Olá, pessoas!
Fiquei uns dias sem poder atualizar o blog porque primeiro foi o Theo, e depois fui eu que peguei um resfriado terrível por conta da mudança de tempo. Fiquei que-bra-da! Um caco! Mal consegui levantar da cama. Tenho algumas resenhas pra fazer e elas serão postadas com as datas retroativas pra preencher os dias em branco, então, não estranhem rsrsrs.
Chega de ladainha... Bora conferir o que recebi em Março?
Put Some Farofa - Gregorio Duvivier
26 de março de 2015
Lido em: Março de 2015
Título: Put Some Farofa
Autor: Gregorio Duvivier
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Crônicas/Literatura Nacional
Ano: 2014
Páginas: 206
Nota: ★★★★☆
Resenha: Put Some Farofa reúne crônicas e roteiros de Gregorio Duvivier e o leitor irá se deparar com fatos que retratam o cotidiano em geral com uma boa dose de humor. Nesta obra em especial, tais fatos são bastante recentes, mas nem todos inéditos, principalmente pra quem acompanha o Porta dos Fundos.
A escrita é fluída, inteligente, memorável e, com certeza, causa impacto. A linguagem utilizada varia de acordo com o teor da crônica em questão, mas o estilo único do autor de convidar o leitor a aproveitar seus textos permanece intacto.
Gregorio é sarcástico e usa de um humor ácido em piadas muito descaradas, mas ele também tem a capacidade peculiar de deixar mensagens nas entrelinhas, e, em diversos textos, o que fica subentendido é o que dá graça à coisa.
O livro é dividido em 4 partes contendo assuntos diversos como família, amor, dinheiro, trabalho, casamento, filhos, drogas, política e etc. Alguns são completamente sem noção enquanto outros são bastante reflexivos. Cada crônica tem um tema característico, e mesmo que a maioria venha em forma de piada ou crítica, existe um toque único de sensibilidade.
Pelo fato de o autor usar o humor em qualquer tema, levando em consideração que ele é um humorista com a mente afiada e criativa e sabe usar as palavras com total maestria, o livro é politicamente incorreto, ironiza política, religião, cultura, mas é exatamente isso o que torna suas críticas tão verdadeiras. O leitor irá se ver diante das visões que ele tem acerca de diversos assuntos e é muito interessante acompanhar sua noção do que está ao seu redor, e aquele que tiver a mente mais afiada com certeza irá identificar a si próprio em alguns dos pensamentos que estão em Put Some Farofa. É perfeitamente possível usar a comédia para atingir leitores e conquistar fãs, mas o que mais me agrada em obras desse tipo é que o humor é usado para ir muito além do que apenas fazer rir...
Acho que para que o livro seja aproveitado em sua totalidade, o leitor deve lê-lo com a mente aberta e o trecho na sinopse que diz "...o que espanta no autor é o frescor, a coragem, a visão transformadora e, sobretudo, a capacidade inesgotável de se renovar a cada semana, contando sempre com a inteligência e a sensibilidade do leitor" é o que condiz com a realidade. Um leitor mais "fechado" talvez não capte a essência da leitura, ou pode se sentir incomodado ou ofendido em alguns casos em que suas crenças são alvo da ironia e do humor de Gregorio.
Leitura super indicada, que pode ser lida aos poucos como forma de aproveitar e absorver melhor, ou numa sentada só, deixando um gostinho de satisfação e quero mais ao chegar no fim.
Título: Put Some Farofa
Autor: Gregorio Duvivier
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Crônicas/Literatura Nacional
Ano: 2014
Páginas: 206
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Dont repair the mess. The house is yours. I make question. Pardon anything. Go with god. Come back always. Publicada em Julho de 2014, a crônica que dá título a este volume, que cria uma conversa imaginária de um brasileiro com um gringo visitando o Brasil durante a copa, rapidamente se tornou um viral de internet, até ser comentada em artigo do Washington Post.
Trata-se de uma amostra da verve humorística embebida de zeitgeist, crítica ferina e muito afeto de Gregorio Duvivier, um dos autores mais promissores do Brasil na atualidade. Reunindo o melhor de sua produção ficcional, Put some farofa traz textos publicados na Folha de S.Paulo e esquetes escritos para o canal Porta dos Fundos, além de alguns inéditos.
Se Gregorio traz o raro dom da multiplicidade, tendo se destacado no cenário cultural brasileiro ao mesmo tempo como ator, roteirista, comediante, cronista e poeta, também múltiplo é este volume, que transita entre ficções, memórias de infância, ensaios sobre artistas que o influenciaram, artigos panfletários, exercícios de linguagem e outras experimentações. Os textos vão da pauta que está sendo debatida naquele dia no jornal ao completo nonsense; do amor ao ódio, do íntimo ao universal.
No conjunto, o que espanta no autor é o frescor, a coragem, a visão transformadora e, sobretudo, a capacidade inesgotável de se renovar a cada semana, contando sempre com a inteligência e a sensibilidade do leitor.
Resenha: Put Some Farofa reúne crônicas e roteiros de Gregorio Duvivier e o leitor irá se deparar com fatos que retratam o cotidiano em geral com uma boa dose de humor. Nesta obra em especial, tais fatos são bastante recentes, mas nem todos inéditos, principalmente pra quem acompanha o Porta dos Fundos.
A escrita é fluída, inteligente, memorável e, com certeza, causa impacto. A linguagem utilizada varia de acordo com o teor da crônica em questão, mas o estilo único do autor de convidar o leitor a aproveitar seus textos permanece intacto.
Gregorio é sarcástico e usa de um humor ácido em piadas muito descaradas, mas ele também tem a capacidade peculiar de deixar mensagens nas entrelinhas, e, em diversos textos, o que fica subentendido é o que dá graça à coisa.
O livro é dividido em 4 partes contendo assuntos diversos como família, amor, dinheiro, trabalho, casamento, filhos, drogas, política e etc. Alguns são completamente sem noção enquanto outros são bastante reflexivos. Cada crônica tem um tema característico, e mesmo que a maioria venha em forma de piada ou crítica, existe um toque único de sensibilidade.
Pelo fato de o autor usar o humor em qualquer tema, levando em consideração que ele é um humorista com a mente afiada e criativa e sabe usar as palavras com total maestria, o livro é politicamente incorreto, ironiza política, religião, cultura, mas é exatamente isso o que torna suas críticas tão verdadeiras. O leitor irá se ver diante das visões que ele tem acerca de diversos assuntos e é muito interessante acompanhar sua noção do que está ao seu redor, e aquele que tiver a mente mais afiada com certeza irá identificar a si próprio em alguns dos pensamentos que estão em Put Some Farofa. É perfeitamente possível usar a comédia para atingir leitores e conquistar fãs, mas o que mais me agrada em obras desse tipo é que o humor é usado para ir muito além do que apenas fazer rir...
Acho que para que o livro seja aproveitado em sua totalidade, o leitor deve lê-lo com a mente aberta e o trecho na sinopse que diz "...o que espanta no autor é o frescor, a coragem, a visão transformadora e, sobretudo, a capacidade inesgotável de se renovar a cada semana, contando sempre com a inteligência e a sensibilidade do leitor" é o que condiz com a realidade. Um leitor mais "fechado" talvez não capte a essência da leitura, ou pode se sentir incomodado ou ofendido em alguns casos em que suas crenças são alvo da ironia e do humor de Gregorio.
Leitura super indicada, que pode ser lida aos poucos como forma de aproveitar e absorver melhor, ou numa sentada só, deixando um gostinho de satisfação e quero mais ao chegar no fim.
Um Lugar no Coração - Amy Hatvany
25 de março de 2015
Lido em: Março de 2015
Título: Um Lugar no Coração
Autora: Amy Hatvany
Editora: Verus
Gênero: NA/Romance/Drama
Ano: 2015
Páginas: 364
Nota: ★★★★☆
Resenha: Grace é uma mulher independente e dedicada ao trabalho numa ONG em prol de mulheres vítimas de violência doméstica. No passado, ela precisou ajudar nos cuidados de seu irmão mais novo e a partir dalí decidiu que por mais preocupada e altruísta que fosse, jamais queria se tornar mãe.
Então Grace conhece Victor, um homem dono de um restaurante que há pouco se separou da esposa com quem teve dois filhos, Ava e Max. Os dois se completavam em todos os quesitos e por apostarem no relacionamento, firmam um noivado. Porém, o noivado não foi bem recebido por Kelli, a ex mulher de Victor cujas emoções são completamente instáveis, e quem fica a par da reação e dos sentimentos da mãe é Ava, que tem apenas 13 anos e ainda tinha uma esperança dos dois reatarem o casamento, mesmo que não tivesse nada contra Grace. Mas, inesperadamente, Kelli morre de forma misteriosa e vários segredos acabam vindo a tona. Toda a situação acaba por mudar a vida dos envolvidos, pois Grace, por ter um coração enorme, não consegue deixar o noivo na mão com tal problema e se vê responsável por ajudá-lo com os filhos e fazendo um papel do qual ela nunca quis: ser mãe.
O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Grace e de Ava, onde mostram o que sentem com o que está acontecendo e como estão lidando com a situação, e também em terceira pessoa por um narrador onisciente apresentando a visão do passado problemático de Kelli a fim de fazer o leitor entender o que, de fato, aconteceu com ela. Ela só queria ser amada e a maternidade era tudo o que havia lhe restado.
Achei muito satisfatório poder acompanhar o ponto de vista de Ava e o que se passava em sua cabeça quando perdeu a mãe, a pessoa da qual ela era mais próxima e apegada, e como foi pra ela ter que ir morar com o pai e sua nova companheira. Ava foi forçada a crescer rápido demais e isso a tornou muito madura pra idade. Ela consegue passar com bastante emoção sua versão dos fatos e como enxergou a situação.
É uma história tocante, alguns pontos são de partir o coração, abordando problemas cotidianos e familiares, como o divórcio, a insegurança, a confiança perdida e o melhor de tudo é que é contada de forma simples.
A história é bem construída e fluída, mas senti falta de um pouco mais de aprofundamento sobre Victor.
Outra coisa que me incomodou um pouco foi o desfecho, pois não me agrada muito a ideia da história fluir naturalmente e num ritmo moderado pra no final tudo ser resolvido em poucas páginas. Senti falta de saber mais sobre a história de Kelli e senti que algumas perguntas ficaram sem respostas.
Fiquei bastante surpresa com a construção dos relacionamentos e dos personagens, de poder perceber como tudo é tão próximo à realidade. Ava ficou dividida em sua lealdade por ter perdido a mãe e agora precisa conviver com o pai, que tem certa dificuldade em equilibrar seus sentimentos com os próprios filhos. Grace, de certa forma, se sente culpada pela situação em que se encontra, pois talvez o motivo que tenha levado Kelli a morte foi a má recepção da notícia de que o ex marido estaria com outra pessoa. Como funciona o relacionamento entre Ava e Grace, visto que uma irá fazer o papel de madrastra e elas vão ter que conviver. São são amigas, mas também não são inimigas, só estão lutando pra se encaixarem na nova condição de vida que se encontram buscando a felicidade. E até mesmo Kelli, que fica curiosa sobre Grace e o papel que ela passaria a ter na vida de Victor.
A capa, apesar de simples, tem tudo a ver com a história. As páginas são amareladas e a fonte tem um tamanho que torna a leitura mais agradável. A revisão está ótima e não encontrei erros. É o tipo de livro que pode ser lido em poucas horas, tanto pela fluidez da leitura quanto pela trama que realmente prende o leitor. É uma história leve mas que carrega uma grande mensagem.
Acredito que a capacidade da autora em transmitir emoções difíceis de se enfrentar superou as expectativas, pois foge do estilo melodramático. Gostei bastante da leitura e me surpreendi por ter encontrado uma história que fala sobre pessoas comuns como eu ou você, com muitos problemas a serem enfrentados, mas, que estão lutando pra darem o melhor de si diante de uma situação complexa e arrasadora da qual não possuem experiência nem orientação...
Um Lugar no Coração vai deixar reflexões, vai surpreender e comover qualquer leitor, com certeza.
Título: Um Lugar no Coração
Autora: Amy Hatvany
Editora: Verus
Gênero: NA/Romance/Drama
Ano: 2015
Páginas: 364
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Grace nunca quis ser mãe. Mas, quando ela conhece Victor, um homem bonito, carismático, separado e pai dos adolescentes Max e Ava, decide que pode aprender a ser uma ótima madrasta. Afinal, as crianças moram com a mãe, Kelli. Não pode ser tão difícil assim, certo?
Aos treze anos, Ava é bastante madura para a idade. Desde o divórcio de seus pais, ela cuida da mãe emocionalmente instável e do irmão mais novo. E, apesar de não ter nada contra a namorada de seu pai, Ava ainda tem esperança de que os pais voltem a ficar juntos e sejam novamente uma família. Mas, poucos dias depois de Victor e Grace ficarem noivos, Kelli morre em circunstâncias misteriosas - e segredos assombrosos de sua vida são revelados.
Narrado por Grace e Ava no presente, com flashbacks do passado conturbado de Kelli, Um Lugar no Coração é um retrato comovente e apaixonante de feminilidade, amor e dos desafios e alegrias da vida em família.
