Um Amor para Lady Johanna - Julie Garwood

10 de maio de 2017

Título: Um Amor para Lady Johanna
Autora: Julie Garwood
Editora: Universo dos Livros
Gênero: Romance de época
Ano: 2016
Páginas: 400
Nota:★★★★☆
Sinopse: Uma jovem viúva. Um guerreiro escocês fascinante. Duas vidas transformadas pelo amor e por uma paixão avassaladora. Quando Lady Johanna soube que estava viúva, ela prometeu que jamais se casaria novamente. Com apenas dezesseis anos, ela já possuía uma força de vontade que impressionava a todos que enxergavam além de sua beleza avassaladora. Contudo, quando o Rei John ordenou que ela se casasse outra vez – e selecionou um noivo para ela – pareceu que a moça deveria se conformar com esse destino. Seu irmão, no entanto, sugere ao Rei um novo pretendente:o belo guerreiro escocês Gabriel MacBain. No início, Johanna estava tímida, mas, conforme Gabriel revelou com ternura os prazeres magníficos a serem compartilhados, ela começou a suspeitar que estava se apaixonando por seu novo e rude marido. Logo ficou claro para todo o clã das Terras Altas, portanto, que o ríspido e galante lorde rendera completamente seu coração. Porém, a iminência de uma intriga da realeza ameaça separar o casal e destruir o homem que ensinou a Johanna o significado do verdadeiro amor, que a transportou além de seus sonhos mais selvagens.

Resenha: Johanna tinha treze anos quando foi obrigada a se casar com o Barão Raulf, um homem violento, arrogante, grotesco e que não hesitava em fazê-la se sentir inferior. Ele a tratava com violência, tanto física quanto psicológica, controlava seus passos, a punia de forma cruel e ainda usava o nome de Deus para inferiorizá-la e fazer da vida de Johanna um verdadeiro inferno, mas, alguns anos depois, e para alívio da garota, aos dezesseis anos ela se tornou viúva. Porém, quando Johanna acreditou que ficaria livre daquele tormento, para seu desgosto e tristeza, o rei da Inglaterra ordenou que ela se casasse novamente. Como Johanna era casada com um barão em quem o rei conversava e confiava, ele não poderia correr o risco dela se casar com qualquer um que poderia vir a saber sobre suas questões políticas, então seu próximo marido deveria ser alguém, de preferência da Corte, que ele confiasse tanto quanto o barão.
Acreditando que todos os homens são iguais e que ela iria se casar com outro tão nojento quanto seu falecido marido, a jovem não sabia o que fazer até seu irmão, o Barão Nicholas Sanders, ter a ideia de casá-la com lorde Gabriel MacBain, um guerreiro escocês líder dos clãs MacBain e Maclaurin. Inicialmente, MacBain não aceita a ideia de se casar com uma inglesa de bom grado, mas, visando alguns de seus interesses, ele concorda com o casamento. Lady Johanna se apavora ao saber que se casaria com alguém que poderia ser ainda pior do que Raulf, afinal, todos ouviam histórias sobre como os escoceses são bárbaros e hostis. Mas MacBain, embora seja um homem bastante rude, nunca faria nada de mal para uma mulher. Ele é um homem íntegro e honrado, e irá oferecer uma vida de aprendizado e descobertas pessoais e íntimas à sua esposa, e Johanna, que pensou que passaria por maus bocados, passou a apreciar - e muito - esse casamento e as novas experiências que vivenciava.
Mas intrigas da realeza e alguns conflitos passaram a ser uma ameaça para seu marido e seu casamento, e a ideia de se separar de alguém que a ensinou o que é o amor verdadeiro fará com que Johanna mostre o quanto é corajosa e decidida para enfrentar coisas que ela jamais imaginou.

Narrado em terceira pessoa, acompanhamos um romance histórico apaixonante que traz todos os elementos necessários para tornar a leitura fluída e muito cativante. Os personagens são muito bem construídos, o casal principal tem muita química, as intrigas fazem com que haja tensão e drama, além de cenas com toques de bom humor para aliviar a seriedade do enredo que tornam a leitura bastante envolvente e divertida.

Johanna é aquele tipo de heroína que é apresentada como alguém frágil, injustiçada e sua história inclusive é bastante revoltante, afinal, ela ainda era uma criança quando foi obrigada a se casar. A história se passa na Inglaterra e na Escócia do século XIII e era comum que as mulheres se casassem muito novas e sofressem vários tipos de abuso devido ao machismo da época além de serem levadas a acreditar que não valiam nada frente aos homens. Mas a medida que a trama progride e a protagonista começa a vivenciar experiências que até então ela desconhecia, Johanna começa a mostrar o quanto é inteligente, espirituosa e não tem nada de frágil ou submissa.
McBain é aquele guerreiro lindo e maravilhoso que usa sua forma rude de ser como fachada para esconder um homem respeitoso e que se preocupa muito com a esposa, tanto em mantê-la segura quanto em satisfazê-la de todas as formas possíveis.
Os demais personagens são bastante realistas, suas descrições correspondem com o estilo e a cultura da época e todos são importantes para o desenrolar da história.

