Destruidor de Mundos - Victoria Aveyard

22 de dezembro de 2021

Título: Destruidor de Mundos - Realm Breaker #1
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Gênero: Alta Fantasia/Jovem adulto
Ano: 2021
Páginas: 560
Nota:★★★★☆
Compre: Amazon
Sinopse: Ano após ano, Corayne assiste sua mãe, uma célebre pirata, partir para o alto-mar e desbravar todos os reinos de Todala, sem jamais poder acompanhá-la. Quando um misterioso imortal e uma assassina de aluguel aparecem dizendo que ela é a última descendente viva de uma poderosa linhagem ― e a única pessoa capaz de salvar o mundo de um perigo iminente ―, ela aproveita a chance para ir em busca de sua própria aventura.
O problema é que o perigo é muito maior do que ela imaginava: um homem sedento por poder, determinado a reabrir os portais que, no passado, levavam para outros mundos, povoados por criaturas sinistras. Com a ajuda de um grupo de bandidos e maltrapilhos, Corayne terá de provar que o heroísmo pode surgir até nos lugares mais inesperados.

Resenha: Destruidor de Mundos é o primeiro volume da trilogia Realm Breaker, escrita pela autora Victoria Aveyard e publicado no Brasil pela Editora Seguinte.

Todala é um reino vasto que está na mira de Taristan. Ele é um homem sedento por poder que está numa missão que envolve abrir os Fusos adormecidos, que são portais para outros reinos. Na batalha épica que inicia a história, Taristan abre um desses Fusos utilizando uma espada especial e liberta criaturas terríveis que acabam aniquilando todos os heróis que tentavam defender Todala. Agora, sem heróis e com o risco de Taristan continuar abrindo os Fusos para desencadear o caos, quem serão os novos heróis que terão que proteger o mundo desse perigo?

Partindo dessa premissa, somos apresentados a Corayne an-Amarat, uma jovem que aparentemente, não tem nenhuma habilidade especial. Desde sempre ela assiste sua mãe, uma mulher forte e destemida, capitã de um navio pirata, partir para desbravar os reinos de Todala contrabandeando tudo que o reino proibe. Sua maior vontade era sair navegando pra viver uma grande aventura, mas sua mãe nunca permitiu que ela a acompanhasse em suas navegações criminosas.

Até que Domacridhan (ou Dom, ou Vedere, ou Ancião), um misterioso imortal de 500 anos, e Sorasa, uma assassina, aparecem dizendo que Corayne é a última descendente de uma linhagem ancestral e poderosa, e que ela é a única pessoa capaz de salvar o mundo do grande perigo que se aproxima. Porém, Corayne não poderia imaginar que essa aventura seria muito mais perigosa do que parece, pois ela não tinha ideia do poder de Taristan e o que ele é capaz de libertar ao abrir os Fusos. Outros personagens também vão aparecendo ao longo da aventura para formar essa guilda, como Andry Trelland, o escudeiro; Valtik, uma bruxa que fala em enigmas chamados; Charlton, um falsificador com um passado secreto; e Sigil, um caçador de recompensas com contas a acertar. Assim, Corayne, com ajuda de seu grupo peculiar, precisa lidar com esse perigo e mostrar que é possível se tornar uma heroína, mesmo que em lugares desconhecidos e de formas inesperadas. 

A narrativa é feita em terceira pessoa e os capítulos são divididos pelo ponto de vista de seis personagens. Às vezes o capítulo termina e pula pra um personagem que não está presente naquela cena anterior, e isso acaba cortando a fluidez da situação, principalmente quando é uma cena cheia de ação.
Por ter gostado bastante da série da Rainha Vermelha, eu fui com as expectativas lá nas alturas pra ler Destruidor de Mundos, e me surpreendi pois são estilos totalmente diferentes. Enquanto a primeira série tem aquela pegada distópica juvenil com direito a triângulo amoroso, Realm Breaker é uma alta fantasia que foi inspirada em Senhor dos Anéis e a jornada da Sociedade do Anel. Ela é voltada a um público mais adulto devido ao estilo narrativo, aos personagens e à construção de mundo. A escrita da autora dispensa comentários, mas aqui ela parece ter pecado pelo excesso de detalhes que só enchem a história mas não contribuem muito para o entendimento, e senti que a leitura foi um tanto maçante e difícil em alguns pontos. Entendo que o primeiro volume de uma saga desse tipo costuma ser introdutório para que os leitores tenham o máximo de informações pra compreender esse novo universo, mas quando não há informações "didáticas", ou quando essas informações soam confusas a ponto de deixar o leitor perdido, acaba sendo um problema. É aquele tipo de história que começa e você não entende quase nada (recomendo inclusive a reler o prólogo lá pela metade do livro), fica esperando explicações sobre lá na frente, mas as respostas não vem e você fica a ver navios. Então, se você é aquele tipo de leitor que gosta de devorar livros num único dia, talvez com esse, a coisa não vá funcionar. O mundo é apresentado devagar, e as conexões entre os personagens também, afinal, não se pode confiar em qualquer um que acabou de aparecer, e é preciso construir essa relação de confiança aos poucos. Um ponto legal é que os supostos heróis não são invencíveis, logo eles também precisam de proteção, e isso rende várias cenas bem humoradas na história.

Este também não é um livro sobre o desenvolvimento dos personagens, ele foca mais na construção de suas relações até que se torne algo mais sólido. Apesar de sabermos como os personagens são e como agem, o livro aborda muito mais o funcionamento desse universo, mostrando basicamente qual o papel de cada personagem e o que eles vão fazendo ou aprendendo durante a jornada. Então, é impossível não sentir falta de um maior aprofundamento, principalmente quando um personagem é interessante, então já fiquei ansiosa pelo segundo volume para ter um gostinho a mais de cada um deles..

Embora Corayne seja a protagonista, ela não tem um maior destaque no grupo, pois todos tem sua importância alí. Corayne parece estar deslumbrada com sua primeira viagem e os locais que ela visita, mostrando que ela ainda é bem ingênua, mas ela é inteligente, pensa rápido e tem talento pra ler mapas. Porém, ela ainda não tem a experiência que os outros da guilda tem, então ficamos esperando que ela se torne tão interessante quanto eles.

Há um mapa no livro e eu me vi consultando o bendito a cada minuto, pois são muitas cidades, os personagens ficam num vai-e-vem sem fim, são muitas viagens de navio, e sem um mapa é quase impossível se situar. Mas ainda assim a geografia é impressionante e super bem feita. Alguns termos no início podem ser difíceis de se acostumar, são muitos nomes esquisitos pra memorizar, mas chega num ponto onde você já nem percebe mais essa "dificuldade".



