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Um Acordo e Nada Mais - Mary Balogh

23 de novembro de 2018

Título: Um Acordo e Nada Mais - Clube dos Sobreviventes #2
Autora: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance de Época
Ano: 2018
Páginas: 304
Nota:★★★★☆
Sinopse: Embora Vincent, o visconde Darleigh, tenha ficado cego no campo de batalha, está farto da interferência da mãe e das irmãs em sua vida. Por isso, quando elas o pressionam a se casar e, sem consultá-lo, lhe arranjam uma candidata a noiva, ele se sente vítima de uma emboscada e foge para o campo com a ajuda de seu criado.
No entanto, logo se vê vítima de outra armadilha conjugal. Por sorte, é salvo por uma jovem desconhecida. Quando a Srta. Sophia Fry intervém em nome dele e é expulsa de casa pelos tios sem um tostão para viver, Vincent é obrigado a agir. Ele pode estar cego, mas consegue ver uma solução para os dois problemas: casamento.
Aos poucos, a amizade e o companheirismo dos dois dão lugar a uma doce sedução, e o que era apenas um acordo frio se transforma em um fogo capaz de consumi-los.
No segundo volume da série Clube dos Sobreviventes, você vai descobrir se um casamento nascido do desespero pode levar duas pessoas a encontrarem o amor de sua vida.

Resenha: Um Acordo e Nada Mais é o segundo volume da série Clube dos Sobreviventes. Vamos acompanhar a história de Vincent Hurt, o Visconde Darleigh, mais um membro do Clube que sobreviveu à Guerra Napoleônica, porém, devido a um acidente com um canhão, perdeu a visão, foi afastado permanentemente, ganhou o título de Visconde e, agora, conta com a ajuda dos amigos, companheiros de guerra, para se recuperar psicologicamente. Cansado de tentar fugir da mãe e de suas irmãs que querem lhe arranjar um casamento a qualquer custo, Vincent acaba voltando para Barton Coombs, sua antiga casa de infância, mas mais uma vez ele havia caído numa cilada conjugal. O que ele não esperava era conhecer a jovem Sophia Fry, que acaba lhe salvando dessa armadilha planejada pela prima.
Depois que seu pai morreu num duelo, Sophia Fry passou a viver de favor na casa de seus parentes que nem reconheciam sua existência. Ela ficou mal vista, não foi educada como uma dama, comia e se vestia mal e ainda foi apelidada de Ratinha pelos tios. Ela precisava encontrar uma forma de sair da casa desses parentes que a negligenciavam e a tratavam tão mal. Porém, com a intervenção que Sophia fez para ajudar Vincent, seus tios ficaram furiosos e expulsam a coitada de casa, sem um tostão sequer para sobreviver, e o Visconde, sem ter coragem de deixar a jovem à míngua, foi obrigado a agir lhe propondo casamento, que, no momento, seria a única solução para resolver o problema da moça. Mas, junto com o casamento por conveniência, veio um acordo: eles passariam somente um ano juntos e em seguida cada um seguiria com a vida como bem quisesse.
Agora que estão casados, eles vão se conhecendo melhor, a amizade e o companheirismo vão crescendo, mas aos poucos uma doce sedução também começa a surgir. Eles são opostos, mas, assim como os personagens do primeiro livro, possuem traumas e feridas que os deixam unidos de uma forma que eles não esperavam.

Seguindo o padrão do livro anterior, a narrativa é feita em terceira pessoa e é um tanto lenta, o que pode tornar a leitura um pouco cansativa, mas ainda assim podemos ter uma percepção muito boa dos sentimentos dos protagonistas enquanto os acompanhamos em suas jornadas de superação, autoaceitação, e na busca pelo amor próprio. Por mais que Vincent seja cego, a forma utilizada para fazer com que os outros sentidos dele compensem a falta da visão, ajuda a construir a personalidade dele.
Acho inclusive que houve uma sacada genial por parte da autora, pois de um lado temos Sophia, que é tratada com descaso, como se não existisse, e por isso se torna alguém praticamente invisível, e de outro lado temos Vincent, que, mesmo sem poder enxergar, é a única pessoa que realmente a vê.
Foi muito bacana acompanhar a forma como ele, nessas condições, passou a compreender o mundo ao seu redor.

O fato é que o ritmo da trama não poderia ser muito diferente, caso contrário se tornaria inverossímil e até incoerente. Os dois se casaram após trocar poucas palavras, não se conheciam, nunca sequer tinham se visto, ambos eram reservados e precisavam lidar com as próprias dores, logo, era necessário um tempo maior para que o dito relacionamento pudesse florescer.

Um Acordo e Nada Mais tem um enredo simples, doce e que inspira e emociona em alguns momentos, e mostra que, quando cativado, o amor pode surgir de onde menos se espera, se tornando verdadeiro e duradouro.

Uma Proposta e Nada Mais - Mary Balogh

19 de novembro de 2018

Título: Uma Proposta e Nada Mais - Clube dos Sobreviventes #1
Autora: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance de Época
Ano: 2018
Páginas: 272
Nota:★★★★☆
Sinopse: Após ter tido sua cota de sofrimentos na vida, a jovem viúva Gwendoline, lady Muir, estava mais que satisfeita com sua rotina tranquila, e sempre resistiu a se casar novamente. Agora, porém, passou a se sentir solitária e inquieta, e considera a ideia de arranjar um marido calmo, refinado e que não espere muito dela.
Ao conhecer Hugo Emes, o lorde Trentham, logo vê que ele não é nada disso. Grosseirão e carrancudo, Hugo é um cavalheiro apenas no nome: ganhou seu título em reconhecimento a feitos na guerra. Após a morte do pai, um rico negociante, ele se vê responsável pelo bem-estar da madrasta e da meia-irmã, e decide arranjar uma esposa para tornar essa nova fase menos penosa.
Hugo, a princípio, não quer cortejar Gwen, pois a julga uma típica aristocrata mimada. Mas logo se torna incapaz de resistir a seu jeito inocente e sincero, sua risada contagiante, seu rosto adorável. Ela, por sua vez, começa a experimentar com ele sensações que jamais imaginava sentir novamente. E a cada beijo e cada carícia, Hugo a conquista mais – com seu desejo, seu amor e a promessa de fazê-la feliz para sempre

Resenha: Gwendoline Grayson, lady Muir, é uma viúva de 32 anos de idade que aprecia seu status social e sua rotina bastante tranquila. Porém, depois de sete anos estando viúva, embora tenha aprendido a lidar com suas dores, ela se sente bastante solitária na vida. Gwen não planejava se casar outra vez, pois sentiu na pele como os homens se tornam diferentes após o casamento, mas, por se sentir muito sozinha, começou a considerar a ideia de arranjar um marido refinado e tranquilo, e que não fosse muito exigente.

Hugo Emes, lorde Trentham, é um soldado que lutou nas Guerras Napoleônicas, e desde então vem lidando com traumas pessoais e muitos fantasmas. Seu único refúgio é se encontrar com seus companheiros de batalha, que formaram um grupo chamado Clube dos Sobreviventes, e que passaram o mesmo que ele. Só com seus amigos ele consegue ter um pouco de conforto e paz de espírito, esquecendo um pouco dos horrores vividos na guerra. Após o falecimento de seu pai, Hugo, como herdeiro, passou a administrar as terras da família e ficou responsável por tomar conta de Fiona, sua madrasta, e Constance, sua meia-irmã. Fiona é uma mulher que sempre dependeu do marido pra tudo, e, na falta dele, sua inaptidão pra lidar com qualquer assunto é evidente. Constance, que já tem seus dezenove anos, ainda não foi apresentada a sociedade, hábito que já passou da hora de ser feito, e a jovem está encalhada por causa disso. Hugo deveria resolver esses problemas já que Fiona é incapaz, mas o momento não é o mais adequado. Ele não é nenhum cavalheiro e só herdou o título de lorde em reconhecimento por suas atitudes heroicas na guerra. Mesmo sabendo que sua irmã merece o melhor e que ela deveria ter uma mulher mais velha que a orientasse a se comportar em sociedade, ele não tem a menor paciência para lidar com esses dramas femininos e muito menos tinha o hábito de frequentar as rodas aristocráticas de Londres. Porém, este não é o único problema que ele tem nas mãos. A idade para ter um herdeiro também chegou, e a única saída é encontrar uma esposa para que tudo se ajeite como deveria antes que seja tarde demais.

Até o caminho de Hugo e Gwendoline se cruzar depois dela sofrer um acidente numa praia isolada. Após socorrer a moça, ele a leva para Penderris Hall, casa de campo do duque de Stanbrook locas das reuniões do Clube dos Sobreviventes, onde está hospedado junto com os demais amigos. E lá ela ficaria até se recuperar da lesão que sofreu em, seu tornozelo. De início, por serem totalmente opostos, ele resiste por pensar que Gwen é a típica aristocrata mimada, mas, como ela não se intimida pelo jeito grosseirão de Hugo, ele logo se torna incapaz de resistir ao quanto ela é uma mulher adorável. E a medida que o afeto e os sentimentos crescem, ambos vão se conquistando cada vez mais, tendo a certeza que esse relacionamento vai além das boas maneiras, e que só veio para lhes proporcionar experiências únicas que eles jamais imaginaram que fossem ter um dia.

