A Rainha do Castelo de Ar - Stieg Larsson

9 de setembro de 2015

Título: A Rainha do Castelo de Ar - Millennium #3
Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Ficção Policial
Ano: 2011
Páginas: 688
Nota: ★★★★★
Sinopse: Mikael Blomkvist está furioso. Furioso com o serviço secreto sueco, que, para proteger um assassino, internou Lisbeth Salander na época com apenas doze anos num hospital psiquiátrico e depois deu um jeito de declará-la incapaz. Furioso com a polícia que agora quer indiciar Lisbeth por uma série de crimes que ela não cometeu. Furioso com a imprensa, que se compromete em pintar a moça como psicopata e lésbica satânica. Furioso com a promotoria pública, que pretende pedir que ela seja internada de novo, desta vez ao que parece para sempre. Enquanto Lisbeth recupera-se num hospital de ferimentos que quase lhe tiraram a vida, Mikael procura conduzir uma investigação paralela que prove a inocência de sua amiga. Mas a jovem não fica parada, e muito mais do que uma chance para defender-se ela quer uma oportunidade para dar o troco. Com a ajuda de Mikael, Lisbeth está muito perto de desmantelar um plano sórdido que durante anos se articulou nos subterrâneos do estado sueco, um complô em cujo centro está o pai dela, um perigoso espião russo que ela já tentou matar. Duas vezes.

Resenha: É difícil expressar com palavras o que a Série Millennium despertou em mim. Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist foi a dupla de mocinhos que mais me deu prazer em acompanhar. A trama encerrada no segundo volume tem seu desfecho em A Rainha do Castelo de Ar. Nesse terceiro livro temos uma trama intricada cheia de intrigas, perseguições e um ritmo narrativo que torna impossível deixar a leitura de lado.

A trilogia Millenium é uma das melhores, se não a melhor, do gênero policial. Cada detalhe, desde a construção dos protagonistas até o desfechos e revelações, é muito bem feito.O problema de como encerrar a trama e dar o devido desfecho a cada personagem não recai sobre a obra de Stieg.

Salander é um enigma. A personagem tem um ar misterioso e é ilegível para o leitor da mesma maneira que para quem a ronda. A personalidade torna os atos imprevisíveis e cheio de surpresas. É possível notar, com Lisbeth como base, que Stieg criou um enredo voltado para o abuso e violência contra a mulher trazendo junto uma protagonista que luta tanto para si quanto por outras. Atualmente, vivemos um momento que o feminismo está tomando formas mais concretas, e vi isso em Lisbeth. A fragilidade dela é apenas aparente em sua forma franzina e pequena, mas a garota esconde uma força interior capaz de enfrentar situações de prova como ninguém. As falas são sempre dosadas de forma correta, com uma pitada de sarcasmo e inteligência. Um viva para Larsson por ter construído uma heroína como ela, a frente do seu tempo.

Não podemos esquecer também o papel essencial de outros personangens na trama. Mikael continua robusto, cheio de confiança e seu caráter é admirável. Ele não é um policial, mas um jornalista que se dá bem como investigador, busca a verdade nos fatos e a defende até o fim. Destaque também para Annikka, irmã de Blomkvist, que se mostrou muito importante para o desfecho da trama e ganhou meu real respeito com suas atitudes. Érika Berger, que antes tinha tudo a seu favor, teve um papel um pouco confuso neste volume e isso se tornou um ponto negativo. Faltou um pouco mais de concisão no problema que a atingiu. No mais, todos os outros componentes dessa história, como o departamento de policia que trabalhou para defender Salander e os redatores da Millenium, merecem muita admiração.

A Rainha do Castelo de Ar é um desfecho* que encerra a trajetória de personagens queridos e que conquistaram todos aqueles os acompanharam nessa jornada. Quase setecentas páginas passam de maneira veloz, com uma narrativa ágil e uma trama bem feita. Abordar problemas que envolvem o Estado, manipulação de pessoas e a responsabilidade civil sobre uma criança foi espetacular pela parte de Larsson. Por mais que o leitor não esteja habituado com temas tão complexos, ao iniciar a leitura é provável que a saga de Blomkvist e Salander seja capaz de te prender do começo ao fim.

