A Rebelde do Deserto - Alwyn Hamilton

17 de julho de 2016

Título: A Rebelde do Deserto - A Rebelde do Deserto #1
Autora: Alwyn Hamilton
Editora: Seguinte
Gênero: YA/Aventura/Romance
Ano: 2016
Páginas: 283
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher. Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele. Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo - é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por revelar a ela o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir. 

Resenha: Uma jovem destemida. Uma aventura no deserto. Uma rebelião não esperada. Esses são alguns ingredientes do livro de estreia da autora Alwyn Hamilton. Como bom leitor do gênero YA, admito que A Rebelde do Deserto não é uma leitura espetacular; a história de Amani é composta de elementos interessantes e muito convincentes, mas que não chegam a ser surpreendentes. Em um universo literário com espaço para muitos gêneros, a aventura de uma garota corajosa em meio a um deserto perigoso pode ser um ótimo entretenimento.

É esperado por todo leitor que, ao se inciar uma leitura, não haja vontade de largá-la de lado. Nessa saga, que se passa num deserto onde a pobreza é extrema, a água é um bem precioso e há uma guerra incessante por poder, Amani leva o leitor a uma aventura pelo desconhecido: magia, sultões, guerras, cultura do oriente e crenças. Essa pitada de "originalidade" e aspectos que ainda não vistos em outra obra ainda foram o maior atrativo para ascender a vontade de mergulhar no universo da Vila da Poeira.

No começo, há uma introdução sobre a trama e junto disso vem um choque cultural. A autora inseriu um pouco de elementos da vida real que, infelizmente, são bem conhecidos por todos nós. As mulheres são tratadas como objetos; os homens dominam tudo a pulso de ferro; e existe Amani, a protagonista, que apesar de ter apenas dezessete anos, é pura força e inteligência. Houve uma identificação instantânea com ela e acredito que esse seja um ponto chave para o fluir de uma história: empatia com o personagem que a protagoniza. Recentemente defendi veemente que narrativas em primeira pessoa são um perigo: ou tudo corre muito bem ou vai ladeira a baixo. Às vezes, é preciso saber do pensamento de todos e descentralizar o ponto de vista de um só. A Rebelde do Deserto traz tudo sob a perspectiva de Amani, mas isso não é um ponto fraco. O necessário foi mostrado. Não há divagações estranhas e desnecessárias. No mais, Amani é uma protagonista que mostrou um desenvolvimento gradativo e com certeza trará ainda mais surpresas nos volumes sequentes.

Os outros personagens são pouco trabalhados, mas há devida atenção a eles. Quem mais aparece, claro, é Jin, o parceiro de Amani em sua jornada pelo deserto. Há certa cumplicidade na relação dos dois com uma pequena pitada de romance. O livro tem um ritmo muito acelerado e em pouco mais de 280 páginas tudo é narrado de forma concisa e cheia de acontecimentos. Há espaço para tudo, no seu devido lugar e em sua devida hora. As questões sentimentais têm seu espaço (felizmente pequeno), as lutas e momentos de tensão acontecem tomando uma ou duas páginas e logo é retomado o desenvolvimento da história.

A Rebelde do Deserto fez jus a uma boa aventura. A história de Amani Al'Hiza é uma trama que empolga e no final deixa aquele gostinho de quero mais. É o tipo de livro que não é complexo demais e não necessita disso. Tudo flui de uma maneira excelente e a ansiedade pela continuação é certa. É esperado agora que as continuações tragam uma profundidade maior nos impasses dos personagens. A saga da rebelde, que traz alguns clichês envoltos em muitas crenças e um pano de fundo que remete As Mil e Uma Noites, é adorável e cumpre o prometido. Afinal, tudo que precisamos em alguns momentos é um livro leve que nos faça viajar para um mundo totalmente novo.

O Risco - Rachel Van Dyken

16 de julho de 2016

Título: O Risco - Aposta #3
Autora: Rachel Van Dyken
Editora: Suma de Letras
Gênero: Romance
Ano: 2015
Páginas: 296
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Beth nunca fez nada de arriscado. De inconsequente. De divertido. Isso é, até acordar em um quarto de hotel ao lado de Jace, um senador sexy, que ela reencontrou em uma festa de casamento na noite anterior.
O problema é que sua última lembrança da noite é estar na cama, abraçada a uma caixa de biscoitos, chorando copiosamente. E Jace também não se recorda de muito mais. Outro problema? Eles foram fotografados entrando juntos no hotel, e agora a mídia está em polvorosa, especulando quem é a misteriosa acompanhante do senador. Uma amiga? Uma antiga namorada? Uma... prostituta?
O que deveria ser um encontro casual transforma-se em uma aventura de seis dias: a fim de que escapem do assédio dos repórteres, vovó Nadine os envia para um resort no Havaí. Para Beth, são seis dias de conto de fadas junto ao homem por quem é apaixonada desde a adolescência. Para Jace, são seis dias para esquecer as mágoas do passado e aprender que, às vezes, o amor exige atos de coragem.

