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Os Tambores do Outono - Diana Gabaldon

9 de fevereiro de 2019

Título: Os Tambores do Outono - Outlander #4
Autora: Diana Gabaldon
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance histórico/Fantasia
Ano: 2018
Páginas: 880
Nota:★★★★☆
Sinopse: Após tomar a difícil decisão de deixar a filha no século XX e viajar no tempo novamente para reencontrar seu grande amor, Claire Randall tem mais um desafio: criar raízes na América colonial do século XVIII ao lado de Jamie Fraser. Eles partem rumo à Carolina do Norte para achar um novo lar e contam com a ajuda de Jocasta Cameron, tia de Jamie e dona de uma propriedade na região.
Enquanto isso, em 1969, Brianna Randall se une a Roger Wakefield, professor de história e descendente do clã dos MacKenzie, para descobrir as respostas sobre as próprias origens e sobre Jamie, o pai biológico que nunca conheceu.
Em meio às buscas, ambos encontram indícios de um incêndio fatal envolvendo os pais de Brianna. Mas Roger não pode lhe contar isso, porque sabe que a namorada tentaria voltar no tempo para salvá-los. Por outro lado, Brianna também não compartilha sua descoberta, pois tem certeza de que Roger tentaria impedi-la.
Nesse livro emocionante, repleto de ação, intrigas e detalhes históricos, as barreiras do espaço e do tempo são postas à prova pelo amor de um casal e pela coragem de sua filha em mudar o destino.

Resenha:  Depois de terem vivido uma aventura cheia de perigos na África, um furacão atinge o barco onde Claire e Jamie estavam e um naufrágio foi inevitável. Porém, em terras firmes, eles descobrem que atravessaram o oceano e agora estão na América. Sozinhos e desamparados, resta a eles encontrarem Jocasta, uma tia abastada de Jamie com uma grande propriedade e prestígio social. Mas, embora o casal tenha decidido se fixar na América para reconstruir a vida na Carolina do Norte, o convívio nas terras de Jocasta não agrada Claire devido aos inúmeros escravos que a servem, e por mais que Jamie seja o único herdeiro da tia, esse conflito de interesses e moral fazem com que eles decidam procurar outra terra, que posteriormente é chamada de Cordilheira dos Frasers, mas acabam se envolvendo novamente com as questões políticas dos colonizadores ingleses, e, claro, outras dificuldades.
No presente, em 1969, Brianna acaba descobrindo algumas informações preocupantes relacionadas aos seus pais que estão vivendo no século XVIII, e isso faz com que ela tome a importante decisão de viajar no tempo, como sua mãe havia feito, numa tentativa desesperada de tentar evitar um destino trágico. Mas, quando Roger, seu namorado, descobre que Brianna partiu em segredo, ele não pensa duas vezes em atravessar as pedras para ir atrás dela, até acontecer um grande mal entendido que seria o estopim para o desenrolar dramático da história...
E em meio a um século onde a escravidão era algo rotineiro, assim como os constantes confrontos sangrentos entre colonos brancos e índios, Claire, que conhece como a História termina, não poderia fazer nada a não ser arriscarem tentar viver em paz em terras tão hostis.

Narrado em primeira pessoa alternando passado e presente, e também os pontos de vista entre Claire e Brianna, a história se desenvolve num cenário descrito de forma deslumbrante e com detalhes que fazem com que o leitor se imagine dentro das páginas.
A forma como a autora mescla ficção com fatos históricos, assim como a adaptação gradual do casal no Novo Mundo, também deixa o enredo bastante rico e convincente, como é o caso dos escravos e como eles eram obrigados a servirem e se submeterem aos seus senhores para que não fossem castigados ou até mesmo mortos; como os índios foram tratados durante a colonização, entrando em confrontos, e sendo caçados e expulsos das próprias terras; e ainda dá um vislumbre acerca das questões políticas e da pirataria em si, de onde surge Stephen Bonnet, o vilão da vez que está ali para criar problemas e causar o maior número de danos possíveis. Não posso deixar de falar também sobre o relacionamento de Brianna e Jamie, que nunca haviam se visto e vão precisar conhecer um ao outro, lidando com a ideia de pertencerem a épocas diferentes mas cujas personalidades (e aparências) são praticamente iguais, teimosos e impulsivos. Ainda há a questão de Frank Randall que, mesmo estando morto, ainda é lembrado constantemente, afinal, ele é quem criou e foi o pai de Brianna durante toda a sua vida e as comparações da menina, assim como o ciúme de Jamie que também está lidando com a ideia de conviver com a filha já adulta e recém chegada, são inevitáveis.

