A Prisão do Rei - Victoria Aveyard

14 de dezembro de 2017

Título: A Prisão do Rei - A Rainha Vermelha #3
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Fantasia
Ano: 2017
Páginas: 552
Nota:★★★★☆
Sinopse: Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta — e de sua prisioneira. Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.

Resenha: Depois dos acontecimentos bombásticos que se passaram em Espada de Vidro, temos Mare submissa, constantemente humilhada e à mercê de Maven, que enfim, se tornou rei. Atormentada pelas decisões que tomou, sem esperanças de escapar e sem seu poder de eletricidade, ela passa os dias presa e agoniada por saber que Maven quer continuar mantendo Norta sob controle, exatamente como Elara queria.
Enquanto isso, a Guarda Escarlate espera, treina e expande seu exército para se preparar para a guerra que está por vir, e entre eles está Cal, o prateado exilado que vai fazer de tudo para trazer Mare de volta.

Eu já não sei mais como lidar com as reviravoltas e com os conflitos que a autora cria para acabar com o coração dos fãs. O sofrimento de Mare é uma dessas coisas, e o que ela é obrigada a fazer enquanto é prisioneira é arrasador. Estar rodeada de prateados que anulam seu poder parece o fim, mas causar intrigas foi a única ideia que ela teve para tentar mudar as coisas. Assim, onde havia lealdade agora há dúvidas, e, nesse jogo de poderes, com alianças comprometidas, o rei fica enfraquecido.
E é disso que todos precisavam para que algo de bom acontecesse com essa gente oprimida. Por mais que as batalhas sejam alucinantes e pessoas morram, elas são necessárias para um bem maior no futuro.
Os personagens passam por transformações pessoais incríveis e tem pontos delicados revelados de forma que o leitor possa tentar compreender suas atitudes e decisões, mostrando o quanto são complexos e bem construídos, sejam mocinhos ou vilões. E a ideia de, dessa vez, dar voz a outros personagens enriqueceu a história dando novos pontos de vistas ao leitor para os acontecimentos. E destaque especial para Evangeline, que também dá a sua visão dos fatos para a narrativa e mostra que tudo é bem diferente do que imaginamos, por mais odiosa que seja.

Apesar das cenas pontuais que quase deixam o leitor sem fôlego, tamanha a adrenalina e ação, basicamente a autora mostra Mare e sua rotina de prisioneira, focando em questões psicológicas, e isso acaba quebrando um pouco daquele ritmo intenso que eu já estava acostumada pelos volumes anteriores. A política entre os reinos é bem trabalhada e isso explica bastante como as coisas funcionam para que o leitor fique por dentro do significado da bendita coroa, mas muita coisa acaba se tornando repetitiva e se arrasta sem necessidade, com detalhes desinteressantes em excesso, e a impressão que tive, por mais que eu seja fã da série, é que este volume poderia seguir por um caminho diferente para não levar a um final envolvendo romance.

Enfim, o livro é bom, mas não tanto como os outros. Talvez se a autora fosse mais direta e economizasse metade das páginas poupando os leitores de informações repetidas sobre descrições e sobre a vida de prisioneira de Mare as coisas seriam muito melhores e menos maçantes.
A Rainha Vermelha ainda é uma das minhas séries preferidas e estou ansiosa pelo próximo livro, e com aquele final aberto e com a sensação de algumas coisas terem ficado pela metade, eu seria louca se não quisesse saber o que mais a autora nos reserva
.

Archie Greene e o Segredo dos Magos - D.D. Everest

13 de dezembro de 2017

Título: Archie Greene e o Segredo dos Magos - Archie Greene #1
Autor: D.D. Everest
Editora: Rocco Jovens Leitores
Gênero: Fantasia/Infantojuvenil
Ano: 2017
Páginas: 260
Nota:★★★★★
Sinopse: No seu aniversário de 12 anos, Archie Greene recebe um pacote misterioso de um homem que ele não conhece; um pacote contendo um livro antigo escrito numa língua que ele não consegue identificar. Ele não faz ideia de que está prestes a descobrir um mundo em que estantes de livros são encantadas, bibliotecários são magos e feitiços ganham vida.
Logo Archie se torna um aprendiz de restaurador para os Guardiões da Chama, um grupo devotado a encontrar e preservar livros mágicos. Com a ajuda de seus primos, Amora e Cardo, Archie tenta desvendar o mistério por trás do presente enigmático, mas começa a perceber que o livro é muito mais poderoso do que imaginava.

