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Inferno - Meg Cabot

4 de junho de 2014

Lido em: Maio de 2014
Título: Inferno - Abandono #2
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Sobrenatural/Romance
Ano: 2014
Páginas: 336
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Dividida. Apaixonada. Apavorada.
Pierce Oliviera está apaixonada pelo Senhor da Morte. O misterioso e imortal John Hayden é responsável por guiar as almas dos mortos no pós-vida e, agora, também tornou-se responsável pela segurança de Pierce.
No entanto, a pacata cidadezinha de Isla Huesos guarda segredos bastante obscuros e perigos inimagináveis, e à medida que Pierce e John se envolvem um com o outro, maior é o risco que correm.

Resenha: Inferno é o segundo volume da trilogia Abandono escrita pela autora Meg Cabot e lançada no Brasil pela Galera Record. Dando sequência ao primeiro livro, Abandono, Pierce agora está vivendo no submundo como rainha e companheira de John Hayden. Além de ser senhor dos mortos, John agora é responsável pela segurança de Pierce visto que as Fúrias estão atrás dela em busca de vingança. Porém, mesmo que ela esteja em segurança no mundo inferior junto com seu amado, seus familiares que nem sabem de seu paradeiro podem estar correndo um grande perigo. Agora Pierce, dividida, precisa dar um jeito de "negociar" sua liberdade a fim de salvar seu primo com quem teve visões tão sombrias quanto o próprio mundo onde está vivendo, pois por mais apaixonada que esteja, também está tomada pelo pavor do que está acontecendo em Isla Huesos, principalmente quando descobre que o lugar guarda muitos segredos...

Partindo daí, a história vai se desenrolando mostrando ao leitor uma protagonista que continua insegura e que de certa forma testa a paciência do leitor com sua imprudência, pois ela vai levando um relacionamento com um cara misterioso que mesmo protegendo-a, mente, manipula a situação e ainda esconde o máximo de informações possíveis sobre seu passado e como foi parar nesse "cargo" que ele ocupa no inferno. Só não digo que ele daria a vida por ela, pois quem está "morto" não poderia fazer esse sacrifício. Como disse na resenha anterior, Pierce não é aquele tipo de personagem que tem grande destaque ainda mais pelo fato de que suas qualidades são pequenas demais se comparadas aos absurdos que ela considera importantes. O problema é que ela acha que basta que John entenda melhor as coisas pra mudar seu jeito controlador, maníaco e possessivo pra tudo ficar bem. Como pode ela cogitar a possibilidade de passar a eternidade ao lado de alguém que quer mantê-la presa e sem deixar saber quem ele é na verdade? Fiquei incomodada com isso.

John, além de senhor do submundo também parece se sentir como um tipo de senhor da razão e da verdade. Ele é o cara que faz o estilo rebelde e sua preocupação em cuidar e proteger Pierce é tão grande que ele parece nem se importar com o que ela quer, basta que ela demonstre (nem que seja de mentirinha), que quer ficar ali pra sempre e pronto, é suficiente. Ele me soou muito mais como um maníaco com seu comportamento e suas atitudes machistas do que qualquer outra coisa...

Eu gostei do primeiro livro e acho que se as coisas tivessem seguido o mesmo rumo teria gostado bem mais de Inferno. Não curti muto a forma com que esse romance foi conduzido pois me pareceu algo muito doentio.
Apesar do humor (que gosto bastante) estar presente, Inferno conta com um pouquinho mais ação e até um suspense, mas nada tããão incrível assim, e os demais personagens colaboram com isso, tanto os novos quanto os antigos.

A narrativa é feita em primeira pessoa e, mesmo que quase não aconteça nada, flui muito bem. É simples mas ao mesmo tempo rica em detalhes que fazem o leitor imaginar todo o cenário e os personagens com bastante nitidez.
O final é angustiante e mesmo que a história não tenha superado minhas expectativas, fiquei curiosa pelos próximos acontecimentos que vão continuar em "Awaken".

A diagramação mantém o padrão do primeiro livro, os capítulos são curtos e sempre são iniciados com trechos dos cantos de Dante Alighieri. Existem alguns erros de revisão espalhados pelo livro, mas nada tão terrível que prejudique a leitura. A capa é muito linda e é um capricho só pois o título e nome da autora tem destaque metalizado e em alto relevo.

Não vou dizer que é leitura obrigatória, principalmente aos fãs da autora (como eu). Acredito que a forma como cada um encara um relacionamento e tudo o que é admissível ou inaceitável dentro dele pode refletir em como a leitura será encarada. Eu particularmente não curti muito o lado romântico da história, e achei tudo sem muitas emoções... Até que o final foi se aproximando e o passado de John veio a tona... Aí sim melhorou e considerei uma classificação maior pois, enfim, minha atenção foi despertada.

Abandono - Meg Cabot

27 de junho de 2013

Lido em: Junho de 2013
Título: Abandono - Abandono #1
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Sobrenatural/Romance
Ano: 2013
Páginas: 304
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Sozinha. Desacreditada. Abandonada.
Desde que Pierce Oliviera passou por uma experiência de quase morte, sua vida mudou. Dois anos depois, ela só quer recomeçar numa nova cidade. Afinal, uma menina de 17 anos precisa de alguma normalidade, não? O que ninguém sabe é que Pierce conheceu o misterioso John no mundo dos mortos, e agora o rapaz não a deixa em paz... nem sai de seus pensamentos. Sem saber se John gosta dela ou a odeia, Pierce tenta ao máximo manter a distância - mas isso pode ser mais difícil do que pensava...