O romance, como sempre, é muito bonito, cheio de química e sensualidade e é muito inspirador, seja por parte de Claire e Jamie, quanto de Brianna e Roger. A autora consegue mostrar que quando o amor é forte e verdadeiro o bastante, as pessoas fazem loucuras e sacrifícios, e enfrentam coisas inimagináveis para ficarem ao lado de quem amam, porém, achei que houve uma mudança um tanto drástica no desenvolvimento de Claire e Jamie que fogem bastante do que fora apresentado nos livros anteriores. Se antes Jamie era um guerreiro destemido que sempre estava um passo a frente dos outros, neste livro ele se mostra um tanto idiota e cabeça dura como um velho ranzinza. As atitudes e reações de Claire, que está muito mais reservada e introspectiva, na grande maioria das vezes parecem não fazer sentido dentro da situação em que ela se encontra, seja no âmbito emocional e até no que diz respeito às suas habilidades de médica, cirurgiã e curandeira. Algumas cenas são fortes, pesadas e dramáticas o bastante para comover e até arrancar lágrimas, outras de matar qualquer um de revolta e indignação quando fica evidente o quanto as mulheres não tinham direitos e só tinham que s submeterem frente aos homens e suas vontades doentias, mostrando uma sociedade dominada pelo homem branco em busca de riquezas, propriedades e poder.

O livro tem seus altos e baixos, mas o que me fez não tornar essa história digna de cinco estrelas foi o fator "enrolação", pois a falta de comunicação e os milhares de mal entendidos que aparecem desencadeiam uma série de acontecimentos mirabolantes, rendendo uma viagem a pé de mais de mil quilômetros com meses e meses de duração, que colocam os personagens nas piores e mais perigosas furadas que se possa imaginar, e que fazem a trama ter seus momentos de tensão e agonia, mas que poderiam ser evitados se os personagens simplesmente conversassem, em vez de ficarem guardando segredos, ou se dessem ao mínimo trabalho de perguntar o que está acontecendo, e isso acabou sendo um pouco cansativo, pois soa muito mais como encheção de linguiça pra aumentar a história do que um desenvolvimento digno propriamente dito.

Enfim, com tantos acontecimentos interligados, como algo pequeno e que pode passar despercebido lá no início ter um grande impacto lá na frente (elemento bem funcional já utilizado pela autora nos outros livros), e, claro, várias reviravoltas, mesmo com alguns problemas de desenvolvimento, Outlander é uma das melhores e mais bem escritas séries que estou tendo o prazer de acompanhar, seja em forma de livros ou em forma de seriado, e é uma das minhas favoridas da vida. A impressão que tive é que esse livro em particular foi mais lento do que os anteriores, talvez numa tentativa de preparar o terreno para o que ainda está por vir, mesmo que os personagens tenham passado por várias situações complicadas. A história termina com aquele gostinho agridoce de final feliz, o que acaba sendo uma surpresa quando se trata da autora, mas sabemos que ainda tem muito mais pela frente.