Alguns conflitos que surgiram não foram desenvolvidos muito bem e outros parecem terem sido descartados sem muita preocupação em mostrar uma resolução, e o desfecho da história, mesmo que seja lindo, deixa que o leitor imagine o que poderia acontecer. Então penso que essas pontas soltas talvez sejam uma caracerística na escrita da autora.

O projeto gráfico é um arraso. A capa é linda, delicada e remete bem a um romance de época. As páginas são amarelas, a fonte tem um tamanho agradável e não percebi erros na revisão.

Em suma, pra quem gosta de romances históricos que retrata com bastante fidelidade a vida no século XIII e traz uma história doce e emocionante, o livro é mais do que indicado.

Adeus, Tóquio! - Cecilia Vinesse

9 de maio de 2017

Título: Adeus, Tóquio!
Autora: Cecilia Vinesse
Editora: Globo Alt
Gênero: Romance/Juvenil
Ano: 2017
Páginas: 264
Nota:★★★★☆
Sinopse: Sophia tem apenas uma semana em Tóquio antes de voltar a morar nos Estados Unidos. Sete dias para dizer adeus à cidade que a acolheu e que lhe deu seus únicos amigos: Mika, uma menina completamente louca e inquieta, e David, por quem ela mantém uma semi secreta atração.
Para tornar a situação ainda mais difícil, Jamie Foster-Collins, um garoto com quem Sophia teve um grande mal entendido no passado, está de volta ao Japão, atrapalhando todos os seus planos para os últimos dias antes da despedida.
Entre caraoquês, comidas exóticas e cabelos coloridos, Sophia inicia a contagem regressiva do tempo que ainda resta para resolver todas as questões emocionais que a mantém ligada a essa cidade viva, elétrica e tão apaixonante.

Resenha: Sophia Wachowski é uma garota de dezessete anos que está de mudança. Ela mora em Tóquio há alguns anos e foi lá que, pela primeira vez, fez dois amigos inseparáveis, David e Mika. Sophia nutre uma paixão secreta por David, mas sabe que ele só quer saber mesmo de curtição. Depois de, finalmente, ter se acostumado com a vida lá, vai ter que voltar com a mãe e a irmã para Nova Jersey, nos Estados Unidos. A mudança será daqui a sete dias, e com esse pequeno prazo em mente, ela percebe que deve aproveitar ao máximo cada momento que Tóquio poderia lhe oferecer.
De outro lado, Jamie Foster-Collins, que também costumava ser parte do grupinho de amigos, está de volta a cidade após ter sido mandado para um colégio interno em outro país e, sabendo disso, Sophia não só decide sair com os amigos e turistar pela cidade para curtir seus últimos dias, mas também resolver algumas pendências, tanto com relação a mágoa deixada por Jamie antes dele ter ido embora, quanto ao seus sentimentos que se tornaram um turbilhão após o retorno inesperado do ex-amigo...
E nessa contagem regressiva, Sophia poderá descobrir que o que dá sentido a vida talvez seja exatamente aquilo que tentamos evitar.

Narrado em primeira pessoa, a história é bem simples, leve e divertida, levantando questões e dramas típicos da adolescência em meio a uma escrita descomplicada e bastante fluída.
Os personagens foram bem construídos de acordo com seus propósitos e representam com bastante fidelidade as questões e os conflitos dos adolescentes que estão nessa transição pra fase adulta, logo é comum serem irritantes, imaturos, se acharem donos da razão mesmo quando estão errados e afins, e o caso de Sophia é delicado, principalmente por ela ter que lidar com a ideia de dar adeus a tudo o que ela é tão apegada pra partir rumo ao desconhecido.
Aqui vemos de tudo, desde personagens imbecis que se aproveitam do que tem para tirar vantagem dos outros, até aquelas que sabem o real significado da palavra sororidade, mas pra mim o melhor foi o desenvolvimento do relacionamento entre Sophia e sua irmã, Alison. Através de suas interações e a forma como lidam com as próprias crises, acompanhamos seus dilemas sobre o significado de lar e de como é importante ter o apoio da família para superar os problemas ao se depararem com alguma situação difícil e que tráz ansiedade.

