Caixa de Correio #27 - Maio

31 de maio de 2014

Dia de Caixinha de Correioooo, gente!!
Espiem o que recebi esse mês e pasmem não comprei nadica de nada! Ihuu!

O Feitiço Azul - Richelle Mead

27 de maio de 2014

Lido em: Maio de 2014
Título: O Feitiço Azul - Bloodlines #3
Autora: Richelle Mead
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Sobrenatural
Ano: 2014
Páginas: 400
Nota: ★★★★★

Sinopse: A atual missão da alquimista Sydney Sage fez com que ela revisse seus conceitos não só sobre os vampiros, mas também sobre a própria organização à qual pertence, responsável por esconder a existência dessas criaturas do resto da humanidade. Sydney acabou descobrindo um grupo dissidente que tinha muito em comum com os alquimistas, mas objetivos bem mais radicais. Certa de que seus superiores estão guardando segredos sobre essa facção paralela, ela contará com a ajuda do misterioso ex-alquimista Marcus Finch para tentar desvendá-los. Mas isso só será possível se ela conseguir escapar de uma ameaça ainda mais urgente; uma feiticeira cruel que suga a alma de jovens usuárias de magia. Enquanto isso, a garota luta contra os sentimentos cada vez mais fortes pelo rebelde vampiro Adrian Ivashkov. Há tabus e preconceitos milenares arraigados entre as duas raças, que representam um obstáculo enorme para esse relacionamento. Mas Adrian é persistente e é o único em quem ela confia para enfrentar as ameaças que se aproximam. Será que Sydney conseguirá se libertar do seu modo de vida e se render a esse romance?

Resenha: Sydney Sage e Adrian Ivashkov, ainda mais irresistível, estão de volta nessa empolgante continuação da série Bloodlines. Dessa vez a alquimista entrará em uma grande missão: tentar impedir que uma feiticeira maligna roube a juventude de jovens inocentes.  Ao mesmo tempo em que ajuda a Sra. Terwilliger a caçar essa bruxa, Sydney tem que lidar com a questão dos Guerreiros da Luz, que envolve Marcus, um ex-alquimista que se voltou contra seu povo. A jovem se vê em uma via de mão dupla, onde deve escolher virar a cara para uma cultura enraizada na sua vida com diversos aprendizados ou seguir a diante aceitando tudo que a sociedade alquimista impõe. Em meio a tantas dúvidas, Sydney encontra em si muitos questionamentos e uma única certeza: descobrir o que os alquimistas têm a esconder.

Preparem os corações! Minha história com a Richelle é diferente de algumas que conheço. Meu primeiro contato com a autora foi em Laços de Sangue, que dá início a série Bloodlines, spin off de Academia de Vampiros. Após ler O Lírio Dourado e conhecer um pouco sobre o mundo dos Moroi, Strigoi, Dampiros e Alquimistas é que embarquei na série protagonizada por Rose. O efeito foi bem reverso, pois quando chegou Promessa de Sangue é que reencontrei a Sydney. Mas reencontros à parte, posso garantir que estou cada vez mais viciado em Richelle Mead.
Um dos grandes preconceitos que vejo com a série é quem a protagoniza. É evidente que a Sydney é o oposto da Rose em tudo. Enquanto Hathaway era um tanto “valentona”, Sage é mais contida e pensa antes de agir. Então, não dá pra esperar encontrar em Bloodlines o mesmo clima, já que a narrativa acontece em primeira pessoa.

Sydney está agora muito mais segura de si. Nos dois volumes a personagem trazia consigo muitas dúvidas sobre o que deveria ou não fazer. Agora ela está mais ciente de verdades parciais sobre sua própria vida e cultura. Entendo perfeitamente isso. Imaginem uma mãe que ensina algo a um filho desde seu nascimento e ele carrega tal lição consigo a vida toda. Sua opinião pode mudar? Sim, mas é uma ideia difícil. É isso que acontece com a Sydney nesse volume. Ela começa a se questionar alguns pontos sobre sua criação e junto com Adrian tenta encontrar tais respostas. Essa personalidade dela cria forma e traz de dentro uma força para a personagem que é admirável. Uma verdadeira evolução que continuará até o último livro, espero.

Ah, Adrian! Ele continua do jeitinho que os leitores da Richelle conhecem: convencido, carinhoso, amoroso e clichê. Mas quem não ama um clichê de vez em quando? Costumo comparar muito Adrian e Sydney com Rose e Dimitri. E pasmem, mas prefiro o primeiro casal. A interação dos dois é ótima, feita em diálogos recheados de falas engraçadas. Creio também que o amor deles é menos fogo e paixão (apesar de isso existir mais nesse volume) e mais carinho e companheirismo. Adoro ver o Adrian se arriscando e fazendo de tudo pela Sydney.