Narrado em terceira pessoa, acompanhamos um romance de época que foge bastante daquela fórmula de mocinha jovem, inexperiente e indefesa caindo nos braços do garanhão esperto. Gwen e Hugo já são adultos, bem resolvidos e tem em comum algum tipo de trauma do passado, e, claro, vão aprendendo a superar tudo juntos, descobrindo o amor quando já estavam desacreditados e quando tinham perdido as esperanças de encontrá-lo, principalmente pelos casamentos, muitas vezes, serem arranjados. Assim, a autora construiu uma história rica em detalhes, que quebra alguns paradigmas e mostra que é possível, sim, superar feridas e descobrir sensações e sentimentos, mesmo que "tarde" (para a época se casar depois dos trinta é muito tarde, sim), além de trazer algumas reflexões sobre empatia e que o sofrimento alheio nunca deve ser diminuído, pelo motivo que for.

Os personagens são complexos devido aos traumas que carregam, e são traumas reais, que tornam o sofrimento deles bastante plausível. Essa carga dramática foi responsável por moldar a personalidade de cada um deles, e por mais doloroso que possa ter sido, eles ainda são pessoas adoráveis, mesmo que não demonstrem. E isso fica claro em Hugo, que é um homem que não tem ideia de como cortejar uma dama e se comporta como um ogro em vários momentos, e até com Gwen, que de certa forma, deixou de acreditar nos homens depois de ter sofrido com o falecido marido. Mas eles despertam o melhor que há dentro deles quando estão juntos, de forma recíproca.

Minha única ressalva é pela forma como esse romance foi desenvolvido. Eles são opostos, mantém diálogos inteligentes e que refletem todo o peso que eles carregam, e, por isso, acabam se completando, porém não senti que a química era forte o bastante. Ao longo da trama as coisas melhoram, mas a narrativa se torna arrastada em vários pontos por ser muito lenta, e até que o romance se concretize, esse desenvolvimento já se tornou um pouco cansativo de se acompanhar. Entendo que a autora parece ter optado por trabalhar cada personagem, revelando suas camadas e deixando o romance em segundo plano, mas se é o próprio romance que foi responsável pela mudança, acho que deveria haver um equilíbrio maior.

Um ponto super positivo é sobre os amigos de Hugo. Mesmo sendo personagens secundários, eles são importantes para o desenvolvimento do protagonista devido ao vínculo que têm com ele, e da própria história em si. A ideia do grupo ter sido formado devido a dor causada pela guerra, mostra que é nos amigos que sempre temos apoio para superar os momentos mais difíceis da vida.

No mais, o livro foge do tradicional do gênero, mas traz uma história inspiradora de superação. Pra quem gosta de romances de época com um toque mais maduro e que traz reflexões mais profundas, é livro mais do que indicado.

Novidades de Novembro - Arqueiro

4 de novembro de 2018

Justiça a Qualquer Preço - John Grisham

Mark, Todd e Zola ingressaram na faculdade de Direito porque queriam mudar o mundo e torná-lo um lugar melhor. Fizeram empréstimos altíssimos para pagar uma instituição de ponta e agora, cursando o último semestre, descobrem que os formandos raramente passam no exame da Ordem dos Advogados e, muito menos, conseguem bons empregos.
Quando ficam sabendo que a universidade pertence a um obscuro operador de investimentos de alto risco que, por acaso, também é dono de um banco especializado em empréstimos estudantis, os três se dão conta de que caíram no grande golpe das faculdades de Direito.
Então eles começam a bolar uma forma de se livrar da dívida esmagadora, desmascarar o banco e o esquema fraudulento e ainda ganhar alguns trocados no caminho. Mas, para isso, precisam abandonar a faculdade, fingir que são habilitados a exercer a profissão e entrar em uma batalha contra um bilionário e o FBI.
Arranje uma poltrona bem confortável, porque você não vai conseguir largar Justiça a qualquer preço.

Ilha de Vidro - Os Guardiões #3 - Nora Roberts

Nerezza, a deusa da escuridão, ainda não desistiu de obter as Estrelas da Sorte e destruir todos os mundos. As Estrelas de Fogo e de Água já foram recuperadas pelos seis guardiões, mas resta a Estrela de Gelo, e a batalha atingirá seu clímax.
Doyle McCleary, o espadachim imortal, prometeu nunca mais voltar para casa. No entanto, quando a procura pela última estrela o leva ao condado de Clare, na Irlanda, ele deve encarar o passado. Três séculos atrás, uma tragédia o obrigou a fechar o coração para o amor, sobrando em seu peito apenas morte e solidão. Sua natureza selvagem só não é mais intensa que a de Riley... e da loba que há dentro dela.
Arqueóloga e licantropa, a Dra. Riley Gwin não se rebaixa a ninguém. Fechada em sua biblioteca, em busca da misteriosa Ilha de Vidro, ela tenta negar a forte atração que sente por Doyle. Afinal, a última coisa de que precisa é uma distração.
À medida que o último desafio dos guardiões se aproxima, a loba e o imortal têm que unir forças pela vida de seus amigos. Com Nerezza recuperada e furiosa, os dois vão descobrir que a melhor arma para dar fim à escuridão talvez seja o amor.

A Irmã da Lua - As Sete Irmãs #5 - Lucinda Riley

Em A irmã da lua, quinto volume da série As Sete Irmãs, duas jovens separadas por um século têm suas vidas entrelaçadas numa emocionante história sobre fé, tradição, paixão e sobrevivência.
Entre as filhas adotivas de Pa Salt, Tiggy D’Aplièse é conhecida como a instintiva e sensível. Envolvida em sua carreira na proteção de animais selvagens, ela não sabe se está preparada para seguir as pistas de suas origens, deixadas pelo pai.
Ao aceitar um novo emprego nas belíssimas Terras Altas escocesas, Tiggy fica apaixonada pela remota propriedade, administrada pelo enigmático Charlie Kinnaird. O belo cirurgião cardíaco acabou de herdá-la e enfrenta problemas para reerguê-la e transformá-la em um santuário para as espécies nativas.
Em seu novo lar, Tiggy encontra o velho cigano Chilly, que altera totalmente seu destino. Ele conta que ela não só possui um sexto sentido, proveniente dos ancestrais, como há tempos foi previsto que ele a levaria até suas origens na Espanha, nas montanhas sagradas de Sacromonte, à sombra da magnífica Alhambra.

Os Tambores do Outono - Outlander #4 - Diana Gabaldon

Após tomar a difícil decisão de deixar a filha no século XX e viajar no tempo novamente para reencontrar seu grande amor, Claire Randall tem mais um desafio: criar raízes na América colonial do século XVIII ao lado de Jamie Fraser. Eles partem rumo à Carolina do Norte para achar um novo lar e contam com a ajuda de Jocasta Cameron, tia de Jamie e dona de uma propriedade na região.
Enquanto isso, em 1969, Brianna Randall se une a Roger Wakefield, professor de história e descendente do clã dos MacKenzie, para descobrir as respostas sobre as próprias origens e sobre Jamie, o pai biológico que nunca conheceu.
Em meio às buscas, ambos encontram indícios de um incêndio fatal envolvendo os pais de Brianna. Mas Roger não pode lhe contar isso, porque sabe que a namorada tentaria voltar no tempo para salvá-los. Por outro lado, Brianna também não compartilha sua descoberta, pois tem certeza de que Roger tentaria impedi-la.
Nesse livro emocionante, repleto de ação, intrigas e detalhes históricos, as barreiras do espaço e do tempo são postas à prova pelo amor de um casal e pela coragem de sua filha em mudar o destino.

Um Acordo Pecaminoso - Os Ravenels #3 - Lisa Kleypas

Lady Pandora Ravenel é muito diferente das debutantes de sua idade. Enquanto a maioria delas não perde uma festa da temporada londrina e sonha encontrar um marido, Pandora prefere ficar em casa idealizando jogos de tabuleiro e planejando se tornar uma mulher independente.
Mas certa noite, num baile deslumbrante, ela é flagrada numa situação muito comprometedora com um malicioso e lindo estranho.
Gabriel, o lorde St. Vincent, passou anos conseguindo evitar o casamento, até ser conquistado por uma garota rebelde que não quer nada com ele. Só que ele acha Pandora irresistível e fará o que for preciso para possuí-la.
Para alcançar seus objetivos, os dois fazem um acordo curioso, e entram em uma batalha de vontades divertida e sensual, como só Lisa Kleypas é capaz de criar.


Os Portais da Casa dos Mortos - Steven Erikson

3 de novembro de 2018

Título: Os Portais da Casa dos Mortos - O Livro Malazano dos Caídos #2
Autor: Steven Erikson
Editora: Arqueiro
Gênero: Alta Fantasia
Ano: 2018
Páginas: 816
Nota:★★★★★
Sinopse: Já se passaram dez anos desde que Laseen tomou o trono com um ardil traiçoeiro, mas, à medida que o Ano de Dryjhna se aproxima, o Império Malazano se vê à beira da anarquia, enfraquecido pelos acontecimentos na cidade de Darujhistan. Muitas das regiões controladas pelo punho de ferro da imperatriz ameaçam acender a fagulha da revolução.
No meio do vasto domínio das Sete Cidades fica o Deserto Sagrado Raraku, onde estão os resquícios de incontáveis civilizações extintas há muito tempo. Nesse lugar repleto de segredos e magia, a Vidente Sha’ik e os seguidores do Apocalipse preparam um levante contra o poderoso império, conforme previsto nas antigas profecias.
Enquanto as forças convergem contra Laseen, ela reúne um exército de assassinos, feiticeiros e espiões para combater a rebelião e ampliar seu império cruel. Em meio a uma fúria e um poder jamais vistos, o mundo está prestes a mergulhar em uma guerra sangrenta, capaz de mudar os destinos de homens e civilizações, criando lendas que atravessarão os séculos.

