O Sacrifício - Rachel Hawkins

28 de abril de 2014

Lido em: Abril de 2014
Título: O Sacrifício - Hex Hall #3
Autora: Rachel Hawkins
Editora: Galera Record
Gênero: Fantasia/Sobrenatural/Juvenil
Ano: 2014
Páginas: 304
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Assim que Sophie Mercer começa a se acostumar com seus poderes extraordinários de demônio, o Conselho dos Prodígios a proíbe de usá-los. Com seus poderes reprimidos, ela fica vulnerável e sozinha, completamente a mercê de suas inimigas - as Brannick, uma família de guerreiras que persegue e mata seres sobrenaturais. Ou pelo menos é isso que Sophie pensa, até fazer uma descoberta inesperada.
As Brannick sabem que uma guerra épica se aproxima e acreditam que Sophie é a única pessoa do universo com poderes para evitar um fim trágico. Mas impedida de usar sua magia, ela não tem tanta certeza assim.
O único feitiço capaz de ajudar Sophie a recuperar seus poderes está no Hex Hall - o lugar onde tudo começou e agora o lar das malignas irmãs Casnoff. Acompanhada de sua melhor amiga-vampira Jenna, seu namorado Archer, seu noivo Cal (sim, a vida amorosa dela é complicada) e uma fantasma pentelha, Sophie travará uma batalha contra um exército de demônios. Mas mesmo com seus melhores amigos e aliados, o destino de todos os Prodígios está nas mãos dela, e somente dela.
Será que ela recuperará os poderes a tempo?

Resenha: Essa resenha pode ter spoilers dos livros anteriores!
O Sacrifício é o último volume da trilogia Hex Hall escrita pela autora Rachel Hawkins e lançado no Brasil pela Galera Record. Nele continuamos a acompanhar a saga de Sophie, que descobriu não ser uma bruxa qualquer, mas sim alguém com poderes muito maiores e mais fortes do que ela imaginava após descobrir sua verdadeira origem. Tais poderes foram considerados ameaçadores e perigosos pelo Conselho dos Prodígios se continuassem sob controle de Sophie, o que resultou na remoção deles. Sophie, sem poderes, fica vulnerável, e a situação piora ainda mais quando uma família de mulheres, as Brannick, que perseguem seres sobrenaturais fica em seu encalço. Porém, uma guerra se aproxima e até mesmo as Brannick sabem que só Sophie com seus poderes teria forças o suficiente para lutar e ganhar, e juntas voltam ao Hex Hall, que agora está sob comando das terríveis irmãs Casnoff, a fim de procurar um meio de recuperar os seus poderes, por fim na guerra e recuperar a ordem e a paz que já não existem mais entre o sobrenatural...

Vou assumir que desde quando li o primeiro volume da série Hex Hall, Sortilégio, fiquei encantada com o mundo e os seres sobrenaturais presentes alí, e este foi um dos livros mais bacanas do gênero que já li. Sei que a história não soa tão original, pois é difícil ler o livro sem se recordar de Harry Potter, já que se trata de uma adolescente com problemas que vai parar num tipo de escola especial para aprender a controlar seus poderes de bruxa, tendo que lidar com um coven de bruxas implicantes e etc, mas tudo com um toque mais feminino, engraçado e descolado. Já no segundo volume, A Maldição, o rumo da história tomou outro caminho pois Sophie acabou descobrindo que de acordo com suas raízes, ela descente de demônios e seus poderes vão muito além do que pensou, e a única coisa que pode acabar com ela é o Vidro do Demônio (Demonglass), justamente por ela ser dessa espécie de ser sobrenatural, elemento este que neste volume ela descobre se encontrar no inferno e que em algum momento terá que ir buscá-lo para acabar com a guerra já que agora Hex Hall está dominado por eles... E a autora já se encarrega de fazer um resumão dos acontecimentos anteriores para refrescar a memória dos leitores logo no início do livro.

