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Confesso que Menti - Justine Larbalestier

25 de agosto de 2014

Lido em: Agosto de 2014
Título: Confesso que Menti
Autora: Justine Larbalestier
Editora: Galera Record
Gênero: Suspense/Juvenil/Sobrenatural
Ano: 2014
Páginas: 320
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Micah Wilkins é uma mentirosa compulsiva. Para ela, mentir é tão natural quanto respirar. Por isso é preciso prestar muita atenção a seu relato e desconfiar de tudo o que ela disser. Por que ela mente? É um segredo que envolve o outro. Tudo começou quando ela nasceu com a doença da família. E desde então Micah criou um labirinto de mentiras para manter todos afastados da única e terrível verdade. Mas quando seu namorado Zach é encontrado morto em circunstâncias violentas e misteriosas, o comportamento nada confiável da menina a transforma na principal suspeita do crime. Agora, para desvendar essa trama e provar sua inocência, Micah Wilkins promete contar apenas a verdade e nada mais que a verdade.

Resenha: Confesso que Menti, escrito pela autora Justine Larbalestier e lançado no Brasil pela Galera apresenta uma história da qual Micah Wilkins é a protagonista. A garota é uma mentirosa compulsiva que inventa histórias, muitas delas bem mirabolantes, a fim de distorcer a verdade, ou afastar as pessoas dela. Até que Zach, seu namorado, é encontrado morto no Central Park e Micah se torna a principal suspeita. Resta a ela contar a verdade a fim de provar sua inocência, mas será que com seu histórico ela será capaz?

Capa americana
A primeira coisa que me chamou atenção nesse livro foi a capa. Os olhos parecem guardar segredos... Somando isso a sinopse (que deu a ideia de que iria me deparar com uma história enigmática) juntamente com quem escreveu (já conhecia a escrita da autora pela Trilogia da Magia que li faz algum tempo e gostei bastante), não pensei duas vezes ao embarcar nessa leitura.
Antes de comentar sobre minhas impressões, preciso falar um pouco sobre a capa versus sua relação com a história. Micah é negra e por diversas vezes afirma que sua aparência a faz ser confundida com um menino, e apesar de a capa brasileira ser muito bonita, não deixa transparecer tal característica. Ao pesquisar a capa americana, fica claro que ela faz muito mais jus às características físicas da garota. Porém, pelo que soube ao pesquisar, até que a capa final fosse finalmente decidida, houve bastante controvérsias com a ideia de que um livro com uma pessoa negra na capa poderia não chamar atenção dos leitores devido a algum preconceito ou até mesmo racismo que os americanos possam ter, o que me fez ficar com um ponto de interrogação na cabeça e pensando mil bobagens ao comparar a capa original com a capa do Brasil, que mesmo retratando a raça, traz uma quase "Halle Berry" para enfeitar nossas estantes, e não a menina esquisita que Micah é. A beleza de uma capa e a importância de torná-la mais atrativa aos olhos de quem vê pode acabar camuflando questões mais sérias do que se imagina...

Dividido em 3 partes, não há capítulos, mas sim tópicos de "antes", "depois" e "histórico familiar" a fim de situar o leitor a cada cena e acontecimento, e narrado em primeira pessoa de forma que ficamos limitados ao ponto de vista muito duvidoso e nada confiável da protagonista, Micah fica incumbida de contar ao leitor sua versão dos fatos, mas nunca sabemos se são reais ou não, principalmente quando ela toca no assunto da "doença de família" que também acaba sendo um mistério e ninguém sabe que doença é essa. Tudo é descrito de forma a fazer o leitor procurar pistas, do que pode ser real ou não, e Micah sempre dificulta tudo porque, às vezes, ela mesma acredita em tudo que conta, sendo mentira ou não. Que tipo de relato podemos esperar de alguém que considera a mentira algo normal e que faz parte de sua vida? Essa pergunta é o que torna a leitura bastante intrigante, pois Confesso que Menti é uma trama bastante misteriosa, repleta de enigmas e mesmo que seja bem estruturada, bastante fluída e fácil, são nas entrelinhas que devemos prestar atenção...
Micah é uma personagem difícil, sempre muito controversa, que tenta mostrar uma coisa enquanto está acontecendo outra, o que me fez pensar que ela se perdeu em si mesma, fica confusa com relação ao que sente e como trata ou é tratada pelos outros, até pelos próprios pais que sempre são muito frios e parecem sentir repulsa por ela. Acredito que a ideia da autora era resumir todos os problemas pelos quais os adolescentes dessa idade passam - conflitos, descobertas, convivência social, aceitação, rejeição, incompreensão, insegurança e etc - e como cada um tem sua própria forma de lidar com o que devem enfrentar.
É uma leitura que vale a pena se encarada como algo a ser "investigado", mas algumas coisas não são muito aprofundadas e acabamos ficando sem resposta, e por mais que a trama soe interessante, não conseguiu me prender e nem me deixar tão envolvida quanto eu pensei que ficaria.

