Fevereiro - Audrey Carlan

21 de agosto de 2016

Título: Fevereiro - A Garota do Calendário #2
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Gênero: Romance erótico
Ano: 2016
Páginas: 132
Nota: ★★★☆☆+18
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas | FNAC
Sinopse: Ela precisava de dinheiro. E nem sabia que gostava tanto de sexo. O fenômeno editorial do ano e best-seller do New York Times, USA Today e Wall Street Journal
Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.
A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil.
Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser...
Em fevereiro, Mia vai passar o mês em Seattle com Alec Dubois, um excêntrico artista francês. No papel de musa, ela vai embarcar em uma jornada de descobertas sexuais e lições sobre o amor e a vida que permanecerão com ela para sempre.
Resenha: Fevereiro é o segundo volume da série A Garota do Calendário, escrita pela autora Audrey Carlan e publicado no Brasil pela Verus.

No primeiro livro, Janeiro, conhecemos Mia Saunders, uma jovem estonteante que adentrou o mundo das acompanhantes de luxo a fim de pagar uma dívida milionária do pai e salvar sua vida. Seu primeiro cliente foi Wes, um roteirista que precisava forjar um noivado a fim de afastar as mulheres que pudessem desviar sua atenção dos negócios profissionais, e pra isso contratou Mia.
Após 24 dias de puro êxtase, Mia seguiu para o próximo cliente deixando sua amizade colorida, para trás.

Desta vez Mia vai para Seattle atender Alec Dubois, um artista francês bastante excêntrico e workaholic que precisa de uma musa inspiradora para seus trabalhos. E o amante da vez sendo um francês, ela vai embarcar num mês onde vai experimentar coisas que, até então, eram desconhecidas e totalmente inexploradas...

Apesar das cenas de sexo serem intensas e convinventes, o problema desse segundo volume é que Mia se contradiz ao se insinuar para Alec, desejando com todas as forças que as coisas possam ir além do que simplesmente posar nua para suas obras de arte, enquanto tenta posar de boa moça e sem tirar Wes da cabeça, como se o que estivesse fazendo fosse algum tipo de traição. Claro que sem a parte sexual a história não teria o ingrediente chave que a tornou um sucesso. Livros eróticos, obviamente, são feitos por histórias regadas a sexo. São doze meses e doze clientes, ok, mas acredito que, na posição de Mia, não deveria haver espaço pra esses tipos de lamúrias ou divergências que acabaram me fazendo considerar que ela não é tão forte e pé no chão quanto pensei que fosse, e isso considerando o que ela se mostrou em Janeiro. Ela gosta de sexo, isso nós sabemos e não vejo problema nenhum, mas quando ela se mostra alguém tão inconstante, pensando uma coisa e demonstrando outra, ela me soou como uma grande hipócrita. Se a ideia é que ela tire lições de vida e tenha novos aprendizados a cada experiência, nesse volume vi pouquíssimo progresso, principalmente por ela estar em conflito, questionando a si mesma se essa decisão de trabalhar como escort foi a melhor que já tomou. Ela fica preocupada em não se relacionar de forma íntima com os clientes mas a primeira coisa que pensa quando bate o olho no macho é jogar a roupa longe e ir pro foda como se não houvesse amanhã. Controle-se, mulher! Não é possível que esse dilema vai se repetir em doze livros.

Achei Alec totalmente estereotipado em seu comportamento de amante francês super fogoso que acha que amor e sexo caminham felizes de mãos dadas, com um discurso fajuto sobre amar Mia incondicionalmente enquanto ela estiver alí por ele e que ela deveria fazer o mesmo e amá-lo também. O contrato acaba, cada um vai pro seu canto, e aí? O que acontece com esse suposto "amor eterno" com prazo de 24 dias? Já cansei de ver esse tipo de personagem irresistível em filmes (oi, Meg Ryan!) e ter essa visão dos franceses na questão do amor e do sexo é uma forma muito estranha de generalizar tal comportamento.