Resenha: A história da série "O Livro Malazano dos Caídos" gira em torno da rebelião nas Sete Cidades. Enquanto o primeiro livro foi ambientado em Genabackis, este se passa dez anos depois dos acontecimentos anteriores, em Raraku, um outro continente. A maior parte do grupo de personagens permeneceu em Genabackis após os eventos finais do livro anterior, assim, Fiddler e Kalam seguiram para as Sete Cidades, onde uma rebelião estava prestes a eclodir devido a uma profecia que previa o Apocalipse. Quando a profetisa do Deserto Sagrado de Raraku receber o Livro de Dryjhna, ela receberá o espírito da deusa e a rebelião que visa libertar as Sete Cidades contra os Malazanos irá se erguer.
Dessa forma, com o Império prestes a se rebelar, as forças de Malazan são lideradas por Coltaine, um líder militar lendário e experiente que já havia liderado uma rebelião em outra ocasião.

Embora se trate de uma série, este volume é bem independente do anterior, já que traz novos personagens, se passa num lugar diferente e tem um plot diferente. Ainda assim, não acho que a leitura deva ser feita fora de ordem, pois é com o primeiro volume que somos apresentados a este universo fantástico para que, no segundo, já possamos estar habituados e tudo possa fluir melhor. Mesmo que seja mais complexo, a história acaba sendo mais fácil de seguir, principalmente devido a construção dos personagens cujo desenvolvimento de caráter, sentimentos e personalidades foram excelentes.

Narrado em terceira pessoa, a história aborda todos os aspectos de uma guerra, com batalhas sangrentas e jornadas de buscas pessoais que movimentam a trama e fazem com que o leitor mergulhe nesse universo surpreendente. A construção de mundo é fascinante, a forma como os plots se entrelaçam para que tudo faça sentido é incrível, e os elementos que compõe o enredo no que diz respeito a cultura e a atmosfera só enriquecem a trama.

As Sete Cidades retratam uma civilização desolada e em desespero devido às ruínas. E em meio a esse cenário de devastação, temos cinco histórias acontecendo paralelamente ao que se passa no Deserto Sagrado de Raraku.

Ainda topamos com alguns personagens vistos no primeiro livro, mas o foco recai sobre os novos. Não vou me aprofundar em cada personagem, mas posso afirmar que além de serem muito humanos, há momentos envolvendo amizade, coragem, determinação, honra, respeito e lealdade que acabam tornando a história ainda mais profunda e cheia de significados, principalmente quando contrastam com o desespero, a tristeza causadas por traições e falta de esperança desencadeadas pela profecia, e as ações de todos eles são memoráveis e dignas de admiração. São suas atitudes e escolhas que definem o desfecho.

As cenas de batalha são impressionantes, principalmente pelas táticas militares e magia. A escrita do autor remete a algo cinematográfico, então é possível visualizar as belezas e os horrores de cada detalhe. O cenário é vívido e parece ser um personagem a parte. Sangue, carnificina, caos, magia e uma avalanche de cenas de ação estão ali para ajudar no desenvolvimento da trama e causar diversos tipos de reações no leitor.

Faz vários meses que recebi esse livro, e depois de fazer a leitura dele em parcelas a perder de vista, eis que posso comemorar essa vitória de ter finalizado mais de 800 páginas de uma trama complexa, intrincada, sombria e genial o bastante para se tornar uma das melhores séries de alta fantasia já publicadas até então, e que é indispensável para quem é fã do gênero. Em suma, Os Portais da Casa dos Mortos oferece um enredo fantástico e envolvente, onde os leitores irão embarcar numa jornada épica e inesquecível.

Novidades de Outubro - Arqueiro

30 de outubro de 2018

Vox - Christina Dalcher

O governo decreta que as mulheres só podem falar 100 palavras por dia. A Dra. Jean McClellan está em negação. Ela não acredita que isso esteja acontecendo de verdade.
Esse é só o começo...
Em pouco tempo, as mulheres também são impedidas de trabalhar e os professores não ensinam mais as meninas a ler e escrever. Antes, cada pessoa falava em média 16 mil palavras por dia, mas agora as mulheres só têm 100 palavras para se fazer ouvir.
...mas não é o fim.
Lutando por si mesma, sua filha e todas as mulheres silenciadas, Jean vai reivindicar sua voz.

Princesa das Cinzas - Princesa das Cinzas #1 - Laura Sebastian

A jovem Theodosia tem seu destino alterado para sempre depois que seu país é invadido e sua mãe, a Rainha do Fogo, assassinada. Aos 6 anos, a princesa de Astrea perde tudo, inclusive o próprio nome, e passa a ser conhecida como Princesa das Cinzas.
A coroa de cinzas que o kaiser que governa seu povo a obriga a usar torna-se um cruel lembrete de que seu reino será sempre uma sombra daquilo que foi um dia. Para sobreviver a essa nova realidade, sua única opção é enterrar fundo sua antiga identidade e seus sentimentos.
Agora, aos 16 anos, Theo vive como prisioneira, sofrendo abusos e humilhações. Até que um dia é forçada pelo kaiser a fazer o impensável. Com sangue nas mãos, sem pátria e sem ter a quem recorrer, ela percebe que apenas sobreviver não é mais suficiente.
Mas a princesa tem uma arma: sua mente é mais afiada que qualquer espada. E o poder nem sempre é conquistado no campo de batalha.

A Torre do Amor - Fairy Tales #3 - Eloisa James

Quando Gowan, o magnífico duque de Kinross, decide se casar, seu plano é escolher uma jovem adequada e negociar o noivado com o pai dela. Ao conhecer Edie no baile de apresentação dela à sociedade, ele acredita que, além de linda, ela também seja a dama serena que ele procura e imediatamente pede sua mão.
Na verdade, o temperamento de Edie é o oposto da serenidade. No baile, ela estava com uma febre tão alta que mal falou e não conseguiu prestar atenção em nada, nem mesmo no famoso duque de Kinross. Ao saber que seu pai aceitou o pedido do duque, ela entra em pânico. E quando a noite de núpcias não é tudo o que podia ser...
Mas a incapacidade de Edie de continuar escondendo seus sentimentos faz com que o casamento deles se desintegre e com que ela se recolha à torre do castelo, trancando Gowan do lado de fora.
Agora o poderoso duque está diante do maior desafio de sua vida. Nem a ordem nem a razão funcionam com sua geniosa esposa. Como ele conseguirá convencê-la a lhe entregar as chaves não só da torre, mas também do próprio coração?

A Cruz de Fogo - Outlander #5 - Diana Gabaldon

O ano é 1771. Na Carolina do Norte, conserva-se a duras penas um frágil equilíbrio entre a aristocracia colonial e os esforçados pioneiros. E entre esses dois lados prestes a entrar em conflito está Jamie Fraser, um homem de honra exilado de sua amada Escócia. Convocado a liderar uma milícia para conter as insurgências, ele sabe que quebrar o juramento que fez à Coroa inglesa o tornará um traidor, mas mantê-lo será a certeza de sua ruína.
A guerra se aproxima, garantiu-lhe sua esposa, Claire Randall. E, mesmo não querendo acreditar nesse triste futuro, Jamie Fraser está ciente de que não pode ignorar o conhecimento que só uma viajante do tempo poderia ter. Afinal, a visão única de Claire já os colocou em risco, mas também lhes trouxe salvação.
A cruz de fogo é uma envolvente história sobre o empenho de Jamie em proteger sua família, construir uma comunidade e manter suas terras às vésperas de um conflito histórico. Nesses esforços, ele é ajudado por sua mulher, sua filha Brianna e seu genro Roger MacKenzie, que nasceram no século XX e agora tentam se adaptar à tortuosa vida do século XVIII.

A Grande Solidão - Kristin Hannah

Alasca, 1974.
Imprevisível. Implacável. Indomável.
Para uma família em crise, o último teste de sobrevivência.
Atormentado desde que voltou da Guerra do Vietnã, Ernt Allbright decide se mudar com a família para um local isolado no Alasca.
Sua esposa, Cora, é capaz de fazer qualquer coisa pelo homem que ama, inclusive segui-lo até o desconhecido. A filha de 13 anos, Leni, também quer acreditar que a nova terra trará um futuro melhor.
Num primeiro momento, o Alasca parece ser a resposta para tudo. Ali, os longos dias ensolarados e a generosidade dos habitantes locais compensam o despreparo dos Allbrights e os recursos cada vez mais escassos.
Porém, o Alasca não transforma as pessoas, ele apenas revela sua essência. E Ernt precisa enfrentar a escuridão de sua alma, ainda mais sombria que o inverno rigoroso. Em sua pequena cabana coberta de neve, com noites que duram 18 horas, Leni e a mãe percebem a terrível verdade: as ameaças do lado de fora são muito menos assustadoras que o perigo dentro de casa.
A grande solidão é um retrato da fragilidade e da resistência humana. Uma bela e tocante história sobre amor e perda, sobre o instinto de sobrevivência e o aspecto selvagem que habita tanto o homem quanto a natureza.

Almas Gêmeas - Nicholas Sparks

Hope Anderson está numa encruzilhada. Aos 36 anos, ela namora o mesmo homem há seis, sem perspectiva de casamento. Quando seu pai é diagnosticado com ELA, Hope resolve passar uma semana na casa de praia da família, na Carolina do Norte, para pensar nas difíceis decisões que precisa tomar em relação ao próprio futuro.
Tru Walls nasceu numa família rica no Zimbábue. Nunca esteve nos Estados Unidos, até receber uma carta de um homem que diz ser seu pai biológico, convidando-o a encontrá-lo numa casa de praia na Carolina do Norte. Intrigado ele aceita e faz a viagem.
Quando os dois estranhos se cruzam na praia, nasce entre eles uma ligação eletrizante e imediata. Nos dias que se seguem, os sentimentos que desenvolvem um pelo outro os obrigam a fazer escolhas que colocam à prova suas lealdades e reais chances de felicidade.
O novo romance de Nicholas Sparks, na tradição de Diário de uma Paixão e Noites de Tormenta, aborda as muitas facetas do amor, os arrependimentos e a esperança que nunca morre, trazendo à tona a pergunta: por quanto tempo um sonho consegue sobreviver?

