Novidades de Abril - Galera Record

10 de abril de 2016

A Dama da Meia-Noite - Cassandra Clare
Cinco anos após os acontecimentos de Cidade do Fogo Celestial, acompanhamos os Caçadores de Sombras do Instituto de Los Angeles enquanto tentam descobrir os responsáveis por uma série de assassinatos que vitimam tanto humanos quanto fadas. Emma Carstairs é uma guerreira, uma Caçadora de Sombras: a melhor de sua geração. Ela vive para lutar. E faz isso ao lado de seu parabatai, Julian Blackthorn. Juntos eles patrulham as ruas de Los Angeles, onde vampiros fazem a festa na Sunset Strip, e fadas — as mais poderosas das criaturas sobrenaturais — tentam se manter na linha depois de uma guerra com os Caçadores de Sombras. Quando os corpos de fadas e de humanos assassinados começam a aparecer com as mesmas marcas encontradas nos pais de Emma, há alguns anos, uma aliança preocupante se forma. É a chance de Emma se vingar, mas também a oportunidade de Julian recuperar o irmão mais velho, Mark, prisioneiro do Povo das Fadas e integrante da Caçada Selvagem desde a Guerra Maligna — que alçou Clary Fairchild e Jace Herondale ao posto de Caçadores de Sombras-celebridade. Tudo que Emma, Mark e Julian precisam fazer é resolver o mistério dos assassinatos em duas semanas... 

O Livro de Cam - Fallen #5 - Lauren Kate
Cam sabe o que é tormento. Ele viveu mais no Inferno que qualquer anjo jamais deveria. Seu mais recente martírio se chama ensino médio. E o belo anjo está ciente da ironia nisso tudo. Mas após a escolha de Luce e Daniel, Cam não pode deixar de sentir que chegou a hora de também se render a única coisa que o leva mais alto que as próprias asas: o amor.
Assim, Cam sela um pacto com o diabo... Para tentar libertar das garras de Lúcifer a única alma que já amou: a mortal Lilith. A garota habita um purgatório particular em sua existência nos círculos do Inferno. Cada um escolhido e arquitetado com esmero pelo demônio. Tudo por causa de Cam… e seus pecados. No mais recente, ela é a pária da Escola Preparatória Trumbull. Nenhum amigo, nenhuma esperança.
Mas, se em quinze dias Cam reconquistar Lilith, ela será libertada. E ambos poderão viver o amor que um dia o anjo renegou. Caso ele fracasse, há um lugar de destaque o guardando além da Muralha das Trevas. O livrod e Cam é mais um emociontante capítulo na saga de Fallen, que em breve chega aos cinemas pelos estúdios Disney. Uma história envolvente repleta de mitologia, romance e suspense — em Fallen o amor nunca morre.


Outro Conto Sombrio dos Grimm - Adam Gidwitz
Depois de revisitar a história de João e Maria, mostrando o conto original dos irmãos Grimm, o autor mais uma vez usa a escrita original dos autores para mostrar a verdadeira aventura de João e o Pé de Feijão. Juntem-se a este conto de fadas pra lá de diferente e acompanhem João e Jill pelas histórias dos Irmãos Grimm, de Hans Christian Andersen e de outras figurinhas do universo do faz de conta. E se preparem para descobrir paisagens incríveis, que podem — ou não! — ser assustadoras, sangrentas, aterrorizantes e cheias de surpresas.





A Perda - The Originals #2 - Julie Plec

Nesta continuação de Ascensão, os irmãos Mikaelson não demoram a perceber que reconstruir Nova Orleans foi apenas um passo na interminável guerra entre as milenares raças de vampiros, bruxas e lobisomens. Obcecado pelo poder, Klaus é o responsável por interferir no delicado equilíbrio sobrenatural da cidade. As bruxas estão isoladas nos pântanos e os lobisomens se foram, mas o Original está acostumado a ter o que quer e faz um pacto com uma bruxa para atender o que seu coração nunca deixou de desejar. O que ele não sabe é que com o pacto vem uma maldição, que pode lhe custar a vida e sua adorada cidade.