Apesar desse livro ter menos páginas do que o anterior, percebi que a autora foi um pouco mais detalhista com cenários e descrições, mas confesso não ter curtido muito os diálogos de Alec onde ele fala francês. Mia não entende e fica sempre questionando o significado das frases que ele solta e mesmo que ele traduza depois, achei que isso interferiu na fluidez da leitura e até quebrou o "clima", principalmente quando eles estão lá no bem-bom. A pessoa presta atenção no que está sentindo ou no que está sendo dito? No auge do prazer, parar pra pensar ou perguntar o significado do que o cara fala foi o cúmulo do desânimo.

Enfim... Não vou dizer que odiei a leitura porque apesar do que considerei negativo, alguns outros pontos fizeram com que a leitura valesse a pena, pois embora Alec seja estereotipado na questão do romance, ele tem uma alma de artista e consegue ver através das pessoas, e ele não enxerga Mia apenas como uma acompanhante profissional. Ele consegue captar sua essência, consegue ver além dela, e percebe que ela já sofreu muito e desacreditou no amor por ter se decepcionado. Ele tenta, no curto período do contrato, fazer com que ela acredite que é possível encontrar a felicidade e o amor em alguém, mesmo que não seja nele, e a questão do sexo entre eles não é só porque Mia praticamente se joga na cama dele, mas ele usa desse artifício para ajudá-la a se conhecer melhor.

Pra quem gosta de romances eróticos, a série A Garota do Calendário é uma boa pedida pois não foca única e exclusivamente no sexo, mas nos conflitos da protagonista e de seus problemas pessoais com os quais tem que lidar. Se a pessoa quer ler descrições de sexo caliente e com um homem cheio de pegada, vai encontrar, mas se quer acompanhar uma personagem que está aprendendo e amadurecendo com a experiência, também.


Janeiro - Audrey Carlan

20 de agosto de 2016

Título: Janeiro - A Garota do Calendário #1
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Gênero: Romance erótico
Ano: 2016
Páginas: 144
Nota: ★★★★☆+18
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas | FNAC
Sinopse: Ela precisava de dinheiro. E nem sabia que gostava tanto de sexo. O fenômeno editorial do ano e best-seller do New York Times, USA Today e Wall Street Journal
Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.
A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil.
Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser...
Em janeiro, Mia vai conhecer Wes, um roteirista de Malibu que vai deixá-la em êxtase. Com seus olhos verdes e físico de surfista, Wes promete a ela noites de sexo inesquecível — desde que ela não se apaixone por ele.
Resenha: Janeiro é o primeiro volume da série A garota do Calendário, escrita pela autora Audrey Carlan e publicado no Brasil pela Verus. A série inteira já está sendo publicada desde junho com dois livros por mês e termina no fim do ano, logo, as leitoras podem ficar de plantão sem esperar eras para por as mãos no próximo volume.
Eu gostei do projeto gráfico dos livros pois todos combinam muito bem. A capa é sexy sem transpassar vulgaridade e gosto dessa discrição quando se trata de livros com teor erótico, pois nada fica explícito. A diagramação é simples e não percebi erros na revisão desta edição. De forma geral, a Verus, como sempre, arrasa.

Mia Saunders é uma jovem livre e desimpedida que já não acredita mais em amor depois de ter o coração partido por mais vezes do que ela poderia suportar, mas nem por isso deixou de pensar e sentir falta do bom e velho foda... Isso mesmo... Mia não é nenhuma santinha e tem suas necessidades, minha gente...

Tudo poderia estar às mil maravilhas (ou não) se não fosse pelo fato de seu pai ter sido ameaçado de morte e espancado por um agiota inescrupuloso a quem ele deve a quantia astronômica de um milhão de dólares. Cabe a Mia dar um jeito nesse problema, e, aproveitando que sua tia é dona de um agência de acompanhantes de luxo, ela terá como missão se passar por escort e atender um cliente por mês para pagar a dívida a fim de salvar a vida do pai.