É sempre bom relembrar o talento da Richelle para escrever. Li recentemente O Tabuleiro dos Deuses e vi um outro lado dela, uma escrita mais adulta e madura. Em Bloodlines a linha se mantém numa narrativa fácil que flui sem que se perceba, e quando menos nos damos conta já chegou ao final e nos roemos de ansiedade para o próximo. Esse talento de Mead é inegável, já que ela escreve livros para séries diferentes ao mesmo tempo.

O Feitiço Azul é perfeito. Soa até exagerado, mas não consigo encontrar defeitos nessa série.  A resistência da Sydney em aceitar que sua vida é uma mentira parece incomodar alguns leitores, mas a mim agrada muito, pois mostra que a verdade é questão de ponto de vista, ainda mais quando enraizada em uma cultura de vida. Há uma bela dose de ação, muitos feitiços e mistérios adicionados ao romance adorável de Adrian e Sydney. Estou, definitivamente, apaixonado por esses dois.


Espinho de Ferro - Caitlin Kittredge

26 de maio de 2014

Lido em: Maio de 2014
Título: Espinho de Ferro - Código de Ferro #1
Autora: Caitlin Kittredge
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Tradutor: Chico Lopes
Gênero: Steampunk/Fantasia/YA
Ano: 2012
Páginas: 516
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Na cidade de Lovecraft, os fiscais governam e um grande engenho gira sobre suas ruas, esmagando qualquer resistência a sua ordem para tudo moer. O necrovírus é responsabilizado pela epidemia de loucura em Lovecraft, pelas estranhas lúgubres criaturas que vagam pelas ruas dentro da noite e por tudo o que os fiscais julgam herético ou nascido na crença, na magia e na feitiçaria. E, para Aoife Grayson, o tempo está se esgotando dia após dia.
A família de Aoife é única, no pior sentido. A mãe e o irmão mais velho, Conrad, ficaram loucos ao completar dezesseis anos. E agora, tutelada pelo Estado na proximidade dos próprios dezesseis anos, Aoife está tentando fingir que seu destino pode ser diferente.
Seu futuro parece triste. Até que um dia ela recebe uma carta que diz apenas:
Encontre o alfabeto da bruxa.
Salve sua vida.
Aoife sabe que a carta é de Conrad, mas a última vez que viu seu irmão foi no dia em que ele perdeu a razão e atacou-a antes de fugir dos fiscais. Será que ele está curado em algum lugar e avisando-a para fugir enquanto lhe for possível - ou é apenas a mensagem de um louco perambulando a esmo?
Para salvar a própria vida, Aoife precisa encontrar o irmão. E, para fazer isso, ela deve deixar Lovecraft e se aventurar num mundo de heréticos e piratas do ar, criaturas da noite e sombrios segredos de família... Antes que o ponteiro do relógio gire para baixo e ela também sucumba aos necrovírus.

Resenha: Espinho de Ferro é o primeiro volume da trilogia Código de Ferro, escrita pela autora Caitlin Kittredge e publicado no Brasil pela Editora Rocco.

A história parece se passar nos anos 50, na cidade movida a vapor e éter de Lovecraft. O necrovírus é algo que ameaça as pessoas, pois é responsável pela existência de monstros sobrenaturais e outros seres terríveis, como vampiros que habitam os esgotos, noitibós, fantasmas, corvos mecânicos e outros piores que existem alí. E, nesse cenário bastante dark e pós guerra, conhecemos Aoife Grayson (esse é um nome irlandês cuja pronúncia é "Ee-fah" ou "Ifa"), uma jovem de 15 anos numa visita que faz à mãe. O problema é que o histórico da família dela não é um dos melhores... Sua mãe se encontra internada num manicômio, seu irmão num surto de loucura fugiu após atacá-la, seu pai é um completo desconhecido... Esses fatores foram suficientes para que o Estado se tornasse tutor de Aoife e a colocasse em uma escola de engenharia mecânica. Assim, caso não ficasse louca, quem sabe poderia ter uma carreira na área que tanto se interessa... E enquanto leva a vida receosa pelo necrovirus, mas cercada por máquinas e engrenagens, aprendendo e se dedicando a consertar engenhocas e pondo a mão na graxa, algo imprevisível acontece...

