Polêmica, eu? #6 - O que seria do azul se todos gostassem do amarelo?

22 de agosto de 2013

Ei, gentem! Tempinho que não solto um post nessa coluna, né?
Então...
Alguns escrevem como forma de desabafo, outros escrevem pra emocionar ou entreter os outros, outros escrevem pra esvaziarem a cabeça... Não importa o motivo que seja, uma ideia pode originar várias páginas... e várias páginas podem dar origem a um livro, porém, devido as pessoas serem diferentes entre si, agirem diferente e pensarem diferente, essa ideia original não necessariamente vai agradar a todos... A preferência alheia só diz respeito ao seu dono e ponto, afinal, voltando ao título do post, eu faço a famosa pergunta: o que seria do azul se todos gostassem do amarelo?

Escrever é uma arte... um dom... Assim como quem desenha bem, como quem toca um instrumento com perfeição, como quem tem uma voz fodástica pra cantar e por aí vai... Partindo desse pressuposto, acredito piamente que uma simples ideia não basta pra qualquer um se autointitular escritor. Talvez essa ideia faça um baita sucesso nas mãos de quem tem o dom pra coisa e vai saber conduzi-la da melhor maneira de forma a agradar a maioria (veja bem: a "maioria", que é bem diferente de "todos"), mas nem sempre o dono da ideia é a pessoa em questão... E foi isso o que me levou a escrever hoje, pois nem sempre uma boa ideia está nas mãos certas. Talvez até uma ideia ruim pode ser transformada a ponto de acabar agradando... Depende de quem está por trás dela e de seu comportamento.

O problema, é que existem "escritores" que se consideram especialistas, acreditam que as ideias que têm são as mais geniais do mundo e não há nada melhor do que elas ou do que foi feito com elas ao serem passadas pro papel...
Acho que mais do que ninguém, devemos apostar e acreditar na nossa capacidade, mas com humildade, sempre. Alguém que não sabe ou não admite reconhecer os próprios erros e se acha dono da razão, é alguém destinado ao fracasso, pois ninguém nesse mundo é perfeito e por mais que o objetivo traçado seja chegar à perfeição, a caminhada certamente será interminável...
Podemos sempre desejar sucesso a quem consideramos merecedores, mas pra alguém merecer, no mínimo deve fazer por onde...

Vou entrar com a questão do comportamento de alguns desses "escritores" ao receberem uma crítica negativa sobre seu livro, principalmente quando o livro é cedido como cortesia.

Não são todos, claro, mas é óbvio que existem muitos blogueiros que criaram seus blogs por puro interesse em acumular livros, independente do gênero ou sem pensar se é uma leitura que vai agradar ou não, e a forma mais rápida pra isso são as famosas, desejáveis e incríveis parcerias... Seja com autores, seja com editoras, seja com empresas, enfim... O importante é entrar na corrida e conseguir a bendita pra ganhar alguma coisa. Mas, ao receber um livro, principalmente quando a parceria é proposta pelo blogueiro, ao mesmo tempo que ele pula de alegria por ganhar o que queria, rola uma ansiedade, um frio na barriga, e a preocupação de não gostar da obra e não saber como lidar com isso, pois é super chato e constrangedor magoar o autor e não querer que ele fique chateado por ter sabido que o livro não agradou, né? Então, falar bem do livro é mais fácil e libertador... E quem escreveu o livro vai acreditar que está no caminho certo, que não precisa melhorar em nada e vai achar que o sucesso está a um passo... E isso não é legal, né?

Outra situação, são os escritores que no fundo sabem que precisam melhorar (ou até mesmo os que acham que não precisam), principalmente os que não dominam o português e nem ao menos se preocupam com isso (imagino um cirurgião que não domina o próprio bisturi e se acha apto pra um transplante), mas não assumem pois querem alcançar o sucesso de forma urgente, e procuram divulgar o que escreveram justamente com esses blogueiros que publicam uma opinião falsa, para alimentarem o próprio ego, ou para mostrar pros outros que as pessoas "gostam" do tal livro, mas ao se depararem com uma opinião sincera que aponta todas as falhas que ninguém havia apontado antes, seja por falsidade, seja por pena, seja porque teve a opinião comprada ou o que for, acha que o melhor caminho é partir pro ataque, ofendendo o blogueiro, o acusando de incapacitado e difamador e outras barbaridades que só é possível acreditar vendo com os próprios olhos. E isso também não é legal, né?