Weston é seu primeiro cliente. Um roteirista de cinema responsável por alguns dos maiores sucessos de bilheteria dos últimos anos. Ele não poderia ter a atenção ao assuntos profissionais desviada devido as investidas da mulherada que não sai de seu encalço, e Mia entra em cena para se passar por sua noiva e afastar qualquer piriguete interesseira que pudesse aparecer em seu caminho. Seriam 24 dias em companhia de Wes, e Mia nem sequer era obrigada a fazer sexo com ele. Mas será que ficar tão próxima daquele gato maravilhoso e sarado não provocaria nela sensações das quais ela não faz a menor questão de inibir?

A narrativa é feita em primeira pessoa e a autora não faz questão de descrições ou detalhes minuciosos. Ela vai direto ao ponto e conta em poucas palavras o que está acontecendo, e a quantidade de páginas é uma prova disso. Sim, o livro é cheio de coincidências e conveniências absurdas e que me fizeram revirar os olhos uma dúzia de vezes, mas não posso negar que gostei da história de forma geral. Mia é um exemplo de mulher livre que faz o que quer sem se preocupar em estar diminuida frente a homem algum. Ela vai descobrindo que pode se envolver com alguém e curtir os prazeres da vida, sem que haja um compromisso ou um sentimento forte que a prenda a esta pessoa.
A química que existe entre Mia e Wes é explosiva, e o desejo que os consome à primeira vista é inevitável. Eles acabam tendo uma ligação muito intensa, obviamente irão desfrutar de muito sexo, mas esse "noivado" também funciona a base de diálogo inteligente fazendo com que a relação vá além do que está no contrato de acompanhante de luxo. Por mais que eu tenha achado Wes um bofe irresistível e que combina perfeitamente com Mia, não fiquei torcendo por um amor eterno, pois sabemos que ela ainda tem o resto do ano para trabalhar para pagar a dívida do pai, e outros homens vêm por aí.

A gente sabe que sexo vende, até mesmo na literatura. Alguns livros fazem barulho demais, e outros realmente fazem jus ao que prometem. Janeiro foi um meio termo pra mim. Não é tudo o que imaginei devido às conveniências, mas está longe do fiasco amador de um tal de "Mr. Cinza"...
Não sou fã nº 1 do gênero, mas eu gostei da história de forma geral pois através de Mia a autora deixa uma mensagem sobre o empoderamento feminimo embutida em cenas quentes regadas a muito sexo. Mia ultrapassa os próprios limites, quebra barreiras, vence preconceitos e acima de tudo, se descobre como uma mulher cheia de força e de garra, que vai fazer de tudo para proteger e ajudar quem ama, independente dos meios que tenha que recorrer.

O Livro de Memórias - Lara Avery

19 de agosto de 2016

Título: O Livro de Memórias
Autora: Lara Avery
Editora: Seguinte
Gênero: YA/Sick-lit
Ano: 2016
Páginas: 352
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Sammie sempre teve um plano: se formar no ensino médio como a melhor aluna da classe e sair da cidade pequena onde mora o mais rápido possível. E nada vai ficar em seu caminho - nem mesmo uma rara doença genética que aos poucos vai apagar sua memória e acabar com sua saúde física. Ela só precisa de um novo plano. É assim que Sammie começa a escrever o livro de memórias: anotações para ela mesma poder ler no futuro e jamais esquecer. Ali, a garota registra cada detalhe de seu primeiro encontro perfeito com Stuart, um jovem escritor por quem sempre foi apaixonada, e admite o quanto sente falta de Cooper, seu melhor amigo de infância de quem acabou se afastando. Porém, mesmo com esse registro diário, manter suas lembranças e conquistar seus sonhos pode ser mais difícil do que ela esperava.
Resenha: O Livro de Memórias, escrito pela autora Lara Avery e publicado no Brasil pela Seguinte é um YA que conta a história de Samantha McCoy, uma adolescente muito inteligente, dedicada e ambiciosa. Seu maior sonho é se formar no ensino médio e sair da cidadezinha onde mora para ir fazer faculdade em Nova York. Sammie foi diagnosticada com uma doença genética rara mas nem isso seria o suficiente para fazer com que ela desistisse de seu maior objetivo, ela só precisaria de outros recursos. Logo ela tem a ideia de escrever um livro para a Sam do futuro, colocando anotações sobre seus feitos, sua rotina e tudo o que ela vem passando para que pudesse ler um dia e nunca se esquecer. São registros detalhados sobre seus sentimentos e experiências das quais nunca havia experimentado antes, mas a medida que a doença avança, manter tais lembranças pode ser uma tarefa muito mais difícil do que ela imaginou.

