Promoção - Deixe a Neve Cair

29 de janeiro de 2014


Oie, gente!!
Sei que já estamos no fim do mês e tal, mas pensando na comemoração do aniversário de 2 aninhos do blog, eis que surge esta pessoa atrasada que vos fala com uma promoção bem bacana!
O livro a ser sorteado será "Deixe a Neve Cair", em parceria com a Editora Rocco!
E pra participar é super fácil! Basta preencher o formulário abaixo seguindo as regrinhas obrigatórias. Para mais chances, é só cumprir as demais entradas!

Regrinhas:
  • Ter endereço de entrega em território nacional
  • Curtir a fanpage no blog no Facebook
  • Comentar nesta postagem deixando email válido para contato (caso contrário não tenho como contatar o ganhador)
a Rafflecopter giveaway
Não se esqueça de ler os "Termos e Condições" ao final do formulário e boa sorte!

Novidades de Janeiro - V&R

28 de janeiro de 2014

O Grande Livro do Zack - Ethan Long
Livro didático e divertido, que vai mostrar às crianças uma nova forma de contar histórias. Na obra, Zack inventa um enredo com diversos animais, cada um desencadeia uma ação para revelar a cadeia alimentar de um “Monstrengo Roxo Gigante”. Com o slogan “O Zack criou um livro só dele. Agora, você pode criar um só seu!”, a obra ainda instiga os pequenos leitores a criarem sua própria aventura em um caderno especial – pequeno e com páginas pautadas - que acompanha o livro.
Com um acabamento gráfico diferenciado, folhas pautadas e ilustrações supercoloridas que dão vida a um texto engraçado, “O Grande livro de Zack” estimula a criatividade e a interação, pois faz com que a criançada solte a imaginação para além das convencionais páginas de um livro.
Voltado para o público infantojuvenil, o livro é repleto de imagens engraçadas e autoexplicativas que, além de trazer um texto fácil e divertido, leva o leitor a se identificar com o personagem e mergulhar na imaginação de Zack.

As irmãs vampiras, uma missão bem dentuça - Franziska Gehm
Segundo volume da série As irmãs vampiras: uma missão bem dentuça, da escritora alemã Franziska Gehm. Especializada em contar histórias infantis, a autora tem diversas obras lançadas no mundo todo. Essa nova aventura retrata as divertidas aventuras de duas irmãs que tentam encontrar uma planta que pode curar uma perigosa epidemia.
Os parentes vampiros da família das gêmeas Daka e Silvânia aparecem com uma alarmante notícia para a espécie.  Uma misteriosa gripe dentária que faz os caninos encolherem rapidamente, até sumirem por completo. O único remédio é o caldo de uma planta raríssima, que só cresce sobre o túmulo do maior caçador de vampiros de todos os tempos e não pode ser colhida nem por vampiros, nem por humanos.
Neste momento começam as peripécias de Daka e Silvânia, que junto com seus amigos humanos, a especialista em cemitérios, Helene e, o vidente, Ludo, são convocadas para a importante missão de encontrar a Germania dracona. Mas esta aventura vai estar cheias de percalços e sustos, para Silvânia, um encontro amoroso ainda pode tornar as coisas mais conturbadas!
O livro infantojuvenil encanta o leitor do começo ao fim, instigando a imaginação ao retratar a divertida aventura da vida vampira no mundo dos seres humanos.
A autora mantém desde 2010 um blog no qual publica informações sobre a série, descreve as aventuras das duas personagens e interage com fãs de todo o mundo (http://www.die-vampirschwestern.de/).

Como apavorar os Fantasmas e Como apavorar os Monstros - Catherine Leblank e Roland Garrigue

Os livros divertem o leitor invertendo os papéis entre monstros, fantasmas e as crianças. Com muito humor, a obra mostra como os pequenos podem dar o troco nas criaturas que os aterrorizam.
Como apavorar os fantasmas mostra que os fantasmas assustam, mas as crianças podem assustá-los muito mais! O livro ensina truques inocentes para vencer seus medos, como beber um chocolate quente ou usar o secador de cabelo para afastar os fantasmas, e ainda mostra que eles, trazem sonhos e mistérios que tornam a vida ainda mais interessante.
Como apavorar os monstros traz uma verdadeira lista com os diversos tipos de monstros que uma criança pode temer, mas o livro também ensina como mantê-los bem longe. De forma lúdica, a obra mostra que os monstros não são assustadores e perigosos, e com algumas artimanhas, como chamá-los de “fracotes”, as crianças podem coloca-los para correr.
Os dois livros estimulam a interação e a criatividade das crianças para vencer seus medos e perceber que a maneira com que veem e enfrentam uma situação pode mudar tudo, transformando susto em diversão.



