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Novidade de Agosto - Suma de Letras

17 de agosto de 2017

Deuses Renascidos - Arquivo Têmis #2 - Sylvain Neuvel

Ainda criança, Rose fez uma descoberta inacreditável: uma gigantesca mão de metal, escondida nas profundezas da Terra. Já adulta, ela dedicou sua brilhante carreira científi ca a resolver os mistérios que envolviam o artefato. Por que um robô gigante de origem desconhecida estava enterrado em pedaços ao redor do mundo? Anos de investigação renderam respostas intrigantes e perguntas ainda mais complexas. Mas a verdade está mais perto do que nunca, agora que um segundo robô, mais titânico que o primeiro, se materializou na Terra. E, quando outras máquinas colossais pousam no planeta, a humanidade vive seu pior pesadelo. Rose e seu time do Corpo de Defesa da Terra tentam impedir a invasão. É possível virar o jogo, se conseguirem desvendar os últimos segredos de uma avançada tecnologia alienígena. A arma mais poderosa da humanidade é seu conhecimento - e esta é uma batalha de vida ou morte pelo controle da Terra... e talvez até das estrelas.

Novidades de Julho - Suma de Letras

9 de julho de 2017

O Prisioneiro do Céu - O Cemitério dos Livros Esquecidos #3 - Carlos Ruiz Zafón

Barcelona, 1957. É natal e os clientes são escassos na livraria Sempere & Filhos; as contas vêm se acumulando. É quando um homem com mão de porcelana visita a loja e compra o item mais caro: um exemplar raríssimo de O conde de Monte Cristo, onde deixa a dedicatória "Para Fermín Romero de Torres, que retornou de entre os mortos e tem a chave do futuro". Este é o ponto de partida para que conheçamos mais da história de Fermín, incluindo seus anos no Castelo Montjuic, a prisão do governo Franco, na época gerenciada pelo nefasto Mauricio Valls. Com medo de que um segredo enterrado há vinte anos finalmente viesse à tona, ele narra a Daniel suas tentativas de fuga da prisão, junto a um companheiro de cárcere. O prisioneiro do céu é uma história sobre prisão, tortura, inveja, traição e assassinato, em que as tramas de A sombra do vento e O jogo do anjo convergem para a resolução do enigma escondido no coração do Cemitério dos livros esquecidos.

Sempre Vivemos no Castelo - Shirley Jackson

Morando na casa da família Blackwood com Constance, a irmã mais velha, e o tio Julian, Merricat só quer manter o delicado equilíbrio conquistado pelos três. Mas, desde que Constance foi acusada de assassinar o restante da família, ninguém deixa os Blackwood em paz. Quando o primo Charles chega à cidade, tentando fazer amizade com Constance e despedaçar tudo o que Merricat conquistou, ela entende que precisa fazer o possível para proteger o que sobrou de sua família - e isso pode levar a atitudes inesperadas. Com um humor macabro, Sempre vivemos no castelo conta a história deliciosamente sombria de Constance e Merricat Blackwood, uma das maiores anti-heroínas da literatura americana.

A Hora do Lobisomem - Stephen King

O primeiro grito veio de um trabalhador da ferrovia isolado pela neve, enquanto as presas do monstro dilaceravam sua garganta. No mês seguinte, um grito de êxtase e agonia vem de uma mulher atacada no próprio quarto. Agora, a cada vez que a lua cheia brilha sobre a cidade de Tarker's Mill, surgem novas cenas de terror inimaginável. Quem será o próximo? Quando a lua cresce no céu, um terror paralisante toma os moradores da cidade. Uivos quase humanos ecoam no vento. E por todo lado as pegadas de um monstro cuja fome nunca é saciada. Um clássico de Stephen King, com as ilustrações originais de Bernie Wrightson.

Novidade de Maio - Suma de Letras

20 de maio de 2017

A Zona Morta - Stephen King

Depois de quatro anos e meio, John Smith acorda de um coma causado por um acidente de carro. Junto com a consciência, o que John traz do limbo onde esteve são poderes inexplicáveis. O passado, o presente, o futuro - nada está fora de alcance. O resto do mundo parece considerar seus poderes um dom, mas John está cada vez mais convencido de que são uma maldição. Basta um toque e ele vê mais sobre as pessoas do que jamais desejou. Ele não pediu por isso e, no entanto, não pode se livrar das visões. Então o que fazer quando, ao apertar a mão de um político em início de carreira, John prevê o que parece ser o fim do mundo?

Novidade de Abril - Suma de Letras

11 de abril de 2017

Como ser um Gamer Profissional - Mike Diver e FNATIC

Assistido por milhões e adorado pelos melhores gamers profissionais do mundo, League of Legends é muito mais do que apenas um jogo. A equipe Fnatic tem competido em League of Legends desde o princípio dos eSports. Em Como se tornar um gamer profissional, o time guia o leitor pelos bastidores da vida dos competidores de elite e para dentro do universo dos games competitivos. Você vai encontrar dicas para melhorar suas estratégias de jogo, seu trabalho em equipe e sua concentração. Absorvendo os conhecimentos e a experiência desses jogadores, é uma questão de tempo até que você também seja um campeão mundial. Conheça um pouco da história dos eSports e da criação da Fnatic, que é hoje um dos maiores e melhores times do circuito de League of Legends. Pegue dicas com jogadores de elite que já conquistaram o mundo dos games e entraram para a história das competições profissionais! Está preparado?

Novidade de Fevereiro - Suma de Letras

11 de fevereiro de 2017

A Rainha de Tearling - A Rainha de Tearling #1 - Erika Johansen

Quando a rainha Elyssa morre, a princesa Kelsea é levada para um esconderijo, onde é criada em uma cabana isolada, longe das confusões políticas e da história infeliz de Tearling, o reino que está destinada a governar. Dezenove anos depois, os membros remanescentes da Guarda da Rainha aparecem para levar a princesa de volta ao trono – mas o que Kelsea descobre ao chegar é que a fortaleza real está cercada de inimigos e nobres corruptos que adorariam vê-la morta. Mesmo sendo a rainha de direito e estando de posse da safira Tear – uma joia de imenso poder –, Kelsea nunca se sentiu mais insegura e despreparada para governar. Em seu desespero para conseguir justiça para um povo oprimido há décadas, ela desperta a fúria da Rainha Vermelha, uma poderosa feiticeira que comanda o reino vizinho, Mortmesne. Mas Kelsea é determinada e se torna cada dia mais experiente em navegar as políticas perigosas da corte. Sua jornada para salvar o reino e se tornar a rainha que deseja ser está apenas começando. Muitos mistérios, intrigas e batalhas virão antes que seu governo se torne uma lenda... ou uma tragédia.

Cujo - Stephen King

14 de janeiro de 2017

Título: Cujo
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Gênero: Suspense
Ano: 2016
Páginas: 376
Nota:★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Frank Dodd está morto e a cidade de Castle Rock pode ficar em paz novamente. O serial-killer que aterrorizou o local por anos agora é apenas uma lenda urbana, usada para assustar criancinhas. Exceto para Tad Trenton, para quem Dodd é tudo, menos uma lenda. O espírito do assassino o observa da porta entreaberta do closet, todas as noites. Você pode me sentir mais perto… cada vez mais perto. Nos limites da cidade, Cujo – um são Bernardo de noventa quilos, que pertence à família Camber – se distrai perseguindo um coelho para dentro de um buraco, onde é mordido por um morcego raivoso. A transformação de Cujo, como ele incorpora o pior pesado de Tad Trenton e de sua mãe e como destrói a vida de todos a sua volta é o que faz deste um dos livros mais assustadores e emocionantes de Stephen King.

Resenha: Cujo foi publicado originalmente em 1981 nos Estados Unidos e teve uma adaptação cinematográfica lançada em 1983. Na história, um São Bernardo dócil, que dá nome ao livro, é o protagonista. Essa amabilidade termina quando o cão é mordido por um morcego e contrai o vírus da raiva. Intercalando entre os pensamentos do cachorro e dilemas pessoais dos personagens, Cujo é uma trama cheia de tensão e com um enrendo muito original e diferente. A jornada do cachorro e seu dono Brett na pequena Castle Rock vale cada página lida.

A sinopse por si só já é peculiar o bastante para despertar a atenção do leitor: um cachorro raivoso que vira o terror de uma pequena cidade no Maine. Além desse curioso protagonista, Cujo traz ótimos personagens que complementam a trama com seus dilemas. Donna é uma dona de casa, mãe de um garoto de cinco anos, Tad, e vive com seu marido, Vic, num bairro de classe média. Charity, mãe de Brett, é casada com James, um homem carrancudo que não a trata com devido respeito. Essas duas famílias têm seus problemas e questão desenvolvidas de maneira exemplar por King ao longo da trama, uma vez que suas vidas se entrelaçam por causa de Cujo. Assim como em outros livros, Stephen cria em cada pessoa fictícia a personificação de alguém muito real. De um modo ou de outro, é fácil se identificar com a perspectiva de encarar certos problemas da vida do modo que os personagens fazem.