O livro é um sick-lit que traz uma protagonista acometida pela Niemann-Pick C (NP-C), uma doença degenerativa e fatal, que faz com que haja um acúmulo de colesterol ruim no fígado e no baço. Esse acúmulo causa obstruções no cérebro, o que interfere na cognição, na função motora, na memória, no metabolismo e no funcionamento do corpo humano de forma geral. É como se o corpo ficasse falhando e estivesse sendo desligado aos poucos, e os sintomas são terríveis e catastróficos, tanto pra quem sofre com a doença como para quem está ao redor dela...
O diferencial da história desse livro em comparação com outras do gênero é que Sam sabe as consequências da doença e pouco se importa com o que será de seu corpo, sua maior preocupação é não permitir que sua mente brilhante seja apagada. Logo o que fica bastante evidente não é o drama em si somente devido à doença, mas a força de vontade de Sam e sua forma racional de lidar com o inevitável. A doença é o que move a personagem, que faz com que ela recorra a alternativas para tentar não deixar que seus planos sejam destruídos, mas são suas escolhas e o seu modo de encarar as coisas que dão desenvolvimento à trama.
"Por que não posso definhar lentamente e andar por aí em uma cadeira de rodas automática, declamando meu brilhantismo por meio de uma caixa de voz computadorizada, como Stephen Hawking?"
- Pág. 17
A história é narrada em primeira pessoa e tem um ritmo bastante agradável. No começo não me simpatizei muito com Sam por ainda não ter formado uma opinião sobre ela, mas com o desenrolar das coisas a leitura se tornou mais fluída e pude me apegar mais aos personagens.
É a própria Sam quem escreve cada página desse diário composto por memórias e muitas vezes ela se refere a si mesma como "você", pois seria ela lendo tudo aquilo num futuro. É possível ainda conferir intervensões de outros personagens em alguns capítulos, pois devido a doença, Sam, às vezes, está em um estado de completa confusão, e suas crises são muito realistas e comoventes.
Eu me identifiquei com Sammie em diversos pontos: sua nerdice, sua paixão por livros e seu senso de humor recheado de ironia. A presença da família de Sam também é algo que enriquece a trama, e está alí para dar apoio e fazer diferença em sua vida, mostrando que a dinâmica familiar é importante e pode fazer com que a história tenha um algo a mais que valha a pena acompanhar.
"A vida não é só uma série de conquistas.
Eu me pergunto quantas noites de filme perdi para estudar ou debater ou só reclamar. Não quero perder mais nenhuma."
- Pág. 234
O único ponto do livro que não foi muito favorável pra mim, por questão de gosto pessoal, foi a construção de um "triângulo amoroso", que ao meu ver, foi desnecessário. Sammie se interessa por Stuart, um garoto fofo e que é escritor. Mas quando Cooper, um amigo de infância que havia se afastado, entra em cena as coisas soaram um pouco forçadas e até convenientes. Não vou me aprofundar nesse ponto para não dar spoilers, mas posso dizer que entre Stuart e Cooper, fico com Cooper, pois embora tenha sido apresentado como um maconheiro espertinho, ele é doce e realmente se importa com Sam tanto quanto a família dela.

Em suma, O Livro de Memórias é um livro incrível e realista, que aborda uma doença triste com uma sutileza ímpar, e nos deixa acompanhar uma Sam cheia de coragem rumo a um destino inevitável. É comovente e talvez vá arrancar algumas lágrimas ao fim, e pra quem gosta de histórias do tipo, é leitura mais do que recomendada.