Resenha: Grace é uma mulher independente e dedicada ao trabalho numa ONG em prol de mulheres vítimas de violência doméstica. No passado, ela precisou ajudar nos cuidados de seu irmão mais novo e a partir dalí decidiu que por mais preocupada e altruísta que fosse, jamais queria se tornar mãe.
Então Grace conhece Victor, um homem dono de um restaurante que há pouco se separou da esposa com quem teve dois filhos, Ava e Max. Os dois se completavam em todos os quesitos e por apostarem no relacionamento, firmam um noivado. Porém, o noivado não foi bem recebido por Kelli, a ex mulher de Victor cujas emoções são completamente instáveis, e quem fica a par da reação e dos sentimentos da mãe é Ava, que tem apenas 13 anos e ainda tinha uma esperança dos dois reatarem o casamento, mesmo que não tivesse nada contra Grace. Mas, inesperadamente, Kelli morre de forma misteriosa e vários segredos acabam vindo a tona. Toda a situação acaba por mudar a vida dos envolvidos, pois Grace, por ter um coração enorme, não consegue deixar o noivo na mão com tal problema e se vê responsável por ajudá-lo com os filhos e fazendo um papel do qual ela nunca quis: ser mãe.
O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Grace e de Ava, onde mostram o que sentem com o que está acontecendo e como estão lidando com a situação, e também em terceira pessoa por um narrador onisciente apresentando a visão do passado problemático de Kelli a fim de fazer o leitor entender o que, de fato, aconteceu com ela. Ela só queria ser amada e a maternidade era tudo o que havia lhe restado.
Achei muito satisfatório poder acompanhar o ponto de vista de Ava e o que se passava em sua cabeça quando perdeu a mãe, a pessoa da qual ela era mais próxima e apegada, e como foi pra ela ter que ir morar com o pai e sua nova companheira. Ava foi forçada a crescer rápido demais e isso a tornou muito madura pra idade. Ela consegue passar com bastante emoção sua versão dos fatos e como enxergou a situação.
É uma história tocante, alguns pontos são de partir o coração, abordando problemas cotidianos e familiares, como o divórcio, a insegurança, a confiança perdida e o melhor de tudo é que é contada de forma simples.
A história é bem construída e fluída, mas senti falta de um pouco mais de aprofundamento sobre Victor.
Outra coisa que me incomodou um pouco foi o desfecho, pois não me agrada muito a ideia da história fluir naturalmente e num ritmo moderado pra no final tudo ser resolvido em poucas páginas. Senti falta de saber mais sobre a história de Kelli e senti que algumas perguntas ficaram sem respostas.
Fiquei bastante surpresa com a construção dos relacionamentos e dos personagens, de poder perceber como tudo é tão próximo à realidade. Ava ficou dividida em sua lealdade por ter perdido a mãe e agora precisa conviver com o pai, que tem certa dificuldade em equilibrar seus sentimentos com os próprios filhos. Grace, de certa forma, se sente culpada pela situação em que se encontra, pois talvez o motivo que tenha levado Kelli a morte foi a má recepção da notícia de que o ex marido estaria com outra pessoa. Como funciona o relacionamento entre Ava e Grace, visto que uma irá fazer o papel de madrastra e elas vão ter que conviver. São são amigas, mas também não são inimigas, só estão lutando pra se encaixarem na nova condição de vida que se encontram buscando a felicidade. E até mesmo Kelli, que fica curiosa sobre Grace e o papel que ela passaria a ter na vida de Victor.
A capa, apesar de simples, tem tudo a ver com a história. As páginas são amareladas e a fonte tem um tamanho que torna a leitura mais agradável. A revisão está ótima e não encontrei erros. É o tipo de livro que pode ser lido em poucas horas, tanto pela fluidez da leitura quanto pela trama que realmente prende o leitor. É uma história leve mas que carrega uma grande mensagem.
Acredito que a capacidade da autora em transmitir emoções difíceis de se enfrentar superou as expectativas, pois foge do estilo melodramático. Gostei bastante da leitura e me surpreendi por ter encontrado uma história que fala sobre pessoas comuns como eu ou você, com muitos problemas a serem enfrentados, mas, que estão lutando pra darem o melhor de si diante de uma situação complexa e arrasadora da qual não possuem experiência nem orientação...
Um Lugar no Coração vai deixar reflexões, vai surpreender e comover qualquer leitor, com certeza.
The Pointless Book: Um livro sem noção - Alfie Deyes
24 de março de 2015
Lido em: Março de 2015
Título: The Pointless Book: Um livro sem noção
Autor: Alfie Deyes
Editora: Verus
Gênero: Interativo/Criatividade
Ano: 2015
Páginas: 288
Nota: ★★★★☆
Resenha: The Pointless Book é um livro interativo voltado ao público mais adulto criado pelo youtuber Alfie Deyes, do canal PointlessBlog (entre outros) e publicado pelo selo Verus, do Grupo Editorial Record.
Seguindo a moda dos livros interativos, The Pointless Book é todo ilustrado e sua proposta é dar ao leitor várias atividades, brincadeiras e joguinhos com intenção de divertir, como descrever nosso dia com uma palavra, recortar e montar um dado para jogar, escrever um elogio numa página e dar a um amigo, terminar desenhos, resolver anagramas ou charadas malucas, virar a página com o nariz e até guardar flores dentro do livro, ou seja, não fazer nada de realmente útil mas ainda assim ter orgulho disso.
Eu não conhecia o canal (em inglês, claro) e nem o autor, mas me interessei pela proposta do livro visto que se trata de um livro criativo do estilo "faça-você-mesmo" e acho um barato (por mais que me doa o coração ter que rabiscar ou destruir páginas de um livro).
Mesmo que o livro funcione como um complemento pro canal onde o autor desafia seus seguidores a completar as tarefas do seu livro de inutilidades, é algo totalmente independente e você não tem que acompanhar o canal de Alfie pra isso.
O livro ainda acompanha um aplicativo gratuito que pode ser baixado pelo Itunes ou Google Play. No começo tive um pouco de dificuldades pois não achei que o aplicativo fosse tão intuitivo como parece, além de ter achado um pouco pesado. Ao escanear a foto indicada, um vídeo do próprio autor aparece onde ele dá as boas vindas ao leitor. Ao que parece, a ideia do app é causar a proximidade nessa interação entre autor x leitor ao completar o livro, além de ser possível ter acesso a atividades extras que podem ser salvas, impressas e completadas por fora do livro.
Confesso que algumas atividades soaram meio bobas se levarmos em consideração que é algo voltado para jovens adultos, como o "tênis de cabeça" onde o leitor é orientado a olhar pra esquerda e depois para a direita (?), mas ao se tratar de um livro com propósito de divertir, acho válido.
Se você procura por um livro pra rabiscar, escrever, destruir e que foge da proposta da literatura/leitura, super indico!
Título: The Pointless Book: Um livro sem noção
Autor: Alfie Deyes
Editora: Verus
Gênero: Interativo/Criatividade
Ano: 2015
Páginas: 288
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Complementado por um app gratuito, este é um livro sem noção, cheio de diversão e desafios: assar um bolo na caneca; criar uma cápsula do tempo; fazer desenhos insanos; escrever um diário sobre uma semana da sua vida; aprender origami etc. Totalmente ilustrado e com uma série de jogos, atividades e brincadeiras, Alfie desafia você a completar seu diário e a não fazer praticamente nada com orgulho.
Resenha: The Pointless Book é um livro interativo voltado ao público mais adulto criado pelo youtuber Alfie Deyes, do canal PointlessBlog (entre outros) e publicado pelo selo Verus, do Grupo Editorial Record.
Seguindo a moda dos livros interativos, The Pointless Book é todo ilustrado e sua proposta é dar ao leitor várias atividades, brincadeiras e joguinhos com intenção de divertir, como descrever nosso dia com uma palavra, recortar e montar um dado para jogar, escrever um elogio numa página e dar a um amigo, terminar desenhos, resolver anagramas ou charadas malucas, virar a página com o nariz e até guardar flores dentro do livro, ou seja, não fazer nada de realmente útil mas ainda assim ter orgulho disso.
Eu não conhecia o canal (em inglês, claro) e nem o autor, mas me interessei pela proposta do livro visto que se trata de um livro criativo do estilo "faça-você-mesmo" e acho um barato (por mais que me doa o coração ter que rabiscar ou destruir páginas de um livro).
Mesmo que o livro funcione como um complemento pro canal onde o autor desafia seus seguidores a completar as tarefas do seu livro de inutilidades, é algo totalmente independente e você não tem que acompanhar o canal de Alfie pra isso.
O livro ainda acompanha um aplicativo gratuito que pode ser baixado pelo Itunes ou Google Play. No começo tive um pouco de dificuldades pois não achei que o aplicativo fosse tão intuitivo como parece, além de ter achado um pouco pesado. Ao escanear a foto indicada, um vídeo do próprio autor aparece onde ele dá as boas vindas ao leitor. Ao que parece, a ideia do app é causar a proximidade nessa interação entre autor x leitor ao completar o livro, além de ser possível ter acesso a atividades extras que podem ser salvas, impressas e completadas por fora do livro.
Confesso que algumas atividades soaram meio bobas se levarmos em consideração que é algo voltado para jovens adultos, como o "tênis de cabeça" onde o leitor é orientado a olhar pra esquerda e depois para a direita (?), mas ao se tratar de um livro com propósito de divertir, acho válido.
Se você procura por um livro pra rabiscar, escrever, destruir e que foge da proposta da literatura/leitura, super indico!
"Você está segurando um livro que não vai mudar a sua vida, não vai te deixar mais inteligente, nem vai trazer a pessoa amada em três dias, mas não importa.
Pelo menos dá pra fazer bolinhas de papel."
Clube da Liga #2 - A Playlist da Minha Vida - Leila Sales
23 de março de 2015
Lido em: Março de 2015
Título: A Playlist da Minha Vida
Autora: Leila Sales
Editora: Globo Livros
Gênero: YA
Ano: 2014
Páginas: 312
Nota: ★★★★☆
Resenha: A Playlist da Minha Vida, escrito pela autora Leila Sales e publicado no Brasil pela Globo Livros, foi a escolha do mês de Março no Clube de Leitura da Liga.
O Livro conta a história de Elise Dembowski, uma garota de 16 anos nada popular. Ela não tem amigos, a convivência com os pais é difícil - eles são separados e têm a guarda compartilhada-, e ela sempre se sente muito deprimida. Até que depois de uma tentativa mal sucedida de suicídio, Elise tem uma nova chance de viver a vida de uma forma diferente. Quando Elise está com a mãe, ela tem costume de sair pra caminhar sem rumo a noite, e numa dessas andanças encontra com Pippa e Vicky, duas garotas que a levam para a Start, o melhor clube underground de todos, e ao conhecer Char, o DJ, Elise acaba aprendendo a discotecar e encontra ali uma nova paixão e uma verdadeira razão para viver.
A discussão sobre livro dentro do Clube foi algo que abordou o tema bullying e as consequências que isso traz na vida da pessoa afetada. Ela acaba ficando reclusa, piorando ainda mais seu estado de depressão e tristeza, levando-a a atitudes extremas num momento de desespero. Também foi uma discussão que me fez refletir sobre meu relacionamento em família, e até as amizades que possuo, considerando liberdade, afinidade e todos os seus altos e baixos.
O livro é narrado em primeira pessoa e isso, de certa forma, fez com que o leitor ficasse bastante próximo da protagonista ao viver seus conflitos internos, e até mesmos os externos. Elise é frustrada em sua solidão e por isso, tem uma enorme necessidade de ser reconhecida, de ser vista, de se encaixar e se ser amada pelos outros. Até que ela, que já era fã de rock alternativo, descobre a discotecagem, e encontra uma válvula de escape, pois ao fazer o público delirar com as músicas que toca, ela encontra prazer e felicidade, é aquilo que ela tanto buscava a ponto de fazer esquecer por alguns momentos tudo de ruim que passou, além de encontrar a si própria, se descobrir, como se as batidas fossem um tipo de remédio que aliviasse a sua dor. Mas encontrei um pequeno problema nisso, pois ao se descobrir, Elise mostrou um lado egoísta, um lado esnobe, como se ser DJ a tivesse tornado alguém superior e intocável, cheia de pretensão, a dona da festa, e que pudesse julgar quem quer que seja. Porém, quando era ela o alvo de acusações ou críticas, principalmente quando um blog cujo conteúdo falava sobre a vida dela e seus pensamentos mais sórdidos veio a tona e ela afirmava não ser ela a autora, Elise não lutou pra por fim naquilo, não gostava e, pra mim, isso me fez ficar com a impressão de que a hipocrisia andava reinando por alí.
