Wishlist #72 - Funko Pop - Fullmetal Alchemist

21 de junho de 2019

Depois de ter terminado de assistir Dragon Ball Z e ficado órfã de um anime a altura, eis que achei Fullmetal Alchemist disponível na Netflix. Eu nunca tinha ouvido falar do anime ou do mangá até então, e resolvi assistir os primeiros episódios para saber do que se tratava e se era legal o bastante pra acompanhar. Nem preciso dizer que AMEI, já pesquisei sobre e já estou assistindo a segunda versão, Brotherhood. Não vou me aprofundar nas diferenças pois o post não é pra isso. Talvez mais pra frente eu faça crítica e fale mais sobre, mas já adianto que é super legal.

Resumindo, o anime conta a história dos irmãos Edward e Alphonse Elric, que desde crianças aprenderam a arte da alquimia e conseguiam transmutar vários objetos através da Troca Equivalente (é preciso dar algo de igual valor para receber outro em troca). Depois do pai deles ir embora, eles ficaram com a mãe, que um tempo depois ficou muito doente e acabou morrendo. E mesmo sabendo que a transmutação humana era algo proibido na alquimia, os meninos tentaram trazê-la de volta à vida, mas tudo deu MUITO errado. Alphonse perdeu seu corpo e Edward perdeu um braço e uma perna, e para não ficar sozinho e tentar salvar o irmão, Ed usou alquimia para prender a alma de Al numa enorme armadura. A partir daí, os dois partem em busca da lendária pedra filosofal, acreditando que este é o único objeto capaz de trazer o corpo de Al de volta, mas no caminho passam por diversas situações que colocarão suas vidas em perigo, e que também levantam questões filosóficas e relevantes sobre a moral humana.

Nem preciso dizer que quando soube que a Funko já tinha lançado os popíneos dos personagens principais já tratei de colocar todos nessa lista sem fim, né? Os dois últimos são pops exclusivos e costumam ter um preço maior do que os regulares, mas não podem faltar na coleção. Alphonse é o personagem mais fofo que já vi até agora num anime e quero um pra mim! *o*



Sem Coração - Marissa Meyer

20 de junho de 2019

Título: Sem Coração
Autora: Marissa Meyer
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Gênero: Fantasia/Jovem adulto/Releitura
Ano: 2018
Páginas: 416
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Catherine era uma das garotas mais desejadas do País das Maravilhas e a favorita do ainda solteiro Rei de Copas, mas seus interesses eram outros. Por seu talento na cozinha, ela só queria abrir uma confeitaria em sociedade com sua melhor amiga e oferecer ao Reino de Copas os mais deliciosos doces e bolos.
Porém, de acordo com sua mãe, era uma ideia inaceitável para a jovem que poderia ser a próxima rainha. Em um baile real em que o rei pretende pedi-la em casamento, Cath conhece Jest, o belo e misterioso bobo da corte. Pela primeira vez, sente a força da pura atração. Mesmo correndo risco de ofender o rei e contrariar os pais, ela e Jest iniciam um relacionamento intenso e secreto.
Cath está determinada a escolher o próprio destino e se apaixonar nos seus próprios termos. Mas em uma terra repleta de magia, loucura e monstros, o destino tem outros planos...

Resenha:  Pra quem gosta de releituras de fantasias clássicas, principalmente no que diz respeito ao universo das princesas e outras personagens icônicas da literatura, Marissa Meyer é autora mais do que indispensável. Depois de ter sido fisgada com a série Crônicas Lunares, não consegui resistir quando soube do lançamento de Sem Coração, que contaria a história das origens daquela que se tornou a impiedosa Rainha de Copas. Como não ficar com as expectativas nas alturas?

Assim, acompanhamos a jovem Catherine Pinkerton, uma garota literalmente doce e sonhadora, uma confeiteira de mão cheia, que queria abrir uma confeitaria com sua melhor amiga, Mary Ann, e viver todas as emoções de um primeiro amor um dia. Porém, sua mãe não aceita que ela siga seus sonhos. Por Cath ser desejada pelo Rei de Copas, seu destino é ser rainha, mesmo que contra sua vontade. E durante um baile onde ela seria pedida em casamento pelo Rei, ela conhece o Bobo da Corte, Jest, e a atração entre os dois é inevitável, mas escolher seu próprio destino não é algo que Cath possa fazer.