*A história de Lisbeth e Mikael pode ter sido finalizada para uns, mas para outros não. David Lagercrantz escreveu uma continuação, A Garota na Teia de Aranha, para a série. Cabe a cada leitor e fã decidir se continua ou não.

Novidades de Setembro - Paralela

A arte de dar limites - Como mudar atitudes de crianças e adolescentes - Luiz Hanns
Educar filhos nunca foi uma tarefa fácil, em qualquer época. Hoje, no entanto, vivemos um quadro mais complexo, resultado de mudanças radicais pelas quais a sociedade passou nos últimos sessenta anos. Boa parte da nova geração de crianças e adolescentes tem dificuldade de entender e aceitar que existem limites a serem respeitados no âmbito individual e coletivo.
Foi pensando nisso que o psicólogo Luiz Hanns escreveu seu novo livro, A arte de dar limites (como mudar a atitude de crianças e adolescentes). Valendo-se de exemplos inspirados em histórias colhidas em seu consultório, o autor traça um diagnóstico desse problema e propõe uma nova forma de educar. Hanns apresenta o método educação pensada, que usa um sistema maior de limites e permite obter mudanças profundas, antecipando e, quando necessário, corrigindo comportamentos inadequados. Em vez de medidas paliativas, um caminho eficaz - e transformador.

Dia de Beauté - Um guia de maquiagem para a vida real - Victoria Ceridono
Quase nada é tão legal quanto maquiagem. O lema de Victoria Ceridono, blogueira e editora de beleza da Vogue, é especialmente verdadeiro em seu livro Dia de beauté - um guia de maquiagem para a vida real. Com mais de 130 fotos e ilustrações produzidas exclusivamente, no livro Victoria apresenta dicas acessíveis, vindas de quem testou muitos produtos. Um livro para inspirar e despertar a vontade de mergulhar nesse fantástico universo da maquiagem e beleza.

Novidades de Setembro - Companhia das Letras

A História dos Judeus - À procura das palavras 1000 a. C. - 1492 - Simon Schama
Nesta jornada através dos tempos, Simon Schama detalha a experiência judaica, de suas origens como povo tribal à descoberta do Novo Mundo, em 1492. Da Índia à Andaluzia, dos bazares do Cairo às ruas de Oxford, o leitor será levado a lugares inimagináveis.
Trata-se de um épico de resistência contra a destruição, criatividade na opressão, afirmação da vida diante de obstáculos intransponíveis. O Talmude é queimado nas ruas de Paris, corpos de judeus pendem em cadafalsos espalhados pela Londres medieval, um iluminador de Palma de Maiorca redesenha o mundo. Não estamos diante de uma cultura à parte, mas de um povo influenciado por todos aqueles com os quais habitou, dos egípcios aos gregos, dos árabes aos cristãos.
A história dos judeus é a história de todo o mundo.

Te vendo um Cachorro - Juan Pablo Villalobos
A rotina de Teo não está nada fácil. Aos 78 anos, acaba de se mudar para um prédio decadente cheio de anciãos. É recebido com pompas à altura de seu papel de escritor, embora nunca tenha escrito um único livro. Passa os dias entre as fofocas nos corredores, nutrindo desejos eróticos pela síndica e calculando quantas cervejas pode beber diariamente às custas de um pecúlio que deve durar até a sua morte.
Em vidas em que nada acontece além de varizes à mostra, refluxos e baratas por todo lado, o grande evento do prédio é uma tertúlia literária, cujos participantes se impuseram o desafio de ler os sete tomos de Em busca do tempo perdido, intercalando Proust com aulas de modelagem com miolo de pão e ginástica aeróbica - tudo organizado pelos moradores, “convencidos de que a aposentadoria era um segundo jardim de infância”.
Herdeiro do temperamento artístico do pai, um pintor fracassado, Teo tenta se adequar aos perigos do cotidiano, como matar baratas no elevador com cuidado para evitar balanços bruscos, citar trechos da Teoria estética de Adorno para fugir de conversas embaraçosas e espionar o segredo de um restaurante chinês que, apesar de sujo, consegue manter as baratas do lado de fora. E sempre, sempre tentando convencer os novos amigos de que não é - e nunca foi - um escritor.
Não. Pra dizer a verdade, este livro não é nada isso.
Te vendo um cachorro trata de uma mãe e de um vendedor de tacos obcecados por cães. Ela para aplacar a solidão; ele para lucrar um pouco mais com o seu negócio. É também a história de um garoto que herdou, não se sabe se por destino ou talento, a taqueria do tio e, com ela, a técnica de preparar tacos à base de filés caninos...
Mas é possível que o cerne desse romance seja mesmo ironizar os desejos sexuais, a velhice, a vida adulta, a juventude, a literatura, os religiosos, os críticos, os leitores e o México. De concreto, sabemos apenas que o herói do romance é de uma integridade singular, e isso fica bastante claro quando tentam lhe atribuir mais uma vez um passado mentiroso, desmerecedor de sua história: “Pode-se saber do que estou sendo acusado? De ser escritor? Pois eu me declaro inocente!”.