Aoife recebe uma carta e tudo indica que é de seu irmão... Sem saber se a carta foi escrita num momento de insanidade de Conrad ou se é alguma pista que ele deixou para que ela siga, Aoife decide sair de Lovecraft em direção a Arkham para descobrir o que puder sobre sua família. Seu melhor amigo, Cal, a acompanha a fim de protegê-la e ajudá-la no que for preciso. Dean entra em cena para guiá-los até Arkham, e a mansão de Graystone, a casa do pai da garota, está cheia de segredos dos quais ela irá se surpreender. Lá ela conhece Bethina, a empregada que se encontra apavorada depois de acontecimentos assustadores alí que envolveram Conrad. Os perigos e as criaturas apavorantes que existem nos arredores ameaçam a vida de Aoife e de seus amigos, e ela deve encontrar respostas antes de completar 16 anos. E as descobertas que ela faz em Graystone, é algo que Aoife jamais esperava...

Durante a leitura, os detalhes ricamente construídos do cenário e dos elementos dão a impressão de que é tudo muito sujo e velho, como se tudo fosse contaminado e as pessoas vivessem em condições precárias sempre sendo vigiados por algo a espreita. Esse ar sombrio é simplesmente fantástico. O mundo dividido entre racionalistas e heréticos também foi muito bem trabalhado, principalmente porque heréticos são considerados um problemas por acreditarem em magia, como se isso fosse sinal de loucura ou coisa do tipo.

Aoife é a típica adolescente que não se agrada da situação em que se encontra, e mesmo se sentindo frustrada e se lamentar pela sua condição, se mantém estagnada naquela vida, esperando a loucura chegar. Até que a tal carta aparece e ela resolve arregaçar as mangas e ir embora, de repente. Ela é corajosa, não se deixa influenciar por nada nem ninguém e o que me fez admirá-la muito é ela ter uma imensa paixão por livros! Então no meio de tantos mistérios e intrigas, ela descobre que tem o "Dom".

Cal é o melhor amigo dela, único que parece não se importar que a loucura pode afetá-la mas sempre a contradiz quando ela diz que descobre algo novo. Ele é protetor mas muito irritante e tem um papel especial e bastante surpreendente na trama, o que explica seu comportamento. E a partir da descoberta do segredo que ele guarda, ele se torna um personagem muito mais interessante...
Dean faz o estilo bad boy, misterioso, cheio de charme carregando aquele isqueiro por aí, e um tipo de interesse amoroso começa a surgir entre ele e Aoife. Com certeza foi o personagem que mais gostei na história. O romance surge como faíscas, mas apesar de estar visível, não é o foco principal da história.

Os demais personagens também foram muito bem construídos, desde Bethina até o prefeito Draven, que não mede esforços para conseguir o que quer, influenciando as pessoas a denunciarem quem quer que seja que possa estar fazendo algo considerado errado ou ilegal, mandando matar quem considera uma ameaça pelo motivo mais fútil que seja, e ainda perseguindo Aoife e sua família de forma obsessiva e sem uma explicação maior para isso.

Espinho de Ferro é um livro bem sombrio e bem complexo no que diz respeito aos elementos inseridos e a mitologia que a autora criou. Apesar de a leitura ser bastante fluida e empolgante, não é um livro para se ler de uma vez, correndo, pois são muitos, muitos detalhes que devem ser absorvidos aos poucos para serem melhor compreendidos. E justamente pela mistura de tantos elementos, senti que a história tomou um rumo beeeeem diferente de onde partiu, como se todo aquele steampunk tão aprofundado no começo fosse deixado de lado para dar lugar a fantasia envolvendo magia e bruxaria e tudo o que antes parecia seguir por um caminho, foi para outro totalmente nada a ver, o que me deixou confusa quanto a intenção da autora, pois pra mim, foi como se ela tivesse unido duas histórias diferentes. A história ainda tem um toque de distopia com a ideia de um governo que condena e castiga todos aqueles que acreditam e/ou praticam magia.

A edição da editora está ótima. A capa remete bem à história, mostrando corvos, dando destaque a cor marrom lembrando a sujeira do cenário e as características físicas da protagonista. A diagramação é simples, os capítulos tem em média 20 páginas e as folhas são amareladas.

O final deixa um gancho pro próximo livro, Jardim do Pesadelo, e surpreende muito deixando o leitor ansioso para continuar acompanhando os próximos acontecimentos. Lovecraft está para cair, nem tudo é o que parece, e para Aoife, o que resta é saber se seu Dom irá ajudá-la em sua nova tarefa num mundo novo e mais perigoso e fantástico do que nunca...