Resenha: Archie Greene é um garoto órfão criado pela avó. Eles vivem felizes, mesmo que sejam pobres. Quando Archie completa doze anos, ele recebe um livro bastante suspeito de presente de um homem misterioso que ele não conhece. Um livro que havia quatrocentos anos que estava guardado... A capa de couro velha, o cheiro de queimado, o idioma desconhecido e um símbolo misterioso tornam o livro o início de uma viagem incrível até Oxford, onde Archie, junto com Amora e Cardo, os primos que ele acabou de descobrir que existem, vão descobrir que livros mágicos existem e são procurados e preservados pelos Guardiões da Chama num enorme museu.
O livro que Archie ganhou é um mistério, e parece estar sendo procurado por alguém com planos nada agradáveis... Qual será o segredo por trás deste presente?

As primeiras páginas do livro trazem informações sobre os tipos de magia que existem, assim como as habilidades de um aprendiz e os mandamentos da prudência mágica, que funcionam como leis para o universo que o autor criou.
OS TRÊS TIPOS DE MAGIA

Magia Natural
A mais pura forma de magia vem de seres e plantas mágicos e das forças elementares da natureza, como o Sol, as estrelas e os mares.
Magia Mortal
É produzida pelo homem. Inclui instrumentos mágicos e outros dispositivos criados por magos para canalizar o poder mágico.
Magia Sobrenatural
O terceiro e mais sombrio tipo de magia usa o poder de espíritos e outros seres sobrenaturais.
A história é narrada em terceira pessoa, é cheia de elementos engraçados e tem muitos detalhes que deixam a leitura divertida e muito empolgante. É um universo rico em detalhes mas muito fácil de entender e gostar, o que fez com que eu considerasse o livro um dos meus favoritos.
O autor não deixa a desejar e entrega uma história empolgante, cheia de magia e aventuras, vivida por um herói muito simpático que faz descobertas incríveis e encantadoras.
Fiquei fascinada pela livraria encantada, onde os livros falam, tem sentimentos e mudam de lugar quando querem; pelas criaturas que saem das páginas e causam muita confusão; pelo museu escondido embaixo da Biblioteca e como as pessoas têm acesso a ele; e pelos personagens engraçados, excêntricos e que sempre estão em alguma situação cômica.
O desejo de explorar esse universo e descobrir mais sobre esse mundo faz com que Archie e seus primos embarquem numa pequena investigação que se transforma numa jornada mágica e incrível onde percebemos que livros são verdadeiros tesouros e que através deles Archie descobre ter um lugar especial no mundo.

Os capítulos são bem curtinhos (são 40 capítulos para 260 páginas), mas todos tem informações o bastante para manter nossa curiosidade para seguir para o próximo.
A capa ilustrada combina bem com a história e é muito bonita.

A história de Archie Greene pode até lembrar algumas coisas do universo de Harry Potter, mas tem elementos novos e muito divertidos que vão agradar e encantar leitores que gostam de fantasia, sem importar que idade tenham.

O Gabinete Paralelo - Maureen Johnson

12 de dezembro de 2017

Título: O Gabinete Paralelo - Sombras de Londres #3
Autora: Maureen Johnson
Editora: Fantástica/Rocco
Gênero: Suspense/Fantasia/Jovem Adulto
Ano: 2017
Páginas: 352
Nota:★★★★☆
Sinopse: A vida de Rory está de cabeça para baixo. Sem tempo para respirar, mesmo após ser salva de um sequestro, a situação sái rapidamente de controle quando a morte inesperada de um amigo abate o esquadrão. Rory, um terminal humano, pensa que teve tempo suficiente para transformá-lo em fantasma, mas se é assim, onde ele está? E quanto a Jane Quaint e seu culto, o que pretendem? O que querem com Charlotte? Com tantas perguntas se avolumando no horizonte, Rory e seus amigos correm contra o tempo para descobrir os segredos de uma antiga sociedade secreta, muito mais poderosa do que jamais poderiam imaginar...