Esperar normalidade dos livros do autor é algo que não deve acontecer. Ele tem certas fórmulas ao construir uma história e isso é muito interessante. Há uma boa dosagem de suspense em Cujo, mas não o terror propriamente dito. A sinopse dá a ideia de que o cão colocará pânico em toda uma cidade, mas não é bem isso que acontece. O filme é muito caricato, enquanto obra literária consegue passar uma tensão enorme e os acontecimentos suscetivos dão um gás na trama, despertando a curiosidade para saber quem será a próxima vítima do São Bernardo. A narrativa tem o ponto de vista do cachorro, e a raiva traz a ele sentimentos muito conflituosos. É a partir daí que se cria toda expectativa para saber qual será o próximo passo dele.

Além de todos os pontos positivos e da excelência como King constrói tudo que escreve, há pequenas ressalvas quanto ao desenvolvimento e coerência de alguns fatos. Muito do que ocorre na trama parece "cômodo" demais, como se, por exemplo, a mocinha quebrasse o tornozelo ao correr do vilão. Apesar de toda a maestria do autor, isso é algo que incomoda. Ao terminar a leitura, resta a sensação de que alguns desfechos e acontecimentos poderiam ter sido diferentes de modo a tornar o livro mais crível.

Cujo tem uma história muito empolgante, com um final que surpreende e tem uma pequena moral. Os personagens são muito reais e seus dilemas são compreensíveis e podem se conectar a uma situação real da vida de cada leitor. O protagonista que dá nome ao livro, sem dúvidas, está entre um dos mais originais que se poderia ter em um livro. Excluindo alguns fatos que ficam inconcluídos ao fim da história e fogem um pouquinho do aceitável, Cujo é capaz de levar quem lê ao universo de Castle Rock sem sair de lá até descobrir o que o destino, ou melhor, Stephen King, reserva para o São Bernardo.

Novamente Você - Juliana Parrini

22 de dezembro de 2016

Título: Novamente Você
Autora: Juliana Parrini
Editora: Suma de Letras
Gênero: Romance/Literatura Nacional
Ano: 2016
Páginas: 362
Nota:★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Miah Madsen precisa voltar para o lugar que fez questão de esquecer por doze anos e encarar sua família, seus amigos e, inclusive, seu ex-marido. Tudo o que ela não queria era ser novamente a Maria Rita. Mas, ao colocar os pés naquela ilha, ela percebe que aquele lugar seria o seu maior pesadelo. Porém, essa era a sua única opção.
Leonardo Júnior ou Léo, como é chamado por todos, era um caiçara típico que foi abandonado pela esposa de um dia para o outro. Porém, em vez de se entregar ao sofrimento, ele descontou sua mágoa e sua decepção no trabalho árduo, sendo recompensado com o sucesso. Léo se tornou um empresário bem-sucedido, dono da melhor pousada de Ilha Grande, o lugar onde nasceu. O que ele não imaginava é que Maria Rita, sua ex-esposa, voltaria e faria seus alicerces balançarem novamente.
Será que podemos nos apaixonar novamente pela mesma pessoa após tantos anos? Afinal, uma mágoa pode mesmo durar para sempre?

Resenha: Maria Rita agora é Miah, uma moça do interior do Rio de Janeiro que aos 20 anos, e de forma inesperada, abandonou o marido, as irmãs e seus pais para morar em outro país e fugir da vida simples que o destino lhe reservava. Doze anos depois e da mesma maneira repentina que ela os deixou, ela retornou à Ilha Grande, contudo ali nada permanecera igual como ela imaginou, Leonardo Júnior utilizou a dor da separação para superar Maria Rita através de seu trabalho. Agora, ele não é apenas um simples pescador, mas dono da maior frota pesqueira da região, como proprietário da pousada local.
Por que ela voltou agora, doze anos depois, sem avisar? Como e por que esse abandono despedaçou sua família e seu relacionamento com as irmãs? Essas são algumas das perguntas que o leitor se faz e vê respondidas ao logo da leitura.

Através de uma narrativa simples, leve e despretensiosa, a autora constrói mais uma doce história de amor. Com um começo meio arrastado e uma personagem estremamente irritante, Novamente Você desenvolveu uma trama que discorre de maneira crescente, e capítulo a capítulo o leitor vai se ambientando e se simpatizando mais com os personagens. Minha paixão pelo enredo e pela narrativa não foi instantânea como aconteceu com o livro de estréia da autora, contudo, confesso que um capítulo me levou a outro e esse a mais um e assim por diante até a última página, a qual virei já com saudades.

Se a intenção era transformar Miah no ser humano mais arrogante e no protagonista mais antagonista possível, a missão está completa. Foi difícil para mim me envolver com as dores da personagem, de forma que demorei a acreditar no casal e torcer por eles. Leonardo é tão bom moço, bom tio e bom amigo que me peguei várias vezes desacreditando um pouco já que o rapaz ficou desiludido por ter sido abandonado e quando ela voltou ele já estava balançado outra vez como se nada tivesse ocorrido.

É uma trama cuja história da protagonista vai sendo revelada aos poucos, contando com pontos altos e baixos, recheados de sentimentalismo, abordando os relacionamentos familiares e amorosos e algumas descobertas são de partir o coração, mas em contrapartida também nos deparamos com cenas bem humoradas e torcemos para que todos se entendam no final de tudo.

Pra quem procura por uma história que cativa com o passar das páginas e que encanta não só pelo romance, mas também pelo belo cenário, recomendo!

Nós Dois - Andy Jones

7 de dezembro de 2016

Título: Nós Dois
Autora: Andy Jones
Editora: Suma de Letras
Gênero: Romance
Ano: 2016
Páginas: 288
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Durante dezenove dias, Fisher e Ivy vivem uma relação idílica e são praticamente inseparáveis. É claro que os dois sabem que estão destinados a ficar juntos para sempre, e o fato de se conhecerem tão pouco é apenas um detalhe. Nos doze meses seguintes, período em que suas vidas mudam radicalmente, Fisher e Ivy percebem que se apaixonar é uma coisa, mas manter uma relação é algo completamente diferente. ''Nós dois'' é um romance honesto e emocionante sobre a vida, o amor e a importância de dar valor a ambos.

Resenha: Fisher e Ivy acabaram de se conhecer e resistir a intensidade daquela paixão foi impossível. Durante dezenove dias eles são consumidos pelos impulsos desse novo relacionamento e, mesmo que não se conheçam tão bem assim, acreditam que esse tempo foi suficiente para terem certeza de que são almas gêmeas e estão destinados um ao outro pra sempre. A forma como tudo começou não tinha importância, mas sim o presente, os momentos que vivem juntos, o que sentem um pelo outro. Mas com o passar do tempo, Fisher e Ivy percebem que se apaixonar é muito fácil mas manter um relacionamento vai além do que eles imaginaram inicialmente...

Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Fisher, vamos acompanhando os momentos que vem depois do casal ter se envolvido, mostrando os detalhes do que acontece quando são tocados pelo amor. O livro funciona como uma abordagem à rotina conturbada de um casal, descrevendo os sentimentos que envolvem preocupações e inseguranças diante dos problemas que os relacionamentos estão sujeitos a enfrentar, deixando claro que não é possível viver de amor e que pra enfrentar as dificuldades é preciso olhar além para que os obstáculos impostos pela vida possam ser superados com sabedoria e paciência.

Confesso não ter sentido muita simpatia por Ivy ou Fisher, mesmo que eu saiba que muitos casais são como eles. Com o passar do tempo a convivência passa a fazer parte da rotina, logo é difícil manter as chamas daquela paixão arrebatadora acesas, mesmo que o amor não tenha acabado.
Ivy é controladora, impulsiva e insuportável, e ter a personalidade forte não é nenhum elogio quando o assunto é ela. Fica claro que o relacionamento não é nada saudável e muito menos equilibrado devido as coisas que ela faz e fala e acompanhar Fisher se submetendo a esses caprichos me fez querer sacudí-lo feito um boneco pra ver se ele acorda pra vida e se dê o devido valor. Por mais que ela o trate mal, Fisher idolatra essa mulher mais do que tudo como se ela fosse perfeita, e talvez isso seja um impulso pra ela continuar agindo feito uma maluca, mostrando que ainda falta a eles percorrer um caminho muito longo para amadurecerem e fazerem a coisa realmente dar certo como deveria.
Paralelamente a história principal, acompanhamos a subtrama envolvendo Phil e El, um casal homossexual que enfrenta um drama bastante delicado. El enfrenta uma doença terminal mas o amor incondicional que eles nutrem um pelo outro se torna um exemplo muito bonito e inspira os protagonistas a levarem aquilo pra eles mesmos. Enquanto Phil e El são marcados pelo fim de um relacionamento (mesmo que de forma trágica e muito triste), Fisher e Ivy mostram o início, e esse contraste acabou dando à trama um ar bastante original à história, evidenciando os altos e baixos de relacionamentos em geral e seus inevitáveis fins, independente de como venham.
Os demais personagens secundários deram um tom de muito bom humor à trama e mostram que as pessoas que fazem parte da vida de um casal interferem ou influenciam em determinadas escolhas que são feitas.