O Resgate no Mar - Diana Gabaldon

12 de outubro de 2018

Título: O Resgate no Mar - Outlander #3
Autora: Diana Gabaldon
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance histórico/Fantasia
Ano: 2018
Páginas: 992
Nota:★★★★★
Sinopse: Há vinte anos Claire Randall voltou no tempo e encontrou o amor de sua vida – Jamie Fraser, um escocês do século XVIII. Mas, desde que retornou à sua própria época, ela sempre pensou que ele tinha sido morto na Batalha de Culloden.
Agora, em 1968, Claire descobre, com a ajuda de Roger Wakefield, evidências de que seu amado pode estar vivo. A lembrança do guerreiro escocês não a abandona… seu corpo e sua alma clamam por ele em seus sonhos. Claire terá que fazer uma escolha: voltar para Jamie ou ficar com Brianna, a filha dos dois.
Jamie, por sua vez, está perdido. Os ingleses se recusaram a matá-lo depois de sufocarem a revolta de que ele fazia parte. Longe de sua amada e em meio a um país devastado pela guerra e pela fome, o rapaz precisa retomar sua vida.
As intrigas ficam cada vez mais perigosas e, à medida que tempo e espaço se misturam, Claire e Jamie têm que encontrar a força e a coragem necessárias para enfrentar o desconhecido. Nesta viagem audaciosa, será que eles vão conseguir se reencontrar?

Resenha: A pedido dos fãs, a Editora Arqueiro decidiu lançar os livros da série Outlander em volumes únicos, e mesmo não sendo fã de livros com capas de filme/série (eu queria muito que mantivessem o padrão das primeiras capas), essa decisão foi uma benção, pois eu já tinha os dois primeiros volumes sem essa divisão de partes e estava relutante em adquirir os demais livros separados, até agora.

Não sei se seria um spoiler começar a resenha com o alerta de que Jamie não morreu na batalha de Culloden, mas como a série é enorme e ainda tem muita coisa pra acontecer, já era de se esperar que o homem estivesse vivo e inteiro. A surpresa fica para Claire que, no presente, acreditava ter perdido o grande amor de sua vida, até descobrir que estava enganada...
Mas vinte anos se passaram. Ela reconstruiu e se readaptou a uma nova vida, tinha uma carreira bem sucedida como médica cirurgiã, e também teve Brianna, a filha que carregava quando viajou no tempo de volta para o presente, e que Frank assumira como sua.
Assim, quando Claire descobre que seu amado está vivo, a única coisa que ela quer - e precisa - é voltar para reencontrá-lo, mesmo que não soubesse como, exatamente, faria isso, e o que poderia encontrar.

E enquanto Claire se prepara sem deixar de pensar que sua vida poderia ter sido muito diferente se não tivesse ido embora, acompanhamos a jornada de sobrevivência de Jamie, que não foi nada fácil e lhe serviu de experiência para suas próximas decisões, inclusive profissionais. Porém, depois de vinte anos (e metade do livro também), o tempo se encarregou de deixar feridas, e nenhum dos dois continuou sendo quem costumavam ser. Mas será que o tempo também foi responsável por mudar o amor que havia entre eles?

É difícil fazer uma resenha digna dos livros de Diana Gabaldon, não só pela quantidade de páginas, mas pela complexidade da história. É impossível resumir em poucas palavras o turbilhão de acontecimentos que de desenrolam, as incontáveis reviravoltas, os toques de bom humor, as confusões que o casal se mete, e o misto de emoções que a história nos causa. É preciso ler (vale assistir a série também) pra entender pelo menos um pouco dessa sensação, que diga-se de passagem, é tão agoniante quanto maravilhosa. A narrativa é recheada de detalhes e se desenrola com muito dinamismo e fluidez, e vários acontecimentos que parecem não ter muita importância, acabam sendo peças chave na resolução de um problema lá na frente.

Mas, como estamos falando de Diana Gabaldon e o quanto essa abençoada autora não perde a oportunidade de arrasar os corações alheios, mesmo com o tão esperado reencontro as coisas não seriam tão fáceis assim. Novamente o destino - e um sequestro - separa os dois, e eles farão de tudo para ficarem juntos outra vez, nem que pra isso precisem enfrentar muitos perigos.