Deixe a Neve Cair - John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle

27 de janeiro de 2014

Lido em: Janeiro de 2014
Título: Deixe a Neve Cair
Autores: John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Gênero: Juvenil/Contos
Ano: 2013
Páginas: 336
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Na noite de Natal, uma inesperada tempestade de neve transforma uma pequena cidade num inusitado refúgio romântico, do tipo que se vê apenas em filmes. Bem, mais ou menos. Porque ficar presa à noite dentro de um trem retido pela nevasca no meio do nada, apostar corrida com os amigos no frio congelante até a lanchonete mais próxima ou lidar sozinha com a tristeza da perda do namorado ideal não seriam momentos considerados românticos para quem espera encontrar o verdadeiro amor.  Mas os autores bestsellers John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle revelam a surpreendente magia do Natal nestes três hilários e encantadores contos de amor, interligados, com direito a romances, aventuras e beijos de tirar o fôlego.
Resenha: Deixe a Neve Cair é um livro que reúne três contos juvenis que tem como pano de fundo uma grande e inesperada nevasca que ocorre na cidadezinha de Gracetown, contos estes que mesmo tendo sido escrito por autores diferentes, se entrelaçam de forma bem bacana.

O primeiro conto, O Expresso Jubileu, escrito por Maureen Johnson, conta a história de Jubileu, que morre de vergonha de seu nome tirado de um prédio de uma maquete de brinquedo dos seus pais. Ela acredita ter tido a sorte grande por ter um namorado inteligente, perfeito e popular, o Noah, e está contando os minutos pra ir passar o Natal na casa dele, porém, seus pais se envolvem num tumulto que aconteceu em uma loja e acabam sendo presos, o que faz Jubileu ser forçada a mudar seus planos e embarcar num trem em direção a casa dos avós, na Florida, para passar o Natal lá. O problema é que devido a nevasca, o trem fica impedido de continuar com a viagem e Jubileu, desesperada para ficar longe do grupo intragável de líderes de torcida que estavam no mesmo trem que ela, corre para uma Waffle House. Lá ela conhece Stuart e além de ficar bem próxima dele, vai percebendo que seu namorado sempre está ocupado demais para se preocupar com os problemas dela...

O segundo conto, O Milagre da Torcida de Natal, escrito por John Green, nos apresenta um grupo de adolescentes, JP, Duke e Tobin, que resolveram ficar em casa por causa da nevasca assistindo a uma maratona de filmes do James Bond, até que recebem uma ligação de Keun em que são intimados a irem até a Waffle House, onde ele trabalha, aproveitarem a noite com um grupo de líderes de torcida que se reuniram alí por terem ficados presas num trem encalhado. Agora eles terão que enfrentar toda a nevasca para chegarem ao paraíso antes que outros convidados apareçam para lotar o lugar... Mesmo Duke sendo uma garota, ela resolve participar da "aventura" em busca das líderes de torcida, pois diversão assim, no meio da neve, não aparece todos os dias...

O terceiro e último conto, O Santo Padroeiro dos Porcos, escrito por Lauren Myracle, conta a história de Addie, uma garota que anda muito depressiva por seu namoro com Jeb (que aparece no primeiro conto) ter chegado ao fim depois de ela o ter traído com Charlie. Acreditando pensar somente em si mesma, ela acha que precisa mudar para ser uma pessoa melhor, inclusive pintado o cabelo de rosa, e junto com Dorrie, resolve ajudar sua outra amiga, Tegan, que sonha em ter um porco de estimação. E por esta boa ação, que é ir buscar no pet shop o bichinho recém comprado, minúsculo e fofo, ja apelidado de "Gabriel",  tenta provar que se importa com outras pessoas e com o que querem, ao mesmo tempo em que tenta se encontrar e reatar o namoro com seu ex.