O Resgate no Mar - Diana Gabaldon

12 de outubro de 2018

Título: O Resgate no Mar - Outlander #3
Autora: Diana Gabaldon
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance histórico/Fantasia
Ano: 2018
Páginas: 992
Nota:★★★★★
Sinopse: Há vinte anos Claire Randall voltou no tempo e encontrou o amor de sua vida – Jamie Fraser, um escocês do século XVIII. Mas, desde que retornou à sua própria época, ela sempre pensou que ele tinha sido morto na Batalha de Culloden.
Agora, em 1968, Claire descobre, com a ajuda de Roger Wakefield, evidências de que seu amado pode estar vivo. A lembrança do guerreiro escocês não a abandona… seu corpo e sua alma clamam por ele em seus sonhos. Claire terá que fazer uma escolha: voltar para Jamie ou ficar com Brianna, a filha dos dois.
Jamie, por sua vez, está perdido. Os ingleses se recusaram a matá-lo depois de sufocarem a revolta de que ele fazia parte. Longe de sua amada e em meio a um país devastado pela guerra e pela fome, o rapaz precisa retomar sua vida.
As intrigas ficam cada vez mais perigosas e, à medida que tempo e espaço se misturam, Claire e Jamie têm que encontrar a força e a coragem necessárias para enfrentar o desconhecido. Nesta viagem audaciosa, será que eles vão conseguir se reencontrar?

Resenha: A pedido dos fãs, a Editora Arqueiro decidiu lançar os livros da série Outlander em volumes únicos, e mesmo não sendo fã de livros com capas de filme/série (eu queria muito que mantivessem o padrão das primeiras capas), essa decisão foi uma benção, pois eu já tinha os dois primeiros volumes sem essa divisão de partes e estava relutante em adquirir os demais livros separados, até agora.

Não sei se seria um spoiler começar a resenha com o alerta de que Jamie não morreu na batalha de Culloden, mas como a série é enorme e ainda tem muita coisa pra acontecer, já era de se esperar que o homem estivesse vivo e inteiro. A surpresa fica para Claire que, no presente, acreditava ter perdido o grande amor de sua vida, até descobrir que estava enganada...
Mas vinte anos se passaram. Ela reconstruiu e se readaptou a uma nova vida, tinha uma carreira bem sucedida como médica cirurgiã, e também teve Brianna, a filha que carregava quando viajou no tempo de volta para o presente, e que Frank assumira como sua.
Assim, quando Claire descobre que seu amado está vivo, a única coisa que ela quer - e precisa - é voltar para reencontrá-lo, mesmo que não soubesse como, exatamente, faria isso, e o que poderia encontrar.

E enquanto Claire se prepara sem deixar de pensar que sua vida poderia ter sido muito diferente se não tivesse ido embora, acompanhamos a jornada de sobrevivência de Jamie, que não foi nada fácil e lhe serviu de experiência para suas próximas decisões, inclusive profissionais. Porém, depois de vinte anos (e metade do livro também), o tempo se encarregou de deixar feridas, e nenhum dos dois continuou sendo quem costumavam ser. Mas será que o tempo também foi responsável por mudar o amor que havia entre eles?

É difícil fazer uma resenha digna dos livros de Diana Gabaldon, não só pela quantidade de páginas, mas pela complexidade da história. É impossível resumir em poucas palavras o turbilhão de acontecimentos que de desenrolam, as incontáveis reviravoltas, os toques de bom humor, as confusões que o casal se mete, e o misto de emoções que a história nos causa. É preciso ler (vale assistir a série também) pra entender pelo menos um pouco dessa sensação, que diga-se de passagem, é tão agoniante quanto maravilhosa. A narrativa é recheada de detalhes e se desenrola com muito dinamismo e fluidez, e vários acontecimentos que parecem não ter muita importância, acabam sendo peças chave na resolução de um problema lá na frente.

Mas, como estamos falando de Diana Gabaldon e o quanto essa abençoada autora não perde a oportunidade de arrasar os corações alheios, mesmo com o tão esperado reencontro as coisas não seriam tão fáceis assim. Novamente o destino - e um sequestro - separa os dois, e eles farão de tudo para ficarem juntos outra vez, nem que pra isso precisem enfrentar muitos perigos.

O que importa é que, através de Claire e de Jamie, o significado de um amor que quebra todas as barreiras e sobrevive a qualquer coisa é compreendido. Percebemos o imenso vazio dentro deles por estarem incompletos, e como eles levaram a vida, infelizes, por estarem tão longe um do outro, logo é impossível não se emocionar.

Jamie não é mais aquele rapaz inocente e deslumbrado com a mulher. Ele agora é cheio de determinação. E Claire, muito mais madura, sempre age com a razão. E mesmo que eles tenham mudado de várias formas, a essência permaneceu. Eles se amam, se respeitam, compreendem um ao outro, combinam entre si, e a química, emocional e sexual, está mais forte do que nunca. Mas, eles guardam segredos acerca do que viveram sozinhos, com intenção de não ferir os sentimentos do outro, mas talvez esses segredos podem interferir de forma negativa nesse relacionamento. Assim, além das várias reviravoltas, perigos, encontros e reencontros, o amor que sentem um pelo outro é posto à prova o tempo todo. As quase mil páginas desse volume passam mais rápido do que esperávamos e ao final só queremos mais. E tudo isso com um pano de fundo histórico maravilhoso e cheio de detalhes de tirar o fôlego.

Enfim, Outlander é leitura obrigatória para fãs de romances arrebatadores, emocionantes e viciantes.

Novidades de Setembro - Arqueiro

4 de setembro de 2018

Eu Perdi o Rumo - Gayle Forman

Freya perdeu a voz no meio das gravações de seu álbum de estreia.
Harun planeja fugir de casa para encontrar o garoto que ama.
Nathaniel acaba de chegar a Nova York com uma mochila, um plano elaborado em meio ao desespero e nada a perder.
Os três se esbarram por acaso no Central Park e, ao longo de um único dia, lentamente revelam trechos do passado que não conseguiram enfrentar sozinhos. Juntos, eles começam a entender que a saída do lugar triste e escuro em que se acham pode estar no gesto de ajudar o próximo a descobrir o próprio caminho.
Contado a partir de três perspectivas diferentes, o romance inédito de Gayle Forman aborda o poder da amizade e a audácia de ser fiel a si mesmo. Eu perdi o rumo marca a volta de Gayle aos livros jovens, que a consagraram internacionalmente, e traz a prosa elegante que seus fãs conhecem e amam.

O Jardim Esquecido - Kate Morton

Uma criança abandonada, um antigo livro mágico, um jardim secreto, uma família aristocrática, um amor negado. Em mais uma obra-prima, Kate Morton cria uma história fantástica que nos conduz por um labirinto de memórias e encantamento, como um verdadeiro conto de fadas.
Dez anos após um trágico acidente, Cassandra sofre um novo baque com a morte de sua querida avó, Nell. Triste e solitária, ela tem a sensação de que perdeu tudo o que considerava importante. Mas o inesperado testamento deixado pela avó provoca outra reviravolta, desafiando tudo o que pensava que sabia sobre si mesma e sua família.
Ao herdar uma misteriosa casa na Inglaterra, um chalé no penhasco rodeado por um jardim abandonado, Cassandra percebe que Nell guardava uma série de segredos e fica intrigada sobre o passado da avó.
Enchendo-se de coragem, ela decide viajar à Inglaterra em busca de respostas. Suas únicas pistas são uma maleta antiga e um livro de contos de fadas escrito por Eliza Makepeace, autora vitoriana que desapareceu no início do século XX. Mal sabe Cassandra que, nesse processo, vai descobrir uma nova vida para ela própria.
Publicado originalmente como O Jardim Secreto de Eliza.

Sem Escolha - Sea Breeze #2 - Abbi Glines

Está cada vez mais quente na cidade litorânea de Sea Breeze, e Marcus Hardy encontrou o abrigo perfeito para passar os próximos meses de calor: o frequentado apartamento de Cage York.
As garotas estão sempre entrando e saindo de lá, em sua maioria mulheres lindas que nunca ficam mais de uma noite. Quando Marcus chega, está apenas buscando curar seu coração ferido. Só que uma das frequentadoras mais assíduas da nova casa logo chama sua atenção.
Willow – ou apenas Low – é a mulher com quem Cage pretende se casar. Mas os dois são completamente diferentes, e Marcus não entende como ela pode lidar tão bem com a infidelidade de Cage.
No fundo, Low precisa mesmo é de um homem de verdade... bonito e sensível como Marcus. Porém, as coisas não são tão simples, e esse relacionamento vai se complicar de um dia para o outro, assim que um grande segredo for revelado.
Em Sem Escolha, segundo livro da série Sea Breeze, Abbi Glines continua a atiçar a imaginação dos leitores com personagens sedutores e romances apimentados.

