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Desaparecidas - Lauren Oliver

3 de dezembro de 2015

Título: Desaparecidas
Autora: Lauren Oliver
Editora: Verus
Gênero: YA/Thriller/Suspense
Ano: 2015
Páginas: 304
Nota: ★★★☆☆
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: As irmãs Dara e Nick eram inseparáveis, mas isso foi antes - antes de Dara beijar Parker, antes de Nick perdê-lo como melhor amigo, antes do acidente que deixou cicatrizes no belo rosto de Dara. Agora as duas, que eram tão próximas, não estão mais se falando. Em um instante Nick perdeu tudo, e está determinada a usar o verão para conseguir sua vida de volta.
Só que Dara tem outros planos. Quando ela desaparece, no dia de seu aniversário, Nick acha que a irmã está se divertindo por aí. Mas outra garota também sumiu - Madeline Snow, de nove anos - e, conforme Nick procura pela irmã, fica cada vez mais convencida de que os dois desaparecimentos podem estar conectados.
Neste livro tenso e cativante, Lauren Oliver cria um mundo de intrigas, perdas e suspeitas, enquanto duas irmãs buscam encontrar uma à outra - e a si mesmas.

Resenha: Desaparecidas conta a história das irmãs Dara e Nick. As duas eram inseparáveis até Dara beijar Parker, o melhor amigo de Nick. A amizade dos dois se abala e tudo começa a se complicar ainda mais quando Dara sofre um acidente e elas deixam de se falar... Um ano depois Nick quer que as coisas voltem ao normal mas a partir daí, tudo se torna um enorme mistério já que Dara desaparece em seu aniversário. A príncípio Nick acha que Dara só está em seus momentos de rebeldia, fazendo o que quer, como sempre fez, mas quando Madeline, uma garotinha de nove anos, também é dada como desaparecida, Nick começa a se convencer de que, talvez, os sumiços possuem alguma conexão.

O único livro de Lauren Oliver que eu havia lido antes de Desaparecidas foi Delírio (lançado pela Intrínseca) e lembro de ter achado a história satisfatória. E comparando esses dois, já que não li os outros, é possível perceber o quanto a mudança de estilo pode impactar na nossa opinião. A autora desenvolve personagens que não são perfeitos, daqueles com quem podemos nos identificar, e a caracterização de cada um acaba fazendo com que o leitor tenha empatia por todos eles. A escrita é bem poética e floreada e sair de um romance distópico para um thriller cheio de suspense demonstra o quanto a autora não tem medo de se arriscar em novos territórios. Mas confesso que em alguns pontos achei que foram usadas algumas técnicas na narrativa que me pareceram um pouco forçadas e até mesmo exageradas. Não que isso seja de todo negativo, pois consegui repassar e visualizar as cenas com perfeição, e acho que essa facilidade indica que, independente do desenrolar da trama, o livro vai causar algum tipo de impacto no leitor.

A narrativa é feita em primeira pessoa e alterna entre os pontos de vistas de Nick e Dara, ora passado e ora presente, e enquanto a premissa gira em torno das duas irmãs que se afastam devido a inveja e rancor, o que parece ser algo bem genérico, é perceptível que, desde o início, a trama reserva algo além com a ideia do desaparecimento de Dara e Madeline, e não poderia ser diferente já que se trata de um thriller psicológico que, embora clichê, prende o leitor e o mantém curioso mesmo depois da grande revelação para que o mistério, enfim, possa ser desvendado e as coisas se encaixem.

As irmãs são o oposto uma da outra. Enquanto Dara era descolada e rebelde, bebia e fumava, se envolvia com o que não devia arrumando confusões e afins, Nick era a certinha que, por amor a irmã, vivia acobertando e encobrindo as coisas erradas de Dara. Uma gostaria de ser como a outra, mas nenhuma delas sabia do que se passava no íntimo de cada uma.

Um ponto bacana é que através dos diários, a história vai ganhando profundidade por podemos ver os sentimentos oprimidos além de termos uma ideia melhor de como era a relação tensa das irmãs, já que elas deixaram pra trás uma infância inocente para dar lugar às questões adolescentes que, na maioria das vezes, são bem frustrantes e difíceis.

O final é daqueles que faz com que o leitor fique em choque, que causa indignação, confusão e até raiva, principalmente quando se espera uma coisa mas a autora faz uma reviravolta e apresenta um outro tipo de situação. Ainda não decidi se gostei do final, mas posso afirmar que ele mudou bastante a forma como havia encarado o livroa té então.
O título fica aberto a interpretações e não poderia ser mais adequado.
A capa é muito bonita e até as rachaduras que ela possui como detalhe tiveram um significado pra mim.
A diagramação é simples, os capítulos são apresentados com data e o nome da personagem cujo ponto de vista será dado.