A autora também não romantiza tragédias e situações horripilantes. Enquanto em outras histórias sangrentas e cheias de ação acompanhamos os personagens rindo na cara do perigo, aqui podemos ver como situações de crise extremas deixam os personagens abalados e posteriormente necessitados de cuidados e uma boa recuperação. Eles hesitam, sentem medo e raiva, ficam traumatizados e fragilizados, e isso mostram o quanto são humanos e verdadeiros independente de terem poderes mágicos ou não. Aqui, a preocupação em salvar o mundo da destruição é muito maior do que qualquer coisa, afinal de contas, não tem como fazer nada na vida se o mundo acabar e todos estiverem mortos, embora isso não anule as pequenas expressões de afeto que estão alí, mesmo que bem discretas, mostrando que é impossível se privar de todo e qualquer sentimento, independente das circunstâncias. Então, fiquei muito feliz em não ter romance nesse livro, principalmente considerando o gênero, e acho que mais autores deviam seguir esse exemplo. Não é preciso existir um romance pra se criar boas histórias.

No mais, apesar de ter um tanto arrastado, Destruidor de Mundos é uma fantasia épica incrível e cheia de ação que vai conquistar os fãs do gênero. Recomendo e já estou na expectativa do volume 2.

Uma Princesa em Tóquio - Emiko Jean

21 de dezembro de 2021

Título:
Uma Princesa em Tóquio
Autora: Emiko Jean
Editora: Seguinte
Gênero: Romance/Juvenil
Ano: 2021
Páginas: 312
Nota:★★★★☆
Compre: Amazon
Sinopse: Izumi Tanaka nunca sentiu que pertence ao lugar onde vive. Afinal, ela é uma das únicas garotas com ascendência japonesa em sua cidadezinha natal, no norte da Califórnia. Criada apenas pela mãe, as duas sempre foram muito unidas ― até Izzy descobrir que seu misterioso pai é ninguém mais, ninguém menos do que o príncipe herdeiro do Japão. O que significa que Izumi é literalmente uma princesa.
Não demora muito até a família imperial japonesa ir atrás de Izzy e ela partir em uma viagem para Tóquio. Em meio a confusões com um jovem guarda-costas mal-humorado (apesar de lindo!) e com primos envolvidos em diversas polêmicas, a garota vai perceber que a vida da realeza está longe de ser só glamour. E, enquanto tenta conhecer o pai, talvez acabe encontrando a si mesma.

Resenha: Izumi Tanaka é uma garota nipo-americana de dezoito anos que vive com a mãe, Hanako, e seu cachorro Tamagochi numa cidadezinha no norte da Califórnia. Sendo uma das únicas garotas de ascendência japonesa da cidade, ela acaba tendo que lidar com todas aquelas questões de uma pessoa que não é branca vivendo num lugar onde quase todo mundo é branco, e que bom que ela tem a Noora, a Hansani e a Glory como amigas (com descendência japonesa também) pra ter com quem contar. Elas inclusive formaram a GGA, a "Gangue de Garotas Asiáticas". Embora tenham personalidades bem diferentes, elas combinam muito bem quando estão juntas

Izumi não conheceu seu pai, e sua mãe sempre disse que ela foi fruto de um romance de uma noite só com quem ela nem se lembra lá na época da faculdade, e ela, por ter uma ótima relação com a mãe, vivia bem com isso, mesmo que, no fundo, ainda sentisse falta de ter uma presença paterna alí ao seu lado e de saber mais detalhes sobre sua origem.
Uma peculiaridade da GGA é descobrir coisas, e quando Noora encontra o livro "Orquídeas Raras da América do Norte" com uma dedicatória de amor à sua mãe escrita por Makoto Mak, lá em 2003, muitas dúvidas começam a surgir. Seria esse tal de Makoto o pai de Izumi? Será que sua mãe estava mentindo esse tempo todo? As meninas resolvem fazer uma investigação pra descobrirem quem é esse cara, custe o que custar, e Noora descobre que Makoto é na verdade Makotonomiya Toshihito, o solteirão mais cobiçado de todo o japão que faz parte da família imperial japonesa. Sim, o príncipe herdeiro na primeira linha de sucessão! Claro que ela confronta a mãe, que acaba assumindo que seu pai é mesmo o príncipe, o que, consequentemente, torna Izumi uma princesa! Como se todo esse rolo não tivesse ido de 0 a 100 muito rápido, o embaixador do Japão ainda aparece em sua casa com um convite para ela ir até o Japão conhecer seu pai, e Izumi topa na mesma hora embarcar nesse conto de fadas contemporâneo onde irá atravessar o mundo em busca de respostas e de um final feliz.

A história é bem divertida e dá pra ler em questão de poucas horas, de tão fluída. O livro traz várias referências da cultura pop e das tradições japonesas, e é como se o leitor estivesse fazendo uma tour por Tóquio, conhecendo de perto os detalhes da realeza.
Izumi é uma protagonista bem divertida, mesmo que ela entre em dilemas adolescentes que são bem bobos pra quem já passou dessa fase, mas que pra ela é motivo de surto e muito drama. Na maioria das vezes eu achei ela infantil demais pra idade, faz escolhas absurdas que a gente sabe que não vai dar certo só de imaginar, e nem acredita que ela realmente toma certos tipos de decisões, mas isso acaba sendo parte dessa jornada do amadurecimento que ela tinha que passar.

Obviamente as coisas não terminam num "felizes para sempre" assim que ela chega ao Japão, afinal, ser uma princesa não é só usar um vestido e uma coroa e sair dando tchau por aí com sua dama de companhia do lado, e as coisas pra ela só estavam começando. Até então ela era uma desconhecida, e agora tem uma nova família pra conhecer, incluindo primas insuportáveis que vão querer infernizar sua vida. A imprensa fica em sua cola querendo saber as novidades e fofocas e ela vira notícia, e Izumi ainda vai ter que aprender séculos de tradições e cultura, que entram em conflito com os costumes da época atual, num piscar de olhos. E como se isso já não fosse muita coisa pra sua cabeça, ela ainda precisa lidar com o fato de se sentir atraída pelo seu guarda-costas, o jovem Akio. Seu pai fez questão de colocar um guarda-costas mais jovem pra Izumi não se sentir desconfortável com um cara mais velho. Apesar de Akio se mostrar irritante no começo fazendo a gente pensar que lá vem o clichê do casal que começa brigando e termina aos beijos, ele é um fofo.

O romance não é o foco da história, até mesmo por ser um tipo de relacionamento que não se encaixa nos padrões tradicionais da realeza. Mas ainda assim, mesmo cientes de que não é algo adequado, as coisas vão evoluindo aos poucos de uma forma bem natural e nenhum dos dois conseguem resistir. Não dá pra negar que eles são almas gêmeas.

