Livros e Adjetivos #7 - O Holocausto na Literatura

13 de abril de 2015

Depois de séculos, resolvi voltar com a coluna Books da qual reunia livros com determinadas características em comum. Agora com o nome de Livros e Adjetivos, o que considero ilustrar melhor a ideia do que quero passar já que Books era muito vago, cá estamos nós de volta ♥

Desta vez, reuni livros da minha estante onde nos deparamos com histórias das quais podemos conhecer mais sobre o Holocausto e seus horrores através de seus personagens, sejam eles reais ou fictícios. Obviamente existem mais livros que abordam o tema, literários, didáticos e etc, mas trouxe somente os que tenho. Caso tenham indicações, basta deixar um comentário e incremento o post trazendo as capas e a lista feita por vocês, ok?

O Menino do Pijama Listrado - John Boyne (resenha)
É muito difícil descrever a história de O menino do pijama listrado. Normalmente o texto de orelha traz alguma dica sobre o livro, alguma informação, mas nesse caso acreditamos que isso poderia prejudicar sua leitura, e talvez seja melhor realizá-la sem que você saiba nada sobre a trama.
Caso você comece a lê-lo, embarcará em uma jornada ao lado de um garoto de nove anos chamado Bruno (embora este livro não seja recomendado a garotos de nove anos). E cedo ou tarde chegará com Bruno a uma cerca.
Cercas como essa existem no mundo todo. Esperamos que você nunca se depare com uma delas.
A história do menino mais jovem salvo por Oskar Schindler, intensa e real como O diário de Anne Frank
Brincar. Como qualquer outra criança, era isso o que enchia de vida o pequeno Leib. E, além das brincadeiras, as descobertas de quem saíra de um pequeno vilarejo, Narewka, na Polônia, para uma cidade grande, a próspera e fascinante Cracóvia. Porém, quando o exército alemão ocupa o território polonês, brincar deixou de ser uma opção e trabalhar numa fábrica comandada justamente por um nazista, Oskar Schindler, tornou-se a única forma de sobrevivência. Eis o mote do emocionante O menino da lista de Schindler, a história real de luta, superação e esperança de Leib Lejson, ou Leon Leyson, o mais jovem sobrevivente salvo entre outros mais de mil judeus dos campos de concentração pelo empresário alemão.

O relato da menina por trás do mito.
O depoimento da pequena Anne Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sotão de uma casa em Amsterdã, ainda hoje emociona milhões de leitores. Seu diario narra os sentimentos, os medos e as pequenas alegrias de uma menina judia que, como sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto.
Lançado em 1947, O diário de Anne Frank se tornou um dos livros mais lidos do mundo. O relato tocante e impressionante das atrocidades e dos horrores cometidos contra os judeus fez deste livro um precioso documento e uma das obras mais importantes do século XX.


Maus - Art Spiegelman
Maus ("rato", em alemão) é a história de Vladek Spiegelman, judeu polonês que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz, narrada por ele próprio ao filho Art. O livro é considerado um clássico contemporâneo das histórias em quadrinhos. Foi publicado em duas partes, a primeira em 1986 e a segunda em 1991. No ano seguinte, o livro ganhou o prestigioso Prêmio Pulitzer de literatura.
A obra é um sucesso estrondoso de público e de crítica. Desde que foi lançada, tem sido objeto de estudos e análises de especialistas de diversas áreas - história, literatura, artes e psicologia. Em nova tradução, o livro é agora relançado com as duas partes reunidas num só volume.
Nas tiras, os judeus são desenhados como ratos e os nazistas ganham feições de gatos; poloneses não-judeus são porcos e americanos, cachorros. Esse recurso, aliado à ausência de cor dos quadrinhos, reflete o espírito do livro: trata-se de um relato incisivo e perturbador, que evidencia a brutalidade da catástrofe do Holocausto.
Spiegelman, porém, evita o sentimentalismo e interrompe algumas vezes a narrativa para dar espaço a dúvidas e inquietações. É implacável com o protagonista, seu próprio pai, retratado como valoroso e destemido, mas também como sovina, racista e mesquinho. De vários pontos de vista, uma obra sem equivalente no universo dos quadrinhos e um relato histórico de valor inestimável.