O que importa é que, através de Claire e de Jamie, o significado de um amor que quebra todas as barreiras e sobrevive a qualquer coisa é compreendido. Percebemos o imenso vazio dentro deles por estarem incompletos, e como eles levaram a vida, infelizes, por estarem tão longe um do outro, logo é impossível não se emocionar.

Jamie não é mais aquele rapaz inocente e deslumbrado com a mulher. Ele agora é cheio de determinação. E Claire, muito mais madura, sempre age com a razão. E mesmo que eles tenham mudado de várias formas, a essência permaneceu. Eles se amam, se respeitam, compreendem um ao outro, combinam entre si, e a química, emocional e sexual, está mais forte do que nunca. Mas, eles guardam segredos acerca do que viveram sozinhos, com intenção de não ferir os sentimentos do outro, mas talvez esses segredos podem interferir de forma negativa nesse relacionamento. Assim, além das várias reviravoltas, perigos, encontros e reencontros, o amor que sentem um pelo outro é posto à prova o tempo todo. As quase mil páginas desse volume passam mais rápido do que esperávamos e ao final só queremos mais. E tudo isso com um pano de fundo histórico maravilhoso e cheio de detalhes de tirar o fôlego.

Enfim, Outlander é leitura obrigatória para fãs de romances arrebatadores, emocionantes e viciantes.

A Libélula No Âmbar - Diana Gabaldon

2 de junho de 2018

Título: A Libélula no Âmbar - Outlander #2
Autora: Diana Gabaldon
Editora: SDE/Arqueiro
Gênero: Romance histórico/Fantasia
Ano: 2014
Páginas: 944
Nota:★★★★★
Sinopse: Claire Randall guardou um segredo por vinte anos. Ao voltar para as majestosas Terras Altas da Escócia, envoltas em brumas e mistério, está disposta a revelar à sua filha Brianna a surpreendente história do seu nascimento. É chegada a hora de contar a verdade sobre um antigo círculo de pedras, sobre um amor que transcende as fronteiras do tempo... E sobre o guerreiro escocês que a levou da segurança do século XX para os perigos do século XVIII.
O legado de sangue e desejo que envolve Brianna finalmente vem à tona quando Claire relembra a sua jornada em uma corte parisiense cheia de intrigas e conflitos, correndo contra o tempo para evitar o destino trágico da revolta dos escoceses. Com tudo o que conhece sobre o futuro, será que ela conseguirá salvar a vida de James Fraser e da criança que carrega no ventre?

Resenha: Depois de todos os acontecimentos de tirar o fôlego do primeiro livro, só resta ao leitor preparar o coração para esta incrível continuação.

Depois de viver alguns anos inesquecíveis ao lado de Jamie, na Escócia do século 18, Claire conseguiu voltar para o presente e retoma o casamento com seu primeiro marido, Frank, que não a esquecera. O que, inicialmente, deixa o leitor perdido, é o fato de que a história começa a ser narrada por Roger, um historiador filho do Reverendo amigo de Frank, e o ano é 1968. Vinte anos se passaram desde que Claire viajou no tempo pela segunda vez para voltar para casa, grávida de Jamie, se sentindo perdida mais uma vez, e para os braços de Frank. Ninguém sabe o que aconteceu, pois, no final do primeiro livro, Claire e Jamie embarcaram numa viagem rumo a França.
Agora nos deparamos com um casal infeliz que se mudou pra Boston, nos EUA, e vive de aparências, com uma linda filha (que Frank assumiu,mesmo não sendo pai biológico), chamada Brianna. Claire se tornou uma cirurgiã de renome e coloca o trabalho em primeiro lugar.