Novidades de Agosto - Verus

18 de agosto de 2016

Amor Plus Size - Larissa Siriani
Maitê Passos é uma garota linda, de dezessete anos e mais de cem quilos. Ela passou a infância e a adolescência sendo resumida ao peso. Mas e quando é justamente esse o fator que pode mudar completamente a sua vida?
Em meio ao turbilhão do ensino médio, com uma mãe obcecada por dietas, um crush antigo por Alexandre, o cara mais gato da escola, e uma amizade deliciosa com Isaac, fotógrafo amador, Maitê vai descobrir que não precisa ser igual a todas as outras meninas para ser feliz.
Neste romance corajoso e cheio de reviravoltas, Larissa Siriani narra a história de uma jovem descobrindo seu lugar no mundo, construindo uma jornada incrível de autoconhecimento, aceitação e empoderamento.

Como Tatuagem - Walter Tierno
Artur é um cara rico, superficial e egoísta. Bonito e popular entre as mulheres, não tem o menor respeito por elas — sua vida amorosa se resume a colecionar parceiras na cama. Essa rotina de prazeres e privilégios é interrompida quando ele sofre um grave acidente de carro. Para ajudá-lo a se recuperar, sua mãe contrata a fisioterapeuta Lúcia.
Desde criança, Lúcia sofre o preconceito que persegue os portadores de vitiligo. Sua mãe sempre esteve presente para apoiá-la e fazê-la enfrentar os obstáculos que a vida lhe impõe. De temperamento doce, porém decidido, Lúcia tem uma consciência peculiar e aguda sobre o mundo. Mas, quando se vê sem o amparo materno, suas certezas desabam.
O encontro de duas pessoas tão diferentes vai gerar muito atrito, mas com o tempo Lúcia e Artur vão descobrir algumas das infinitas facetas do amor e, entre conquistas, medos, perdas e paixões, verão suas vidas transformadas para sempre.

O Garoto do Cachecol Vermelho - Ana Beatriz Brandão
Uma história comovente, recheada de drama, suspense e romance.
Melissa é uma garota linda, rica e mimada, que sempre consegue o que quer e tem todos na palma da mão. Ela acredita que a carreira de bailarina é a única coisa que realmente importa, porém suas certezas são abaladas quando faz uma aposta com um garoto misterioso, que parece ter como objetivo virar sua vida de cabeça para baixo. De repente, Melissa se vê dividida entre dois caminhos: realizar seu maior sonho, pelo qual batalhou a vida inteira, ou viver um grande amor. Mas, não importa aonde ela vá, todas as direções apontam para o garoto do cachecol vermelho... Com esta história intensa e apaixonante, Ana Beatriz Brandão vai emocionar e surpreender o leitor, provando que é uma jovem autora que tem muito a dizer.

O Diário Secreto - Não Abra! - Gusta Stockler
Gusta Stokler divide com os leitores algumas de suas experiências e visões de mundo, que podem ajudar as pessoas a ser mais felizes e a acreditar nos próprios sonhos. Este livro fala sobre sonhos, não os de padaria, mas tão gostosos quanto. Fala sobre a importância de descobrirmos nossos talentos secretos e nossos desejos mais ocultos. Nesta obra, Gusta Stockler fala sobre a importância de sonhar, mas também sobre se arriscar, ser criativo e se reinventar, e sobre os medos, a autocrítica e a falta de persistência que podem nos desviar do caminho. De maneira muito verdadeira, bem-humorada e despretensiosa, Gusta Stockler quer dividir com você um pouco da vivência dele sobre a arte de ouvir o coração e encontrar seu verdadeiro talento, incentivando você a perceber a importância de lutar e acreditar nos sonhos e, acima de tudo, persistir para alcançar uma vida feliz.

Suzy e as Águas-Vivas - Ali Benjamin
Às vezes, quando nos sentimos mais solitários, o mundo decide se abrir de formas mágicas.
Suzy Swanson está quase certa do real motivo da morte de Franny Jackson. Todos dizem que não há como ter certeza, que algumas coisas simplesmente acontecem. Mas Suzy sabe que deve haver uma explicação — uma explicação científica — para que Franny tenha se afogado.
Assombrada pela perda de sua ex-melhor amiga — e pelo momento final e terrível entre elas —, Suzy se refugia no mundo silencioso de sua imaginação. Convencida de que a morte de Franny foi causada pela ferroada de uma água-viva, ela cria um plano para provar a verdade, mesmo que isso signifique viajar ao outro lado do mundo... sozinha. Enquanto se prepara, Suzy descobre coisas surpreendentes sobre o universo — e encontra amor e esperança bem mais perto do que ela imaginava.
Este romance dolorosamente sensível explora o momento crucial na vida de cada um de nós, quando percebemos pela primeira vez que nem todas as histórias têm final feliz... mas que novas aventuras estão esperando para florescer, às vezes bem à nossa frente.