Talvez a autora tenha se inspirado na própria experiência ao ter criado essa história (vide orelha do livro), retratando uma garota que, embora tenha nascido no japão, não se considera japonesa por seu pai ser francês e sua mãe polonesa, mas se considera americana por ter sido criada lá desde bebê até se mudar outra vez, falando inglês e tudo mais, o que já indica um conflito acerca da origem da protagonista. Somando isso a questão de se ter poucos amigos, estar sempre viajando a ponto de não ter sido capaz de identificar o que ela poderia chamar de lar, e ainda precisar abrir mão do que faz parte de sua rotina, faz com que Sophia seja obrigada a sair de sua zona de conforto, criando um arco que traz uma abordagem bem relevante sobre aceitação e desapego, mas também trabalhando temas como despedidas, desentendimentos, reencontros e perdão.

Então, apesar de Sophia ter seus defeitos, o que a torna uma personagem bem próxima da nossa realidade, eu senti uma empatia pela garota. Ela tem seus momentos de ingenuidade, egoísmo, receio, determinação e outros tão diferentes entre si, mostrando sua forma de lidar com as mudanças que vieram e são inevitáveis, e pelo tempo ser curto, o tempo acaba sendo um momento que ela tem pra refletir e aprender muto de si mesma.

O que mais me surpreendeu no livro foi o fato de ele ser relativamente curto, se passar em apenas sete dias e ainda ter uma enorme quantidade de acontecimentos que são responsáveis por mudar totalmente a vida de Sophia.
A única coisa que não entendi muito bem foi a ambientação da história, pois há casos em outros livros que o cenário funciona como um personagem propriamente dito, fazendo da leitura uma grande viagem, mas isso não acontece aqui. Ter Tóquio como pano de fundo e me deparar com menções de alguns locais famosos sem que haja um aprofundamento em detalhes ou na cultura do Japão, fez com que o lugar não tenha a devida importância para o desenvolvimento do enredo, e digo isso no sentido de que a mesma história poderia se passar em qualquer outro lugar sem comprometer os acontecimentos. Outra coisa é que os personagens são todos americanizados, sem que haja nenhuma representação sequer de alguém que seja japonês, o que reforça ainda mais a falta de importância da cidade.

Enfim, pra quem procura por uma leitura descomplicada que tráz uma mensagem fofa sobre se encontrar, é super indicado.

Terceira Voz - Cilla e Rolf Börjlind

8 de maio de 2017

Título: Terceira Voz - Olivia Rönning & Tom Stilton #2
Autores: Cilla e Rolf Börjlind
Editora: Rocco
Gênero: Thriller/Suspense/Policial
Ano: 2017
Páginas: 464
Nota:★★★★☆
Sinopse: Um funcionário da alfândega em Estocolmo é encontrado enforcado na sala de sua casa; uma ex-artista de circo cega, que fazia filmes pornô para sobreviver, é brutalmente assassinada em Marselha, na França. Duas mortes aparentemente desconexas unem os ex-policiais Olivia Rönning e Tom Stilton novamente em Terceira voz, segundo romance da dupla sueca Cilla e Rolf Björlind. Depois de Maré viva, em que apresentam os dois protagonistas numa trama repleta de violência e mistério, o casal de escritores e roteiristas põe os carismáticos Tom e Olivia novamente no centro de uma investigação de desdobramentos surpreendentes que faz jus ao sucesso e popularidade alcançados pela dupla no prestigiado segmento da literatura policial escandinava.

Resenha: Terceira Voz é o segundo volume da série Olivia Rönning & Tom Stilton e tráz de volta os protagonistas de Maré Viva para mais uma investigação cujo desenrolar é de tirar o fôlego.
Embora os casos sejam independentes, é recomendado que a leitura seja feita na ordem de lançamento pois a história não só envolve alguns acontecimentos e flashbacks do livro anterior, mas também faz uma conexão com os eventos dos capítulos finais e mostra como o caso que foi resolvido marcou os personagens.

Desta vez, duas mortes em locais distintos, e aparentemente sem ligação alguma, unem mais uma vez Olivia, que mudou o nome para Rivera, e Tom. Durante as investigações que estão sendo feitas em Estocolmo e Marselha, outros crimes envolvendo tráfico de drogas, sexo e abuso de poder começam a surgir e aos poucos, a ligação entre eles começa a aparecer.

Assim como no livro anterior, revelar muito do enredo seria dar spoilers para estragar a surpresa de quem ainda vai se aventurar por essas páginas, logo, não vou contar muito da história, pois quanto menos se souber, melhor e mais surpreendido o leitor ficará.