Resenha: Depois de acompanhar a história dos irmãos Titus, dessa vez vovó Nadine está mais afiada do que nunca e determinadíssima a juntar Jace e Beth. Ele é o senador que devia dar em cima de Char, a irmã de Beth. O segundo livro acabou em uma festa de casamento, esse começa em um quarto de hotel com nossos protagonistas sem roupa e sem memória.
Jace não quer se envolver com ninguém desde que flagrou a ex na cama com seu melhor amigo. Sua carreira na política exige muita dedicação e uma imagem pública ilibada. Essa história pode representar um escândalo e reverter seus índices de aprovação. Mas não é qualquer mulher que estava no quarto com ele. Beth é uma cientista nerd  que vive sozinha com seus gatos depois de se desiludir com o amor. Na verdade, ela nunca esqueceu um tal menino que a beijou no baile de formatura, ainda adolescente. E agora, com 30 anos e virgem, ela sequer lembra como foi a noite com esse menino que virou um homem lindo e atraente.
Nenhum dos dois conseguiu esquecer o outro, mas também não tem coragem de admitir, talvez nem pra si mesmo, por isso vovó Nadine resolveu dar uma ajudinha pro coração mandando os dois pra um spa de casais, com terapia e tudo! Claro que ela envolveu a lua de mel dos outros dois casais e mais algumas chantagens, nada que não possa ser superado.
Beth resolve aproveitar os 6 dias de férias forçadas e fazer tudo que ela nunca se permitiu. Pediu a Jace pra que durante aquele tempo desse a ela um conto de fadas, e ele topou. Em menos de 1 semana, eles terão dias e noites de romance e carinho. Só que nem tudo sai como o planejado, muitos imprevistos acontecem, algumas surpresas aparecem... E no meio disso tudo eles precisam decidir se vale a pena dar uma chance ao amor ou continuar valorizando trabalho e se deixando paralisar pelos próprios medos.

Intercalando a narração de Jace e Beth, encerramos a trilogia com a história mais divertida. Um roteiro digno de filme de sessão da tarde, daqueles em que tudo acontece de errado pro casal não ficar junto, mas já estava escrito que seriam um do outro há muito tempo.
"- O amor sempre exige que a gente corra riscos, e não vou mentir, querida. Você pode falhar. Mas não prefere tentar e saber que falhou do que passar o resto da vida se perguntando o que teria acontecido se tivesse dado uma chance?"
O romance é lento, apesar de a atração ser instantânea. Até tentei entender o receio deles, o medo de se jogar de cabeça e arriscar - romântica do jeito que sou teria me declarado e resolvido a situação em dois tempos; aliás, grande parte dos problemas das histórias se dá porque ambas as partes não têm coragem de assumir os sentimentos. Pois bem, se eu fosse Jace superaria a traição em dois tempos e me permitiria ser feliz de novo, e se fosse Beth não teria medo de arriscar ser feliz, ainda mais com o cara que há anos faz parte dos sonhos.
Mas não sou tão insensível a ponto de dizer que é injustificável o medo deles. Cada um sabe a dor que sente e até onde o braço alcança. Talvez todo o processo tenha sido necessário pra desatar os nós com o passado e construir a ponte em direção ao outro.

Beth mexeu muito comigo pela falta de confiança em si mesma. Ela tinha uma autoestima baixíssima, principalmente por causa de um babaca do ensino médio e de outros idiotas que passaram por sua vida. Infelizmente muitas mulheres ainda atrelam sua imagem ao desejo de um homem. Nisso eu consegui entendê-la e senti sua angústia aqui dentro.
Vovó Nadine é tão protagonista quanto o casal. Nos outros ela foi fundamental, mas aqui ela aparece toda hora, inclusive com pedaços de depoimentos à polícia em cada início de capítulo. São peças de um quebra-cabeça que nós recebemos e tentamos montar aos poucos. Enquanto o desenho não se forma, vamos acompanhando o romance e nos divertindo com as loucuras de uma velha faz-tudo que não tem filtro.

Comparado aos primeiros livros, esse é bem leve em termos de sexo. O casal demora a engrenar, então quando finalmente acontece já é quase o fim. Mas nem por isso deixa de ser bom, envolvente, gostoso de ler. A participação excêntrica da vovó compensa! Eu dava gargalhadas demoradas, daquelas de atrair a atenção da galera que estava ao redor e acordar o marido na cama de noite.

