Games - Don't Starve

14 de fevereiro de 2019

Título: Don't Starve
Desenvolvedora: Klei Entertainment
Plataforma: Android, PS4, Nintendo Switch, iOS, PC...
Categoria: Sobrevivência/Aventura/Estratégia/Terror
Ano: 2013
Classificação Indicativa: 10+
Nota: 
Sinopse: Don't Starve é um jogo de sobrevivência selvagem intransigente, cheio de ciência e magia. Entre em um mundo estranho e inexplorado cheio de estranhas criaturas, perigos e surpresas. Reúna recursos para criar itens e estruturas que correspondam ao seu estilo de sobrevivência.
Depois de séculos sem jogar alguma coisa que realmente me prendesse a atenção, eis que descubro Don't Starve, um game para PC (e outras várias plataformas) lançado em 2013, onde o personagem selecionado acorda numa terra desolada e macabra, e, a partir daí, ele ou ela terá como objetivo adquirir conhecimento e lutar pela sobrevivência.

Embora cada personagem tenha suas próprias descrições e características peculiares, que dentro do jogo podem ser bem úteis (ou não), não há uma história propriamente dita, e a ideia principal é usar a lógica e montar uma estratégia para jogar a campanha cuja mecânica é até bem simples, envolvendo passar o verão e o inverso rigoroso, coletando recursos, procurando e produzindo comida, construindo uma base de acampamento segura, tentando escapar ou enfrentar os monstros hostis, horripilantes e assustadores que aparecem para te matar, e, principalmente, NUNCA ficar no escuro para evitar ser morto pelos ataques de monstros e das forças sombrias e demoníacas que rondam por alí.


Ao iniciar um jogo, o mundo gerado é totalmente aleatório, e como deve ser explorado para o mapa ser revelado ao mesmo tempo, a dificuldade do jogo é algo imprevisível, pois nunca sabemos onde exatamente encontrar comida, recursos, ou criaturas, sejam aquelas das quais precisamos da ajuda para manter a sobrevivência, ou aquelas das quais devemos fugir desesperadamente para não sermos atacados e mortos. Os tipos de solo e vegetação, os chamados "biomas", podem até dar um indicativo do que pode ou não ser encontrado ali, mas nem sempre existe garantia de que vamos mesmo encontrar o que estamos procurando. Pode ser necessário explorar a ilha por dias até encontrar o que é preciso para colocar o plano estratégico de sobrevivência em prática, mas como cada área reserva uma surpresa, tudo é muito imprevisível e, na maioria das vezes, é preciso improvisar com o que se tem e com o que é encontrado pelo caminho.


Os dias são divididos em três estágios (dia, tarde e noite), e a duração de cada um deles depende da estação. No verão as noites costumam ser mais curtas, e no inverno são bem mais longas, o que indica muito mais perigo. Jogar no inverno sem segurança e sem estar preparado, seja sem roupas quentes ou sem comida suficiente estocada, é pedir pra morrer. No inverno, o personagem sente frio se a temperatura abaixar muito, a tela até "congela", e ele pode morrer de hipotermia, coitado. Durante o dia o momento é ideal para a exploração, pois há muita luz e os perigos costumam ser um pouco menores. A tarde o cenário já fica bem escuro e numa tonalidade avermelhada, e isso pode dificultar um pouco caso seja preciso explorar. A noite a escuridão é total (exceto no período da lua cheia), logo não há muito o que fazer, e se você não tiver recursos para construir uma tocha ou fogueira para clarear o mínimo possível, a espera pela morte certa dura segundos. O nível de dificuldade do jogo vai aumentando de acordo com os dias que você consegue sobreviver, assim como as criaturas, que vão evoluindo, se tornando maiores e bem mais perigosas.