A Conexão Bellarosa - 4 novelas - Saul Bellow
Saul Bellow é um mestre da ficção de língua inglesa. Inspirados pelo seu estilo - que mistura a alta cultura com a esperteza das ruas de Chicago -, autores como Philip Roth, Martin Amis e Ian McEwan fizeram seus primeiros voos literários.
As quatro novelas deste volume, escritas na fase final da vida do autor - Um furto, A conexão Bellarosa, Uma afinidade verdadeira e Ravelstein -, são o testemunho do talento e da vitalidade do maior renovador do romance americano depois de William Faulkner. Com temas como a perseguição ao próprio passado, as tragédias do século XX, o adultério e a comédia da vida intelectual, as histórias são tão divertidas e leves quanto melancólicas e intrincadas. Um triunfo.

Sombras de Reis Barbudos - José J. Veiga
Publicado pela primeira vez em 1972, Sombras de reis barbudos foi tido como alegoria do regime militar brasileiro, ao contar a história de uma cidade que recebe a Companhia Melhoramentos de Taitara, símbolo da modernidade. Aos poucos, porém, a empresa impõe uma rotina tirânica aos moradores.
Décadas depois de sua estreia literária, os críticos de José J. Veiga lançam nova luz à obra do autor, ampliando seu alcance. Embora tenham influência do realismo mágico, seus livros não se encaixam nessa vertente; exploram o universo infantojuvenil, mas vão além do romance de formação.
O leitor pode agora atestar por si só por que José J. Veiga é considerado um dos melhores autores brasileiros do século XX.

Resta Um - Isabela Noronha
Lúcia sempre foi uma mulher que enxergou a vida pelo viés dos números. Professora respeitada do curso de matemática da Universidade de São Paulo, sua lógica cartesiana parecia manter sob controle todos os aspectos da existência. Um dia, porém, sua única filha, Amélia, não volta para casa. A criança desaparece sem deixar rastro, abalando tremendamente o pensamento racional da mãe.
Anos depois, a professora, que deixou a universidade e desfez o casamento, segue com a esperança de encontrar Amélia - embora seja a única a acreditar nessa possibilidade. E seus esforços parecem não ter sido em vão, pois recebe um e-mail que traz, por fim, a pista de alguém que diz conhecer o paradeiro da menina.
Entre a busca de Lúcia e a narrativa do desaparecimento de sua filha, acompanhamos as divagações de uma senhora que dedica a vida a cuidar do seu pomar.
Isabela Noronha costura neste romance de estreia uma sofisticada trama psicológica que cresce a cada página, levando-nos pelos estágios do desespero de uma mãe que perde o que lhe é mais valioso.

Assim foi em Aushwitz - Testemunhos 1945-1986 - Primo Levi e Leonardo De Benedetti
Primo Levi tinha só 24 anos quando foi deportado para Auschwitz, a fábrica construída pelos nazistas para exterminar judeus e minorias. Químico, Levi trabalharia junto a outro prisioneiro, o médico Leonardo De Benedetti.
Em 1945, após a libertação, soviéticos encarregaram os dois de um relatório sobre as condições de saúde dos campos.
O resultado, publicado em 1946, foi um testemunho pioneiro dessa experiência atroz, que inaugura o trabalho de Primo Levi como escritor. Depois, o químico continuaria contando a experiência de Auschwitz nas histórias, pesquisas e nos comentários agora recolhidos, que, graças à coerência, clareza e o rigor do método, reforçam a potência narrativa do autor.