Desaparecidas é uma história de arrependimento e perdão numa situação caótica o bastante para que uma vida seja virada de cabeça pra baixo. A autora construiu uma trama inteligente que aborda a linha tênue entre dor e esperança de maneira bastante satisfatória. Recomendo.

Delírio - Lauren Oliver

19 de abril de 2012

Lido em: Março de 2012
Título: Delírio - Delírio #1
Autor: Lauren Oliver
Editora: Intrinseca
Gênero: Romance/Distopia
Ano: 2012
Páginas: 342
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?

Resenha: Lena é a menina certinha, criada pela tia após acreditar que sua mãe morreu em decorrência da doença, que vive submissa aos "caprichos" do governo e acredita que terá um ótimo futuro se continuar obediente. Ela começa a fazer uma contagem regressiva dos dias que faltam pro seu aniversário de 18 anos e pra que sua intervenção seja feita logo de forma que ela possa ficar livre de uma vez por todas dessa doença terrível que é o amor e do que ele faz com as pessoas, mesmo que ela nunca tenha sentido isso por alguém.
Uma pessoa curada, simplesmente deixa de sentir afeto por qualquer pessoa, seja ela um amigo de infância, a mãe, ou os próprios filhos que ela possa vir a ter.
Lena cresceu acreditando que a cura é uma coisa boa e necessária para uma vida plena e feliz, mesmo sabendo que existem "inválidos" a solta, que vivem escondidos na selva, fugindo e resistindo a essa "ditadura", e mesmo das lembranças que tem da mãe que não conseguiu ser "curada" e fazia questão de deixar claro o quanto a amava.

Só que Lena não contava que iria conhecer Alex e os mistérios que cercam o rapaz, que acaba mostrando pra ela que a vida na "selva" poderia ser bem diferente do que ela espera se passar pela cirurgia que a espera... Então, Lena, que até então desconhecia a "vida lá fora" começa a se descobrir, o que fará com ela se decida se quer ser curada, ou se quer se deixar levar pela doença.

A leitura pra mim, foi muito arrastada com detalhes inuteis e fiquei com a impressão de que a autora gosta de enfeitar e encher linguiça demais em vez de chegar ao ponto logo e isso me desanimou muito. É um estilo de escrita que não me chama atenção. Acho que uma coisa é descrever e detalhar o ambiente, e outra coisa é exagerar com atitudes que não fazem sentido ou que não servem nem acrescentam nada, como detalhar a observação de um bicho voando, a toa, do nada, dentre outros exageros, como se quisesse "poetizar" o texto. Aff.

Achei a ideia inicial, sobre o amor ser tratado como doença e a necessidade de ser erradicado pra acabar com o sofrimento e as bobagens que os outros fazem em nome dele, bacana, confesso; mas achei que a história iria tomar outro rumo, ou que a pessoa infectada pudesse pelo menos ter livre arbítrio.. mas não...

Acho que uma sociedade que vive a mercê do governo, e ai de quem se manifestar contra, caso contrário será punido severamente, é uma idéia já explorada. Pra mim foi um tipo de leitura que eu lia, lia e lia, mas fiquei com a sensação de não sair do lugar.

Esse lance de o governo ter poder de controlar as pessoas, o que elas devem e não devem fazer, se intrometendo em suas vidas da forma mais invasiva e cruel possível é uma ideia que me deixa sem paciência.
E outra coisa que me deixou maluca da vida: Como pode uma pessoa não ter sentimentos, gerar e criar um filho sem amá-lo, ter um relacionamento com uma pessoa por quem você não sente nada (e olha que nem é questão de golpe ou coisa do tipo, já que isso não existe nessa sociedade), tratar todas as pessoas que você conhece com indiferença, como se nunca tivessem tido uma história ou amizade, e isso porque o simples fato de demonstrar qualquer afeição por alguém é considerado um crime... Nossa... isso é uma loucura sem tamanho! Não consigo imaginar um mundo assim, sinceramente.

Mas enfim, a história simplesmente não me surpreendeu, não me prendeu de maneira que eu ficasse empolgada. Lena é uma pessoa aberta a opiniões, que mesmo com medo da repressão do governo, resolve experimentar o que é proibido pra chegar as próprias conclusões, e gostei disso. É um livro razoável, pela ideia inicial, pelo desenvolvimento dos personagens e pelas descobertas que Lena faz, mas nada além disso.