Marquei um mooooonte de quotes, gente! Engraçados, românticos, tocantes... E teve um que não precisaria nem vir pra resenha, mas achei bacana a mensagem que a autora inseriu e a maneira simples como foi passada, no meio da cena, no pensamento do homem. Deveria ser uma fala fofa, ele pensando algo legal sobre a menina, de certa maneira a elogiando mentalmente. Mas mesmo na "boa intenção", se corrige, dá o alerta e segue o texto. Foi simples, mas bem colocado.
"As garotas não coram com esse tipo de coisa. A maioria delas não dá a mínima. Que tipo de homem não seguraria a mão dela? Que tipo de homem não tentaria sufocá-la de tanto romance?
Escolhi mal as palavras. Ninguém deveria sufocar outra pessoa com nada, mas enfim."
Chorando porque uma das melhores séries de romance acabou. Rachel Van Dyken me conquistou no primeiro, me arrebatou no segundo e garantiu seu lugar na lista de autores preferidos no terceiro. O epílogo me deixou saciada, mas se me falassem que tinha continuação, spin-off ou qualquer outra coisa relacionada à trilogia eu ficaria super feliz. E acho digno um livro só da juventude da vovó Nadine e sua participação na Guerra Fria.

Rachel Van Dyken tem vários outros livros publicados, com avaliações no Goodreads ainda melhores do que a série A Aposta. Se já gostei dessa, imagina se não vou amar as outras? Torcendo pra que a Suma traga mais obras logo! Se você ainda não leu não perde mais tempo. Vem morrer de rir com as loucuras da vovó Nadine e se apaixonar por Jake, Travis e Jace.


Novidades de Julho - Gente

15 de julho de 2016

Fique com alguém que não tenha dúvidas - Marina Barbieri
Desnecessário dizer que todo mundo já teve uma história amorosa que deu errado. E se ainda não teve, um dia vai ter. Mas por que isso acontece com tanta gente e com tanta frequência? Falta de sorte? Dificuldade em dialogar? Falta de leitura do outro? Nada disso. A verdade é uma só: quando desejamos muito uma pessoa, ignoramos todos os sinais, os aprendizados e a experiência que temos e insistimos cegamente, mesmo que as chances estejam contra nós.
Sim, a paixão nos faz crer nas desculpas mais esfarrapadas e a descrer nos avisos mais óbvios, e então nos boicotamos tentando acreditar na ilusão de que dessa vez vai ser diferente. Nunca é.
Marina Barbieri está há anos tentando impedir suas leitoras de se enganarem. Autora do Deu Ruim, um dos blogs sobre relacionamentos de maior sucesso no Brasil, Marina Barbieri fala neste livro sobre tudo aquilo que no fundo você já sabe, mas se recusa a assumir. Você vai conhecer personagens que provavelmente já deve ter encontrado, como o sr. Feito-Para-Casar, o sr. Distância e o sr. Problema, entre tantas outras figurinhas que estão perambulando por aí e vez ou outra atravessam a sua vida.
Prepare-se para alternar entre rir alto e chorar baixinho com crônicas da vida de todos nós quando se trata de amor (ou da falta dele).  Marina Barbieri compartilha com seus leitores as roubadas amorosas da própria vida, mostrando que amar pode ser mais simples do que nós fazemos parecer.

Casa organizada - Thais Godinho
Este livro veio para desmitificar a ideia de que é preciso investir muito tempo na casa para deixá-la organizada.
Thais Godinho defende que a organização da casa não precisa – nem deve – ser uma tarefa desgastante. Você também se sente frustrado por ver seu tempo perdido em arrumações que logo serão perdidas? Sua casa vira uma bagunça pouco tempo depois de você colocar tudo no lugar? Aqui você verá que organizar a casa é fazer dela um lugar que funcione para você. É transformar o lugar no qual você mora em um refúgio para aproveitar os dias e que faça você ter vontade de voltar. Aqui você verá que é possível ajustar as expectativas em relação à casa de acordo com o seu estilo de vida sem deixar de lado a satisfação de ter um lugar com a sua cara.
Depois de ler este livro, você terá a certeza de que é possível ter uma casa organizada mesmo com uma rotina cheia de compromissos e sem precisar contratar alguém para ajudar.
- Aprenda a manter sua casa organizada por meio de simples ações diárias
- Crie um sistema de organização em que todos participem
- Saiba como aliar cuidados com a casa ao trabalho e aos estudos
Tenha, de uma vez por todas, a casa que sempre sonhou.