Novidades de Maio/Junho - Geração Editorial

25 de maio de 2014

Solidão - José Maria Mayrink
Em 1982, o jornalista José Maria Mayrink, do jornal O Estado de S. Paulo, escreveu uma surpreendente série de reportagens sobre a solidão em São Paulo, a maior metrópole brasileira. Mendigos, trabalhadores noturnos, presidiários, padres, freiras reclusas, cidadãos comuns foram surpreendidos em sua frágil intimidade.
Eles eram solitários e tristes no meio da multidão. Escrita em estilo literário, como já não se vê na imprensa diária, os relatos comoveram os leitores e tiveram um impacto impressionante. Mais de trinta anos depois, a solidão nas grandes metrópoles não diminuiu. Os solitários continuam sozinhos, agora espalhando suas angústias nas redes sociais. O que era e é ser solitário numa cidade marcada por multidões e ruídos? Quem eram aquelas pessoas que falavam de uma sensação paralisante de abandono? A solidão urbana é mais ampla e assustadora do que se imagina. A solidão de que falam é a mesma que se sente hoje, um dos estigmas da atualidade. A identificação é inevitável.
Este livro é um convite à reflexão sobre o que é a solidão particular de cada um.

Ninguém me contou, eu vi - Sebastião Nery
Os textos deste livro, ao englobar seis décadas de História, formam um impressionante arquivo de biografias, fatos e revelações envolvendo os grandes nomes da política brasileira, desde a Era Vargas até a presidente Dilma Rousseff. Sebastião Nery, um dos maiores e mais polêmicos jornalistas brasileiros, reúne aqui seus melhores textos, revelações e reminiscências. E nos oferece um livro histórico, imprescindível para se entender o Brasil dos últimos 60 anos.








O Para Sempre de Ella e Micha - Jessica Sorensen
Jessica Sorensen está de volta com o segundo volume da série, três vezes mais hot! Ella e Micha começaram a namorar. Ella está na faculdade em Las Vegas. Micha saiu em turnê com sua banda de rock. Tudo parece se encaminhar para uma relação estável. Mas não é o que acontece. Pesadelos começam a assombrar Ella. O medo de ser abandonado persegue Micha aonde quer que ele vá. Tudo o que enfrentaram antes não pode ter sido em vão... eles não podem perder um ao outro. Ou podem? Os dois irão sentir essa verdade na pele quando a distância começa a se revelar mais destruidora do que eles poderiam imaginar. Ciúmes, segredos e fantasmas do passado ressurgem ainda mais ferozes, enquanto as vivências sexuais se incendeiam, apimentadas por jogos sensuais, bebedeiras e muita velocidade nas estradas do oeste americano. 


A Guerra dos FAE – Chamado às armas – Vol.02 - Elle Casey
Jayne Sparks e seus amigos Spike, Chase, Finn e Becky estão na iminência de uma guerra sangrenta e devem sofrer uma mudança, como crianças trocadas, para serem membros dos Fae da Luz com identidades mágicas. Poderão se transformar em elfos, ninfas, daemons, íncubos, anões e duendes verdes, querendo ou não aceitar suas novas identidades, desapontando-se com elas ou não. Tony, porém, alegando não ter agressividade suficiente para enfrentar a guerra com os Fae das Trevas, se afastou, deixando Jayne Sparks cheia de saudades e entristecida. Mas ela logo recuperará seu ânimo, pois conhecerá novos personagens cativantes e estará engajada num  treinamento em que sua natural liderança, por ser determinada e despachada, se fará sentir. Mas a situação colocará muitas dúvidas, e os novos personagens poderão revelar facetas inesperadas. Como será resolvida a questão entre os Fae da Luz e os Fae das Trevas? Serão Jayne e seu grupo de amigos capazes de dar conta de uma missão tão espinhosa? Muitas respostas a estas perguntas, e outras tantas que foram provocadas pelo primeiro volume da série, serão respondidas aos leitores. E surgirão novos e fascinantes enigmas.

A perfeita ordem das coisas - David Gilmour
Do aclamado escritor David Gilmour do sucesso Clube do Filme, em "A Prefeita Ordem das Coisas", um romance especial quem encantou os leitores, com o lema: Há coisas que só podem ser compreendidas quando vividas uma segunda vez. A história tem um escritor como personagem principal que parte numa viagem rumo ao próprio passado. Ele vagueia pelas ruas de Paris, de Toronto, de uma cidadezinha praiana da Jamaica. Lá, estão o internato, uma roda-gigante girando na noite; uma casinha de campo caindo aos pedaços, lugares onde foi feliz e triste, na maioria das vezes desesperado, buscando um sentido para sua vida. Ele reencontra as pessoas, as conversas, os sonhos e as paixões, memórias que tinham se perdido no tempo e agora voltavam para que ele as visse com novos olhos, estes bem abertos para o que não conseguiu enxergar quando as viveu pela primeira vez.