Assim Começa o Mal - Javier Marías
Na fervilhante Madri pós-ditadura franquista do início dos anos 1980, Juan De Vere começa a trabalhar como secretário particular do cineasta Eduardo Muriel. Graças à sua função, de Vere se insere na privacidade da família, convertendo-se num espectador da união misteriosa e infeliz entre Muriel e sua esposa Beatriz Noguera.
O cineasta encarrega seu secretário de investigar um amigo, dr. Jorge Van Vechten, cujo comportamento indecente no passado foi motivo de rumores. Mas De Vere passa a tomar iniciativas questionáveis, com profundas repercussões na vida de todos. Sua atitude vai lhe mostrar que não há justiça desinteressada e que tudo - o perdão ou castigo - são decisões arbitrárias.


O Grifo de Abdera - Lourenço Mutarelli
Mauro é roteirista dos quadrinhos de Paulo. Os dois publicam sob a alcunha de Lourenço Mutarelli, e são representados publicamente pelo bêbado Raimundo. Mas a morte de Paulo forçará Mauro a tentar uma carreira solo com O cheiro do ralo, seu primeiro e bem-sucedido livro. É quando ele recebe de um estranho uma moeda antiga, o Grifo de Abdera, e sua vida muda.
Oliver não conhece Paulo, Mauro, Raimundo ou Lourenço. Mas, quando Mauro recebe a moeda, uma conexão se forma entre eles.
É este delicioso jogo que alimenta O grifo de Abdera, primeiro romance de Mutarelli desde Nada me faltará, de 2010. Um labirinto de obsessões, taras, perguntas e mistérios, acompanhado ainda de uma longa história em quadrinhos.

As Rãs - Mo Yan
“Um não é pouco; dois é bom; três é demais.” Eis o slogan lançado pela Nova China em 1965 - quando as crianças, esfomeadas, “brincam” de comer carvão - para conter o rápido crescimento populacional, numa política de planejamento familiar que se perpetuará por décadas. Nesse contexto, o Nobel de literatura Mo Yan dá voz a Corre Corre, aspirante a escritor que vê a tia como heroína e quer transformar sua vida em peça de teatro, não sem antes rememorar sua história.
Trata-se de fato de uma mulher extraordinária. Nascida em 1937, é a primeira parteira da aldeia a estudar obstetrícia e a enxergar o ofício para além de métodos supersticiosos. Combinando a compaixão de médica a uma autoridade de general, logo se torna a oficial responsável pelo controle de natalidade. Ela deve educar jovens famílias a terem apenas um filho e, quando necessário, realizar abortos, levando a diretriz do Estado às últimas consequências.
Conforme os anos se passam neste épico intergeracional, a política do filho único se burocratiza e corrompe, mas a tia de Corre Corre, revolucionária convicta, não enxerga os podres do sistema imoral em que está enredada. Se em chinês a palavra “wa”, que dá título ao romance, significa tanto “rã” como “bebê”, as rãs desta trama são objetos de horror e desejo, como os filhos da Revolução Cultural na China, muitas vezes cobiçados pelas famílias e renegados pelo Estado.
De atmosfera exuberante e imaginário plástico, As rãs traz o melhor do realismo fantástico, comprovando por que Mo Yan costuma ser comparado a Gabriel García Márquez. O lirismo, a inventividade da linguagem e a forma bem-humorada de tratar os cenários mais dramáticos, oscilando entre a poesia e o horror, o naïf e o escárnio, transformam esse relato ambientado em uma aldeia da China em clássico universal.



