a série produzida pela HBO tenha se tornado maior do que os próprios livros aos quais foi baseada, afinal, depois de séculos o autor ainda não terminou de escrever a bendita série, não posso negar que, mesmo que possua suas diferenças, os livros ainda são indispensáveis para os fãs e apreciadores de alta fantasia de qualidade.
A Guerra dos Tronos, primeiro volume da série homônima de George R.R. Martin, introduz o leitor num universo fantástico cuja premissa gira em torno do Trono de Ferro e a ambição de todos aqueles que desejam o poder para governar os Sete Reinos, custe o que custar.
Tudo começa quando alguns acontecimentos macabros fazem com que um Patrulheiro da Noite fuja de seu posto a fim de alertar que um grande perigo se aproximava, porém, ao chegar nas terras de Ned Stark, ele acaba sendo morto por ter quebrado seu juramento de ter deixado a Muralha. Assim, sabemos que, por mais conflitos que irão surgir pela conquista do Trono de Ferro, uma ameaça ainda maior se aproxima cada vez mais, junto com o inverno...
Com esse pano de fundo se desenrolando (e sendo ignorado por todos), vamos até Westeros, o lar dos Sete Reinos, que antes era governado pelo rei Aerys II, da Casa Targaryen. Até que uma grande rebelião é responsável pela queda dos Targaryen. Robert Baratheon, que liderou a rebelião com o apoio de Eddard (Ned) Stark, Jon Arryn e a Casa Lannister, se torna o rei dos Sete Reinos e dono do lendário Trono de Ferro. Depois de vários anos, a morte inesperada de Jon Arryn, que fora nomeado como a Mão do Rei (aquele que assume no lugar no rei durante sua ausência), e a notícia que de dois descendentes de Aerys Targeryan, mesmo que estivessem muito distantes, haviam sobrevivido, deixam o Rei Robert preocupado com o futuro dos Sete Reinos e seu reinado. Ele decide sair de Porto Real junto com sua esposa Cersei Lannister e seus três filhos e seguir para Winterfell, o Reino do Norte governado por Ned Stark, para nomeá-lo como a nova Mão do Rei. Sem poder recusar o convite, Ned não tem outra escolha a não ser deixar sua família, contra a vontade de sua esposa, Catelyn, e seguir para a capital com Robert. Assim, ele não só assumiria os assuntos do rei, como investigaria e descobriria coisas que colocariam sua própria segurança, e a de sua família, em risco.
Do outro lado do mundo, longe dos domínios de Westeros, estão Viserys e sua irmã mais nova Daenerys Targaryen. Viserys tem sede de vingança, e por ser o verdadeiro herdeiro do Trono de Ferro, seu maior objetivo é juntar forças para invadir a capital, tomar o trono de volta e vingar a ruína dos Targaryen. Para isso, ele decide oferecer a irmã ao guerreiro Khal Drogo, líder dos dothraki, a fim de ter controle sobre seu exército para uma futura batalha.
A narrativa é feita em terceira pessoa e se alterna entre os vários personagens que compõe a trama. Além de uma apresentação detalhada de cada um deles no que diz respeito a personalidade e características físicas, também acompanhamos gradualmente suas jornadas e evoluções. Assim, conhecemos mais sobre as diversas jornadas que estão interligadas. E em meio à tramas políticas onde ninguém pode confiar em ninguém, e o desejo de um herdeiro de reconquistar aquilo que é seu por direito, também acompanhamos a saga de Jon Snow, filho bastardo de Ned Stark (todo filho bastardo das terras do norte recebe o sobrenome Snow), que decidiu seguir para a Grande Muralha e fazer parte da Patrulha da Noite por sempre se sentir rejeitado dentro da família. Os demais Starks também são tão importantes. Desde Robb, o primogênito que desempenha um papel crucial na guerra que está por vir; Sansa, a filha de Ned, que se porta como uma donzela e foi prometida a Joffrey, aquele quem ela acredita ser seu príncipe encantado; Arya, que odeia as formalidades e as regras impostas as mulheres, ela gosta de duelar com espadas, se vestir como menino e brincar por aí despertando o horror da irmã; Bran, que acaba sofrendo um acidente grave que muda não só seu destino, como o de todos os Sete Reinos; e Rickon, o caçula. Todos os Starks adotam lobos gigantes (o símbolo da Casa Stark) como animais de estimação, que os seguem e os protegem onde quer que vão fazendo parte da história e enriquecendo suas jornadas.