A forma como a autora foge de estereótipos representando os asiáticos é bem legal e não vemos essa representatividade amarela na maioria dos livros, pelo menos não da forma como este apresentou.

No mais, Uma Princesa em Tóquio não é um livro que fala apenas de amizade e respeito às tradições da família, mas sobre a busca de Izumi por sua identidade, sobre se encontrar e descobrir quem ela é e de onde veio de verdade. E, a partir de agora, fazendo parte da realeza, qual é o próximo passo? 

The Sims 4 - Desafio das Décadas - 1950

18 de dezembro de 2021



No início da década os Sims tiveram que viver mais um conflito em suas vidas difíceis (ou nem tanto): a Guerra Coreana. Dessa vez todos os Sims solteiros que começaram a década como jovens adultos, sejam homens ou mulheres, participariam dessa peleja. Os "sortudos" são das famílias espalhadas pelo mundo, e foram Henrique, Simone, Lorenzo e Alexei. Todos eles morreram, coitados, e as famílias estão desoladas...
Já na casa principal, não tinha ninguém jovem adulto pra ser convocado.

Uma coisa que só reparei agora, nessa altura do campeonato, é que tô levando esse desafio de um jeito um tanto certinho e sem graça. Os sims casam, tem filhos e morrem. Casam, tem filhos e morrem. Não anda acontecendo nada "bombártico", não tem um vilão, não tem um golpe, não tem ninguém saindo no soco. Então tô pensando em movimentar as coisas com umas ideias mirabolantes que tive aqui e ainda assim não fugir das regras...

A casa:



Nessa década algumas coisas mui úteis começaram a ser permitidas: Os Sims podem ter uma TV (da mais fuleira, mas podem) e tomar banho de chuveiro, até que enfim! Então o que fiz foi repintar a casa, reformar os banheiros e comprar a bendita televisão! Eles também podem se tornar famosos caso queiram entrar nesse universo das celebridades, incluindo seguirem carreiras de ator/atriz.

A vida e a saga da família:

Na primavera, as duas filhas mais velhas de Carla, a Samantha e a Sarah já eram adolescentes. Samantha foi com o pai numa apresentação de música na cidade e conheceu Peter Moss, o pianista. Ela ficou encantada com a música e depois de uma conversa bem divertida - e intensa -, ela já estava apaixonada pelo bonitão. Depois de várias investidas, os dois começaram a namorar e logo se casaram. Peter tem muita influência nesse universo musical e é milionário. Samantha foi morar em sua mansão em Del Sol Valley e agora é uma madame muito da chique, tem até governanta na mansão. Não é golpe, gente, é amor. Até mesmo porque ela nem imaginava que ele tinha esse fortuna quando o conheceu por acaso ♥.



Sarah começou a namorar com um rapaz que estudava em sua escola, o Ryan Bolt. Quando ele virou jovem adulto, ela o convenceu de se casarem pois ela queria sair de casa pra formar sua própria família. Eles se casaram e foram morar numa casa bem perto da casa dos seus pais.

Ao fim da primavera, Albert e Estevão morreram de velhice.

A Guerra acabou, o verão chegou e Cameron decidiu que depois de tantos anos na luta, seria uma boa ideia tirar férias, juntando os dois casais pra fazerem uma viagem com duração de 3 dias. O destino? Sulani. Bora pra praia ter um descanso das crianças e estrear a "invenção do biquini".
A casa ficava numa pequena ilha paradisíaca com direito a muito verde, água cristalina e cachoeira, e nesse cenário romântico tudo poderia acontecer...
Na primeira noite, eles festejaram muito, e beberam além da conta. Carla só faltava desmaiar de tanto sono e foi dormir. Elias também foi dormir. Lisbeth e Cameron ficaram conversando na varanda, e alí ela começou a lembrar de quando o conheceu, e como seria se ele não tivesse casado com sua irmã. Talvez a bebida tenha lhe dado coragem, e Lisbeth confessou já ter se sentido atraída por Cameron. O clima começou a esquentar, Cameron se deixou levar e eles acabaram se beijando alí mesmo, e não vou mentir dizendo que eles pararam aí. Quando o dia amanheceu, e eles foram dormir fingindo que nada aconteceu, afinal, ninguém jamais poderia saber...



O resto das férias passou rápido. Eles aproveitaram o clima e nadaram no mar, fizeram churrasco, pescaram, namoraram em paz, se divertiram muito e até passaram pelo desespero de presenciar um vulcão em erupção e um terremoto. No último dia, enquanto Carla dava seu último mergulho, Lisbeth não aguentou mais e aproveitou pra confessar que, mesmo sabendo que aquilo tinha sido um grande erro, ela estava apaixonada por Cameron. O que ela não esperava era que Elias aparecesse naquele exato momento...



Elias ficou FU-RI-O-SO, mas não pôde fazer nada naquela hora, pois as férias chegaram ao fim e eles tinham que voltar pra casa.
Chegando em casa, Lisbeth pediu desculpas pro marido pois tudo não passou de um mau entendido, e depois de fazer greve de fome e de sono, Elias pensou melhor e chegou a conclusão que ela e o amigo jamais faria nada pra magoá-lo ou colocar seu casamento em risco, foi quando todo mundo foi surpreendido com a notícia de que Lisbeth estava grávida! Todos comemoraram e ficaram muito felizes sem saber desse segredo tumulístico, mas, lá no fundo, Lisbeth estava desesperada, afinal, quem é o pai desse bebê???
No começo do outono, Edward nasceu, e quando virou bebê deu pra ver perfeitamente que ele é... a cara, os olhos e o cabelo do PAI. O alívio, meudeusdocéu.



Mas, continuar morando nessa casa e tendo que conviver com o cunhado todo santo dia estava sendo um tormento pra Lisbeth, então ela e Elias decidiram que era hora de se mudarem dalí com seus filhos pra bem longe, e o destino escolhido foi uma casa modesta em Monte Komorebi.

Chegando em meados da estação, Carla e Cameron se tornaram idosos e desenvolveram um interesse enorme por xadrez. Todo o tempo livre que tinham, lá estavam eles jogando. Soraya ficou com o violino da tia e passou a treinar diariamente. Selena arranjou um trabalho de babá pra trabalhar meio período, e numa das reuniões da família pra quem trabalha, ela conheceu o filho adolescente do amigo do pai da criança que ela cuida, Daniel Martin.



Eles começaram a se envolver e logo engataram num namoro, o problema era que eles não poderiam se casar tão cedo... Selena vai curtir os bons momentos com o namorado, e o que tiver de ser, será.
Soraya conseguiu um emprego de meio período numa cafeteria da cidade, assim ela pode conciliar trabalho com estudo.