A Menina que Roubava Livros - Markus Zusak
A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.
Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.
A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto - e raro - de crítica e público.

A Vida em Tons de Cinza - Ruta Sepetys (resenha)
1941. A União Soviética anexa os países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada. Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria. Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo fazer com que as pessoas trabalhem em equipe. No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitas outras pessoas com quem estabeleceram laços estreitos, são mandadas, literalmente, para o fim do mundo: um lugar perdido no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes para mantê-los vivos. A vida em tons de cinza conta, a partir da visão de poucos personagens, a dura realidade enfrentada por milhões de pessoas durante o domínio de Stalin. Ruta Sepetys revela a história de um povo que foi anulado e que, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias.

Eu, Filha de Sobreviventes do Holocausto - Bernice Eisenstein
O livro de memórias de Bernice Eisenstein, Eu, Filha de Sobreviventes do Holocausto, é uma obra altamente original, ao combinar imagens e palavras, desenho e narrativa. Assim, a autora, que também é desenhista e ilustradora, registra suas memórias como filha de sobreviventes do Holocausto, de pais que passaram pelas exasperadoras experiências de Auschwitz. Nessa jornada, ela busca entender sua própria vida e sua relação com os pais, sempre com a sombra do Holocausto pairando sobre sua cabeça. Ela fala da tragédia sem pender para o trágico; descreve suas experiências e a vida de seus pais, imigrantes no Canadá, com um humor irreverente; destila uma ironia nem sempre sutil em suas reflexões filosóficas - que vão além do Holocausto - sempre embasada em suas muitas leituras (Primo Levi, Elie Wiesel, Hannah Arendt, Alfred Kantor, para citar alguns) - em tudo resgatando a alma ídiche, marca registrada do texto. O livro de Bernstein é uma conversa séria, lúcida e, por vezes, divertida dela consigo mesma, com os pais, com os amigos dos pais - também sobreviventes de Auschwitz - e com o leitor. É sobre o Holocausto e é também sobre a condição humana. Considerado o - Livro do Ano de 2006 - no Canadá.

A Bibliotecária de Auschwitz - Antonio G. Iturbe
Um emocionante romance baseado na história verídica de uma jovem checa, a bibliotecária do Bloco 31, de Auschitwz – Dita Dorachova - com quem o autor teve oportunidade de falar e que resgata do esquecimento uma das mais comoventes histórias de heroísmo cultural.
Auschwitz-Birkenau, o campo do horror, infernal, o mais mortífero e implacável.
O Bloco 31 tinha 500 crianças, e neste lugar onde os livros eram proibidos, a jovem Dita escondia todas as noites os frágeis oito volumes da biblioteca mais pequena, recôndita e clandestina que jamais existiu.
No meio do horror, Dita dá-nos uma maravilhosa lição de coragem: não se rende e nunca perde a vontade de viver nem de ler porque, mesmo naquele terrível campo de extermínio nazi, «abrir um livro é como entrar para um comboio que nos leva de férias».
Um livro diferente de tudo o que já leu sobre o Holocausto e de que poucos têm conhecimento. Pela primeira vez ficamos a saber da existência de livros num campo de extermínio.
Minuciosamente documentado, e tendo como base o testemunho de Dita Dorachova, a jovem bibliotecária checa do Bloco 31, este livro conta a
história inacreditável, mas verídica, de uma jovem de 14 anos que arriscou a vida para manter viva a magia dos livro, ao esconder dos nazis durante anos a sua pequena biblioteca, de apenas oito volumes, no campo de extermínio de Auschwitz.
Este livro é uma homenagem a Dita, com quem o autor tanto aprendeu, e à memória e valentia de Fredy Hirsh, o infatigável instrutor judeu do Bloco 31 que criou em segredo uma pequena escola e uma ainda mais minúscula biblioteca, apenas com oito livros.