Diferente desse tipo de gente, há autores que assumem suas falhas, e procuram opiniões e críticas sinceras, mesmo que negativas, para poderem ver onde devem melhorar através de vários pontos de vista, e por mais que eles não atinjam a perfeição, vão conquistando blogueiros e leitores por sua simpatia e humildade. E vou ser sincera... esses sim farão sucesso, pois ganham o respeito e a moral alheia pela forma como se comportam, mesmo que fiquem chateados. Eles sabem que simplesmente não dá pra agradar todo mundo, que tirar satisfação ou brigar não vai mudar a opinião do outro com relação ao livro, mas com relação a ele mesmo, e isso é postura de gente inteligente e sensata! Muito legal, né? Mais do que legal! É digno de aplausos! Sou fã de pessoas de bom caráter, que tem classe e inteligência, que sabem medir as palavras, que assumem que não são perfeitas e continuam com um sorriso no rosto apesar dos obstáculos, batalhando pelo que acreditam.

Então, tudo pode variar, pois como disse anteriormente, cada um age e pensa de uma forma, mas é exatamente de acordo com sua maneira de agir, ela vai traçando seu caminho, indo em direção ao sol pra brilhar, ou regredindo a ponto de se tornar alguém completamente desprezível e detestável... Esses não chegam em lugar nenhum... e se chegam, logo caem... E o tombo é feio...

Receber críticas é algo incômodo, mas da mesma forma que existem blogueiros pilantras, há autores de mesmo nível... Acho que cabe ao autor por a mão na consciência e ter um pouco de senso ao escolher onde e quem fará esse papel, pois existem pessoas sérias que resenham por gostarem disso, mas existem os que levam tudo na brincadeira e não sabem que "cortesia" não é só uma palavra que denomina algo que veio "grátis", mas também um comportamento delicado, atencioso, gentil e humilde. Já disse e repito: é perfeitamente possível fazer uma critica negativa de forma cortês e com classe, da mesma forma que é possível conter a empolgação e elogiar sem passar a impressão de puxação de saco sem fim.

Não adianta achar que todos vão amar a obra partindo da opinião de quem não é sincero ou de quem partilha os mesmos gostos ou opiniões... E se uma pessoa sensata que leva a sério o que faz em seu blog teve a decência e o profissionalismo de criticar de forma negativa, nada mais justo do que o autor reconhecer que não é perfeito e que é impossível agradar a todos 100%.
Dá trabalho escrever um livro, claro que dá... mas manter um blog e construir credibilidade ao longo do tempo sendo reconhecido e tendo crédito justamente pela opinião sincera e imparcial, também não é fácil. Então não é justo um autor achar que está sendo prejudicado, e simplesmente se achar no direito de denegrir a imagem de um blog que muitas vezes serve como ponto de referência pra quem quer uma opinião verdadeira sobre um livro, e não uma opinião mentirosa, vaga, rasa e vazia... E como se isso não bastasse, ainda tenta passar uma imagem de pessoa altruísta e digna de admiração... Bitch, please... Poupe-nos...
Não dá pra confundir as coisas achando que receber um livro é sinônimo de opinião positiva... Tem blogueiro por aí que simplesmente não topa parceria mais, e nem recebem livro do autor que seja pra evitar a fadiga... Assim como tem autores que nem mandam seus livros pra evitar cair em mãos de blogueiros que não fazem a menor ideia do que estão fazendo. Barraco na blogosfera é uma coisa muito, muito feia... E partindo de alguém que, supostamente, é tão intelectual a ponto de escrever um livro, é muito pior... Santa vergonha, Batman!

Me desculpem pelo texto enorme... Inclusive, muito obrigada se você leu até aqui! Acabei me empolgando um pouco, ou muito...
Acho que depois de pensar bem, por ter visto ou ficado sabendo de algumas coisas chatas e vergonhosas que aconteceram, e que ainda continuam acontecendo, acho que dar minha opinião sobre o assunto é algo válido já que o blog é literário e isso é algo que infelizmente anda fazendo parte desse meio. São muitas pessoas atingidas, sejam os envolvidos ou a plateia... E eu torço pra isso acabar, torço pra essas cabecinhas pequenas se abrirem com intenção de crescerem como pessoas.

Só posso dizer que independente de qualquer coisa, o que é bom pra um, necessariamente não será bom pra outro. Ninguém é obrigado a gostar das mesmas coisas que o outro, mas começar respeitando a opinião alheia e aceitando que todos estamos sujeitos a erros e muito longe da perfeição absoluta, já é um grande passo pro tão almejado sucesso...

