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O Desapego Rebelde do Coração - Bianca Briones

19 de março de 2016

Título: O Desapego Rebelde do Coração - Batidas Perdidas #3
Autora: Bianca Briones
Editora: Verus
Gênero: Romance/Drama/Nacional/New Adult
Ano: 2016
Páginas: 406
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Quando um amor do passado ressurge e sentimentos mal resolvidos vêm à tona, é preciso decidir entre lutar pelo que se quer ou fugir - e pôr em risco a própria felicidade.
Branca sempre foi uma mulher independente, que não pensava em se casar tão cedo - até conhecer Lex. Entre idas e vindas, eles se casaram e se divorciaram menos de um ano depois. Ela levou um tempo para superar a perda e, sem esperar muito, começou com Rodrigo um perigoso jogo de gato e rato.
Rodrigo tinha uma queda por Branca quando mais novo, mas hoje a enxerga apenas como a razão de uma paixonite adolescente. O que ele esconde de todos - até de si mesmo - é quanto todas as perdas que sofreu o afetaram, e o único modo de lidar com isso é fingir não sentir nada.
Lex ficou muito tempo afastado de todos que amava, trabalhando em outra cidade e tentando seguir em frente, como sempre fez. Sua intenção era voltar apenas para o casamento de amigos, mas a vida tinha outros planos para ele.
Agora os três precisam lidar com o que está acontecendo - e mais, com o bebê que surge com Lex. Quanto a mágoa pode afastar duas pessoas que se amam? Como encarar uma situação em que pelo menos um deles certamente sairá ferido?
A série Batidas Perdidas está de volta, com um dos volumes mais aguardados e a pergunta que não quer calar: De quem será o coração de Branca?

Resenha: O Desapego Rebelde do Coração é o mais novo volume da série Batidas Perdidas, escrita por Bianca Briones e publicado pela Verus.

Branca sempre foi uma mulher independente e embora não pensasse em se casar tão cedo, mudou de ideia ao conhecer Lex. Eles se casaram mas as diversas brigas e desentendimentos que tinham resultaram num divórcio. Lex, então, se afastou para outra cidade para seguir com a vida. Não está sendo nada fácil para ela superar essa separação, mas seu espírito independente a faz fingir que sim. Solteira, Branca passa a praticar o desapego, curtindo baladas e aproveitando a vida como pode, mas ela não é a única a pensar que esse é o melhor meio de se livrar do que a machucou.
Rodrigo, o irmão de Viviane (protagonista do primeiro volume da série) era apaixonado por Branca na adolescência, mas desde que tudo passou ele acredita que deve aproveitar a vida ao máximo sem se apegar a ninguém. Agora ele já é um homem, e que homem! Até que eles decidem arriscar um relacionamento perigoso mas não dá pra esconder que o sentimento alí é forte.
Mas Lex volta do Rio de Janeiro com um bebê e cabe a todos resolverem como lidar com esse inevitável destino.
Branca, Lex e Rodrigo precisam seguir em frente e dar um rumo às suas vidas, mas como fazer isso se eles não conseguem se livrar do passado? Eles terão que lidar com suas emoções mais profundas a fim de conseguirem o que desejam.