No Jardim das Feras - Erik Larson
De forma inesperada, o professor William E. Dodd, da Universidade de Chicago, é convidado para assumir a embaixada dos Estados Unidos na Alemanha em 1933. Junto com a esposa e os dois filhos adultos, ele parte para Berlim, decidido a manter-se neutro em relação ao governo de Adolf Hitler. A animada vida social e o charme dos homens do Terceiro Reich a princípio encantam sua jovem filha Martha. Mas o deslumbramento não dura. Com o tempo, a família Dodd testemunha a crescente perseguição aos judeus, a censura à imprensa e a implantação de assustadoras leis. Em No Jardim das Feras, o escritor Erik Larson reconstitui o ambiente cada vez mais opressivo de Berlim pela perspectiva dos Dodd - registrada em cartas, diários e documentos - e revela uma era de surpreendentes nuances e complexidades.

A Chave de Sara - Tatiana de Rosnay
Julia Jarmond é uma jornalista Americana que vive em Paris há 25 anos e é casada com o arrogante e infiel Bertrand Tézac, com quem ela tem uma filha de onze anos. Julia escreve para uma revista americana, e seu editor pede que ela cubra o sexagésimo aniversário da grande concentração no Vélodrome d’Hiver – um estádio no qual dezenas de milhares de judeus ficaram presos antes de serem enviados para Auschwitz.
Ao se aprofundar em sua investigação, Julia constata que o apartamento para o qual ela e o marido planejam se mudar pertenceu aos Starzynski, uma família judia imigrante que fora desapossada pelo governo francês da ocupação, e em seguida comprado pelos avós de Bertrand. Ela resolve descobrir o destino dos ocupantes anteriores. É revelada então a história de Sarah, a única dos Starzynski a sobreviver.
A família de Sarah foi uma das muitas brutalmente arrancadas de casa pela polícia do governo colaboracionista francês. Michel, irmão mais novo garota, se esconde em um armário, e Sarah o tranca lá dentro. Ela fica com a chave, acreditando que em poucas horas estará de volta. Julia é então impelida a retraçar a sofrida jornada de Sarah em busca de liberdade e sobrevivência, dos terríveis dias em campos de concentração aos momentos de tensão na clandestinidade, e por fim seu paradeiro após a guerra. E à medida que a trajetória da garota é revelada, mais segredos são desenterrados.
Ao escrever sobre o passado da França com uma clareza implacável, Tatiana de Rosnay oferece em A Chave de Sarah um contundente retrato da França sob a ocupação nazista, revelando tabus e negações que circundam este doloroso período da História francesa. 

O Diário de Helga - Helga Weiss
Calcula-se que das 15.000 crianças que passaram pelo campo de internamento de Terezín, na antiga Tchecoslováquia, apenas 100 chegaram com vida ao fim da Segunda Guerra Mundial. A respeitada artista plástica Helga Weiss é autora de um dos mais comoventes testemunhos do Holocausto. Aos 83 anos, ela vive em Praga, no mesmo apartamento em que morou com os pais antes da deportação.
Em 1938, por ocasião da ocupação nazista em seu país, a menina de 8 anos, filha de um bancário e uma costureira, começou a escrever e a desenhar suas impressões sobre tudo que aconteceu com sua família. Em um caderno, Helga narra a segregação dos judeus ainda em Praga, a desumana rotina de privações e doenças de Terezín e sua peregrinação ao lado da mãe por campos de extermínio como Auschwitz, onde escapou por pouco da câmara de gás.