Agora que já me "acostumei" com todos aqueles nomes estranhos, mesmo que alguns me pareçam impronunciáveis de forma que eu mal consigo ler, o único ponto não tão favorável em meio a trama bastante sólida, foi o fato dos protagonistas continuarem mostrando mais camadas de suas personalidades sendo que eles já haviam sido apresentados, então, pra mim, mesmo que o caso tenha mexido com eles a ponto de eles ainda carregarem alguns fardos, continuar falando deles acabou sendo uma distração para o suspense e os mistérios a serem descobertos.

Olivia/Rivera, apesar de, às vezes, se comportar como uma adolescente, continua seguindo sua vida, e embarcar em mais uma investigação, mesmo após sua decisão depois de ter se formado como policial, a leva a fazer algumas escolhas no meio do caminho, algumas delas bastante improváveis inclusive, e assim como Tom, que continua lidando com suas lembranças, e muitas delas muito ruins, eles seguem lutando contra seus demônios e tomando decisões que, a longo prazo, terão consequências irreversíveis e que poderão recair sobre os futuros casos que surgirão.

Em suma, mesmo que a história comece num ritmo um pouco mais lento e introdutório, é bastante dinâmica quando os acontecimentos começam a se desenrolar. Há muita tensão, descrições sobre vários lugares diferentes fazendo do livro uma enorme viagem, e os personagens são muito humanos e convincentes, principalmente quando o passado de cada um deles vem à tona revelando ainda mais de suas experiências e histórias de vida. Os casos são resolvidos de forma conclusiva, mas fica no ar a ideia de que alguma coisa relacionada ao tal crime ainda poderá acontecer futuramente.
Assim como no primeiro livro, os autores fazem algumas críticas sociais delicadas mas importantes e dignas de reflexão.

Não acho que Terceira Voz tenha superado o primeiro livro. Por mais que a história seja complexa e intrigante, não senti que tenha sido tão sofisticada e convincente quanto a primeira, mas é prato cheio para os leitores que gostam de histórias contadas sobre várias perspectivas e que trazem crimes horríveis e um grandes mistérios a serem desvendados.


Deep - Kylie Scott

6 de maio de 2017

Título: Deep - Stage Dive #4
Autora: Kylie Scott
Editora: Universo dos Livros
Gênero: New Adult
Ano: 2017
Páginas: 320
Nota:★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Positivo. Com aquelas duas linhas do teste de gravidez, tudo na vida de Lizzy Rollins, uma simples estudante de Psicologia, estava prestes a mudar para sempre. E tudo por causa de um grande erro em Las Vegas, cometido com Ben Nicholson, o irresistível baixista da banda Stage Dive. E daí que Ben é o único homem que fez Lizzy se sentir completamente segura, adorada e descontrolada de desejo ao mesmo tempo? A universitária sabe que o lindo astro do rock não quer nada além de um pouco de diversão, ainda que ela mesma busque justamente o contrário. Por outro lado, Ben sabe que Lizzy está em zona proibida. Totalmente. Ela é a nova cunhadinha do seu melhor amigo, e pouco importa o quanto a química entre ambos seja fenomenal, não importa o quão sexy e doce ela seja: o baixista não vai tomar nenhuma atitude. No entanto, quando Ben precisa mantê-la longe de problemas na Cidade dos Pecados, ele rapidamente descobre que o que acontece em Vegas nem sempre fica em Vegas. A partir daquele momento, Ben e Lizzy estarão ligados do modo mais profundo que existe... mas será que isso os fará ligar seus corações?

Resenha: Deep é o quarto e último volume que encerra a série Stage Dive, escrita pela autora Kylie Scott e publicado pela Universo dos Livros no Brasil.
Cada livro aborda a vida de um dos integrantes da banda de rock Stage Dive embarcando num relacionamento e, neste, o personagem da vez é o baixista Ben Nicholson, assim como seu envolvimento com Lizzy Rollins.

Lizzy já havia sido apresentada no livro anterior como irmã mais nova de Anne, por quem Mal, o baterista da banda, se apaixonou. Ela acaba desenvolvendo um sentimento de paixonite por Ben e insiste em se aproximar, mas ele sempre a evitava, mesmo que a atração estivesse alí, devido a diferença de idade de oito anos e dos constantes avisos e ameaças de Mal para que ele se afastasse de sua cunhada inocente e indefesa. Tentando fazer com que as coisas jamais ultrapassassem os limites da amizade, Ben e Lizzy começam a trocar mensagens inocentes e através disso se conhecem cada vez mais, o que acaba intensificando a conexão que existe entre eles e aumentando ainda mais a atração que sentem um pelo outro. Era de se esperar que, mais cedo ou mais tarde, eles iriam se encontrar, mas ao cederem a paixão avassaladora que os aproximou, eles não pensaram que a noite intensa que passaram juntos lhes traria consequências que ninguém imaginava: Lizzy está grávida.
Ben e Lizzy ficam apavorados. Ele só conhece o estilo de vida que leva com a banda, sempre curtiu sua liberdade e as vantagens que a fama lhe deu. Lizzy ainda não se formou na universidade, é estudante de psicologia e prevê o quanto sua vida iria mudar com uma criança nos braços.
E em meio a uma paixão avassaladora, uma turnê prestes a começar, milhões de hormônios descontrolados e um relacionamento aparentemente proibido, como fazer com que tudo dê certo e fique bem entre esses dois?