Lá em Del Sol Valley, Samantha já é jovem adulta, e começou a se sentir um pouco sozinha devido aos inúmeros shows e apresentações que seu marido faz por aí, então adotou uma cachorrinha peludinha e colocou o nome nela de Mildred, mas ela não demorou nada a morrer de tanto enjoo até descobrir que estava grávida. Logo nasceu o pequeno David.



Sarah também tinha se tornado jovem adulta, e não demorou muito a descobrir sua primeira gravidez, pouco depois nasceu Andrew, e assim que ele cresceu e virou um bebê, ela descobriu a segunda gravidez.

Lisbeth começou a sentir falta da casa dos pais, da irmã e das sobrinhas depois de passar a vida toda morando com elas, então sempre que possível ela ia visitá-los junto com as filhas, mesmo correndo o risco de encontrar com Cameron. Eles continuaram uma relação de amizade, e por mais que ela não tenha, de fato, esquecido o momento que viveu com ele, preferiu ignorar para não se machucar e nem magoar ninguém. E ele faz o mesmo.

Selena se descobriu uma verdadeira artista quando começou a fazer pinturas, e sua mãe resolveu incentivá-la nessa jornada. No início do inverno, ela começou a pesquisar sobre o curso de Belas Artes e depois de se candidatar e esperar alguns dias, ela conseguiu se matricular em Foxbury. Agora ela se mudou para o alojamento da universidade em Britechester e é a primeira de toda a família a ingressar numa universidade!


Soraya se sentiu super inspirada com o exemplo da irmã e começou a se esforçar ainda mais nos estudos pra ser uma aluna nota 10, pois quanto melhor sua nota na escola, melhor vai ser a oportunidade na universidade.


No final do inverno, que também indica o final da década, Carla, muito idosa, acabou morrendo de velhice. Cameron implorou pela vida da esposa pra Dona Morte e ele conseguiu que Carla ganhasse uma segunda chance. Porém, no dia seguinte, enquanto ele e Soraya estavam no trabalho, Carla foi arrancar algumas ervas daninhas das suas plantas, mas o frio estava tão congelante que a coitada morreu congelada. Quando Soraya chegou em casa do trabalho, ela se deparou com o túmulo da mãe e ficou arrasada.



Fazendo a tour pela vizinhança, o resumão das famílias ficou assim:

Em Winderburg, Diana já está idosa e os seis filhos continuam morando com ela.
Sarah e Ryan tiveram um casalzinho de gêmeos, o Mark e a Megan. Eles viraram bebês bem na véspera do aniversário de Andrew e da virada da década.



Em Willow Creek, Dalila morreu de velhice e Regina, agora jovem adulta, ficou sozinha na casa.
Catrina já está idosa e Vítor é jovem adulto. Regina e Vitor não se envolveram com ninguém e continuam solteiros.

Em Newcrest, Ana e Sabina continuam dividindo a casa com seus maridos. Ana e Josué tiveram o Tomás, que jé é criança. Sabina e Sidney ainda não tiveram filhos pois estão se dedicando ao trabalho.
Leonardo morreu deixando Diva viúva e a filha, Cláudia, órfã, coitada. Os gêmeos Paulo e Artur continuaram morando na casa, já que foi deixada pelos seus falecidos pais, e decidiram não se casar. Eles já estão idosos.

Em Magnolia Promenade, Alicia morreu de velhice e os filhos Hanzel, Harry e Mercy, todos ainda solteiros, não decidiram o que fazer com a casa herdada.

Em Evergreen Harbor, Elisa e Robson não tiveram filhos e preferiram adotar 3 gatos: A Pirula, a Pankeca e o Wilson. Eles já estão idosos, o casal e os gatos.

Em Brindlenton Bay, Leon morreu de velhice e a esposa Viviane ficou viúva e herdou a casa. Ela já está idosa e só está esperando a morte chegar.
Fabrício já está idoso, logo sua esposa, Cristina, não quer ter filhos mais. O homem já tá com o pé na cova e ela não vai arriscar ficar viúva e com um bebê debaixo do braço. E o mesmo vale pra Loretta, que também não teve filhos com Christian e nem pretende já que ele também está velho.

Em Britechester, Selena continua se dedicando aos estudos. Ela e Daniel continuam o namoro e ele visita ela no alojamento sempre que possível, mas o foco dela no momento é a universidade.

Lá em Monte Komorebi, Lisbeth e Elias, que já está idoso, enfim, enterraram o passado, e agora estão avaliando a possibilidade deles voltarem pra casa principal quando - e se - Soraya for pra universidade. Assim eles cuidam da casa enquanto ela e a irmã estiverem fora e ainda vivem melhor já que a casa é grande e espaçosa pros seus filhos.

Soraya foi fazer uma visita à Samantha para avisar da tragédia e pra ter um pouco de consolo, e quando voltou pra casa, foi a vez de se deparar com a urna de cinzas do seu pai. Cameron morreu de velhice e agora só sobrou ela nesse casarão.

Deprimida, ela só chorava até ser surpreendida com o Inspetor Ecológico da cidade. Ken Ueda foi fazer uma inspeção no lote, e pela casa não estar de acordo com as normas, a conta ia ter um aumento. Soraya tentou subornar o homem, e ele, muito honesto, recusou. Os dois começaram a discutir, afinal, ela estava com a cabeça cheia por ter acabado de perder os pais, mas talvez essa briga tenha sido um tipo de sinal, pois mesmo que o momento tenha sido o pior, foi alí que eles se conheceram, e nada como um relacionamento que surge no meio de uma discussão ou de uma confusão qualquer, não é mesmo?



Agora que a década chegou ao fim, vamos ver o que a década de 60 e o movimento hippie reserva pra essa família...

Blackout - Dhonielle Clayton, Tiffany D. Jackson, Nic Stone, Angie Thomas, Ashley Woodfolk e Nicola Yoon

15 de dezembro de 2021

Título:
 Blackou
t - O Amor Também Brilha no Escuro
Autoras: Dhonielle Clayton, Tiffany D. Jackson, Nic Stone, Angie Thomas, Ashley Woodfolk e Nicola Yoon
Editora: Seguinte
Gênero: Romance/Jovem adulto
Ano: 2021
Páginas: 272
Nota:★★★☆☆
Compre: Amazon
Sinopse: Uma onda de calor causa um apagão em Nova York. Multidões se formam nas ruas, o metrô para de funcionar e o trânsito fica congestionado. Conforme o sol se põe e a escuridão toma conta da cidade, seis jovens casais veem outro tipo de eletricidade surgir no ar… Um primeiro encontro ao acaso. Amigos de longa data. Ex-namorados ressentidos. Duas garotas feitas uma para a outra. Dois garotos escondidos sob máscaras. Um namoro repleto de dúvidas. Quando as luzes se apagam, os sentimentos se acendem. Relacionamentos se transformam, o amor desperta e novas possibilidades surgem ― até que a noite atinge seu ápice numa festa a céu aberto no Brooklyn.
Neste romance envolvente e apaixonante, composto de seis histórias interligadas, as aclamadas autoras Dhonielle Clayton, Tiffany D. Jackson, Nic Stone, Angie Thomas, Ashley Woodfolk e Nicola Yoon celebram o amor entre adolescentes negros e nos dão esperança mesmo quando já não há mais luz.