Os demais personagens também foram bastante bem construídos e levantam diversas questões familiares a serem discutidas. Os pais têm a guarda compartilhada da garota mas o que parece é que querem a presença dela e nada mais, como se isso bastasse. Com a mãe, que já tem outro marido e outros filhos, Elise leva uma vida muito mais regrada do que com o pai, que mora sozinho e é músico. A preocupação deles em vigiá-la depois da tentativa dela de suicídio é imensa, talvez por culpa por terem sido alheios e incapazes de perceber o que se passava com a filha, já que ela não demonstrava nem pedia ajuda. Até onde os pais conhecem os filhos? Qual a real finalidade da guarda compartilhada? Como deve ser um relacionamento entre pais e filhos? Quão próximos e íntimos devem ser para se sentirem confiantes e confortáveis para terem liberdade para qualquer tipo de conversa? Mesmo que Elise não quisesse que eles pensassem que ela fosse fazer isso outra vez, uma vez que ela chegou a esse ponto, a confiança é quebrada e nunca mais será a mesma, e acredito que na vida real também é assim, pois queremos proteger quem amamos, mesmo que essa proteção seja dela mesma. O círculo de amizades de Elise, apesar de muito limitado, ajuda a fazer com que o leitor conheça um pouco dela, devido a forma como ela trata e é tratada pelas amigas. Char é o cara irresistível que arranca suspiros e responsável por essa nova Elise que aflora quando encontra refugio na Start, afinal, a ideia de ensinar a garota a discotecar é dele quando ele a deixa incumbida de "virar" uma música.
Um ponto favorável é que a autora explica resumidamente, mas de forma bastante satisfatória sobre a discotecagem num geral, mesmo tendo sentido falta de alguns outros detalhes, como o lance das oitavas por exemplo, mas acho que só mesmo quem conhece esse universo e entende um pouco dele é que se atenta a isso.
É muito interessante como a ideia de a música não ser algo só a ser ouvido é passada. A música é pra se sentir, pra fazer arrepiar, é pra se viver e pra fazer com que a gente se sinta vivo, e isso, através de Char e Elise é possível de se sentir. Não são todas as pessoas que possuem esse dom de "sentir" os sons, e achei incrível como a autora conseguiu mostrar essa sensação através da história de Elise, que se encontrou na música e gostou disso. Ela equilibrou sentimentos que alcançam vários níveis e soube trabalhar bem com os que escolheu.
A abordagem de temas que afetam adolescentes depressivos é feita de forma crua, mas real. Bullying, exclusão, a solidão, a baixa autoestima, a convivência difícil com pais separados que possuem outras preocupações na vida, e até a descoberta de um suposto amor são explorados mostrando a seriedade da coisa dentro de uma narrativa leve, mas nem um pouco despretensiosa.
A capa, apesar de bacana, poderia fazer o estilo da original. Acho que devido a mensagem que o livro nos passa, não achei muito adequado a tradução do título no Brasil. "This Song Will Save Your Life" (Esta Música Irá Salvar Sua Vida), assim como o jogo de palavras feito na capa em inglês (Love), tem um significado muito maior, mais profundo e que combina com a história, e "A Playlist da Minha Vida" não chega nem perto do que Elise nos reserva...
Todos os capítulos se iniciam com um trechinho de alguma música que forma a playlist de Elise, que ama rock alternativo dos anos 70. A narrativa é fluída, cheia de referências musicais fantásticas, mas senti que alguns trechos ficaram meio lentos, mesmo que voltasse ao ritmo um pouco depois, e, por mais fácil que seja, demorei mais do que o normal pra finalizar a leitura.
De qualquer forma, o livro nos mostra alguém totalmente próximo a realidade, que vive problemas e busca soluções como acha melhor, e que mostra a dor e o amor de forma dolorosa, mas, ainda assim, edificante.
Nem sempre uma música ou o talento nato pra ela irá salvar alguém, como foi com Elise, mas pode ser responsável por ajudar quem está com alguns problemas se enxergar na letra e encontrar o impulso que precisa para seguir adiante. Eu confesso que encontrei um pedacinho de mim na história no que diz respeito ao efeito que uma música causa em mim... Quem sabe você não encontre também...
A playlist de Elise:
Wonderwall - Oasis
Here It Comes - The Stone Roses
Unloveable - The Smiths
Dancing In The Dark - Bruce Springsteen
This Charming Man - The Smiths
Get Me Away From Here - I'm Dying; Belle and Sebastian
Born Slippy (NUXX) - Underworld
Come On Eileen - Dexys Midnight Runners
Whoo! Alright - Yeah... Uh Huh. - The Rapture
La Familia - Mirah
Age Of Consent - New Order
How Soon Is Now? - The Smiths
All My Friends - LCD Soundsystem
Baba O'riley - The Who
I Saw Her in the Anti War Demonstration - Jens Lekman
Lived in Bars - Cat Power
Once in a Lifetime - Wolfsheim
Mis-Shapes - Pulp
You! Me! Dancing! - Los Campesinos!
You Can’t Always Get What You Want - The Rolling Stones
Bônus:
Girls and Boys - Blur
Temptation - New Order
A Letter to Elise- The Cure
A Quick One, While He’s Away - The Who
It's the End of the World as We Know It (and I Feel Fine) - R.E.M.
a Rafflecopter giveaway
Regras:
- Comentar na resenha de um dos blogs participantes;
- Ter endereço de entrega em território nacional;
- A promoção começa dia 23/03 e termina dia 19/04;
- Perfis fakes ou criados exclusivamente para promoções serão desclassificados;
- O sorteado receberá um e-mail e terá 48 horas para respondê-lo. Caso não seja respondido será feito um novo sorteio;
- O livro será enviado em até 30 dias após o recebimento dos dados;
- Não nos responsabilizamos por danos, eventual extravio ou problemas com os Correios, nem por um segundo envio em caso de devolução por erro nos dados informados ou impossibilidade na entrega.
Boa sorte!
Título: A Playlist da Minha Vida
Autora: Leila Sales
Editora: Globo Livros
Gênero: YA
Ano: 2014
Páginas: 312
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Elise Dembowski nunca foi popular na escola. Ninguém conversava com ela na hora do intervalo nem a convidava para sair no fim de semana. Pior. Ninguém jamais se interessou em saber o que tanto a ela escutava em seu iPod: playlists com o melhor da música alternativa, único território em que Elise se sente confortável e confiante.
Diante de seu desajuste em relação à maioria, a adolescente tenta de tudo - inclusive a mais radical das saídas, felizmente sem sucesso. No auge de seu solitário desespero, o acaso a leva até a porta de uma balada noturna, via de acesso para um mundo completamente novo, cheio de som e diversão, no qual sua veneração por música funciona como senha para inclusão em um inédito círculo de amizades.
As festas noturnas do Start - o melhor clube underground do mundo - tornam-se o lugar onde a felicidade, a aceitação social e até o amor são possíveis para Elise. Não demora muito para que um misterioso bullying eletrônico e a habilidade da garota como DJ coloquem em confronto este universo com a dura realidade cotidiana.
A playlist da minha vida é uma vibrante fábula pop que lida com temas recorrentes nas obras contemporâneas para jovens: exclusão, invasão de privacidade, resgate de autoestima e muita trilha sonora. Escrito pela americana Leila Sales, o livro se ambienta em dois cenários: o escolar, com sua dinâmica de poder juvenil baseada em “popularidade”, e o da cena noturna, em que adolescentes ensaiam seus primeiros voos para uma existência adulta.
Resenha: A Playlist da Minha Vida, escrito pela autora Leila Sales e publicado no Brasil pela Globo Livros, foi a escolha do mês de Março no Clube de Leitura da Liga.
O Livro conta a história de Elise Dembowski, uma garota de 16 anos nada popular. Ela não tem amigos, a convivência com os pais é difícil - eles são separados e têm a guarda compartilhada-, e ela sempre se sente muito deprimida. Até que depois de uma tentativa mal sucedida de suicídio, Elise tem uma nova chance de viver a vida de uma forma diferente. Quando Elise está com a mãe, ela tem costume de sair pra caminhar sem rumo a noite, e numa dessas andanças encontra com Pippa e Vicky, duas garotas que a levam para a Start, o melhor clube underground de todos, e ao conhecer Char, o DJ, Elise acaba aprendendo a discotecar e encontra ali uma nova paixão e uma verdadeira razão para viver.
A discussão sobre livro dentro do Clube foi algo que abordou o tema bullying e as consequências que isso traz na vida da pessoa afetada. Ela acaba ficando reclusa, piorando ainda mais seu estado de depressão e tristeza, levando-a a atitudes extremas num momento de desespero. Também foi uma discussão que me fez refletir sobre meu relacionamento em família, e até as amizades que possuo, considerando liberdade, afinidade e todos os seus altos e baixos.
O livro é narrado em primeira pessoa e isso, de certa forma, fez com que o leitor ficasse bastante próximo da protagonista ao viver seus conflitos internos, e até mesmos os externos. Elise é frustrada em sua solidão e por isso, tem uma enorme necessidade de ser reconhecida, de ser vista, de se encaixar e se ser amada pelos outros. Até que ela, que já era fã de rock alternativo, descobre a discotecagem, e encontra uma válvula de escape, pois ao fazer o público delirar com as músicas que toca, ela encontra prazer e felicidade, é aquilo que ela tanto buscava a ponto de fazer esquecer por alguns momentos tudo de ruim que passou, além de encontrar a si própria, se descobrir, como se as batidas fossem um tipo de remédio que aliviasse a sua dor. Mas encontrei um pequeno problema nisso, pois ao se descobrir, Elise mostrou um lado egoísta, um lado esnobe, como se ser DJ a tivesse tornado alguém superior e intocável, cheia de pretensão, a dona da festa, e que pudesse julgar quem quer que seja. Porém, quando era ela o alvo de acusações ou críticas, principalmente quando um blog cujo conteúdo falava sobre a vida dela e seus pensamentos mais sórdidos veio a tona e ela afirmava não ser ela a autora, Elise não lutou pra por fim naquilo, não gostava e, pra mim, isso me fez ficar com a impressão de que a hipocrisia andava reinando por alí.
Os demais personagens também foram bastante bem construídos e levantam diversas questões familiares a serem discutidas. Os pais têm a guarda compartilhada da garota mas o que parece é que querem a presença dela e nada mais, como se isso bastasse. Com a mãe, que já tem outro marido e outros filhos, Elise leva uma vida muito mais regrada do que com o pai, que mora sozinho e é músico. A preocupação deles em vigiá-la depois da tentativa dela de suicídio é imensa, talvez por culpa por terem sido alheios e incapazes de perceber o que se passava com a filha, já que ela não demonstrava nem pedia ajuda. Até onde os pais conhecem os filhos? Qual a real finalidade da guarda compartilhada? Como deve ser um relacionamento entre pais e filhos? Quão próximos e íntimos devem ser para se sentirem confiantes e confortáveis para terem liberdade para qualquer tipo de conversa? Mesmo que Elise não quisesse que eles pensassem que ela fosse fazer isso outra vez, uma vez que ela chegou a esse ponto, a confiança é quebrada e nunca mais será a mesma, e acredito que na vida real também é assim, pois queremos proteger quem amamos, mesmo que essa proteção seja dela mesma. O círculo de amizades de Elise, apesar de muito limitado, ajuda a fazer com que o leitor conheça um pouco dela, devido a forma como ela trata e é tratada pelas amigas. Char é o cara irresistível que arranca suspiros e responsável por essa nova Elise que aflora quando encontra refugio na Start, afinal, a ideia de ensinar a garota a discotecar é dele quando ele a deixa incumbida de "virar" uma música.
Um ponto favorável é que a autora explica resumidamente, mas de forma bastante satisfatória sobre a discotecagem num geral, mesmo tendo sentido falta de alguns outros detalhes, como o lance das oitavas por exemplo, mas acho que só mesmo quem conhece esse universo e entende um pouco dele é que se atenta a isso.
É muito interessante como a ideia de a música não ser algo só a ser ouvido é passada. A música é pra se sentir, pra fazer arrepiar, é pra se viver e pra fazer com que a gente se sinta vivo, e isso, através de Char e Elise é possível de se sentir. Não são todas as pessoas que possuem esse dom de "sentir" os sons, e achei incrível como a autora conseguiu mostrar essa sensação através da história de Elise, que se encontrou na música e gostou disso. Ela equilibrou sentimentos que alcançam vários níveis e soube trabalhar bem com os que escolheu.
A abordagem de temas que afetam adolescentes depressivos é feita de forma crua, mas real. Bullying, exclusão, a solidão, a baixa autoestima, a convivência difícil com pais separados que possuem outras preocupações na vida, e até a descoberta de um suposto amor são explorados mostrando a seriedade da coisa dentro de uma narrativa leve, mas nem um pouco despretensiosa.
A capa, apesar de bacana, poderia fazer o estilo da original. Acho que devido a mensagem que o livro nos passa, não achei muito adequado a tradução do título no Brasil. "This Song Will Save Your Life" (Esta Música Irá Salvar Sua Vida), assim como o jogo de palavras feito na capa em inglês (Love), tem um significado muito maior, mais profundo e que combina com a história, e "A Playlist da Minha Vida" não chega nem perto do que Elise nos reserva...
Todos os capítulos se iniciam com um trechinho de alguma música que forma a playlist de Elise, que ama rock alternativo dos anos 70. A narrativa é fluída, cheia de referências musicais fantásticas, mas senti que alguns trechos ficaram meio lentos, mesmo que voltasse ao ritmo um pouco depois, e, por mais fácil que seja, demorei mais do que o normal pra finalizar a leitura.
