Novidades de Março - Galera Record

19 de março de 2014


Canção da Lua - Diários do Vampiro: Caçadores - Livro 2 - L. J. Smith
Após lutar com os kitsune e escapar dos horrores da Dimensão das Trevas, Elena está prestes a embarcar numa nova jornada: ir estudar em Dalcrest College, a universidade onde seus pais se conheceram. Tudo parece estar indo bem. Seu relacionamento com Stefan está melhor do que nunca e Damon aparenta estar mudado, mais calmo e se dando bem com todos. Só que quando estudantes começam a desaparecer misteriosamente do campus, todos se tornam suspeitos. Principalmente depois que Elena descobre um segredo escondido há muito tempo.




O Sacrifício - Hex Hall - Livro 03 - Rachel Hawkins
Neste terceiro volume de Hex Hall, Sophie Mercer, com seus poderes reprimidos pelo Conselho dos Prodígios e mais vulnerável do que nunca, deve impedir a guerra épica que se aproxima. O único feitiço capaz de ajudar Sophie a recuperar os seus poderes está bem guardado no Hex Hall, onde tudo começou, protegido pelas malignas irmãs Casnoff. Acompanhada de sua melhor amiga-vampira Jenna, seu namorado Archer, seu noivo Cal (sim, a vida amorosa dela é complicada), e uma fantasma pentelha, Sophie travará uma batalha contra um exército de demônios. Mas mesmo com seus melhores amigos e aliados, o destino de todos os Prodígios está nas mãos dela, e somente dela.


O Códex dos Caçadores de Sombras - Cassandra Clare, Joshua Lewis
A Clave tem o prazer de anunciar a mais nova edição no mais antigo e famoso manual dos Nephilim: o Shadowhunters’ Codex. Desde o século XIII, o códex vem sendo o mais jovem amigo de todo Caçador de Sombras. Quando você está cercado por demônios, é muito fácil esquecer os pontos mais obscuros da linguagem demoníaca ou a maneira mais rápida de parar um ataque de demônios Raum. Com o códex, entretanto, você nunca vai precisar se preocupar.
Agora em sua vigésima sétima edição, o codex abrange tudo: a história e as leis do nosso mundo; como identificar, conviver com, ou se preciso, matar a maioria dos coloridos habitantes deste mundo; qual ponta da estela você deve usar para se marcar. Suas tentativas de matar um vampiro ou um feiticeiro não serão mais atrasadas por intermináveis perguntas de seus recrutas: O que é um Pyxis? Por que não usamos armas de fogo? Se não posso ver um símbolo de um feiticeiro, há alguma forma educada de perguntar a ele onde a marca está? Onde conseguimos toda nossa água benta? Apostilas de geografia, história, magia e zoologia, todas juntas em uma só, o codex está aí para ajudar novos Caçadores de Sombras a navegar no belo, às vezes brutal, mundo que habitamos.
E para ninguém dizer que a Clave está desatualizada, ou, como dizem os jovens Caçadores de Sombras, “careta”, essa nova versão do Codex estará disponível não só na versão com a ligação de pele de demônio fechada magicamente, mas, também, numa versão moderna, usando todas as mais novas e emocionante técnicas de impressão atuais, incluindo alguns novos recursos, como uma capa firme feita de tecido, um revestimento à prova de poeira e informações sobre título, autor, editora, e muito mais escritos na capa. Você vai gostar de saber que ela cabe perfeitamente na maioria das mochilas e, ao contrário das antigas edições, ela não desliga mais sistemas de segurança.
As antigas gravuras também foram substituídas: em vez delas, você vai encontrar pródigas ilustrações feitas por alguns dos mais brilhantes artistas. Criaturas, armas, pessoas e lugares foram cuidadosa e precisamente descritos por Rebecca Guay, Charles Vess, Jim Nelson, Theo Black, Elisabeth Alba e Cassandra Jean. Os capítulos são graciosamente introduzidos pelos desenhos de Michael Kaluta, e durante o resumo do clássico de 2.450 páginas, A História dos Nephilims, você vai encontrar uma seleção das melhores e mais adoráveis ilustrações do volume por John Dollar.