Pra finalizar, eu amo chocolate, tenho nojo de Mc Donalds, tenho pavor de textos com milhões de erros de ortografia grotescos, sou fã de Harry Potter e dos Simpsons, odeio Crepúsculo e triângulos amorosos toscos de qualquer tipo, adoro musica eletrônica, prefiro gato do que cachorro, odeio gente que não tem personalidade nem sabe ser autêntica, morro de raiva e evito ao máximo entrar em fofoquinhas, confusões e barracos vergonhosos, e sou bem eclética com relação a quem ou ao que me faz feliz... Mas isso é um gosto meu, são algumas das pequenas coisas que me definem... Ninguém pode me condenar e se achar no direito de me atacar e me ofender por isso... É ou não é?

Beijo pra você que leu até o final! Ganhou minha admiração por ser paciente ahahahaha.
Comenta aí e me diga se concorda ou se tem uma opinião diferente ;)

Guerra Mundial Z - Max Brooks

20 de agosto de 2013

Lido em: Agosto de 2013
Título: Guerra Mundial Z: Uma História Oral da Guerra dos Zumbis
Autor: Max Brooks
Editora: Rocco
Tradutora: Ryta Vinagre
Gênero: Ficção de terror/Documentário
Ano: 2013
Páginas: 368
Nota: ★★★★☆
Sinopse: A Guerra Mundial Z quase extingiu a humanidade.
Ignoradas para uso em relatório oficial, as entrevistas aqui reunidas trazem os testemunhos valiosos dos sobreviventes. Dos veteranos de batalhas em castelos, passando por refugiados instalados em ambientes completamente inóspitos, os depoimentos eletrizantes deste livro documentam a captam, de forma assustadora, o terrível custo humano do surto que espalhou zumbis por todo o planeta. E como alguns lucraram com isso.

Resenha: Guerra Mundial Z, de autoria de Max Brooks lançado no Brasil pela Editora Rocco e que há pouco tempo originou o filme (nada a ver com o livro) de mesmo nome estrelado por Brad Pitt, é um registro coletado por um pesquisador que reúne relatos de pessoas de vários países que presenciaram a infestação e viram o mundo sendo tomado por criaturas monstruosas que quase causaram a extinção da humanidade: os zumbis. E o melhor é que a mera ficção é tratada como se fosse algo real, o que deixa o leitor bem envolvido e empolgado com a leitura.

Os capítulos principais são divididos de forma que possamos acompanhar a evolução dos acontecimentos, desde o estado de alerta, passando pelo pânico da população desesperada, até como foi feita a organização de combate contra os Z's, com subcapítulos iniciados com uma breve descrição e em seguida os depoimentos do sobrevivente entrevistado da vez... E todos tiveram uma importância considerável antes e durante a guerra, desde os simples civis, soldados a grandes figuras, como políticos ou diretores de grandes corporações.

Pelos relatos serem feitos do ponto de vista de pessoas diferentes, que testemunharam e participaram dos acontecimentos, apesar de fragmentada e, às vezes, um pouco confusa (já que é contada em partes limitadas e vai forçar o leitor a imaginar os pedaços que preenchem essas lacunas), toda a história se torna muito crível, como se a "Guerra Mundial Z" realmente tivesse feito parte da História do mundo. Não é nem possível se apegar a nenhum personagem por mais que sua história seja comovente, visto que ele aparece uma única vez pra contar o que presenciou e o que fez, por mais horrível ou heroico que tenha sido. Às vezes eles se referem a outros entrevistados mas todos estão ligados por um único evento: a Guerra.

O autor usou e abusou de termos técnicos referentes a técnicas militares e políticas, mas poupou maiores detalhes de funcionamento delas. É um pouco confuso e chato, mas ao mesmo tempo é um ponto positivo levando em consideração que um soldado ao ser entrevistado, por exemplo, vai relatar o que viu, e não dar aulas explicando em detalhes o funcionamento de armamentos utilizados e afins.
É possível ainda refletir acerca não só do que seria uma Guerra desse tipo, mas também sobre questões políticas, ideológicas, morais, religiosas e etc...