E nesse clima de tensão, a história se desenrola narrada em primeira pessoa por Sophie de uma forma que não me fez lembrar de características presentes nos livros anteriores e que havia curtido bastante. Há algumas cenas de humor mas que não fluíram tão bem devido aos acontecimentos que não encarei como sendo coisas que deveriam ser engraçadas. Essas cenas com as melhores tiradas inclusive são referentes a Jenna, a vampira e melhor amiga da protagonista que é minha personagem preferida, principalmente porque a amizade entre as duas é uma das coisas mais legais da trilogia. Os demais personagens, por mais importantes que sejam, não tiveram tanto destaque pra mim, nem Elodie, que agora consegue possuir Sophie e através dela fazer alguns feitiços para "ajudá-la".

O livro é dividido em 3 partes, onde na primeira vemos uma Sophie de mãos atadas devido aos poderes que não tem mais, na segunda onde ocorre uma reviravolta em que ela descobre que há uma luz no fim do túnel e que nem sempre quem é considerado inimigo é mesmo inimigo, e a última onde ela embarca na missão que resulta no que deveria ser uma grande batalha, mas não aconteceu o que esperei aqui. Achei tudo rápido demais, fácil demais, óbvio demais, e sem maiores detalhes, tanto no que diz respeito aos acontecimentos quanto na descrição do cenário, principalmente em um que deveria ser algo com bastante peso considerando que o inferno deveria ser algo assustador e terrível, ou que os vilões fossem muito mais terríveis...

O triangulo amoroso entre Sophie, Archer e Cal pra mim foi algo morno, sem emoções, sem contratempos, e muito desnecessário pois todos estão cientes da situação e de suas vontades, um ajuda e é companheiro do outro e fiquei me perguntando qual o real significado desse triângulo... Cal não poderia ser simplesmente um amigo e protetor? Tinha mesmo que ser noivo visto que esse "status de relacionamento" não significa nada? Desde o início já era óbvio que o coração de Sophie balança por Archer e ninguém mais e a ideia da indecisão entre um e outro é a maior besteira ever...

Encontrei alguns erros de revisão em alguns pontos no texto, mas não atrapalha muito. A capa seguindo o padrão das anteriores é bem bonita e sempre tem referência a algum ponto importante da história, como uma transição pela qual Sophie passa.
No geral, é uma história legal, sim, e vale a pena ser lida, mas acho que esse ultimo volume não passou de um resumo corrido do que poderia ter sido. Achei que faltou um algo mais pra deixar a história completa e fechar a trilogia que, até então, estava ótima com chave de ouro.

Como Viver Eternamente - Sally Nicholls

25 de abril de 2014

Lido em: Abril de 2014
Título: Como Viver Eternamente
Autora: Sally Nicholls
Editora: Geração
Gênero: Drama/Juvenil
Ano: 2014
Páginas: 232
Nota: ★★★★★
Sinopse: Sam ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas, ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto, este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler. A autora tem apenas 23 anos e embora seja seu primeiro livro, ele está sendo lançado em 19 países, dirigido a crianças, adolescentes e adultos. 

Resenha: Como Viver Eternamente, escrito pela autora Sally Nicholls e lançado pela Geração Editorial (essa capa se refere à 2ª edição da obra, no estilo da original, e gostei muito mais do que a primeira, que vou deixar logo abaixo ao fim da resenha) conta a história de Sam, um garotinho de 11 anos que está em estado terminal devido a uma leucemia. Mas mesmo sabendo da realidade inevitável de seu futuro próximo, ele continua sendo bem humorado e levando os dias que lhe restam da melhor forma possível. Depois de seu professor lhe ter sugerido escrever um diário, Sam resolve escrever um livro, e nele, o garoto deixa registrado várias listas que julga interessantes e que estão ligadas aos seus questionamentos sobre vida e morte, ou ao que gostaria de fazer antes de morrer. Felix, seu melhor amigo que também sofre com o câncer, mesmo que seja um tanto pessimista com a vida, acaba por ajudá-lo a enxergar que muitos de seus desejos que a primeira vista podem parecer impossíveis, de certa forma podem ser, sim, realizados...