Maio - A Garota do Calendário #5 - Audrey Carlan
O quinto volume do fenômeno editorial nos Estados Unidos, com mais de 3 milhões de cópias vendidas Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser... Em maio, Mia vai trabalhar como modelo no Havaí, onde conhecerá Tai, um dos homens mais impressionantes que ela já viu. Com ele, Mia vai descobrir que o prazer não tem limites — e que ela deve aproveitar absolutamente tudo o que a vida tem a oferecer.

Junho - A Garota do Calendário #6 - Audrey Carlan
O sexto volume do fenômeno editorial nos Estados Unidos, com mais de 3 milhões de cópias vendidas Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser... Mia vai passar o mês de junho em Washington com Warren, um coroa rico que precisa de uma mulher a seu lado para tratar com políticos e investidores. O acordo entre eles não envolve sexo — já com Aaron, o filho de seu cliente, Mia não pode garantir.

Os Reis do Bourbon - J. R. Ward

Título: Os Reis do Bourbon - Os Reis do Bourbon #1
Autora: J. R. Ward
Editora: Universo dos Livros
Gênero: Romance
Ano: 2016
Páginas: 432
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Por gerações, a família Bradford foi coroada como magnata da capital mundial da produção de bourbon, no Estado norte-americano de Kentucky. A fortuna permanente lhes proporcionou prestígio e privilégios bem como a divisão de classes, conseguida a duras penas, na vasta propriedade familiar, a Easterly. No topo dela, há uma dinastia que, para todos os efeitos, joga de acordo com as regras da boa sorte e do bom gosto. Na base, os empregados que trabalham sem parar para manter impecável a fachada dos Bradford. E nunca os dois lados deverão se encontrar.
Para Lizzie King, a jardineira-chefe, cruzar essa fronteira quase arruinou sua vida. Apaixonar-se por Tulane, o filho pródigo da dinastia do bourbon, não foi o que pretendia, nem o que desejava, e o rompimento amargo só provou que seus instintos estavam certos. Agora, após dois anos de afastamento, Tulane finalmente retorna para casa, e traz consigo o passado. Ninguém sairá ileso: nem a bela e insensível esposa de Tulane; nem seu irmão mais velho, cuja amargura e rancor desconhecem limites; tampouco e especialmente o patriarca, um homem de pouca moral, ainda menos escrúpulos e muitos, muitos segredos terríveis.
Enquanto as tensões familiares profissionais e particulares florescem, Easterly e todos os seus habitantes serão lançados nos domínios de uma transformação irrevogável, e somente os fortes sobreviverão. 

Resenha: Os Reis do Bourbon é o primeiro volume da série homônima da autora J.R. Ward, a mesma da Irmandade da Adaga Negra.

A história gira em torno da prestigiosa e tradicional família Bradford, conhecida pela produção de um famoso e requintado bourbon. Mas, como acontece em toda família aristocrática e de alta classe, por trás da fachada daquela família glamourosa e perfeita há muita sujeira... Desde mentiras até mortes...
Em meio aos herdeiros dessa família, vamos acompanhar a história de Tulane e seu amor proibido por Lizzie, a jardineira-chefe que trabalha na propriedade dos Bradford e que nunca deveria ter cruzado os limites a ponto de se aproximar de algum membro dessa dinastia do bourbon.
Diante dos problemas que a família enfrenta e a falta de moral de cada um deles, Lane, que havia fugido da família a ponto de perder seu amor, volta pra casa depois de ter morado em Nova York por dois anos, e com ele traz o passado de volta... Ele, então, vê alí uma oportunidade para não só desvendar os mistérios que envolvem sua família e tentar salvar o império que construíram, mas também reconquistar aquela que foi e sempre será seu grande amor... Mas Lizzie levou algum tempo até conseguir se recuperar após ter perdido Lane, e, sabendo que esse amor sempre foi e sempre será algo proibido, será que ela vai dar a ele uma chance de reparar o passado?