Aliados e Assassinos - O preço do sangue #1 - Justin Somper
Uma nova série para agradar em cheio os fãs de Game of Thrones.
Após a misteriosa morte do irmão, Jared se torna o Príncipe de Toda a Archenfield. Aos 16 anos, no entanto, não acredita estar preparado para governar e enfrentar o caos que toma conta de todo o Principado, além de todas as intrigas que assolam toda a corte. Jared mergulha numa investigação que pode colocar em risco não apenas a sua vida, mas a de todos os seus amigos e familiares. O passado do seu irmão logo se torna turvo e cheio de mistérios. Muitos poderiam ter motivos para matá-lo. Mas quem? O preço de sangue deve ser pago. O assassino do Príncipe deve morrer. Mas Jared sequer sabe em quem pode confiar.

Reencontro - Leila Krüger

9 de abril de 2016

Título: Reencontro
Autora: Leila Krüger
Editora: Novo Século/Novos Talentos
Gênero: Romance/Literatura Nacional
Ano: 2011
Páginas: 496
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Submarino | Americanas
Sinopse: "Está bem no fundo. Não se pode alcançar... aos poucos, vai roubando o ar.” Ana Luiza vai perdendo seu fôlego: o fim de (mais) um grande amor, um pai distante, uma mãe fútil, uma amizade complexa e "pessoas que sempre vão embora". Com suas músicas de rock, seus livros e seus cigarros, Ana Luiza vê sua vida desmoronar.
"O amor é uma ferida”, ela sentencia. Mas a “garota de olhar longínquo” tem um encontro inesperado com um alguém aparentemente muito diferente dela: os “olhos imensos”, que tudo veem... Presa em seu próprio mundo e rendida ao álcool e às drogas, Ana Luiza tenta fugir. Principalmente do temido amor, que tanto a feriu...
Como encontrar, ou reencontrar o próprio destino?
Até onde o amor pode ir, até quando pode esperar? O que há além das baladas de rock e dos poemas românticos? Poderá o amor salvar alguém de sua própria escuridão?
Às vezes, é necessário perder quase tudo para reencontrar... e finalmente poder amar.

Resenha: Ana Luiza é uma jovem de vinte e dois anos, fã de Guns 'n Roses e que mora em Porto Alegre. Ela é estudante de odontologia mas não se sente nada feliz com o curso. Na verdade, Ana Luiza não se sente feliz com coisa alguma já que ter pais relapsos e perder alguém que ela amava tanto a fizeram desmoronar. Nem Nana, sua fiel e melhor amiga, sabe de tudo o que ela passa pois Ana Luiza não se abre completamente com ninguém. Ela acredita que nunca vai encontrar o amor, que nem ao menos merece ser amada e, por estar tão desacreditada na vida, ela encontra nas drogas e no álcool um tipo de refúgio a fim de fugir da realidade em que se encontra, se entregando a depressão.
Na faculdade, Ana Luiza e Nana conhecem Rafael, e ele logo se torna amigo das duas também, mas apesar dessa proximidade, Ana ainda fica na defensiva vivendo em seu próprio mundo, guardando seus segredos e enfrentando várias barreiras sozinha sem deixar que ninguém tenha participação nisso.
A medida que o tempo passa, Ana se afunda cada vez mais e, sem conseguir enxergar o que há de bom na vida, ela se prende a todo e qualquer ponto negativo que apareça. Ela perdeu a fé, perdeu a coragem mas ainda é capaz de sonhar, e talvez o que ela precise para se reerguer está onde menos esperou...

Narrado em terceira pessoa através de uma escrita bastante poética, mas em muitos pontos amarga devido a tanta angústia, Reencontro é um livro que aborda a depressão mostrando como ela definha as pessoas, como lhes tiram a alegria e como a vida se torna completamente sem cor. É a descrição nua e crua do que isso faz com alguém pois a história consegue transmitir com bastante realidade o que pode levar alguém a se envolver com álcool e drogas a ponto de se viciar, assim como as consequências do uso desenfreado dessas substâncias. É doloroso, é difícil, mas é uma batalha que pode ser vencida desde que exista esperança, apoio e muita luta para suportar e superar as armadilhas que aparecerão no caminho.