Nós Dois teve um efeito nostálgico em mim, me fazendo recordar de alguns relacionamentos (mesmo que eu tenha tido poucos até então) e suas fases boas e ruins. Ele retrata a vida a dois de forma honesta, sincera e realista, e mostra como esse sentimento tão forte que é o amor é capaz de transformar pessoas, seja para uní-las, para colocar suas vidas de cabeça pra baixo ou para realçar suas imperfeições que acabaram fazendo dessa história algo bonito e verdadeiro.

Último Turno - Stephen King

4 de dezembro de 2016

Título: Último Turno - Bill Hodges #3
Autora: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Gênero: Suspense/Policial
Ano: 2016
Páginas: 384
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Brady Hartsfield, o diabólico Assassino do Mercedes, está há cinco anos em estado vegetativo em uma clínica de traumatismo cerebral. Segundo os médicos, qualquer coisa perto de uma recuperação completa é improvável. Mas sob o olhar fixo e a imobilidade, Brady está acordado, e possui agora poderes capazes de criar o caos sem que sequer precise deixar a cama de hospital. O detetive aposentado Bill Hodges agora trabalha em uma agência de investigação com Holly Gibney, a mulher que desferiu o golpe em Brady. Quando os dois são chamados a uma cena de suicídio que tem ligação com o Massacre do Mercedes, logo se veem envolvidos no que pode ser seu caso mais perigoso até então. Brady está de volta e, desta vez, não planeja se vingar apenas de seus inimigos, mas atingir toda uma cidade.
Em Último turno, Stephen King leva a trilogia a uma conclusão sublime e aterrorizante, combinando a narrativa policial de Mr. Mercedes e Achados e perdidos com o suspense sobrenatural que é sua marca registrada.

Resenha: Último Turno, o terceiro volume da trilogia Bill Hodges, encerra a trajetória do detetive Kermit e seus amigos Holly e Jerome, que se iniciou em Mr Mercedes, na caçada pelo serial killer Brady Hartsfield. Achados e Perdidos, o segundo livro, mostrou uma história que não tinha o foco totalmente no assassino da Mercedes, mas funcionou como um pontapé de transição para o que viria no final. Neste desfecho, que tem o toque sobrenatural característico de King, o autor fecha a série com maestria e mais uma vez reafirma o porquê de ser o Rei do Terror.

No encerramento do volume anterior, ficou a certeza de que Último Turno viria com um pouco de sobrenatural, o que contraria a ideia de que a trilogia é inteiramente policial. A trama se desenrola de uma maneira que se torna crível e aceitável como sobrenaturalidade é inserida, apesar das reações dos personagens serem muito brandas quanto a isso. Em nota, King deixou explicado seu embasamento para aliar o tema suicídio com o sobrenatural. Este é, infelizmente, um problema real e que deve ser discutido.

Brady, o grande assassino do City Center, é a grande estrela de tudo. É até injusto com Hodges, que dá nome para a trilogia, não ser considerado o centro das atenções. Hartsfield, que passou um tempo em estado vegetativo no quarto 217, despertou e quer vingança. Mais uma vez, mantendo a personalidade afiada e malvada do personagem, o autor mostrou, no tempo que Brady apareceu, como ele merece todo mérito por tornar Último Turno o livro bom que é. Além da inteligência e humor mordaz, os pensamentos do vilão podem despertar tanto medo como humor de quem lê. É bom ver como um antagonista como ele consegue ser perverso e mesmo assim angariar certa simpatia por ser como é.

Já Bill, Holly e Jerome, que em suma poderiam ser acréscimos significativos para a trama, não têm um brilho muito grande. Hodges, que é acometido por um grande problema pessoal, passa boa parte da história se lamentando e se sentindo inseguro. Jerome, em sua pequena aparição, serve apenas como um “complemento” no que é necessário, como ajudar o detetive a ir atrás de Brady. Holly, antes instável e cheia de problemas emocionais, se mostrou uma mulher mais decidida e sua perspicácia é admirável. Entretanto, o trio não serve para engrandecer a trama; isso se dá devido a outros fatores, como o desenvolvimento do enredo e antagonista.

A narrativa é dividida em partes com títulos e em cada uma delas há uma situação diferente, que acontecem paralelamente para contribuir para o ato final. O ritmo acelerado da narração aliada a uma estrutura muito bem executada, em que cada capítulo é bem curto e traz sempre um acontecimento interessante que cria bons ganchos, contribuem para aguçar a curiosidade do leitor. Stephen trabalha de uma forma bem particular a personalidade de cada componente da trama e, como o livro tem retratos sobre suicídio, como o fascínio do próprio Brady, todos os pequenos trechos que não estão focados nos protagonistas são bem aproveitáveis e inseridos no momento certo.

Último Turno encerra a trilogia deixando uma missão cumprida. A estreia de King no universo policial foi feita com o pé direito, trazendo uma trama muito bem desenvolvida e um antagonista capaz de deixar saudades no leitor. O final, que é mostrado de uma forma um pouco rápida, deixa a sensação que faltou um trabalho maior no grand finale, já que o livro todo teve um nível altíssimo de tensão. As situações impostas aos personagens no fim são complexas demais para terem sido resolvidas tão facilmente. Porém, o que mais vale nas histórias de Stephen King são as viagens pelas quais elas nos levam, não importando o destino final.

O Cisne e o Chacal - J.A. Redmerski

21 de novembro de 2016

Título: O Cisne e o Chacal - Na Companhia de Assassinos #3
Autora: J.A. Redmerski
Editora: Suma de Letras
Gênero: Romance/Suspense/Thriller
Ano: 2016
Páginas: 248
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Fredrik Gustavsson nunca considerou a possibilidade de se apaixonar - certamente nenhuma mulher entenderia seu estilo de vida sombrio e sangrento. Até que encontra Seraphina, uma mulher tão perversa e sedenta de sangue quanto ele. Eles passam dois anos juntos, em uma relação obscura e cheia de luxúria. Então Seraphina desaparece.
Seis anos depois, Fredrik ainda tenta descobrir onde está a mulher que virou seu mundo de cabeça para baixo. Quando está próximo de descobrir seu paradeiro, ele conhece Cassia, a única pessoa capaz de lhe dar a informação que tanto deseja. Mas Cassia está ferida após escapar de um incêndio, e não se lembra de nada. Fredrik não tem escolha a não ser manter a mulher por perto, porém, depois de um ano convivendo com seu jeito delicado e piedoso, ele se descobre em uma batalha interna entre o que sente por Seraphina e o que sente por Cassia. Porque ele sabe que, para manter o amor de uma, a outra deve morrer. 

Resenha: O Cisne e o Chacal é o terceiro volume da série Na companhia de Assassinos, escrita pela autora J.A. Redmerski e publicado no Brasil pela Suma de Letras.

Pra quem acompanhou os livros anteriores, com certeza ficou intrigado com Fredrik Gustavsson, o "interrogador" que torturava e matava suas vítimas a sangue frio e sem remorso algum. A ideia de ele ter tido um relacionamento e um passado diferente do presente em que vive me deixou muito curiosa acerca de sua história, assim como sua esposa "desaparecida", Seraphina, que conseguia ser ainda mais perversa e sanguinária do que Fredrik.
Seis anos se passaram desde a traição e o sumiço dela, e Fredrik ainda tenta encontrá-la por acreditar que ambos ainda possuem assuntos inacabados, mas próximo de descobrir o que buscava, ele conhece Cassia, uma mulher que parece ser a única capaz de lhe dar as informações das quais precisa. Cassia parece saber sobre Seraphina mas, devido a amnésia que sofre, não se lembra qual é a conexão que tem com ela nem nada sobre seu passado. Por isso Fredrik a mantém prisioneira há um ano, na esperança de que ela, um dia, recupere a memória e lhe diga o que ele quer saber, mas o convívio os tornou muito próximos, colocando o coração do assassino em cheque quando ele passa a questionar sobre seus sentimentos por essas duas mulheres que fazem parte de sua vida...

A história segue por essa linha, com Fredrik convivendo com Cassia, que sofre da dita síndrome de Estocolmo (a vítima se apaixona pelo seu sequetrador), ao mesmo tempo em que trabalha em alguns casos da Nova Ordem da qual Victor é o líder. Izabel também marca presença e tem um papel importante a desempenhar no enredo, assim como outros personagens já conhecidos nos livros anteriores. Mas mesmo que haja esta familiaridade e o leitor pense que sabe o que está acontecendo e qual o rumo a história irá levar, a autora cria reviravoltas que nos deixam de cabelo em pé, no bom e no mau sentido da coisa.