O livro é narrado em primeira pessoa, antes e depois do que se passa no segundo livro, e os capítulos se intercalam entre Branca, Lex e Rodrigo. Pensei em considerar um triângulo amoroso, mas o foco está sobre Branca e Rodrigo na maior parte do tempo, mostrando um lado envolvente e sexy de um relacionamento. Eles estão vivendo a própria história e embora Lex tenha sua importância ele fica praticamente à margem dos acontecimentos até um determinado ponto em que surge para que a história tenha um clímax.
A escrita da autora é perfeita, intensa e carregada de sensibilidade a ponto de tocar em nossos corações.
"A vida segue. Se há algo que aprendi observando ao redor é que ela segue para todos, sem exceção. Não importa se você acha que não vai superar ou que ama demais uma pessoa para esquecer, a vida segue."
- Pág. 29
Os personagens são cativantes e muito humanos e suas personalidades é o que os fazem tão autênticos e verdadeiros.
Apesar dos personagens terem ligações entre si, cada livro se destina a alguns deles e por isso os livros podem ser lidos fora de ordem sem que haja muita interferência na compreensão. Por ora acompanhamos outros personagens dos volumes anteriores e, por mais que já saibamos algum resultado, é possível compreendermos como as coisas aconteceram até tal ponto.
Branca é bonita e independente e gosta dos prazeres da vida. Ela continua divertida e desbocada mas aqui se mostrou um pouco insegura, talvez pela própria situação em que se encontra, que é mais delicada do que ela já havia passado. Ela não se parece muito com a Branca dos livros anteriores.
Rodrigo vive por aí se divertindo com a mulherada sem se apegar a nenhuma delas, mas no fundo ele faz isso para ocultar algo por que passou e o marcou de forma negativa. Ele esconde seus sentimentos usando de uma fachada de moleque inconsequente, tentando mostrar pra todos - e pra si mesmo - que esqueceu Branca, mas obviamente não iria perder a chance de ficar com ela caso aparecesse em seu caminho, e é exatamento o que acontece...
Lex é um cara sensato e inteligente e seu relacionamento com Branca era como um íma. Juntos eram repelidos, mas havia uma força que os atraía quando se distanciavam.
O título apesar de soar meio estranho tem tudo a ver com a história, pois mostra personagens tentando se desapegar de pessoas ou costumes de uma forma desinibida, como se tudo aquilo fosse só mais uma fase sem tanta importância a ponto de se apegar.
"Estamos assustados com a intensidade dos batimentos do nosso coração. Estamos inevitavelmente perdidos."
- Pág. 191
Os protagonistas evoluem, amadurecem, mudam conceitos e aprendem com os próprios erros.
Há cenas picantes bem dosadas e muito bem escritas o que evidencia a intensidade do envolvimento entre os personagens e foi um ponto que gostei bastante.
A playlist também é ótima e tem tudo a ver com os momentos pelos quais os personagens passam. Não sou adepta de ler enquanto ouço música, mas pra quem gosta é uma boa opção para intensificar as cenas.

A capa combina com os demais livros da série e ilustra bem os personagens. A diagramação é simples, os capítulos são apresentados com o nome do personagem com a voz narrativa da vez e são acompanhados por um trecho de música cuja tradução se encontra no rodapé da página. As páginas são amarelas e a revisão está impecável.

O livro reserva surpresas que vão além do romance. Repleto de frases marcantes e reflexivas, a história foge de clichês, é envolvente e é capaz de arrancar lágrimas até mesmo nos leitores mais resistentes. O enredo mostra que o que faz o futuro é a forma de se encarar o que ficou mal resolvido no passado, então conhecer mais a fundo as motivações de Branca, Rodrigo e Lex foi um fator que acabou superando a própria história, pois através deles é possível compreender que as pessoas se diferem e suas escolhas são o que as determinam.

Este, pra mim, foi o melhor livro da série até então e, pra quem quer uma história que emociona, arranca lágrimas e se torna memorável por mexer tantos com nossos sentimentos, é leitura mais do que indicada.


A Escolha Perfeita do Coração - Bianca Briones

22 de setembro de 2015

Título: A Escolha Perfeita do Coração - Batidas Perdidas #1,5
Autora: Bianca Briones
Editora: Verus
Gênero: Romance/New Adult
Ano: 2015
Páginas: 154
Nota: ★★★★☆
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Viviane e Rafael enfrentaram uma montanha-russa de emoções em As batidas perdidas do coração, antes de finalmente se entenderem e conseguirem o que tanto queriam: ficar juntos para sempre. Agora, dois anos depois, esse recomeço está longe de ser tranquilo. Os fantasmas de Rafael o assombram, e Viviane, mais uma vez, precisa lutar para mostrar que ele mesmo é seu único inimigo. O que fazer quando a pessoa que você ama é uma força autodestrutiva? Como redimir alguém que não acredita ser digno de redenção? É possível amar a pessoa que mais te magoou? Até onde vale a pena lutar por um amor? Esta é a chance de Rafael e Viviane aprenderem que a mesma pessoa que pode partir seu coração em mil pedaços é capaz de juntar os estilhaços e fazer você se sentir inteiro outra vez.

Resenha: A Escolha Perfeita do Coração, escrito pela autora nacional Bianca Briones e publicado pela Verus, dá continuidade à história do primeiro livro da série Batidas Perdidas, As Batidas Perdidas do Coração (resenhado pelo Lucas aqui no blog). Diferente do segundo livro, O Descompasso Infinito do Coração que engloba outros personagens, é recomendado que este seja lido após a leitura do primeiro, pois pra quem gostou do casal Viviane e Rafael e ficou com vontade de saber um pouco do que aconteceu depois de tudo o que eles passaram juntos até se reencontrarem, agora vai ter essa oportunidade, pois enfim eles terão a chance de se acertarem em busca da felicidade.