Existe um medidor de fome, vitalidade e sanidade, e é preciso ficar atento a essas necessidades para que o personagem não morra de fome (é o nome do jogo, inclusive), não sofra danos que podem matá-lo, e nem fique pirado por estar com medo ou por fazer coisas que não o deixam feliz. Alguns têm reações bastante negativas quando o nível de sanidade está muto baixo, e vários espíritos malignos começam a persegui-lo.


Embora o jogo seja super divertido e viciante, um ponto bastante frustrante é a questão da própria morte, pois se não tivermos os meios certos de voltar à vida, o jogo acaba e você, literalmente, perde tudo, independente do dia que você conseguiu chegar. Algumas coisas, embora pareçam óbvias, não são muito intuitivas para se fazer ou construir, então, se você não quiser passar séculos jogando e sofrendo na pele todas as inevitáveis milhões de mortes para aprender na marra como se faz, recomendo pesquisar videos e tutoriais sobre o jogo para se ter uma boa noção de como funciona, pra que as coisas servem e etc, assim a vida do seu personagem, seja ele qual for, não vai ser tão difícil.


Como eu, leiga e inexperiente, já tive a paciência testada e passei momentos de raiva e desgosto por ter morrido no primeiro dia, ou ter morrido por bobeira depois de ter construído todos os itens básicos do meu acampamento, minha salvação foi procurar por alguns videos de game play e tutoriais do jogo no YouTube, pois assim fica um pouco mais fácil pegar algumas dicas de quem já joga há anos, e ter uma noção maior da função de cada item, do que fazer e por onde começar, e até que tá dando certo, pelo menos por enquanto.

Outra coisa que me agradou e achei muito legal foi o visual do jogo, que embora seja "fofo" e com animações divertidas, tem toques bem góticos e é bastante sombrio. Os personagens são cabeçudos com corpinhos minúsculos, tem traços de rabisco, como se tivessem sido ilustrados à mão, e com olhos vazios e assustadores parecendo estarem possuídos. O legal é que cada um tem suas vantagens e desvantagens durante o jogo, então por mais que ele tenha alguma característica que seja boa, ele também vai ter alguma coisa que atrapalha. É o caso da Willow, por exemplo, que tem um isqueiro bastante útil mas, quando está com a sanidade baixa, põe fogo em tudo, inclusive na base, fazendo com que a gente perca tudo e precise reconstruir o que virou cinzas. A trilha sonora é sinistra e muito bacana, e já adianto que jogar esse jogo sem som é impossível. É preciso ficar atento aos sinais e a cada barulhinho que aparece, pois são eles que dão os primeiros indícios da chegada dos monstros mais terríveis e temíveis desse universo. A cada rosnado, cada rugido, cada ganido é garantia de sustos e arrepios, e a fuga, quando estamos sendo perseguidos, é uma experiência, no mínimo, frenética.


Vale lembrar que o jogo pode ser comprado pela Steam, e é bem baratinho (eu comprei na promoção por R$26,00 o pacotão com três expansões que são jogadas individualmente, Reign of Giants, Shipwrecked e Hamlet, e junto veio a versão multiplayer que dá pra jogar online com os amigos - não tenho nenhum 😥 -, o Don't Starve Together). Ainda não testei jogar com as expansões, mas logo logo começo os testes. A vantagem da compra é que as atualizações para melhorias, e até inclusão de novos personagens, são automáticas (desde que o jogo não seja pirata, claro).

Enfim, Don't Starve é um jogo que não só desenvolve o raciocínio e a lógica nessa saga pela sobrevivência, mas também é super divertido, cheio de ação, aventura, violência moderada e um pouquinho de fantasia, que no começo até faz a gente passar um pouco de raiva e aperto, mas que é viciante e impossível de largar.