Não costumo gostar de capas de livros nacionais, mas esta em especial eu gosto bastante pois é simples, bonita e cheia de significado. A diagramação é simples, os capítulos sempre são iniciados com algum trecho de algum escritor notável, como Cecília Meireles, Clarisse Lispector, Mário Quintana entre outros, ou de alguma letra de música de bandas ou cantores bastante conhecidos, como, Bon Jovi, Lenny Kravitz, Coldplay e etc... As páginas são brancas e a fonte tem um tamanho padrão e agradável para a leitura.

Às vezes, as pessoas não sabem lidar com o sofrimento e buscam meios ainda piores como forma de "ajuda" para enfrentar o que passam, mas não pensam que só estão piorando as coisas já que são impedidas de pensar com clareza devido a situação em que se encontram. E a história de Ana Luiza mostra que às vezes nos perdemos, às vezes deixamos de sonhar e acreditar que as coisas vão dar certo, e, às vezes vivemos de mentiras, iludindo a nós mesmos, mas é através de decepções e perdas que encontramos forças e, no caso de Ana, ela começou a acreditar em si mesma e encontrou forças num sentimento que ela havia enterrado: o amor. E, muitas vezes, as pessoas, por não conseguirem ser impulsionadas por elas mesmas, encontram o que precisam nesse sentimento, na ideia de serem queridas, amadas e se sentindo importantes de alguma forma. Mas, até lá, a dor será inevitável para que haja uma transformação interna e uma libertação, e é isso que Ana Luiza mostra, que para poder se reencontrar, ela precisou, primeiro, se perder.



Novidades de Abril - Intrínseca

8 de abril de 2016

Baía da Esperança - Jojo Moyes
Seis anos depois de ter saído da Inglaterra, a melancólica e reservada Liza McCullen é a responsável por um barco de observação de baleias e golfinhos em Silver Bay, na Austrália, onde também administra com a tia, Kathleen, o Hotel Baía da Esperança, que já viu dias melhores.
Hospedado no hotel de Liza, Mike Dormer está lá a negócios: depende dele o pontapé inicial do projeto de um resort de luxo. Enquanto sua noiva, em Londres, finaliza os planos do casamento, Mike tem de conseguir a licença para a construção do empreendimento, algo que terá profundo impacto na fauna de Silver Bay e consequências drásticas para a vida dos moradores, inclusive a de Liza, que guarda um grande segredo e correrá perigo caso precise se mudar dali.
Quando o mundo de Mike e Liza colidem de forma irremediável, eles precisam encarar os próprios medos para salvar o que amam. Com personagens cativantes em um cenário encantador, Baía da Esperança é um romance comovente e irresistível, repleto do humor e da generosidade que marcam as obras de Jojo Moyes.

A Agenda Antiplanos - Keri Smith
Autora do sucesso Destrua este diário, Keri Smith surge agora com a proposta de uma agenda desestruturada, que pretende muito mais inspirar sua criatividade e muito menos organizar seu dia a dia. Com espaços sem data e distribuídos aleatoriamente para você fazer um resumo do mês que desejar, o livro funciona como um diário criativo, que vai ajudar o leitor a estruturar os pensamentos, mas de uma forma nada limitada nem previsível.
Um diário que foca simultaneamente no hoje e no amanhã pode parecer paradoxal, mas Keri Smith prova o contrário. A partir da ideia de que a busca pela organização e pelo perfeccionismo tão exaltada na cultura moderna é na verdade um grande empecilho do processo criativo, o estilo, a forma e a proposta pouco convencional de A agenda antiplanos, ao mesmo tempo que entretêm, levam à reflexão, capturando momentos e estados de espírito e convidando o leitor a controlar menos e experimentar mais, a deixar de levar tudo tão a sério e, simplesmente, viver. E o principal: a se divertir!