Resenha: O Gabinete Paralelo é o terceiro volume da série Sombras de Londres, escrita pela autora Maureen Johnson e publicado no Brasil pelo selo Fantástica da Editora Rocco.

Este volume parte do onde o segundo parou e esta resenha pode ter spoilers.

Desde que chegou a Wexford, a vida de Rory está uma loucura. No final do livro anterior (No Limite da Loucura), Rory, Callum e Bu estão no hospital junto com Stephen, seu amor, que está a beira da morte. Sem saber como lidar com a perda dele, Rory, aproveitando dos poderes que tem, pensa em mantê-lo por perto como um fantasma. Mas as coisas acabam não saindo conforme ela planejou...
Quando Jane Quaint, a antiga psicóloga de Rory, revela que não é nada do que todos imaginaram e ainda sequestra Charlotte, os membros do esquadrão que monitora os fantasmas em Londres, do qual Rory e seus amigos fazem parte, precisam agir de alguma forma, tanto por Stephen quanto por buscar pistas para encontrar a garota.
No meio de toda essa confusão, surge alguém com poderes bem semelhantes aos de Rory e dos membros do esquadrão: Freddie Sellars também consegue enxergar fantasmas. E não só isso, ela também usou de sua astúcia para pesquisar sobre o esquadrão e o papel desempenhado por cada um deles alí. Assim, quando ela se une ao grupo eles podem contar com a inteligência dela.
O que Rory não esperava era Jane aparecer outra vez com uma oferta que ela não poderia recusar: trazer Stephen de volta.

Como o segundo livro ficou em aberto, este dá continuidade aos acontecimentos mas também deixa várias pontas soltas que deverão ser esclarecidas no próximo volume.
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Rory, temos uma narrativa mais ágil e cheia de adrenalina, que já é iniciada com a ação e a tensão que o final do livro anterior deixou.
Percebi que este volume teve um tom diferente dos demais, seja pela falta do bom humor ou pela adição de elementos que até então não faziam parte do enredo, como a mitologia egípcia e a mudança de rumo ao considerar Jack, o estripador, como inspiração. São coisas que parecem terem vindo do nada e sem maiores explicação do motivo de estarem alí.

Um ponto que pode agradar, ou não, é o fato de que a autora não perde tempo em resumir acontecimentos anteriores para refrescar a memória do leitor. Isso pra mim foi um problema pois devido ao intervalo de lançamento entre os livros, muitos detalhes eu já havia esquecido e em algumas situações acabei ficando um pouco perdida. Talvez isso não aconteça com quem tem uma memória muito boa ou que leia um livro atrás do outro.

Não sou fã de romances em livros que envolvem suspense e mistério, e neste não é diferente. Ainda procuro respostas sobre como a protagonista tem atitudes desesperadas e aflitas com um relacionamento que não vai além de bitocas sem sal. Ela até é bastante simpática, mas algumas atitudes, pra mim, são injustificáveis e não fazem muito sentido no contexto geral.
Os personagens secundários são ótimos, bem construídos e interessantes, mesmo que alguns diálogos pareçam forçados, mas por mais que eu tenha gostado da Freddie, achei que sua presença era sempre muito conveniente para trazer respostas e soluções rápidas para os problemas mais difíceis.
Se no primeiro volume os pais de Rory são apresentados como relapsos, desta vez eles mostraram mais preocupação com a filha e se comportaram como pais de verdade, e eu gostei que a autora tenha trabalhado nesse ponto para reparar esse relacionamento que antes era bastante estranho.

Os detalhes acerca do cenário são bons, mas não chegam no nível do que foi apresentado no primeiro livro. Se antes era possível considerar Londres como parte fundamental da história, desta vez as descrições não foram o suficiente para sentir toda aquele atmosfera e a história poderia ter se passado em qualquer outro lugar.

O projeto gráfico é muito bacana e segue o mesmo padrão das anteriores, com respingos de "sangue" sujando a capa, que traz um dos túneis subterrâneos que faz parte dos cenários da história. A diagramação também é ótima, e as páginas destinadas ao início do capítulo possuem molduras e ornamentos. Os capítulos são numerados e não percebi erros da revisão.