Wishlist #65 - Funko Pop - Kubo and the Two Strings

10 de fevereiro de 2019

Depois que assisti a animação Kubo e as Cordas Mágicas (crítica aqui), fiquei imaginando quando a bendita Funko lançaria os personagens em forma de popinhos. Já faz um tempo desde que lançaram e eu fui enrolando pra poder fazer esse post por não serem as maiores prioridades (Harry Potter que o diga), mas, claro, é um set pequeno (que infelizmente faltou personagens bem marcantes) que não pode ficar de fora da lista de desejos. Só lamento pelo fato de o desenho não ter caído na graça popular, talvez por não ter uma pegada a la Disney e ser mais voltado para um público mais adulto devido ao tema que aborda, então muita gente sequer ouviu falar, mas, com certeza, é um filme que traz uma mensagem super bonita e que vale a pena ser assistido por muitas vezes. Espiem os fofildos:



Os Tambores do Outono - Diana Gabaldon

9 de fevereiro de 2019

Título: Os Tambores do Outono - Outlander #4
Autora: Diana Gabaldon
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance histórico/Fantasia
Ano: 2018
Páginas: 880
Nota:★★★★☆
Sinopse: Após tomar a difícil decisão de deixar a filha no século XX e viajar no tempo novamente para reencontrar seu grande amor, Claire Randall tem mais um desafio: criar raízes na América colonial do século XVIII ao lado de Jamie Fraser. Eles partem rumo à Carolina do Norte para achar um novo lar e contam com a ajuda de Jocasta Cameron, tia de Jamie e dona de uma propriedade na região.
Enquanto isso, em 1969, Brianna Randall se une a Roger Wakefield, professor de história e descendente do clã dos MacKenzie, para descobrir as respostas sobre as próprias origens e sobre Jamie, o pai biológico que nunca conheceu.
Em meio às buscas, ambos encontram indícios de um incêndio fatal envolvendo os pais de Brianna. Mas Roger não pode lhe contar isso, porque sabe que a namorada tentaria voltar no tempo para salvá-los. Por outro lado, Brianna também não compartilha sua descoberta, pois tem certeza de que Roger tentaria impedi-la.
Nesse livro emocionante, repleto de ação, intrigas e detalhes históricos, as barreiras do espaço e do tempo são postas à prova pelo amor de um casal e pela coragem de sua filha em mudar o destino.

Resenha:  Depois de terem vivido uma aventura cheia de perigos na África, um furacão atinge o barco onde Claire e Jamie estavam e um naufrágio foi inevitável. Porém, em terras firmes, eles descobrem que atravessaram o oceano e agora estão na América. Sozinhos e desamparados, resta a eles encontrarem Jocasta, uma tia abastada de Jamie com uma grande propriedade e prestígio social. Mas, embora o casal tenha decidido se fixar na América para reconstruir a vida na Carolina do Norte, o convívio nas terras de Jocasta não agrada Claire devido aos inúmeros escravos que a servem, e por mais que Jamie seja o único herdeiro da tia, esse conflito de interesses e moral fazem com que eles decidam procurar outra terra, que posteriormente é chamada de Cordilheira dos Frasers, mas acabam se envolvendo novamente com as questões políticas dos colonizadores ingleses, e, claro, outras dificuldades.
No presente, em 1969, Brianna acaba descobrindo algumas informações preocupantes relacionadas aos seus pais que estão vivendo no século XVIII, e isso faz com que ela tome a importante decisão de viajar no tempo, como sua mãe havia feito, numa tentativa desesperada de tentar evitar um destino trágico. Mas, quando Roger, seu namorado, descobre que Brianna partiu em segredo, ele não pensa duas vezes em atravessar as pedras para ir atrás dela, até acontecer um grande mal entendido que seria o estopim para o desenrolar dramático da história...
E em meio a um século onde a escravidão era algo rotineiro, assim como os constantes confrontos sangrentos entre colonos brancos e índios, Claire, que conhece como a História termina, não poderia fazer nada a não ser arriscarem tentar viver em paz em terras tão hostis.