Confesso que Menti é um quebra cabeças. Me vi num jogo tentando juntar partes para ao final decidir se deveria ou não acreditar em Micah, e pra falar a verdade, confesso que se eu não acreditasse, teria perdido meu tempo...


Filha da Magia - Justine Larbalestier

19 de janeiro de 2012

Lido em: Janeiro de 2012
Título: Filha da Magia - Trilogia da Magia #3
Autor: Justine Larbalestier
Editora: Galera Record
Gênero: Juvenil/Fantasia
Ano: 2008
Páginas: 326
Nota: ★★☆☆☆
Sinopse: Há pouco tempo, Razão nem mesmo sabia que existia magia. Mas um antepassado poderoso a transformou em algo jamais visto, e agora ela tem mais poder do que poderia supor. De repente, Razão pode fazer qualquer coisa, ir a qualquer lugar - e viver para sempre. Todo esse poder, porém, tem um preço - sua humanidade. Razão se tornou a única com o poder de salvar seus amigos e familiares. Mas talvez ela já esteja fora de alcance.

Resenha:  Depois da "coisa", que na verdade nada mais era que um antepassado de Razão em forma de "magia física" (mas que só consigo imaginar algo como um tipo de "Flubber" laranjado e nojento), tudo ficou diferente.
Nesta última parte da história, Razão, grávida de Danny, tem completo controle sobre a magia que já tinha e a que recebeu da coisa-antepassado-Cansino que apareceu para lhe ensinar sobre magia da forma mais sem noção do mundo (isso ainda no segundo livro), e o título do livro nos leva a pensar que a história seria sobre a criança... Quem pensa isso está quadradamente enganado.

Razão, depois de salvar Jay Tee da morte, "desligando" sua magia, deseja fazer o mesmo com sua mãe, mas descobre que seu avô maníaco já tinha sequestrado e a levado para longe para roubar sua magia ou fazer sabe-se lá Deus o quê. A busca frenética pela salvação de todos que estão para morrer, e até dos que não estão, é uma loucura!
Razão, mesmo grávida, perde completamente a forma humana e fica andando por aí deixando todos que olham pra ela abismados. Só lendo pra entender, mas já adianto que eu imaginei um alienígena luminoso vagando por aí...

Achei que neste livro, a história meio que saiu da linha de onde partiu, pois a magia passa a ser apresentada como uma entidade maligna e gananciosa que só existe para consumir as pessoas e tem vida própria, como se fosse um demônio, meio que levando quem a possui a sempre querer mais e mais poder, como age o avô, e Razão, agindo pela razão (trocadilho infame rsrs ;p), entende que uma coisas dessas não pode ser boa e precisa "desligar" a magia de todos que amam para protegê-los e preservar suas vidas e mentes, aproveitando que agora se transformou na própria magia em pessoa (ou o que quer que seja aquilo que ela vira)..
Mas será que quem tem magia realmente quer que esse "dom" seja desligado para sempre?

Sinceramente, não gostei desse final para a história. Achei que a autora viajou demais inventando essa transformação/mutação da Razão pra uma coisa sem cabelo e brilhante vagando por aí pra salvar quem ela nem sabe se quer ser salvo da forma como ela quer. Se a pessoa já nasce com magia, se a magia é uma coisa que está em seu DNA, como, do nada, isso passa a ser uma coisa que pensa e faz com que quem a possui seja egoísta e ganancioso, como se fosse uma segunda alma?

Francamente... Eu achei completamente sem noção esse terceiro livro. :/

Lições de Magia - Justine Larbalestier

Lido em: Janeiro de 2012
Título: Lições de Magia - Trilogia da Magia #2
Autor: Justine Larbalestier
Editora: Galera Record
Gênero: Juvenil/Fantasia
Ano: 2008
Páginas: 320
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Nesta continuação de Magia ou loucura, Razão precisa lidar com a magia e suas conseqüências: se usá-la, poderá morrer antes de hora; mas se deixá-la adormecida, pode enlouquecer, como Sarafina. Entretanto, ela, Jay-Tee e Tom agora têm uma professora para ensiná-los a controlar seus poderes: Esmeralda. A temida avó de Razão é digna de confiança? Ou quer apenas se aproveitar da magia dos três? Novos segredos serão revelados e todos terão de enfrentar seus mais profundos temores.

Resenha: Neste segundo volume, Razão está determinada a aprender mais sobre os poderes que possui e sua avó, Esmeralda, decide ensinar um pouco mais sobre magia para ela e seus dois amigos, Jay Tee e Tom. Mas antes das aulas começarem, um ser estranho sai da porta que faz passagem de Sidney para Nova York e todos ficam curiosos para saber o que diabos é aquilo e o que quer. Os detalhes do que essa coisa faz com Razão e Jay Tee são grotescos e nojentos... Urrrgghh!

Razão acha que foi seu avô que enviou a coisa para espioná-la e roubar seus poderes, e acaba voltando para Nova York. Lá, procura o irmão de Jay Tee, Danny, para ajudá-la e descobre que sente algo mais pelo rapazinho... Mas enquanto está em Nova York, não pára de fugir das perseguições do avô, lunático e faminto pela magia dos outros.