A narrativa é feita em primeira pessoa pelo ponto de vista de Lizzy, com toques de bom humor e sensualidade na medida certa para que a leitura seja fluída e prazerosa de se acompanhar. Neste volume notei uma carga dramática um pouco maior devido a situação inusitada a qual os personagens se encontram e em alguns pontos  me deparei com comportamentos vindo deles que não esperava por já ter uma noção de quem eram.
Então, por mais que eu tenha gostado da história como um todo, principalmente pela escrita da autora que é maravilhosa, senti que ela deixou a desejar no desenvolvimento dos personagens, optando por seguir caminhos mais convenientes, moldando personalidades de acordo com a situação e tornando o desfecho bastante previsível. Fora isso, é perfeitamente possível compreender os dilemas de Lizzy, ainda mais pelo fato dela estar grávida e sentir que tudo está fora de controle. A pouca idade dela também é um fator que colabora pra certos tipos de pensamentos e escolhas que faz, mas ainda assim é possível perceber que ela tentou ser o mais madura possível, mesmo que apavorada, ao encarar a situação de estar grávida de um cara que ela idolatra, enquanto ele, muitas vezes, se comporta como um idiota e resiste em se comprometer em nome do estilo de vida que tem, embora ele também seja louco por ela. Não que ele faça qualquer coisa por maldade. Devido as próprias experiências que já teve na vida, Ben sempre focou na carreira, nunca acreditou em compromisso e tratava tudo com certa indiferença quando o assunto era sobre envolvimentos amorosos.

Claro que não posso deixar de tocar no ponto, que ao meu ver, é a base do enredo: uma gravidez não planejada e indesejada, e como essa situação muda a vida da mulher. De um lado Ben não quer um filho por acreditar que ele poderia atrapalhar seus objetivos, o que acaba sendo a realidade de muitos homens que querem até fugir da responsabilidade de ser pais. E pela visão de Lizzy, ter um filho enquanto ela ainda está estudando não fazia parte de seus planos, mas, como a maioria das mulheres, este não seria um fator que a impediria de levar a gravidez adiante e se dedicar ao filho, mesmo que isso significasse criá-lo sozinha. Por esse motivo, por mais que haja doçura na história dos protagonistas, em vários pontos nem tudo são flores, e é possível se indignar com o comportamento de Ben até que ele, enfim, caia na real.

Como nos livros anteriores, os integrantes da banda sempre tem algo a ser "reparado", e as mulheres com quem se envolvem acabam sendo o impulso que eles precisavam para mudarem suas vidas pra melhor. Em Deep ocorre o mesmo, mas com outro contexto, e fiquei feliz por Lizzy ser a heroína capaz de enxergar por trás daquele comportamento maluco e amar Ben por ele ser quem é, do jeito que ele é, sem maiores interesses, segundas intenções nem nada disso. Em troca, ela só queria que ele se importasse, mas caso não fosse possível, paciência... Em meio a dilemas e sentimentos conflituosos ela ainda conseguia levar as coisas com bom humor, tentando enxergar o lado positivo a cada situação nada favorável em que se encontrava.

Os outros personagens dos livros anteriores aparecem nesse volume a fim de movimentarem a história, principalmente Anne e Mal, eu só não me decidi ainda se realmente gostei dos papéis que representaram pois ao mesmo tempo em que eles queriam apoiar Lizzy, eles queriam que ela se mantesse longe de Ben a qualquer custo, como se tivessem o direito de tomar decisões por ela ou soubessem o que é melhor ou pior.

Acho que nem preciso comentar sobre a belezura desse modelo gato dessa capa. Ela combina perfeitamente com os livros da série, tanto em fotografia quanto em tipografia.
Os capítulos são numerados, as páginas são amarelas, não percebi erros na revisão e de forma geral o trabalho gráfico está muito bom.