Narrado em primeira pessoa alternando passado e presente, e também os pontos de vista entre Claire e Brianna, a história se desenvolve num cenário descrito de forma deslumbrante e com detalhes que fazem com que o leitor se imagine dentro das páginas.
A forma como a autora mescla ficção com fatos históricos, assim como a adaptação gradual do casal no Novo Mundo, também deixa o enredo bastante rico e convincente, como é o caso dos escravos e como eles eram obrigados a servirem e se submeterem aos seus senhores para que não fossem castigados ou até mesmo mortos; como os índios foram tratados durante a colonização, entrando em confrontos, e sendo caçados e expulsos das próprias terras; e ainda dá um vislumbre acerca das questões políticas e da pirataria em si, de onde surge Stephen Bonnet, o vilão da vez que está ali para criar problemas e causar o maior número de danos possíveis. Não posso deixar de falar também sobre o relacionamento de Brianna e Jamie, que nunca haviam se visto e vão precisar conhecer um ao outro, lidando com a ideia de pertencerem a épocas diferentes mas cujas personalidades (e aparências) são praticamente iguais, teimosos e impulsivos. Ainda há a questão de Frank Randall que, mesmo estando morto, ainda é lembrado constantemente, afinal, ele é quem criou e foi o pai de Brianna durante toda a sua vida e as comparações da menina, assim como o ciúme de Jamie que também está lidando com a ideia de conviver com a filha já adulta e recém chegada, são inevitáveis.

O romance, como sempre, é muito bonito, cheio de química e sensualidade e é muito inspirador, seja por parte de Claire e Jamie, quanto de Brianna e Roger. A autora consegue mostrar que quando o amor é forte e verdadeiro o bastante, as pessoas fazem loucuras e sacrifícios, e enfrentam coisas inimagináveis para ficarem ao lado de quem amam, porém, achei que houve uma mudança um tanto drástica no desenvolvimento de Claire e Jamie que fogem bastante do que fora apresentado nos livros anteriores. Se antes Jamie era um guerreiro destemido que sempre estava um passo a frente dos outros, neste livro ele se mostra um tanto idiota e cabeça dura como um velho ranzinza. As atitudes e reações de Claire, que está muito mais reservada e introspectiva, na grande maioria das vezes parecem não fazer sentido dentro da situação em que ela se encontra, seja no âmbito emocional e até no que diz respeito às suas habilidades de médica, cirurgiã e curandeira. Algumas cenas são fortes, pesadas e dramáticas o bastante para comover e até arrancar lágrimas, outras de matar qualquer um de revolta e indignação quando fica evidente o quanto as mulheres não tinham direitos e só tinham que s submeterem frente aos homens e suas vontades doentias, mostrando uma sociedade dominada pelo homem branco em busca de riquezas, propriedades e poder.

O livro tem seus altos e baixos, mas o que me fez não tornar essa história digna de cinco estrelas foi o fator "enrolação", pois a falta de comunicação e os milhares de mal entendidos que aparecem desencadeiam uma série de acontecimentos mirabolantes, rendendo uma viagem a pé de mais de mil quilômetros com meses e meses de duração, que colocam os personagens nas piores e mais perigosas furadas que se possa imaginar, e que fazem a trama ter seus momentos de tensão e agonia, mas que poderiam ser evitados se os personagens simplesmente conversassem, em vez de ficarem guardando segredos, ou se dessem ao mínimo trabalho de perguntar o que está acontecendo, e isso acabou sendo um pouco cansativo, pois soa muito mais como encheção de linguiça pra aumentar a história do que um desenvolvimento digno propriamente dito.

Enfim, com tantos acontecimentos interligados, como algo pequeno e que pode passar despercebido lá no início ter um grande impacto lá na frente (elemento bem funcional já utilizado pela autora nos outros livros), e, claro, várias reviravoltas, mesmo com alguns problemas de desenvolvimento, Outlander é uma das melhores e mais bem escritas séries que estou tendo o prazer de acompanhar, seja em forma de livros ou em forma de seriado, e é uma das minhas favoridas da vida. A impressão que tive é que esse livro em particular foi mais lento do que os anteriores, talvez numa tentativa de preparar o terreno para o que ainda está por vir, mesmo que os personagens tenham passado por várias situações complicadas. A história termina com aquele gostinho agridoce de final feliz, o que acaba sendo uma surpresa quando se trata da autora, mas sabemos que ainda tem muito mais pela frente.