Depois de alguns eventos fatídicos, Claire, Brianna e Roger viajaram para a Escócia onde Claire pede ajuda a Roger para procurar por qualquer coisa que pudesse comprovar não só os três anos de sua vida de duzentos anos atrás, como também a existência de Jamie. Brianna cresceu sem saber de nada, e acreditava que Frank era seu pai biológico, então seria difícil para ambos acreditarem no que Claire alegava ter acontecido.
Assim, vamos acompanhando o desenrolar da história em busca de maiores explicações sobre o motivo que fez com que Claire voltasse, porque ela guardou segredo sobre o que viveu ao lado de seu verdadeiro amor, Jamie, e como ela e a filha lidaram com o fato de que essa viagem no tempo realmente aconteceu, e que Brianna é fruto disso.

Durante os relatos de Claire, vamos acompanhando que a vida dela e de Jamie foram totalmente transformadas ao chegarem na França, seja pelo novo e requintado estilo de vida cercado pela realeza, ou pelo fato de que Jamie passa a participar dos embates políticos da época. Devido as atrocidades intragáveis que ele sofreu nas mãos do doentio "Black Jack", é bastante difícil e triste acompanhar seu trauma e o quanto ele se distanciou de Claire e de seus amigos, mas aos poucos, e com bastante ajuda, ele começa a superar o que aconteceu, e, neste volume, percebemos o quanto esse relacionamento, que parecia estar tão frágil, começa a se fortalecer, mesmo que esteja fadado a mais uma separação (justificada, claro), afinal, Claire retorna para o presente. Mesmo sendo um fugitivo, sua participação na política também acaba sendo algo que o distrai, mesmo que isso faça com que ele fique um pouco ausente. Dessa forma, mesmo grávida, Claire se envolve nos cuidados de pacientes necessitados aproveitando de seus conhecimentos médicos, e passa a ajudar as freiras e enfermeiras da comunidade francesa local. E enquanto isso, Claire e Jamie tentam interferir nos acontecimentos a fim de mudarem o destino trágico da revolta escocesa durante a batalha de Culloden, que naquela época, ainda estava prestes a acontecer.

Os elementos típicos da série, como batalhas, traições, perigos, intrigas políticas e claro, muito romance, só fazem com que a história fique rica, envolvente e muito viciante. Confesso que alguns pontos relacionados aos fatos históricos que se referem à política acabam sendo um pouco cansativos e até repetitivos, mas a história de Claire e Jamie é tão encantadora, e a vontade de saber como Brianna irá reagir quando descobrir toda a verdade são tantas que é impossível largar o livro.

Enfim, mais uma leitura imperdível, inesquecível e que passou a fazer parte dos livros favoritos da vida. Leiam, assistam a série, sofram junto com os fãs, mas morram de amores por esse casal maravilhoso e inseparável!

A Viajante do Tempo - Diana Gabaldon

30 de maio de 2018

Título: A Viajante do Tempo - Outlander #1
Autora: Diana Gabaldon
Editora: SDE/Arqueiro
Gênero: Romance histórico/Fantasia
Ano: 2014
Páginas: 800
Nota:★★★★★
Sinopse: Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros.
Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro escocês, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?

Resenha: Claire e Frank Randall acabaram de se casar, mas já tiveram que se separar para cumprirem com os deveres de seu país. Enviados para servirem na Segunda Guerra, ela era enfermeira chefe e trabalhava arduamente tentando salvar os feridos, e ele servindo bravamente como soldado no exército. Depois de alguns anos de horror, com o fim da Guerra, em 1945, eles se reencontraram e decidiram viajar para Inverness a fim de curtirem uma lua-de-mel.
Por nutrir grande paixão por História e ter grande vontade de saber mais sobre seus antepassados, Frank inicia uma pesquisa para montar sua árvore genealógica. Enquanto isso, Claire passeia pelos campos para conhecer mais sobre as propriedades das ervas e afins.
Num dos passeios do casal, eles presenciam um ritual místico em um círculo de pedras em Craig na Dun, mas quando Claire decide voltar lá sozinha para procurar uma flor, o inesperado acontece: ela escuta zumbidos em meio às pedras e de repente já está numa floresta onde se depara com um oficial do exército britânico muitíssimo parecido com seu marido, o sádico "Black Jack" Randall.
Logo em seguida Claire encontra um grupo de escoceses que está fugindo daquele oficial e acaba ajudando um deles que estava com o ombro deslocado. Esse seria seu primeiro contato com Jamie Fraser. A partir daí, a sassenach, que é como Claire passa a ser chamada por ser uma "forasteira", começa a perceber que viajou no tempo e está em 1743, numa Escócia dominada por clãs, medieval, violenta e ameaçada por uma guerra prestes a eclodir. O que a salva são seus conhecimentos em medicina e as propriedades de cura das ervas, que, de alguma forma, a torna "útil". E se sentindo perdida e obrigada a manter seu segredo para sobreviver, o que lhe resta é se adaptar enquanto não descobre como voltar para o futuro e para seu marido. Mas quando as coisas chegam num ponto que talvez não tenha mais volta, será que Claire vai continuar tentando voltar, ou ela encontrará algo para mantê-la exatamente onde está?