Fredrik não é o mocinho da história. O trabalho dele já deixa isso bem claro. Ele não só tortura as pessoas em busca de informações, mas ele aprecia o sofrimento que causa. Talvez a ideia de torturar somente quem seja culpado e livrar inocentes possa amenizar um pouco seu caréter duvidoso, mas ainda assim ele não deixa de ser um anti-herói sádico e que mexe com os sentimentos do leitor das formas mais inimagináveis possíveis. Como é possível ter alguma simpatia por alguém assim? Ele não deveria ser sempre odiado por fazer as coisas que faz? Claro que Fredrik tem um passado sombrio e perturbador e isso pode servir como justificativa para tentarmos entender o monstro que habita dentro dele, mas algumas coisas relacionadas ao relacionamento que ele cultiva com Cassia me deixaram bastante perplexa. Embora seja ficção, é impossível não sentir um incômodo enorme ao acompanhar Fredrik alegando a inocência de Cassia o tempo todo, se sentindo culpado por manter a pobre coitada sob cativeiro mas usando e abusando dela como bem entende. E ela se apegar e se apaixonar a ele, por mais que haja explicações para o comportameto doentio dos dois e o final reserve algo bombástico, não foi algo que consegui aceitar com tanta naturalidade assim... É difícil sentir alguma simpatia por uma personagem tão frágil e delicada como Cassia se submetendo aos caprichos de um maníaco, e mais difícil ainda é engolir Fredrik sendo tão machista como ele é.

No final das contas preferi considerar que são personagens suscetíveis a todo tipo de erro se considerarmos o contexto da história, a vida que tiveram antes e o caminho que seguiram independente de boas ou más escolhas. Isso não os tornam perfeitos, muito pelo contrário, são fatores que influenciam (mesmo que não justifiquem) suas atitudes e por esse motivo, por mais que eu não tenha aceitado muito bem a situação de forma geral e sentido repulsa muitas vezes, eu gostei e me envolvi com a história pois, querendo ou não, ela mexe com a gente. Não digo que achei melhor do que a história de Victor e Sarai/Izabel, mas foi um ótimo acréscimo à série e com certeza vou continuar acompanhando os próximos volumes.

A edição da Suma de Letras é um capricho só. A capa manteve a textura áspera e os mesmos tons de preto e branco com detalhes em vermelho, as páginas são amarelas, não percebi erros na revisão e de forma geral o trabalho está impecável.

Pra quem procura fugir de clichês românticos e quer ler algo mais dark e violento, a série é mais do que recomendada.

Novidades de Outubro - Suma de Letras

16 de outubro de 2016

Quase Um Romance - Megan Maxwell

Desde a perda dos pais e o fim de um relacionamento complicado, Rebecca tem levado uma vida solitária. No entanto, quando esbarra em Pizza – uma cachorrinha abandonada que parece precisar tanto de afeto quanto ela –, a jovem pressente que sua vida está prestes a mudar. Paul Stone é campeão de Moto GP, e pai de Lorena, uma menina encantadora que ele cria sozinho. Administrar a carreira e a família não é um trabalho fácil, ainda mais quando as mulheres em seu redor parecem interessadas apenas no piloto famoso, e não no homem real. Quando os dois se esbarram – com uma ajudinha de Pizza e Lorena –, Paul tem certeza de que encontrou o que vinha procurando há muito tempo. Já Rebecca não está assim tão disposta a abrir espaço em sua vida para uma nova relação, mas como resistir à amizade, aos sorrisos e aos olhares de Paul?

Cujo - Stephen King

Frank Dodd está morto e a cidade de Castle Rock pode ficar em paz novamente. O serial-killer que aterrorizou o local por anos agora é apenas uma lenda urbana, usada para assustar criancinhas. Exceto para Tad Trenton, para quem Dodd é tudo, menos uma lenda. O espírito do assassino o observa da porta entreaberta do closet, todas as noites. Você pode me sentir mais perto… cada vez mais perto. Nos limites da cidade, Cujo – um são bernardo de noventa quilos, que pertence à família Camber – se distrai perseguindo um coelho para dentro de um buraco, onde é mordido por um morcego raivoso. A transformação de Cujo, como ele incorpora o pior pesado de Tad Trenton e de sua mãe e como destrói a vida de todos a sua volta é o que faz deste um dos livros mais assustadores e emocionantes de Stephen King.

Último Turno - Bill Hodges #3 - Stephen King

Brady Hartsfield, o diabólico Assassino do Mercedes, está há cinco anos em estado vegetativo em uma clínica de traumatismo cerebral. Segundo os médicos, qualquer coisa perto de uma recuperação completa é improvável. Mas sob o olhar fixo e a imobilidade, Brady está acordado, e possui agora poderes capazes de criar o caos sem que sequer precise deixar a cama de hospital. O detetive aposentado Bill Hodges agora trabalha em uma agência de investigação com Holly Gibney, a mulher que desferiu o golpe em Brady. Quando os dois são chamados a uma cena de suicídio que tem ligação com o Massacre do Mercedes, logo se veem envolvidos no que pode ser seu caso mais perigoso até então. Brady está de volta e, desta vez, não planeja se vingar apenas de seus inimigos, mas atingir toda uma cidade. Em Último turno, Stephen King leva a trilogia a uma conclusão sublime e aterrorizante, combinando a narrativa policial de Mr. Mercedes e Achados e perdidos com o suspense sobrenatural que é sua marca registrada.

Jogada Final - Rezendeevil

Nos últimos meses, a vida de Pedro Afonso, mais conhecido como Rezende Evil, virou de cabeça para baixo. Depois de parar dentro do universo do jogo que mais ama, conhecer seu sósia, o Rezende virtual, derrotar um dragão e um inimigo sinistro de olhos brilhantes, era de se esperar que os perigos finalmente terminassem. Mas o Herói Duplo tem uma última grande batalha pela frente! Enquanto Pedro, Rezende e seus amigos seguem as pistas deixadas por Gulov, o mago do vilarejo, eles aos poucos descobrem segredos guardados há séculos. Inimigos poderosos os esperam com um plano maligno que põe todo o universo quadrado em risco. Mais do que nunca, é hora de provar que a união faz a força, pois novos versos da profecia foram revelados e muitas aventuras aguardam Pedro e Rezende neste último livro da saga. Será que o Herói Duplo estará pronto para fazer sua jogada final?

Novidades de Setembro - Suma de Letras

13 de setembro de 2016

Nós Dois - Andy Jones

Durante dezenove dias, Fisher e Ivy vivem uma relação idílica e são praticamente inseparáveis. É claro que os dois sabem que estão destinados a ficar juntos para sempre, e o fato de se conhecerem tão pouco é apenas um detalhe. Nos doze meses seguintes, período em que suas vidas mudam radicalmente, Fisher e Ivy percebem que se apaixonar é uma coisa, mas manter uma relação é algo completamente diferente. ''Nós dois'' é um romance honesto e emocionante sobre a vida, o amor e a importância de dar valor a ambos.






A Verdade e Outras Mentiras - Sascha Arango

Henry Hayden parece um cara legal. Um autor famoso, mas humilde. Um marido devoto, embora pudesse ter a mulher que quisesse. Um amigo generoso. Alguém admirável. Mas Henry Hayden é uma mentira, uma máscara. Seu passado é um segredo, e seus planos mais ainda. Ninguém além dele e da esposa sabem que é ela quem escreve os livros que o deixaram famoso. Mas quando a amante aparece grávida, Hayden vê sua vida tão cuidadosamente construída em risco, e na tentativa de encontrar uma solução definitiva para o problema, comete um erro terrível. Agora, não só a polícia está atrás de Hayden, como seu passado também tenta alcançá-lo. Costurando mentiras, verdades e meias-verdades em uma tentativa de sobreviver, ele monta uma história complexa que talvez seja sua única chance de escapar da beira do abismo.

O Problema dos Três Corpos - Cixin Liu

China, final dos anos 1960. Enquanto o país inteiro está sendo devastado pela violência da Revolução Cultural, um pequeno grupo de astrofísicos, militares e engenheiros começa um projeto ultrassecreto envolvendo ondas sonoras e seres extraterrestres. Uma decisão tomada por um desses cientistas mudará para sempre o destino da humanidade e, cinquenta anos depois, uma civilização alienígena a beira do colapso planeja uma invasão. O problema dos três corpos é uma crônica da marcha humana em direção aos confins do universo. Uma clássica história de ficção científica, no melhor estilo de Arthur C. Clarke. Um jogo envolvente em que a humanidade tem tudo a perder.

Gigantes Adormecidos - Sylvain Neuvel

3 de setembro de 2016

Título: Gigantes Adormecidos - Themis Files #1
Autor: Sylvain Neuvel
Editora: Suma de Letras
Gênero: Ficção científica
Ano: 2016
Páginas: 328
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: A noite do acidente mudou tudo... Agora, cinco anos depois, a vida de Rachel está desmoronando. Ela mora sozinha em Londres, num apartamento minúsculo, tem um emprego sem nenhuma perspectiva e vive culpada pela morte de seu melhor amigo. Ela daria tudo para voltar no tempo. Mas a vida não funciona assim... Ou funciona?
A noite do acidente foi uma grande sorte... Agora, cinco anos depois, a vida de Rachel é perfeita. Ela tem um noivo maravilhoso, pai e amigos adoráveis e a carreira com que sempre sonhou. Mas por que será que ela não consegue afastar as lembranças de uma vida muito diferente?