As Herdeiras - Herdeiras - Livro 01 - Joanna Philbin
Desajeitada e doida por literatura, Lizzie não poderia ser mais diferente de sua mãe, Katia Summers, a supermodelo mais famosa do mundo. Acostumada aos flashes de paparazzi e aos muitos admiradores de sua mãe, a menina sabe como ninguém como é não ser notada. Mas ela não está sozinha. Suas duas melhores amigas também sentem na pele como é ter pais famosos. Carina Jurgensen tem um magnata de telecomunicações como pai, enquanto Hudson Jones é filha da cantora pop Holla. Mas tudo muda quando Lizzie é descoberta por uma fotógrafa de modelos exóticas. Agora, ela tem que conciliar a escola com sua nova carreira, lidar com a constante comparação com sua mãe e conquistar o gato da sala... Ufa!


Convergente - Veronica Roth

18 de março de 2014

Lido em: Março de 2014
Título: Convergente - Divergente #3
Autora: Veronica Roth
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Gênero: Distopia
Ano: 2014
Páginas: 528
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou, destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. Portanto, diante da chance de explorar o mundo além dos limites que ela conhecia, Tris não exita. Talvez, assim, ela e Tobias possam ter uma vida simples e nova juntos livres de mentiras complicadas, lealdades suspeitas e memórias dolorosas.
No entanto, a nova realidade de Tris torna-se ainda mais alarmante que aquela deixada para tras. Antigas descobertas rapidamente perdem o sentido. Novas verdades explosivas transformam os corações daqueles que ela ama. Então, mais uma vez, Tris é obrigada a compreender as complexidades da natureza humana - e  a si mesma -, enquanto convergem sobre ela escolhas impossíveis que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor.

Resenha: Convergente fecha a trilogia distópica escrita por Veronica Roth que foi iniciada com Divergente e em seguida Insurgente. No segundo livro, a revelação de que há um "novo mundo" fora de Chicago vem a tona, e a ideia de viver longe de toda a violência e disputa pelo poder que existe ali é muito tentadora, principalmente após Evelyn Eaton, a líder dos sem Facção (e a mãe de Tobias), se tornar a líder da cidade implantando um novo sistema que todos discordam. Com as facções derrubadas, o povo está perdido e insatisfeito com a ideia de uma nova líder que, em vez de buscar pela igualdade, prega a tirania e a ditadura, e os sem-facções, enfim, resolveram reivindicar seus lugares. Em meio a toda essa confusão, um grupo autodenominado "os Leais" são os que resolvem explorar o que há além da cerca para, quem sabe assim, terem uma chance de uma nova vida num lugar novo.

Dessa forma, Tris vai se unir a esse grupo, do qual Tobias também está incluído, para tentar descobrir sobre si mesma, sua história, suas origens e etc. Porém, ao chegarem lá, descobrem uma verdade da qual não esperavam e se quiserem realmente a paz, vão precisar lutar para isso.

Em primeiro lugar, o que é essa capa? Com certeza é a mais bonita entre as três e tem tudo a ver com a ideia de um final "explosivo".

Narrado sobre o ponto de vista de Tris e Tobias através de capítulos alternados, e confesso que se não houvesse o nome do personagem pra identificar de quem é a vez seria difícil distinguir quem é quem já que a narrativa e o pensamento dos dois são praticamente iguais, várias pontas soltas são explicadas e passam a fazer sentido, como por exemplo, por que as facções foram criadas, o que de fato é ser um Divergente dentre outras coisas, mas outras não são totalmente explicadas, não.
Diferente dos livros anteriores, Tris e Tobias mostram um relacionamento cheio de brigas mas com um pouco mais de romance e por várias vezes fiquei me perguntando se, diante da situação em que se encontravam, beijos ardentes e esfregação eram coisas realmente necessárias, principalmente porque o livro é cheio de mortes e tragédias que são seguidas por cenas desconexas e explicações científicas e políticas sem muito sentido que parecem que não vão acabar nunca tornando boa parte da leitura prolixa. Tais cenas me deixaram com a sensação de que estivessem ali para roubar o lugar da ação e coerência que estavam presentes anteriormente por má organização por parte da própria autora, que parece ter juntado tudo de qualquer jeito sem levar em consideração que leitores e fãs da trilogia poderiam imaginar soluções óbvias para resolver vários problemas que apareceram e muitas vezes aceitaram lindamente sem questionarem o desconhecido. Por mais que a narrativa seja fluída e dinâmica, senti que não saia do lugar, exceto por algumas cenas em que havia alguma explicação realmente importante sobre algo que havia ficado no ar lá no primeiro livro... Uma delas inclusive é sobre a divergência de Tris e como ela é mostrada como algum tipo de Neo, de Matrix, como se fosse alguém invencível.