A narrativa do livro segue o padrão dos demais da série, em primeira pessoa e alternando entre os pontos de vista dos protagonistas e, além das referências musicais de pop e rock que encontramos ao longo da história, cada início de capítulo traz um trecho de alguma música que, de certa forma, tem a ver com a situação em que os personagens se encontram. A escrita da autora continua perfeita, cativante, poética, cheia de frases de impacto e carregada de sentimentos intensos e que mexem com nossas emoções, e posso dizer que foram exatamente esses detalhes que me fizeram gostar do livro. Acredito que a volta de Vivi e Rafa serviram mais como forma de matar a saudade ou a curiosidade dos leitores, já que no livro anterior o final é bem fechado e não deixa gancho algum para uma continuação. Confesso nem ter suspirado tanto pelo livro devido a história propriamente dita pois pra mim não houve nada de realmente novo, mas sim em como Bianca Briones consegue dar uma verdadeira aula do que é, ou pelo menos o que deveria ser, esse sentimento que é o amor. Acho inclusive que muitos que ficam se lamentando ou sofrendo pelos cantos deveriam ler o que a autora escreve, pois quem sabe assim tenham um pouco de senso e tomem um choque de realidade para mudarem de atitude e de vida em vez de esperarem a felicidade bater a porta...

Os personagens estão mais maduros, mais conscientes de seus atos e isso faz com que queiram fazer tudo diferente para que as coisas possam dar certo no final. Todos somos humanos e estamos passíveis de erros. Às vezes, só aprendemos com as dificuldades que a vida nos impõe, mas isso não significa fraqueza ou fracasso... Toda experiência é uma forma de nos deixar mais fortes e mais sábios, e cabe a nós mesmos fazermos as melhores escolhas sempre seguindo as batidas do nosso coração...

Confiram alguns quotes que separei abaixo. As palavras dizem por si só o que quero expressar...

"O amor é uma contradição. A mesma pessoa que pode partir seu coração em mil pedaços é capaz de juntar os estilhaços e fazer você se sentir inteira outra vez."
- Pág. 7
"Ser um sobrevivente não é passar por uma situação difícil e seguir em frente. É resistir quando o fantasma do seu passado retorna e quer te arrastar para a escuridão que você viveu um dia."
- Pág. 21
"O amor e a dor caminham juntos. Não dá pra ter um sem o outro. Porque amar implica saber perder o que amamos, e, por mais que esse ainda seja meu maior medo, é inevitável."
- Pág. 146


O Descompasso Infinito do Coração - Bianca Briones

7 de junho de 2015

Título: O Descompasso Infinito do Coração - Batidas Perdidas #2
Autora: Bianca Briones
Editora: Verus
Gênero: Romance/Drama/Nacional/New Adult
Ano: 2015
Páginas: 406
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Clara acaba de descobrir a traição do marido. Com dois filhos pequenos e a baixa autoestima que a consome, ela vê sua vida mudar drasticamente, apesar do desejo de permanecer na zona de conforto.
Bernardo é apaixonado por Clara desde a adolescência. Agora ele tem a chance de conquistá-la e mostrar que os dois devem finalmente ficar juntos. Mas o que parece tão simples, para ele, é complexo demais para ela.
Enquanto Bernardo é preenchido por certezas, o coração de Clara é inundado de receios, traumas e dúvidas.
Como viver o presente quando o passado não deixa você olhar para frente? Será que um coração despedaçado pode recuperar a capacidade de amar?
E o mais importante: como se entregar de corpo e alma quando não se consegue amar nem a si mesma?
Em O descompasso Infinito do Coração, Bianca Briones mostra que o verdadeiro amor pode resistir ao tempo e a cada obstáculo que a vida lhe impõe. Esta é uma história intensa e comovente de segredos, paixão e amizade. É a última chance de dois corações que cansaram de viver separados.

Resenha: O Descompasso Infinito do Coração é o segundo volume da série Batidas Perdidas escrita pela autora Bianca Briones e publicado pelo selo Verus do Grupo Editorial Record. Mesmo que seja o segundo volume, ele me soa mais como um spin off, pois além de contar a história e os dramas de outros personagens, não é necessário ter lido o primeiro, As Batidas Perdidas do Coração, para entender.

A história gira em torno de Clara e Bernardo, amigos desde a adolescência, porém, o sentimento dele por ela não é recíproco. Ela acaba de descobrir que o marido estava a traindo quando encontrou conversas íntimas dele com outra mulher na internet e decide se separar, mesmo que isso vá tirá-la de sua zona de conforto. Deprimida e sem rumo, Bernardo vai ajudá-la a se reerguer lhe dando todo o apoio que ela precisar, tanto por se importar com ela quanto por ter esperança de que podem ficar juntos.