A história é narrada em primeira pessoa pelo próprio Sam, que além de já deixar claro no início do livro que se estivermos lendo é porque ele já não estará mais entre nós, se mostra um garoto bastante consciente de sua condição, e isso foi um ponto totalmente positivo pois ver como um garoto encara a vida e a morte com tanta pureza, inocência e bom humor é algo que me tocou bastante e me deixou bastante emocionada. Confesso que achei que choraria litros, mas não chorei porque a força e a coragem de Sam são coisas que vão além do que poderíamos imaginar vindo de uma criança.
Outra coisa que me deixou bastante comovida é a atitude do pai dele, que a princípio não demonstra muita afeição sendo sempre muito fechado com o filho, principalmente no que diz respeito as dúvidas de Sam, dúvidas estas que os adultos quase sempre desconhecem a resposta e preferem fingir que não existem, mas a medida que o tempo passa, ele vai caindo em si e percebendo a real situação em que o garoto se encontra e surpreende com sua nova atitude.

A forma como Sam realiza seus desejos mesclado à forma como a autora descreve e transmite a realidade dele ao leitor, me fez imaginar como a vida é feita por pequenos momentos, por menores que sejam, mas que juntos fazem tudo parecer gigante. A vida é muito curta pra ser desperdiçada então é preciso viver cada momento como se realmente fosse o último.

Capa da 1ª edição
Como Viver Eternamente é um livro de narrativa simples, fácil, rápida, mas que cumpre o objetivo ao trazer uma história tão bonita e intensa como é a de Sam.
É um livro que com certeza fará muitos se debulharem em lágrimas, mas ao mesmo tempo nos faz refletir através das perguntas que o menino tem e nos dá esperança, seja arrancando um sorriso no canto da boca, ou dando aquela sensação de serenidade e paz, ou até um tipo de experiência de vida, por sabermos que por mais que a vida de Sam tenha sido curta, ele cumpriu com seu dever enquanto estava aqui da forma mais pura e especial possível.

Leitura mais do que recomendada para quem aprecia uma história contada de forma simples, mas cheia de significados e reflexões...

O Lado Mais Sombrio - A.G. Howard

22 de abril de 2014

Título: O Lado Mais Sombrio - Splintered #1
Autora: A.G. Howard
Editora: Novo Conceito
Gênero: Fantasia/Releitura/Jovem Adulto
Ano: 2014
Páginas: 368
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Alyssa Gardner ouve os pensamentos das plantas e animais. Por enquanto ela consegue esconder as alucinações, mas já conhece o seu destino: terminará num sanatório como sua mãe. A insanidade faz parte da família desde que a sua tataravó, Alice Liddell, falava a Lewis Carroll sobre os seus estranhos sonhos, inspirando-o a escrever o clássico Alice no País das Maravilhas.
Mas talvez ela não seja louca. E talvez as histórias de Carroll não sejam tão fantasiosas quanto possam parecer.
Para quebrar a maldição da loucura na família, Alyssa precisa entrar na toca do coelho e consertar alguns erros cometidos no País das Maravilhas, um lugar repleto de seres estranhos com intenções não reveladas. Alyssa leva consigo o seu amigo da vida real – o superprotetor Jeb –, mas, assim que a jornada começa, ela se vê dividida entre a sensatez deste e a magia perigosa e encantadora de Morfeu, o seu guia no País das Maravilhas.
Ninguém é o que parece no País das Maravilhas. Nem mesmo Alyssa...