Resenha: Misturando alienígenas e uma trama política, Gigantes Adormecidos conta uma história em que a própria história é a protagonista. Embora o ponto de partida seja um acidente que acontece com a pequena Rose Franklin, que acaba tendo presença em todo livro, o protagonismo fica mais com "os gigantes adormecidos". Rose, quando criança, cai em uma grande cratera, local em que se encontra também uma grande mão de ferro. Anos mais tarde, ela se torna ph.D em física e também uma das responsáveis pelos estudos que quer entender do que se trata esse grande material metálico, acidentalmente, encontrado por ela anos atrás. A partir daí, nos é relatada a corrida para entender o que é o objeto.

Como a narrativa é escrita a partir de relatos em forma de entrevistas, diários ou relatórios, temos em mãos uma série de materiais coletados que documentam os fatos ocorridos. É por isso que eu digo que não temos exatamente um protagonista e sim uma história que pega para si esse papel, embora haja, sim, personagens com certa importância. Apesar do início um tanto quanto complicado por ter uma narrativa diferente, depois de ambientado, o leitor é conquistado. E ao fim é possível perceber quão bem o autor conseguiu montar uma história cronológica e muito bem contada fora do padrão normal de narrativa.

O livro tem cerca de seis personagens mais recorrentes, entre eles a dr. Rose e um misterioso entrevistador acabam se sobressaindo aos demais. Mas, tirando a piloto de aviões, Kara Resnik, nem um outro personagem é detalhado mais profundamente. Não que eles sejam rasos, mas a vida pessoal deles acaba não importando tanto, já que o enredo da trama é muito interessante. Além deles, ainda é possível destacar Ryan Mitchell e o linguista Vincent Couture – aquele que consegue despertar no leitor alguma compaixão. Mas o entrevistador é o personagem mais intrigante, um homem misterioso que comanda todo o audacioso projeto que visa desvendar o que há por trás daquela mão gigante. Ele é bem construído, esperto, inteligente, irônico e sarcástico. O autor soube mostrar muito bem as nuances da personalidade dele quando líder de uma situação ou subalterno em outra.

A história aborda vários assuntos, começando do sobrenatural, passando por alienígenas e terminando e uma grande trama política, sem esquecer da abordagem de guerra entre nações. E nada deixa a desejar conforme o autor vai avançando na história. pelo contrário, só melhora e Neuvel consegue te convencer de quase tudo aquilo que está contando - exceto alguns exageros ali no meio. Sem dúvida, a segunda parte do livro é que a conquista, quando uma série de reviravoltas, revelações e novas tramas são contadas. É um livro que não se contenta com o pouco que apresenta na sinopse e vai muito além no desenvolvimento.

Gigantes Adormecidos tem  um ponto fraco: a primeira metade. O começo é lento, confuso, às vezes até tedioso. Li algumas páginas quase dormindo. Mas isso é tranquilamente relevado ao fim da leitura, já que você é fisgado pela boa escrita e o ritmo ágil que ele emprega. Se não fosse esse início enfadonho, o livro ganharia muito mais elogios. Mas ele conseguiu, de forma geral, agradar e divertir. O epílogo é surpreendente e me deixou ávido pela continuação.

Novidades de Agosto - Suma de Letras

16 de agosto de 2016

Depois da Última Dança - Sarra Manning
Estação de King's Cross, 1943. Rose chega a Londres querendo se entregar a uma vida de romance, glamour e dança, e para isso ela escolhe o Rainbow Corner, o mais famoso salão de dança da cidade. Enquanto a Segunda Guerra Mundial entra em seu momento final, Rose se apaixona perdidamente por um piloto, mas terá que lidar com as reviravoltas do destino antes que a guerra chegue ao fim. Las Vegas, dias atuais. Uma linda mulher vestida de noiva entra em um bar procurando alguém para se casar com ela. Quando Leo assume o papel e diz “sim”, ele não tem nenhuma ideia da situação em que está se metendo. Quem será Jane, a mulher misteriosa? Quando Jane e Rose, agora uma senhora de idade, se conhecem, a fagulha da discórdia se acende. Mas acontecimentos que elas não podem controlar fazem com que o tempo se torne um bem muito precioso. Depois da última dança conta a extraordinária história dessas duas mulheres, separadas pelo tempo mas ligadas pelo destino. Um romance que fará com que você acredite no poder do amor.

Minha Melodia - Camila Moreira
Dereck chegou ao fundo do poço. Sem suportar a dor de perder um grande amor, ele se entrega ao sofrimento e mergulha no lado obscuro do rock; com sexo e drogas. Com a carreira em risco, o astro volta ao Brasil um ano depois do casamento de Maria Clara e Alexandre Ferraz, em uma última tentativa de retomar o sucesso e superar o passado. Ao chegar, Dereck reencontra a mulher que nunca esqueceu. A mulher que conheceu no momento mais difícil de sua vida e que conseguiu acalmar seu coração com um sorriso. “Reconheci em sua voz o mesmo sofrimento que o meu, mas também vi em seu olhar a vontade de seguir em frente. E não demora para que Dereck perceba que apenas ela poderá tirá-lo do abismo em que se encontra.

A Colônia - Ezekiel Boone
Nas profundezas de uma floresta no Peru, uma massa negra devora um turista americano. Em Mineápolis, nos Estados Unidos, um agente do FBI descobre algo terrível ao investigar a queda de um avião. Na Índia, estranhos padrões sísmicos assustam pesquisadores em um laboratório. Na China, o governo deixa uma bomba nuclear cair “acidentalmente” no próprio território. Enquanto todo tipo de incidente bizarro assola o planeta, um pacote misterioso chega em um laboratório em Washington... E algo está tentando escapar dele. O mundo está à beira de um desastre apocalíptico. Uma espécie ancestral, há muito adormecida, finalmente despertou. E a humanidade pode estar com os dias contados.


Peça-me o que quiser e eu te darei - Peça-me o que quiser #4 - Megan Maxwell
Os anos se passaram. Judith Flores e Eric Zimmerman vivem em uma bela casa em Munique com os três filhos. E continuam tão apaixonados quanto no dia em que se conheceram. O alemão e a espanhola enfrentam juntos os desafios de criar um adolescente e de manter o desejo aceso no casamento. Apesar disso, tudo parece ir bem, até o dia em que uma mulher do passado de Eric reaparece e coloca à prova todas as certezas de Jud. Já os melhores amigos do casal, Mel e Björn, estão mais felizes do que nunca. E o advogado sonha com o dia em que a ex-tenente do Exército americano deixará de ser tão teimosa e aceitará se casar com ele. Unidos pela amizade e pelo sexo, os dois casais enfrentarão juntos as armadilhas que o destino coloca em seus caminhos. Será que o amor verdadeiro é mesmo capaz de vencer tudo?

Achados e Perdidos - Stephen King

12 de agosto de 2016

Título: Achados e Perdidos - Bill Hodges #2
Autora: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Gênero: Suspense/Policial
Ano: 2016
Páginas: 350
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: “- Acorde, gênio.”
Assim King começa a história de Morris Bellamy. O gênio é John Rothstein, um autor consagrado que há muito abandonou o mundo literário. Bellamy é seu maior fã e seu maior crítico. Inconformado com o fim que o autor deu a seu personagem favorito, ele invade a casa de Rothstein e rouba os cadernos com produções inéditas do escritor, antes de matá-lo. Morris esconde os cadernos pouco antes de ser preso por outro crime. Décadas depois, é Peter Saubers, um garoto de treze anos, quem encontra o tesouro enterrado. Quando Morris é solto da prisão, depois de trinta e cinco anos, toda a família Saubers fica em perigo. Cabe ao ex-detetive Bill Hodges e a seus ajudantes, Holly e Jerome, protegê-los de um assassino agora ainda mais perigoso e vingativo.

Resenha: Um fã maluco. Um escritor assassinado. Uma trama atemporal envolvendo uma pacata família americana após a crise de 2009. Na sequência de Mr Mercedes, Stephen King apresenta aos leitores a história de Bellamy, um fanático que matou um escritor famoso na década de setenta. Já no século XXI, conhecemos Peter Saubers, que de uma forma inesperada acaba tendo sua vida ligada aos fatos que ocorreram no passado. É ai que entra o detetive Bill Hodges, juntamente com Jerome e Holly, para resolver esse mistério. Achados e Perdidos é uma continuação inusitada e cheia de tensão, que me fisgou do começo ao fim.