Um Acordo e Nada Mais - Clube dos Sobreviventes #2 - Mary Balogh

Embora Vincent, o visconde Darleigh, tenha ficado cego no campo de batalha, está farto da interferência da mãe e das irmãs em sua vida. Por isso, quando elas o pressionam a se casar e, sem consultá-lo, lhe arranjam uma candidata a noiva, ele se sente vítima de uma emboscada e foge para o campo com a ajuda de seu criado.
No entanto, logo se vê vítima de outra armadilha conjugal. Por sorte, é salvo por uma jovem desconhecida. Quando a Srta. Sophia Fry intervém em nome dele e é expulsa de casa pelos tios sem um tostão para viver, Vincent é obrigado a agir. Ele pode estar cego, mas consegue ver uma solução para os dois problemas: casamento.
Aos poucos, a amizade e o companheirismo dos dois dão lugar a uma doce sedução, e o que era apenas um acordo frio se transforma em um fogo capaz de consumi-los.
No segundo volume da série Clube dos Sobreviventes, você vai descobrir se um casamento nascido do desespero pode levar duas pessoas a encontrarem o amor de sua vida.

O Buraco da Agulha - Ken Follett

Este clássico de espionagem ambientado na Segunda Grande Guerra é repleto de tramas mirabolantes e intrigas internacionais. Um brilhante espião alemão, de codinome Agulha, corre contra o tempo para descobrir o segredo dos aliados e aniquilá-los. O espião fará de tudo, até mesmo tentar matar a bela inglesa por quem se apaixona, para conseguir seu intento e ajudar a Alemanha a vencer a guerra. Mas o seu grande engano foi não contar com a perspicácia da mulher. Os dias turbulentos que antecederam o desembarque na Normandia, o famoso Dia D, e um ritmo muito acelerado fazem desse suspense um hipnotizante thriller psicológico.


A Duquesa Feia - Eloisa James

3 de setembro de 2018

Título: A Duquesa Feia - Fairy Tales #4
Autora: Eloisa James
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance de época/Releitura
Ano: 2018
Páginas: 272
Nota:★★★☆☆
Sinopse: Como ela ousa achar que ele a ama, quando Londres inteira a chama de Duquesa Feia?
Theodora Saxby é a última mulher com quem se poderia esperar que o lindo James Ryburn, herdeiro do ducado de Ashbrook, se casasse. Mas depois de um pedido romântico feito na frente do próprio príncipe, até a realista Theo se convence de que o futuro duque está apaixonado.
Ainda assim, os tabloides dizem que a união não durará mais do que seis meses.
Em seu íntimo, Theo acredita que os dois ficarão juntos para sempre… até que ela descobre que o que James desejava não era seu amor, mas seu dote.
E a sociedade, que primeiro se chocou com seu casamento, se escandaliza com sua separação.
Agora James precisará enfrentar a batalha de sua vida para convencer Theo que ele amava a patinha feia antes que ela se transformasse em cisne. E Theo logo descobrirá que, para um homem com alma de pirata, vale tudo no amor – e na guerra.

Resenha: A Duquesa Feia é o quarto livro da série Fairy Tales escrita por Eloisa James. A série traz releituras dos contos de fadas mais famosos da literatura e este é inspirado na história do Patinho Feio. Pelas histórias serem independentes e distintas, não é necessário ler os livros na sequência de lançamento. No Brasil ele foi lançado pela editora Arqueiro como o volume 3.

Theodora Saxby é uma jovem de dezessete anos e bem pé no chão, principalmente para a época, e está conformada por não se encaixar nos padrões de beleza femininos da sociedade. Não importa que sua mãe, que a enche de roupas com milhões de babados, e seu melhor amigo, quase um irmão com quem foi criada e que carinhosamente a chama de Daisy, James Ryburn, digam o contrário.
O duque de Ashbrook é o pai de James, o que torna o rapaz de dezenove anos o herdeiro do ducado, e, por ter sido melhor amigo do falecido pai de Theo, ficou responsável por cuidar do dote da garota até que ela se casasse.

Tudo estava indo bem até Theo se interessar por lorde Geoffrey Trevelyan e pedir a ajuda de James para chamar sua atenção, mas James acha que ela está acima de qualquer imbecil, principalmente deste biltre a quem ela manifestou interesse, e não fica nada feliz com essa ideia. E é essa situação que nos leva a uma discussão bastante tensa entre James e seu pai logo início da história, onde o problema maior é que o pai dele, que deveria cuidar dos assuntos financeiros de Theo, se endividou até o pescoço ao fazer investimentos absurdos ate perder a fortuna da família. Então, pra continuar com sua alta posição na sociedade, ele passou a gastar o dinheiro pertencente a garota, e sem ter pra onde recorrer, encurrala o filho para que ele finja estar interessado nela para que se casem e James possa colocar as mãos no que sobrou do dote, salvando a sua pele desse golpe.

Porém, mesmo acreditando que enganar a melhor amiga poderia significar seu fim, James começa a perceber que sempre esteve atraído por Theodora, e o casamento não seria uma farsa completa como ele havia imaginado, e faz um acordo com seu pai de forma que o pilantra não conseguisse mais ter controle sobre o dinheiro de Theo e sobre a propriedade ou terras da família.

Então, após um pedido de casamento que deixou toda a sociedade incrédula (toda a Londres considerava a garota horrorosa e vê-la com alguém tão bonito e charmoso como James foi um grande choque), ela acredita que a sorte estava a seu favor e que, enfim, poderá se casar e ser feliz. Até descobrir sobre seu dote e acreditar que James só se casou com ela por causa do dinheiro.
O escândalo que essa separação causou foi inevitável, e James, que foi expulso junto com seu pai da propriedade, acabou partindo.

Enquanto Theo decidiu abrir o próprio negócio, James se tornou um verdadeiro pirata. Sete anos se passaram e muita coisa mudou desde então, e ele decidiu que voltar para tentar reatar o casamento é o melhor a se fazer. Será que Theodora vai acreditar que ele sempre a amou?

Narrado em terceira pessoa, A Duquesa Feia é um livro que, até certo ponto, envolve bastante devido a forma fluída e gostosa como foi escrito, assim como a apresentação de personagens cativantes e divertidos, mas depois acaba se tornando arrastado e o desenvolvimento deixa a desejar. Já devo ter comentado sobre a escrita maravilhosa da autora nas resenhas dos outros livros dela, mas este, embora tenha seus pontos positivos, eu cheguei a estranhar um pouco pela falta do bom humor e dos pontos não serem amarrados com a devida coerência.

Neste romance, temos os personagens e o desenvolvimento de cada um deles, que se dividem no antes e no depois. A mudança de comportamento e personalidade que ambos sofreram a partir da separação, foi algo que, embora possa ter algumas justificativas, não me soaram tão agradáveis de se acompanhar, e a sensação é de que a autora teve uma ideia muito boa, mas num determinado ponto parece ter perdido a mão e deixou a história com uma resolução feita às pressas depois de um desenvolvimento raso e sem profundidade sobre perdão, redenção e amor.

No início, a autora apresenta uma jovem Theo alegre, inteligente, sarcástica e, em alguns momentos, uma mocinha impulsiva e até bem à frente de sua época. Ela é adorável, encantadora e as referências à sua falta de beleza são praticamente inexistentes a ponto de nem ser possível fazer alguma ligação real com a história do patinho feio. James também não fica atrás no quesito simpatia. Ele é um jovem bonito, e por mais atrevido que seja, ele é gentil, respeitoso e tem um coração enorme. E mesmo que as circunstâncias (não muito ideais) tenham feito com que esses dois se casassem, James realmente amava Theo, o casal era uma graça e foi bem divertido ver os dois juntos, até que eles se separam de forma traumática e deixaram que a má experiência os transformasse pra pior. Talvez a "feiura" tenha vindo daí, quem sabe.

Nesse período de sete anos, Theo se tornou uma mulher bem sucedida, mas muito fria, amarga, dependente da opinião da sociedade e focada exclusivamente nos negócios, e esse ponto deixa a impressão de que a mulher só pode ter sucesso numa área da vida (a profissional) se outra for inexistente (a amorosa). Ok, a ideia de uma mulher ter ficado amargurada depois de tamanha decepção a ponto de não acreditar mais no amor é algo aceitável, mas não quando essas feridas são curadas de forma instantânea, com "band-aid", como se nada tivesse acontecido.
James, que, depois de ter sido expulso, não pensou duas vezes em se jogar na vida de pirata e deixar tudo pra trás se tornando um cara grosseiro e intragável. Ele passou sete anos sem dar notícias, aproveitou a vida da forma que quis durante esse tempo, até que num momento de conveniência, ele decide que deve voltar e retomar o casamento com Theo como se o tempo nem tivesse passado. Mas, se ele realmente amava Daisy como dizia, por que diabos esse cara não lutou por ela antes de ter ido embora?

Depois desse balde de água fria me peguei pensando "agora a coisa vai ficar boa, porque Theo, que ficou tão insensível desse jeito, não vai aceitar esse embuste tão fácil, a menos que ele faça algo realmente grandioso pra reparar seus erros e mostrar o cara legal que ele foi lá no começo", mas não.
James não teve trabalho nenhum pra conseguir o que quis, e a reconciliação, que eu apostava ser o ponto alto e emocionante da história, foi resolvida com informalidade, em poucas páginas, com situações e diálogos desnecessários, e de forma bem inconsistente. Eu não consegui comprar essa ideia e o desfecho não me convenceu.

Enfim, talvez as leitoras que apreciem com mais afinco esses romances de época e suas características consigam encontrar explicações ou aceitar melhor a ideia desse romance, mas comigo não foi bem assim. Apesar de não ter concordado com o desenvolvimento dos personagens e a forma deles resolverem as coisas desde o reencontro até o desfecho da história, não foi uma leitura ruim, e pra quem curte romances de época é um livro que recomendo.