Resenha: O Lado Mais Sombrio é o primeiro volume da série Splintered, escrita pela autora A.G. Howard e lançada pela Editora Novo Conceito. Nele conhecemos a protagonista Alyssa, tataraneta de Alice Liddell cuja história que vivia em sonhos inspirou Lewis Carroll a escrever o clássico Alice no País das Maravilhas (oi?). O problema é que há um histórico de insanidade na família e todas as mulheres, desde Alice, tem o sanatório como destino devido as alucinações que têm. Até Alison, sua mãe, está numa clínica psiquiátrica. E, ao que tudo indica, Alyssa terá o mesmo destino já que a garota tem o dom de ouvir pensamentos e sussurros de plantas e animais. Pra tentar amenizar essa "loucura", ela monta quadros com os insetos que captura criando imagens incríveis, dessa forma ela consegue "silenciá-los" após prendê-los. Porém, talvez o que chamam de loucura possa ser uma terrível maldição, e agora cabe a Alyssa entrar no País das Maravilhas a fim de tentar reparar os erros que foram cometidos lá por Alice... Ela repete história entrando na "toca do coelho", e ainda leva Jeb consigo, descobrindo que o País das Maravilhas não é exatamente o mesmo descrito no adorável e famoso clássico e que nem ela mesma é quem pensou que fosse...

O início do livro descreve a vida de Alyssa, e mesmo que ela goste de skates, tenha interesse em artes e coisas desse estilo mais "emo", achei um tanto tediosa... Jeb é o melhor amigo dela, e Alyssa gosta dele, mas o cara já tem namorada de quem ela é inimiga, e ele ainda parece ver Alyssa como uma irmã a quem tomar conta. O que não me agradou muito, pois o cara estava ali só pra mandar e decidir coisas que não lhe cabiam sobre a vida dela, e quem é ele pra ter esse tipo de poder sobre ela? Fiquei me perguntando o que ele estava fazendo alí e o que acrescentou na história, além de despertar minha antipatia com sua personalidade e comportamento odiosos... Seria melhor se ele fosse um irmão mais velho, ou até mesmo seu próprio pai.

Ao chegar no País das Maravilhas, Alyssa conhece (ou reencontra?) Morfeu, um rapaz de cabelos azuis que fica incumbido de guiar a garota naquele mundo, que agora está sob comando de uma nova rainha, a ajudando a quebrar a maldição e consertar o que está errado. Porém Morfeu é muito misterioso, meio rebelde e ainda não tem escrúpulos (sim!), e por mais que a ideia de um triangulo amoroso possa surgir entre eles, e eu, por incrível que pareça, achar ótimo para que Alyssa largue mão de Jeb, é algo que não dá pra ter certeza pois não se sabe em quem se pode realmente confiar ali...

Acho que O Lado Mais Sombrio pode até ser considerado uma extensão modificada para o clássico Alice no País das Maravilhas em vez de uma releitura, pois Alyssa é uma personagem com personalidade única, que ganha uma história só dela, e que, de certa forma, se supera se comparada à Alice.

A capa tem todo um mistério e, apesar de a primeira vista ser bonita, mesmo que a editora tenha mantido a arte da capa original, ao analisar de perto fiquei com a impressão de que o tratamento dado a ela não foi tão bacana assim, pois o efeito foi exagerado a ponto de eu me perguntar se a garota da capa sofre de icterícia ou coisa do tipo... A cor do título também não tem destaque em meio a tanto contraste e cores fortes por trás... Já a diagramação é de encher os olhos, pois há ornamentos de plantas ilustrando as páginas.
A narrativa se alterna entre lucidez e loucura, e às vezes achei que alguns personagens foram descritos de forma estranha e alguns acontecimentos se desenrolaram de forma muito confusa, o que não permitiu que a leitura fluísse muito fácil pra mim, por isso demorei mais do que pensei pra finalizar o livro.