As primeiras infecções são detalhadas com maestria, desde o paciente zero, os primeiros infectados que tentaram fugir e até o tráfico de órgãos contaminados onde um dos transplantes é feito no Brasil e posteriormente o médico presencia seu paciente se reanimar como um monstro...
"'O medo', ele costumava dizer, 'o medo é a mercadoria mais valiosa o universo.' Isso me afetou. 'Ligue a TV!', dizia ele. 'O que está vendo? Gente vendendo seus produtos? Não. Gente vendendo o medo de ter de viver sem os produtos deles.' Mas que merda, ele tinha razão. O medo de envelhecer, o medo da solidão, o medo da pobreza, do fracasso. O medo é a emoção mais fundamental que temos. O medo é primitivo. O medo vende. Este era meu mantra. 'O medo vende.'"
- pág. 66
Chegou a ser frustrante (não no sentido crítico) encontrar num livro que traz o apocalipse zumbi, o fato de como o mundo funciona, pois a verdade incomoda, e ainda mais quando apontada de forma ficcional. Líderes com algum poder só se movem pra fazer alguma coisa quando são atingidos, pessoas que resolvem aproveitar a vida só quando sentem que ela está chegando ao fim, empresários oportunistas que se aproveitaram do desespero alheio para poderem lucrar vendendo remédios e coisas do tipo... Mas ao mesmo tempo, foi bom saber que a união dos povos foi feita em escala global para que a humanidade conseguisse se salvar, mesmo que pra isso o sacrifício fosse necessário. É o mundo de hoje e, pelo visto, o mundo de sempre...

Os zumbis fazem parte, mas mais evidente do que eles nessa história, é a motivação das pessoas e o que elas são capazes de fazer em situações extremas, como podem ver o mundo com outros olhos e mudarem sua formas de ser e agir, como podem abrir mão de sua zona de conforto (ou não) em prol da salvação (própria ou em massa, que seja), e mais: é uma excelente crítica à sociedade e aos diversos sistemas que beneficiam aos que podem pagar ou lucrar com ele.

Novidade de Agosto - Fantasy/Casa da Palavra

HQ oficial de Guerra dos Tronos!

Antes ela era disponível apenas no Submarino, mas agora está chegando em todas as livrarias. Esse é o primeiro volume da HQ e a Fantasy pretende lançar todos os volumes.

O inverno chegou em HQ. Você já leu os livros. Assistiu a série na HBO. Agora o romancista Daniel Abraham e o ilustrador Tommy Patterson apresentam a fantasia épica de George R.R. Martin na adaptação oficial para graphic novel. Este primeiro volume reúne as seis primeiras HQs originalmente publicadas nos EUA.O inverno está chegando é o lema da casa Stark, o feudo mais ao norte entre os que devem fidelidade ao Rei Robert Baratheon na distante Porto Real. Lá, Eddard Stark de Winterfell governa em nome do rei e vive em paz com sua mulher, Catelyn, seus filhos Robb, Brandon e Rickon, suas filhas Sansa e Ayra, e o bastardo Jon Snow. Mais ao norte, atrás da imponente Muralha, vivem os selvagens Wildlings. Depois que Jon Arryn, a Mão do Rei, segunda pessoa mais importante dos Sete Reinos depois de Vossa Majestade, morre em circunstâncias misteriosas, Robert se dirige a Winterfell com sua família: sua mulher, a rainha Cersei, seu filho, o príncipe Joffrey, e os irmãos da rainha, o esgrimista Jamie e o anão Tyrion, da poderosa casa Lannister. Enquanto isso, através do Mar Estreito, o príncipe Viserys, herdeiro da derrotada casa Targaryen, que uma vez governou toda Westeros, planeja recuperar o trono com o exército do bárbaro Dothraki, cuja lealdade ele pretende obter com a única moeda que possui: sua bela e ainda inocente irmã, Daenerys.