Minha opinião: Quando optei pela leitura de Deixe a Neve Cair, lançado pela Editora Rocco, acreditei se tratar de contos que fossem falar sobre o amor verdadeiro levando a sinopse em consideração. Mas o livro fala de amores e conflitos, e atitudes de adolescentes que muitas vezes são consideradas malucas, sem sentido, idiotas, absurdas e etc... Não que eu tenha algo contra livros com histórias infanto juvenis ou só juvenis, mas imaginei que fosse algo um pouco mais maduro tendo esse clima natalino que pressupõe união, paz e essas coisas típicas da época misturado com a descoberta do amor em meio a uma nevasca enorme. Talvez o livro chame atenção dos leitores por ter o nome "John Green" como um dos autores que colaboraram para a obra, mas acredito que o livro só se tornou bom pra mim pelo primeiro conto, o de Maureen Johnson. Mesmo que a narrativa seja fácil e bastante fluída, o começo é meio monótono, pois Jubileu insiste em explicar sua insatisfação com seu nome e o quanto idolatra seu namorado de forma repetitiva demais. Talvez faça parte da própria personalidade da personagem, que a medida que vai sendo trabalhada no decorrer da história, tendo outras visões sobre o que anda acontecendo, se torna bem simpática e cativante. Gostei muito da forma como a autora escreve e cria personagens cada um com sua personalidade única. Por menor que seja a participação de algum deles, são marcantes e lembrados, seja por alguma característica física ou na forma como se comporta.

Já o segundo conto, de John Green, considerei forçado, bobo demais. Ainda bem que não criei expectativas, até mesmo pelos outros livros dele que nunca me conquistaram por completo. Três amigos saindo no meio da nevasca atrás de líderes de torcida que nunca viram na vida achando que se dariam bem ao mesmo tempo que precisariam competir com outras pessoas que também estavam tentando chegar lá pelo mesmo motivo?

Se a intenção era colocar humor, numa mistura de enrascadas em meio a diálogos bobos, não funcionou pra mim, pois em vez de rir, fiquei impaciente com tanto azar e frustração que eles passaram. Não consegui perceber que a história foi escrita por John Green porque simplesmente não se parece com a escrita dele. Dos personagens, só gostei mesmo de Duke, uma garota que por ter só amigos homens, acaba por fazer parte do "time". Os garotos parecem que não a enxergam como uma menina, pois ela não se preocupa com estereótipos de beleza, como as lideres de torcida. Ela simplesmente aproveita o momento sendo quem é e o que importa é se sentir bem.
Já o terceiro conto foi o que menos me conquistou, pois apesar de ele ser a chave pra fechar os três contos e tendo a maior mensagem natalina sobre "fazer o bem", foi algo que não me prendeu devido as atitudes de sua protagonista e a própria narrativa da autora que achei um pouco arrastada demais. Por se tratar de contos, acho que se deve ir direto ao ponto em vez de ficar arrastando dando a impressão de enrolação. E Addie se propor a ir buscar um porco pra provar que não pensa em si mesma enquanto se lamenta por ter traído o namorado ao longo da história foi algo que não me agradou... Francamente...

Acho que cada conto poderá marcar o leitor de forma diferente, dependendo de como quem lê encara a situação ou se se identifica com algum dos personagens. Talvez tenha gostado mais do primeiro justamente por ter me identificado um pouco mais com Jubileu e a forma como ela vê as coisas.
No mais, é um bom livro pra passar o tempo e acredito que os mais jovens devam curtir mais.

Feitiço - Sarah Pinborough

26 de janeiro de 2014

Lido em: Janeiro de 2014
Título: Feitiço - Encantadas #2
Autora: Sarah Pinborough
Editora: Única
Gênero: Fantasia/Releitura
Ano: 2013
Páginas: 248
Nota: ★★★★★
Sinopse: Você se lembra da história da Cinderela, com sua linda fada madrinha, suas irmãs feias e um príncipe encantado? Então esqueça essa história, pois nesta releitura de Sarah Pinborough ninguém é o que parece. Em um reino próximo, a realeza anuncia um baile que encontrará uma noiva para o príncipe e parece que o desejo de Cinderela irá ganhar aliados peculiares para ser realizado. Contudo, não será fácil: ela não é a aposta de sua família para esse casamento real, e sua fada madrinha precisa de um favorzinho em troca de transformar essa pobre coitada em uma diva real. Enquanto isso, parece que Lilith não está muito contente com os últimos acontecimentos e, ao mesmo tempo em que seu reino parece sucumbir ao frio, ela resolve usar sua magia para satisfazer suas vontades. Feitiço é o segundo volume da trilogia iniciada com Veneno, um best-seller inglês clássico e moderno ao mesmo tempo em que recria as personagens mais famosas dos irmãos Grimm com personalidade forte, uma queda por aventuras e, eventualmente, uma sina por encrencas. Princesas, rainhas, reis, caçadores e criaturas da floresta: não acredite na inocência de nenhum deles!
Resenha: Feitiço é o segundo volume da saga Encantadas escrita por Sarah Pinborough e lançada no Brasil pela Editora Única. O primeiro livro, Veneno, deu uma versão nova à história de Branca de Neve, e este segundo, acompanhamos uma versão bastante curiosa e empolgante para a história de Cinderela.
Morando numa casinha simples com seu pai, sua madrasta e sua irmã de criação, Rose, Cinderela sempre sonhou em fazer parte da realeza desde criança, e seu objetivo, mesmo parecendo algo impossível, visto que ela não passa de uma criada da plebe, é se casar com o príncipe e ter uma vida de princesa.