A Casa Lannister também é tão importante quanto, pois além de estarem aliados aos Baratheon devido ao casamento arranjado de Robert e Cersei, desempenham papeis cruciais para o desenvolvimento da trama. Cersei e Jamie são irmãos gêmeos e levam um relacionamento que vai além do sentimento fraterno. O incesto entre os dois aqui chega a ser doentio, mas é um dos fatores que movem a trama e causa várias reviravoltas, principalmente por causa dos filhos.
Jamie é conhecido como Regicida, pois foi ele que traiu e assassinou Aerys II enquanto ele ainda ocupava o Trono de Ferro. Tyrion é o irmão mais novo, mas, embora sua maior virtude seja a inteligência, ele é rejeitado por ser um anão deformado.
Os irmãos Targaryen, mesmo que estejam longe, também são de extrema importância, pois é a ideia de que eles estão vivos e que podem voltar para reivindicar o trono que faz com que os governantes de Porto Real fiquem em alerta. Viserys é um completo imbecil, arrogante e cheio de si. Ele não se preocupa em humilhar a irmã ou usá-la para seus propósitos. No início, Daenerys é bastante passiva e humilhada, e sofre muito nas mãos dos homens que rodeiam sua vida, seja seu irmão ou o marido com quem ela é obrigada a se casar com seus míseros treze anos de idade, mas, com o passar do tempo, vemos que tanto sofrimento não será em vão. Sei que ela recebe muita ajuda, os ovos de dragão que ela ganha de presente são um exemplo disso, e existem algumas facilitações narrativas que acabam endo convenientes para a situação dela, mas, de longe, ela é minha personagem preferida.
A trama é complexa devido a riqueza de detalhes, aos conflitos políticos, aos jogos de poder e a imensa quantidade de personagens e locais, mas em momento algum senti dificuldade em me situar ou reconhecer qualquer um deles. Inclusive chega a ser meio complicado falar sobre todos os personagens numa resenha sem dar spoilers ou sem tornar o texto gigantesco. A escrita é rica e com vários detalhes, mas de fácil entendimento e bastante fluída, apesar de algumas repetições. Um ponto que acho válido destacar é que não devemos nos apegar a nenhum personagem sequer nesse livro, ou nessa série como um todo. Por mais importante que o personagem possa ser, qualquer um, independente de quem seja, pode morrer a qualquer momento.
Essa edição relançada pela Suma só peca na diagramação, que espremeu o texto a fim do livro ter menos páginas, o que acabou tornando a leitura meio desgastante devido a proximidade entre linhas e parágrafos. Por mais que a história seja incrível, a leitura, nessas condições de diagramação, não deixou de ser cansativa.
No mais, pra quem gosta de alta fantasia, de personagens super bem construídos que vão nos fazer amá-los e odiá-los, de uma história de tirar o fôlego e cheia de reviravoltas, é leitura mais do que recomendada.
Autor: George R.R. Martin
Editora: Suma de Letras
Gênero: Alta Fantasia
Ano: 2019
Páginas: 600
Nota:★★★★★
Sinopse: O verão pode durar décadas. O inverno, toda uma vida. E a guerra dos tronos começou.
Como Guardião do Norte, lorde Eddard Stark não fica feliz quando o rei Robert o proclama a nova Mão do Rei. Sua honra o obriga a aceitar o cargo e deixar seu posto em Winterfell para rumar para a corte, onde os homens fazem o que lhes convém, não o que devem... e onde um inimigo morto é algo a ser admirado.
Longe de casa e com a família dividida, Eddard se vê cada vez mais enredado nas intrigas mortais de Porto Real, sem saber que perigos ainda maiores espreitam a distância.
Nas florestas ao norte de Winterfell, forças sobrenaturais se espalham por trás da Muralha que protege a região. E, nas Cidades Livres, o jovem Rei Dragão exilado na Rebelião de Robert planeja sua vingança e deseja recuperar sua herança de família: o Trono de Ferro de Westeros.
Resenha: Embora a série produzida pela HBO tenha se tornado maior do que os próprios livros aos quais foi baseada, afinal, depois de séculos o autor ainda não terminou de escrever a bendita série, não posso negar que, mesmo que possua suas diferenças, os livros ainda são indispensáveis para os fãs e apreciadores de alta fantasia de qualidade.