Como Dizer Adeus em Robô - Natalie Standiford

18 de agosto de 2013

Lido em: Agosto de 2013
Título: Como Dizer Adeus em Robô
Autora: Natalie Standiford
Editora: Galera Record
Gênero: Ficção/Romance/Drama
Ano: 2013
Páginas: 344
Nota: ★★★★★
Sinopse: Bea não tem coração. Ela é feita de lata. Pelo menos é o que sua mãe pensa. Na verdade, ela é muito, muito sensível. Uma Garota Robô que protege um coração de ouro. Prestes a ser flechado por Cupido. Mas esqueça as asinhas e o arco e flecha. Nada de anjinhos rechonchudos... para Bea, o Cupido é o alfabeto. É ele que conspira para sentá-la ao lado de Jonah, também conhecido como Garoto Fantasma.
Observador silencioso, ele não faz um amigo novo desde a terceira série. Não é um grande fã das pessoas em geral... Mas está disposto a abrir uma exceção para Bea. Talvez. Aos poucos, eles criam uma ligação singular. Nada de amizade comum para esses dois, em que tudo se baseia em fofocas e festas e o que todos acham. Não. Bea e Jonah não são como os outros... muito animados, muito simpáticos. Muito medíocres.
Em vez disso, sua amizade vem de conversas comprometidas com a verdade, segredos partilhados, jogadas ousadas e telefonemas furtivos para o mesmo programa noturno de rádio, fértil em teorias de conspiração. Eles ajudam um ao outro. E magoam um ao outro. Se rejeitam e se aproximam. Não é romance, exatamente - mas é definitivamente amor. E significa mais para eles do que qualquer um dos dois consegue compreender...

Resenha: Beatrice Szabo, ou Bea, é uma jovem de 17 anos, filha única, e acredita que as cabeleireiras da Islândias são as pessoas mais felizes do mundo. Ela é bem solitária pois vive se mudando de cidade e de escola devido às ambições de seu pai, com quem ela se dá bem melhor do que com sua mãe, então ela não se apega a nada nem ninguém já que logo vai se afastar e deixar tudo pra trás, como sempre. Baltimore é seu novo lar após ter deixado Ithaca e desde essa última mudança, Bea notou que sua mãe estava se comportando de forma muito estranha, principalmente após um episódio em que as duas encontraram um gerbil (um tipo de esquilo) e o pobre logo morreu. A mãe de Bea aprontou um escândalo de tão sentida que ficou (o que nos leva a suspeitar sobre sua sanidade já que ela não era apegada nem nunca tinha visto o bicho na vida), mas a menina se mostrou super fria e indiferente com o ocorrido. Por isso, Bea além de ser tratada com muito descaso por ela, foi considerada como sendo alguém insensível, sem coração, uma robô feita de lata...

Na nova escola, Bea faz algumas amizades. Ela conhece ASUE (Anne), Tom, Tiza, Walt e especialmente Jonah Tate, de quem tem uma aproximação maior.
Jonah também é muito frio e solitário... além de viver sendo alvo de risadas na escola desde a 3ª série devido a sua aparência que lembra um fantasma, leva a vida com a filosofia de que deve ser invisível. Sua história de vida não é muito feliz já que perdeu a mãe e o irmão gêmeo deficiente. Ele vive com seu pai, que é muito rico e lhe dá tudo que ele precisa, exceto o mais importante: o amor fraterno...

Bea e Jonah são bem parecidos... são solitários, tímidos, insatisfeitos com tudo que estão em torno deles, e passam a ficar ainda mais curiosos um com o outro devido ao The Night Lights, um programa de rádio que adentra a madrugada e funciona como uma terapia em grupo, cujos ouvintes participam e embarcam num "Tapete Voador", usando codinomes para se abrirem e desabafarem sobre o que os afligem, compartilharem seus medos, preocupações, sonhos, desejos e o que mais quiserem falar. Bea participa como Garota Robô, e Jonah, o Garoto Fantasma, apelidos que, de certa forma, os definem. O relacionamento dos dois ultrapassa as barreiras da amizade e vai além do que poderiam imaginar... e sentir... Bea acredita que Jonah sofre em silêncio, principalmente quanto revelações sobre o irmão dele começam a vir a tona, e ela está disposta a ajudá-lo, só resta saber se o garoto vai permitir...

Narrado em primeira pessoa, Como dizer adeus em robô é um livro que traz uma história super original e carregada de emoção em que temas fortes como bullying, solidão, depressão, problemas familiares e psicológicos são abordados de uma forma crua, melancólica mas ao mesmo tempo com muita doçura. A leitura é fácil e fluída, delicada mas muito ácida.
O amor aparece como algo diferente do que estamos acostumados, mostrando que por mais que aparente ser algo forte, é muito frágil. É algo inexplicável e surpreendente...
Bea é uma personagem que apesar de ter problemas e ser insensível, consegue ser muito humana e me senti muito próxima a ela. Jonah, ao contrário dela, é uma incógnita. Ele é imprevisível, misterioso e bastante complexo. Não tente entendê-lo, nem duvide de sua capacidade... Os demais personagens, por mais que sejam secundários, são muito bem construídos, desde os pais de Bea, os alunos da escola e até o locutor e os ouvintes peculiares do The Night Lights. Com certeza alguém irá se identificar com algum deles.