Solteirona - O Direito de Escolher a Própria Vida - Kate Bolick
Com quem se casar e quando: essas duas questões definem a existência de toda mulher, provoca a autora logo no início de Solteirona. Em uma análise inteligente e bem-vinda dos prazeres e possibilidades de ficar solteira, a jornalista e crítica cultural Kate Bolick parte da própria experiência para ponderar o porquê de mais de cem milhões de americanas hoje preferirem ficar solteiras.
As projeções apontam que esse número só tende a crescer, mas, mesmo assim, uma mulher passar batida pelos vinte, trinta anos sem se casar continua sendo uma questão mesmo, e talvez principalmente, se isso for uma escolha deliberada. Decidida a fincar pé na solteirice, Bolick apresenta um elenco de personalidades femininas do último século que, pela genialidade e determinação, são inspirações para sua escolha: a colunista Neith Boyce, a ensaísta Maeve Brennan, a visionária Charlotte Perkins Gilman, a poeta Edna St. Vincent Millay e a escritora Edith Wharton. Ao destacar a trajetória nada convencional dessas mulheres, Bolick faz lembrar quão atemporal é o dilema a respeito de se casar e ter filhos e levanta uma pauta ainda mais crucial nessa discussão: o direito de escolher a própria vida.
Intensamente pessoal e bem embasado, Solteirona é ao mesmo tempo um inquietante livro de memórias e uma ampla análise cultural dessa encruzilhada que não deveria, mas tanto interfere no universo feminino. Uma defesa da liberdade da mulher de ser autêntica e fiel às inúmeras possibilidades de futuro que ela pode e deve projetar para si mesma. Se será um futuro construído a duas ou a quatro mãos, só a ela cabe decidir.

Alucinadamente feliz - Um livro engraçado sobre coisas horríveis - Jenny Lawson
Jenny Lawson está longe de ser uma pessoa comum. Ela mesma se considera colecionadora de transtornos mentais, já que é uma depressiva altamente funcional com transtorno de ansiedade grave, depressão clínica moderada, distúrbio de automutilação brando, transtorno de personalidade esquiva e um ocasional transtorno de despersonalização, além de tricotilomania (que é a compulsão de arrancar os cabelos). Por essa perspectiva, sua vida pode parecer um fardo insustentável. Mas não é.
Após receber a notícia da morte prematura de mais um amigo, Jenny decide não se deixar levar pela depressão e revidar com intensidade, lutando para ser alucinadamente feliz. Mesmo ciente de que às vezes pode acabar uma semana inteira sem energia para levantar da cama, ela resolve que criará para si o maior número possível de experiências hilárias e ridículas a fim de encontrar o caminho de volta à sanidade.
É por meio das situações mais inusitadas que a autora consegue encarar seus transtornos de forma direta e franca, levando o leitor a refletir sobre como a sociedade lida com os distúrbios mentais e aqueles que sofrem deles, sem nunca perder o senso de humor. Jenny parte do princípio de que ninguém deveria ter vergonha de assumir uma crise de ansiedade, ninguém deveria menosprezar o sofrimento alheio por ele ser psicológico, e não físico. Ao contrário, é justamente por abraçar esse lado mais sombrio da vida que se torna possível experimentar, com igual intensidade, não só a dor, mas a alegria.

É isso Que Eu Faço - Uma Vida de Amor e Guerra - Lynsey Addario
Lynsey Addario ainda tentava se estabelecer no fotojornalismo quando os atentados do 11 de Setembro sacudiram o mundo. Por ser um dos poucos profissionais da época com alguma experiência no Afeganistão, ela foi chamada para voltar ao Oriente Médio e cobrir a invasão americana. Foi quando fez uma escolha que se repetiria muitas vezes depois: abrir mão do conforto e da previsibilidade a fim de correr o mundo confrontando com sua câmera as mais duras verdades.
As imagens captadas pelas lentes de Lynsey parecem buscar sempre um propósito maior. No livro, ela retrata os afegãos antes e depois do regime talibã, os cidadãos vitimados pela guerra e os insurgentes incompreendidos no Iraque, as aldeias incendiadas e os incontáveis mortos em Darfur. Expõe a cultura de violência contra a mulher no Congo e narra a ocasião do próprio sequestro, orquestrado pelas forças pró-Kadafi durante a guerra civil na Líbia — uma história marcante que ganhou destaque na mídia internacional.
Apesar da presumível bravura, Lynsey não é de todo destemida. Do medo, ela tira o olhar de empatia essencial à profissão. Quando entrevista vítimas de estupro, fotografa um soldado alvejado em combate ou documenta a trágica vida das crianças famintas na Somália, é essa empatia que nos transporta para os lugares onde ela esteve, e então começamos a entender como o ímpeto de retratar a verdade triunfa sobre o terror.
Testemunha de tantas insurreições, Lynsey sabe que não documenta apenas notícias, mas o próprio destino da humanidade. O que ela faz, com clareza, suavidade e beleza, é registrar a realidade muitas vezes em sua condição mais extrema. Mais do que um trabalho, isso é sua missão. Mais do que a história de uma vida nas linhas de combate, É isso que eu faço é um testemunho tocante do custo humano da guerra.