No mais, a série Stage Dive é uma das melhores do gênero New Adult que já tive o prazer de acompanhar até então. Pra quem curte histórias bem escritas que abordam os relacionamentos de forma verdadeira e relevante, com toques de sarcasmo, bom humor, emoção e erotismo na medida certa, é leitura obrigatória.

Maré Viva - Cilla & Rolf Börjlind

5 de maio de 2017

Título: Maré Viva - Olivia Rönning & Tom Stilton #1
Autores: Cilla e Rolf Börjlind
Editora: Rocco
Gênero: Thriller/Suspense/Policial
Ano: 2015
Páginas: 512
Nota:★★★★☆
Sinopse: Olivia Rönning é uma jovem estudante da Academia de Polícia. Filha de um policial do departamento de homicídios, seu faro para juntar pistas e resolver mistérios é posto à prova quando resolve investigar um caso não concluído, prestes a parar no arquivo morto da polícia, como trabalho de faculdade. Trata-se do assassinato de uma mulher grávida, ocorrido na gelada e chuvosa ilha de Nordkoster, em 1987. O que Olivia não imagina é que a investigação trará muito mais perguntas do que soluções, a começar pelo misterioso desaparecimento do policial responsável pelo caso, entre outras descobertas surpreendentes.

Resenha: Maré Viva (Spring Tide) é um fenômeno que ocorre quando o Sol e a Lua se alinham com a Terra interferindo na altura das marés. Numa noite, em 1987, na enseada da ilha de Nordkoster, na Suécia, uma jovem grávida fora levada para a praia por três pessoas e enterrada até o pescoço para que a maré alta (mais alta do que o normal devido ao fenômeno) a afogasse lentamente. O crime cruel não foi solucionado, e tampouco a identidade da mulher foi descoberta. Vinte e três anos depois, quando esse caso estava prestes a ir pro arquivo morto da polícia, Olivia Rönning, uma jovem estudante da Academia de Policia, usa o caso para um trabalho do curso, mas se surpreende ao descobrir que um dos policiais responsáveis pelas investigações na época era seu pai, que trabalhava no departamento de homicídios. Olivia, então, determinada a seguir os passos do pai, decide investigar colocando suas habilidades à prova, e se munindo da tecnologia atual como forma de auxílio para que novas pistas possam ser descobertas, mas o que ela não esperava era encontrar mais perguntas do que respostas...
Paralelamente a esta investigação, uma onda de crimes brutais contra uma comunidade de sem-teto começa a acontecer pela cidade, e novas investigaçoes, buscas e verdadeiras caçadas começam a ser feitas.

Maré Viva é um livro particularmente difícil de ser resenhado por ter muitos detalhes e personagens interligados, logo, falar demais sobre o que acontece e sobre quem está envolvido acaba estragando a surpresa, por isso vou focar um pouco mais na minha opinião geral sobre o que a leitura me proporcionou.

Narrado em terceira pessoa através de vários pontos de vistas diferentes, o suspense é intrigante, envolvente, em muitos pontos arrepiante, e é impossível não se pegar pensando nas situações que acontecem alí durante dias a fio.
A trama se desenrola levando o leitor para várias direções quando trata do assassinato da grávida e dos ataques ao grupo de sem-teto, pois o primeiro não foi resolvido e o atual é um caso em que a polícia está falhando para solucionar. Aparentemente os casos não tem ligação alguma, até mesmo devido ao tempo entre os dois, mas a medida que as investigações de Olivia progridem, os casos começam a se entrelaçar, e contar com a ajuda de Tom Stilton, que foi parceiro do pai dela na investigação do primeiro crime, vai revelar muito mais do que o esperado.

É até comum nos depararmos com elementos já conhecidos em obras do gênero, como criminosos perigosos e cruéis que cometem assassinatos terríveis, violência, exploração, políticos ou empresários corruptos que começam a ser expostos, dezenas de suspeitos e reviravoltas que nos tiram o fôlego, mas a forma como a trama e a subtrama foram conduzidas pelos autores, principalmente se considerarmos a ambientação e o clima gelado, torna tudo muito real, convincente e muito intenso.
Vários detalhes surpreendem muito e dependendo da atenção dada ao que foi lido é possível conseguir prever o que pode acontecer, mas nem sempre isso acontece o que faz com que cada acontecimento seja uma surpresa.

Embora o livro esteja recheado de temas pesados, ainda é possível nos depararmos com alguns momentos bem humorados que, por mais que contrastem com as investigações, não tiram o foco do que realmente importa.
Olívia e Tom são muito bem construídos e convencem por suas personalidades, pela forma de pensar e por suas escolhas. Ela é uma mulher admirável. Durante as investigações é possível perceber o quanto ela se importa com as vítimas e como ela lida diante dos crimes e de suas descobertas.
Tom é um homem inteligente e bastante respeitável, e através dele podemos conhecer o lado daqueles que ficam às margens da sociedade, como são discriminados e por que fazem escolhas ruins para suas vidas.
Mesmo que eles sejam o oposto e a diferença de idade seja grande, eles são bem parecidos no que diz respeito a força pessoal na busca por justiça.