Novidades de Setembro - Seguinte

8 de setembro de 2015

A Bailarina Fantasma - Anabela em Quatro Atos #1 - Socorro Acioli
Anabela mal podia conter a empolgação quando seu pai foi o arquiteto escolhido para coordenar uma obra no Theatro José de Alencar, em Fortaleza. A proposta era que aquela casa de espetáculos maravilhosa mantivesse as mesmas características de quando foi inaugurada há mais de um século, em 1910.
Em pouco tempo vira rotina para Anabela passar as tardes naquele teatro antigo fazendo a lição de casa enquanto o pai trabalha. Mas essa reforma acaba desenterrando mistérios escondidos há muitos e muitos anos… Para a surpresa de Anabela, uma bailarina translúcida e vestida de azul aparece dançando no palco e passeando pelos corredores, perseguindo Anabela. O que será que ela está fazendo ali? E por que será que apenas a garota consegue enxergá-la? Quem é essa bailarina e por que ela aparece?

A Princesa, o Cafajeste e o Garoto da Fazenda - Star Wars #1 - Alexandra Bracken
Primeiro volume da série que traz a trilogia clássica de Star Wars recontada por grandes autores da literatura juvenil.
Ainda que a Aliança Rebelde tenha ganhado algumas batalhas contra o Império, a esperança está se esgotando. O Império está prestes a revelar a Estrela da Morte, uma estação bélica capaz de destruir planetas inteiros num piscar de olhos. Agora, o destino da galáxia está nas mãos de uma princesa, um cafajeste e um garoto da fazenda…
Essa é uma versão de Star Wars: Uma nova esperança (episódio IV) como você nunca viu. A edição vem acompanhada de ilustrações incríveis e apresenta a história original a uma nova geração de leitores, assim como fornece uma perspectiva inédita para os fiéis fãs da saga. Cada parte da narrativa é contada pelo ponto de vista de um dos três protagonistas, se aprofundando nos conflitos desses heróis que se unem para combater o mal que ameaça toda a galáxia.

Então Você Quer Ser Um Jedi? - Star Wars #2 - Adam Gidwitz
Segundo volume da série que traz a trilogia clássica de Star Wars recontada por grandes autores da literatura juvenil.
Com a ajuda de Luke Skywalker, a Aliança Rebelde conseguiu uma grande vitória contra o Império. Mas a guerra está longe de acabar. Agora, instalados em Hoth, um planeta gelado, os rebeldes temem que seu esconderijo seja descoberto pelas forças imperiais. Infelizmente, não demora muito para que o temível Darth Vader os encontre e organize o ataque…
Essa é uma versão de Star Wars: O Império contra-ataca (episódio V) como você nunca viu. A edição vem acompanhada de ilustrações incríveis e apresenta a história original a uma nova geração de leitores, assim como fornece uma perspectiva inédita para os fiéis fãs da saga. Aqui, você entrará na pele de Luke Skywalker, dando os primeiros passos para se tornar o maior Jedi da galáxia, e encontrará uma série de lições para aprimorar seus conhecimentos Jedi.

Cuidado com o Lado Sombrio da Força! - Star Wars #3 - Tom Angleberger
Terceiro volume da série que traz a trilogia clássica de Star Wars recontada por grandes autores da literatura juvenil.
O terrível Império está construindo uma segunda Estrela da Morte para acabar com a Aliança Rebelde. Mas Luke Skywalker tem outros planos: destruir o governo e deter o imperador de uma vez por todas. No entanto, há um obstáculo no caminho de Luke - seu pai.
Esta é uma versão de Star Wars: O retorno de Jedi (episódio VI) como você nunca viu. A edição vem acompanhada de ilustrações incríveis e apresenta a história original a uma nova geração de leitores, assim como fornece uma perspectiva inédita para os fiéis fãs da saga. Ao longo da história, os leitores encontrarão diversas notas de rodapé com curiosidades e comentários sobre esse universo extraordinário, tornando a jornada até o confronto final entre Luke e Darth Vader ainda mais emocionante.