Toda Luz Que Não Podemos Ver - Anthony Doerr
Marie-Laure vive em Paris, perto do Museu de História Natural, onde seu pai é o chaveiro responsável por cuidar de milhares de fechaduras. Quando a menina fica cega, aos seis anos, o pai constrói uma maquete em miniatura do bairro onde moram para que ela seja capaz de memorizar os caminhos. Na ocupação nazista em Paris, pai e filha fogem para a cidade de Saint-Malo e levam consigo o que talvez seja o mais valioso tesouro do museu. Em uma região de minas na Alemanha, o órfão Werner cresce com a irmã mais nova, encantado pelo rádio que certo dia encontram em uma pilha de lixo. Com a prática, acaba se tornando especialista no aparelho, talento que lhe vale uma vaga em uma escola nazista e, logo depois, uma missão especial: descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia. Cada vez mais consciente dos custos humanos de seu trabalho, o rapaz é enviado então para Saint-Malo, onde seu caminho cruza o de Marie-Laure, enquanto ambos tentam sobreviver à Segunda Guerra Mundial.Uma história arrebatadora contada de forma fascinante. Com incrível habilidade para combinar lirismo e uma observação atenta dos horrores da guerra, o premiado autor Anthony Doerr constrói, em Toda luz que não podemos ver, um tocante romance sobre o que há além do mundo visível.

Os Óculos de Heidegger - Thaisa Frank
Honra. Sacrifício. Amor. Poderia o fim de tudo levar a um novo começo? Kelsey, Ren e Kishan sobreviveram a três aventuras dramáticas e muitas provações. Mas, antes que possam partir na busca pelo último presente da deusa Durga, têm que enfrentar o feiticeiro Lokesh em seu próprio território.
Em seu livro de estreia, Thaisa Frank apresenta uma história fantástica que tem como cenário a Operação Postal, programa nazista que obrigava os judeus enviados aos campos de concentração a escreverem cartas aos familiares ainda livres.
Em Os Óculos de Heidegger, o destino dessa correspondência é um bunker secreto, onde um grupo de intelectuais é orientado a responder às cartas dos familiares desses prisioneiros. O objetivo da missão era, por um lado, manter um registro da correspondência trocada no período e, por outro, garantir um sobrenatural plano de segurança: evitar que os espíritos dos mortos dedurassem a Solução Final nazista.
Certo dia, uma tarefa é passada pelo próprio Goebbels: responder a uma carta do filósofo Martin Heidegger para seu amigo e oculista Asher Englehardt, prisioneiro de Auschwitz. Diante da suspeita de que talvez a prosaica correspondência contenha algum tipo de mensagem cifrada que poderia desmantelar os planos do Terceiro Reich, os escribas e seus líderes se veem às voltas com o desafio de responder ao filósofo de uma forma que desencoraje uma nova troca de cartas e garanta a permanência tranquila dos confinados no local.
Os Óculos de Heidegger mescla filosofia com romance e mostra o valor da amizade em meio às piores adversidades. Frank reconstrói a paisagem da Alemanha nazista a partir de um ponto de vista original.

Inferno: O Mundo Em Guerra - 1939-1945 - Max Hastings
Para muitos historiadores, nenhum outro acontecimento da história da humanidade teve o impacto da Segunda Guerra Mundial, que entre 1939 e 1945 abalou as vidas de centenas de milhões de pessoas em todo o planeta. Jornalista especializado na cobertura de conflitos, com vinte livros publicados, o inglês Max Hastings traça, em apenas um volume, um vasto painel da guerra em todos os fronts, colocando em primeiro plano o testemunho de pessoas comuns, obtido em cartas, diários, livros de memórias e depoimentos.
Estudo monumental e abrangente do conflito, Inferno não se limita a fazer uma simples narrativa da sequência de eventos trágicos, desde a invasão da Polônia até a explosão das bombas de Hiroshima e Nagasaki, mas revela ao leitor do século XXI como foi viver, lutar e morrer em um mundo em guerra.