É difícil escrever uma resenha de uma trama complexa onde várias coisas estão acontecendo ao mesmo tempo, e com vários personagens cheio de particularidades sem que haja spoilers, mas posso adiantar que os dramas que são abordados aparecem de várias formas, desde casamentos arranjados, problemas financeiros, violência, segredos que envolvem uma real paternidade, assassinatos ou suicídios e, claro, o amor...

Narrado em terceira pessoa e através de uma narrativa bastante detalhista, vamos acompanhando a revelação gradual dos segredos que os Bradford escondem, assim como o desenvolvimento e a retomada do possível romance entre os personagens principais.

As subtramas se entrelaçam com a trama principal quando as histórias dos vários filhos da família começam a vir à tona, assim como o romance que cada um deles vive, e a história de Lane e Lizzie, obviamente, é afetada por todos esses acontecimentos.

Embora o foco esteja em Tulane, a autora dá voz aos demais personagens da família os apresentando aos poucos e revelando suas personalidades para que o leitor já fique familiarizado e saiba da importância de cada um deles, e isso pra mim foi um ponto positivo pois já nos adianta o que está por vir além de deixar a história mais completa. São personagens para se admirar, mas também para se odiar eternamente...
Os personagens secundários são importantes para a trama de forma geral, mas para não extender a resenha além do necessário, já que são muitos e falar de cada um deles deixaria a resenha gigantesca, acho melhor opinar somene sobre os principais e deixar os demais para a resenha dos próximos livros quando o foco estiver nestes personagens...

Lizzie é uma mulher que trabalha duro e é bastante independente e determinada no que faz. Ela ficou ressentida por seu relacionamento proibido com Lane ter acabado de forma tão bruca, mas ela engoliu o orgulho e seguiu em frente, trabalhando e sendo reconhecida como uma das funcionárias mais valiosas para a família. E enquanto isso, Lane, que quando fugiu resolveu afogar as mágoas em bebida e jogos de azar, se mostra diferente quando volta e decide que não vai deixar que seu amor lhe escape outra vez, mesmo que sua situação atual não seja favorável para que ele embarque em um romance. Então ele precisa resolver sua vida e convencer Lizzie de que pode confiar nele outra vez.

Em suma, Os Reis do Bourbon é um livro recheado de segredos e mistérios, que traz escãndalos e reviravoltas numa trama bem construída e que envolve o leitor da primeira até a última página.


Dorothy tem que Morrer - Danielle Paige

17 de agosto de 2016

Título: Dorothy tem que Morrer - Dorothy Must Die #1
Autora: Danielle Paige
Tradutora: Cláudia Mello Belhassof
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Gênero: Fantasia/Jovem Adulto/Releitura
Ano: 2016
Páginas: 384
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Quando toda a sua vida é levada por um tornado – incluindo você –, não há escolha a não ser continuar, certo? Claro que eu li os livros. Assisti aos filmes. Conheço a música sobre o arco-íris. Mas nunca imaginei que Oz fosse assim. Um lugar onde Bruxas Boas não são confiáveis, Bruxas Más talvez sejam boazinhas e macacos alados são executados por atos de rebelião. Ainda há uma estrada de tijolos amarelos, mas até isso está se desfazendo. O motivo? Dorothy. Dizem que ela retornou a Oz. Dizem que ela tomou o poder. E agora ninguém está seguro... Meu nome é Amy Gumm...Eu sou a outra garota do Kansas. Fui recrutada pela Ordem Revolucionária dos Malvados. Fui treinada para lutar.
Resenha: E se o mundo de O Mágico de Oz fosse totalmente transformado, não sendo mais aquele que todos previamente conhecem? Em Dorothy tem que morrer, estreia de Danielle Paige, há uma nova roupagem para a famosa história de L. Frank Baum. Amy, uma jovem garota do Kansas - assim como Dorothy -, vive uma vida normal até que um tornado suga ela  o trailer em que  vive com sua mãe, levando-a diretamente para Oz. Porém, o que ela encontra ali é diferente: toda a magia do lugar está sendo drenada por Dorothy, que deixou de ser aquela garota boa tornando-se má e sedenta por poder. Todos ali a temem e há pouca esperança de mudanças. Com a chegada de Amy, essa situação tende a mudar, já que é dada a ela a missão de assassinar a tirana. Em um reconto de um clássico americano infantil, o livro de estreia de Paige, que figurou nos mais vendidos do The New York Times, é uma verdadeira aventura pelo desconhecido e invertido mundo de Oz.