De qualquer forma, o livro nos mostra alguém totalmente próximo a realidade, que vive problemas e busca soluções como acha melhor, e que mostra a dor e o amor de forma dolorosa, mas, ainda assim, edificante.
Nem sempre uma música ou o talento nato pra ela irá salvar alguém, como foi com Elise, mas pode ser responsável por ajudar quem está com alguns problemas se enxergar na letra e encontrar o impulso que precisa para seguir adiante. Eu confesso que encontrei um pedacinho de mim na história no que diz respeito ao efeito que uma música causa em mim... Quem sabe você não encontre também...
A playlist de Elise:
Wonderwall - Oasis
Here It Comes - The Stone Roses
Unloveable - The Smiths
Dancing In The Dark - Bruce Springsteen
This Charming Man - The Smiths
Get Me Away From Here - I'm Dying; Belle and Sebastian
Born Slippy (NUXX) - Underworld
Come On Eileen - Dexys Midnight Runners
Whoo! Alright - Yeah... Uh Huh. - The Rapture
La Familia - Mirah
Age Of Consent - New Order
How Soon Is Now? - The Smiths
All My Friends - LCD Soundsystem
Baba O'riley - The Who
I Saw Her in the Anti War Demonstration - Jens Lekman
Lived in Bars - Cat Power
Once in a Lifetime - Wolfsheim
Mis-Shapes - Pulp
You! Me! Dancing! - Los Campesinos!
You Can’t Always Get What You Want - The Rolling Stones
Bônus:
Girls and Boys - Blur
Temptation - New Order
A Letter to Elise- The Cure
A Quick One, While He’s Away - The Who
It's the End of the World as We Know It (and I Feel Fine) - R.E.M.
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Regras:
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O "Clube do Livro da Liga" é formado por amigos que resolveram arriscar uma leitura coletiva e se surpreenderam com a interação que foi proporcionada. Temos muitos gostos e ideias em comum, além de muitas discussões e risadas. Ninguém nunca irá nos entender, ainda bem.
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Amaldiçoadas - Jessica Spotswood
22 de março de 2015
Lido em: Março de 2015
Título: Amaldiçoadas - As Crônicas das Irmãs Bruxas #2
Autora: Jessica Spotswood
Editora: Arqueiro
Gênero: Fantasia/Sobrenatural/YA
Ano: 2014
Páginas: 288
Nota: ★★★★☆
Resenha: Amaldiçoadas é o segundo livro d'As Crônicas das Irmãs Bruxas, escrito pelo autora Jessica Spotswood e publicado no Brasil pela Editora Arqueiro.
Por ser a continuação, a resenha pode ter spoilers do primeiro livro.
Dando sequência a Enfeitiçadas, voltamos a Nova Inglaterra onde Cate desistiu de todos os seus planos e até mesmo de sua esperança a fim de salvar e proteger suas irmãs, Tess e Maura, e do doce e gentil dono de seu coração, Finn. Devido a pressão sobre a profecia, ela se uniu, contra sua vontade, à Irmandade, um grupo de fachada do qual bruxas disfarçadas se passam por freiras.
A profecia está próxima de se concretizar, e a Fraternidade - a organização religiosa masculina que prega a moralidade e a superioridade do homem, exigem submissão por parte das mulheres e querem erradicar a bruxaria - com o propósito de impedir a profecia, está mais rígida ao prender as mulheres por qualquer motivo, principalmente devido às visões de Brenna, uma jovem oráculo presa em Hardwood, o hospício, que prevê que uma das irmãs seria agraciada com a Visão. Com isso, Cate passa a questionar seu papel nessa situação em tudo. Quando as irmãs de Cate chegam ao convento, e quando Finn vai pra Londres, as coisas parecem sair fora de controle. Cate está cercada por amigos e inimigos e cheia de escolhas a fazer, escolhas estas que envolvem dilemas morais, promessas que jamais devem ser quebradas e seus sentimentos. São decisões difíceis de serem tomadas visto que a guerra está próxima de ser travada e o tempo é curto...
Narrado em primeira pessoa, Cate se mostra uma heroína forte e carismática. Mesmo com o coração arrasado e partido ela consegue amadurecer, e quando posta a prova demonstra ser alguém muito mais forte do que pensou que fosse. Sua luta interna é colocar seus deveres a frente de seus desejos.
O leitor acompanha seu desenvolvimento e por mais que ela tenha suas inseguranças diante da situação em que se encontra, ela mostra que é uma verdadeira líder e só precisa de um pouco mais de confiança em si mesma para ter controle do que precisa.
Com o retorno de Finn e seu pedido de desculpas, o romance aquece as páginas e ganha novos ares uma intensidade maior já que não podem ficar juntos durante o dia e só podem se encontrar as escuras, mas por mais que tenha uma grande importância na história, não é o foco dessa vez.
A guerra e a possível ascensão das bruxas é o que rege a trama e acompanhar os planos da Irmandade.
Embora os eventos do livro ocorram sobre um período de tempo menor - por volta de um mês - o drama e a ação inseridas na história foram muito satisfatórios.
Cate percebe que, se a Irmandade não agir logo contra a Fraternidade, vidas inocentes poderão ser perdidas e a busca por justiça em nome da opressão que as mulheres sofrem é o que rege as escolhas da protagonista.
Os novos laços de amizade que Cate faz dentro da Irmandade é um ponto forte na história.
Tess e Maura também tiveram papéis de destaque. Tess é doce mas se impõe ao demonstrar seu bom caráter e personalidade forte. Maura não me agradou muito pois está ressentida e parece não ter aprendido nada com suas experiências. Ela é vulnerável, age com egoísmo e demonstra que pode ser má, o que dá um toque de tensão e aflição nos momentos que aparece.
O clima sombrio e a profundidade da história, assim como os personagens muito bem construídos faz o leitor perceber que não se trata de uma história levinha sobre bruxas que querem seu lugar ao sol, muito pelo contrário. A história é complexa e mostra que nem sempre os fins justificam os meios.
A capa, fazendo o estilo da primeira é linda, com adornos e toques em dourado. A diagramação também foi muito caprichada e a revisão está perfeita. Os diálogos são bem construídos, os cenários e personagens bem descritos e tudo colaborou para que o livro fosse uma surpresa pra mim se comparar com o primeiro.
Amaldiçoadas nos traz de volta ao mundo sobrenatural das bruxas oprimidas, abordando profecias em meio a uma trama carregada de mistérios e perseguições, onde o grande xis da questão são as consequências para as escolhas que são tomadas. Cheio de romance, intriga e de revelações surpreendentes, o livro superou minhas expectativas, pois diferente do primeiro, a narrativa não foi cansativa pra mim, muito pelo contrário. Foi uma sequência emocionante que termina em um enorme gancho que vai deixar o leitor ansioso pelo desfecho e pelo destino das irmãs Cahill e o mundo que vivem.
Título: Amaldiçoadas - As Crônicas das Irmãs Bruxas #2
Autora: Jessica Spotswood
Editora: Arqueiro
Gênero: Fantasia/Sobrenatural/YA
Ano: 2014
Páginas: 288
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Cate Cahill tomou a decisão mais difícil de sua vida e resolveu largar tudo para proteger aqueles a quem amava, mas não poderia imaginar os obstáculos que ainda teria pela frente.
Agora, vivendo disfarçada entre as outras moças da Irmandade, ela precisa se manter a salvo dos implacáveis caçadores de bruxas e lidar com grandes dilemas pessoais, como a distância de seu grande amor e os conflitos que envolvem suas irmãs – Tess, uma menina doce e ingênua que guarda um grande segredo, e Maura, a jovem bela e ambiciosa que pretende fazer de tudo para se tornar o centro das atenções.
Será que Cate está pronta para liderar as bruxas de sua geração e ganhar o respeito de uma sociedade que condena a feitiçaria? E seria ela a bruxa da profecia, a mulher mais poderosa já nascida em muitos séculos e capaz de revolucionar a história do mundo?
Resenha: Amaldiçoadas é o segundo livro d'As Crônicas das Irmãs Bruxas, escrito pelo autora Jessica Spotswood e publicado no Brasil pela Editora Arqueiro.
Por ser a continuação, a resenha pode ter spoilers do primeiro livro.
Dando sequência a Enfeitiçadas, voltamos a Nova Inglaterra onde Cate desistiu de todos os seus planos e até mesmo de sua esperança a fim de salvar e proteger suas irmãs, Tess e Maura, e do doce e gentil dono de seu coração, Finn. Devido a pressão sobre a profecia, ela se uniu, contra sua vontade, à Irmandade, um grupo de fachada do qual bruxas disfarçadas se passam por freiras.
A profecia está próxima de se concretizar, e a Fraternidade - a organização religiosa masculina que prega a moralidade e a superioridade do homem, exigem submissão por parte das mulheres e querem erradicar a bruxaria - com o propósito de impedir a profecia, está mais rígida ao prender as mulheres por qualquer motivo, principalmente devido às visões de Brenna, uma jovem oráculo presa em Hardwood, o hospício, que prevê que uma das irmãs seria agraciada com a Visão. Com isso, Cate passa a questionar seu papel nessa situação em tudo. Quando as irmãs de Cate chegam ao convento, e quando Finn vai pra Londres, as coisas parecem sair fora de controle. Cate está cercada por amigos e inimigos e cheia de escolhas a fazer, escolhas estas que envolvem dilemas morais, promessas que jamais devem ser quebradas e seus sentimentos. São decisões difíceis de serem tomadas visto que a guerra está próxima de ser travada e o tempo é curto...
Narrado em primeira pessoa, Cate se mostra uma heroína forte e carismática. Mesmo com o coração arrasado e partido ela consegue amadurecer, e quando posta a prova demonstra ser alguém muito mais forte do que pensou que fosse. Sua luta interna é colocar seus deveres a frente de seus desejos.
O leitor acompanha seu desenvolvimento e por mais que ela tenha suas inseguranças diante da situação em que se encontra, ela mostra que é uma verdadeira líder e só precisa de um pouco mais de confiança em si mesma para ter controle do que precisa.
Com o retorno de Finn e seu pedido de desculpas, o romance aquece as páginas e ganha novos ares uma intensidade maior já que não podem ficar juntos durante o dia e só podem se encontrar as escuras, mas por mais que tenha uma grande importância na história, não é o foco dessa vez.
A guerra e a possível ascensão das bruxas é o que rege a trama e acompanhar os planos da Irmandade.
Embora os eventos do livro ocorram sobre um período de tempo menor - por volta de um mês - o drama e a ação inseridas na história foram muito satisfatórios.
Cate percebe que, se a Irmandade não agir logo contra a Fraternidade, vidas inocentes poderão ser perdidas e a busca por justiça em nome da opressão que as mulheres sofrem é o que rege as escolhas da protagonista.
Os novos laços de amizade que Cate faz dentro da Irmandade é um ponto forte na história.
Tess e Maura também tiveram papéis de destaque. Tess é doce mas se impõe ao demonstrar seu bom caráter e personalidade forte. Maura não me agradou muito pois está ressentida e parece não ter aprendido nada com suas experiências. Ela é vulnerável, age com egoísmo e demonstra que pode ser má, o que dá um toque de tensão e aflição nos momentos que aparece.
O clima sombrio e a profundidade da história, assim como os personagens muito bem construídos faz o leitor perceber que não se trata de uma história levinha sobre bruxas que querem seu lugar ao sol, muito pelo contrário. A história é complexa e mostra que nem sempre os fins justificam os meios.
A capa, fazendo o estilo da primeira é linda, com adornos e toques em dourado. A diagramação também foi muito caprichada e a revisão está perfeita. Os diálogos são bem construídos, os cenários e personagens bem descritos e tudo colaborou para que o livro fosse uma surpresa pra mim se comparar com o primeiro.
Amaldiçoadas nos traz de volta ao mundo sobrenatural das bruxas oprimidas, abordando profecias em meio a uma trama carregada de mistérios e perseguições, onde o grande xis da questão são as consequências para as escolhas que são tomadas. Cheio de romance, intriga e de revelações surpreendentes, o livro superou minhas expectativas, pois diferente do primeiro, a narrativa não foi cansativa pra mim, muito pelo contrário. Foi uma sequência emocionante que termina em um enorme gancho que vai deixar o leitor ansioso pelo desfecho e pelo destino das irmãs Cahill e o mundo que vivem.
Asylum - Madeleine Roux
21 de março de 2015
Título: Asylum - Asylum #1
Autora: Madeleine Roux
Editora: V&R
Gênero: Juvenil/Suspense
Ano: 2014
Páginas: 330
Nota: ★★★☆☆
Resenha: Asylum é o primeiro volume da série de mesmo nome escrita pela autora Madeleine Roux e publicado no Brasil pela V&R.
Daniel Crawford é um adolescente de 16 anos, que está se preparando para iniciar seu curso preparatório para ingressar na faculdade, e a história começa com sua chegada ao New Hampshire College.
Lá, Dan conhece Abby, por quem se apaixona, e Jordan, seu colega de quarto, mas ao descobrirem que o dormitório onde iriam ficar teria sido um manicômio que abrigava criminosos insanos e perversos, o Brooklyne, os garotos resolvem explorar o local bastante sombrio e acabam percebendo que há muito mais por trás daquela história do que se imagina.