Resenha: Blackout é uma antologia de contos que falam sobre histórias de amor e autodescoberta, cheias de representações negras e LGBTQI+.
Era uma sexta-feira, Nova York estava passando por uma onda de calor insuportável e isso acaba causando um grande apagão na cidade. O metrô pára, o trânsito fica congestionado, e a multidão começa a tomar conta das ruas. Embora a cidade esteja no escuro, uma energia diferente vai começar a surgir entre esses casais...

O livro é dividido em seis contos, todos narrados em primeira pessoa, mas há um conto maior, "A Longa Caminhada", escrito pela autora Tiffany D. Jackson, que foi dividido em cinco atos pra intercalar os outros. Eu tive mais facilidade em juntar essas partes do primeiro conto para ler direto e os demais não interrompessem e nem atrapalhassem na fluidez.
Os contos funcionam como capítulos, eles tem o título, o nome da autora, o local e o horário onde os personagens estão enquanto estão enfrentando o apagão, e sempre há menção a uma festa onde conhecem alguém em comum que vai estar lá, ou estão tentando chegar lá. Por serem curtos, não há tanto aprofundamento nas histórias, mas sempre aparece aquela frase de efeito clichê (e algumas não fazem o menor sentido). Alguns tem informações suficientes, abordando bem a situação e a personalidade dos personagens, outras dão aquela sensação de quero mais porque foram construídos de uma forma que é impossível não sentir empatia e se apegar, outros nem tanto quanto eu gostaria.

A Longa Caminhada, traz os personagens Tammi Wright e Kareem Murphy. A história começa com Tammi indo para uma entrevista de estágio que ela queria muito fazer, mas ao chegar lá, se depara com Kareem, seu ex namorado de quem ela ainda guarda muitas mágoas, principalmente porque, aparentemente, ele tem outra namorada. Acontece que houve um erro no disparo de emails da empresa, a vaga era pra uma pessoa só, mas os dois foram chamados. Quando a responsável iria verificar o que houve pra ver de quem era a vaga, ocorre o apagão e eles são despachados pra voltarem na semana seguinte. Eles tentam chegar ao metrô no Central Park, Tammi quer pegar o metrô ir pra casa e Kareem precisa chegar a tempo em uma festa onde ele seria o DJ, os dois esperando que até lá a energia já tenha voltado. O problema é que Tammi não tem dinheiro pra chegar ao centro, e Kareem como está sem celular pra poder se comunicar com os outros pra avisar se está tudo bem ou não, precisa usar o telefone de Tammi, então um acaba ficando "dependente" do outro enquanto eles partem a pé no meio da confusão da cidade.

Esse é um conto que vai abordar como a falta de comunicação e interpretação são fatores prejudiciais para um relacionamento, assim como mostra que, mesmo que tarde, ainda é possível tentar reparar os erros se houver espaço para uma boa conversa, desde que alguém esteja disposto a ceder em vez de se achar dona da razão. Não gostei muito da Tammi porque ela me pareceu um tanto tóxica, irritante e imatura com a ideia de que suas suposições sem fundamento correspondem com a realidade, e as conversas dela com Kareem mostram muito bem isso, mas adorei o rapaz com seu amor por música, com seu jeito descolado e protetor, e como ele se preocupa com aqueles que quer bem.
Nota: ★★★☆☆

Sem Máscara, de Nic Stone, é o segundo conto escrito por Nic Stone, e aqui temos JJ Harding e Tremaine Wright que se conhecem desde a infância. O tempo foi passando, JJ começou a jogar basquete, andar com os caras descolados do time da escola e ficar rodeado de garotas bonitas, e Tremaine era aquele que sofria bullying com esses caras. Depois de muito tempo sem se verem, JJ, que no tempo presente estava no metrô, percebe que Tremaine entra no mesmo vagão onde ele estava, e é quando tudo se apaga, o metrô para e as pessoas ficam bem incomodadas estando presas no escuro e naquele calor infernal. JJ fica hesitante em ir falar com Tremaine, então ele começa a lembrar de quando se conheceram e de alguns eventos que ocorreram nesse período, incluindo um "baile de máscaras".

Aqui temos um conto sobre autoconhecimento e a descoberta sobre a bissexualidade. A autora também tenta abordar algumas discussões sociais importantes, como a amamentação em público, por exemplo, mas achei que não se encaixou muito bem quando essa visão veio de JJ, porque ele é aquele tipo de pessoa que não toma frente de nada, ele sempre fica em cima do muro e parece travar quando precisa agir, como se estivesse perdido. O conto em si é praticamente um relato de JJ se descobrindo como bissexual, qual foi o papel de Tremaine nisso e o que acontece nesse reencontro no metrô. Às vezes fiquei com a impressão de que JJ é um super covarde, mas, pensando melhor, pude perceber que na verdade ele representa muito bem as pessoas que ainda tem dificuldades de se assumir e também se sentem perdidas e muito confusas com seus sentimentos e novas experiências.
Nota: ★★★☆☆

Feitas para se encaixar, escrito por Ashley Woodfolk, começa com Nella Jackson apagando um pequeno incêndio causado por velas na Althea House, uma casa de repouso pra idosos onde seu avô Ike vive. Por causa do apagão na cidade, a tão falada Joss Williams, que frequenta a Althea House uma vez por semana com seu cão terapeuta Ziggy, foi chamada nessa sexta-feira em caráter de urgência pra auxiliar os idosos nessa escuridão. E é assim que Nella, depois de tanto ouvir seu avô falar dela, conhece Joss. A atração de Nella por Joss é praticamente instantânea, e a medida que elas recebem uma "missão" de procurar uma foto que o avô disse ter perdido pela casa, elas começam a se aproximar, começam a falar de experiências que já tiveram, e vemos o quanto elas combinam muito bem.