Antes de iniciar essa resenha, foi necessária uma breve pesquisa sobre a história original. Sim, eu pouco a conhecia. Assim como a autora, que nos agradecimentos deixa claro seu apoio de um editor que a ajudou muito com a construção da vilã Dorothy, precisei procurar informações suficientes para me ambientar na trama.

O início conta com uma rápida introdução a Amy e sua pacata vida que mudou drasticamente com o divórcio dos pais. A menina é jovem e não tem a situação mais feliz para alguém da idade dela. Com sua mudança abrupta para Oz, situações difíceis surgem e exigem uma nova Amy, e ela dá vida a essa outra parte de si mesma. A garota usa muito do raciocínio lógico e pensa muito antes de fazer algo. Ela é mais razão do que emoção. Só faltou um pouco mais de fibra e decisões próprias. Apesar de toda ação e técnicas que ela aprendeu com as bruxas, faltou mais questionamento e menos assentimento. É estranha a forma como dizem que ela vai ser responsável pela morte de Dorothy mas a jovem nem mesmo insiste em saber o motivo.

Os demais personagens, da Ordem dos Malvados, são tratados de maneira rasa. Sendo toda história narrada por Amy, Nox e as bruxas que tentam tirar Oz do poder de Dorothy são pontos de interrogação. Não foi possível criar um conceito profundo sobre nenhum deles, pois os mesmos não se mostraram para a garota. Amy se sentiu numa linha tênue entre o confiar e não confiar neles. Acho que isso, apesar de não ser o melhor jeito de iniciar uma série para mim, deixa no ar uma curiosidade. O mistério que envolve esse clã que quer trazer paz à Oz intriga e deixa a porta aberta para grandes revelações nos volumes sequentes.  Quanto a personagem que dá nome ao livro, ela é uma vilã diferente. Por não conhecer a obra de L. Frank Baum, não posso comparar a personalidade dela entre a original e esta releitura. A certeza é que aqui ela tem uma tirania implacável e é cruel com todos que atravessam seu caminho, mas tudo se revela meio inconclusivo porque há muita infantilidade em seu comportamento. Tudo é fundamentado apenas numa sede de magia, como se isso fosse viciante e ponto. E o que mais? Acredito que suas ações não a caracterizam como antagonista tão malvada como premeditei, mas como uma garota mimada que mata quem a incomoda. E juntamente dela, temos o Leão, o Espantalho, e o Homem de Lata. Eles, além novas características físicas, que são muito peculiares, tiveram suas essências invertidas em relação ao enredo original.

Dorothy tem que morrer é uma boa releitura para uma história tão conhecida. O livro cumpre seu papel: introdução. Há ação, magia, e mistério. Danielle Paige reuniu elementos que são atraentes para o publico juvenil e os colocou numa história já famosa, o que pode ter sido um bom gancho para o sucesso. Apesar de tudo, o desenvolvimento não foi dos mais fortes, mas mesmo assim satisfatório. O que deveria ser o frisson do livro, no final, não passa de uma cena comum sem grande emoção, o que faz surgir uma cobrança para algo melhor em sua continuação. A autora teve em mãos um enredo perfeito para a construção de uma aventura sem igual, mas houve algumas falhas. Com a ausência de um epílogo e um final totalmente aberto, fica a espera para continuar acompanhando a saga de Amy e descobrir o que The Wicked Will Rise trará.