A Lista de Schindler: A Verdadeira História - Mietek Pemper
A mais importante testemunha da Lista de Schindler conta todos os horrores e perigos que viveu e presenciou, e como ajudou a Oscar Schindler a salvar milhares de pessoas da morte.
A verdadeira e mais completa história sobre a lista de Schindler, que salvou milhares da morte certa, contada por um sobrevivente e importante personagem deste drama, Mietek Pemper, que mesmo sendo judeu atuou como secretário de Amon Goth, o nazista que comandava o campo de concentração. Devido a sua importante atuação em toda a operação de salvamento ele foi consultor do filme a Lista de Schindler de Steven Spielberg.
Pemper foi a única testemunha que poderia dar uma visão completa e precisa de operação de Schindler.
Seu livro é cuidadoso e triste, contando o triunfo de ambos e da incapacidade de superar a dor. 

Os Sete Últimos Meses de Anne Frank - Willy Lindwer
O "não escrito" capítulo final do Diário de Anne Frank relata o tempo entre a prisão de Anne Frank e sua morte. A história é contada por meio dos testemunhos de seis mulheres judias que sobreviveram ao inferno do campo de concentração do qual Anne nunca mais voltou. Inicialmente, o renomado cineasta holandês Willy Lindwer filmou o documentário "Os sete últimos meses de Anne Frank" e, depois disso, resolveu transformá-lo em livro. Para tanto, ele entrevistou mulheres que conheceram Anne Frank. O livro é composto pelos depoimentos de seis dessas mulheres - algumas que a conheceram antes de sua deportação para o campo nazista, e todas elas durante os últimos momentos em Bergen-Belsen. As histórias que estas mulheres têm para contar são semelhantes: o tratamento no campo, a forma como conheceram as irmãs Frank e a maneira como todas foram inexplicavelmente tocadas por sua vida. O fato de terem sobrevivido ao campo de extermínio é um milagre em si mesmo. Uma das sobreviventes, inclusive, teve a difícil missão de confirmar a Otto Frank as mortes de suas filhas, Anne e Margot. Os sete últimos meses de Anne Frank é o triste e verdadeiro relato de uma crueldade inimaginável e do milagre ocorrido para os que sobreviveram poderem contá-lo com suas próprias palavras.

Depois de Auschwitz - Eva Schloss
Em seu aniversário de quinze anos, Eva é enviada para Auschwitz. Sua sobrevivência depende da sorte, da sua própria determinação e do amor de sua mãe, Fritzi. Quando Auschwitz é extinto, mãe e filha iniciam a longa jornada de volta para casa. Elas procuram desesperadamente pelo pai e pelo irmão de Eva, de quem haviam se separado. A notícia veio alguns meses depois: tragicamente, os dois foram mortos.
Este é um depoimento honesto e doloroso de uma pessoa que sobreviveu ao Holocausto. As lembranças e descrições de Eva são sensíveis e vívidas, e seu relato traz o horror para tão perto quanto poderia estar. Mas também traz a luta de Eva para viver carregando o peso de seu terrível passado, ao mesmo tempo em que inspira e motiva pessoas com sua mensagem de perseverança e de respeito ao próximo – e ainda dá continuidade ao trabalho de seu padrasto Otto, pai de Anne Frank, garantindo que o legado de Anne nunca seja esquecido.

Eu Sobrevivi Ao Holocausto - Nanette Blitz Konig

Como sobreviver a um campo de concentração? Estaria essa sobrevivência condicionada ao acaso do destino? Em um emocionante relato, Nanette Blitz Konig conta a história de um período em que ela e milhões de judeus foram entregues à própria sorte com a mínima chance de sobrevivência. Colega de classe de Anne Frank no colégio, Nanette teve a juventude roubada e perdeu a crença na inocência humana quando esteve diante da morte diversas vezes – situações em que fora colocada em virtude da brutalidade incompreensível dos nazistas. Hoje, aos 86 anos, Nanette vive no Brasil e expõe suas lembranças mais traumáticas aos leitores. As cenas vivenciadas por ela fizeram os mais experientes oficiais de guerra, acostumados a todos os horrores possíveis, chorarem ao tomar conhecimento. Em uma luta diária pela sobrevivência, Nanette deveria suportar o insuportável para manter-se viva. Através de um depoimento ao mesmo tempo sensível e brutal, ela questiona a capacidade de compaixão do ser humano, alertando o mundo sobre a necessidade urgente da tolerância entre os homens.