A Mecânica do Coração - Mathias Malzieu

6 de fevereiro de 2019

Título: A Mecânica do Coração
Autor: Mathias Malzieu
Editora: Galera Record
Gênero: Fantasia
Ano: 2011
Páginas: 192
Nota:★★★★☆
Sinopse: O pequeno Jack nasce na noite mais fria do mundo e seu frágil coração está irremediavelmente congelado. Salvo pelas mãos de uma experiente parteira, ele é submetido a uma operação de emergência. Seu órgão é substituído por um relógio de madeira, um pequeno cuco que o ajudará a manter o ritmo das batidas e a bombear o sangue normalmente. A delicada prótese garantirá que Jack leve uma vida igual à de todos os outros garotos. Ou quase igual. Jack sabe que não pode se expor às sensações comuns, como a raiva e o desespero, a frustração e o amor. O menor sinal deste último sentimento pode fazer com que o pleno funcionamento de Jack entre em colapso.

Resenha: Jack nasceu na noite mais fria do mundo, e isso acabou fazendo com que seu pequeno coração se congelasse. A parteira, doutora Madeleine, como já havia feito com outros, logo arranja uma solução para consertá-lo e salvar sua vida: um relógio, cheio de engrenagens, fora implantado em seu peito para garantir a sobrevivência do pequeno. Embora o relógio mantenha Jack vivo, seu funcionamento é extremamente limitado, e Jack ficaria condicionado a evitar emoções mais fortes para sempre.
Quando Jack completa dez anos de idade, ele vai à cidade pela primeira vez e acaba se apaixonando por Acacia, uma garotinha desastrada que canta e encanta, mas não demora a sumir da vista de Jack. Agora, entre levar uma vida longa e monótona a uma vida curta e cheia de emoções, Jack parte numa jornada em busca daquela que arrebatou seu coração.
"... Todo o prazer e alegria que o amor pode proporcionar são cobrados mais dia menos dia em sofrimento. E quanto mais intensamente amamos, mais a dor futura será multiplicada. Você conhecerá a saudade, depois os tormentos do ciúme, da incompreensão, a sensação de rejeição e injustiça. Sentirá frio nos ossos, e seu sangue fabricará cubos de gelo que você sentirá correr sob sua pele. A mecânica do seu coração explodirá. Eu mesma enxertei esse relógio em você, conheço perfeitamente os limites de seu funcionamento. Talvez ele resista à intensidade do prazer, e um tantinho mais. Mas não é suficientemente sólido para resistir à mágoa do amor."
- Pág. 32
Talvez pelo fato do autor ser um músico, e mais ainda por ser francês, é bem perceptível um certo floreio na narrativa que a deixa bastante poética e romântica, e mesmo que traga um tom melodramático, gótico e obscuro dentro da história, que vai desde a satisfação plena e a felicidade até a completa destruição emocional, ela é cheia de metáforas e ensinamentos que, embora cada leitor possa absorver de forma distinta, se pode levar para a vida.

A forma como os sentimentos são descritos evidenciam o quanto o protagonista é ingênuo, e embarcar junto com ele nessa jornada em busca do amor vai render várias surpresas, que nem sempre serão tão bonitas quanto ele imaginou. Se no início Jack é apresentado como alguém extremamente frágil e indefeso, no decorrer da trama fica bem evidente que seu crescimento pessoal e amadurecimento vão lhe dar forças para que ele aprenda a lidar com os sofrimentos e as decepções que a vida, inevitavelmente, traz.