Em primeiro lugar: O que é essa capa? Sombria, perturbadora e ainda assim maravilhosa! O livro possui várias fotografias de manicômios reais e ilustrações espalhadas pelos capítulos. As páginas são amareladas, a fonte tem um tamanho agradável, os capítulos são curtos e não encontrei erros de revisão. A V&R, como sempre, capricha na diagramação fazendo um ótimo trabalho visual com cada detalhe inserido na obra.
A leitura pode ser feita em questão de horas, pois há páginas para a indicação do capítulo e para as fotografias que ilustram a história.
Narrado em terceira pessoa, a leitura é fluída e muito fácil, a construção do cenário e do suspense foi bastante satisfatória, mas os personagens deixaram a desejar. Eles são imaturos, seus diálogos são sempre rasos e a ideia de que três pessoas que acabaram de se conhecer possam ser tão amigos e se conhecerem tão bem de forma imediata me soou um tanto estranho e forçado, o que acaba tornando a história muito mais infantil do que parece. A amizade deles não me convenceu, ela é avançada demais pra tão pouco tempo de convivência, e o romance que surgiu alí foi totalmente dispensável visto que, além de instantâneo, não é coerente com personagens tão infantis e sem a menor profundidade.
Dan parece ter sido criado para ser o inteligente do trio, mas se comporta como um menino de 12 anos totalmente nonsense e oco. Assim como ele, Abby e Jordan também são muito inconsistentes e não mantém o foco de quem aparentaram ser quando foram apresentados. Abby faz o estilo irresistível que mexe com a cabeça de Dan em pleno sanatório, enquanto Jordan é o colega de quarto mandão e gay. E fiquei me perguntando qual o motivo de Jordan ser gay, visto que isso não acrescentou em nada.
A premissa é muito boa, não vou negar, pois Dan começa a investigar sobre a história do manicômio, sobre os pacientes insanos e porquê a cidade queria que ele fosse destruído, e a medida que as informações vêm a tona, Dan passa a ter pesadelos, recebe bilhetes perturbadores sem saber de quem veio e se sente observado e perseguido. Algumas mortes ocorrem e Dan se encontra em apuros, complicando a si mesmo e a sua própria sanidade. Em cima disso a história se desenrola e se o foco tivesse sido mantido nessa linha teria sido muito mais proveitoso. Mas não foi o que aconteceu pois os personagens acabaram me desviando a atenção agindo feito idiotas.
Ao final fiquei com a impressão de que a autora quis criar uma história, aproveitando ideias de outras mas adaptando à própria, usando um manicômio como pano de fundo para criar uma atmosfera aterrorizante (e clichê), mas, apesar de o enredo ser muito bom, não conseguiu atingir o objetivo com muito sucesso devido aos protagonistas. Em momento algum fiquei incomodada com o impacto que as fotos deveriam causar. Posso afirmar que a história como um todo é chamativa, muito boa e tem seus mistérios que realmente envolvem o leitor, mas a construção dos personagens foi um ponto falho que, ao meu ver, colaborou para que eu me sentisse incomodada e não aproveitasse a leitura tanto quando imaginei.
O fim deixa um gancho para o segundo livro, Sanctum (ainda não publicado), pois um dos mistérios não foi totalmente resolvido. Pretendo continuar lendo a série, mas gostaria imensamente que os personagens crescessem um pouco mais e agissem de acordo, pois o comportamento deles não condiz com a realidade na qual se encontram.
Pra quem gosta de um suspense beeem juvenil e tem curiosidade por histórias que envolvem manicômios sinistros, é uma boa pedida.
Autora: Madeleine Roux
Editora: V&R
Gênero: Juvenil/Suspense
Ano: 2014
Páginas: 330
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Para Dan Crawford, 16 anos, o New Hampshire College Prep é mais do que um programa de verão – é uma tábua de salvação. Um pária em sua escola, Dan está animado para finalmente fazer alguns amigos em seu último verão antes da faculdade. Mas, quando ele chega no programa, Dan descobre que seu dormitório para o verão costumava ser um sanatório, mais comumente conhecido como um asilo. E não apenas qualquer asilo — um último recurso para criminosos insanos. À medida que Dan e seus novos amigos, Abby e Jordan, exploram os recantos escondidos de sua casa de verão assustadora, eles logo descobrem que não é coincidência que os três acabaram ali. Porque o asilo é a chave para um passado terrível. E existem alguns segredos que se recusam a ficar enterrados.
Resenha: Asylum é o primeiro volume da série de mesmo nome escrita pela autora Madeleine Roux e publicado no Brasil pela V&R.
Daniel Crawford é um adolescente de 16 anos, que está se preparando para iniciar seu curso preparatório para ingressar na faculdade, e a história começa com sua chegada ao New Hampshire College.
Lá, Dan conhece Abby, por quem se apaixona, e Jordan, seu colega de quarto, mas ao descobrirem que o dormitório onde iriam ficar teria sido um manicômio que abrigava criminosos insanos e perversos, o Brooklyne, os garotos resolvem explorar o local bastante sombrio e acabam percebendo que há muito mais por trás daquela história do que se imagina.
Em primeiro lugar: O que é essa capa? Sombria, perturbadora e ainda assim maravilhosa! O livro possui várias fotografias de manicômios reais e ilustrações espalhadas pelos capítulos. As páginas são amareladas, a fonte tem um tamanho agradável, os capítulos são curtos e não encontrei erros de revisão. A V&R, como sempre, capricha na diagramação fazendo um ótimo trabalho visual com cada detalhe inserido na obra.
A leitura pode ser feita em questão de horas, pois há páginas para a indicação do capítulo e para as fotografias que ilustram a história.
Narrado em terceira pessoa, a leitura é fluída e muito fácil, a construção do cenário e do suspense foi bastante satisfatória, mas os personagens deixaram a desejar. Eles são imaturos, seus diálogos são sempre rasos e a ideia de que três pessoas que acabaram de se conhecer possam ser tão amigos e se conhecerem tão bem de forma imediata me soou um tanto estranho e forçado, o que acaba tornando a história muito mais infantil do que parece. A amizade deles não me convenceu, ela é avançada demais pra tão pouco tempo de convivência, e o romance que surgiu alí foi totalmente dispensável visto que, além de instantâneo, não é coerente com personagens tão infantis e sem a menor profundidade.
Dan parece ter sido criado para ser o inteligente do trio, mas se comporta como um menino de 12 anos totalmente nonsense e oco. Assim como ele, Abby e Jordan também são muito inconsistentes e não mantém o foco de quem aparentaram ser quando foram apresentados. Abby faz o estilo irresistível que mexe com a cabeça de Dan em pleno sanatório, enquanto Jordan é o colega de quarto mandão e gay. E fiquei me perguntando qual o motivo de Jordan ser gay, visto que isso não acrescentou em nada.
A premissa é muito boa, não vou negar, pois Dan começa a investigar sobre a história do manicômio, sobre os pacientes insanos e porquê a cidade queria que ele fosse destruído, e a medida que as informações vêm a tona, Dan passa a ter pesadelos, recebe bilhetes perturbadores sem saber de quem veio e se sente observado e perseguido. Algumas mortes ocorrem e Dan se encontra em apuros, complicando a si mesmo e a sua própria sanidade. Em cima disso a história se desenrola e se o foco tivesse sido mantido nessa linha teria sido muito mais proveitoso. Mas não foi o que aconteceu pois os personagens acabaram me desviando a atenção agindo feito idiotas.
Ao final fiquei com a impressão de que a autora quis criar uma história, aproveitando ideias de outras mas adaptando à própria, usando um manicômio como pano de fundo para criar uma atmosfera aterrorizante (e clichê), mas, apesar de o enredo ser muito bom, não conseguiu atingir o objetivo com muito sucesso devido aos protagonistas. Em momento algum fiquei incomodada com o impacto que as fotos deveriam causar. Posso afirmar que a história como um todo é chamativa, muito boa e tem seus mistérios que realmente envolvem o leitor, mas a construção dos personagens foi um ponto falho que, ao meu ver, colaborou para que eu me sentisse incomodada e não aproveitasse a leitura tanto quando imaginei.
O fim deixa um gancho para o segundo livro, Sanctum (ainda não publicado), pois um dos mistérios não foi totalmente resolvido. Pretendo continuar lendo a série, mas gostaria imensamente que os personagens crescessem um pouco mais e agissem de acordo, pois o comportamento deles não condiz com a realidade na qual se encontram.
Pra quem gosta de um suspense beeem juvenil e tem curiosidade por histórias que envolvem manicômios sinistros, é uma boa pedida.
A loucura é algo relativo. Depende muito do lado da grade em que a pessoa está.
Entrevista com o Vampiro - A História de Cláudia - Anne Rice
20 de março de 2015
Lido em: Março de 2015
Título: Entrevista com o Vampiro - A História de Cláudia
Autora: Anne Rice
Editora: Rocco
Gênero: Romance/Sobrenatural/Graphic Novel
Ano: 2015
Páginas: 224
Nota: ★★★★★
Resenha: Entrevista com o Vampiro inaugura a série As Crônicas Vampirescas da ilustre autora Anne Rice. O livro foi adaptado para o cinema e foi estrelado por Tom Cruise (Lestat), Brad Pitty (Louis) e Kirsten Dunst (Claudia).
Nele conhecemos a versão dos fatos quando Louis dá uma entrevista contando sobre sua "vida" ao lado de Lestat e Claudia após ter se transformado em vampiro.
Nesta versão, A História de Claudia, Ashley Marie Witter deu vida aos personagens através de seus traços carregados de expressão e reconta a história sob o inédito ponto de vista de Claudia, a garotinha de 6 anos que foi transformada em vampira e criada como filha por Lestat e Louis.
Porém, por não crescer e envelhecer fisicamente, Claudia carrega dentro de si uma amargura eterna por ter se tornado uma vampira sedenta, capaz de enganar e arrasar famílias inteiras, cujos desejos não podem ser totalmente supridos por estar presa num corpo de criança e ser vista como a eterna boneca com rosto angelical e inocente que aparenta.
Nutrindo um amor platônico e impossível por Louis, e desesperada por encontrar respostas sobre sua natureza sombria, Claudia deseja encontrar outros de sua espécie, mas por sempre ser impedida por Lestat, acaba nutrindo um grande desejo por vingança, fazendo com que se torne ainda mais perversa em seus propósitos.
As ilustrações em tons de sépia, destacando sangue e fogo em suas cores naturais, dão um tom ainda mais sombrio, misterioso e charmoso à história, representando com bastante fidelidade todo o clima criado por Rice. O estilo vitoriano também se faz presente, visto que a história se passa em Nova Orleans por volta do século XIX. Os personagens possuem traços andróginos, o que faz com que passem delicadeza e sensualidade no que diz respeito a aparência, mesmo que sejam criaturas vorazes e violentas por natureza.
A narrativa é feita por Claudia ao contar sua história desde que "nasceu" como vampira, passando por seus feitos terríveis e seu desejo impossível de ser adulta, chegando a Paris e encontrando o famoso Teatro dos Vampiros, até seu fim trágico. Além do leitor poder acompanhar todos os pensamentos de Claudia, que desperta o pior de si devido a maldição que a prendeu naquela forma infantil, é perceptível que com o passar das décadas seu olhar vai mudando, se tornando mais hostil, intenso e enigmático, e através dele nota-se que se trata de uma mulher selvagem com muito mais idade e experiência do que uma simples garotinha.
Lestat e Louis também são retratados com fidelidade. Lestat aparece como um vampiro egocêntrico, arrogante e sombrio, mas que com o passar do tempo é visto por Claudia como alguém tedioso e autoritário e que deveria pagar pelo que lhe fez. Louis, com seu comportamento passivo diante de Lestat, faz o papel de mãe/pai de Claudia e é nele que ela encontra refúgio e segurança, além de vê-lo como um amante que ela jamais poderá ter.
O livro é uma obra de arte. Capa dura retratando a falsa aparência inocente da vampira mirim, o título é dourado, as folhas são lisas em estilo revista e com ilustrações magníficas que compõe essa graphic novel fantástica, que trás ao leitor novos conflitos e uma visão que enriquece ainda mais a história através da perspectiva de Claudia. Uma obra imperdível para os fãs do original.
Título: Entrevista com o Vampiro - A História de Cláudia
Autora: Anne Rice
Editora: Rocco
Gênero: Romance/Sobrenatural/Graphic Novel
Ano: 2015
Páginas: 224
Nota: ★★★★★
Sinopse: Esta não é simplesmente uma adaptação para os quadrinhos de Entrevista com o vampiro, bestseller de Anne Rice. Meticulosamente ilustrado por Ashley Marie Witter, a versão em graphic novel do livro de estreia da rainha dos vampiros reconta a história sob um ponto de vista inédito: o da vampira criança Cláudia, a imortal de 6 anos de idade, órfã e assassina, vítima e monstro.
As ilustrações em tons de sépia de Ashley Marie Witter retratam fielmente os personagens felinos e andróginos de Rice. O desenho detalhista, algo vintage, reforça o clima ao mesmo tempo sensual e sombrio da obra original, renovando e enriquecendo a narrativa.