O casamento era algo realmente necessário para os negócios da família real e o príncipe deu um baile a fim de poder encontrar uma noiva de quem gostasse e se comportasse como alguém digna do trono. Rose recebeu toda a atenção e cuidados a fim de se preparar para que despertasse o interesse do príncipe no baile, e ninguém cogitou a ideia de Cinderela ir... Mas o desejo da moça de conhecer e conquistar o príncipe era tanto que ela acabou recebendo uma ajudinha vinda da Fada Madrinha, que, com mágica, lhe presenteou com um vestido novo e sapatinhos de diamante enfeitiçados para que Cinderela se tornasse irresistível aos olhos do rapaz no baile (pelo menos enquanto os usasse), porém com uma condição: enquanto estivesse no castelo, teria que explorar os aposentos em busca de algo de extremo interesse da Fada... E mesmo tendo que aturar o cocheiro que veio nesse “pacote mágico”, um homem rústico e arrogante do qual ela tomou antipatia a primeira vista, Cinderela ficou disposta a marcar presença e conquistar o príncipe durante os dois dias que o baile iria acontecer, desde que não deixasse passar de meia noite... No segundo dia, ao ouvir as badaladas do relógio, Cinderela corre e perde um dos sapatinhos, e nos dias seguintes o príncipe manda que seus criados procurem pela moça cujo pé se encaixasse com perfeição no sapato perdido. Até que Cinderela, enfim, é encontrada e nomeada noiva do príncipe, se mudando para o castelo junto com sua família e tendo seu sonho realizado... ou será que não?

Depois de ter lido Veneno e ter gostado principalmente pelo final totalmente imprevisível e chocante, iniciei a leitura de Feitiço sem muitas expectativas e sem esperar nada de grandioso, e vou ter que assumir que além da história ter se superado completamente, se tornou um dos melhores livros que já li sobre adaptações dos clássicos até hoje. Cinderela é uma moça que apesar de ser muito sonhadora, tem a sexualidade bastante aflorada e não tem medo nem vergonha de explorar isso em suas fantasias mais secretas... Não pensem que se trata de uma saga infantil... Ela morre de pavor de ratos e animais asquerosos do tipo, mas fica curiosa por um ratinho em particular que parece sempre a seguir por onde vai, até mesmo quando ela se muda para o castelo para esperar pelo casamento. Ela é o tipo de personagem que tem um sonho, mas entende que nem tudo acontece como queremos, principalmente porque nenhuma ajuda vem de graça e tudo tem um preço...

Narrado em terceira pessoa, a leitura é super fluída e tem um ritmo super empolgante. Feitiço mostra o ponto de vista de Cinderela (incluindo suas cenas de fantasia que considerei como sendo bem “picantes”) e dos personagens secundários mais importantes, como o próprio príncipe que se mostra alguém bastante mesquinho e interesseiro; da irmã de criação dela, Rose, que aparece como alguém bastante madura mesmo que tenha ficado infeliz por ter sido “descartada” pelo príncipe que escolheu Cinderela em seu lugar; e do caçador que também foi o cocheiro grosseirão que levou a garota ao baile e que a mando da Fada Madrinha faz visitas a Cinderela no meio da noite que a desagradam muito a fim de saber sobre o progresso da busca pelo castelo, até que eles se tornam aliados. Todos os personagens têm personalidades distintas e são muito bem construídos.