Na Porta ao Lado - Luiza Trigo

7 de setembro de 2015

Título: Na Porta ao Lado - Meus 15 Anos #2
Autora: Luiza Trigo
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Gênero: Juvenil/Literatura Nacional
Ano: 2015
Páginas: 256
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Carol tem mania de fazer listas. Escreve sobre tudo: livros favoritos, melhores momentos das férias, músicas prediletas, frustrações…
Mas nunca pensou que registraria em suas listas novidades tão surpreendentes: o casamento de sua mãe com o namorado; a mudança da casa onde viveu por 15 anos e guardava as memórias do pai; a vida sob o mesmo teto que o padrasto e seu filho insuportável. Imagina que inferno!
Carol conta com o apoio das suas quatro amigas - Bia, Pri, Amanda e Beta –, com as quais pode desabafar e se divertir. E se o clima em casa está ruim, ainda bem que na escola não acontece o mesmo, principalmente depois da chegada de um novo aluno que irá mexer com o seu coração.

Resenha: Na Porta ao Lado, escrito pela autora Luly Trigo e publicado no Brasil pelo selo Jovens Leitores da Rocco traz de volta as "Valentinas", um grupo de amigas formado por Carol, Bia, Beta, Pri e Amanda.
No primeiro livro, Meus 15 Anos, a personagem Bia ganha mais destaque quando está prestes a comemorar seu aniversário de 15 anos com direito a uma festa mais do que inesquecível em companhia de suas amigas.
Em Na Porta ao Lado, Carol é a personagem da vez e vamos acompanhar uma fase bastante complicada de sua vida. Depois de ter ficado oito anos sozinha após a morte do marido, a mãe dela decide se casar outra vez, e essa decisão é algo que viraria a vida da garota de cabeça para baixo pois, além dela ter que se mudar da casa onde morou durante sua vida inteira - e onde guardava várias memórias de seu pai - para um apartamento, ela ainda ganhou um padrasto e um novo "irmão" insuportável no pacote, Tomás.

Carol já estava acostumada com a rotina de viver somente com a mãe e, quando se vê nesse novo ambiente, tenta se adaptar como pode. Mas Tomás não parece querer facilitar as coisas pra ela já que também não está muito contente com essa mudança... Ela tenta ser amigável mas ele vive fingindo que ela não existe. E para piorar as coisas, seu padrasto é professor em sua nova escola, e Tomás é da mesma sala que ela.
É claro que suas amigas estão alí para o que der e vier e vão ajudá-la a passar por tudo isso, mas algumas situações vão fazer com que Carol se sinta traída e chateada. Em meio a esse turbilhão de coisas que Carol precisa lidar, ela conhece Bernardo, um garoto novo na escola por quem ela fica super interessada, e assim vamos acompanhando a nova fase da vida dela e se todas essas mudanças inevitáveis serão para melhor, ou não...

O livro é narrado em primeira pessoa e a leitura é super simples e fácil de atingir o público a que é destinada.
Os títulos dos capítulos vão soar bastante familiar para os mais aficionados por leitura pois cada um tem o nome de algum livro conhecido e eles ainda meio que resumem bem a cena que se desenrola no capítulo em questão, mesmo que não tenha nada a ver com a história do livro propriamente dito. Carol adorar ler, sempre fala sobre os livros que leu, faz anotações sobre eles e me identifiquei bastante com suas preferências. Ela gosta de correr, tem mania fazer listas e faz questão de registrar tudo em seu diário, então ao longo do livro podemos espiar algumas "páginas" dele.
"À noite, depois do lanche, me retirei para o quarto ansiosa para escolher a minha próxima leitura. Fiquei namorando a estante, tentando decidir, mas eram tantas opções. Eu compro mais livros do que sou capaz de ler, então a fila está sempre enorme."
- Pág. 59
Ainda que o foco principal seja em Carol, as outras meninas também têm presença marcante na história e, ao que tudo indica, terão outros livros com foco em cada uma delas. É bacana ver como a amizade se fortalece e as meninas amadurecem ainda que tenham muitas dúvidas, medos e fiquem frustradas com algo que não dá certo em suas vidas.
Tanto o primeiro livro quanto este retratam com bastante fidelidade o universo adolescente no que diz respeito a conflitos internos e a forma, muitas vezes, dramática com que as coisas são encaradas pelas garotas. Problemas familiares são complicados e difíceis de ser contornados até por adultos, logo é bastante compreensível que adolescentes pensem que qualquer coisa pode ser o fim do mundo, principalmente quando existe alguém pra atrapalhar o que já está difícil.
A sensação que o livro causa é de uma enorme nostalgia pois quem nunca brigou com uma amiga, ficou caidinha pelo garoto fofo da escola, se sentiu melhor na escola do que em casa como forma de fuga, ou se revoltou com os pais por algo que eles fizeram e que não estávamos de acordo? É impossível não achar uma personagem com quem se identificar, independente da idade.