A história se inicia com a transformação da enigmática Cláudia em um vampiro e acompanha seu “envelhecimento”, as hostilidades crescentes entre ela e Lestat, seu caso de amor platônico com Louis e sua busca desesperada por outros de sua espécie, com quem espera obter respostas sobre sua própria natureza.
A perspectiva de Cláudia, com uma mente adulta eternamente aprisionada em um corpo infantil, nos mostra uma nova gama de conflitos e contradições, nunca antes apresentados em qualquer livro da série original, tornando esse volume um item indispensável para qualquer aficionado por Anne Rice e seus personagens.
A adaptação é a primeira graphic novel inteiramente produzida pela autora e ilustradora Ashley Marie Witter, que estudou desenho pensando em trabalhar com cinema e videogames antes de descobrir sua vocação para os quadrinhos.
Resenha: Entrevista com o Vampiro inaugura a série As Crônicas Vampirescas da ilustre autora Anne Rice. O livro foi adaptado para o cinema e foi estrelado por Tom Cruise (Lestat), Brad Pitty (Louis) e Kirsten Dunst (Claudia).
Nele conhecemos a versão dos fatos quando Louis dá uma entrevista contando sobre sua "vida" ao lado de Lestat e Claudia após ter se transformado em vampiro.
Nesta versão, A História de Claudia, Ashley Marie Witter deu vida aos personagens através de seus traços carregados de expressão e reconta a história sob o inédito ponto de vista de Claudia, a garotinha de 6 anos que foi transformada em vampira e criada como filha por Lestat e Louis.
Porém, por não crescer e envelhecer fisicamente, Claudia carrega dentro de si uma amargura eterna por ter se tornado uma vampira sedenta, capaz de enganar e arrasar famílias inteiras, cujos desejos não podem ser totalmente supridos por estar presa num corpo de criança e ser vista como a eterna boneca com rosto angelical e inocente que aparenta.
Nutrindo um amor platônico e impossível por Louis, e desesperada por encontrar respostas sobre sua natureza sombria, Claudia deseja encontrar outros de sua espécie, mas por sempre ser impedida por Lestat, acaba nutrindo um grande desejo por vingança, fazendo com que se torne ainda mais perversa em seus propósitos.
As ilustrações em tons de sépia, destacando sangue e fogo em suas cores naturais, dão um tom ainda mais sombrio, misterioso e charmoso à história, representando com bastante fidelidade todo o clima criado por Rice. O estilo vitoriano também se faz presente, visto que a história se passa em Nova Orleans por volta do século XIX. Os personagens possuem traços andróginos, o que faz com que passem delicadeza e sensualidade no que diz respeito a aparência, mesmo que sejam criaturas vorazes e violentas por natureza.
A narrativa é feita por Claudia ao contar sua história desde que "nasceu" como vampira, passando por seus feitos terríveis e seu desejo impossível de ser adulta, chegando a Paris e encontrando o famoso Teatro dos Vampiros, até seu fim trágico. Além do leitor poder acompanhar todos os pensamentos de Claudia, que desperta o pior de si devido a maldição que a prendeu naquela forma infantil, é perceptível que com o passar das décadas seu olhar vai mudando, se tornando mais hostil, intenso e enigmático, e através dele nota-se que se trata de uma mulher selvagem com muito mais idade e experiência do que uma simples garotinha.
Lestat e Louis também são retratados com fidelidade. Lestat aparece como um vampiro egocêntrico, arrogante e sombrio, mas que com o passar do tempo é visto por Claudia como alguém tedioso e autoritário e que deveria pagar pelo que lhe fez. Louis, com seu comportamento passivo diante de Lestat, faz o papel de mãe/pai de Claudia e é nele que ela encontra refúgio e segurança, além de vê-lo como um amante que ela jamais poderá ter.
O livro é uma obra de arte. Capa dura retratando a falsa aparência inocente da vampira mirim, o título é dourado, as folhas são lisas em estilo revista e com ilustrações magníficas que compõe essa graphic novel fantástica, que trás ao leitor novos conflitos e uma visão que enriquece ainda mais a história através da perspectiva de Claudia. Uma obra imperdível para os fãs do original.
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True - Erin McCarthy
19 de março de 2015
Lido em: Março de 2015
Título: True - True Believers #1
Autora: Erin McCarthy
Editora: Verus
Gênero: NA/Romance
Ano: 2014
Páginas: 265
Nota: ★★★★☆
Resenha: True é o primeiro livro da série True Believers, escrito pela autora Erin McCarthy e publicado no Brasil pelo selo Verus do grupo Editorial Record.
Rory é uma jovem e brilhante universitária, tímida e que faz o tipo "certinha". Por ter sido criada de forma rígida pelo pai superprotetor após a morte de sua mãe, ela é antissocial e nunca teve um namorado, passando longe de qualquer tipo de relacionamento, logo, é virgem e ainda acha que não desperta interesse de nenhum cara por considerar que não possui atrativos suficientes. Rory é o oposto de suas colegas de quarto, Jessica, Robin e Kylie, mas decide mudar isso numa das festas da universidade, porém, sua primeira tentativa de se "aventurar" foi um grande engano que quase acaba em um desastre. Tyler, o bad boy irresistível e cheio de tatuagens, acaba salvando-a e a partir daquele momento surge algo mais entre eles. Porém, o que Rory ainda não sabia, era que suas colegas, após descobrirem que ela ainda era virgem, teriam pagado Tyler para resolver esse pequeno problema, mas o envolvimento dos dois vai muito além de cem dólares, pois Tyler nunca havia conhecido ninguém que lhe despertasse tanto interesse como Rory. Tyler é cheio de mistérios e tem problemas familiares terríveis, e reconhece que jamais poderia oferecer algo para Rory, mas a relação dos dois é tão intensa e cheia de cumplicidade que a decisão entre fazer o que seria o certo e seguir seu coração é algo quase impossível de se tomar diante do que irão enfrentar.
Narrado em primeira pessoa de forma bastante fluida e pelo ponto de vista de Rory, True é um romance New Adult cheio de elementos bastante clichês, como a jovem universitária virgem que convive com colegas de quartos abusadas e o eterno bad boy tatuado que arrasa corações, mas carrega dramas que incrementam a trama tornando-a doce e intensa, além de equilibrar sentimentos e problemas vivenciados pelos personagens muito realistas e críveis.
Rory, por mais que seja certinha, sabe o que quer e se impõe. Ela é sincera, independente e realista. Acredita no que é certo e fica sensibilizada quando descobre que por trás de toda aquela pose de Tyler, há uma história trágica. Ela ainda trás a tona questões que muitas garotas enfrentam, como a insegurança e a dúvida sobre as verdadeiras intenções de um cara num relacionamento.
Tyler tem todo aquele estilo, mas carrega uma enorme responsabilidade quando seus problemas familiares vem a tona e descobrimos que ele e o irmão mais velho são responsáveis pelos irmãos mais novos pois o pai está preso e a mãe é alcoólatra e usuária de drogas.
Diante desses problemas, acredito que a autora soube equilibrar bem um romance que começou de forma improvável frente aos problemas pessoais de cada um, e o drama abrangeu não só a protagonista e seu par romântico, mas os personagens secundários também visto que eles também eram afetados pelo problema, e é esse o ponto que causa mais emoção no leitor.
O livro tem algumas cenas quentes, mas nada que possa ser considerado erótico, até mesmo porque o foco da história não é esse.
Um ponto a ser destacado é o título do livro, que evidencia o amor verdadeiro e que foi imortalizado em forma de tatuagem em Tyler, e que tem um significado muito maior do que parece e com certeza irá comover os mais sensíveis, pois não faz referência somente ao casal e isso pra mim foi incrível. A maioria dos romances desse gênero focam no relacionamento do casal, mas a autora acertou em apostar no relacionamento e na preocupação de Tyler com os irmãos, e que tudo o que ele faz, por mais errado que outras pessoas possam pensar, é em nome do amor que ele sente por eles. Um amor por quem realmente importa.
Mesmo que tenha considerado o desfecho corrido demais, o que importou pra mim foi a forma como a autora construiu laços, seja eles de amizade, amorosos ou familiares, pois True é tocante e realmente convence por estar totalmente dentro da nossa realidade. Um romance que irá sensibilizar leitores com diferentes e, acima de tudo, importantes, formas de mostrar o que é o amor verdadeiro.
Título: True - True Believers #1
Autora: Erin McCarthy
Editora: Verus
Gênero: NA/Romance
Ano: 2014
Páginas: 265
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Quando as colegas de quarto de Rory descobrem que a tímida e estudiosa garota nunca passou uma noite com um homem, decidem que vão ajudá-la a perder a virgindade contratando o confiante e tatuado Tyler para fazer o serviço, porém sem o conhecimento dela. Tyler sabe que não é bom o bastante para Rory. Ela é brilhante, enquanto ele está lutando para se formar na faculdade e conseguir um emprego, para, então, poder tirar seus irmãos mais novos da mãe drogada. Mas ele acaba aceitando a proposta, pelo menos como uma oportunidade de conhecer Rory melhor. Há algo nela que o intriga e o faz querer ficar por perto - mesmo sabendo que não deveria.
Divididos entre o bom senso e o desejo, os dois se veem envolvidos em uma relação apaixonada. Mas, quando a família desajustada de Tyler ameaça destruir seu futuro - assim como o dela -, Rory precisa decidir se vai cortar os laços com o perigoso mundo do namorado ou se vai seguir seu coração, não importa o preço a pagar.
Resenha: True é o primeiro livro da série True Believers, escrito pela autora Erin McCarthy e publicado no Brasil pelo selo Verus do grupo Editorial Record.
Rory é uma jovem e brilhante universitária, tímida e que faz o tipo "certinha". Por ter sido criada de forma rígida pelo pai superprotetor após a morte de sua mãe, ela é antissocial e nunca teve um namorado, passando longe de qualquer tipo de relacionamento, logo, é virgem e ainda acha que não desperta interesse de nenhum cara por considerar que não possui atrativos suficientes. Rory é o oposto de suas colegas de quarto, Jessica, Robin e Kylie, mas decide mudar isso numa das festas da universidade, porém, sua primeira tentativa de se "aventurar" foi um grande engano que quase acaba em um desastre. Tyler, o bad boy irresistível e cheio de tatuagens, acaba salvando-a e a partir daquele momento surge algo mais entre eles. Porém, o que Rory ainda não sabia, era que suas colegas, após descobrirem que ela ainda era virgem, teriam pagado Tyler para resolver esse pequeno problema, mas o envolvimento dos dois vai muito além de cem dólares, pois Tyler nunca havia conhecido ninguém que lhe despertasse tanto interesse como Rory. Tyler é cheio de mistérios e tem problemas familiares terríveis, e reconhece que jamais poderia oferecer algo para Rory, mas a relação dos dois é tão intensa e cheia de cumplicidade que a decisão entre fazer o que seria o certo e seguir seu coração é algo quase impossível de se tomar diante do que irão enfrentar.
Narrado em primeira pessoa de forma bastante fluida e pelo ponto de vista de Rory, True é um romance New Adult cheio de elementos bastante clichês, como a jovem universitária virgem que convive com colegas de quartos abusadas e o eterno bad boy tatuado que arrasa corações, mas carrega dramas que incrementam a trama tornando-a doce e intensa, além de equilibrar sentimentos e problemas vivenciados pelos personagens muito realistas e críveis.
Rory, por mais que seja certinha, sabe o que quer e se impõe. Ela é sincera, independente e realista. Acredita no que é certo e fica sensibilizada quando descobre que por trás de toda aquela pose de Tyler, há uma história trágica. Ela ainda trás a tona questões que muitas garotas enfrentam, como a insegurança e a dúvida sobre as verdadeiras intenções de um cara num relacionamento.
Tyler tem todo aquele estilo, mas carrega uma enorme responsabilidade quando seus problemas familiares vem a tona e descobrimos que ele e o irmão mais velho são responsáveis pelos irmãos mais novos pois o pai está preso e a mãe é alcoólatra e usuária de drogas.
Diante desses problemas, acredito que a autora soube equilibrar bem um romance que começou de forma improvável frente aos problemas pessoais de cada um, e o drama abrangeu não só a protagonista e seu par romântico, mas os personagens secundários também visto que eles também eram afetados pelo problema, e é esse o ponto que causa mais emoção no leitor.
O livro tem algumas cenas quentes, mas nada que possa ser considerado erótico, até mesmo porque o foco da história não é esse.
Um ponto a ser destacado é o título do livro, que evidencia o amor verdadeiro e que foi imortalizado em forma de tatuagem em Tyler, e que tem um significado muito maior do que parece e com certeza irá comover os mais sensíveis, pois não faz referência somente ao casal e isso pra mim foi incrível. A maioria dos romances desse gênero focam no relacionamento do casal, mas a autora acertou em apostar no relacionamento e na preocupação de Tyler com os irmãos, e que tudo o que ele faz, por mais errado que outras pessoas possam pensar, é em nome do amor que ele sente por eles. Um amor por quem realmente importa.
Mesmo que tenha considerado o desfecho corrido demais, o que importou pra mim foi a forma como a autora construiu laços, seja eles de amizade, amorosos ou familiares, pois True é tocante e realmente convence por estar totalmente dentro da nossa realidade. Um romance que irá sensibilizar leitores com diferentes e, acima de tudo, importantes, formas de mostrar o que é o amor verdadeiro.