Com relação a parte física, a capa é um luxo só e a diagramação, seguindo o mesmo estilo do primeiro livro, é cheia de ornamentos nos inícios e finais de capítulos. A revisão foi impecável, as páginas são amareladas e a fonte tem um tamanho ótimo que torna a leitura, além de agradável, bastante rápida.

A princípio a história parece ser bastante independente da primeira, mas não aconselho que a leitura seja feita fora de ordem, pois há alguns personagens e acontecimentos muito importantes ligados ao primeiro livro e sem um conhecimento prévio sobre eles a leitura pode se tornar vaga, sem que o leitor saiba de onde vieram ou o que estão fazendo ali, principalmente ao final do livro. E por falar em final, mais uma vez me surpreendi e fiquei chocada com tamanha audácia por parte da autora e em como ela pode ter feito ligações tão surpreendentes com os personagens dos livros! Todo o desenrolar da história e a tensão para saber dos mistérios que surgem e o que poderá acontecer a seguir são super viciantes e é impossível terminar um capítulo sem querer começar o próximo logo! É empolgação do começo ao fim. E que fim! Deixa qualquer um de boca aberta.

Pra quem curte releituras (bem modificadas) com certeza vai curtir muito a história de Feitiço! O próximo livro da saga é “Poder”, a releitura dessa vez será da Bela Adormecida, e já estou super ansiosa por ele!

A Viagem do Tigre - Colleen Houck

Lido em: Agosto de 2013
Título: A Viagem do Tigre - Saga do Tigre #3
Autora: Colleen Houck
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance/Fantasia/Aventura/YA
Ano: 2012
Páginas: 496
Nota: ★★☆☆☆
Sinopse: Perigo. Desolação. Escolhas. A eternidade é tempo demais para esperar pelo verdadeiro amor? Em sua terceira busca, a jovem Kelsey Hayes e seus tigres precisam vencer desafios incríveis propostos por cinco dragões míticos. O elemento comum é a água, e o cenário de mar aberto obriga Kelsey a enfrentar seus piores temores. Dessa vez, sua missão é encontrar o Colar de Pérolas Negras de Durga e tentar libertar seu amado Ren tanto da maldição do tigre quanto de sua repentina amnésia. No entanto o irmão dele, Kishan, tem outros planos, e os dois competem por sua afeição, além de afastarem aqueles que planejam frustrar seus objetivos.
Em A viagem do Tigre, terceiro volume da série A Saga do Tigre, Kelsey, Ren e Kishan retomam a jornada em direção ao seu verdadeiro destino numa história com muito suspense, criaturas encantadas, corações partidos e ação de primeira.

Resenha: Esta resenha pode ter spoilers dos livros anteriores!
A Viagem do Tigre é o terceiro volume da saga “A Maldição do Tigre”, escrita por Colleen Houk e lançada no Brasil pela Editora Arqueiro.
A história parte de onde terminou em O Resgate do Tigre, em que Kelsey precisa lidar com as dificuldades de um amor agora não correspondido, pois Ren não se lembra de que ela é sua metade após ter sido capturado e torturado por Lokesh, que criou um tipo de bloqueio proposital para que ele a esquecesse. Mas em companhia de Kishan, irmão de Ren, Kelsey se sente segura e protegida e continua se deixando levar por seus encantos. Como os irmãos ainda estão sob efeito da maldição em que eles são obrigados a permanecerem em forma de tigre por 12 horas por dia, eles partem numa viagem fantástica num iate em companhia do Sr. Kadam, Nilima e Kelsey para continuarem com a missão e caso forem bem sucedidos, ganharem mais 6 horas para ficarem na forma humana, viagem esta que envolve navegações pelos mares em busca de vários dragões mágicos, poderosos e traiçoeiros que irão colocar o trio em perigo a troco de alguma informação ou ajuda para encontrarem o Colar de Durga e seguirem para a tarefa árdua que é quebrar essa terceira parte da maldição.