Apesar de toda essa confusão, vou confessar que achei o desfecho digno. Sei que a maioria dos fãs da série que leram, ou que ainda vão ler, vão ficar em prantos, com ódio, chocados, deprimidos, carregando uma ressaca por muito tempo, mas diante de tudo o que aconteceu, desde o início, outro final seria impossível. Não que fosse previsível, pois a autora foi bem ousada em não ter nenhuma piedade dos personagens, mas original levando em consideração finais de outras distopias, afinal, entre mortos e feridos não dá pra todos sobreviverem...

Resumindo, a trilogia fala sobre a manipulação que a sociedade sofre (no caso de forma "genética"), a exclusão social, a tirania política e como o povo sofre com isso, até que alguém se rebele e queira lutar contra todo o sistema... O problema é que numa guerra, mesmo que alguns se destaquem e façam a diferença, há vitórias, mas também há perdas e nem todos podem sair ganhando.
Se eu gostei do desfecho de uma das minhas distopias favoritas até agora? Sim, gostei e fiquei bem surpresa porque evitei ler resenhas ou qualquer tipo de spoiler antes de iniciar a leitura e fui com a cara e a coragem, cheia de expectativas, sem saber o que esperar. Mas achei que o desenvolvimento até chegar onde chegou, poderia ter sido melhor elaborado e desenvolvido, e até um pouco mais enxuto (sério que não tinha a menor necessidade de mais de 500 páginas), para se tornar um pouco mais crível. O final pra mim foi satisfatório, sim, mas nada épico do tipo que me causasse arrepios e emocionasse... "Mas acabou assim? Sério? Ok... Fim."

Novidades de Março - V&R

17 de março de 2014

A fenda branca: as cores de Madeleine - Jaclyn Moriarty
As aventuras, descobertas e conflitos de dois adolescentes que vivem em universos paralelos é o tema central da narrativa. De um lado, no reino fantástico de Cello, um lugar mágico, permeado por feitiços, abóboras, cores que tem vida própria – algumas boas e outras más – e estações do ano que mudam subitamente, vive Elliot Baranski, 15 anos.  O garoto está à procura de seu pai, desaparecido na mesma noite em que seu tio foi morto. Nas ruas de Cello, correm boatos de que seu pai assassinou o irmão e fugiu com a professora de física, mas o jovem recusa-se a acreditar nesta versão e está determinado a descobrir a verdade.
Em outra realidade, na cidade chuvosa e cinzenta de Cambridge, na Inglaterra, vive a garota Madeleine, que guarda segredo sobre o seu passado misterioso. Madeleine e a mãe fugiram – sob circunstâncias não esclarecidas – da vida rica que levavam ao lado do pai e se instalaram nas extremidades de Cambridge, onde levam uma vida muito simples.
Separados por mundos diferentes, suas histórias se unem com a descoberta acidental de uma fenda que funciona como um portal entre as duas realidades. Ao voltar para casa de bicicleta em um dia qualquer, Madeleine se depara com algo que chama sua atenção: de dentro de um buraco em um parquímetro quebrado, a menina retira uma carta dobrada cuidadosamente com uma mensagem enigmática.  Por meio desta fenda, que há muito tempo não se abria, os protagonistas passam então a se corresponder.
Embora vivendo em realidades diferentes, os dois passam a se ajudar mutuamente, em uma corrida contra o tempo, para desvendar os mistérios que os atormentam antes que seja tarde demais.