Dentes de Dragão - Michael Crichton

25 de julho de 2018

Título: Dentes de Dragão
Autor: Michael Crichton
Editora: Arqueiro
Gênero: Sci-fi/Aventura
Ano: 2018
Páginas: 304
Nota:★★★★☆
Sinopse: Em 1876, no inóspito cenário do Oeste americano, os famosos paleontólogos e arquirrivais Othniel Marsh e Edwin Cope saqueiam o território à caça de fósseis de dinossauros. Ao mesmo tempo, vigiam, enganam e sabotam um ao outro numa batalha que entrará para a história como a Guerra dos Ossos.
Para vencer uma aposta, o arrogante estudante de Yale William Johnson se junta à expedição de Marsh. A viagem corre bem, até que o paranoico paleontólogo se convence de que o jovem é um espião a serviço do inimigo e o abandona numa perigosa cidade.
William, então, é forçado a se unir ao grupo de Cope e eles logo deparam com uma descoberta de proporções históricas. Mas junto com ela vêm grandes perigos, e a recém-adquirida resiliência de William será testada na luta para proteger seu esconderijo de alguns dos mais ardilosos indivíduos do Oeste.

Resenha: Em Dentes de Dragão, do falecido autor Michael Crichton (o mesmo autor de Jurassic Park), temos uma história que se passa em 1876, no velho oeste selvagem, onde duas equipes partem em busca de fósseis de dinossauro. Marsh e Cope são famosos - e arquirrivais - paleontólogos que fazem o que for preciso para conseguir o que querem, mesmo que isso signifique sabotagem e guerra entre eles.
William Johson é um estudante de Yale, muito arrogante e dono de si, que se une a Marsh, mesmo acreditando que ele seja um completo lunático, nessa expedição a fim de vencer mais uma aposta, mas o que ele não esperava era que o paleontólogo ficasse convencido de que ele é um espião a serviço de Cope. William acaba sendo abandonado numa cidade perigosa até encontrar com a equipe de Cope e ser forçado a se unir a ela. Não demora muito até que eles façam uma grandiosa descoberta que entraria para a história, mas que desencadearia a própria Guerra dos Ossos.

Fiz uma pesquisa rápida e descobri que os dois paleontólogos que fazem parte da trama existiram, e a rixa entre eles serviu de inspiração para que a história fosse construída. Eis que o autor criou William Johson para protagonizar essa história, que envolve descobertas incríveis e está recheada de ação e aventura, mas acima disso, mostra seu amadurecimento e transformação pessoal. William é um jovem delinquente que sempre teve regalias e nunca precisou passar por perrengues na vida. Tudo pra ele era fácil ou levado sem a menor seriedade. Mas tudo muda quando William se encontra em meio ao velho oeste, longe da "civilização" a qual ele estava acostumado. Num mundo perigoso e sem leis, as experiências e os perigos que ele vive, a forma como ele protege os ossos descobertos, com lealdade a Cope e pensando na importância que aquilo teria para a ciência, acabam sendo responsáveis por fazer com que o rapaz tenha uma nova percepção do mundo, e que esse mesmo mundo não gira ao redor de seu umbigo.

Embora o autor tenha uma escrita ótima e muito fluída, senti que faltou um pouco de aprofundamento em algumas questões, mas nada que atrapalhe a compreensão ou a empolgação com a história. O livro é bem divertido e, mesmo que se passe num cenário do qual não sou muito fã, conseguiu me prender como nenhum outro me prendia há tempos. A sensação é de ser transportada para o século XIX em meio a muita terra, tiros, perseguições e bolas de feno rolando pelo caminho.

Um ponto super bacana acerca do livro é a ideia de como esse tipo de trabalho era feito pelos paleontólogos naquela época. Se hoje existem aparatos modernos e abuso da tecnologia para tais descobertas, antigamente ninguém podia contar com isso, o que torna a caçada um verdadeiro martírio.

A diagramação do livro também é ótima. Ele é dividido em três partes que separam bem a aventura vivida por William e a equipe. No início há o mapa dos EUA com todo o itinerário, da Filadélfia até Deadwood, percorrido pelo protagonista. A capa se manteve fiel a original e embora simples, é perfeita e condiz com a proposta da trama.

No mais, pra quem espera por algo próximo ao sucesso Jurassic Park, posso afirmar que esta aventura, embora brilhante, frenética e cheia de ação, é bem diferente. Não espere por velociraptores perseguindo ninguém, mas se prepare para grandes intrigas, tiroteios a se perder de vista, reviravoltas e várias confusões numa história fascinante à lá velho oeste.


Império das Tormentas - Jon Skovron

21 de julho de 2018

Título: Império das Tormentas - Império das Tormentas #1
Autor: Jon Skovron
Editora: Arqueiro
Gênero: Fantasia/Aventura
Ano: 2018
Páginas: 368
Nota:★★★☆☆
Sinopse: Em um império fragmentado, circundado por mares selvagens, dois jovens de culturas diferentes se unem por uma causa comum.
Uma menina de 8 anos é a única sobrevivente do massacre de sua vila por biomantes, uma das mais poderosas forças do imperador. Batizada com o nome de seu vilarejo para nunca se esquecer do que perdeu, Bleak Hope é treinada em segredo por um mestre guerreiro para se tornar um instrumento de vingança.
Um estranho garoto de olhos vermelhos fica órfão nas esquálidas e sujas ruas de Nova Laven, mas é adotado pela pior pessoa que o destino poderia lhe apresentar: Sadie Cabra, uma das criminosas mais infames do submundo. Batizado como Red, ele é treinado para ser um exímio atirador de facas - além de ladrão, mentiroso e trapaceiro.
Quando um senhor do crime estabelece um acordo de poder com biomantes para tomar o controle do submundo de Nova Laven em troca da miséria da população, as histórias de Hope e Red finalmente se cruzam. Seja por honra ou vingança, essa improvável aliança os levará para a maior batalha da vida deles.

Resenha: Tudo começa quando uma menina é encontrada a bordo de um navio após ter sobrevivido a um massacre contra a vila onde vivia. Sin Toa, o capitão, decide deixá-la aos cuidados do mestre da Ordem Vichen, monges guerreiros que vivem isolados. Ela recebe o nome da vila onde morava, Bleak Hope, e passa a ser treinada em segredo a fim de buscar vingança no futuro.
De outro lado, temos Red, um garoto de olhos vermelhos que perdeu os pais e foi viver nas ruas da ilha de Nova Laven. Ele acaba sob a proteção de Sadie Cabra, uma das maiores criminosas do submundo que passa a treinar o menino para ser o melhor ladrão e trapaceiro do império.
Embora ainda não se conheçam, Hope e Red vivem nesse império insular dominado pelos biomantes, seres com a habilidade de modificar as formas dos vivos. O que eles não esperavam era, com o passar dos anos, ter seus destinos cruzados para unir forças e tentar impedir a dominação de Nova Laven.

O livro é dividido em quatro partes, cada uma referente a um estágio na vida dos protagonistas, e é narrado em terceira pessoa. Embora a leitura tenha uma certa fluidez e a maioria dos detalhes sejam bem ricos, as gírias criadas pelo autor utilizadas nos diálogos me soaram irrisórias demais. Talvez a ideia tenha sido criar um universo original onde os personagens tivessem seu próprio dialeto descolado, mas pra mim não funcionou muito bem. A cada palavra "nova" que aparecia (marreta/idiota, molly/mulher jovem, tommy/rapaz, pingo de pinto/inútil, charcado/apaixonado, vaga/amigo ou conhecido, e por aí vai...), eu relia todo o parágrafo, pois, num primeiro momento, não me parecia fazer sentido já que aparecia naturalmente, mas sem maiores explicações, como se o leitor tivesse obrigação de saber do que se trata. E lá vamos nós (eu) interromper a leitura pra recorrer ao glossário ao final do livro em busca do significado do tal termo... E depois, mesmo me deparando com a palavra outras milhares de vezes, eu não conseguia me acostumar e só me sentia incomodada com esse artifício que, ao meu ver, acabou não acrescentando em nada na história. Talvez outros leitores achem esse recurso bacana, talvez tenha sido o momento meio pra baixo que escolhi pra investir nessa leitura e acabei não me familiarizando e achando graça, mas isso acabou influenciando de forma negativa em minha experiência com a história.

A trama apresenta questões polêmicas e traz algumas críticas sociais sem filtro algum através de situações e comentários pertinentes, envolvendo o machismo enfrentado por Hope ao crescer e ser treinada num ambiente inteiramente masculino onde ela não é bem vista pois "só homens podem ser espadachins", ou a vergonha e a negação por Red não aceitar ser quem é por ter um pai cujo trabalho passa longe "da moral e dos bons costumes". Foi bacana conhecer personagens secundários que fogem de estereótipos dentro do gênero da fantasia, principalmente a transgênera tratada de forma super natural, mas no final das contas outros detalhes acabaram se sobressaindo em relação aos demais que considerei positivos, e por mais que eu tenha achado o livro relativamente bom, eles também foram responsáveis por eu não conseguir aproveitar o livro da forma como eu gostaria.

Fiquei com muito mais perguntas do que respostas, e por mais que eu tenha imaginado que este, por ser o primeiro livro da série, não entregaria tudo de mão beijada para que o desenvolvimento fosse feito gradualmente, a sensação é que o autor quis ser diferente dando várias resoluções sem muita enrolação, mas senti que acompanhei os personagens e suas aventuras que não os levavam a lugar nenhum,como se não houvesse um propósito maior contra aqueles que deveriam ser os vilões, mesmo que os protagonistas sejam caracterizados como "anti-heróis", seja por Hope estar em busca de vingança, ou por Red ser um trapaceiro nato que cresceu no submundo do crime, e que embora não sejam os melhores exemplos a serem seguidos, ainda tem seus atributos e virtudes que os tornam os "mocinhos".