Seguindo o mesmo ritmo dos dois primeiros volumes e narrada em primeira pessoa por Kelsey, A Viagem o Tigre está recheada de ação no que diz respeito à busca pela quebra da maldição ao mesmo tempo em que trata da questão amorosa desse triângulo amoroso que considero tão absurdo e irritante. O famoso triângulo amoroso é algo que considero como algo desnecessário e infeliz nas histórias em que o casal já está destinado um ao outro desde o princípio. Acredito que pode haver dificuldades e obstáculos para que haja tensão até que tudo se resolva, mas se o amor é algo realmente verdadeiro como parece, jamais existirá espaço para uma terceira pessoa, principalmente se elas convivem juntas e dependem uma da outra como acontece nessa saga. E Kelsey é egoísta, continua tirando conclusões precipitadas sobre tudo, às vezes não considera os sentimentos alheios e ainda se refere aos irmãos como sendo “seus tigres”, mesmo sabendo que é impossível manter um relacionamento com os dois... Queria muito que os dois simplesmente a mandassem pastar pois pra mim ela está longe de estar com essa bola toda, se fazendo de boa moça quando no fundo é uma completa cretina... Mas ainda assim, ela meio que tranca seus sentimentos por Ren já que ele se esqueceu de tudo o que passaram juntos e resolve investir em Kishan depois de ele insistir muito... Afinal, se não dá pra ficar com um por motivo de força maior, nada como usar o irmão do coitado como estepe já que ele se demonstrou tão interessado... Até que, claro, Ren recupera a memória e resolve lutar por sua amada outra vez, depois de despachá-la, humilhá-la, partir seu coração e desfilar com vadias em sua frente, se achando o tal, cheio de confiança, pra não perder o costume. E Kishan que tinha todo aquele jeitão bad boy descolado sumiu pra dar lugar a um Kishan babão e puxa saco. Ai... Sério que essa situação não me desce, não mesmo... Entre Team Ren e Team Kishan, fico com o Team Forever Alone, obrigada.

Pela parte da aventura é uma história bacana de se ler, pois as descrições dos cenários que a autora faz são cheia de detalhes e que trazem informações acerca da cultura local carregada de referências que são muito interessantes, ainda mais quando mescladas com fantasia que gosto bastante, mas ao mesmo tempo, uma coisa que não entendo como pode caber nessa história são as descrições dos diversos pratos de comida que se estendem por muitas e muita páginas e como os personagens aproveitam dessa fartura infinita sem engordarem uma grama sequer. Imagino o sofrimento de alguém que está fazendo um regime evitando todo tipo de gostosuras imagináveis ou não deve passar ao ler tantos detalhes sobre tantos tipos de comida exótica para todos os gostos. Acho muito exagerado e desnecessário dar tanto enfoque para essa questão da comida e acho que a história poderia ser mais curta se fôssemos poupados desses detalhes que, pra mim, são inúteis... Então por mais que a leitura tenha uma linguagem fácil, se tornou bem arrastada, levando em consideração esse triangulo odioso, e situações que, por mais perigosas, impossíveis e de tirar o fôlego que pareciam ser, sempre ficava óbvio que eles iriam conseguir sair da tal enrascada, mesmo que alguém saísse ferido ou com alguma seqüela qualquer pois seria curado posteriormente com algum elemento mágico que sempre está disponível quando necessário. Eu lia os capítulos no limite da paciência, desesperada pra essa agonia acabar.

Fico até um pouco chateada, meio em cima do muro, pois quando começo uma série que pelo primeiro livro parece que vai ser muito boa (sim, eu gostei do primeiro livro, A Maldição do Tigre, mas parou por ai), por mais que eu não goste de seu desenvolvimento e elementos presentes, não consigo simplesmente abandonar sem saber que fim tudo aquilo vai levar, então, que venha o Destino do Tigre.

A Viagem do Tigre, pra mim, mereceu duas estrelas por que levei em consideração os detalhes das viagens e seus cenários, e também as histórias dos dragões com suas ambições e descrições perfeitas. E também pela parte física do livro, cuja revisão é impecável e a capa maravilhosa...