Tudo indica que o quarto volume da série seja lançado este ano, e embora não seja a minha série favorita, tenho curiosidade para saber o que mais Rory vai encarar.
De forma geral, a história tem suas falhas de desenvolvimento e a protagonista em alguns momentos é irritante, mas pra quem curte suspenses juvenis com o toque do universo sobrenatural é uma série que vale a pena de ser lida.


O Livro do Cemitério - Neil Gaiman

11 de dezembro de 2017

Título: O Livro do Cemitério - O Livro do Cemitério #1
Autor: Neil Gaiman
Ilustrador: P. Craig Russell
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Gênero: HQ/Fantasia/Jovem Adulto
Ano: 2017
Páginas: 192
Nota:★★★★★
Sinopse: Bestseller do The New York Times e premiado com as medalhas Newberry (EUA) e Carnegie (Reino Unido), o romance O livro do cemitério, do cultuado escritor Neil Gaiman, ganha versão em quadrinhos adaptada por P. Craig Russell. O livro é o primeiro de dois volumes que acompanham a trajetória de Ninguém Owens, ou Nin, um garoto como outro qualquer, exceto pelo fato de morar em um cemitério e ser criado por fantasmas. Cada capítulo nesta adaptação de Russell acompanha dois anos da vida do menino e é ilustrado por um artista diferente, apresentando uma variedade fascinante de estilos que dão ainda mais vida à atmosfera ao mesmo tempo afetuosa e sombria da história.

Resenha: O Livro do Cemitério, de Neil Gaiman, foi publicado em 2010, mas, agora no final de 2017, foi lançado numa adaptação em quadrinhos. A história foi dividida em dois volumes e, neste primeiro, conhecemos a história de Ninguém Owens, ou Nin, um bebê que conseguiu fugir de casa enquanto sua família foi assassinada por um homem frio e cruel chamado Jack.
Nin engatinhou até chegar ao cemitério próximo e lá passou a ser criado por um casal de fantasmas e protegido por Silas, um guardião misterioso e de aparência sombria, que persuadiu Jack a ir por outro caminho após seguir os rastros do menino.
O tempo passa e Nin cresce protegido pelo cemitério e pelos seres que lá habitam. Ele recebe a Liberdade do Cemitério, podendo transitar por onde quiser dentro dos limites do lugar, aprende a ler através das inscrições nas lápides, aprende que os mortos têm poderes especiais e faz alguns amigos improváveis que não se restringem a apenas fantasmas, mas viver confinado sem poder conhecer o que existe lá fora, devido aos perigos que o aguardam caso ele saia, causa muita tristeza no garoto.
Mas quando ele, enfim, consegue sair, percebe que o mundo dos vivos não é nada do que ele pensou... As pessoas não parecem ser gentis, sempre estão tentando levar vantagem ou sendo maldosas com os outros por que sim.

Embora a história comece de forma trágica e tenha o cemitério como cenário, o que ganha destaque é a ideia de que Nin está vivo num ambiente que simboliza o fim, e por ter se escondido de Jack e do perigo que ele representa, acabou se tornando uma sombra do que ele gostaria de ter sido. Embora ele viva muitas aventuras ao explorar o cemitério, pra Nin, o mundo exterior é um mistério que ele gostaria de desvendar, mas suas expectativas não são superadas como ele imaginou...

E tudo isso nos leva a refletir sobre o significado daquilo que chamamos de lar, o que a família representa e o que a vida e a morte tem a nos ensinar.

Cada capítulo corresponde a dois anos da vida de Nin e é ilustrado por um artista diferente, e por esse motivo é possível perceber a diferença dos traços de cada um, mesmo que alguns sejam bem sutis. O que importa é que a essência da história foi mantida, e cada ilustração representa o momento e as emoções dos personagens com muita fidelidade.

Enfim, pra quem gosta de histórias contadas em quadrinhos com ilustrações muito ricas de um garotinho curioso, corajoso e determinado em seu mundo tão peculiar, não pode perder. A história e a forma como ela é contada envolve, diverte, faz refletir e faz o coração ficar quentinho com a pureza, com a inocência e com a mente aberta para as mais diversas fantasias infantis que se pode imaginar.