A única ressalva que tenho, além dos nomes de pessoas e locais dos quais muitos não soube nem como pronunciar por conta daqueles acentos malucos (o livro é um romance escandinavo, logo se preparem para nomes bem estrambólicos), é sobre alguns pontos que parecem terem ficados soltos, como se, talvez pela quantidade de personagens, alguém estivesse alí sem um propósito realmente importante ou sem a devida profundidade.

Pra quem gosta do gênero policial é livro mais do que indicado. O equilíbrio entre os temas foi feito com maestria, há algumas críticas sociais bastante relevantes, os personagens são ótimos e a leitura de forma geral foi super satisfatória.

Novidades de Maio - Planeta de Livros

Planeta

A Desconhecida - Mary Kubica

Todos os dias, a humanitária Heidi pega o trem suspenso de Chicago e se dirige ao trabalho, uma ONG que atende refugiados e pessoas com dificuldades. Em uma dessas viagens diárias ela se compadece de uma adolescente, que vive zanzando pelas estações com um bebê. É fato que as duas vivem nas ruas e estão sofrendo com a fome, a umidade e o frio intenso que castigam Chicago.
Num ímpeto, Heidi resolve acolher Willow, a garota, e Ruby, a criança, em sua casa, provocando incômodo em seu marido e sua filha pré-adolescente.
Arredia e taciturna, Willow não se abre e parece esconder algo sério ou estar fugindo de alguém. Mas Heidi segue alheia ao perigo de abrigar uma total estranha em casa. Porém Chris, seu marido, e Zoe, sua filha, têm plena convicção de que Willow é um foco de problemas e se mantêm alertas.
Em um crescente de tensão, capítulo após capítulo a verdade é revelada e o leitor irá descobrir quem tem razão.

Viver em Paz Para Morrer em Paz - Mario Sérgio Cortella

Se você não existisse, que falta faria? Para responder à essa pergunta, o filósofo e escritor Mario Sergio Cortella discute o que é importante nessa vida. Não é ser famoso e nem acumular coisas e propriedades, em uma obsessão consumista.
Importante é ser importante para alguém, ou seja, fazer falta para alguém. Como? Neste livro, Cortella aponta alguns caminhos e nos faz pensar sobre as razões da existência.



Os Filhos da Tempestade - Rodrigo de Oliveira

Uma aventura surpreendente, em um dos lugares mais misteriosos da terra.
Um grupo de jovens deixa o Rio de Janeiro com destino aos Estados Unidos. O que seria apenas uma viagem de uma turma do conservatório de música acaba ganhando os contornos de uma tragédia: ao sobrevoar a misteriosa região do Triângulo das Bermudas, o avião é atingido por uma violenta tempestade e cai no mar. Os sobreviventes agora se veem presos numa ilha deserta, perdendo o contato com o resto do mundo. Nesse lugar paradisíaco, habitado por uma força maligna ancestral e onde se esconde um terrível segredo envolvendo uma jovem bruxa do século XVII, os garotos precisarão lutar pela própria vida, superando grandes desafios e enfrentando seus piores medos. Rodrigo de Oliveira, autor da saga As crônicas dos mortos, traz em Filhos da tempestade uma história repleta de ação, suspense e terror, de conflitos e descobertas, envolvendo um improvável triângulo amoroso que desafia a própria morte.

O Segredo Está nos Telômeros - Elizabeth Blackburn e Elissa Epel

Todos desejam uma vida longa e satisfatória, viver melhor e sentir-se jovem por mais tempo, mas como a saúde das células influencia o processo de envelhecimento e a longevidade? Genes e meio ambiente. Criação, mente e natureza. A bióloga molecular Elizabeth Blackburn, premiada com o Nobel de Fisiologia e Medicina em 2009, e a psicóloga da saúde Elissa Epel uniram-se com a proposta de apresentar um novo modo de se pensar em saúde.
Em O segredo está nos telômeros – receita revolucionária para manter a juventude, viver mais e melhor, as pesquisadoras levam essa questão a nível celular, apresentando ao leitor os telômeros, cujo comprimento tem relação direta com a saúde. Telômeros saudáveis evitam até mesmo o câncer, e algumas práticas regulares, os Laboratórios de Renovação propostos ao final de cada capítulo, são capazes de aprimorar a saúde dessas estruturas e, consequentemente, o bem-estar cotidiano.
Best-seller do The New York Times, este livro é um mergulho fascinante no coração genético das células – os cromossomos – e leitura imprescindível para quem deseja combater o envelhecimento prematuro, revertê-lo ou simplesmente agir na manutenção de sua vitalidade. Ou seja: é a tão aguardada receita para manter-se jovem por mais tempo.