No mais, é uma história que faz um misto de aventura, mistério e romance, tudo com um lado mágico e ao mesmo tempo sombrio, de forma ricamente detalhada. Os cenários são incríveis, exóticos e é possível se imaginar explorando tudo aquilo, maravilhada e ao mesmo tempo assombrada devido as bizarrices que existem por lá. A autora usou e abusou da criatividade aproveitando um mundo criado anteriormente, incluindo personagens já conhecidos em Alice no País das Maravilhas, dando um toque inovador, mudando características físicas e psicológicas para que todo aquele ar sombrio tivesse um destaque.
Pra quem quiser se aventurar em uma viagem a um mundo novo, é uma boa pedida.

Novidades de Abril - Novo Século

21 de abril de 2014

Amor Disfarçado - Jennifer Hunter - Livro 02 - Jessica Brody
Nesta aguardada continuação de "A amante infiel", Jennifer Hunter está à frente do seu próprio negócio. Nenhum tipo de relacionamento parecia bom o suficiente para Jennifer. Afinal de contas, seu trabalho já havia sido o golpe final na vida de muitos casais: Jennifer era contratada por esposas e namoradas desconfiadas para aplicar um “teste de fidelidade” em seus parceiros. Colocava à prova as fraquezas dos homens, e esse não era exatamente o tipo de trabalho que se prestava à intimidade. Quando Jamie Richards entra em sua vida, no entanto, tudo muda. Em meio às mudanças vem a promessa de trocar o estilo de vida secreto por “algo mais normal”. A agência de Jen está prosperando, e parece que as coisas não poderiam ficar melhores. Até que ela recebe uma proposta surpreendente. Conseguirá Jennifer Hunter forçar-se a abandonar sua antiga vocação para dedicar-se ao homem perfeito? Ou a tentação de realizar o amor sob um disfarce é mais forte?

Caravaggio: Um Nome Escrito em Sangue - Matt Rees
Gênio da arte, mestre do barroco, ou um boêmio, violento e blasfemo? Michelangelo de Merisi da Caravaggio foi, ao longo dos séculos, pintado com as mais diversas cores, julgado e idolatrado por sua rebeldia e por seu incrível talento. O grande artista foi capaz de chocar a sociedade italiana ao pintar figuras elevadas (papas, santos ou mesmo a Virgem) tendo como modelos personagens do cotidiano (camponeses, mendigos ou prostitutas) e, ao mesmo tempo, de deslumbrar os homens mais poderosos de seu tempo com obras de incontestável beleza. Em 'Caravaggio - Um nome escrito em sangue', o autor Matt Rees apresenta sua versão dessa história, em um jogo de luz e sombras que certamente encantará os fãs de arte e de um bom romance.



Freud me segura nessa! - Laura Conrado
Depois de se apaixonar pelo terapeuta e passar por desventuras, que conquistaram diversos leitores em "Freud, me tira dessa!", Catarina, agora encara uma série de descobertas sobre si própria e o mundo. Numa temporada fora do país e em meio a novas oportunidades, amores e amigos, Cat descobre que, mesmo distantes, sentimentos não resolvidos de seu passado podem se fazer presentes. Ela confronta traições, inseguranças, dúvidas e os riscos das escolhas adultas diante do dinheiro, do sexo e do amor. Com a mesma dose de emoção e humor, mais um vez, Cat recorre ao pai da Psicanálise para se segurar nos desafios da vida adulta.





Jane Austen: Uma Vida Revelada - Catherine Reef
Uma biografia contundente, perspicaz e divertida como uma legítima obra de Jane Austen, a vida revelada da escritora mais importante do século XIX. Embora seja uma das escritoras mais amadas de todos os tempos, Jane Austen ainda é uma figura de grande mistério. Seria ela a gentil e doce tia Jane? Ou uma moça de língua afiada, ardilosa, como sugere sua escrita? Como passava seus dias? E, se ela nunca alcançou o mesmo final feliz de suas personagens, teria ao menos encontrado o amor verdadeiro? Ambientando sua narrativa no contexto da aristocracia inglesa do século XIX, Catherine Reef extrai informações de cartas escritas por Austen para conceber um relato íntimo da vida e dos sentimentos da escritora. A narrativa inclui detalhes dos seis fascinantes romances publicados pela escritora.

