A Sala dos Répteis - Lemony Snicket

28 de setembro de 2015

Título: A Sala dos Répteis - Desventuras em Série #2
Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Gênero: Infantojuvenil
Ano: 2001
Páginas: 184
Nota: ★★★★☆
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Sinopse: Lemony Snicket é um autor que não pode ser acusado de falta de franqueza. Sabe que nem todo mundo suporta as tristezas que ele conta e por isso - para que depois ninguém reclame - faz questão de avisar: "Se você esperava encontrar uma história tranqüila e alegre, lamento dizer que escolheu o livro errado. A história pode parecer animadora no início, quando os meninos Baudelaire passam o tempo em companhia de alguns répteis interessantes e de um tio alto-astral, mas não se deixem enganar...". Os Baudelaire têm mesmo uma incrível má sorte, mas pode-se afirmar que a vida deles seria bem mais fácil se não tivessem de enfrentar o tempo todo as armadilhas de seu arquiinimigo: o conde Olaf, um homem revoltante, gosmento e pérfido. Em Mau Começo ele deu uma pequena amostra do que é capaz de fazer para infernizar a vida de Violet, Klaus e Sunny Baudelaire - e aqui as coisas só pioram.

Resenha: Os personagens e o plot já foram apresentados na resenha de Mau Começo, então essa e as próximas vai acabar sendo um pouco menor. Mas vamos lá... Em A Sala dos Répteis, Lemony também "repele" o leitor logo no prefácio, afirmando que "se você esperava encontrar uma história tranquila e alegre, lamento dizer que escolheu o livro errado. [...] Nada impede que você coloque este livro de volta na estante e procure algo mais leve". Com uma introdução assim, dá vontade de desistir, né? SQN!

Dessa vez os irmãos Baudelaire têm um tantinho de alegria no começo, quando vão morar com o tio Monty. Finalmente Violet, Klaus e Sunny têm a liberdade de fazer o que mais gostam: inventar, ler e morder, respectivamente. Mas, como diz o ditado, alegria de pobre dura pouco, e logo e as desgraças começam.
Esperar é uma das coisas difíceis da vida.
Um velho conhecido nosso dá as caras, pra infelicidade dos órfãos. Novamente, em tão pouco tempo, eles precisam lidar com morte, trapaças, conspirações e mais um monte de coisas "de gente grande". O toque especial fica por conta dos répteis (alguém diz pro Lemony que sapo não é réptil, pelamor! meu corassaum doeu). Pra quem tem medo ou aversão a cobras, lagartos e sapos (!), o livro dá uma certa agonia.

O padrão de escrita, ilustrações e outras coisas que me conquistaram no primeiro volume foi mantido neste (e pelo visto nos próximos também). O humor irônico continua presente, as sacadas inteligentes, a tentativa de tradução das "falas" de Sunny... E as tais explicações, que ao mesmo tempo que me fazem rir ajudam a mostrar quão óbvias as coisas são, mas acabamos ignorando por não pararmos pra analisar.

Nesse livro fiquei ainda mais apaixonada pelas crianças, tão espertas e cativantes. E, numa geração tão tecnológica, ter personagens que adoram ler e usam a inteligência para inventar coisas é uma linha fora da curva, um ótimo exemplo pras crianças. Ainda bem que tenho mais 10 livros na companhia deles. ♥

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