Não vou dizer que o conto é lésbico por envolver duas mulheres, até mesmo porque enquanto vemos Nella trocar mensagens com alguém que seria sua "ex não-namorada", Joss fala de uma experiência com alguém "não binárie e queer" (sim, aqui a gente vê o uso do pronome neutro pra se referir a esse relacionamento que Joss teve), mas se trata dessa aproximação e da química que elas claramente têm.
Eu gostei desse conto de forma geral pela forma como as meninas se conheceram e foram se envolvendo aos poucos, só não curti a estrutura dele pois acabou me soando confuso devido a forma como as coisas foram apresentadas (tanto que tive que ler duas vezes pra entender), além da quantidade de nomes de personagens secundários que, embora a gente saiba que seja dos moradores da casa, não fazemos ideia de quem são e o que fazem exatamente, com exceção de uns três deles. Parece que a autora vai jogando nomes e espera que o leitor adivinhe quem é quem.
Nota: ★★☆☆

Todas as grandes histórias de amor… e pó, de Dhonielle Clayton, é o terceiro conto do livro onde Lana Beauvais-Simmons e Tristán Nestrepo ficam presos numa biblioteca durante o apagão. Eles são melhores amigos desde a infância, e enquanto Tristán faz o estilo popular, dono de podcast e tal, Lana é mais reservada, mais dedicada aos estudos e está tentando arrumar um jeito de contar pra Tristán que o ama antes de sua viajem pra Paris, mesmo que ele seja bem festeiro e viva mostrando pra ela as mensagens e curtidas que ele recebe de várias garotas.

Antes de tudo, acho válido destacar que há várias notas de rodapé pra expor o pensamento "verdadeiro" de Lana acerca de algumas frases ditas no diálogo com Tristan, e eu confesso não ser nada fã desse recurso por motivo de "interrupção constante" que me faz perder o foco, então deixei pra ler tudo depois do conto.
Eu fiquei um pouco irritada com esse lance de Lana gostar de alguém que, a princípio, só a via como amiga, cheio de contatinhos e etc. É meio triste nutrir sentimentos por uma pessoa, ficar guardando isso pra si (as notas de rodapé mostram bem isso), e ainda ficar triste ou sem saber como agir porque essa pessoa vive a vida (já que ele não tem como adivinhar os pensamentos da outra), e como os dois sempre fazem apostas pra qualquer coisa como forma de brincadeira, essa foi a forma de Lana por tudo pra fora. Mas posso dizer que eu adorei esse conto, amei a forma sensível como foi muito bem escrito, com todos os detalhes poéticos, e ainda com uma biblioteca como pano de fundo.
Nota: ★★★★☆

Sem dormir até o Brooklyn, de Angie Thomas, se passa num ônibus de turismo que estava levando uma turma de alunos numa excursão e fica parado no trânsito por causa do apagão. Kayla namora Tre’Shawn, mas tem uma queda por Micah, e alí, no meio dos dois, ela acaba tendo uma epifania depois de bater um papo no escuro com o motorista do ônibus.

Essa é uma história de um "não-triangulo-amoroso" (?). Isso porque o interesse de Kayla por Micah é recíproco, mas não há traição "física". Kayla sabe o quanto é escroto ficar se derretendo por outro cara enquanto namora com Tre, mas ela não consegue controlar esse impulso. E essa confusão toda pra que? Pra gente chegar a conclusão que é um conto sobre autodescoberta e amor próprio. Mesmo que a autora escreva bem e de uma forma bem fluída, achei essa "jornada" de autodescoberta um tanto mal executada.
Nota: ★★☆☆☆

Seymour & Grace, escrito por Nicola Yoon, encerra a antologia trazendo a história de Seymor, um motorista de aplicativo, e Grace, uma passageira jamaicana que está há dois anos em Nova York estudando. Grace está tentando chegar na famigerada festa de que todos falam nos contos anteriores para encontrar com a amiga e tentar reatar com seu ex namorado que também está lá, mas o congestionamento por causa do apagão não está facilitando as coisas. Ouvir o motorista escutando um podcast filosófico sobre a parábola do Navio de Teseu não está ajudando muito, mas o que ela não imaginava era que no final isso faria muito sentido. O clima está meio desconfortável entre os dois, Seymor parece não ter muita noção, a gasolina do carro acaba no meio do caminho, e ele se oferece para acompanhar Grace até a festa a pé. Ela fica um tanto resistente no início, mas acaba aceitando, e eles vão conversando e se conhecendo um pouco mais durante o caminho.

Esse conto foi o melhor pra mim. Ele intercala os pontos de vista de Seymor e de Grace, então podemos saber o que se passa na cabeça de cada um durante esse momento que eles passam juntos, e é impossível não se encantar por toda a simplicidade de Seymor, ou admirar Grace por ser uma jovem tão decidida. A história se concentra e traz reflexões sobre o senso de identidade, sobre as mudanças pelas quais passamos com o tempo, e sobre como essas mudanças interferem no convívio e nos relacionamentos. Grace percebe que o motorista de aplicativo está longe de ser só mais um cara sem noção, e a conexão que surgiu alí mostra que quando suas pessoas são capazes de se enxergar além das aparências, não se deve ignorar a oportunidade de se conhecerem melhor.
Nota: ★★★★★

Enfim, Blackout pra mim foi um livro mediano, que abordou as temáticas escolhidas na maioria das vezes de uma forma um tanto pobre e com termos que ainda não entendi, como por exemplo,"amor negro". Qual a diferença desse amor para os outros amores quando nada nos contos fez alguma referência ou criou situações que explicassem isso melhor? Acho que as vezes não basta somente a representatividade de cor ou gênero, pois se um livro é escrito com um propósito que nao serve pra nada, principalmente quando a mesma história pode ser contada com qualquer outro personagem no lugar dos que estão ali sem que haja diferença, a sensação final é de perda de tempo. Senti falta de situações que tivessem algum impacto maior pra justificar toda a propaganda, que me envolvesse e realmente me ensinasse algo que ainda não sei, mas não foi o caso.

The sims 4 - Desafio das Décadas - 1940

13 de dezembro de 2021



O início da década:



1940 começou com a casa cheia de novo. Carla grávida, Lisbeth casada e toda felicinha, e Jeremy e Amabella super orgulhosos.

A Casa:



Com um saldo bem generoso na poupança, a casa foi reformada mais uma vez para que os cômodos ficassem melhores distribuidos e acomodasse mais 2 casais que em breve teriam filhos. A reforma não ficou barata, pois foi preciso substituir a maioria da mobília para se adequar ao novo estilo, mas tem quartos para todos e de brinde ainda montei um escritório pra servir como sala de estudos e leitura.

A vida e a saga da família:

Antes de mais nada, preciso falar do meu DE-SES-PE-RO de procurar a Heiki pela vizinhança e não encontrar. A criatura abismal simplesmente morreu poucos dias depois de ter ficado velha e a casa ficou vazia, e como o pobre coitado do Danilo era um mísero bebê, com certeza ele foi levado pela assistência social, sem aviso nem nada, e sabe-se lá onde ele foi parar. Será que minha missão vai ser organizar um multirão pelas gerações pra procurar o abeçoado nos orfanatos e nas casas da vizinhança que podem tê-lo adotado e ver se consigo recuperar essa criança? A Nazaré do The Sims, meupaiamado. Não é possível que isso tenha acontecido.