Máquina de Armas - Warren Ellis
Após um tiroteio custar a vida de seu parceiro, o detetive John Tallow acaba descobrindo um apartamento repleto de armas. Cada uma delas conduz a um diferente caso de assassinato não resolvido pela polícia. Por vinte anos ou mais, alguém esteve matando pessoas e juntando as armas por um propósito inexplicável. Confrontado com a inesperada emergência de centenas de homicídios não resolvidos, Tallow logo descobre que está sendo irremediavelmente conduzido a um verdadeiro acordo com o diabo. Agora, o detetive deve procurar por um caçador que considera seus atos assassinos como um sacrifício para os velhos deuses de Manhattan e que pode, simplesmente, ser o mais prolífico serial killer da história da cidade de Nova York.



Ex-patriotas - Peter Clines
Já se passaram dois anos desde que o apocalipse de ex-humanos praticamente exterminou a raça humana. Dois anos desde que os últimos sobreviventes de Los Angeles foram reunidos pelo grupo liderado por Stealth e St. George, passando a viver entre as muralhas de sua fortaleza, o Monte. Durante esse tempo, os super-heróis lutaram com todas as suas forças – e contra inimigos poderosos – para garantir aos refugiados um mínimo de paz e esperança. Mas agora os suprimentos vêm se tornando cada vez mais escassos, e a horda de zumbis parece cada vez mais perto de invadir o último refúgio de Hollywood. Eis que surge um lampejo de esperança, quando um batalhão do Exército americano entra em contato com os super-heróis. E não é apenas um batalhão comum: os homens e as mulheres do Projeto Krypton sobreviveram à catástrofe mundial por serem supersoldados, criados para serem mais rápidos, mais fortes e mais inteligentes que qualquer outro espécime da raça humana. Mas um segredo sombrio e extremamente poderoso se esconde no coração do Projeto Krypton. Em quem os super- heróis deverão depositar sua confiança?


Dias Perfeitos - Raphael Montes

20 de abril de 2014

Lido em: Abril de 2014
Título: Dias Perfeitos
Autor: Raphael Montes
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Literatura nacional/Ficção/Suspense
Ano: 2014
Páginas: 274
Nota: ★★★★☆
Téo é um solitário estudante de medicina que divide seu tempo entre cuidar da mãe paraplégica e examinar cadáveres nas aulas de anatomia. Durante uma festa, ele conhece Clarice, uma jovem de espírito livre que sonha tornar-se roteirista de cinema. Ela está escrevendo um road movie sobre três amigas que viajam em busca de novas experiências. Obcecado por Clarice, Téo quer dissecar a rebeldia daquela menina. Começa, então, uma aproximação doentia que o leva a tomar uma atitude extrema. Passando por cenários oníricos, que incluem um chalé em Teresópolis e uma praia deserta em Ilha Grande, o casal estabelece uma rotina insólita, repleta de tortura psicológica e sordidez. O efeito é perturbador. Téo fala com calma, planeja os atos com frieza e justifica suas atitudes com uma lógica impecável. A capacidade do autor de explorar uma psique doentia é impressionante – e o mergulho psicológico não impede que o livro siga um ritmo eletrizante, repleto de surpresas, digno dos melhores thrillers da atualidade. Dias perfeitos é uma história de amor, sequestro e obsessão. Capaz de manter os personagens em tensão permanente e pródigo em diálogos afiados, Raphael Montes reafirma sua vocação para o suspense e se consolida como um grande talento da nova literatura nacional.
Resenha: Téo é um estudante de medicina que mora no Rio de Janeiro e cuida da mãe paraplégica. Ao conhecer Clarice num churrasco o rapaz se encanta por sua beleza, seu jeito descolado e sua personalidade. Mas esse encantamento logo se torna um amor (?) obsessivo que leva Téo a raptar a garota e levá-la para um chalé em Teresópolis. Com um clima perturbador e intenso, Dias Perfeitos mostra o quão perversa a mente humana pode ser.