A primeira parte do livro, exatamente cento e trinta e duas páginas, conta todo o decorrer dos fatos que envolvem Morris Bellamy, o assassino de John Rothstein, o gênio. Ao mesmo tempo, em capítulos intercalados, conhecemos Peter Saubers, um garoto de apenas 13 anos que descobre o tesouro enterrado pelo assassino do escritor da famosa trilogia O Corredor. Neste começo da trama, há uma introdução do que virá na segunda parte, e diga-se de passagem, foi tudo feito de maneira excelente. A narrativa de Stephen, mais uma vez belíssima, transcorre de forma natural ao apresentar os personagens. Ambos, o menino e o assassino, são trabalhados de forma a entregar somente um pouco da personalidade, deixando o melhor para depois. É como se o autor estivesse fazendo uma breve apresentação, inclusive à família de Peter. É dessa maneira que descobrimos também que Tom, o chefe da família Saubers, estava no massacre do City Center e que há uma relação. Sim, o incidente que tirou a vida de algumas pessoas, deixou uma dezena de feridos e do qual Bill Hodges foi responsável por prender o criminoso. Em um primeiro momento, pude jurar que o segundo livro traria uma história independente, mas me enganei.

A segunda parte começa com a aparição do ex-detetive aposentado, Bill. Junto com ele surgem Holly e Jerome. O dissabor começa aí, com uma trama que corre feito um foguete e não tem tempo hábil para mostrar um pouco mais do lado bom desses três personagens. Tudo transcorre de uma maneira acelerada, os mistérios são solucionados de forma fácil, como somar um mais um. É como se Holly, a mulher de meia idade que acompanha Hodges em suas investigações, tivesse uma intuição capaz de desvendar qualquer mistério. Desse modo, o que poderia se tornar uma boa charada e um quebra-cabeça, se dissolve totalmente. Jerome, o garoto negro, gosta de fazer umas piadas que não se encaixam no contexto. O trio por si só não consegue capturar totalmente a atenção para eles, e todos os holofotes são voltados para o vilão. Ele foi o responsável por me fazer ficar sentado na beira da cadeira, de fazer meu coração bater muito rápido com a sucessão de acontecimentos e de sua insanidade, tal como Brady, o vilão de Mr. Mercedes. Quem dá nome a trilogia, Bill Hodges, se mostra muito apático e sem brilho. É como se ele fosse um mero coadjuvante, deixando o espaço para Morris e Peter brilharem.

As motivações que levam Morris a matar o escritor e roubar os manuscritos não ficaram tão claras para mim. Acredito que aqui, é possível fazer uma comparação com casos conhecidos como John Lennon, que foi assassinado a tiros por um fã, ou a cantora Selena, que foi morta pela presidente de seu fã-clube oficial. Nessas situações a maior pergunta que nos fica é como funciona a mente de quem comete tais ações. Os demais acontecimentos que resultam no ato final são um pouco contraditórios, e Peter, que no começo me ganhou pelas atitudes nobres, acabou se mostrando completamente incapaz de pensar racionalmente, em vista da situação de perigo em que sua família estava.

Achados e Perdidos é uma ótima continuação para uma trilogia que se iniciou com Mr Mercedes. Aqui, infelizmente, não há um personagem principal louvável: Bill cumpre seu papel, mas está longe de ser o melhor mocinho que já conheci. Em compensação, King trouxe o melhor que há em termos de vilões e que me faz torcer desesperadamente por eles (será que tem algum mal nisso?). O primeiro volume foi o pontapé inicial de Stephen no gênero policial, que para mim parece mais um thriller, e a expectativa era grande sobre isso. Neste segundo, posso dizer que é um livro de altos e baixos. O autor pode não ter tido êxito na criação do detetive, mas ele com certeza é um bom contador de histórias e sabe como prender a atenção do leitor. O final, que com certeza me deu um bom susto, traz uma pitada do sobrenatural (característica marcante de King) e reforça a ideia que O Último Turno, o encerramento da trilogia, será o mais inusitado de todos.

O Risco - Rachel Van Dyken

16 de julho de 2016

Título: O Risco - Aposta #3
Autora: Rachel Van Dyken
Editora: Suma de Letras
Gênero: Romance
Ano: 2015
Páginas: 296
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Beth nunca fez nada de arriscado. De inconsequente. De divertido. Isso é, até acordar em um quarto de hotel ao lado de Jace, um senador sexy, que ela reencontrou em uma festa de casamento na noite anterior.
O problema é que sua última lembrança da noite é estar na cama, abraçada a uma caixa de biscoitos, chorando copiosamente. E Jace também não se recorda de muito mais. Outro problema? Eles foram fotografados entrando juntos no hotel, e agora a mídia está em polvorosa, especulando quem é a misteriosa acompanhante do senador. Uma amiga? Uma antiga namorada? Uma... prostituta?
O que deveria ser um encontro casual transforma-se em uma aventura de seis dias: a fim de que escapem do assédio dos repórteres, vovó Nadine os envia para um resort no Havaí. Para Beth, são seis dias de conto de fadas junto ao homem por quem é apaixonada desde a adolescência. Para Jace, são seis dias para esquecer as mágoas do passado e aprender que, às vezes, o amor exige atos de coragem.

Resenha: Depois de acompanhar a história dos irmãos Titus, dessa vez vovó Nadine está mais afiada do que nunca e determinadíssima a juntar Jace e Beth. Ele é o senador que devia dar em cima de Char, a irmã de Beth. O segundo livro acabou em uma festa de casamento, esse começa em um quarto de hotel com nossos protagonistas sem roupa e sem memória.
Jace não quer se envolver com ninguém desde que flagrou a ex na cama com seu melhor amigo. Sua carreira na política exige muita dedicação e uma imagem pública ilibada. Essa história pode representar um escândalo e reverter seus índices de aprovação. Mas não é qualquer mulher que estava no quarto com ele. Beth é uma cientista nerd  que vive sozinha com seus gatos depois de se desiludir com o amor. Na verdade, ela nunca esqueceu um tal menino que a beijou no baile de formatura, ainda adolescente. E agora, com 30 anos e virgem, ela sequer lembra como foi a noite com esse menino que virou um homem lindo e atraente.
Nenhum dos dois conseguiu esquecer o outro, mas também não tem coragem de admitir, talvez nem pra si mesmo, por isso vovó Nadine resolveu dar uma ajudinha pro coração mandando os dois pra um spa de casais, com terapia e tudo! Claro que ela envolveu a lua de mel dos outros dois casais e mais algumas chantagens, nada que não possa ser superado.
Beth resolve aproveitar os 6 dias de férias forçadas e fazer tudo que ela nunca se permitiu. Pediu a Jace pra que durante aquele tempo desse a ela um conto de fadas, e ele topou. Em menos de 1 semana, eles terão dias e noites de romance e carinho. Só que nem tudo sai como o planejado, muitos imprevistos acontecem, algumas surpresas aparecem... E no meio disso tudo eles precisam decidir se vale a pena dar uma chance ao amor ou continuar valorizando trabalho e se deixando paralisar pelos próprios medos.

Intercalando a narração de Jace e Beth, encerramos a trilogia com a história mais divertida. Um roteiro digno de filme de sessão da tarde, daqueles em que tudo acontece de errado pro casal não ficar junto, mas já estava escrito que seriam um do outro há muito tempo.
"- O amor sempre exige que a gente corra riscos, e não vou mentir, querida. Você pode falhar. Mas não prefere tentar e saber que falhou do que passar o resto da vida se perguntando o que teria acontecido se tivesse dado uma chance?"
O romance é lento, apesar de a atração ser instantânea. Até tentei entender o receio deles, o medo de se jogar de cabeça e arriscar - romântica do jeito que sou teria me declarado e resolvido a situação em dois tempos; aliás, grande parte dos problemas das histórias se dá porque ambas as partes não têm coragem de assumir os sentimentos. Pois bem, se eu fosse Jace superaria a traição em dois tempos e me permitiria ser feliz de novo, e se fosse Beth não teria medo de arriscar ser feliz, ainda mais com o cara que há anos faz parte dos sonhos.
Mas não sou tão insensível a ponto de dizer que é injustificável o medo deles. Cada um sabe a dor que sente e até onde o braço alcança. Talvez todo o processo tenha sido necessário pra desatar os nós com o passado e construir a ponte em direção ao outro.

Beth mexeu muito comigo pela falta de confiança em si mesma. Ela tinha uma autoestima baixíssima, principalmente por causa de um babaca do ensino médio e de outros idiotas que passaram por sua vida. Infelizmente muitas mulheres ainda atrelam sua imagem ao desejo de um homem. Nisso eu consegui entendê-la e senti sua angústia aqui dentro.
Vovó Nadine é tão protagonista quanto o casal. Nos outros ela foi fundamental, mas aqui ela aparece toda hora, inclusive com pedaços de depoimentos à polícia em cada início de capítulo. São peças de um quebra-cabeça que nós recebemos e tentamos montar aos poucos. Enquanto o desenho não se forma, vamos acompanhando o romance e nos divertindo com as loucuras de uma velha faz-tudo que não tem filtro.

Comparado aos primeiros livros, esse é bem leve em termos de sexo. O casal demora a engrenar, então quando finalmente acontece já é quase o fim. Mas nem por isso deixa de ser bom, envolvente, gostoso de ler. A participação excêntrica da vovó compensa! Eu dava gargalhadas demoradas, daquelas de atrair a atenção da galera que estava ao redor e acordar o marido na cama de noite.