A história tem suas previsibilidades e traz incontáveis cenas de ação envolvendo pirataria, mortes, roubos e planos mirabolantes, o que, até certo ponto, é empolgante, mas tal empolgação é momentânea, como se o autor quisesse causar aquela euforia de forma proposital, principalmente porque a sensação é a mesma de assistir um filme estilo Piratas do Caribe: há momentos divertidos, momentos recheados de ação e perigos, mas no final das contas não inova e nem surpreende.

Enfim, pra quem curte uma história de fantasia, "fora-da-lei", cheias de ação, em alto mar ou não, e que ainda dá um tapa na cara dos mais diversos tipos de preconceito, Império das Tormentas é um bom livro a ser indicado.

Novidades de Julho - Arqueiro

15 de julho de 2018

Baía dos Suspiros - Os Guardiões #2 - Nora Roberts
Para celebrar a ascensão ao trono de sua nova rainha, as deusas da lua criaram três estrelas, de fogo, água e gelo. Mas a deusa da escuridão as fez cair do céu, pondo em risco o destino de todos os mundos. Os seis guardiões, três homens e três mulheres de natureza especial, seguem unindo forças na busca pelas estrelas.
Com sua bússola mágica, Sawyer King os transporta para a ilha de Capri, onde está escondida a Estrela de Água. Agora, eles vão precisar contar ainda mais com a sereia Annika. Nova neste mundo, sua pureza e beleza são de tirar o fôlego, assim como sua lealdade e disposição em proteger os novos amigos.
Sawyer logo se vê atraído por seu espírito alegre. Mas Annika deve voltar para o mar em breve, e ele sabe que, se permitir que ela entre em seu coração, nenhuma bússola será capaz de guiá-lo para a terra firme…
Enquanto isso, na escuridão, Nerezza está furiosa com a primeira derrota e planeja um retorno ainda mais maligno. Ela perdeu uma estrela para os guardiões, mas ainda há tempo para derramamento de sangue. Pois uma nova arma está sendo forjada. Algo mortal e imprevisível.

Uma Noiva para Winterborne - Os Ravenels #2 - Lisa Kleypas
Rhys Winterborne conquistou uma fortuna incalculável graças a sua ambição ferrenha. Filho de comerciante, ele se acostumou a conseguir exatamente o que quer – nos negócios e em tudo mais.
No momento em que conhece a tímida aristocrata lady Helen Ravenel, decide que ela será sua. Se for preciso macular a honra dela para garantir que se case com ele, melhor ainda.
Apesar de sua inocência, a sedução perseverante de Rhys desperta em Helen uma intensa e mútua paixão.
Só que Rhys tem muitos inimigos que conspiram contra os dois. Além disso, Helen guarda um segredo sombrio que poderá separá-los para sempre. Os riscos ao amor deles são inimagináveis, mas a recompensa é uma vida inteira de felicidade.
Com uma trama recheada de diálogos bem-humorados e cenas sensuais e românticas, Uma noiva para Winterborne é o segundo volume da coleção Os Ravenels.

A Libélula No Âmbar - Diana Gabaldon

2 de junho de 2018

Título: A Libélula no Âmbar - Outlander #2
Autora: Diana Gabaldon
Editora: SDE/Arqueiro
Gênero: Romance histórico/Fantasia
Ano: 2014
Páginas: 944
Nota:★★★★★
Sinopse: Claire Randall guardou um segredo por vinte anos. Ao voltar para as majestosas Terras Altas da Escócia, envoltas em brumas e mistério, está disposta a revelar à sua filha Brianna a surpreendente história do seu nascimento. É chegada a hora de contar a verdade sobre um antigo círculo de pedras, sobre um amor que transcende as fronteiras do tempo... E sobre o guerreiro escocês que a levou da segurança do século XX para os perigos do século XVIII.
O legado de sangue e desejo que envolve Brianna finalmente vem à tona quando Claire relembra a sua jornada em uma corte parisiense cheia de intrigas e conflitos, correndo contra o tempo para evitar o destino trágico da revolta dos escoceses. Com tudo o que conhece sobre o futuro, será que ela conseguirá salvar a vida de James Fraser e da criança que carrega no ventre?

Resenha: Depois de todos os acontecimentos de tirar o fôlego do primeiro livro, só resta ao leitor preparar o coração para esta incrível continuação.

Depois de viver alguns anos inesquecíveis ao lado de Jamie, na Escócia do século 18, Claire conseguiu voltar para o presente e retoma o casamento com seu primeiro marido, Frank, que não a esquecera. O que, inicialmente, deixa o leitor perdido, é o fato de que a história começa a ser narrada por Roger, um historiador filho do Reverendo amigo de Frank, e o ano é 1968. Vinte anos se passaram desde que Claire viajou no tempo pela segunda vez para voltar para casa, grávida de Jamie, se sentindo perdida mais uma vez, e para os braços de Frank. Ninguém sabe o que aconteceu, pois, no final do primeiro livro, Claire e Jamie embarcaram numa viagem rumo a França.
Agora nos deparamos com um casal infeliz que se mudou pra Boston, nos EUA, e vive de aparências, com uma linda filha (que Frank assumiu,mesmo não sendo pai biológico), chamada Brianna. Claire se tornou uma cirurgiã de renome e coloca o trabalho em primeiro lugar.

Depois de alguns eventos fatídicos, Claire, Brianna e Roger viajaram para a Escócia onde Claire pede ajuda a Roger para procurar por qualquer coisa que pudesse comprovar não só os três anos de sua vida de duzentos anos atrás, como também a existência de Jamie. Brianna cresceu sem saber de nada, e acreditava que Frank era seu pai biológico, então seria difícil para ambos acreditarem no que Claire alegava ter acontecido.
Assim, vamos acompanhando o desenrolar da história em busca de maiores explicações sobre o motivo que fez com que Claire voltasse, porque ela guardou segredo sobre o que viveu ao lado de seu verdadeiro amor, Jamie, e como ela e a filha lidaram com o fato de que essa viagem no tempo realmente aconteceu, e que Brianna é fruto disso.

Durante os relatos de Claire, vamos acompanhando que a vida dela e de Jamie foram totalmente transformadas ao chegarem na França, seja pelo novo e requintado estilo de vida cercado pela realeza, ou pelo fato de que Jamie passa a participar dos embates políticos da época. Devido as atrocidades intragáveis que ele sofreu nas mãos do doentio "Black Jack", é bastante difícil e triste acompanhar seu trauma e o quanto ele se distanciou de Claire e de seus amigos, mas aos poucos, e com bastante ajuda, ele começa a superar o que aconteceu, e, neste volume, percebemos o quanto esse relacionamento, que parecia estar tão frágil, começa a se fortalecer, mesmo que esteja fadado a mais uma separação (justificada, claro), afinal, Claire retorna para o presente. Mesmo sendo um fugitivo, sua participação na política também acaba sendo algo que o distrai, mesmo que isso faça com que ele fique um pouco ausente. Dessa forma, mesmo grávida, Claire se envolve nos cuidados de pacientes necessitados aproveitando de seus conhecimentos médicos, e passa a ajudar as freiras e enfermeiras da comunidade francesa local. E enquanto isso, Claire e Jamie tentam interferir nos acontecimentos a fim de mudarem o destino trágico da revolta escocesa durante a batalha de Culloden, que naquela época, ainda estava prestes a acontecer.

Os elementos típicos da série, como batalhas, traições, perigos, intrigas políticas e claro, muito romance, só fazem com que a história fique rica, envolvente e muito viciante. Confesso que alguns pontos relacionados aos fatos históricos que se referem à política acabam sendo um pouco cansativos e até repetitivos, mas a história de Claire e Jamie é tão encantadora, e a vontade de saber como Brianna irá reagir quando descobrir toda a verdade são tantas que é impossível largar o livro.

Enfim, mais uma leitura imperdível, inesquecível e que passou a fazer parte dos livros favoritos da vida. Leiam, assistam a série, sofram junto com os fãs, mas morram de amores por esse casal maravilhoso e inseparável!

A Viajante do Tempo - Diana Gabaldon

30 de maio de 2018

Título: A Viajante do Tempo - Outlander #1
Autora: Diana Gabaldon
Editora: SDE/Arqueiro
Gênero: Romance histórico/Fantasia
Ano: 2014
Páginas: 800
Nota:★★★★★
Sinopse: Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros.
Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro escocês, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?

Resenha: Claire e Frank Randall acabaram de se casar, mas já tiveram que se separar para cumprirem com os deveres de seu país. Enviados para servirem na Segunda Guerra, ela era enfermeira chefe e trabalhava arduamente tentando salvar os feridos, e ele servindo bravamente como soldado no exército. Depois de alguns anos de horror, com o fim da Guerra, em 1945, eles se reencontraram e decidiram viajar para Inverness a fim de curtirem uma lua-de-mel.
Por nutrir grande paixão por História e ter grande vontade de saber mais sobre seus antepassados, Frank inicia uma pesquisa para montar sua árvore genealógica. Enquanto isso, Claire passeia pelos campos para conhecer mais sobre as propriedades das ervas e afins.
Num dos passeios do casal, eles presenciam um ritual místico em um círculo de pedras em Craig na Dun, mas quando Claire decide voltar lá sozinha para procurar uma flor, o inesperado acontece: ela escuta zumbidos em meio às pedras e de repente já está numa floresta onde se depara com um oficial do exército britânico muitíssimo parecido com seu marido, o sádico "Black Jack" Randall.
Logo em seguida Claire encontra um grupo de escoceses que está fugindo daquele oficial e acaba ajudando um deles que estava com o ombro deslocado. Esse seria seu primeiro contato com Jamie Fraser. A partir daí, a sassenach, que é como Claire passa a ser chamada por ser uma "forasteira", começa a perceber que viajou no tempo e está em 1743, numa Escócia dominada por clãs, medieval, violenta e ameaçada por uma guerra prestes a eclodir. O que a salva são seus conhecimentos em medicina e as propriedades de cura das ervas, que, de alguma forma, a torna "útil". E se sentindo perdida e obrigada a manter seu segredo para sobreviver, o que lhe resta é se adaptar enquanto não descobre como voltar para o futuro e para seu marido. Mas quando as coisas chegam num ponto que talvez não tenha mais volta, será que Claire vai continuar tentando voltar, ou ela encontrará algo para mantê-la exatamente onde está?

