Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Gênero: Romance erótico
Ano: 2016
Páginas: 144
Nota: ★★★★☆+18
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.Resenha: Março é o terceiro volume da série A Garota do Calendário, da autora Audrey Carlan e publicado no Brasil pela Verus.
A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil.
Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser...
Mia vai passar o mês de março em Chicago com o empresário Anthony Fasano, que a contrata para fingir ser noiva dele. A princípio Mia não entende por que um homem tão lindo e másculo precisa de uma falsa noiva, mas ela está prestes a descobrir...
Em seu terceiro mês trabalhando como acompanhante de luxo, Mia vai para Chicago após ser contratada por Anthony Fasano. Ela deve se passar por sua noiva e impressionar Mona, a matriarca da família, que sonha que Tony se case e lhe dê netos. Anthony vem de uma família italiana tradicional e, por ser o único filho homem, é a esperança de Mona para que o sobrenome perpetue.
Anthony é lindo, rico e muito viril, e, inicialmente, Mia não entende por que ele precisa de uma acompanhante, mas a medida que as coisas evoluem, Mia descobre que Tony guarda um segredo, e, claro, ela vai ajudá-lo...
Assim como os livros anteriores, a narrativa é feita em primeira pessoa pelo ponto de vista de Mia e a escrita da autora continua direta, leve e bastante fluída. A quantidade de páginas também colabora para uma leitura rápida então já podemos partir pros próximos volumes sem muitos rodeios.
Logo no começo da história Mia já se depara com um momento de tensão envolvendo Blaine e é bem possível imaginar o que ela poderá vir a enfrentar no futuro com esse traste repugnante...
Em Março o foco da trama não fica somente sobre o trabalho de Mia e no sexo propriamente dito, mas também no relacionamento familiar e no segredo de Tony. Assim como ela entrou nessa para ajudar o pai, ela percebe que a família de Tony também é superprotetora e devido às questões que ele precisa enfrentar, Mia mostra um lado mais amigável, mais sensível e que pende pro lado mais romântico do que o sexual, apesar de ela ainda se deixar levar pelo fogo que nunca a abandona... O livro é hot, tem que ter o bendito sexo...
Diferente dos livros anteriores, este foi mais agradável de se acompanhar por não girar em torno de um cliente convencional, o que acaba dando brechas para Wes fazer uma pontinha e levar Mia a momentos de puro prazer ao marcar presença. Tony foi o melhor cliente de Mia até agora pois o relacionamento dele é responsável por dar uma profundidade maior à história, focando em sentimentos, no amor verdadeiro e, acima de tudo, na felicidade. E, claro, Mia também tira grandes lições dessa experiência.
Como personagem, não tenho muito o que dizer pois Mia não sofreu nenhuma evolução drástica e digna de maiores comentários. Ela continua firme em seu propósito de pagar a dívida astronômica do pai, continua levando Wes em seus pensamentos, é destemida, continua linda de morrer, mas as coisas continuam, basicamente, iguais. Apesar de sua família aparecer um pouco mais, não foi o bastante para trabalhar a parte emocional dela, então a família de Tony acabou ocupando esse espaço. Gostei muito dos personagens secundários e dos seu dilemas. Hector é amigo de longa data e advogado da família e ele, por ter uma ligação direta com Tony, acabou sendo um dos principais afetados na história. Mia fica comovida com o que ele precisa enfrentar, nós leitores também ficamos, e só queremos que tudo dê certo no final.
O que percebo é que Mia consegue aprender um pouco mais a cada mês, e cada cliente é responsável por fazer aflorar nela o que antes era desconhecido. A autora continua estereotipando os clientes de Mia, dessa vez o italiano gostosão cheio de pegada, e isso me faz pensar que cada um deles representa uma fantasia diferente, seja dela mesma ou das leitoras mais saidinhas. Será que, nos próximos livros, vamos ter um cliente fora desse padrão de "deus grego" pra sair da mesmice? Um nerd estranho ou sei lá? Fica aí minha pergunta.
Com relação a parte gráfica não tenho do que reclamar. O livro tem uma capa sugestiva mas não apelativa, e que combina com os demais livros da série. A diagramação é simples e há diferenças para indicar quando são mensagens de textos. Os capítulos são numerados e bem curtinhos e não encontrei erros de revisão.
Em suma, Garota do Calendário é uma série para se ler de forma despretenciosa, sem muitas expectativas e com intuito de embarcar numa história com cenas quentes descritas com detalhes suficientes para brincar com a imaginação das leitoras... Não é nada que vá trazer profundidade ou lições em nossas vidas, mas confesso que estou bastante curiosa para saber quem será o próximo cliente de Mia e o que ela vai aprender com ele...