Talvez o único porém da história é que o protagonista é retratado de uma forma que nem sempre condiz com sua idade, logo isso acaba causando um pouco de confusão sobre sua inocência e pureza. Outro ponto é que o floreio da narrativa pode não agradar aqueles leitores que não estão habituados ou não gostam de uma leitura lírica, e levando isso em consideração, alguns trechos descrevendo sentimentos e situações podem soar forçados e até cafonas. Eu, particularmente não gosto muito desse estilo, mas relevei pois a história é, de fato, muito bonita e curiosa, mesmo com todas as suas bizarrices.

No mais, eu gostei muito da forma como Jack foi construído e desenvolvido, pois ele é a imagem perfeita do jovem apaixonado, que não carrega maldade no relógio que está no lugar de seu coração, e sente que, por ser diferente, não pertence a lugar algum, logo, além de embarcar numa jornada cruzando a Europa em busca do amor, ele também começa a descobrir mais sobre si mesmo.
A maneira como ele se encanta e se apaixona por Acacia desde criança, tudo o que ele faz pra poder tê-la ao seu lado, e até onde ele vai por ela é uma jornada incrível, mas há também a questão da amizade verdadeira que começa e se fortalece de uma forma que fica bem clara a mensagem de que, embora a vida tenha seus percalços, os amigos leais sempre estarão ali, ajudando quando necessário, estando ao seu lado nas horas mais sombrias, e sempre dando aquele impulso para seguir em frente.

A Mecânica do Coração é um livro curtinho, mas passa uma mensagem muito bonita sobre as várias facetas do amor, e ainda serve para reforçar a ideia de que o que não é compreendido não deve ser rejeitado, e Jack é um excelente exemplo sobre isso.

Wishlist #64 - Funko Pop - El Chavo e El Chapulín Colorado

5 de fevereiro de 2019

Acho que Chaves e Chapolin foram, e ainda devem ser, aquelas séries que fizeram parte da infância, e também da vida adulta, de muita gente por aí. Até hoje eu assisto e é impossível não rir e não morrer de saudade desses personagens icônicos e que marcaram gerações. E assim como tantos outros que marcaram minha infância, nem preciso dizer que quando a Funko anunciou o lançamento do Chaves e do Chapolin já fiz questão de por na lista sem fim. Uma pena que ainda não tenham anunciado os outros personagens da Vila, mas a esperança é a última que morre, e torço pra que eles não sejam excluídos dessa coleção e sejam lançados também.


Resumo do mês - Janeiro

1 de fevereiro de 2019


Janeiro foi aniversário de 7 anos do blog e eu não tive nem tempo pra comemorar. O mês até que passou rápido pra mim, ainda mais porque fiquei numa saga desesperada pra tentar vender parte do meu acervo gigante de mais de dois mil livros e levantar uma graninha pra pagar as faturas gordas do cartão de crédito. Final de ano, sabem como é... Ainda não fiz as contas do que vendi, mas, apesar da correria e do cansaço, valeu a pena. A maioria eram livros que comprei há séculos e nunca li, e não iria ler tão cedo já que tempo que é bom, eu não tenho nenhum. Que vá pra alguém que faça melhor proveito do que eu. Mais vantajoso do que ficarem guardados no escuro.
Enfim, apesar da correria, até que consegui atualizar o bloguito com uma quantidade considerável de resenhas e críticas de filmes, olha só:

♥ Resenhas
- O Menino no Alto da Montanha - John Boyne
- Fogo & Sangue - George R. R. Martin
- Sempre Vivemos no Castelo - Shirley Jackson
- A Livraria dos Finais Felizes - Katarina Bivald
- Stalker - Tarryn Fisher
- A Rainha das Trevas - Anne Bishop

Na Telinha
- Wi-fi Ralph
- Tully
- As memórias de Marnie

♥ Wishlist
- Funkos de Despicable Me

♥ Caixa de Correio de Janeiro