A Guerra dos Tronos, primeiro volume da série homônima de George R.R. Martin, introduz o leitor num universo fantástico cuja premissa gira em torno do Trono de Ferro e a ambição de todos aqueles que desejam o poder para governar os Sete Reinos, custe o que custar.
Tudo começa quando alguns acontecimentos macabros fazem com que um Patrulheiro da Noite fuja de seu posto a fim de alertar que um grande perigo se aproximava, porém, ao chegar nas terras de Ned Stark, ele acaba sendo morto por ter quebrado seu juramento de ter deixado a Muralha. Assim, sabemos que, por mais conflitos que irão surgir pela conquista do Trono de Ferro, uma ameaça ainda maior se aproxima cada vez mais, junto com o inverno...
Com esse pano de fundo se desenrolando (e sendo ignorado por todos), vamos até Westeros, o lar dos Sete Reinos, que antes era governado pelo rei Aerys II, da Casa Targaryen. Até que uma grande rebelião é responsável pela queda dos Targaryen. Robert Baratheon, que liderou a rebelião com o apoio de Eddard (Ned) Stark, Jon Arryn e a Casa Lannister, se torna o rei dos Sete Reinos e dono do lendário Trono de Ferro. Depois de vários anos, a morte inesperada de Jon Arryn, que fora nomeado como a Mão do Rei (aquele que assume no lugar no rei durante sua ausência), e a notícia que de dois descendentes de Aerys Targeryan, mesmo que estivessem muito distantes, haviam sobrevivido, deixam o Rei Robert preocupado com o futuro dos Sete Reinos e seu reinado. Ele decide sair de Porto Real junto com sua esposa Cersei Lannister e seus três filhos e seguir para Winterfell, o Reino do Norte governado por Ned Stark, para nomeá-lo como a nova Mão do Rei. Sem poder recusar o convite, Ned não tem outra escolha a não ser deixar sua família, contra a vontade de sua esposa, Catelyn, e seguir para a capital com Robert. Assim, ele não só assumiria os assuntos do rei, como investigaria e descobriria coisas que colocariam sua própria segurança, e a de sua família, em risco.
Do outro lado do mundo, longe dos domínios de Westeros, estão Viserys e sua irmã mais nova Daenerys Targaryen. Viserys tem sede de vingança, e por ser o verdadeiro herdeiro do Trono de Ferro, seu maior objetivo é juntar forças para invadir a capital, tomar o trono de volta e vingar a ruína dos Targaryen. Para isso, ele decide oferecer a irmã ao guerreiro Khal Drogo, líder dos dothraki, a fim de ter controle sobre seu exército para uma futura batalha.
A narrativa é feita em terceira pessoa e se alterna entre os vários personagens que compõe a trama. Além de uma apresentação detalhada de cada um deles no que diz respeito a personalidade e características físicas, também acompanhamos gradualmente suas jornadas e evoluções. Assim, conhecemos mais sobre as diversas jornadas que estão interligadas. E em meio à tramas políticas onde ninguém pode confiar em ninguém, e o desejo de um herdeiro de reconquistar aquilo que é seu por direito, também acompanhamos a saga de Jon Snow, filho bastardo de Ned Stark (todo filho bastardo das terras do norte recebe o sobrenome Snow), que decidiu seguir para a Grande Muralha e fazer parte da Patrulha da Noite por sempre se sentir rejeitado dentro da família. Os demais Starks também são tão importantes. Desde Robb, o primogênito que desempenha um papel crucial na guerra que está por vir; Sansa, a filha de Ned, que se porta como uma donzela e foi prometida a Joffrey, aquele quem ela acredita ser seu príncipe encantado; Arya, que odeia as formalidades e as regras impostas as mulheres, ela gosta de duelar com espadas, se vestir como menino e brincar por aí despertando o horror da irmã; Bran, que acaba sofrendo um acidente grave que muda não só seu destino, como o de todos os Sete Reinos; e Rickon, o caçula. Todos os Starks adotam lobos gigantes (o símbolo da Casa Stark) como animais de estimação, que os seguem e os protegem onde quer que vão fazendo parte da história e enriquecendo suas jornadas.
A Casa Lannister também é tão importante quanto, pois além de estarem aliados aos Baratheon devido ao casamento arranjado de Robert e Cersei, desempenham papeis cruciais para o desenvolvimento da trama. Cersei e Jamie são irmãos gêmeos e levam um relacionamento que vai além do sentimento fraterno. O incesto entre os dois aqui chega a ser doentio, mas é um dos fatores que movem a trama e causa várias reviravoltas, principalmente por causa dos filhos.