A história é narrada em primeira pessoa pelo ponto de vista de Claire, e a visão dela faz com que os leitores compartilhem de seus sentimentos ao estar presa num século diferente, confusa e deslocada, mas fazendo de tudo para se adaptar, mesmo que se meta em problemas de vez em quando. Seu comportamento e modo de falar não condiz com os costumes das mulheres daquela época, assim como a ideia de ela não parecer ter parentes ou não vir de lugar nenhum, e isso, claro, levanta suspeitas. Numa dessas ela acaba sendo obrigada a se casar com Jamie e agora precisa lidar com o fato de que Frank já é seu marido, mesmo que na época em que ela se encontre o homem sequer é nascido... A ligação e o desejo por Jamie começam a crescer cada vez mais, e ele sendo tão cavalheiro e preocupado com ela, é praticamente impossível de se resistir... Essa viajem no tempo não pode ter sido por mero acaso do destino, e a ideia de que nada, nem mesmo o tempo, pode separar pessoas que estão destinadas uma à outra, só se fortalece.

O livro é bastante rico em detalhes no que diz respeito à cultura escocesa do século 18, e acaba sendo bem complexo em seu desenvolvimento. Algumas partes são bem questionáveis e em certos momentos me peguei pensando que a forma como a história é conduzida poderia ser um tipo de estratégia da autora para amenizar o adultério ou até mesmo romantizar abusos e violência, mesmo que sejam fatores comuns da época em que a história se passa. Mas mesmo tendo ficado horrorizada com algumas cenas, é impossível não se empolgar com os detalhes, sejam eles baseados em fatos ou não, e com o romance entre Claire e Jamie que cresce e se fortalece cada vez mais.
Embora Claire seja teimosa e não tome as melhores decisões que já se viu, ela é inteligente, determinada e bastante ousada. Ela é um misto de virtudes e defeitos que acabam por tonando-a alguém com quem podemos nos identificar.
Jamie é um sonho. O homem, além de lindo, é um guerreiro cheio de coragem e que se dispõe a enfrentar o que for preciso por quem ama ou para defender os interesses e a liberdade de seu país.

Assim, pra quem gosta de romances históricos que se passam na época medieval, com toques bem colocados de sensualidade ao mesmo tempo que aborda intrigas políticas e disputas por poder, a série é obrigatória.

A Coroa da Vingança - Colleen Houck

26 de maio de 2018

Título: A Coroa da Vingança - Deuses do Egito #3
Autora: Colleen Houck
Editora: Arqueiro
Gênero: Fantasia
Ano: 2018
Páginas: 416
Nota:★☆☆☆☆
Sinopse: Meses após sua pacata vida como herdeira milionária sofrer uma reviravolta e ela embarcar numa vertiginosa jornada pelo Egito, Liliana Young está praticamente de volta à estaca zero.
Suas lembranças das aventuras egípcias e, especialmente, de Amon, o príncipe do sol, foram apagadas, e só resta a Lily atribuir os vestígios de estranhos acontecimentos a um sonho exótico. A não ser por um detalhe: duas estranhas vozes em sua mente, que pertencem a uma leoa e uma fada, a convencem de que ela não é mais a mesma e que seu corpo está se preparando para se transformar em outro ser.
Enquanto tenta dar sentido a tudo isso, Lily descobre que as forças do mal almejam destruir muito mais que sua sanidade mental – o que está em jogo é o futuro da humanidade.
Seth, o obscuro deus do caos, está prestes a se libertar da prisão onde se encontra confinado há milhares de anos, decidido a destruir o mundo e todos os deuses. Para enfrentá-lo de uma vez por todas, Lily se une a Amon e seus dois irmãos nesta terceira e última aventura da série Deuses do Egito.

Resenha: A Coroa da Vingança é o livro que, enfim, encerra a trilogia Deuses do Egito, da autora Colleen Houck.
A trilogia, num geral e de forma bem resumida, conta a história de Lily Young, uma jovem que tinha a vida controlada pelos pais até conhecer um antigo príncipe egípcio milenar que sofria de uma terrível maldição. Ele a leva numa jornada cheia de aventuras, descobertas e grandes perigos.

Nesse terceiro volume, Lily não se lembra de nada do que enfrentou no livro anterior, muito menos de Amon, o príncipe. O que ela não entende é que, embora ela não tenha lembranças, ela sempre escuta duas vozes misteriosas dentro de sua cabeça que falam sobre o Egito, múmias, esfinges e tudo o que ela, aparentemente, desconhece. Mas tudo muda quando ela recebe a visita do grão-vizir Hassan, que vem pra orientá-la de uma nova missão. Missão em que ela é a grande responsável por acordar os filhos do Egito, salvar Amon e Asten e impedir que Seth se liberte, mesmo que pra isso ela precise fazer um grande sacrifício.

Sei que tinha dito na resenha do segundo livro da série que iria desistir dessa trilogia, mas às vezes parece que gosto de ser feita de trouxa. Decidi, cheia de coragem, que iria fechar as resenhas desses livros aqui no blog, independente do resultado, e a única coisa que posso adiantar desde já é que esse volume deveria se chamar "Manual de como testar a paciência do leitor", ou "Manual de como estragar uma história, vol. 2" (pq o vol. 1 já foi com o livro anterior).

Os pontos negativos desse livro são tão infinitamente maiores do que os positivos, que tenho até vergonha de falar sobre minha sensação ao final. Nem a escrita, dessa vez, foi capaz de salvar minhas impressões.
Começando pela ideia estrambólica do Wasret. Lily convive com mais duas "entidades" dentro de si, que não só tem personalidade, sentimentos, vontades, desejos íntimos, voz própria e, claro, fuego, como também são capazes de controlar o seu corpo. Então, uma quarta mente que estava prestes a "eclodir" só para causar confusão, desde que sacrifícios fossem necessários, não faz muito sentido, principalmente porque o auê todo sobre o tal sacrifício, que parecia ser algo "obrigatório", caiu por terra...

Enquanto eu lia, não conseguia parar de lembrar da Saga do Tigre e como fica evidente que existe uma "fórmula" utilizada pela autora sobre como conduzir uma jornada, um romance, um mistério envolvendo alguma mitologia e até como fazer descrições que, por mais que transporte o leitor para o exato lugar onde a história se passa e veja tudo com os olhos dos personagens, acabam sendo desnecessárias por não acrescentarem bulhufas na trama, muito pelo contrário. Só faz o livro ter mais páginas, demorar mais pra ser lido, e os olhos se revirarem cada vez mais. E mesclar mitologia egípcia com elementos fantásticos nada a ver com a história, tipos fadas e unicórnios (???) só me deixaram com a cara na poeira pensando "WTF??!!"

Descrições de como os boys são lindos, maravilhosos, seus olhos claros penetrantes e seus corpos deliciosamente sarados, o que os personagens estão vestindo, o que estão comendo, o que estão cheirando ou como toda aquela areia do deserto gruda, só me fizeram querer tacar o livro janela afora.
Lily é uma protagonista detestável. Ao longo da história ela vai se transformando em uma pessoa totalmente diferente de quem ela se mostrou no começo, e a impressão que ela passa é que, mesmo que possa evitar confusão, ela não sossega enquanto não arruma problemas horripilantes, ou está tentando morrer, ou sei lá.
As personalidades/entidades quando eram trabalhadas separadamente foram um problema pois o que acontecia não tinha consistência, além de tudo ser muito absurdo. Três/Quatro "pessoas" em um único corpo onde cada uma delas ama/quer outras três pessoas diferentes.. Argh! Me perguntei um milhão de vezes se algum desses personagens já ouviu falar em monogamia, Lord. Se eu já detesto triângulos amorosos, nem preciso falar quando um triângulo vira um quarteto, um hexágono, uma suruba mui louca, e por mais ridículo que isso seja, eu ainda ficava pensando que tudo isso ainda poderia piorar... E não me enganei. O desfecho absurdo desses romances, vividos por personagens que parecem ser adolescentes psicologicamente perturbados, foi exatamente o que previ, mesmo que desde o início eu tenha ficado pensando que se isso realmente acontecesse, eu morreria de desgosto. E morri, mesmo.
Muitas coisas apresentadas pela autora que, inicialmente, pareciam ser importantes e que fariam alguma diferença na história, parecem ser esquecidas no meio do caminho, e ninguém sabe o que se passou, quando, onde e porquê, sem falar nas incontáveis conveniências irritantes que aparecem do além para tirar Lily de alguma enrascada e ajudá-la a resolver tudo facilmente como se fosse mágica.

Juntando tudo isso, a impressão que tive foi de um enredo louco que foi se desenvolvendo de forma desarticulada onde várias coisas não faziam o menor sentido, e o final tão previsível, absurdo e odioso que penso que se arrependimento matasse, eu já estaria caída dura nesse chão.
Infelizmente finalizei a leitura considerando que tudo que aconteceu não fez sentido e não teve um propósito plausível que me convencesse e me fizesse acreditar na história, independente de ser fantasiosa ou não. A capa salva, algumas descrições, mesmo inúteis, salvam, mas a trilogia como um todo é a maior perda de tempo que tive.