Irmãs em Auschwitz - Rena KornreichGelissen e Heather DuneMacadam
Irmãs em Auschwitz é escrito com simplicidade e graça… E o sentimento avassalador que nos toma ao finalizar a leitura é um triunfo: ainda é possível encontrar altruísmo e união entre pessoas que vivem em um lugar de horror implacável. - Los Angeles Times Book Review Uma das poucas pessoas a se entregar voluntariamente para o exército alemão e ir a um campo de concentração – quando ainda se acreditava que eram apenas campos de trabalho – Rena Kornreich fez parte do primeiro transporte em massa de judeus para Auschwitz e sobreviveu ao campo nazista por mais de três anos, junto a sua irmã mais nova – Danka. Juntas, ambas tiveram de ser resilientes a cada a perversidade vivenciada durante o período de aprisionamento. E, a despeito da iminência da morte, das doenças, das surras e do trabalho forçado, os relatos de Rena a respeito da convivência entre as prisioneiras nos garantem que a empatia emergida dentro de cada dormitório e de cada grupo de trabalho encorajou essas mulheres a permanecerem unidas até que Auschwitz fosse libertado e suas vidas fossem devolvidas para sempre.

Segredo de Família - Eric Heuvel
Quando Jeroen vai ao sótão da avó Helena procurar algo interessante para vender, ele descobre o livro de recortes que ela manteve durante a Segunda Guerra Mundial. Esse fato desperta memórias dolorosas, e leva a avó a contar pela primeira vez a Jeroen como foi ser uma menina em Amsterdam durante a ocupação alemã da Holanda e sobre a perda de sua melhor amiga judia, Esther. Após ouvir a história, porém, Jeroen fará uma descoberta surpreendente.
Nesta envolvente graphic novel, fiel aos acontecimentos históricos, pessoas comuns assumem papéis variados - vítima, observador, colaborador, criminoso - e têm que tomar as decisões mais importantes e difíceis de suas vidas.

A Busca - Eric Heuvel, Lies Schippers e Ruud Van der Rol
Em 1933, Hitler subiu ao poder e iniciou uma caçada implacável aos judeus. Com apenas dezesseis anos, Esther é bruscamente separada de seus pais e refugia-se em uma fazenda no sul da Holanda. Muitos anos depois, em companhia do filho e do neto, Esther visita o lugar que lhe serviu de esconderijo e conta, pela primeira vez, as atrocidades que ela presenciou e viveu durante o Holocausto. Para a protagonista de A busca, remexer o passado é uma forma de encerrar esse capítulo de sua história, ao mesmo tempo em que tenta descobrir o que aconteceu aos seus pais, amigos e ao homem que arriscou a vida para abrigar dezenas de famílias judias em sua fazenda.
Contada de modo claro mas sem perder de vista que se trata de um livro juvenil, A Busca é um abrangente panorama da perseguição nazista e de como as ideias de um homem afetaram de modo tão brutal a vida de milhões de pessoas.
A busca foi publicado originalmente pela instituição holandesa Anne Frank House. À edição brasileira foi acrescido um posfácio do jornalista e escritor Gilberto Dimenstein.

As Meninas do Quarto 28 - Hannelore Brenner
As histórias do Holocausto ainda não foram todas contadas...
O que vem a sua mente quando você ouve falar em Segunda Guerra Mundial? Um nome, com certeza: Anne Frank e seu diário. Mas as vítimas do Holocausto têm tantos nomes e tantas histórias que precisamos contar! Não podemos esquecê-las. Helga, Flaška, Zajicek, Marta, Judith, Eva, Handa... Algumas das 15 sobreviventes do Quarto 28 do Abrigo para Meninas de Theresienstadt ainda estão entre nós. Elas não se deixam calar.
Muitos prisioneiros judeus passaram pelo campo de concentração Theresienstadt, uma cidade de faz-de-conta, encenada para desviar a atenção da imprensa e da Cruz Vermelha Internacional. Ali, no Quarto 28 do Abrigo para Meninas, moraram 60 crianças das quais somente 15 sobreviveram. Suas histórias, mescladas com fatos históricos e anotações do diário de Helga Pollak, desenhos infantis feitos durante aulas de desenho secretas e poesias escritas em álbuns de recordações, nos convidam para uma caminhada por Theresienstadt.
Neste livro, Hannelore Brenner conta essa história. Uma história feita de tristeza, amizade, compaixão e esperança.