O Romance dos Espíritos - Pedro Domenech

Poucas coisas se comparam ao sofrimento da perda de um amor.
A francesa Amélie-Gabrielle Boudet, como tantas outras mulheres, de tantas outras épocas, precisa reaprender a viver depois da morte do marido, amigo e amante de uma vida inteira. Mas uma certeza lhe dá conforto: ela sabe que aquela é apenas uma passagem, e que o espírito do homem que ela tanto ama ainda tem uma longa jornada a seguir.
Seu marido era Allan Kardec.
Em uma sessão espírita conduzida por uma médium famosa, Amélie consegue se comunicar com o espírito de Kardec, sugerindo a ele que relembre a trajetória dos dois. Além da vida em comum com a mulher, o espírito passa a recontar as experiências que o levaram a ficar conhecido como o codificador do espiritismo, desde o tempo em que era estudante no instituto Pestalozzi, no castelo de Yverdon, Suíça, até o momento de seu retorno ao plano espiritual.
Embora seja uma ficção, O romance dos espíritos oferece um retrato fiel da vida de Allan Kardec, a partir de ampla pesquisa, abordando os episódios mais marcantes de sua jornada na Terra.

Essência

Meu Maior Presente - Mila Wander

Lucas – “Não escolhemos o amor, é ele quem nos escolhe. Mas e se essa escolha estiver errada?”
A história de um amor proibido, escrita pela mesma autora do sucesso O Safado do 105 Lucas foi abandonado num orfanato e só aos nove anos de idade ganhou o presente que mais desejava: uma família.
Mel nasceu na família perfeita. Seu pai, sua mãe e seu irmão, dez anos mais velho, a amavam. Ela era o xodó dos Carvalho Lemos. O que ninguém esperava era que, na adolescência, Mel começasse a olhar de um jeito diferente para Lucas, seu irmão adotivo, seu protetor, seu motorista de baladas, seu confidente.
Ele também a percebeu diferente, a desejou e seu amor fraterno se transformou em outra coisa.
Lucas, porém, não podia deixar que esse novo e assustador sentimento arruinasse seu sonho de ser amado por uma família. Mas o que fazer com a vontade de seu coração e seus desejos? Mel, com certeza, sabia o que fazer.
Mel – “Só me sinto viva com você. Só me encontro em você.”

Academia

Entre Bardos e Druidas - Guilherme de Sá e Bruno Franguelli

Eu, você, Deus, vida, morte, distâncias, mares e caravelas. Estes são apenas alguns traços desta valiosa prosa entre um músico e um jesuíta sobre tempos de difícil compreensão. Entre bardos e druidas é um livro tecido com emoções à flor da pele através de correspondências repletas de filosofias, metáforas e histórias ancoradas na misteriosa aventura da fé.
Guilherme de Sá e Bruno Franguelli apresentam um rico e inteligente diálogo, no qual o belo e o essencial tornam-se elementos fundamentais dentro de uma poesia vivida e experienciada na singular vida dos autores. Debaixo do véu da amizade e do companheirismo, recorrem aos termos celtas “bardos” e “druidas” para revelar uma simples, porém inestimável versão da vida. Um livro para todos aqueles que possuem ousadia e coragem para prestar atenção na existência.

O Código da Mudança - Othon Gama

Em O código da mudança, Othon Gama decifra, de forma surpreendente e inovadora, os processos de transformação de hábitos e desenvolvimento de excelência, para quem está cansado de belas ideias que não saem do papel e busca resultados concretos.
A maioria das pessoas falha ao tentar alcançar seus objetivos porque não trabalha as três dimensões do processo de mudança, ou seja, a dimensão da sabedoria (a ciência dos hábitos), a dimensão emocional (competências emocionais) e a dimensão executiva (como transformar o conhecimento em prática).
O método 3D da mudança de hábitos é pioneiro por ter uma abordagem completa e vem conquistando cada vez mais adeptos, de atletas de alta performance a empresários, de concurseiros a profissionais liberais, de pessoas que desejam emagrecer àquelas que querem parar de fumar, de beber ou melhorar suas finanças.
Neste livro, você aprenderá não só o que e como fazer, mas também a desenvolver as competências emocionais necessárias para passar por todas as fases da mudança e, o melhor, a permanecer nela.