A história é narrada em primeira pessoa pelo ponto de vista de Claire, e a visão dela faz com que os leitores compartilhem de seus sentimentos ao estar presa num século diferente, confusa e deslocada, mas fazendo de tudo para se adaptar, mesmo que se meta em problemas de vez em quando. Seu comportamento e modo de falar não condiz com os costumes das mulheres daquela época, assim como a ideia de ela não parecer ter parentes ou não vir de lugar nenhum, e isso, claro, levanta suspeitas. Numa dessas ela acaba sendo obrigada a se casar com Jamie e agora precisa lidar com o fato de que Frank já é seu marido, mesmo que na época em que ela se encontre o homem sequer é nascido... A ligação e o desejo por Jamie começam a crescer cada vez mais, e ele sendo tão cavalheiro e preocupado com ela, é praticamente impossível de se resistir... Essa viajem no tempo não pode ter sido por mero acaso do destino, e a ideia de que nada, nem mesmo o tempo, pode separar pessoas que estão destinadas uma à outra, só se fortalece.

O livro é bastante rico em detalhes no que diz respeito à cultura escocesa do século 18, e acaba sendo bem complexo em seu desenvolvimento. Algumas partes são bem questionáveis e em certos momentos me peguei pensando que a forma como a história é conduzida poderia ser um tipo de estratégia da autora para amenizar o adultério ou até mesmo romantizar abusos e violência, mesmo que sejam fatores comuns da época em que a história se passa. Mas mesmo tendo ficado horrorizada com algumas cenas, é impossível não se empolgar com os detalhes, sejam eles baseados em fatos ou não, e com o romance entre Claire e Jamie que cresce e se fortalece cada vez mais.
Embora Claire seja teimosa e não tome as melhores decisões que já se viu, ela é inteligente, determinada e bastante ousada. Ela é um misto de virtudes e defeitos que acabam por tonando-a alguém com quem podemos nos identificar.
Jamie é um sonho. O homem, além de lindo, é um guerreiro cheio de coragem e que se dispõe a enfrentar o que for preciso por quem ama ou para defender os interesses e a liberdade de seu país.

Assim, pra quem gosta de romances históricos que se passam na época medieval, com toques bem colocados de sensualidade ao mesmo tempo que aborda intrigas políticas e disputas por poder, a série é obrigatória.

Wishlist #38 - Funko Pop - Outlander

28 de maio de 2018

Outlander é uma das melhores séries da vida, seja livro, seja seriado, não importa. Quem não gosta, ou não morre de amores pelo Jamie, só pode estar fora de si, não tem outra explicação. Sei que os pops da série tem valores exorbitantes e fora da realidade, mas não custa sonhar, né? Aqui no Brasil tem gente pedindo até R$1000,00 golpes em cada protagonista enquanto os demais ficam na faixa dos 100,00 ou mais. Já vi que o jeito vai ser importar pra facada no bolso e na alma ser menor e menos dolorosa... Até o odioso e doentio Black Jack é uma gracinha em forma de pop e não pode faltar no set! Quero todos!