1000 curiosidades do mundo da bola que todo craque deveria saber - Aníbal Litvin
Organizada por tópicos de 1 a 1000, a obra fornece ao leitor informações, curiosidades, fatos marcantes, histórias engraçadas e conquistas que aconteceram desde meados de 1800, quando o esporte nasceu, até os dias de hoje.
O leitor conhecerá, por exemplo, que “O registro mais antigo sobre o futebol data de 1894, quando Nettie Honeyball, uma ativista dos direitos da mulher, fundou um clube esportivo: o British Ladies Football Club”, e curiosidades como “Uma bola de futebol perdida durante o Tsunami que afetou o Japão em 2011 foi encontrada no Alasca 2 anos depois”.
Além de informativo, o livro com certeza divertirá os leitores com algumas preciosidades que fizeram história: O jogador alemão Lukas Podolski disse: “O futebol é como o xadrez, mas sem o dado” (É evidente que ele sabe mais sobre futebol do que sobre xadrez).
Poucas pessoas sabem, por exemplo, que, até 1866, só era permitido aos jogadores dar passes para trás, como no Rugby.  Conhecerá declarações desastrosas como a do técnico da Espanha na Copa do Mundo do Chile, em 1962. Pelé se machucou e foi substituído por Amarildo para jogar contra a Espanha. Antes da partida, o técnico espanhol tinha declarado: “Sem Pelé, o Brasil é fraco, quem é Amarildo?” E o Brasil ganhou de 2 a 1... com gols do Amarildo.
E quem imaginaria que o músico Bob Marley fazia questão de jogar uma partida de futebol antes de suas apresentações como forma de aliviar a tensão? Estas e outras curiosidades podem ser encontradas em 1000 curiosidades do mundo da bola que todo craque deveria saber.

A Arte da Cozinha Italiana - Mario Grazia e Maria Grazia Villa
Com receitas regionais de norte a sul da Itália, selecionadas a dedo pelo Master Chef Mario Grazia, professor e diretor da Academia Barilla, a obra é uma homenagem a arte de comer bem e ao inigualável talento de uma terra amada por todos nós. A Arte da Cozinha Italiana reúne receitas diferentes, saudáveis, ricas e apetitosas, que variam de cidade para cidade, de região para região, trazendo os diferentes formatos de massas e recheios, pratos principais que levam o nome dos lugares (à veneziana, à milanese, à modenese) ou ainda que adotam o nome original no dialeto da região e sobremesas que são feitas com ingredientes de produção local.
A culinária italiana é resultado de receitas simples que foram passadas, por meio da tradição oral, de geração para geração e depois adaptadas pelos restaurantes até chegarem às nossas mesas.  Separadas em aperitivos, entradas, pratos principais, vegetais e legumes e sobremesas, cada uma das 130 receitas escolhidas, traz consigo um breve histórico, peculiaridades e influências regionais, com textos de autoria do Master Chef Mario Grazia e de sua esposa Maria Grazia Villa. Ideal tanto para iniciantes em gastronomia quanto para profissionais do ramo, cada uma das receitas conta com a avaliação do grau de dificuldade de seu preparo, que varia de um a três.
As fotografias que acompanham e dão vida a cada uma das receitas são de autoria de Alberto Rossi – fotógrafo italiano especializado em gastronomia – do próprio Mario Grazia e do também Chef e professor de gastronomia Luca Zanga.
Editado pela renomada Academia Barilla, a obra conta ainda com três textos introdutórios. O primeiro, assinado pelos irmãos Guido, Luca e Paolo Barilla, discorre sobre as diferentes cozinhas italianas, cada qual marcada pela região em que surgiu. Em seguida, Gianluigi Zenti – presidente da Academia Barilla – conta um pouco sobre o conceito da Academia e de sua importância para a preservação dos costumes culinários do país e, consequentemente, da cultura italiana. Por fim, o Chef Davide Oldani, do restaurante D’O Cornaredo, premiado com três estrelas pelo Guia Michelin, traz uma reflexão sobre tradição e gastronomia, em sua visão duas questões indissociáveis e complementares.