Nessa década muita coisa muda, graças a Deus. As mulheres já podem seguir algumas carreiras (poucas, mas já é um bom começo), os adolescentes podem trabalhar meio período, agora é permitido ter uma máquina de lavar em casa (dando fim na maldita bacia e nas roupas espalhadas e fedorentas que ficam jogadas pela casa por não caberem no cesto), as crianças podem nascer no hospital e, relcionamentos interraciais estão liberados. O casamento ainda não é permitido, mas pelo menos agora vou enfiar o pé na jaca criando novas famílias, ou aproveitar algumas existentes do próprio jogo, pra cruzarem o caminho dessa tropa que já está na 5ª geração, se não me engano, maaaas, a 2ª Guerra Mundial está aí e não tenho um bom pressentimento. Já no começo da década eu comecei a mandar os homens pra Guerra, então era preciso tentar ter um bebê antes disso pro caso do abençoado não voltar vivo.
Uma observação mui importante aqui: Tive que mudar as regras do desafio no que diz respeito às Guerras e à Planta-Vaca. Isso porque toda vez que eu ia lá com o Sim pegar o bolo na boca dela, ela engolia e cuspia o Sim logo em seguida, então ele sobrevivia e ficava por isso mesmo (isso explica por todos os Sims de 1910 sobreviveram na 1ª Guerra e eu, trouxa, achando que tinha sido sorte)... Porém, entretanto, contudo, todavia, descobri que o Sim SEMPRE é cuspido da primeira vez que tenta pegar esse bolo, então que graça teria se nunca seria comido de fato? Ele sempre iria sobreviver à Guerra desse jeito. Descobri que somente na segunda tentativa de se pegar o bolo é que ele começa a ter chances de ser engolido ou não, então, mudei a regra pra que tentassem pegar o bolo 2x.
Como a quantidade de casas espalhadas já está bem considerável, vou entrar nas casas só no final da década pra ver como estão as coisas, senão não consigo dar a devida atenção pra família na casa principal e ainda perco muita coisa, já que eles vão vivendo por conta própria quando estou nas casas alheias. Vide o problema com a criança sobrenatural.
 
A década já começou com a adrenalina daquele jeito, os homens das famílias começaram a ir pra 2ª Guerra Mundial. O dia mal começou e Carla entrou em trabalho de parto no meio da cozinha enquanto preparava o café da manhã pra galera, e logo nasceu a pequena Samantha. Deu nem tempo de correr pro hospital. Cameron e Elias foram os primeiros, mas sobreviveram.
As notícias da Guerra estavam deixando todos muitos tensos, e toda vez que algum homem da família era convocado, era aquele desespero. Os filhos da falecida Bibiana, John e Carlos, sobreviveram. Giovane, o filho de Paola, também sobreviveu. Jacob, filho de Dom, conseguiu escapar, mas Gerald, seu irmão, não teve a mesma sorte... Leonardo, filho de Giuseppe, sobreviveu, e como seus irmãos Paulo e Artur eram adolescentes, eles não foram convocados.

Lá na casa de Diana, as coisas não poderiam estar mais "prósperas". Depois do casalzinho de gêmeos, Estevão foi convocado pra Guerra. Eles tentaram um bebê antes dele partir. Ele sobreviveu e quando voltou se deparou com a esposa grávida, e quase caiu duro quando nasceram gêmeas, de novo, Sandra e Grace, e elas são idênticas.

Quase ao mesmo tempo, Carla descobriu outra gravidez, e quando foi ter o bebê conseguiu ir pro hospital junto com Cameron a tempo. Sarah foi o primeiro bebê a nascer num hospital, mas a experiência foi meio traumática, porque ao chegar lá, tanto a recepcionista quando o médico de plantão eram FANTASMAS ??? Gente???



Esse jogo é uma comédia.

Lisbeth descobriu estar grávida e só sabia falar sobre gravidez, lia livros sobre educação de crianças, ficou obcecada com o assunto. Ao mesmo tempo começou a praticar canto e descobriu que é uma coisa que ela gosta muito de fazer.

Jeremy e Amabella começaram a se preparar pro pior. O aviso de que Isadore morreu chegou e todo mundo ficou de luto. Acho que Amabella ficou tão arrasada e deprimida com a morte da irmã que enquanto fazia uma pintura muito triste no seu cavalete, ela teve um troço e caiu dura no chão. A família quase morreu junto de tanto chorar.
Amabella morreu e nem chegou a conhecer Edith, a filha que Lisbeth teve, e nem Selena, a terceira filha que Carla teve.



A depressão era tanta que quando as irmãs cozinhavam juntas elas mais choravam do que prestavam atenção nas panelas, e não demorou a acontecer um acidente e por pouco elas não tacaram fogo na casa.



Cameron e Elias foram pra Guerra e sobreviveram pra voltar pra casa e conhecer os filhos que iriam nascer.

Jeremy gostava muito de passar um tempo aconchegando suas netinhas recém nascidas, mas parece que ele já estava sentindo que aquilo era uma despedida. Muito idoso, ele teve um ataque e morreu no quarto das crianças. Talvez Edith e Selena não vão se lembrar dessa cena horrorosa, mas não posso dizer o mesmo de Samantha, que já era criança, e Sarah. Elias até veio correndo pra tentar implorar pela vida do sogro, mas já era tarde demais...



Quando o Outono chegou, fui dar uma conferida na casa da Diana, e pra minha surpresa, a terceira gravidez dela também foi de gêmeos. O casal foi agraciado com Gregório e Gretha. Agora ela e o marido estão com 6 crianças em casa e completamente desesperados...

Voltando pra casa da família principal, me deparo com Carla e Lisbeth grávidas. Carla teve Soraya, que puxou o cabelinho ruivo do pai, e Lisbeth teve Ellie. Sò nasce menina nessa casa, meudeus.



Como Elias trabalha como pintor, ele começou a fazer pinturas em telas em casa, e isso tem rendido uma boa graninha pra família. Ao final do Outono, Lisbeth decidiu aproveitar seu dom de cantar e tocar violino e entrou na carreira de Entretenimento. É a primeira mulher da família a conseguir um emprego. Ela inclusive estava incentivando Samantha a cantar também.

Cameron e Carla estão pensando em abrir um restaurante, mas eles ainda vão precisar juntar uma graninha a mais pra isso porque o investimento é altíssimo. Quem sabe na década que vem...
Basicamente a vida da família está assim: Carla cuida das crianças, da casa e das plantas enquanto Cameron, Elias e Lisbeth vão trabalhar. As meninas estão indo muito bem na escola e há uma possibilidade de irem pra universidade quando ficarem mais velhas.