A parte física do livro é admirável. O telefone (meio de comunicação com o programa de rádio) da capa é em alto relevo e os capítulos tem divisões onde as páginas são cor-de-rosa trazendo o mês em que os acontecimentos se iniciam. As páginas são brancas e a fonte tem um tamanho perfeito. A diagramação é de encher os olhos, de tão caprichada. Durante as conversas no programa, os nomes dos personagens também são destacados em rosa.

Com um final imprevisível e que com certeza vai arrancar lágrimas dos mais sensíveis, Como dizer adeus em robô é o tipo de história que carrega uma beleza extrema, que não deve ser lida de forma superficial jamais. Deve ser apreciada e sentida aos poucos, pois fica na memória e deixa saudade ao acabar...

Novidades de Agosto - Prumo

16 de agosto de 2013

Prodigy – Marie Lu
Depois que um cataclismo atingiu o planeta Terra,extinguindo continentes inteiros, os Estados Unidos se dividiram em duas nações em guerra: a República da América, a oeste, e as Colônias, formadas pelo que restou da costa leste da América do Norte.
June e Day, a menina prodígio e o criminoso mais procurado da República, já estiveram em lados opostos uma vez. Agora eles têm a oportunidade de lutar lado a lado contra o controle e a tirania da República e,assim, alterar para sempre o rumo da guerra entre as duas nações. Resta saber se estão preparados para pagar o preço que as transformações exigirão deles.
Com direitos de adaptação para o cinema vendidos para a Temple Hill Entertainment, produtora da saga Crepúsculo, os livros da trilogia Legend figuram nas principais listas da mídia especializada norte-americana entre os livros mais quentes e imperdíveis do ano. Publicada em mais de 24 países, Marie Lu, que trabalhou durante anos na indústria de vídeo games,deixará os fãs de Jogos Vorazes, Divergente e Never Sky de queixo caído.

Inteligência Sexual - Marty Klein Ph.D.
Obter o máximo de prazer com o ato sexual não tem nada a ver com técnica, corpo perfeito ou estar perdidamente apaixonado. A única coisa que importa é ter Inteligência sexual.
Há três décadas trabalhando com casais e indivíduos como terapeuta sexual e conselheiro matrimonial, Dr. Marty Klein cansou de ver pessoas declarando que buscavam prazer e proximidade com o sexo, mas que passavam mais tempo preocupadas com a aparência e o desempenho do que aproveitando o momento.
No livro Inteligência sexual, Klein desafia nossa compreensão sobre sexo, amor, intimidade, romance e satisfação e acabada de uma vez por todas com nossa obsessão com aparência e desempenho, e com o que é“normal” ou não. Ele mostra como tirar o máximo de proveito do sexo com o corpo que temos, o parceiro que temos, e vida que temos. Afinal, isso é algo que realmente queremos: sexo excitante e prazeroso em todas as etapas da vida.

Confinados - João Batista de Andrade
Escritor e cineasta premiado (Doramundo, O homem que virou suco, Vlado, 30 anos depois, etc.), João Batista de Andrade foi o criador da Lei da Cultura (PROAC) quando era Secretário da Cultura do Estado de S. Paulo. Atualmente preside o Memorial da América Latina.
Neste romance, a cidade é tomada pela violência, os personagens confinados em suas casas e perdem-se em seus labirintos de medo,dúvidas e solidão. Figuras carismáticas e estranhas agem nas penumbras para que não vejamos seus rostos e confinam a população à prisão em seu próprio medo ena falta de saídas para a vida. Um retrato bem atual, com tiros, ataques,ônibus queimados, arrastões, mortes, ameaças.




A lenda do Cavaleiro Sem Cabeça - Jeff Zornow
Quando Ichabod Crane, um reservado professor, chega ao povoado de Sleepy Hollow, antigas histórias de assombração voltam a deixar as noites mais sombrias. Seria obra do Cavaleiro Sem Cabeça?
Graphic Chillers é uma coleção de oito clássicos da literatura de horror adaptados para os quadrinhos: Drácula, de Bram Stoker; Frankenstein, de Mary Shelley; O Médico e o Monstro, de Robert Louis Stevenson; Múmia, de Bram Stocker; O lobisomem, de Jeff Zornow; O fantasma da ópera, de Gaston Leroux; A lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, de Washington Irving e o Homem invisível, de H. G. Wells. A coleção é ideal para o público jovem, já que aborda de maneira sucinta e inteligente grandes clássicos da literatura de horror de que certamente ouvirão falar ao longo da vida.