Cowabunga! - Ana Paula Seixlack

16 de março de 2014

Lido em: Março de 2014
Título: Cowabunga! Desventuras de um ex-surfista
Autora: Ana Paula Seixlack
Editora: Benvirá
Gênero: Literatura Nacional
Ano: 2014
Páginas: 160
Nota:★★☆☆☆
Sinopse: Ricardo Avelar, o Zimbo, era um jovem surfista com um futuro brilhante quando um grave acidente encerrou sua carreira. Amargurado, há mais de quarenta anos vai à praia e passa o dia observando o mar. Ao longo das horas, sente o impulso de cair na água e mostrar como um verdadeiro surfista domina as ondas. Mas sempre fracassa. Além da frustração de voltar para casa sem surfar, Zimbo tem de lidar com um relacionamento conturbado com Letícia, sua jovem namorada que não abre mão de uma vida agitada com os amigos. Resta ao surfista relembrar as aventuras de seus dias de glória enquanto cuida de sua prancha na areia. O difícil é conseguir identificar o que é realidade e o que é fantasia em suas lembranças. Com um texto divertido e cheio de referências aos anos 1960 e 1970, Cowabunga é surpreendente desde seu título, que remete a um grito de guerra dado pelos surfistas. Ao final da leitura, você terá feito um novo amigo e talvez até descubra seu lado surfista. 

Resenha: Cowabunga!, escrito pela autora Ana Paula Seixlack e publicado pelo selo Benvirá da Editora Saraiva conta a história de Ricardo Avelar, conhecido como Zimbo, um ex-surfista que venceu vários campeonatos pelo mundo e até ficou famoso, mas que perdeu a coragem de surfar depois de ter sofrido um acidente. Quarenta anos depois do ocorrido e já na terceira idade, ele vive com Letícia, sua companheira bem mais jovem do que ele num relacionamento muito estranho, e continua indo à praia, como se quisesse provar pra si mesmo que não envelheceu desde então, e que, talvez, um passado cheio de conquistas pudesse compensar ou valer mais do que um presente cheio de infortúnios e fracasso.

O livro conta as memórias de Zimbo, desde a infância até os dias atuais, então é possível entendermos um pouco do que se passa em sua cabeça, mas não necessariamente aceitar seu comportamento. Apesar de muito bem construído e cheio de particularidades, Zimbo é um personagem "velho", daquele tipo antipático, que incomoda, irrita e que, querendo ou não, tira o leitor da sua zona de conforto. É como se estivéssemos lendo uma biografia. Zimbo é um cara que, mesmo idoso, é muito vaidoso, não perde a chance de paquerar alguém, mas é ranzinza e vive perdido em seus pensamentos, sentindo falta de ter sido um surfista famoso, mas ao mesmo tempo se lamentando por ter sido obrigado a deixar essa vida que elevou seu status pra trás devido ao acidente que sofreu.
Narrado em terceira pessoa, acompanhamos Zimbo por sua trajetória através de lembranças, pensamentos e até devaneios, afinal, ele quer voltar a surfar mas como tem medo o que lhe resta é se agarrar ao que tem na memória ou a situações que o fazem esquecer que o tempo pra ele já passou, como se não aceitasse ser velho e quisesse demonstrar que é jovem a qualquer custo se passando por ridículo. Tem coisa mais deprimente?

O tema "surf" não é meu tema favorito e vou confessar que além de não me interessar muito, não conheço praticamente nada sobre o assunto. Como termos "técnicos" e gírias desse meio são usados de forma frequente, senti falta de notas de rodapé que explicassem o que eles significam pois ajudaria os leigos a entender melhor sobre o que se trata.
A leitura flui muito bem, o livro é super bem escrito e a história de Zimbo é super bem contada pela forma como é descrita, considerei como sendo algo bem diferente e original, mas senti falta de descrições mais detalhadas sobre cenários praianos levando em consideração onde a história se passa e o tema. O que é trabalhado é Zimbo e sua personalidade, já outros personagens, mesmo que importantes e terem seus papéis com alguma influência na vida do protagonista são tratados com mais superficialidade.
A capa pra mim é a coisa mais linda, pois ao mesmo tempo que ilustra o tema ainda tem um efeito envelhecido como se quisesse mostrar vários anos que se passaram.

Pra quem quer sair da mesmice conhecendo um personagem intrigante com uma história que poderia acontecer com qualquer um próximo da gente (afinal, quem aqui não conhece uma pessoa ranzinza e chata que se acha e quer se mostrar como alguém que não é?) e de quebra ainda aprender um pouco mais sobre surf, vai curtir a leitura de Cowabunga!