Fazendo uma tour rápida pela vizinhança pra saber o que aconteceu com os outros familiares, o resumão ficou assim:

Lá em Willow Creek, Milena ficou viúva. John morreu de velhice e deixou os filhos órfãos, coitados. Henrique é adolescente e Regina é criança.
Giovane também morreu de velhice, e Dalila ficou sozinha com os filhos: Simone, que já é jovem adulta; Eliane, adolescente; e Tiago, criança.
Carlos e Catrina, adultos, estão felizes com Vitor, o filho deles que é criança.

Em Newcrest, Sophie e Lorenzo estão levando a vida após a morte de Kennedy. Sophie está quase chegando na velhice, e Lorenzo já é jovem adulto.
Muriel e Hans morreram de velhice e deixaram as filhas Ana e Sabina na casa. Ana virou professora e se casou com Josué Caldeira, um crítico da gastronomia local. Na lua de mel ela ficou grávida. Sabina, adolescente, continua estudando no ensino médio, mas não resistiu aos encantos de Sidney Shield, um escritor de livros de aventura. Eles se casaram e planejam ter filhos, mas só se ela não for pra faculdade.
Jacob, já idoso, demorou a conhecer Fran Sistur, mas foi amor a primeira vista e se casaram bem rápido. Ele ainda sofre muito pela perda do irmão mas ficou feliz quando soube que a esposa estava grávida.
Leonardo se casou com Diva e eles não tiveram filhos porque se dedicaram a cuidar dos seus irmãos gêmeos Paulo e Artur. Ao final da décadas eles já eram jovens adultos e agora que estão criados podem seguir com a vida.

Em Magnolia Promenade, Alicia e Albert são idosos e estão bem, continuam criando os filhos e todos estão muito felizes. Alexei e Hanzel já são jovens adultos e Harry e Mercy são crianças. Alexei e Hanzel ainda não se casaram.

Lá em Windenburg, além da família principal, também moravam Bernard e Lizandra com as duas filhas. Os dois morreram de velhice e as filhas, Ângela e Jessica, ficaram com a casa. Ângela se casou com Ferdinando Jiome, e Jessica se casou com Jaime Bruiser. Ângela ficou grávida no final da década.

Em Brindlenton Bay, Elisa e Leon, os filhos da falecida Isadore, já são adultos. Elisa se casou com Robson e foi morar na casa dele em Evergreen Harbor. Leon se casou com Viviane.
Eileen, quase chegando na velhice, continua morando com o irmão Fabrício. Ela se casou com Ross Hunter e não tiveram filhos. Fabricio se casou com Cristina.
Louis e Liene morreram de velhice e deixaram os filhos Liam e Loretta. Os dois são jovens adultos. Liam se casou com Wanda e Loretta se casou com Christian

E não, não encontrei o pobre coitado do Danilo from Além em lugar nenhum

Ao final da década, Carla e Lisbeth estavam assim:




Diana, Estevão e a penca, assim:



A família terminou a década de 40 com quase 30mil na poupança. Ainda não sei que tipo de reforma vou fazer na casa. Vou fazer umas pesquisas pra me inspirar. Agora resta contar com a sorte, pois nessa década tem mais uma Guerra, e nessa, além dos homens, as mulheres que são jovens adultas também vão como voluntárias. Socorro.

Malibu Renasce - Taylor Jenkins Reid

10 de dezembro de 2021

Título: Malibu Renasce
Autora: Taylor Jenkins Reid
Editora: Paralela
Gênero: Romance/Drama
Ano: 2021
Páginas: 360
Nota:★★★★☆
Compre: Amazon
Sinopse: Malibu, agosto de 1983. É o dia da festa anual de Nina Riva, e todos anseiam pelo cair da noite e por toda a emoção que ela promete trazer.
A pessoa menos interessada no evento é Nina, que nunca gostou de ser o centro das atenções e acabou de ter o fim do relacionamento com um tenista profissional totalmente explorado pela mídia. Talvez Hud também esteja tenso, pois precisa admitir para o irmão algo que tem mantido em segredo por tempo demais, e parece que esse é o momento. Jay está contando os minutos, pois não vê a hora de encontrar uma menina que não sai de sua cabeça. E Kit também tem seus segredos ― e convidado ― especiais.
Até a meia-noite, a festa estará completamente fora de controle. O álcool vai fluir, a música vai tocar e segredos acumulados ao longo de gerações vão voltar para assombrar todos ― até as primeiras horas do dia, quando a primeira faísca surgir e a mansão Riva for totalmente consumida pelas chamas.

Resenha: Nina, Jay, Hud e Kit são os quatro filhos do astro da música Mick Riva (quem leu Os Sete Maridos de Evelyn Hugo e lembra dele?). Todos os anos, os irmãos Riva organizam uma festa que se tornou famosa em toda Malibu. Mas, fatalmente essa festa de 1983 estará fora de controle num determinado momento, resultando na mansão sendo consumida pelas chamas. Até esse momento, os quatro precisarão lidar com os próprios segredos e conflitos, ao longo de uma noite capaz de mudar suas vidas para sempre.

Dividido entre passado e presente, o livro é narrado de uma forma super envolvente, mesclando humor, tensão, suspense e muito drama. Os personagens são apresentados através de seus pontos de vista, e, aos cacos, tentam se reencontrar em meio a um cenário natural e paradisíaco de Malibu. Esse cenário acaba preenchendo a história como se fosse um personagem a parte. O presente é o momento da famigerada festa em si e suas 12 horas de duração, detalhando a relação entre os familiares e seus convidados, enquanto o passado retrata a história dos Riva lá em 1956, sobre a origem e a infância dos irmãos. Assim como a maioria dos livros da autora, este não traz reviravoltas e grandes surpresas pra chocar o leitor, mas sim momentos verdadeiros sobre situações tristes vivenciadas pelas personagens, e que, de alguma forma, poderiam ser vividas por qualquer pessoa como você ou eu.

Sabe quando um autor entra no seu top 10 de autores preferidos? Pois então... Os livros da Reid não trazem meras histórias, trazem AS HISTÓRIAS. Histórias com uma carga emocional e dramática bastante intensa, histórias que falam sobre assuntos que qualquer um pode passar e se sentir representado, e no caso de Malibu Renasce, uma história que fala sobre os erros cometidos quando se tenta acertar, sobre perdas, sobre a família e o fardo que ela nos faz carregar, sobre responsabilidade, abandono, culpa, medo...

De forma geral, Malibu Renasce, mantendo o "padrão TJR" de qualidade, traz uma história bem construída, com temas relevantes e carga emocional suficiente pra, talvez, arrancar algumas lágrimas nos leitores. Super recomendo.

PS.: Ao que tudo indica, o livro será adaptado para uma série na TV e já estou ansiosa pra ver personagens tão marcantes na telinha.