Os Doze - Justin Cronin

6 de fevereiro de 2017

Título: Os Doze - A Passagem #2
Autor: Justin Cronin
Editora: Arqueiro
Gênero: Ficção Científica
Ano: 2013
Páginas: 592
Nota:★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse:Em A passagem, doze prisioneiros sentenciados à morte foram usados em um experimento militar que buscava criar o soldado invencível. Mas a experiência deu terrivelmente errado. Um vírus inoculado nas cobaias acabou com qualquer resquício de sua humanidade e elas fugiram, matando ou infectando qualquer um que cruzasse seu caminho. Os infectados se tornavam virais obedientes a seu criador, mais um de seus Muitos. No caos que se formou, a única chance de sobrevivência para a espécie humana eram fortificações altamente protegidas. Assim se formou a Primeira Colônia, um reduto a salvo dos virais, mas isolado do resto do mundo. Noventa e dois anos depois, uma andarilha surgiu às portas da Colônia. Era Amy Harper Bellafonte, a Garota de Lugar Nenhum, aquela que iria liderar um grupo de colonos e eliminar a cobaia número 1, Gilles Babcock, libertando seus Muitos. Agora, cinco anos após ter cruzado as Terras Escuras em busca de respostas e salvação, seu grupo está separado. Cada um seguiu seu caminho, mas seus destinos logo voltarão a se cruzar, num embate definitivo contra uma ameaça mortal. Fanning, o Zero, aquele que deu origem ao apocalipse, tem planos para refazer o grupo dos Doze e conta com um aliado poderoso, disposto a qualquer coisa em nome da própria imortalidade. Segundo livro da trilogia A passagem, Os Doze nos faz questionar a mente humana, os avanços científicos e a busca do poder que leva a uma certeza sombria de nossa capacidade para o mal. Mas, acima de tudo, ele reforça nossa esperança em uma humanidade que se adapta, sobrevive e não se rende.
Resenha: O Tempo De Antes. Tudo aconteceu de uma forma rápida, alastradora, e então, os Estados Unidos estava sendo tomado por virais. Alguns sobreviventes foram encontrados e concentrados em um campo militar, mas não estavam imunes aos perigosos dracs. Nove décadas depois, Peter, Alicia, Michael, Amy e os outros continuam a sua jornada arriscada com o intuito de sobreviver e destruir de uma vez por todas Os Doze.

Continuar uma trilogia ou série nunca é fácil. Com uma história que se inicia com alto nível, como A Passagem, é esperado que a sequência seja tão boa quanto. Os Doze, que foi lançado cerca de 3 anos depois do seu antecessor, parece, à primeira vista, um tanto perdido. A narrativa de Cronin não é linear, e desse modo ele optou por apresentar o "antes", como o vírus se originou e se espalhou pelo mundo. De forma lenta e gradativa, dando todos os detalhes possíveis para enriquecer a trama, o autor desenrola fatos com personagens novos, excluindo temporariamente aqueles que já conhecíamos. A leitura dos livros de Justin Cronin são uma viagem extraordinária, mas é necessário para cada leitor que for embarcar nisso saiba que o texto virá cheio de detalhes e por vezes vai tomar um ritmo lento.

Mas é graças a este ritmo que temos uma história muito bem construída. Devido aos relatos do tempo de antes, a trama se volta no presente a um ambiente novo e o autor enlaça tudo muito bem. Agora, há uma semelhança maior com vampiros e há revelações capazes de deixar qualquer um apreensivo. No book trailer americano é exibida uma cena do livro, que ocorre num milharal. Este é, com certeza, um dos melhores momentos da trama

Os Doze só não foi tão bom quanto A Passagem por uma única questão: a inserção de personagens no Tempo de Antes que não tiveram relevância no enredo. Apesar de Cronin ter uma narrativa mais elaborada, um tanto poética e mais lenta, tal grupo de pessoas e os acontecimentos que os envolvem não fizeram muito sentido no conjunto todo. No mais, o livro funciona muito bem em todos os outros pontos. O grupo de protagonistas está cada vez mais unido e o final é de tirar o fôlego, deixando uma porta aberta cheia de possibilidades para a finalização com A Cidade dos Espelhos.

"Num mundo cercado por monstros, o inimigo mais cruel pode ser o próprio homem". 

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