Narrado em primeiro pessoa em capítulos que se alternam entre os protagonistas, O Descompasso Infinito do Coração possui uma escrita perfeita que deixa a história única frente a várias obras nacionais. Existem alguns livros nacionais (a maioria pra ser sincera) onde se percebe características que tornam possível um leitor mais atento identificar, através da narrativa, que se trata de uma obra nacional, mas isso não acontece com a escrita e o estilo da autora e talvez por isso eu tenha me surpreendido tanto com o livro e adquirido uma admiração sem tamanho por ela. Também há várias frases de impacto que querendo ou não, colocam o leitor para parar e refletir sobre a própria vida.
Cada início de capítulo traz um trecho de alguma música que, de certa forma, tem a ver com a situação e/ou com o sentimento dos quais os personagens se encontram, o que pra mim foi bastante adequado e agradável visto que várias pessoas enxergam a si próprias em algumas letras. A playlist do livro é perfeita, emocionante.
A capa manteve o padrão do primeiro livro e é muito bonita e convidativa. A diagramação é simples, as páginas são amarelas e a fonte tem um tamanho super agradável.
"Se antes eu superei a paixonite em instantes, agora sei que é impossível, porque as paixões podem ser levadas pela água da chuva, mas o amor... O amor não vai embora nem com a pior das tempestades."
- Pág. 103
A história possui características de um new adult mas não acho que se encaixe nesse gênero. Trata-se de um drama bastante próximo a realidade, mesmo que com clichês e acontecimentos que tornam alguns trechos arrastados e um pouco cansativos, mas a autora soube dosar bem com outros elementos leves e que tornaram a história mais fofa, como por exemplo, as atualizações de status e conversas entre os personagens no Facebook.
Clara é uma personagem com baixa autoestima, acima do peso, vive pelos filhos gêmeos, depende do marido e encontrou refúgio num casamento seguro, porém fracassado, do qual se deixou acomodar. Desde o início da história já é possível perceber a forte e difícil carga emocional da qual ela está inserida. Ela não consegue deixar o passado pra trás e não esquece dos maltratos físicos e psicológicos que sofreu nas mãos da madrasta, Eva, e o quanto foi infeliz. Ela cresceu com a ideia de que além de feia, jamais seria alguém na vida e toda essa opressão lhe transformou em uma pessoa totalmente insegura e depressiva.

Tendo sido traída, ela decide mudar de vida, mas devido aos seus traumas que a acompanharam desde a infância, Clara fica remoendo sua tristeza. Entendo que uma pessoa deprimida e com seu interior aos frangalhos tem muita dificuldade em seguir em frente pois o que parece é que depois de tantos problemas e decepções a superação é algo inalcançável. E mesmo com a certeza de que existe alguém que só tem amor a oferecer, ainda há certa relutância em dar uma chance pra felicidade. Esse ponto me agradou bastante, mesmo que em certas partes ela tenha tratado Bernardo com descaso e crueldade, causando um sofrimento desnecessário no rapaz. Clara parece se transformar em uma pessoa egoísta, mas é alguém com problemas enraizados e que está aprendendo a se libertar do que a fez tanto mal, dando um passo de cada vez e se permitindo falhar.

Bernardo é o típico homem dos sonhos e ele consegue enxergar com outros olhos o momento delicado que Clara se encontra. Mesmo que ele esteja desesperado para conquistá-la agora que lhe surgiu oportunidade, ele sabe que antes de tomar qualquer atitude mais "drástica", precisa ajudá-la a se recuperar primeiro, principalmente depois de ter descoberto que os problemas pelos quais ela passou são muito piores do que ele havia imaginado. Acho que ele foi bastante passivo e se submeteu a coisas que outros jamais aceitariam e desistiriam na primeira tentativa, mas ele é o exemplo de que o amor, quando é verdadeiro, sabe esperar, com paciência, pela hora certa.

No fim, O Descompasso Infinito do Coração é o tipo de livro com uma história que mostra algumas realidades duras, com problemas verdadeiros, que marcam e machucam, que parecem que vão levar quem os enfrenta à ruína, mas, com amor e força de vontade, e talvez com a ajuda de alguém mais do que especial, é possível superar qualquer obstáculo imposto pela vida, seguir em frente e se dar a chance de ser feliz...