Partindo dessa premissa, vamos acompanhando o processo de transformação de Cath, uma garota doce e gentil, se tornando alguém muito cruel devido a tudo que precisou enfrentar, e que foi impedida de ser e fazer o que mais queria de sua vida: ser feliz.

No início, a autora se dedica a apresentar e construir os personagens, com suas características particulares e personalidades únicas, assim como detalhar (de forma bastante cansativa e repetitiva) cada pedacinho ou aroma dos doces e bolos divinos feitos por Cath, e até as roupas que todos usam, e eu demorei muuuito pra avançar a leitura até, mais ou menos, a metade do livro, pois tudo estava se arrastando demais e nada me deixava empolgada pra continuar. Foi um século pra conseguir ler a metade, e a outra metade eu li num pulo só. Depois percebi que foi um artifício importante para situar o leitor nesse universo, e contextualizar personagens e suas condições para que a história continuasse sendo desenvolvida com a devida maestria até seu desfecho que, embora já esperado, não deixa de surpreender. Muitas cenas são chocantes, muitos personagens nos decepcionam profundamente e acabam mostrando que o destino pode, sim, mudar de acordo com atitudes infelizes e escolhas erradas que são tomadas por ambição ou ganância, mas talvez sejam essas reviravoltas dolorosas que tornaram a história única e com elementos que justificam o destino da protagonista e o desfecho do livro. Por mais horrível e triste que seja, conseguimos entender o que, de fato, motivou Cath a se tornar alguém tão amarga, tão vingativa e cruel. Nem sempre vamos ter um felizes para sempre, e isso não significa que a história não seja marcante ou digna de admiração.

A história é cheia de referências ao universo de Alice no País das Maravilhas, e quando personagens já conhecidos dão o ar da graça, como o Gato Cheshire, o Chapaleiro Maluco, o Coelho Branco, e outros, é impossível não sentir aquela satisfação por já termos uma certa familiaridade com eles.

No mais, Sem Coração é um livro que arrasa nosso emocional, seja por fazer com que saibamos que existem situações terríveis e dolorosas o bastante para transformar alguém tão doce em alguém tão amarga, como mostrar que, talvez, o fascínio por corações de copas espalhados pelo reino seja um reflexo para projetar o que ela perdeu: seu coração.

Bom Dia, Verônica - Andrea Killmore

16 de junho de 2019

Título: Bom Dia, Verônica
Autora: Andrea Killmore
Editora: Darkside Books
Gênero: Thriller/Literatura Nacional
Ano: 2016
Páginas: 256
Nota:★★★★
Sinopse: Em "Bom dia, Verônica", acompanhamos a secretária da polícia Verônica Torres, que, na mesma semana, presencia de forma chocante o suicídio de uma jovem e recebe uma ligação anônima de uma mulher desesperada clamando por sua vida. Com sua habilidade e sua determinação, ela vê a oportunidade que sempre quis para mostrar sua competência investigativa e decide mergulhar sozinha nos dois casos. No entanto, essas investigações teoricamente simples se tornam verdadeiros redemoinhos e colocam Verônica diante do lado mais sombrio do homem, em que um mundo perverso e irreal precisa ser confrontado.
Andrea Killmore compõe thrillers como os grandes mestres, e sua experiência de vida confere uma autenticidade que poucas vezes encontramos em suspenses policiais, vibrante e cruel — como a realidade.

Resenha:  Bom dia, Verônica é um thriller nacional escrito por Andrea Killmore (pseudônimo de não faço ideia quem) e publicado pela Darkside Books. De antemão já posso dizer que o trabalho gráfico do livro, que tem capa dura, assim como de todos os outros da editora, está impecável e super caprichado.

Verônica Torres é uma escrivã da Polícia Civil de São Paulo que está cansada de ver tantas injustiças acontecendo. Os casos são engavetados e esquecidos sem que nada seja resolvido e ela já está cansada dessa situação que a consome dia após dia. Seu chefe é um delegado que já está quase se aposentando e está fugindo de casos complicados (e dos simples também) e não resolve nem tem interesse por nada. Até que num dia rotineiro de trabalho, Verônica presencia o suicídio de um moça em plena delegacia, e como se a situação já não fosse chocante demais, ela ainda recebe uma ligação de uma mulher desesperada e que corre risco de vida nas mãos do marido, mas que ninguém na delegacia tem interesse em investigar se um inquérito não fosse aberto pela própria esposa.