Resenha: Pierce Oliviera é uma garota comum de 17 anos e que aos 15 anos teve uma EQM (experiência de quase morte). Ao tentar salvar um passarinho, Pierce caiu na piscina, se enroscou na rede e ficou imobilizada, bateu a cabeça e teve uma hipotermia. Ela só se lembra de ter acordado num lugar estranho, sozinha, perdida, e se deparou com várias pessoas em filas, inclusive ela mesma, aguardando a barca chegar para levá-las aos seus destinos... Foi então que Pierce reconheceu John, um cara que ela viu pela primeira vez aos 7 anos de idade, durante o enterro de seu avô, que tentou animá-la um pouco revivendo um passarinho morto. John pesquisou pelo nome de Pierce em seu tablet enquanto ela estava arrumando confusão na fila e, ao descobrir quem era a garota, a levou para seus aposentos, lhe informando sua nova condição de morta e lhe oferecendo um chá. Pierce perdeu a barca, mas ganhou a oportunidade de fazer companhia para John pela eternidade... Como forma de gratidão, ele a presenteia com um colar misterioso cuja pedra muda de cor para indicar que o perigo está próximo, e que segundo ele a protegeria das Fúrias, espíritos que desejam se vingar de John pois não se conformam com seu destino final depois de terem morrido, e como John é um tipo de gerente do mundo inferior, elas farão de tudo para prejudicá-lo. Desesperada com a ideia de ficar presa no submundo para sempre, Pierce não tem outra reação a não ser querer fugir, e num reflexo, joga o chá quente em John e, como se tivesse sido guiada pelo colar, consegue escapar. Ela, então, acorda num hospital. Os médicos conseguiram ressuscitá-la graças a hipotermia que de certa forma a "conservou". Mas se por um momento ela pensou que que ficaria livre de problemas, se enganou redondamente... Deb, a mãe de Pierce, culpou o marido por ter sido negligente com a filha a ponto de deixá-la se afogar (e não ter demonstrado nenhuma preocupação com isso), se separou dele e resolveu se mudar com a menina para Isla Huesos com intenção de recomeçarem a vida. Escola nova, amigos novos, proximidade com seus parentes... Tudo parecia ir bem, mas John tem a incrível capacidade de aparecer quando Pierce está em apuros... Distância é algo que não parece fazer parte do vocabulário dele, e amor e ódio são palavras que andam juntas quando esses dois se encontram...
Falando sério, a expressão "esquecer e perdoar" não faz sentido para mim. Perdoar faz com que paremos de insistir no assunto, o que nem sempre é saudável (é só ver o exemplo dos meus pais).
Contudo, se esquecemos, não aprendemos com nossos erros, o que pode ser fatal.
(pág. 13)
Para quem pensa já ter ouvido uma história parecida em algum lugar, bingo! Meg Cabot (diva) se inspirou no mito de Perséfone e Hades (da Mitologia Grega), usando elementos e cenários reais (e sombrios) para construir o enredo de "Abandono". Mas por favor, não espere por muitas referências nem maiores aprofundamentos (como acontece com os livros do Riordan), pois você não vai encontrar.
Pierce é uma personagem que constantemente se sente sozinha, deslocada, abandonada. Ela não tem muitos atrativos, não tem a personalidade forte, é chorona e não é muito marcante.
John é o mocinho misterioso, bonitão, sexy e muito sinistro, mas também parece se sentir mais sozinho do que nunca. Em suas poucas aparições, sempre marca presença com suas demonstrações de força e preocupação em proteger e defender Pierce de qualquer perigo que possa correr. É bem difícil decifrá-lo.
Para quem já está acostumado com os livros da autora, pode ficar um pouco surpreso com este. A começar pela narrativa, que é feita em primeira pessoa, mas um tanto confusa no início por mesclar o presente com as lembranças de Pierce, que são inseridas bem no meio de seus pensamentos sem nenhuma diferenciação. Acabei me acostumando, mas estranhei e a leitura demorou um pouco pra engatar e fluir.
Ao prestar atenção nas características dos personagens, não foi muita novidade o galã fazer o estilo motoqueiro bandido, pois há outras histórias da autora que apresentam personagens assim. Cheguei a esperar por uma protagonista ruiva, mas mantendo o estilo da deusa, Pierce é morena, com olhos castanhos e tudo (thanks, Lord).
Os demais personagens são bem curiosos, tanto pelas descrições quanto no comportamento. Cada um tem parte fundamental no desenrolar da história e alguns acabam revelando grandes surpresas que me deixaram de boca aberta, principalmente o sacristão Richard Smith, que acompanha Pierce em suas idas ao cemitério respondendo todas as perguntas que ela tem tornando a história bem mais interessante, e a avó da menina, que parece ter mais segredos do que parece...
Em cada início de capítulo podemos acompanhar alguns trechos de "A Divina Comédia", de Dante Alighieri, no qual o autor descreve sua ida ao Mundo Inferior.
Com relação a parte física do livro, só tenho que parabenizar a editora por um trabalho tão bonito. A capa é linda e a moça deitada na terra descreve bem Pierce. O título em dourado também ficou um luxo só (pena que descasca). As páginas são amareladas e a fonte tem um tamanho ótimo. Só encontrei um erro em todo o livro, mas o resto está impecavelmente bem revisado.
Por ser o primeiro livro da trilogia, este, apesar de ser carregado de surpresas, é introdutório, e não vejo a hora de poder pegar "Inferno", a continuação, pra saber como o final de "Abandono" vai se resolver.
Pra todos aqueles que já se perguntaram o que acontece depois da morte, para os que se interessam por mitologia, e principalmente para os fãs de Meg Cabot, "Abandono" é uma leitura mais do que recomendada.