Novidades de Agosto - Rocco

A história de Mora - A saga de Ulysses Guimarães - Jorge Bastos Moreno
'A história de Mora' engloba uma série de episódios ocorridos em torno de um ícone da política brasileira no século 20, Ulysses Guimarães, narrados sob a perspectiva da esposa do deputado, dona Ida Malani de Almeida, carinhosamente apelidada de Mora. Publicados no jornal 'O Globo' de forma seriada pelo jornalista Jorge Bastos Moreno, os textos revelam fatos decisivos na trajetória do político, como a saga da sua candidatura à Presidência da República, em 1989. Dono de um estilo informal, Moreno repassa momentos da história do Dr. Ulysses, figura central no processo de redemocratização do país, em tom de conversa com o leitor. O antropólogo Roberto DaMatta assina o prefácio.


Federico em sua sacada - Carlos Fuentes
Romance póstumo do escritor mexicano Carlos Fuentes, morto em 2012, aos 83 anos, Federico em sua sacada é o testamento literário definitivo do autor de Gringo velho e Os anos com Laura Díaz, entre outros livros fundamentais da literatura latino-americana. Espécie de autorretrato em que o narrador se multiplica em seus personagens, o romance traz os questionamentos e as reflexões que sempre guiaram a obra de Fuentes – como a ambição humana pelo poder, o amor e a justiça – a partir de um encontro imaginário envolvendo ele mesmo, Carlos Fuentes, e o filósofo alemão Friedrich Nietzsche.




Ela disse, ele disse - O namoro - Thalita Rebouças e Maurício de Souza
Um dos grandes sucessos de Thalita Rebouças, Ela disse, ele disse ganha continuação, com a participação mais que especial de Mauricio de Sousa e sua Turma da Mônica Jovem. Em Ela disse, ele disse – O namoro, Leo e Rosa, que se conheceram e se apaixonaram no primeiro livro, estão namorando. E continuam descobrindo as delícias e agruras da vida a dois. Entremeando as vozes dos protagonistas com cenas ilustradas, a história de Leo e Rosa é acompanhada por ninguém menos que Mônica, Cebola, Cascão e Magali, que estão lendo o livro de Thalita Rebouças no colégio e se divertem com as aventuras e desventuras do casal.



Zumbi: O Terrível Ataque das Rãs do Nepal - Meus Queridos Monstrinhos - Livro 01 - André Vianco
Referência nacional em literatura de terror, fantástica e sobrenatural, o paulista André Vianco estreia na literatura infantojuvenil com a coleção Meus Queridos Monstrinhos, que reunirá histórias de vampiros, bruxas, zumbis e outros seres assustadores com um toque de humor para os pequenos. Cheio de referências do universo dos quadrinhos, Zumbi, o primeiro livro da coleção, acompanha as aventuras de Pedro, um garoto como outro qualquer até o dia em que uma experiência com rãs na aula de ciências dá início a um ataque zumbi na cidade. Será que ele vai conseguir se proteger dos mortos-vivos e salvar Bia, sua paixão secreta?

A Dádiva do Lobo - As Crônicas da Dádiva do Lobo - Livro 01 - Anne Rice
Na costa da Carolina do Norte, o jovem jornalista Reuben Golding prepara uma reportagem sobre a enorme propriedade do desaparecido Felix Nideck e acaba se envolvendo com a herdeira Marchent Nideck. Após algumas horas na mansão, porém, Reuben é atacado por uma criatura que o transforma em um lobisomem. Depois de tornar-se um tipo controvertido de herói na cidade, por ajudar quem está em apuros, Reuben precisa esconder-se da polícia, dos médicos e até da própria família, e aprender a lidar com suas novas habilidades. Primeiro livro da nova série da consagrada Anne Rice, A dádiva do lobo foi elogiado na imprensa americana.



Livro Perdido - Os Segredos de Wintercraft - Livro 01 - Jenna Burtenshaw
Primeiro volume da bem-sucedida série Os Segredos de Wintercraft, da britânica Jenna Burtenshaw, Livro perdido apresenta a corajosa Kate Winter. Disposta a arriscar a própria vida para resgatar seu tio da ilha de Albion, tomada pela guerra, a jovem heroína se defronta com o perigoso assassino Silas Dane. Ao descobrir que Kate é um dos Dotados – pessoas com a rara habilidade de ver através do véu que existe entre a vida e a morte – ele está determinado a usá-la para acabar com seu pesadelo pessoal. A única saída para Kate, para aqueles que ela ama e até mesmo para Albion, é encontrar um livro perdido chamado Wintercraft.