As Batidas Perdidas do Coração - Bianca Briones

25 de janeiro de 2015

Título: As Batidas Perdidas do Coração - Batidas Perdidas #1
Autora: Bianca Briones
Editora: Verus
Gênero: Romance/Drama/New Adult/Nacional
Ano: 2014
Páginas: 406
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Viviane acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Rafael teve o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua família, incluindo a única irmã, morrerem em um acidente de carro.
Viviane pertence a uma classe social que ele despreza. Rafael é tudo o que ela sempre ouviu que deveria evitar. Eles são opostos, porém dividem a mesma dor. Jamais se aproximariam se a morte não os colocasse frente a frente, e agora, por mais que saibam que são completamente errados um para o outro, não conseguem evitar uma intensa conexão, que poderá salvá-los ou condená-los para sempre.
As batidas perdidas do coração é uma história sobre perdas e como cada um lida com elas. É o encontro atormentado entre a dor e o amor. Com uma narrativa sexy, envolvente e repleta de música, este livro traz a última tentativa de duas pessoas arruinadas que, juntas, buscam desesperadamente se encontrar.

Resenha: Viviane e Rafael são unidos pelo caos: ambos perderam entes queridos em acidentes. Ela é uma patricinha de classe alta paulistana, ele um bad boy que trabalha durante a noite numa casa noturna no centro da cidade. Com personalidades tão diferentes, Rafa e Vivi têm tudo para se manterem distantes um do outro, mas personalidades tão opostas se tornam uma ferramente de atração entre eles.

Eu não sei por quê, mas ainda insisto em ler new adult. Tive uma experiência péssima com Métrica (bleeergh!). Por outro lado, Entre o Agora e o Nunca se tornou um dos meus queridinhos, que lembro com carinho e intensidade até hoje. Vai entender, né? As Batidas Perdidas do Coração, da brasileira Bianca Briones, não fez jus ao que me disseram e me deixou com a certeza: chegou a hora de parar de ler esse gênero.

O amor à primeira vista é bem característico de new adults, mas Bianca colocou aquela pitada de raiva na garota mimada e rica para apimentar a história com o bad boy . No começo tudo é guerra, depois tudo é rosas. Vivi não é detestável, mas também passa longe de ser amável. A garota tem 18 anos e pra mim agia como se tivesse 13, com frases imaturas e atitudes de quem não sabe como o mundo é. Bom, vai ver essa era a intenção de Briones ao criar a protagonista. Rafa é um tipo de cara “comedor”. Pega e não se apega. Para ele é uma por noite e pronto, tudo certo. A personalidade dele já é mais madura e contida, característica mais presente em alguém com os pés no chão. Porém, esse personagem tem uma particularidade que me faz abrir um leque para a questão da narrativa.

"Porra! Caralho! Porra! Caralho! Porra! Porra! Porra! Caralho! Caralho! Caralho!" Soa mal ler essas palavras repetidamente, não? Isso está mais do que presente no livro e mesmo ao final da leitura não entendi o motivo. Ok, um “Foda-se” aqui e ali não mata ninguém, mas as páginas de As Batidas Perdidas do Coração são repletas de palavrões. Era uma tentativa de ressaltar que o cara era “descolado”? Que falar palavrões faz dele um pouco mais sexy? Pois bem, não funcionou. Só deu a impressão da escrita pouco lapidada. Pior ainda quando a Viviane tentava imitar o Rafa. Imaginar a cena me deixava com cara de paisagem, tipo: Bitch, please!

Ainda sobre a escrita, parece que a história foi pouco revisada. Como o enredo é todo em 2004, senti umas contradições grandes. A música Te Levar do Charlie Brown Jr. é condizente, já que fazia parte da abertura da Malhação na época (eu adorava!). Mas, gente, quando foi que a Hollister se popularizou no Brasil? Duvido que tenha sido em 2004. Em 2000, a marca estava se consolidando nos EUA, então é bem improvável que esteja aqui no ano da história entre Vivi e Rafa.
Bianca Briones devia ter enxugado um pouco a trama. Devorei o livro, confesso, mas não por amar a história, e, sim, por sentir necessidade de termina-la logo. As primeiras 200 páginas são gostosas de ler, o restante é que torna tudo enfadonho. São muitas situações descartáveis e o gancho para o grand finale não me entusiasmou em nada. Ao perceber o rumo que a história tinha levado, pensei: Sério mesmo que ela vai fazer isso pra encher página? Enfim, dispensável.

Com uma grande equipe por trás, como é mostrado nos agradecimentos, As Batidas Perdidas do Coração poderia ter sido melhor. Foram tantos elogios na orelha que embarquei no romance esperando viver uma história digna de ser lembrada, mas pouco depois do término da leitura já havia a esquecido. Faltou uma pitada maior de realidade, menos clichês (não que isso seja ruim, mas um leitor não deve ser subestimado) e um pouco mais de amadurecimento. A impressão final é que o que a autora quis passar foi a vivência de um grande amor impossível de ser apagado, mas para mim ficou outra impressão: "ninguém é insubstituível, e a vida segue".