Moriarty - Anthony Horowitz

16 de dezembro de 2015

Título: Moriarty
Autor: Anthony Horowitz
Editora: Record
Gênero: Policial/Mistério
Ano: 2015
Páginas: 350
Nota: ★★★★★
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Sherlock Holmes está morto, e as trevas avançam.
Dias após Holmes e seu arqui-inimigo Moriarty encontrarem seu fim nas cataratas de Reichenbach, Frederick Chase, um detetive da Agência Pinkerton, chega à Europa vindo de Nova York. A morte do professor Moriarty deixou um vazio no poder que logo foi preenchido por um novo gênio do crime, que ascendeu para tomar o lugar do rival de Holmes. Auxiliado pelo inspetor da Scotland Yard Athelney Jones, um devoto estudioso dos métodos de investigação e de dedução de Holmes, Frederick Chase precisa trilhar um caminho através dos cantos mais escuros da capital inglesa para lançar uma luz sobre essa figura sombria, um homem temido, mas raramente visto, determinado a dominar Londres em uma onda de ameaças e assassinatos.
Chase é auxiliado pelo Inspector Athelney Jones, um detetive da Scotland Yard e estudante devoto do métodos de dedução de Holmes, a quem Conan Doyle introduziu em O signo dos quatro. Os dois homens unem forças para abrir um caminho através das ruas sinuosas de Londres vitoriana – das praças elegantes de Mayfair para os cais e becos sombrios das Docks em busca dessa figura sinistra, um homem muito temido, mas raramente visto, que é determinado a estabelecer seu nome como sucessor de Moriarty.

Resenha: Anthony Horowitz é um autor inglês que obteve reconhecimento e autorização da entidade que protege e administra as obras originais de Sherlock Holmes que Arthur Conan Doyle escreveu no fim do século XIX. A Casa de Seda foi o primeiro caso de Sherlock escrito por Horowitz onde ele traz o famoso detetive de volta através das memórias de seu fiel companheiro Dr. Watson, que narra um caso que investigaram nas gélidas ruas da Inglaterra vitoriana. Este livro foi publicado no Brasil pela Editora Zahar.
Moriarty, lançado pela Record, se trata de uma leitura bastante independente embora seja o segundo livro.

A história começa com uma pequena nota de abril de 1891 retirada do jornal Times de Londres, que traz a informação sobre uma morte de um homem que a polícia ainda não foi capaz de explicar.

As cataratas de Reichenbach foi o local onde o detetive Sherlock Holmes e seu arqui-inimigo, professor James Moriarty, tiveram o seu fim num último confronto. O detetive Frederick Chase, da Agência Pinkerton, ainda tem suas dúvidas quanto aos fatos e alguns dias depois do ocorrido a Scotland Yard envia o Inspetor Athelney Jones, um dedicado estudioso dos métodos que Holmes usava para fazer suas investigações e deduções, para ajudar no novo caso que surgiu, pois tudo indica que o lugar que Moriarty deixou ao morrer foi preenchido por um novo gênio do crime, um homem raramente visto mas determinado a dominar Londres através de ameaças e assassinatos. Será que a dupla terá sucesso ou será que a morte de Sherlock fará com que o crime ascenda em Londres?

Frederick Chase narra e descreve os acontecimentos desta trama ao mesmo tempo em que faz observações sobre suas impressões do caso, indagações e questionamentos sobre alguns pontos ou sobre o que aconteceu com Holmes enquanto era vivo. Gostei da narrativa pois é como se o protagonista estivesse conversando com o leitor. Embora o livro se refira a Holmes, há muito pouco sobre ele! Pode até parecer estranho, mas este livro leva o mundo deste detetive para um nível totalmente novo. Chase e Athelney serão capazes de preencher os lugares que Sherlock e Watson deixaram?

Confesso não ter lido outros livros sobre as aventuras de Sherlock Holmes, mas posso afirmar que minha experiência com este livro superou minhas expectativas. Primeiramente fui fisgada pela capa. O que ela tem de simples, tem de bonita. O azul escuro dá um ar sombrio e misterioso, a água é um elemento bastante sugestivo e as letras rebuscadas dão o toque final. A diagramação é simples, os capítulos são numerados seguidos de um título, as páginas são amarelas e a fonte é grande.
Acho que livros do gênero policial, ao trazerem mistérios que envolvem o leitor ao protagonista, deve fazer com que a maioria dos demais personagens seja um possível suspeito, assim como seus atos sejam questionados para, através dessas pequenas análises, aos poucos, podermos desvendar o mistério que move a trama. Acredito que o autor fez um excelente trabalho pois cada personagem que passou a ingressar a história poderia ser um suspeito.
A história se desenvolve de forma rápida, a cada final de capítulo ficamos ansiosos por novas informações e acontecimentos o que acaba tornando a leitura empolgante. É praticamente impossível largar!

Os personagens de Frederick Chase e Athelney Jones foram muito bem construídos e desenvolvidos ao longo da história. Athelney Jones, que tem acompanhado de perto os métodos de Sherlock Holmes, traz um pouco do famoso detetive para a história. Frederick, por outro lado, traz um ritmo diferente quando perseguições e investigações são feitas. Juntos, eles formam uma dupla admirável. Confesso que a maioria dos meus palpites sobre o culpado foram falhos, logo posso afirmar que Moriarty é um livro com um grande misterio, que leva o leitor a não só participar das investigações, mas também a fazer uma incrível viagem pela Londres vitoriana que o autor descreve com tanta maestria.

O final é bastante estarrecedor e chocante. As pistas estão lá o tempo todo, mas o autor usa de sutilezas para não evidência-las de forma descarada, mantendo a incógnita no ar. Mesmo que o leitor suspeite de algo, não há bases para que as evidências tenham fundamento, pelo menos não inicialmente pois o autor consegue nos enganar direitinho!
Para os fãs de Sherlock Holmes, Moriarty é um prato cheio. E para os fãs de mistérios e romances policiais em geral, também! A história é intrigante e inteligente e vai envolver o leitor do início ao fim!

Um comentário

  1. Flavinha, sua sumida, tudo bem?
    Então, sou uma grande fã do Holmes! Desde que me entendo por leitora de livros policiais, rs.
    Eu fiquei morrendo de vontade de ler o livro! Eu adoro esse tipo de trama em que todos são suspeitos! Me lembra Agatha Christie.
    Resenha impecável e ótima de leitura!
    Você nos deve uma visita, hein?


    Beijos!
    Fabi Carvalhais
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