Amanhã não tem ninguém - Flávio Izhaki
Um adolescente perdido em meio ao funeral do avô; um homem que escapa de um AVC, mas é pego de surpresa pela morte da mulher; uma mulher que não consegue se comunicar com o filho, preso num jogo de videogame em looping. Estes são alguns dos personagens de Amanhã não tem ninguém, segundo romance do jovem escritor carioca Flávio Izhaki, um dos mais talentosos de sua geração. Costurando as histórias de seis personagens diferentes entre si, mas que carregam consigo o peso da finitude e da incomunicabilidade, o autor constrói, através de um jogo narrativo irresistível, um romance sensível e perturbador sobre a solidão.



Como me Tornei Freira - César Aira
Apesar de ser um autor prolífico, são escassas as obras de César Aira publicadas no Brasil. Reunidas num único volume, as novelas Como me tornei freira e A costureira e o vento representam uma oportunidade rara de ingresso no estilo único do escritor argentino, convidado da XVI Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Com tradução de Angélica Freitas e posfácio de Sérgio Sant'Anna, o livro, que integra a coleção de literatura hispano-americana Otra Língua, mistura as aventuras insólitas e delirantes de personagens inusitados a algumas pinceladas autobiográficas, sem abrir mão de uma debochada crítica social.



Águas-Fortes Cariocas - Roberto Arlt
Morto aos 42 anos e hoje considerado um importante nome da literatura argentina, o escritor e jornalista Roberto Arlt passou dois meses no Rio de Janeiro, na década de 1930, como parte de um roteiro de viagens pela América do Sul a convite do jornal El Mundo. Na coletânea Águas-fortes cariocas, Arlt faz um retrato pessoal, franco, crítico e cáustico não só da então capital brasileira, mas também da sua Argentina natal na mesma época. Inédito no Brasil, o livro, que reúne 39 crônicas publicadas entre abril e maio de 1930, chega às prateleiras pela coleção Otra Língua, organizada por Joca Terron, com tradução de Gustavo Pacheco.



A Xamã de Salto Alto - Anna Hunt
Aos 29 anos, apaixonada por sapatos de salto, vinhos e chocolate, a jornalista Anna Hunt tinha um namorado rico, uma vida confortável e um trabalho invejável, apesar de estressante. Mas sentia falta de satisfação e paz interior, que ela foi buscar numa viagem de três meses pelo Peru. Na imensidão da selva amazônica, ela experimentou ayahuasca – um misterioso e potente alucinógeno – e se apaixonou por um xamã sedutor e carismático, de quem se tornou aprendiz. Em seu livro, ela mostra como se lançou nesta oportunidade transformadora e abraçou o desafio de levar milenares artes de cura para a Londres do século XXI.


Impasse - Sandra Brown
Tiel McCoy, conhecida repórter de televisão, pretendia tirar férias e descansar no Novo México. Mas é convocada pelo seu editor Gully para acompanhar uma história que irá lhe render uma reportagem inédita e uma experiência única: apurar o paradeiro da filha adolescente do milionário Russel Dendy, que aparentemente havia sido sequestrada. No rastro de Sabra, Tiel descobre que a menina, grávida, na verdade havia fugido com o namorado, e subitamente se vê envolvida numa trama de desdobramentos imprevisíveis. Com ação eletrizante, a bestseller Sandra Brown prende a atenção do leitor da primeira à última linha.



Luz das Runas - Runas - Livro 02 - Joanne Harris

Com bom humor e o talento literário que cativou o público em romances como Chocolate, adaptado para o cinema por Johnny Depp e Juliette Binoche, Joanne Harris conduz os leitores numa deliciosa viagem pelo universo das antigas lendas nórdicas na série juvenil Runas. Em Luz da runas, o segundo volume da série, a cidade de Asgard está em ruínas e o poder dos deuses há muito foi destruído. Mas nesta trama cheia de surpresas, o caminho da jovem Maddy – que carrega na pele uma marca de runa, símbolo dos Velhos Tempos – está prestes a se cruzar com o de uma nova e audaciosa heroína, e mudar o rumo dos acontecimentos.