Marquei um mooooonte de quotes, gente! Engraçados, românticos, tocantes... E teve um que não precisaria nem vir pra resenha, mas achei bacana a mensagem que a autora inseriu e a maneira simples como foi passada, no meio da cena, no pensamento do homem. Deveria ser uma fala fofa, ele pensando algo legal sobre a menina, de certa maneira a elogiando mentalmente. Mas mesmo na "boa intenção", se corrige, dá o alerta e segue o texto. Foi simples, mas bem colocado.
"As garotas não coram com esse tipo de coisa. A maioria delas não dá a mínima. Que tipo de homem não seguraria a mão dela? Que tipo de homem não tentaria sufocá-la de tanto romance?
Escolhi mal as palavras. Ninguém deveria sufocar outra pessoa com nada, mas enfim."
Chorando porque uma das melhores séries de romance acabou. Rachel Van Dyken me conquistou no primeiro, me arrebatou no segundo e garantiu seu lugar na lista de autores preferidos no terceiro. O epílogo me deixou saciada, mas se me falassem que tinha continuação, spin-off ou qualquer outra coisa relacionada à trilogia eu ficaria super feliz. E acho digno um livro só da juventude da vovó Nadine e sua participação na Guerra Fria.

Rachel Van Dyken tem vários outros livros publicados, com avaliações no Goodreads ainda melhores do que a série A Aposta. Se já gostei dessa, imagina se não vou amar as outras? Torcendo pra que a Suma traga mais obras logo! Se você ainda não leu não perde mais tempo. Vem morrer de rir com as loucuras da vovó Nadine e se apaixonar por Jake, Travis e Jace.


Novidades de Julho - Suma de Letras

13 de julho de 2016

Novamente Você - Juliana Parrini
Maria Rita foi embora para nunca mais voltar. Deixou para trás o marido, os pais, as irmãs e uma vida de pobreza em uma cidade pequena da qual sempre quis sair. Doze anos depois, ela volta como partiu: sem maiores explicações. Mas agora Maria Rita é a sofisticada Miah, acostumada ao glamour e à vida superficial de Hollywood. Ao chegar, ela se dá conta de que não foi a única que mudou: seu ex-marido, Leonardo Júnior, agora é um homem bem-sucedido, diferente do caiçara com quem ela se casou ainda muito jovem. Empresário de sucesso, Léo parece ter superado o trauma de ser abandonado pelo grande amor de sua vida, até que reencontra a mulher que pensou que nunca mais veria. Apesar da mágoa, ele não consegue deixar de ter vislumbres de sua Maria Rita sob a pele da arrogante Miah. E resistir à antiga paixão será o maior desafio que já enfrentou.

O Livro da Escuridão - John Stephens
As aventuras dos irmãos Kate, Michael e Emma tomam o rumo final quando eles começam a busca pelo último Livro do Princípio – o Livro da Morte. Quando os três livros forem reunidos, seus poderes combinados podem ser invencíveis. Por isso, as três crianças correm contra o tempo para deter Magnus Medonho em sua caçada. É a vez de Emma embarcar em uma aventura entre dois mundos, enfrentando inimigos terríveis, monstros e fantasmas, e seus próprios medos mais profundos. Agora, ela deve aprender a dominar os poderes do livro mais perigoso de todos para que, com Kate e Michael, possa salvar o mundo do terrível confronto que Magnus Medonho está planejando; a batalha decisiva entre seres mágicos e pessoas comuns. Este é o último livro da trilogia de sucesso Os Livros do Princípio, que começou com O Atlas Esmeralda. Considerada pelo New York Times “o novo Crônicas de Nárnia”, a série de John Stephens conquistou fãs por todo o mundo.

A livraria dos finais felizes - Katarina Bivald
Uma história emocionante sobre o poder transformador dos livros
Sara tem 28 anos e nunca saiu da Suécia — a não ser através dos (vários) livros que lê. Quando sua amiga Amy, uma senhora com quem troca livros pelo correio há anos, a convida para visitá-la na cidade de Broken Wheel, Iowa, Sara decide se aventurar. Mas ao chegar lá, descobre que Amy faleceu. Sara se vê desacompanhada na casa da amiga, em uma cidade muito pequena, e começa a pensar que talvez esse não seja o tipo de férias que havia planejado.
Com o tempo, Sara descobre que não está sozinha. Nessa cidade isolada e antiga, estão todas as pessoas que ela conheceu através das cartas da amiga: o pobre George, a destemida Grace, a certinha Caroline e Tom, o amado sobrinho de Amy.
Logo Sara percebe que Broken Wheel precisa desesperadamente de alguma aventura, um pouquinho de autoajuda e talvez uma pitada de romance. Resumindo: a cidade precisa de uma livraria.

Guia Astrológico Para Corações Partidos - Silvia Zucca
Quando Alice recebe, na mesma semana, a notícia de que seu ex vai se casar e de que a empresa onde trabalha contratou um consultor chamado David Nardi para avaliar e demitir parte do pessoal, ela tem certeza de que está vivendo um inferno astral. E tem razão. Tito, seu melhor amigo e superentendido de astrologia, jura que é um péssimo momento para ser de Libra, mas que as estrelas também estão lá para nos dizer os dias mais auspiciosos para a esfera profissional ou para encontrarmos nossa alma gêmea. Embora cética, Alice decide apostar nas dicas de seu guia astrológico, mas, estranhamente, a astrologia não a protege de encontros péssimos, decepções terríveis e algumas pequenas surpresas emocionantes. Por exemplo: por que David lhe parece cada vez mais interessante, se seus quadros astrológicos são a combinação para um desastre?

O Mirante - Michael Connelly

5 de julho de 2016

Título: O Mirante - Harry Bosch #13
Autor: Michael Connelly
Editora: Suma de Letras
Gênero: Policial/Suspense
Ano: 2008
Páginas: 196
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Em seu primeiro caso desde que deixou o Departamento de Crimes Não-Resolvidos da polícia de Los Angeles para participar do prestigiado Esquadrão Especial de Homicídios, Harry Bosch foi chamado para investigar um assassinato que pode trazer conseqüências para a segurança nacional.
Um médico envolvido em experimentos com uma perigosa substância radiativa é encontrado morto em um mirante. Bosch, após investigar os últimos momentos de vida do médico, descobre que uma grande quantidade de césio fora roubada pouco antes de seu assassinato. E com o césio em mãos criminosas, Harry cogita a possibilidade de que a morte do médico seja parte de um ataque terrorista a um prefeito norte-americano.
Agora Bosch está em uma corrida contra o tempo, tendo que superar outros obstáculos para capturar os culpados. Entre os obstáculos, encontra-se o todo poderoso FBI, que acredita que o caso é muito grande para ser solucionado por alguém acostumado com os casos de Los Angeles, repletos de clichês. Será a oportunidade para Harry Bosch provar que o FBI está equivocado.

Resenha: Michael Connelly é um escritor norte americano que ficou conhecido por escrever romances policiais que se tornaram best-sellers em vários países. Sua série mais conhecida, leva o nome do protagonista, o detetive do Departamento de Polícia de Los Angeles, Harry Bosch. Bosh se tornou também, protagonista de uma série de TV, com o mesmo nome e com uma qualidade e fidelidade incríveis, a qual vale a pena conferir.
Para minha surpresa, O Mirante é o 13º livro da série e, além de não ter sido publicada totalmente por aqui, saiu por duas editoras diferentes, o que torna praticamente impossível achar os "primeiros" livros para comprar (choremos juntos). Mas a boa notícia é que, após ler o livro percebi que como cada livro trata de um caso diferente do detetive, não nos sentimos tão perdidos assim, consegui acompanhar perfeitamente o enredo.

Harry estava à espera daquela ligação que chegou à meia noite, procurado pelo chefe do departamento para investigar um corpo encontrado no mirante de Mulholand Drive. O que Harry não sabia era que o FBI imaginava que a vítima tinha sido feita para que os assassinos tivessem acesso a uma grande fonte de césio, um material altamente radioativo e de um valor inestimável, pois poderia tanto ser utilizado em hospitais para o tratamento de câncer como por terroristas.

E era aí que o FBI entra na investigação, passando o caso de mera investigação de homicídios para um caso de proteção à Segurança Nacional. O problema, além da interferência Federal direta em sua investigação, era que a agente escolhida pelo Bureau era ninguém menos que Rachel Walling, um caso mal resolvido do passado.

Assim, nas próximas 12 horas estava formada uma corrida contra o tempo e travada uma luta de gigantes dentre as autoridades estaduais e federais que somente Bosh, com sua experiência e temperamento, consegue lidar. Bosh é impetuoso, arrogante, não lida bem com regras, mas extremamente perspicaz, apaixonado por seu trabalho e experiente, e é exatamente isso que o leva ao desfecho de mais esta investigação.