Wishlist #15 - Funko Pop - Labyrinth

10 de dezembro de 2017

Gente, eu tô virando a loka dos funkos. Toda vez que lembro de algum personagem que foi marcante pra mim, lá estou eu pensando "será que tem a versão em funko do bendito?". Já entrei em um monte de grupos de colecionadores e fico de olho no que o povo anda vendendo e nos precinhos dos popinhos.
Eu já tinha visto alguns sites anunciando o lançamento dos Funkos de Labirinto há um bom tempo, mas acabei esquecendo. Fui lembrar agora quando bati o olho na capa do livro lançado pela Darkside e resolvi assistir o filme que vi lá na minha infância, "há 10 mil anos atrás", pra matar a saudade.
E gente, são fofos demais! Já comprei a Sarah aproveitando promoção no ML, e é bem capaz que até o final do mês eu compre os outros.
São lindos, e não importa que o Hoggle tenha a cara amarrotada feito uma uva passa e seja um belo de um sujismundo.

Vidas Muito Boas - J.K. Rowling

9 de dezembro de 2017

Título: Vidas Muito Boas - As vantagens do fracasso e a importância da imaginação
Autora: J.K. Rowling
Editora: Rocco
Gênero: Não ficção/Autoajuda
Ano: 2017
Páginas: 80
Nota:★★★★☆
Sinopse: "Como podemos aproveitar o fracasso?", "Como podemos usar nossa imaginação para melhorar a nós e os outros?". J.K. Rowling responde essas e outras perguntas provocadoras em Vidas Muito Boas, versão em livro do famoso discurso de paraninfa da autora da série Harry Potter na Universidade de Harvard, que chega às livrarias brasileiras no dia 7 de outubro. Baseado em histórias de seus próprios anos como estudante universitária, a autora mundialmente famosa aborda algumas das mais importantes questões da vida com perspicácia, seriedade e força emocional. Um texto cheio de valor para os fãs da escritora e surpreendente para todos que buscam palavras inspiradoras.

Resenha: Vidas Muito Boas é uma transcrição do discurso inspirador que J.K. Rowling fez na Universidade de Harvard, em 2008.
De forma resumida, ela fala das próprias experiências e de como sua trajetória não foi feita apenas de sucesso e de vitórias. Antes da fama ela teve muitas dificuldades, inclusive financeiras, mas consegue mostrar que foi preciso fracassar pra chegar onde chegou. O fracasso não só faz parte da vida, como pode servir de impulso para se melhorar ou dar valor às boas coisas, para crescimento pessoal, para autoconhecimento, para que nossos medos possam ser enfrentados e superados em vez de desistirmos.
"É impossível viver sem fracassar em alguma coisa, a não ser que vocês vivam com tanto cuidado que acabem não vivendo de verdade - e, neste caso, vocês fracassam por omissão."
- Pág. 34
As lições são poucas, mas o que fica é a ideia de que devemos acreditar em nós mesmos, na nossa capacidade de conquistar o que almejamos, de realizar nossos sonhos e de enfrentarmos os obstáculos, independente do que - ou de quem - sejam.
É claro que J.K. não poderia deixar de lado seu toque de bom humor e a grande razão do seu sucesso, logo ela faz pequenas referências ao universo de Harry Potter e à magia que cada um carrega dentro de si.
O discurso é tocante por evidenciar os ideais da autora, que embora tenha se tornado umas das mulheres mais ricas do mundo, é humilde, não esqueceu suas origens e se preocupa em ajudar crianças tentando fazer do mundo um lugar melhor, e isso acaba trazendo uma reflexão sobre nossos próprios atos, sobre o que queremos para o futuro, sobre valorizar nossa capacidade e sobre concentrar nossos esforços no que acreditamos.
"Não precisamos de magia para transformar nosso mundo; todos já temos dentro de nós o poder de que precisamos: o poder de imaginar melhor."
- Pág. 67
O projeto gráfico do livro é uma graça. Apesar de ser pequeno e ter poucas páginas, a edição é um hard cover com ilustrações em tons de vermelho e preto de Joel Holland, o que torna a obra mais descolada e enche os olhos de qualquer fã da autora.

Vidas Muito Boas é um discurso que traz palavras que inspiram, que motivam e que dão força para que possamos investir na imaginação, e não só entender, mas aceitar que não devemos temer o fracasso e nem desistir do que acreditamos por causa dele.