Relacionamento, influência e negócios - Márcio Giacobelli
Muitas pessoas vivem como se estivessem esperando a grande oportunidade para finalmente conseguir realizar o sonho de ter o próprio negócio. No entanto, quase sempre as oportunidades estão batendo à porta há bastante tempo, sem ser percebidas. A área de vendas por relacionamento (ou vendas diretas) tem sido a grande chance de muita gente, e pode ser a sua também.
Neste livro, você aprenderá tudo o que é necessário para realizar seu sonho e atingir seus objetivos. Você é o responsável pela sua vida, e aqui saberá como fazer acontecer! Márcio Giacobelli não tem fórmulas mágicas, mas tem algo igualmente valioso: conhecimento de especialista. Ele apresenta inúmeras possibilidades. Caberá a você decidir qual caminho seguir.

Eu sou Jack, o Estripador - James Carnac

Título: Eu sou Jack, o Estripador
Autor: James Carnac
Editora: Seoman
Gênero: Suspense/Mistério
Ano: 2016
Páginas: 312
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Em Whitechapel, em 1888, pelo menos cinco mulheres foram brutalmente assassinadas e mutiladas. O assassino tornou-se conhecido como Jack, o Estripador. Houve muitos suspeitos, porém ninguém foi preso pelos crimes. Este livro apresenta um novo suspeito a partir de um manuscrito redigido nos anos 1920 por James Willoughby Carnac. O texto abrange desde a sua infância até a sua morte, e contém informações que nunca foram divulgadas. Além disso, os acontecimentos da época e a geografia de Whitechapel, em 1888, são descritos com total precisão, tornando James um convincente Jack, o Estripador. Para completar, o motivo oferecido por ele, para ter se tornado um assassino, nos faz crer que seu relato é puramente genuíno. Seria este livro a verdadeira confissão de Jack, o Estripador, ou um extraordinário romance muito bem escrito?

Resenha: Jack, o Estripador foi um serial-killer que ficou conhecido pelos assassinatos brutais que cometeu em Whitechapel, em 1888. Tudo isso teve uma enorme repercussão fazendo com que o assassino se tornasse o mais famoso da história, sendo real ou não, e Jack se tornou inclusive uma lenda urbana. Sua verdadeira identidade nunca foi revelada e ele nunca foi capturado.
No início, o leitor se depara com uma introdução que alega que o livro seja a autobiografia do assassino cuja autoria pertence a um homem desconhecido, e que pode nem mesmo ter existido já que não há registros sobre sua pessoa (e nem mesmo de parentes), JamesWilloughby Carnac, o autor. Logo, fica a dúvida se a obra se trata de um relato verídico sobre sua vida, ou se não passa de uma obra de ficção com as memórias que o suposto assassino deixou pouco antes de sua morte, com informações e detalhes elaborados o bastante para ser capaz de levantar tal questionamento no leitor, ou não...

A narrativa é feita em primeira pessoa e Carnac retorna à infância a fim de registrar como seu fascínio por sangue surgiu antes mesmo de se dar conta sobre a disfuncionalidade da própria família até quando começou a planejar friamente cada estripamento de forma minuciosa, o que acaba causando as mais diversas sensações no leitor, seja curiosidade ou verdadeira repulsa.
A diagramação do livro é ótima, pois é como se o autor tivesse utilizado uma máquina de escrever para registrar sua história. Podemos conferir um mapa de Whitechapel com a marcação dos lugares onde os assassinatos ocorreram, ilustrações de lugares, fotos de vítimas, cópias do manuscrito (em inglês) o que, de certa forma, dá uma credibilidade sobre a autenticidade do relato.

Pra quem gosta do tema e sente curiosidade para ter um pouco mais de informações sob uma perspectiva diferente, mas não tão nova quanto pensei, acerca Jack, o Estripador, é uma leitura indicada, sim, mas confesso que a obra não me convenceu no que se refere a autobiografia. O livro me soou mais como uma pesquisa exaustiva e cuidadosa sobre o serial-killer e uma tentativa de instigar o leitor a dar ao autor o benefício da dúvida com relação a sua verdadeira identidade, mas diante de um tom de escrita que beira a perfeição, pra mim não houve dúvidas de que o livro só pode ter sido escrito por alguém usando de um pseudônimo e que possui experiência ou conhecimentos de escrita profissionais o suficiente para ter me feito desacreditar que tais relatos possam ter vindo de uma mente psicopata e tão cruel. Não faz sentido pra mim ter acesso a relatos e lembranças de uma pessoa que, mesmo tendo escapado de pagar pelos seus crimes e até mesmo após a morte, continua se escondendo atrás de pseudônimos e ainda fazendo com que os casos tenham permanecido insolúveis...