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Novidades de Março - Jangada
18 de março de 2015
Starling - Starling #1 - Lesley Livingston
Muito Além do Tempo - Timeless # 1 - Alexandra Monir
Mason Starling é campeã de esgrima da equipe da Academia Gosforth, mas nunca teve de lutar por sua vida. Não até a noite em que uma violenta tempestade sobrenatural assola Manhattan, aprisionando Mason e seus colegas de equipe dentro da escola. Mason é atacada por criaturas horrendas, com forma vagamente humana, mais aterrorizantes que os trovões e raios, enquanto a tormenta traz para a vida dela um perigoso desconhecido: um jovem que não se recorda de nada além de seu nome - Fennrys, o Lobo. A chegada desse garoto misterioso faz em pedaços o mundo de Mason, ao mesmo tempo que uma atração inegável surge entre eles. Juntos, eles tentam desvendar os segredos da identidade de Fenn, enquanto forças estranhas e sobrenaturais se adensam à volta deles. Quando descobrem que a família de Mason, com sua obscura ligação com antigos deuses nórdicos, é a chave de todo o mistério, Fennrys e Mason subitamente se veem diante de um futuro catastrófico: o Ragnarök - ou o fim do mundo, como o conhecemos.
Muito Além do Tempo - Timeless # 1 - Alexandra Monir
Uma tragédia atinge a família de Michele Windsor, e ela é forçada a morar com os avós que nunca conheceu. Em sua mansão histórica em Nova York, repleta de segredos de família, Michele encontra um diário que tem o incrível poder de fazê-la retroceder no tempo, até o ano em que foi escrito, 1910. Lá Michele encontra o rapaz que ela viu em sonhos durante toda sua vida. Em pouco tempo, ela se vê apaixonada por ele. Quando se dá conta, Michele está vivendo uma vida dupla, lutando para conciliar seu mundo de estudante com suas viagens ao passado. Mas, quando se depara com uma descoberta terrível, ela é lançada numa corrida contra o tempo para salvar o homem que ama, e empreender uma busca que determinará o destino dos dois.
Novidades de Março - Leya
17 de março de 2015
O Código Perdido - Os Atlantes #1 - Kevin Emerson
Com Carinho, Lucy B. Parker. Menina x Superstar - Robin Palmer
Submissão - Surrender #2 - Maya Banks
O menino que falava com cães - Martin McKenna
Somos todos canalhas - Clóvis de Barros Filho e Júlio Pompeu
O Pecado de Porto Negro - Norberto Morais
A vida depois da luz - Anaximandro Amorim
Em O código perdido, primeiro volume desta distopia, Owen Parker precisa desvendar os mistérios que cercam sua descendência para evitar a aniquilação total da raça humana.
Ele contará com a ajuda de Lily, uma garota tão encantadora quanto misteriosa, para entender o que está por trás de seu código genético e salvar o planeta Terra, devastado por mudanças climáticas. Para isso, ele precisará escapar do interesse da Corporação Éden nos seus conhecimentos ancestrais e fugir para o deserto pós-apocalíptico fora do domo do Éden.
Com Carinho, Lucy B. Parker. Menina x Superstar - Robin Palmer
Quem nunca brigou com as melhores amigas, fez besteiras no cabelo ou mandou cartas para um programa de TV? Lucy fez tudo isso, e muito mais para conseguir lidar com a novidade que sua mãe acaba de lhe contar. O casamento dela com o pai de uma estrela teen de cinema, música e TV vai virar o mundo de Lucy de cabeça para baixo. E as comparações entre a garota desleixada que vive seus últimos dias de criança e sua meia-irmã superstar serão inevitáveis - e humilhantes.
Um livro leve e divertido sobre os desafios que toda garota enfrenta ao crescer. De forma bem humorada,
Lucy ensina como lidar com essa fase difícil e encantadora, pela qual toda adolescente passa.
Submissão - Surrender #2 - Maya Banks
Em Submissão, segundo livro da série, Maya Banks nos conta a história de Kylie, uma mulher assombrada pelas lembranças tortuosas do passado, explorando ao lado de Jensen, um homem dominador, as possibilidades de um recomeço como ela nunca poderia imaginar.
O menino que falava com cães - Martin McKenna
Todos nós, em algum momento da vida, já nos sentimos desprezados e sem lugar no mundo. A impressão é que, nessas horas, apenas os animais são capazes de nos acolher profundamente, oferecendo um amor desinteressado e puro, sem pedir nada em troca. Essa é síntese da história de vida de Martin McKenna. Ainda criança, em uma pequena cidade da Irlanda, o garoto sentiu na pele o significado da palavra rejeição. Sofrendo bullying na escola e em casa, resolveu fugir e viver nas ruas, onde foi adotado por seis cachorros.
A partir dessa convivência, Martin descobriu a linguagem, as leis de comportamento e os hábitos que definem o universo dos cães. Mais importante ainda, seus companheiros o ajudaram a entender o significado de conceitos como coragem e respeito por si próprio.
Uma história emocionante, que serve de inspiração para todos aqueles que se sentem como Martin. Um livro único, com um olhar fascinante sobre o comportamento canino e como o nosso relacionamento com esses extraordinários seres ainda tem muito a ser desenvolvido.
Somos todos canalhas - Clóvis de Barros Filho e Júlio Pompeu
Desde que o homem pensa, estamos em busca de valores absolutos, tais como o bem, o sagrado, o justo e o belo. Nossa vida, afinal, depende de escolhas, e para fazê-las precisamos de fundamentos que nos sirvam como guias. É para falar sobre esses fundamentos – e sobre aquilo que nos faz livres para escolher entre os muitos caminhos que a vida oferece – que Clóvis de Barros Filho e Júlio Pompeu fazem neste livro um diálogo sobre o valor. Com a linguagem que já se tornou sua marca – direta, apaixonada e inimiga do bom mocismo –, eles trazem as raízes filosóficas desse conceito para o nosso dia a dia e mostram a importância de entender o que é o valor em um mundo onde predominam os homens incapazes de transcender o próprio umbigo – em uma palavra, os canalhas.
Como atribuir valor a uma obra de arte, paisagem, conduta humana? O que nos faz dizer que uma pessoa é mais bonita que outra, ou que uma ação é melhor que outra, ou ainda que um funcionário é mais útil que outro? Para viver e conviver, é preciso o tempo todo responder a perguntas como essas, uma vez que não há nada que façamos sem supor quanto valem as coisas. E, mais do que isso, é preciso entender que não existem referências aceitas por todos, e que por isso estamos sempre escolhendo com base em interesses pessoais, o que nos leva constantemente ao conflito.
É para nos ajudar a viver com a consciência dos valores que nos guiam que este livro foi escrito. Ou os compreendemos e assumimos as rédeas de nossa existência, agindo de acordo com esses valores, ou então nos deixamos devorar por eles e vivemos uma vida cujas referências são estranhas a nós mesmos.
O Pecado de Porto Negro - Norberto Morais
Em Porto Negro, capital da ilha de São Cristóvão, todo mundo conhece Santiago Cardamomo, o bom malandro que trabalha na estiva, tem muitos amigos e adora mulheres, de preferência feias, raramente passando uma noite sozinho. O seu sucesso com o sexo oposto, aliás, provoca inveja naqueles a quem a sorte nunca bateu à porta, sobretudo o enfezado Rolindo Face, que há muito alimenta esperanças pelo amor de Ducélia Trajero – a filha que o patrão açougueiro guarda como um tesouro.
Até que, no dia em que ensaiava pedir a mão da doce jovem, Rolindo assiste sem querer a um pecado impossível de perdoar, e que acabará por alterar a vida de incontáveis porto-negrinos, incluindo a da própria mãe; a de um foragido da justiça que vive um amor clandestino para se esquecer do passado; a de Cuménia Salles, a dona do Chalé l’Amour, a mais famosa casa de meninas da cidade; ou a de Chalila Boé, um mulato afeminado que, nas desertas horas da madrugada, se perde pelo porto à procura do amor.
A vida depois da luz - Anaximandro Amorim
Anaximandro Amorim viveu, aos trinta anos, uma impressionante experiência de quase morte. Para superar as sequelas de um grave acidente de carro, empreendeu uma impactante jornada de superação pessoal.
Uma lição de vida para quem já passou por situações semelhantes, e também para quem se interessa por espiritualidade, reflexão, religiosidade e outros temas de transcendência e aprimoramento.
Novidades Literárias - Março
16 de março de 2015
Pequenas Grandes Mentiras - Liane Moriarty
Ordem - Silo #2 - Hugh Howey
Selva de Gafanhotos - Andrew Smith
Férias Infernais - Cassandra Clare, Claudia Gray, Libba Bray, Maureen Johnson e Sarah Mlynowski
Síndrome Psíquica Grave - Alicia Thompson
Reboot - Reboot #1 - Amy Tintera
Dois Garotos se Beijando - David Levithan
Com muita bebida e pouca comida, o encontro de pais dos alunos da Escola Pirriwee tem tudo para dar errado. Fantasiados de Audrey Hepburn e Elvis, os adultos começam a discutir já no portão de entrada, e, da varanda onde um pequeno grupo se juntou, alguém cai e morre.
Quem morreu? Foi acidente? Se foi homicídio, quem matou?
Pequenas grandes mentiras conta a história de três mulheres, cada uma delas diante de uma encruzilhada.
Madeline é forte e decidida. No segundo casamento, está muito chateada porque a filha do primeiro relacionamento quer morar com o pai e a jovem madrasta. Não bastasse isso, Skye, a filha do ex-marido com a nova mulher, está matriculada no mesmo jardim de infância da caçula de Madeline.
Celeste, mãe dos gêmeos Max e Josh, é uma mulher invejável. É magra, rica e bonita, e seu casamento com Perry parece perfeito demais para ser verdade.
Celeste e Madeleine ficam amigas de Jane, a jovem mãe solteira que se mudou para a cidade com o filho, Ziggy, fruto de uma noite malsucedida.
Quando Ziggy é acusado de bullying, as opiniões dos pais se dividem. As tensões nos pequenos grupos de mães vão aumentando até o fatídico dia em que alguém cai da varanda da escola e morre. Pais e professores têm impressões frequentemente contraditórias e a verdade fica difícil de ser alcançada.
Ao colocar em cena ex-maridos e segundas esposas, mãe e filhas, violência e escândalos familiares, Liane Moriarty escreveu um livro viciante, inteligente e bem-humorado, com observações perspicazes sobre a natureza humana.
Ordem - Silo #2 - Hugh Howey
E se a sobrevivência dos seres humanos dependesse do deslocamento de milhares de cidadãos para uma enorme cidade subterrânea, com gigantescas telas de TV transmitindo imagens desoladoras do mundo do lado de fora e ninguém fosse autorizado a sair?
Esse é a história de Silo, a série escrita por Hugh Howey que desbancou Guerra dos Tronos na lista de livros de ficção científica mais vendidos na Amazon. No primeiro livro da série, a heroína era Juliette, uma mecânica nascida nos subterrâneos. A narrativa de Ordem, que alterna passado e presente, começa em um período anterior ao descrito em Silo, explicando como o mundo de Juliette foi transformado. São apresentados ao leitor um portador do século XXIII; um senador da Geórgia num futuro próximo; um garoto abandonado, cuja história termina quando a de Juliette começa, e Troy, que acorda em 2110 sem saber quem é.
Em Ordem, os personagens escapam da morte ao serem congelados em cápsulas criogênicas, sendo acordados de tempos em tempos para tomar remédios, realizarem alguns trabalhos alienantes e depois dormir outra vez. O livro volta no tempo, ao ano de 2049, revelando as decisões tomadas por alguns poucos poderosos, responsáveis por bilhões de mortes que deixarão a humanidade em vias de extinção.
Hugh Howey apresenta aos leitores um mundo pós-apocalíptico, com os poucos seres humanos restantes sobrevivendo à atmosfera tóxica do planeta Terra em um silo subterrâneo.
A narrativa torna-se claustrofóbica e contrita à medida que a humanidade é forçada a viver no silo e a tomar medicamentos que a fazem esquecer a destruição infligida aos amigos e parentes. Ao contar uma história que se passa em um futuro bem próximo, Howey cria um apocalipse totalmente convincente e, à medida que revela as camadas de seu mundo distópico, pavimentando o caminho para a sequência da série, "Legado".
Selva de Gafanhotos - Andrew Smith
Na pequena cidade de Ealing, Iowa, Austin e seu melhor amigo, Robby, libertam acidentalmente um exército incontrolável. São louva-a-deus de um metro e oitenta de altura, completamente tarados e famintos. Essa é a verdade. Essa é a história. É o fim do mundo e ninguém sabe o que fazer.
Com todos os elementos obrigatórios de um romance apocalíptico, Selva de gafanhotos mistura insetos gigantes, um cientista louco, um fabuloso bunker subterrâneo, um mal resolvido triângulo amoroso-sexual e muita, muita confusão, e está longe de tratar apenas do fim do mundo.