A Queda dos Cinco - Pittacus Lore

24 de janeiro de 2014

Lido em: Janeiro de 2014
Título: A Queda dos Cinco - Os Legados de Lorien #4
Autor: Pittacus Lore
Editora: Intrínseca
Gênero: Aventura/Ação/Juvenil/Ficção Científica
Ano: 2013
Páginas: 288
Nota: ★★★★☆
Sinopse: John Smith, o Número Quatro, achou que tudo seria diferente quando os lorienos se juntassem. Eles parariam de fugir. Lutariam contra os mogadorianos. E venceriam. Mas Quatro estava errado. Depois de enfrentarem Setrákus Ra e quase serem dizimados, os membros da Garde reconhecem que estão despreparados e em minoria. Escondidos na cobertura de Nove, em Chicago, eles planejam os próximos passos.
Os seis são poderosos, porém não são fortes o suficiente para enfrentar um exército inteiro, mesmo com o retorno de um antigo aliado. Para derrotar os mogadorianos, cada um deles precisará dominar seus Legados e aprender a trabalhar em equipe. O futuro incerto faz com que eles busquem a verdade sobre os Anciões e seu plano para os nove lorienos escolhidos. A Garde pode ter perdido batalhas, mas não perderá a guerra.
Resenha: Atenção! Essa resenha pode ter spoilers dos livros anteriores! Eu Sou o Número Quatro, O Poder dos Seis e A Ascensão dos Nove.
A Queda dos Cinco é o quarto volume da série os Legados de Lorien e dá continuidade a saga de John Smith, o Número Quatro da Garde que, enfim, depois de muitas aventuras e sufoco no meio dessa guerra contra os Mogadorianos está reunida, exceto pelo Número Cinco, que ainda não foi encontrado mas anda deixando pistas na internet para os demais. E essa é a missão inicial dos lorienos: encontrá-lo.

Ninguém sabe quem é, o que é, o que é capaz de fazer, e a expectativa de todos eles por Cinco é imensa.
A história começa com Sam aprisionado e a tensão corre nas veias do leitor, pois ninguém sabe como ele vai escapar dali e o inesperado, claro, acontece! Malcon, seu pai há muito desaparecido, em companhia de um mogadoriano do bem, Adam, o resgatam!
A guerra ainda não aconteceu, apesar dos treinamentos e dos confrontos serem frequentes e o melhor lugar no momento em que eles poderiam ficar para se recuperarem da batalha que tiveram contra Setrákus Ra e se prepararem era na cobertura de Nove, que neste volume está impagável. Todos eles estão sozinhos, sem a companhia de seus Cêpans, e só podem contar com a ajuda uns dos outros.

Narrado em primeira pessoa e com a fonte diferente para que saibamos quem é o narrador da vez (a medida que vamos lendo, pois de início é meio difícil saber quem é até que nos acostumemos com a fonte), como nos volumes anteriores, a narrativa se alterna entre alguns personagens, e dessa vez, Sam faz parte do time de narradores. O ritmo continua sendo frenético, viciante, com bastante ação, com detalhes na medida certa para que não fique cansativo ou floreado. É impossível parar o livro sem que a curiosidade pelo próximo capitulo não nos consuma.

Para não perder o costume, Sarah é uma personagem que não me desce. Simplesmente não gosto da menina por mais que ela tenha demonstrado que é confiável e está do lado de John. É um problema essa ideia de que os lorienos só se apaixonam verdadeiramente uma única vez na vida... Tenho preguiça do namoro dela com John pois não vejo como um relacionamento assim pode ter espaço numa história em que o foco não é romance, muito pelo contrário. Apesar disso, não fiquei chateada por Seis ter ficado pra escanteio levando em consideração que Sam está alí por ela... Vai, Sam!
Já o encontro com Cinco foi meio suspeito pra mim desde o início, e fiquei imaginando qual seria o mistério real que cerca a história dele, até que o final chega e me deixa de boca aberta.
Pra ser sincera, terminei o livro com aquela sensação de incredulidade, pois não aceitei o que aconteceu no final e apesar de gostar muito da série, senti que faltou algo, talvez um desenvolvimento maior com relação ao amadurecimento dos personagens. Parece que estão estagnados numa rotina e não saem daquilo nunca...

Entendo que numa guerra acontece de tudo, incluindo perdas, baixas, feridos, horripilâncias, traições e tudo o mais, mas a forma como tudo aconteceu de forma tão repentina e natural como se fizesse parte e eu tivesse que engolir aquilo fácil, não foi nada agradável. Fiquei chocada, com o coração na mão e ainda não decidi se essa emoção que A Queda dos Cinco me despertou é algo positivo ou não, principalmente por que pelo título já era de se esperar que algo de trágico pudesse acontecer.
Seis é minha personagem favorita, pois é o maior exemplo de força e coragem que um time precisa pra se dar bem. E Bernie Kosar, que não posso deixar de lembrar. O "beagle" mais incrível ever.
Curti muito a história, só esperava que os personagens crescessem um pouco mais visto que há surpresas e novos obstáculos a serem enfrentados. Pra quem curte ação sem enrolação (as poucas páginas já definem isso) vai curtir bastante a série!