O Amor Segundo Buenos Aires - Fernando Scheller
Buenos Aires, com suas largas avenidas, cafés em estilo europeu e bairros charmosamente decadentes, é cenário e ao mesmo tempo personagem das histórias de amor presentes neste romance arrebatador.
É por amor que Hugo deixa o Brasil rumo à capital argentina. Embora o relacionamento com Leonor não sobreviva, seu fascínio pela cidade resiste à dor da separação e à descoberta de que sofre de uma grave doença. Hugo cria laços com o arquiteto Eduardo e com a comissária de bordo Carolina, que evidenciam o poder regenerador das amizades verdadeiras. Ele se reaproxima de seu pai, Pedro, que troca a rotina de um casamento desgastado por uma vida em que é possível encontrar profundos afetos.
Cada personagem tem a oportunidade de contar a sua versão dos fatos, numa trama absolutamente democrática. Impossível não se encantar com a presença de espírito e o senso de humor de Carolina, a lealdade de Eduardo, a sensatez e a determinação de Daniel, o jeito excêntrico de Charlotte. Em comum, esses personagens adoráveis têm uma enorme capacidade de amar.

Eu sou o peregrino - Terry Hayes
Uma mulher é brutalmente assassinada em um hotel decadente de Manhattan, seus traços dissolvidos em ácido. Um pai é decapitado em praça pública sob o sol escaldante da Arábia Saudita. Na Síria, um especialista em biotecnologia tem os olhos arrancados ainda vivo. Restos humanos ardem em brasas na cordilheira Hindu Kush, no Afeganistão. Uma conspiração perfeita, arquitetada para cometer um crime terrível contra a humanidade, e apenas uma pessoa é capaz de descobrir o ponto exato em que todas essas histórias se cruzam.
Peregrino é o codinome de um homem que não existe. Alguém com tantas identidades que mal consegue lembrar seu verdadeiro nome. Adotado ainda jovem por uma família rica, ele se tornou um importante profissional da espionagem. Em uma perseguição cinematográfica, Peregrino cruza o mundo, da Arábia Saudita às ruínas da Turquia; do Afeganistão ao Salão Oval da Casa Branca. Um caminho doloroso e repleto de ameaças inesperadas, na busca por um homem desconhecido cujo plano é desencadear uma destruição em massa sem precedentes.
Romance de estreia do renomado roteirista britânico Terry Hayes, Eu sou o Peregrino é uma narrativa ágil, com ritmo alucinante, cujos personagens são construídos de forma primorosa em toda sua complexidade psicológica. Uma jornada épica e imprevisível contra um inimigo implacável.

O Mistério do Mapa - Poptropica #1 - Kory Merritt e Jack Chabert
Quando decidiram embarcar em um passeio de balão, Oliver, Mya e Jorge nunca poderiam imaginar que acabariam caindo em uma ilha desconhecida habitada por animais exóticos e uma horda de vikings raivosos. Bem-vindo a Poptropica: um arquipélago completamente fora dos mapas, cuja existência é mantida em segredo do restante do mundo. Neste primeiro volume da história, os três amigos encontram um mapa mágico e se aventuram em uma perigosa jornada para tentar encontrar o caminho de volta para casa. Porém, os habitantes da ilha — incluindo o assustador líder dos vikings, Erik, o Vermelho — estão nos calcanhares deles, e Octavian, o capitão do balão, responsável por estarem presos naquela ilha, quer seu mapa de volta. Será que Oliver, Mya e Jorge vão conseguir fugir das garras dos sanguinários vikings e encontrar um jeito de escapar da ilha e de Octavian? 