Jamie é conhecido como Regicida, pois foi ele que traiu e assassinou Aerys II enquanto ele ainda ocupava o Trono de Ferro. Tyrion é o irmão mais novo, mas, embora sua maior virtude seja a inteligência, ele é rejeitado por ser um anão deformado.
Os irmãos Targaryen, mesmo que estejam longe, também são de extrema importância, pois é a ideia de que eles estão vivos e que podem voltar para reivindicar o trono que faz com que os governantes de Porto Real fiquem em alerta. Viserys é um completo imbecil, arrogante e cheio de si. Ele não se preocupa em humilhar a irmã ou usá-la para seus propósitos. No início, Daenerys é bastante passiva e humilhada, e sofre muito nas mãos dos homens que rodeiam sua vida, seja seu irmão ou o marido com quem ela é obrigada a se casar com seus míseros treze anos de idade, mas, com o passar do tempo, vemos que tanto sofrimento não será em vão. Sei que ela recebe muita ajuda, os ovos de dragão que ela ganha de presente são um exemplo disso, e existem algumas facilitações narrativas que acabam endo convenientes para a situação dela, mas, de longe, ela é minha personagem preferida.
A trama é complexa devido a riqueza de detalhes, aos conflitos políticos, aos jogos de poder e a imensa quantidade de personagens e locais, mas em momento algum senti dificuldade em me situar ou reconhecer qualquer um deles. Inclusive chega a ser meio complicado falar sobre todos os personagens numa resenha sem dar spoilers ou sem tornar o texto gigantesco. A escrita é rica e com vários detalhes, mas de fácil entendimento e bastante fluída, apesar de algumas repetições. Um ponto que acho válido destacar é que não devemos nos apegar a nenhum personagem sequer nesse livro, ou nessa série como um todo. Por mais importante que o personagem possa ser, qualquer um, independente de quem seja, pode morrer a qualquer momento.
Essa edição relançada pela Suma só peca na diagramação, que espremeu o texto a fim do livro ter menos páginas, o que acabou tornando a leitura meio desgastante devido a proximidade entre linhas e parágrafos. Por mais que a história seja incrível, a leitura, nessas condições de diagramação, não deixou de ser cansativa.
No mais, pra quem gosta de alta fantasia, de personagens super bem construídos que vão nos fazer amá-los e odiá-los, de uma história de tirar o fôlego e cheia de reviravoltas, é leitura mais do que recomendada.
Resumo do Mês - Julho
1 de agosto de 2019
Mais da metade do ano já se passou, e minha rotina desesperada só piorou depois que voltei a vender meus livritchos (fiz um IG pra postar as fotos e os valores dos livros, o @bazardelivritchos, mas, como são mais de mil livros, não vou conseguir atualizar de uma vez e estou postando aos poucos), e claro, isso afetou mais uma vez em meu desempenho do bloguito, e apesar de ter começado bem o mês, chegando na metade já começou a ficar de lado, mais uma vez.
Eu juro que não quero abandonar o blog, por mais que as coisas não estejam fáceis, então, como já havia dito em outra ocasião, o jeito vai ser levar como dá, dentro das minhas condições, e seja o que Deus quiser. Eu queria ter tido tempo de poder resenhar outros livros, mas a peleja que é responder tantas mensagens de gente interessada nos livros, quando muitas delas só me fazem perder um tempo que eu não poderia ter perdido, ao mesmo tempo que fico por conta de casa e filhos, é demais. E não estou nem perto de levantar a grana que preciso pra poder pagar os boletos atrasados e as dívidas que fiz por causa da bendita mudança, mas como não tenho outra renda, já que não trabalho fora e não ando tendo trabalhos de design pra fazer, o que me resta é me desfazer dos meus livros, com aquela dor no coração, mas fazer o que...
Enfim, devagarinho eu vou ajeitando as coisas, e, no blog, antes pouco do que nada.
Espiem o pouquinho que teve:
♥ Resenhas
- Minha Coisa Favorita é Monstro
- A Rainha Aprisionada - Kristen Ciccarelli
♥ Wishlist
- Funkos de Sailor Moon
♥ Na Telinha
- Chernobyl
- Big Little Lies (1ª temporada)
♥ Top 10
- Mortes Mais Tristes em Animações
♥ Quotes que Inspiram
- A Herdeira
♥ Caixa de Correio de Julho
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