Assim, Verônica resolve investigar os dois casos por conta própria diante de tanto descaso dos demais policiais, tanto para mostrar o quanto é competente, quanto para fazer um pouco de justiça, já que nunca é feita. Mas o que ela não esperava era se deparar com um caso complexo e sombrio, além de se envolver numa trama perigosa que ela jamais imaginou viver.

A narrativa é bastante fluída, e por se passar em São Paulo, tem várias gírias e referências que reforçam que se trata de uma história nacional. A escrita também é bastante crua, com detalhes que incomodam por trazer a realidade de uma forma bastante verdadeira e até cruel. O mistério é interessante e a forma como a autora prende o leitor, revelando detalhes de forma gradual, torna a leitura do livro uma experiência super satisfatória, mesmo que ele tenha várias facilitações narrativas pra dar explicações ou tirar o personagem de alguma situação impossível.

Verônica é um belo retrato da mulher brasileira, que trabalha mais do que ganha, se dedica à família e à casa, e se desdobra da melhor forma que pode pra dar conta de tudo, e por isso está esgotada. Ela está insatisfeita com seu emprego, seu casamento está um lixo, e ela precisa de alguma motivação pra dar um up na sua vida, logo investigar esses casos (e outras cositas mas), iria tirá-la dessa "zona de desconforto". Ela cai naquele clichê da policial inteligente e de personalidade forte que tem seus problemas pessoais que interferem em sua vida profissional, mas isso não significa que ela seja uma personagem admirável que sabe lidar com tudo. Ela é a anti-heroína que faz escolhas e tem atitudes questionáveis e desprezíveis, mas ainda assim busca pela justiça, mesmo que ela precise recorrer a medidas mais drásticas pra isso. Verônica acaba levantando vários questionamentos e reflexões acerca de seu comportamento e até da própria forma como ela encara a vida.
A história também aborda alguns temas bastante pesados, e talvez quem não esteja acostumado com livros policiais possa ficar bem mais impactado com o choque que algumas cenas causam.

No mais, pra quem gosta do gênero, curte personagens nada convencionais, e procura por um bom livro nacional, é leitura super indicada.

Quotes que Inspiram #2 - O Oceano no Fim do Caminho

12 de junho de 2019


Voltando com essa coluna há muito tempo esquecida, trago alguns quotes super legais e cheios de mensagens maravilindas de um dos livros mais interessantes que já li: O Oceano no Fim do Caminho, do ilustre Neil Gaiman. Bora conferir?

"Livros eram mais confiáveis que pessoas, de qualquer forma."
- pág. 18
"As plaquinhas que explicavam quem eles eram também me informaram que a maioria havia assassinado a família e vendido os corpos para a anatomia. Foi aí que, para mim, a palavra anatomia ganhou um quê de pavor. Eu não sabia o que era anatomia. Só sabia que a anatomia fazia as pessoas matarem os filhos."
- pág. 27
"A porta estava trancada. Portas trancadas impediam que outras pessoas entrassem. Uma porta trancada era sinal de que você estava lá dentro e, quando as pessoas queriam entrar no banheiro, elas mexiam na maçaneta e a porta não abria, e elas diziam 'Perdão!' ou gritavam 'Você vai demorar aí?' e..."
- pág. 85
"Vou dizer uma coisa importante para você. Os adultos também não se parecem com adultos por dentro. Por fora, são grandes e desatenciosos e sempre sabem o que estão fazendo. Por dentro, eles se parecem com o que sempre foram. Com o que eram quando tinham a sua idade. A verdade é que não existem adultos. Nenhum, no mundo inteirinho. - Ela pensou por um instante. Então sorriu. - Tirando a vovó, claro."
- pág. 130
"Eu era uma criança normal. O que significava dizer que eu era egoísta e não estava totalmente convencido da existência de coisas que não eram eu, e tinha certeza, uma certeza sólida e inabalável, de que eu era a coisa mais importante da criação. Não havia nada mais importante para mim do que eu."
- pág. 177