Uma História de Solidão - John Boyne

7 de abril de 2016

Título: Uma História de Solidão
Autor: John Boyne
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Drama
Ano: 2016
Páginas: 416
Nota: ★★★★☆
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Primogênito de um lar disfuncional na Irlanda, o inocente Odran Yates vai estudar em um colégio que prepara garotos para a vida eclesiástica. Ao relatar sua jornada, da ingenuidade dos primeiros anos de colégio à descoberta dos segredos mais bem guardados da Igreja, Odran descreve uma Irlanda cheia de contradições e ódio por trás de uma fachada de bons costumes.
Enquanto lida com as implicações de seu trabalho e o sofrimento das pessoas que ama, o padre Odran se convence de que era inocente demais para entender o que acontecia ao seu redor e tenta fazer um acerto de contas com a própria consciência.

Resenha: "A raiz dos abusos na Igreja está no seminário", "Por que a instituição que mais prega castidade e retidão moral é palco de tantos escândalos sexuais? A porta dos fundos da igreja está aberta. É hora de entrar", "Padre é acusado de cometer abuso sexual contra jovens em São Paulo", "Vítima de abuso sexual nos EUA responsabiliza papa". Esses são inúmeros títulos de uma pequena, senão ínfima, parte da grande e vasta lista de reportagens que retratam as denúncias contra padres e seus abusos sexuais. John Boyne, autor do famoso livro O Menino do Pijama Listrado, brinda os leitores, mais uma vez, com uma história brilhante e estarrecedora que retrata essa dura e sórdida realidade.

Odran, um pequeno menino de família irlandesa, poderia ter tido uma vida comum, como qualquer outra pessoa. Porém, um acontecimento trágico fez com que seu pai e irmão mais novo morressem, e assim sua mãe, até então uma mulher sem muitas devoções, acreditou que seu filho tinha vocação para ser padre e o mandou para uma escola católica. Assim se inicia a trajetória do pequeno e imaturo garoto na vida de estudos para o celibatário e, na paróquia, conhece Tom, que se torna seu amigo e companheiro nessa longa jornada.

Os livros de Boyne são sempre um deleite para qualquer leitor. Digo isso pela maneira que o irlandês consegue passar todos os sentimentos possíveis em um "simples punhado de papel". Todas suas histórias são carregadas de sentimentalismo e isso torna tudo emotivo e muito cativante. Uma História de Solidão não é diferente e pega uma questão muito delicada, que é o abuso sexual cometido por padres e todo escândalo envolvendo a igreja católica.

Desde o começo da trama é bem notável a maneira como tudo será conduzido: recheado de muito drama e tristeza, como diz o título. Todos os livros do autor que tive oportunidade de ler são muito tocantes e mexem bastante comigo. Neste, Odran e sua família têm uma vida muito difícil e sofrida na década de 70. Uma pergunta que sempre fica na mente: por que todos os personagens criados por Boyne são tão tristes? Todos os personagens têm uma luta contra seus próprios demônios e isso é bem explorado. A vontade é de entrar nas páginas e falar com eles: "vai ficar tudo bem, não se preocupe". Mas não fica.

Em uma narrativa bem ágil e dinâmica, característica muito marcante em suas obras, o autor vai conduzindo a história em décadas diferentes e mostrando as situações importantes vividas pelos personagens. O mais bacana de tudo isso é que há um embasamento histórico e pesquisa por trás de todo o conteúdo, o que deixa o leitor abismado e revoltado com tudo. A igreja católica foi alvo de duras críticas e acusações no começo da década passada, o que acarretou audiências em tribunais e prisões. Tudo isso transcrito numa história fictícia não devia ser tão dolorido, mas é. O autor consegue mostrar situações em que o único pensamento é "como esse personagem pode ser tão burro?", e outros que a incredulidade nos atinge vendo como o ser humano pode ser podre. O que mais choca em todo o contexto é a perversidade, que é real, e nos fazer questionar a que ponto chegamos nessa sociedade atual. Existe, ainda, uma leve sugestão de que o abusador já foi abusado. Será mesmo? Será que é preciso passar um trauma adiante? Acredito que não.

Uma História de Solidão é um livro de extremos. É muito mais do que uma história em que você fecha as páginas e pode pensar numa próxima leitura. Tudo criado por Boyne é emocional e ao final é praticamente impossível segurar as lágrimas.