Ela fica tentando encontrar o equilíbrio para que a magia não deixe ninguém louco e muito menos leve a pessoa a morte. Ela também aprende a identificar a magia pelo cheiro, passa a ver suas formas e começa a entender os motivos de saber tanto a respeito das sequencias Fibonacci. A Magia funciona de um jeito diferente para cada um.

Jay Tee corre perigo devido a ter usado sua magia desenfreadamente e fica com medo de que algo muito pior lhe aconteça. E a implicância que ela sente por Tom é muito suspeita na minha opinião...
No final das contas, a verdadeira lição de magia que Razão recebe não vem de sua avó, e ela acaba descobrindo o que é a tal coisa nojenta e fedorenta que a "atacou" no início da história e o que ela quer...
Ela também passa a entender como a magia funciona e vai atrás de sua mãe a fim de salvá-la.

O livro completa bastante o que faltou no primeiro volume e com certeza nos deixa querendo saber que fim vai levar essa aventura. A leitura continua super fácil e gostosa. A capa também é muito linda!

Magia ou Loucura - Justine Larbalestier

12 de janeiro de 2012

Lido em: Janeiro de 2012
Título: Magia ou Loucura - Trilogia da Magia #1
Autor: Justine Larbalestier
Editora: Galera Record
Gênero: Juvenil/Fantasia
Ano: 2005
Páginas: 320
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Por 15 anos Razão viveu no interior da Austrália com sua mãe, Sarafina. Desde quando ela consegue se lembrar, as duas vivem fugindo da avó, Esmeralda - uma bruxa que pratica terríveis rituais de magia negra. Mas, depois que Sarafina enlouquece, Razão é mandada para o lugar que mais teme: a casa da avó, em Sidney.
Mas o lugar nao se parece em nada com o que Sarafina descreveu, e Esmeralda não aparenta ser maléfica. Pela primeira vez, Razão se vê questionando os ensinamentos da mãe... Mas espere aí! Mesmo sem ter visto sinais de fumaça e espelhos espalhados pela casa - altamente perigosos, segundo Sarafina -, a avó guarda dentes de pessoas escondidos e tem uma chave misteriosa na gaveta. Ela não pode ser boa, pode?

Resenha: Razão e sua mãe, Sarafina, vivem fugindo de Esmeralda. Sempre estão se mudando e se escondendo, mudando a cor do cabelo, dando nomes falsos e nunca fazem amizade por onde passam para evitarem de ser reconhecidas pelas pessoas. Sarafina também prepara Razão para o caso de Esmeralda encontrá-la para que ela possa fugir da maneira mais fácil. Razão cresceu aprendendo que magia é uma coisa ruim, pois a avó é má e usa essa magia para prejudicar os outros.
Razão é super inteligente e tem muita facilidade com questões lógicas e matemática.

Mas quando Sarafina é internada num hospício por ter enlouquecido, Esmeralda fica com a guarda da menina e Razão vai de encontro com o que passou a vida inteira fugindo.
Porém, ao chegar na casa da avó, Razão começa a perceber que as coisas não são bem como sua mãe ensinou. Ela faz amizade com Tom, um garoto que tem sua mesma idade, que sonha em ser designer de moda, que é fã de Esmeralda, e em suas explorações pela casa de Esmeralda (ou Mere, como Tom a chama), acaba descobrindo coisas estranhas e misteriosas, dentre elas, uma porta que parece ter vida e que a leva direto para a cidade de Nova York! Lá, Razão em meio a um inverno congelante tem a ajuda de Jay Tee, que também tem o dom da magia, e acaba virando sua amiga. Razão começa a descobrir que magia de fato existe, mas que não é como nos contos de fadas. A magia funciona como a energia vital da bruxa: Se for gasta, acaba, o que leva a pessoa a morte. Se não é gasta, se acumula, e leva a pessoa a loucura!
Razão ainda não sabe como usar magia e, por ver Jay Tee usando a dela, passa a ter interesse em saber.

Até que, ainda em Nova York, Razão conhece Jason Blake que ajuda Jay Tee dando a ela um lugar pra morar, mas em troca exige que ela lhe dê um pouco da magia que tem (ela tira um pouco do tempo de vida que tem e passa pra ele poder viver mais). Ele passa a ter interesse na magia de Razão, e pede que ela dê sua magia a ele em troca de maiores informaçoes sobre o que é e como usar esse poder. Mas devido a experiência da "drenagem" não ser nada agradável, Razão entende que aquilo não pode ser boa coisa e resolve voltar para Sidney a fim de descobrir uma "cura", um equilíbrio para que a magia não leve ninguém a morte e nem a loucura, com propósito de ajudar sua mãe.
Mas as coisas são bem mais complicadas do que parecem e as pessoas nem sempre são o que aparentam ser...

"Magia ou Loucura" tem uma proposta inteiramente nova no que diz respeito ao mundo mágico de bruxas e seus poderes, e o título já resume a história do livro. A leitura é super leve e envolvente, a capa é muito bonita e recomendo a leitura!