Engraçado, intenso e complexo, o livro fala de um jeito inovador de adolescência, relacionamentos, amizade e, claro, de temas um tanto mais inusitados, como testículos dissolvidos e milho modificado geneticamente. Um romance surpreendente sobre a odisseia hormonal, amorosa e intelectual que é essa fase da vida.
Férias Infernais - Cassandra Clare, Claudia Gray, Libba Bray, Maureen Johnson e Sarah Mlynowski
Mais uma vez, cinco grandes autoras se reúnem para contar histórias sobrenaturais... de férias que não se saíram muito como o planejado!
Acham perder a bagagem um grande problema? A viagem dos seus sonhos pode se tornar um pesadelo! Imagine ter de dividir os aposentos com uma bruxa rancorosa. E queimaduras de sol podem até ser ruins, mas nada se comparadas a uma maldição... Sombra e água fresca? Que nada. Todo mundo sabe que quando adolescentes saem de férias estão mesmo à procura de aventuras inesquecíveis.
Mas é preciso tomar cuidado com o que se deseja. Estes cinco contos sobrenaturais repletos de terror, vingança e maldições vão fazer você pensar duas vezes antes de escolher o próximo destino.
Síndrome Psíquica Grave - Alicia Thompson
A Paciente, Leigh Nolan (essa sou eu), começou seu primeiro ano na Universidade de Stiles. Ela decidiu se formar em psicologia (apesar de seus pais preferirem que ela estudasse tarô, não Manchas de Rorschach).
A Paciente tem a tendência a analisar demais as coisas, especialmente quando isso envolve o sexo oposto. Exemplo: por que Andrew, seu namorado de mais de um ano, nunca a convida para passar a noite com ele e dar o próximo passo no relacionamento — leia-se transar? E por que ela passou a ter sonhos eróticos com Nathan, o colega de quarto de Andrew que tanto a odeia?
Fatos agravantes incluem: outros alunos de psicologia supercompetitivos, uma professora que precisa urgentemente de análise e uma colegial que acha que a Paciente é, em uma palavra, ingênua.
Reboot - Reboot #1 - Amy Tintera
Quando grande parte da população do Texas foi dizimada por um vírus, os seres humanos começaram a retornar da morte. Os Reboots eram mais fortes, mais rápidos e quase invencíveis. E esse foi o destino de Wren Connolly, conhecida como 178, a Reboot mais implacável da CRAH, a Corporação de Repovoamento e Avanço Humano. Como a mais forte, Wren pode escolher quem treinar, e sempre opta pelos Reboots de número mais alto, que têm maior potencial. No entanto, quando a nova leva de novatos chega à CRAH, um simples 22 chama sua atenção, e, a partir do momento que a convivência com o novato faz com que ela comece a questionar a própria vida, a realidade dos reinicializados começa a mudar.
Dois Garotos se Beijando - David Levithan
Baseado em fatos e em parte narrado por uma geração que morreu em decorrência da Aids, o livro segue os passos de Harry e Craig, dois jovens de 17 anos que estão prestes a participar de um desafio: 32 horas se beijando para figurar no Livro dos Recordes. Enquanto tentam cumprir sua meta - e quebrar alguns tabus -, os dois chamam a atenção de outros jovens que também precisam lidar com questões universais como amor, identidade e a sensação de pertencer.
Novidades de Março - Companhia das Letras
15 de março de 2015
A Águia e o Dragão: Ambições Europeias e Mundialização no Século XVI - Serge Gruzinski
Histórias de Fantasma Para Gente Grande - Aby Warburg
Turismo Para Cegos - Tércia Montenegro
Uma História da Ópera - Carolyn Abbate e Roger Parker
Escuta - Poemas - Eucanaã Ferraz
O Médico e o Monstro: O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Sr. Hyde - Robert Louis Stevenson
O Mundo de Atenas - Luciano Canfora
Livro de Letras - Vinicius de Moraes
Dois Irmãos (HQ) #1 - Fábio Moon e Gabriel Bá
Corpo - Carlos Drummond de Andrade
A partir do século XVI, o destino dos homens — quisessem eles ou não — se desenrolava num palco planetário. No início dos anos 1520, enquanto Magalhães velejava rumo à Ásia pela rota do Ocidente, Cortés se apoderava do México- -Tenochtitlán, e os portugueses, instalados em Malaca, sonhavam em colonizar a China. A águia asteca acabou sendo aniquilada, mas o dragão chinês eliminou os intrusos, não sem antes ter tomado os canhões deles. Esses dois episódios assinalam uma etapa determinante em nossa história. Pela primeira vez, seres originários de três continentes se encontram, enfrentam-se ou se misturam. O Novo Mundo se torna inseparável dos europeus que vão conquistá-lo. E o Império Celestial se impõe, por muito tempo, como uma presa inacessível. O historiador francês Serge Gruzinski narra esse confronto entre duas civilizações que contrastavam em tudo, mas que já fascinavam seus contemporâneos. Nesta nova e soberba exploração dos mundos do Renascimento, ele apresenta as engrenagens da globalização ibérica, que fez da América e da China parceiros indispensáveis para os europeus.
Histórias de Fantasma Para Gente Grande - Aby Warburg
Nos últimos anos, os estudos de Warburg têm se tornado cada vez mais influentes e seu pensamento vive uma onda de redescoberta em diversos países e idiomas. A publicação deste volume se insere nesse contexto. Os ensaios e palestras foram selecionados pelo sociólogo Leopoldo Waizbort, professor titular na Universidade de São Paulo. São textos produzidos entre 1893 e 1929 e abrangem toda a vida intelectual de Warburg: dos primeiros escritos até o último deles. São textos diversos, concebidos para cumprir requisitos universitários, comunicações em congressos, palestras ou mesmo rascunhos e esboços para uso estritamente pessoal.
Turismo Para Cegos - Tércia Montenegro
A vida de Laila está prestes a se esfacelar. Jovem aluna de artes plásticas, ela tem o futuro interrompido pelo diagnóstico de uma retinose, doença degenerativa e incurável que cedo ou tarde lhe custará a visão. Dona de uma personalidade forte, ela passa a viver como que à margem dos códigos sociais da família rica e dos amigos bem sucedidos, fazendo o que bem entende e da maneira que lhe convém. É justamente assim que começa sua relação com Pierre, jovem funcionário público de vida e ambições modestas. Neste belíssimo romance de estreia, Tércia Montenegro usa a relação incomum de Laila e Pierre para explorar os labirintos de uma relação a dois. A autora usa da escuridão que envolve sua protagonista para revelar uma incomum (e familiar) história de amor.
Uma História da Ópera - Carolyn Abbate e Roger Parker
A ópera é uma das formas de arte mais extraordinárias dos últimos quatro séculos. Proibitivamente cara e irrealista por essência, representa no entanto as paixões humanas com inigualáveis poder e drama.
O livro de Carolyn Abbate e Roger Parker já nasce como referência: desde o clássico trabalho de Joseph Kerman, A ópera como drama, escrito na década de 1950 e ainda referência incontornável sobre o assunto, talvez o gênero não tenha recebido um tratamento de escopo tão ambicioso.
Se o leitor especializado encontrará neste ensaio análises profundas, o leigo encontrará um guia que o conduzirá às várias facetas e períodos da ópera e aos contextos sociais e econômicos que permitiram seu desenvolvimento. Os autores traçam análises profundas dos contextos sociais, políticos e literários, das circunstâncias econômicas e das quase constantes polêmicas que acompanharam o desenvolvimento do gênero nos últimos quatro séculos.
Escuta - Poemas - Eucanaã Ferraz
A morte é o principal tema de Escuta. Suicídios, assassinatos e guerras surgem por vezes em cenas que parecem saídas de noticiários. É também significativo que uma das seções do livro tenha por título “Memórias póstumas”: agrupam-se ali textos que condensam os estados afetivos mais extremos.
Para equilibrar esse quadro, uma das partes do livro se chama “Alegria”. O leitor vê-se então arrastado por um feixe intenso de cores, vibrações e desejos.
Decididamente urbanos, os poemas percorrem uma vasta geografia, que tanto podem remeter ao extermínio e ao aniquilamento quanto se voltar para um Brasil distante das capitais.
Neste livro, tomamos parte numa penetrante escuta do mundo. Alargando ao extremo os limites da expressão lírica, o poeta lançou-se ao encontro de experiências, cenas, fatos, personagens, palavras, e em tudo reconhecemos tempos e espaços contemporâneos construídos por uma voz singular.
O Médico e o Monstro: O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Sr. Hyde - Robert Louis Stevenson
Poucos clássicos da literatura são tão conhecidos e adorados como O estranho caso do Dr. Jekyll e Sr. Hyde. Escrito quando o autor tinha trinta e cinco anos de idade, em 1885, o romance foi um sucesso imediato de público e inseriu Robert Louis Stevenson no grupo seleto dos grandes escritores da literatura universal.
Ao narrar as experiências de um médico que, numa “noite maldita”, tomou uma poção fumegante de coloração avermelhada e descobriu “a dualidade absoluta e primordial do homem”, o autor escocês criou uma história de suspense e horror, em que o perigo iminente não está do lado de fora, mas do lado de dentro, na parte obscura da alma.
Esta edição, além de uma introdução de Robert Mighall, Ph.D. em ficção gótica e ciência médico-legal vitoriana na Universidade de Wales, conta com um prefácio do escritor Luiz Alfredo Garcia-Rosa, que define o romance como “um dos mais perfeitos e provavelmente o mais famoso romance de mistério da literatura de língua inglesa”.
O Mundo de Atenas - Luciano Canfora
Para o imaginário ocidental, a Atenas antiga representa muito mais que uma simples cidade. O período que vai das reformas de Clístenes (508 a.C.) à morte de Sócrates (399 a.C.) consagrou um modelo universal, tanto político quanto cultural. Político pois se atribui a Atenas a invenção da democracia. Cultural pois a ela se credita tudo que é considerado clássico: a filosofia, a história, o teatro, a literatura, a arte e a arquitetura.
Luciano Canfora procura restituir a cidade à sua história, estudar Atenas e seu tempo a partir dos textos primários, destituídos das camadas geológicas de interpretação e mito. O resultado é o desmanche da máquina retórica em torno do “berço da democracia”.
Livro de Letras - Vinicius de Moraes
Nova edição ampliada com todas as canções que Vinicius compôs — sozinho ou com seus “parceirinhos”, como dizia o poeta.
Vinicius de Moraes é uma das pedras de toque da moderna canção brasileira. Moderna sim, pois as letras que produziu (sozinho ou com parceiros como Antonio Carlos Jobim, Edu Lobo e Chico Buarque) ainda hoje são exemplares em seu frescor, sua calculada simplicidade, sua sincera e lírica exposição dos afetos. Um dos renovadores da nossa música com a Bossa Nova, o poeta foi além dos rótulos, deixando um legado musical rico, variado e — hoje — clássico.
Esta nova edição do Livro de letras reúne a totalidade de canções compostas por Vinicius, entre peças individuais e parcerias. Um elenco inesquecível de canções, conhecidas hoje no Brasil e no mundo: “Garota de Ipanema”, “Canto de Ossanha”, “Água de beber” e “A tonga da mironga do kabuletê”, entre dezenas de outras. De quebra, duas letras que anteriormente não tinham sido publicadas, fruto da parceria do poeta com os compositores Francis Hime e Edu Lobo.
Completa o volume o ensaio de Paulo da Costa e Silva, encomendado especialmente para esta edição, com uma análise detida e esclarecedora da canção em Vinicius de Moraes, além de textos de Eucanaã Ferraz (curador da coleção), José Castello (sobre o percurso do Vinicius letrista) e uma divertida crônica do autor português Alexandre O’Neill sobre um concerto de Vinicius e Baden a alegrar uma noitada e espantar o cinza em plena Lisboa salazarista.
Dois Irmãos (HQ) #1 - Fábio Moon e Gabriel Bá
O primeiro álbum produzido em conjunto pelos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá após o premiado Daytripper – vencedor do Eisner Award, Havey Award e Eagle Award.
Dois Irmãos é uma adaptação em quadrinhos do livro homônimo escrito por Milton Hatoum e conta a história de como se constroem as relações de identidade e diferença numa família em crise. No centro da trama, estão dois irmãos gêmeos, Yaqub e Omar, e suas relações com a mãe, o pai e a irmã, que moram em Manaus/AM.
Corpo - Carlos Drummond de Andrade
Publicado em 1984, Corpo é um dos grandes livros da última fase de Carlos Drummond de Andrade. Com mais de oitenta anos de vida e cinquenta de carreira literária, o mineiro jamais se acomodaria: a força dos poemas reunidos neste volume é testemunha do inesgotável talento para ajustar, numa poesia tão comunicativa quanto poderosa, grandes temas como o amor, a morte, o meio-ambiente e os afetos.
Rico em significados, o título do volume lança luz sobre os vários corpos habitados por todos nós: este físico e mortal que carregamos desde o nascimento, o corpo sensual, sensorial e afetivo, e o corpo geográfico e urbano. Não à toa há desde poemas sobre relações amorosas até observações sobre o “corpo” de nossas cidades, cada vez mais degradadas. A preocupação com a devastação à brasileira vinha sendo umas das preocupações de Drummond desde, pelo menos, o final da década de 1960.
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