Um Acordo e Nada Mais - Mary Balogh

23 de novembro de 2018

Título: Um Acordo e Nada Mais - Clube dos Sobreviventes #2
Autora: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance de Época
Ano: 2018
Páginas: 304
Nota:★★★★☆
Sinopse: Embora Vincent, o visconde Darleigh, tenha ficado cego no campo de batalha, está farto da interferência da mãe e das irmãs em sua vida. Por isso, quando elas o pressionam a se casar e, sem consultá-lo, lhe arranjam uma candidata a noiva, ele se sente vítima de uma emboscada e foge para o campo com a ajuda de seu criado.
No entanto, logo se vê vítima de outra armadilha conjugal. Por sorte, é salvo por uma jovem desconhecida. Quando a Srta. Sophia Fry intervém em nome dele e é expulsa de casa pelos tios sem um tostão para viver, Vincent é obrigado a agir. Ele pode estar cego, mas consegue ver uma solução para os dois problemas: casamento.
Aos poucos, a amizade e o companheirismo dos dois dão lugar a uma doce sedução, e o que era apenas um acordo frio se transforma em um fogo capaz de consumi-los.
No segundo volume da série Clube dos Sobreviventes, você vai descobrir se um casamento nascido do desespero pode levar duas pessoas a encontrarem o amor de sua vida.

Resenha: Um Acordo e Nada Mais é o segundo volume da série Clube dos Sobreviventes. Vamos acompanhar a história de Vincent Hurt, o Visconde Darleigh, mais um membro do Clube que sobreviveu à Guerra Napoleônica, porém, devido a um acidente com um canhão, perdeu a visão, foi afastado permanentemente, ganhou o título de Visconde e, agora, conta com a ajuda dos amigos, companheiros de guerra, para se recuperar psicologicamente. Cansado de tentar fugir da mãe e de suas irmãs que querem lhe arranjar um casamento a qualquer custo, Vincent acaba voltando para Barton Coombs, sua antiga casa de infância, mas mais uma vez ele havia caído numa cilada conjugal. O que ele não esperava era conhecer a jovem Sophia Fry, que acaba lhe salvando dessa armadilha planejada pela prima.
Depois que seu pai morreu num duelo, Sophia Fry passou a viver de favor na casa de seus parentes que nem reconheciam sua existência. Ela ficou mal vista, não foi educada como uma dama, comia e se vestia mal e ainda foi apelidada de Ratinha pelos tios. Ela precisava encontrar uma forma de sair da casa desses parentes que a negligenciavam e a tratavam tão mal. Porém, com a intervenção que Sophia fez para ajudar Vincent, seus tios ficaram furiosos e expulsam a coitada de casa, sem um tostão sequer para sobreviver, e o Visconde, sem ter coragem de deixar a jovem à míngua, foi obrigado a agir lhe propondo casamento, que, no momento, seria a única solução para resolver o problema da moça. Mas, junto com o casamento por conveniência, veio um acordo: eles passariam somente um ano juntos e em seguida cada um seguiria com a vida como bem quisesse.
Agora que estão casados, eles vão se conhecendo melhor, a amizade e o companheirismo vão crescendo, mas aos poucos uma doce sedução também começa a surgir. Eles são opostos, mas, assim como os personagens do primeiro livro, possuem traumas e feridas que os deixam unidos de uma forma que eles não esperavam.

Seguindo o padrão do livro anterior, a narrativa é feita em terceira pessoa e é um tanto lenta, o que pode tornar a leitura um pouco cansativa, mas ainda assim podemos ter uma percepção muito boa dos sentimentos dos protagonistas enquanto os acompanhamos em suas jornadas de superação, autoaceitação, e na busca pelo amor próprio. Por mais que Vincent seja cego, a forma utilizada para fazer com que os outros sentidos dele compensem a falta da visão, ajuda a construir a personalidade dele.
Acho inclusive que houve uma sacada genial por parte da autora, pois de um lado temos Sophia, que é tratada com descaso, como se não existisse, e por isso se torna alguém praticamente invisível, e de outro lado temos Vincent, que, mesmo sem poder enxergar, é a única pessoa que realmente a vê.
Foi muito bacana acompanhar a forma como ele, nessas condições, passou a compreender o mundo ao seu redor.

O fato é que o ritmo da trama não poderia ser muito diferente, caso contrário se tornaria inverossímil e até incoerente. Os dois se casaram após trocar poucas palavras, não se conheciam, nunca sequer tinham se visto, ambos eram reservados e precisavam lidar com as próprias dores, logo, era necessário um tempo maior para que o dito relacionamento pudesse florescer.

Um Acordo e Nada Mais tem um enredo simples, doce e que inspira e emociona em alguns momentos, e mostra que, quando cativado, o amor pode surgir de onde menos se espera, se tornando verdadeiro e duradouro.

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