Eu Sou o Último Judeu - Chil Rajchman
Nenhum campo de extermínio foi tão longe na racionalização do assassinato em massa quanto Treblinka. Lá, cerca de 750.000 judeus foram mortos. Apenas 57 sobreviveram. Chil Rajchman foi um deles. Por dez meses, sobreviveu ao absoluto terror. Carregou cadáveres em decomposição. Extraiu dentes dos mortos para que os nazistas aproveitassem o ouro, lavando-os em vasilhas cujos restos de água sanguinolenta mataram a sede de outros prisioneiros. Testemunhou suicídios, empalamentos, centenas de execuções. Foi chicoteado diariamente, teve tifo, sarna. Em agosto de 1943, Chil e outros prisioneiros conseguiram pôr em prática um plano de revolta. Ele foi um dos últimos judeus a escapar de Treblinka. Seu relato avassalador e detalhado, escrito ainda durante a guerra e até agora inédito, vem a público acompanhado por fotografias, mapas e a planta do campo de extermínio. Um importante testemunho do que preferíamos esquecer, mas não podemos. 

5 comentários

  1. Oi Flávia! Adorei seu retorno à coluna! E que retorno! Voltou em grande estilo... Falando sobre um tema tão complexo e triste.
    Recentemente li um livro que fala sobre o holocausto, mais precisamente sobre o Vel d'Hiv, uma passagem do mesmo, mas este se passa na França. O livro se chama A chave de Sarah, da autora Tatiana de Rosnay, publicado pela editora Suma de Letras.
    Ele é marcante, mexeu muito comigo! Se for possível, adicione-o ao seu post, e também à sua lista de leitura!
    Tô sempre por aqui, mesmo não comentando com frequência (leia-se: quase nunca :$) e adoraria ver a minha sugestão aqui, rs.
    Adoro seu blog! Mais que pão de queijo! Hahahahaha...
    Beijos! =D

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  2. Eu amo o Menino o pijama listrado, acho um livro sensível, doce, ingênuo, é encantadora a forma na qual os dois amigos passam por tudo aquilo sem saber 10% do que estão realmente vivenciado, é lindo demais!

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  3. Olá Flávia que lindo seu blog! Eu estava exatamente com essa idéia de postar livros sobre o Holocausto e encontrei todos esses livros no seu blog fiquei maravilhada pois me dedico profundamente sobre a história do povo Judeu, com prioridade em Jesus Cristo.
    quero te passar mais dois livros que falam desse assunto:
    - As meninas do quarto 28
    - Eu sou o ultimo Judeu
    Desses daí já li A bibliotecaria de Auschwitz e O menino do pijama listrado emocionantes demais!

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  4. Olá Flávia que lindo seu blog! Eu estava exatamente com essa idéia de postar livros sobre o Holocausto e encontrei todos esses livros no seu blog fiquei maravilhada pois me dedico profundamente sobre a história do povo Judeu, com prioridade em Jesus Cristo.
    quero te passar mais dois livros que falam desse assunto:
    - As meninas do quarto 28
    - Eu sou o ultimo Judeu
    Desses daí já li A bibliotecaria de Auschwitz e O menino do pijama listrado emocionantes demais!

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  5. Escrevi um livro de ficção histórica sobre um adolescente Judeu durante os anos do holocausto, mas não consigo nenhuma editora para publicar.
    Por que os autores brasileiros não são ouvidos quando escrevem sobre o holocausto?

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