Para ser sincero, eu nem mesmo li a sinopse com atenção antes de começar Dias Perfeitos. Só iniciei a leitura e fui desvendando a história pouco a pouco. Quando entrei no clima pude entender a quê o livro veio e que o autor é realmente bom.

A história de Clarice e Téo é bem intensa. Ele a conhece, tem um amor à primeira vista, sequestra a moça e leva ela para um chalé. Mas não é só isso, claro. A mente doentia dele cria várias teorias sem nexo nenhum para essa relação e a obsessão por ela é bem característica de alguém com problemas psicológicos. O cara acha que ela o ama, quando na verdade o ódio dela só cresce por ele. Téo cria planos para o futuro, quando esse futuro não chegará. Essas nuances do personagem me apavoraram e causaram uma espécie de revolta. Em certos trechos me arrepiei, pois as atitudes dele em relação a Clarice foram sórdidas, doentias e macabras. Só lendo para ter noção exata disso.

A narrativa de Raphael é bem madura e concisa. As frases são bem colocadas, lê-las foi como ouvir uma música com uma harmonia perfeita. Em algumas cenas de tortura (não é spoiler) o autor criava um ritmo diferente para narrar os fatos, o que foi sensacional. Parecia que eu estava acompanhando um filme macabro com uma trilha sonora que se encaixava perfeitamente ali. Em momentos mais brandos as frases soavam com a mesma harmonia. Uma que me agradou foi "Clarice lia Lispector", uma referência ao livro que Téo deu de presente a garota.

Dias Perfeitos é um bom livro, sem dúvidas. Raphael tem talento e isso é inquestionável, mas há furos, infelizmente. O final do livro é meio fantasioso, sai um pouco do roteiro de todo o conteúdo apresentado. Senti que o autor quis dar um final diferente para a história e acabou deixando tudo surreal demais. Nós conhecemos nosso país e sabemos como as coisas funcionam aqui, e isso deixa claro que o fim de Dias Perfeitos foi meio irreal, com fatos mal explicados e buracos na trama.

Da Companhia das Letras tive o prazer de ler três titulos nacionais: O Matador, Patrícia Melo, Fim, Fernanda Torres (já resenhado aqui) e Dias Perfeitos. É notável a preocupação da editora em lançar bons livros e valorizar nossos autores. Então, se você está a fim de uma história tensa e capaz de provocar diversas reações ao decorrer da leitura, Dias Perfeitos é uma boa pedida.

Promoção - 1 ano de Cantinho Literário


Oi, oi pessoas!
Hoje é um dia muito especial!
O blog O Cantinho Literário está completando um ano!
E então, a Mar me convidou para participar dessa enorme festa, onde vinte e dois blogs se reuniram para comemorar.
Serão 5 kits para 5 ganhadores. E todos esses kits terão um Brinde Surpresa cedido pelo blog aniversariante! Venham comemorar!

Confiram as regrinhas e venham participar desta festa!
  • Ter endereço de entrega em território nacional 
  • Seguir os 5 blogs publicamente pelo GFC 
  • Curtir a fanpage dos blogs 
  • Comentar na postagem promocional no blog para validar sua participação deixando e-mail válido para contato. 
  • O ganhador será informado por e-mail e terá um prazo de 3 dias corridos para responder com seus dados, caso contrário, será feito um novo sorteio. 
  • Não nos responsabilizamos por danos ou extravios durante o transporte/entrega. 
  • Caso o livro volte por algum erro nos dados passados ou impossibilidade no ato da entrega, não será feito novo envio e o ganhador perderá o direito ao prêmio. 
Confiram os Kits:


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Contamos com a participação de todos nesta comemoração tão simbólica para o blog!
E claro, que venham muitos outros anos pela frente!