Eu sou completamente apaixonada por protagonistas anti-heróis. Para mim, Harry é um personagem forte, que leva seu trabalho muito a sério, ainda que não de maneira muito ortodoxa, o que me lembrou do personagem "House" da série médica de TV.

Michael Connelly se mostrou um escritor objetivo, com foco proeminente no suspense policial e no enfoque político que o caso possui ao tratar de terrorismo nos EUA após 11 de setembro. Trata-se muito mais do que uma ameaça terrorista, trata-se do terror social que uma nação desenvolveu após uma tragédia incomensurável.

O autor não deixou lacunas, utilizou-se completamente de todas as pistas e situações criadas ao longo da trama para dar o desfecho final ao caso, ainda que de forma previsível. Eu sou fã de previsibilidade desde que o decorrer das ideias condizam com o final e foi o que encontrei aqui, o romance é tão frenético, a caçada é tão necessariamente urgente que você se vê rapidamente envolvida pelo livro, engolido pela história e tendo que parar para não perder nenhum detalhe e ficar perdido quando o caso é resolvido.

Mas nem tudo são flores. Na minha opinião, todo livro ágil perde conteúdo e fica um pouco superficial demais e, assim como em Ecko Park, caso se torne filme ou série, os roteiristas terão que fazer várias adaptações e retardar a descoberta dos criminosos ou dificultar sua captura.

Além disso, é necessário dizer que adoro páginas brancas (não ficam amareladas com o tempo), contudo, para mim, o mais angustiante de tudo é que a tradução está terrivel, sim, é duro encontrar frases como : "- Onde cê tá?" ou "- O que cê tá fazendo?" mesmo quando o diálogo seja entre dois policiais e se queira das um ar descolado ou impessoal ao diálogo. Foi triste e eu adoraria reler uma edição corrigida de forma a fazer jus à história, ao autor e com certeza à editora.
Apesar disso, eu recomendo muito esta leitura que me proporcionou horas prazerosas.

Novidades de Junho - Suma de Letras

23 de junho de 2016

Gigantes Adormecidos - Themis Files #1 - Sylvain Neuvel
Rose passeia de bicicleta pelo bosque perto de casa, quando de repente é engolida por uma cratera no chão. A cena intriga os bombeiros que chegam ao local para resgatá-la: uma menina de onze anos caída na palma de uma gigantesca mão de ferro. Dezessete anos depois, Rose é ph.D em física e a nova responsável por estudar o artefato que encontrou ainda criança. O objeto permanece um mistério, assim como os painéis que cercavam a câmara onde foi deixado. A datação por carbono desafia todas as convenções da ciência e da antropologia, e qualquer teoria razoável é rapidamente descartada. Quando outras partes do enorme corpo começam a surgir em diversos lugares do mundo, a dra. Rose Franklin reúne uma equipe para recuperá-las e montar o que parece ser um robô alienígena gigante quase tão antigo quanto a raça humana. Mas, uma vez montado o quebra-cabeças, ele se transformará em um instrumento para promover a paz ou causar destruição em massa? Parte ficção científica, parte thriller, Gigantes adormecidos é uma história viciante sobre a disputa pelo controle de um poder capaz de engolir todos nós.

PC Siqueira Está Morto - Alexandre Matias
O paulistano Paulo Cezar Siqueira se tornou um dos primeiros youtubers do Brasil no começo dos anos 2000, uma época em que quase ninguém ligava uma câmera para dizer o que pensava e depois jogar o vídeo na internet. Hoje surgem novos influenciadores digitais (como eles são chamados) a cada dia, mas PC continua tendo lugar de destaque. Ele é a voz crítica dos seus pares, que conhece o poder e também a responsabilidade de ter milhões de seguidores.
Escrito pelo jornalista Alexandre Matias, PC Siqueira está morto é uma viagem pela cabeça única do youtuber e, como ele, está mais preocupado em provocar do que em apresentar respostas. Oscilando entre a ficção e o real, o livro reúne transcrições de arquivos digitais e analógicos que podem (ou não) ter pertencido ao ex-VJ da MTV. Nesses fragmentos, PC vive outras existências, revela episódios do seu passado, expõe seus medos e taras e brinca com os mitos que sempre cercaram sua personalidade polêmica.
Mais do que um retrato de um personagem fascinante, é um flagrante dos nossos tempos onde as fronteiras entre fama, realidade e internet se confundiram de vez. PC é ao mesmo tempo testemunha e protagonista dessa história. 

Mr. Mercedes - Stephen King

21 de maio de 2016

Título: Mr. Mercedes - Bill Hodges #1
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Gênero: Suspense/Policial
Ano: 2016
Páginas: 400
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Ainda é madrugada e, em uma falida cidade do Meio- Oeste, centenas de pessoas fazem fila em uma feira de empregos, desesperadas para conseguir trabalho. De repente, um único carro surge, avançando para a multidão. O Mercedes atropela vários inocentes, antes de recuar e fazer outra investida. Oito pessoas são mortas e várias ficam feridas. O assassino escapa. Meses depois, o detetive Bill Hodges ainda é atormentado pelo fracasso na resolução do caso, e passa os dias em frente à TV, contemplando a ideia de se matar. Ao receber uma carta de alguém que se autodenomina o Assassino do Mercedes, Hodges desperta da aposentadoria deprimida, decidido a encontrar o culpado. Mr. Mercedes narra uma guerra entre o bem e o mal, e o mergulho de Stephen King na mente obsessiva e psicótica desse assassino é tão arrepiante quanto inesquecível.

Resenha: Qual é a verdade por trás das pessoas? Como podemos definir as ações de alguém? A obra de King (sim, um Rei) é sobre a engenhosidade da mente humana com uma abundância de perversidade. Mr Mercedes é um livro de construção perfeita, perspicaz e direta. Ao contrário de Sob a Redoma, único contato que tive com o autor, a história do detetive aposentado Bill Hodges é recheada com elementos mais cotidianos e menos fantasiosos: um assassinato em massa, uma investigação quase infrutífera e personagens comuns envoltos numa trama que flui perfeitamente.

Para aqueles que esperam uma narrativa recheada de elementos sobrenaturais, a Trilogia Bill Hodges vai totalmente na contramão. Na obra, Hodges é apresentado como um ex-detetive aposentado que passa sua vida de forma pacata, sentado no sofá acompanhando programas vespertinos diariamente. Entretanto, essa tranquilidade logo é quebrada por uma carta enviada de um remetente que dá nome ao livro. Após isso, a letargia se rompe na vida de Bill e uma caçada pelo assassino começa.

A princípio, podemos imaginar que estamos acompanhando apenas mais um enredo policial sem grandes surpresas, mas existe certo terror em Mr. Mercedes. Primeiro, porque o assassino é conhecido pelo leitor logo no início da trama. Curioso, não? Enquanto a maioria dos autores guarda o suspense de "quem matou fulano" para o final, Stephen já deixa a identidade de Brad Hartsfield clara desde o início. Mas quem seria esse pacato rapaz de vinte e poucos anos que vende sorvete pelas ruas num carro tocando uma música alegre? Há certa psicopatia no personagem, e isso é visível pelos pensamentos que são expostos ao longo da narrativa. O homem tem uma passado conturbado que pode, em partes, justificar suas atitudes presentes. Acompanhar todas as ações e pensamentos de Hartsfield é como estar diante de um noticiário no qual já estamos acostumados a ver, porém, aqui a mente do criminoso é exposta com muitos detalhes. O vilão é jovem, inteligente e dissimulado. Um tipo de pessoa que podemos conviver diariamente.

Do outro lado dessa moeda há Bill Hodges, um senhor na casa dos sessenta anos que se vê muito insatisfeito com sua pacata vida de aposentado. Enquanto Brad apresenta características de um assassino psicopata, o ex-detetive mostra mais vulnerabilidade e traços de depressão com o rumo que sua vida tomou. O grande xis da questão aqui é que os dois parecem muito semelhantes em alguns aspectos psicológicos, mas os sentimentos que os movem são completamente distintos. King abre espaço para aprofundamento em cada um deles, seus fantasmas passados e o que os tornou o que são hoje. Juntamente deles, há outros personagens que são bem elaborados e desempenham grande papel em todo o livro. Devo destacar a desmantelada Holly, que pode parecer uma louca no primeiro momento, mas é destemida e de grande ajuda ao ex-detetive.

Toda trama de Mr. Mercedes é engenhosa e cheia de situações muito cotidianas e personagens bem construídos. Tratado como o Rei do Terror, King apresenta aos leitores uma história mais comum com traços macabros de crueldade. A narrativa, muito linear, caminha para o final nada surpreendente, mas esperado, que não nos deixa completamente extasiados e surpresos. Então, o que a perseguição entre gato e rato que Stephen criou tem de atrativo? Dois homens aparentemente comuns que buscam intensamente seus objetivos. Brad Hartsfield é movido pelo desejo de matança. Bill Hodges quer detê-lo a qualquer custo. E assim temos a jornada de acontecimentos surpreendentes do primeiro volume da trilogia Bill Hodges: um livro ideal para os amantes de suspense.