Falando da parte física, o livro é uma fofura! As cores da capa são super harmônicas e os pequenos detalhes de carinhas e corações tem aplicação em verniz para terem destaque. A diagramação também é bem caprichada pois em cada início de capítulo há um ornamento que parece ter sido rabiscado em "giz" e ao fim há várias carinhas como na capa.
Em meios aos diálogos vemos conversas por mensagens e, claro, as listas de Carol. As páginas são brancas e a revisão é impecável.

Um livro que aborda a amizade do jeito que ela deveria ser: verdadeira, cheia de cumplicidade e para sempre.
Leitura super indicada às jovens leitoras, mas também as que já passaram dessa fase e querem relembrar os vários momentos vividos na adolescência através dessas queridas amigas.

17ª Bienal Internacional do Livro - RJ

6 de setembro de 2015


Oie, gente!
Depois de ter perdido a Bienal de SP no ano passado venho tentando me programar pra poder ir na do RJ esse ano. Eis que depois de muitos trancos e barrancos resolvi bem em cima da hora que iria. O problema era que não poderia ser nada demorado pois como o Theo ainda mama, seria complicado deixar ele aqui enquanto eu ficava longe sofrendo com o peito enchendo.
Saí de Belo Horizonte dia 3/9, fui de ônibus por questão de tempo$$$, e cheguei no RJ de manhã bem cedinho no dia 4. E foi esse o único dia que pude aproveitar o evento já que dia 5 já viria embora.
Mesmo morrendo de dor de garganta e mal podendo falar, o corpo moído e a cabeça latejando de dor, consegui aproveitar bem, vi alguns autores nacionais e internacionais e encontrei alguns poucos blogueiros amigos, pois sem celular não tive como avisar pros outros que estava lá. Foi uma pena meu telefone ter descarregado. Não consegui tirar fotos e meu registro foi somente as fotos que a Jaque (Meus Livros, Meu Mundo) e Léo, Bárbara e Alexandre (Segredos Entre Amigas) tiraram da gente. Também encontramos com a Andressa (Mais que Livros) e com a Giu (Prazer, me chamo Livro). Ah, também vi a Dani (Livros, a Janela da Imaginação) e tive que roubar a fotinha que ela tirou da gente hihihi. Queria ter visto mais gente, tirado mais fotos, mas infelizmente foi tudo corrido demais, e sem celular então, fiquei no escuro.
Fiquei zanzando pelo pavilhão azul, onde ficam os stands das editoras, e estava razoavelmente tranquilo, sem muvuca e confusão. Não enfrentei filas pra comprar nada e nem me espremi em lugar nenhum.
A única fila que enfrentei foi a especial pros parceiros do Grupo Editorial Record. Se tratava de uma apresentação fechada dos lançamentos dos selos e a autora Colleen Hoover autografaria nossos livros em seguida. Tinham só duas pessoas na minha frente, eu lá bem feliz e ansiosa pra chegar minha vez, eu vendo a autora toda simpática tirando foto com o povo e o que aconteceu foi como um tapa na cara. Um curto circuito foi responsável por um pequeno incêndio no stand, tudo ficou escuro e o espaço foi evacuado.  Colleen saiu correndo com a confusão depois de ter me espremido na porta, não voltou mais e fiquei sem autógrafo depois de mais de 2hrs na fila. É pra acabar... Pior que nem foto eu tinha como tirar com ela caso tudo tivesse corrido bem pois meu bendito celular estava sem bateriaaaaa!!! E como não estaria lá no dia da sessão de autógrafos aberta, me ferrei. Que azaaaar!!
Mas fora esse pequeno incidente, aproveitei bastante:



Enfim, para conferirem programação e todas as informações sobre a Bienal, acessem o site oficial: http://www.bienaldolivro.com.br/

Acho que ainda vale dar algumas dicas pra quem ainda vai, levando em consideração minha rápida e ligeira experiência lá:

► Ingresso
O ingresso para os visitantes custa R$16,00 a inteira e R$R$8,00 meia.
Profissionais do livro (autores, editores, livreiros, agentes literários e demais profissionais do livro), Bibliotecários e Professores tem acesso gratuito ao evento desde que comprovem a profissão.
Ainda é possível fazer o credenciamento aqui:
• http://www.bienaldolivro.com.br/menu/credenciamentos-bienalrio
Alguns blogueiros/vlogueiros/booktubers que se cadastraram para tentar a credencial e que tiveram a solicitação aprovada conseguiram um dia de acesso gratuito de acordo com o evento/sessão de autógrafos desejado.
O prazo para credenciamento de blogs e vlogs já foi encerrado.
Todos aqueles que conseguiram credenciais para acesso gratuito estavam devidamente identificados com crachás.

► Lanche
Comer na Bienal é um absurdo de caro. Dá até vontade de deitar no chão e chorar. Uma mísera tapioca custa R$12,00!!!
Acho super abusivo aproveitarem do "confinamento" do evento para aumentarem os preços dessa forma e explorarem o povo. Ou você leva um cartão de crédito sem limites, ou leva um kit de sobrevivência de casa.
Mesmo que tenha pagado R$15,00 num lanchinho infantil com cheeseburguer tamanho mini, um saquinho microscópico de ruffles (com meia dúzia de batatas) e uma Coca lata, passei o evento a base de água e barrinhas de cereais que levei e ainda fiquei com fome. #snif
Não sei o que foi pior, a fome ou a dificuldade pra comer por causa da dor de garganta. #snif2
Pelo menos água é de graça.

► Preço dos Livros
Sinceramente, por mais que alguns stands tenham feito (ou ainda façam mais pro final do evento) promoções, não acho que valha tanto a pena comprar lá. Os preços costumam ser os de catálogo e os que estão baratos são aqueles que quase sempre achamos nas promoções das lojas online... Vi livros no stand da Intrínseca a R$5,00, outros no stand da Gutemberg a R$10,00, mas são livros que não me interessaram ou que já tenho, então aproveitei só o que realmente queria por ter ficado num preço equivalente ao que compraria online.
Claro que topamos com alguns achados que realmente valem a pena levar, mas num geral, não compensou, principalmente se levarmos em consideração que temos que ficar carregando aquilo pra baixo e pra cima o tempo todo pois o guarda volumes também custava um rim. O peso extra é um fator pro cansaço e isso arrasa qualquer um. Talvez no fim do evento façam um saldão, quem sabe, então resta a quem estiver lá aproveitar por mim.

Comprei. Gastei R$95,00 nesses 4 livros.


► Marcadores
Muitas editoras disponibilizam marcadores a vontade pro pessoal. Consegui pegar vários na Intrínseca, Rocco, Arqueiro e Companhia das Letras.
Fãs de marcadores e que adoram colecionar ou trocar, aproveitem!
Olha o tanto que consegui arrecadar nesse único dia que fui já pensando em montar kits pra fazer promoção pro povo:

Arrumadinhos

Zoneados



Quem quer?

► Brindes para parceiros:
Enquanto estava lá, só consegui pegar brindes do Grupo Editorial Record e Novo Século:

E essa ecobag da Marvel diva que todo mundo perguntava onde conseguimos?


Acho que é isso tudo gente. Pra mim foi bastante cansativo devido ao curto período que fiquei e pela a viagem longa. E ficar andando já estando cansada me deixou esgotada! Pra ir todos os dias tem que ter muita coragem. Uma boa noite de sono, estar bem alimentado e hidratado e ter muito pique e animação também! Achei a experiência de um único dia incrível, tanto por ter conhecido o evento quanto por ter encontrado com meus amigos lindos e queridos. Fiquei morta feat. enterrada mas super valeu a pena!

Esse foi um pequeno registro da minha experiência com a Bienal do RJ e espero poder ir nas próximas.
E São Paulo, aí vou eu em 2016, com o celular carregado e uma câmera por precaução hahahahaha!