A Descoberta das Bruxas - Deborah Harkness

26 de fevereiro de 2013

Lido em: Fevereiro de 2013
Título: A Descoberta das Bruxas - All Souls #1
Autora: Deborah Harkness
Editora: Rocco
Gênero: Romance/Sobrenatural/Literatura Estrangeira
Ano: 2011
Páginas: 640
Nota: ★★★★★
Sinopse: A professora Diana Bishop foi convencida pelo medo de que é melhor ser humana do que bruxa. Mas quando descobre um antigo manuscrito com a origem de espécies sobrenaturais, fica muito próxima do mundo do qual sempre fugiu. Demônios e vampiros passam a cruzar seu caminho, e o instinto de sobrevivência dessas criaturas faz Diana ser uma presa vulnerável. Até que ela seja capaz de dominar os próprios dons e usar seus poderes.

Resenha: Humanos, bruxas, vampiros e demônios são as 4 espécies que habitam o mundo (essas 3 últimas tentam esconder suas identidades dos humanos), e Diana Bishop é uma historiadora super conceituada e respeitada. Aos 7 anos, perdeu os pais e, a partir daí, passou a vida rejeitando e negando sua verdadeira identidade: Diana é uma bruxa. Ela tenta levar uma vida normal, se misturando com humanos e se dedicando às suas pesquisas, até que acidentalmente, encontra na Biblioteca Bodleiana um misterioso manuscrito há séculos escondido, o "Ashmole 782", e além de ser capaz de sentir a magia que está contida nele, descobre os segredos sobre a origem das espécies sobrenaturais. Ela passa a anotar algumas informações importantes que encontra nele, mas pretende devolver o manuscrito para se ver livre dele, afinal, da magia ela só quer distância. Mas o que Diana não sabia, é que esse manuscrito é procurado há milhares de anos por demônios e vampiros perigosos e gananciosos, e agora que ele foi encontrado, ela passa a ser perseguida e vigiada de perto por esses seres...

Eis que Matthew Clairmont, um belo e misterioso geneticista, aparece na vida de Diana. Apesar de não esclarecer seus reais motivos, a princípio, ele demonstra interesse apenas no Ashmole 782. O interesse de Matthew pela relíquia seria aceitável, até que, para surpresa de Diana, ele se revela um vampiro que vaga pela Terra a mais de 1500 anos.

A medida que Diana vai descobrindo mais sobre esse mundo que tanto renegou, ela embarca numa grande aventura, com muitas revelações, mistérios, perigos e surpresas, principalmente porque, apesar de saber que bruxas, vampiros e demônios não compactuam de amizade, começa a se aproximar de Matthew de um jeito que ninguém esperava, afinal, indivíduos de espécies distintas não se misturam...

Mistério, romance e genialidade definem a história de "A Descoberta das Bruxas". O livro é cheio de referências históricas, religiosas e explicações científicas para a origem e para os poderes mágicos que esses seres carregam consigo. Inclusive os detalhes são tão ricos e convincentes que é quase possível acreditar que a Teoria da Evolução, de Darwin, engloba os seres sobrenaturais, e tudo o que eles vem passando, sendo perseguidos, mortos, servindo como cobaia para estudos e experimentos dos nazistas, e etc ao longo da História.

A narrativa às vezes é em primeira pessoa (narrada por Diana ou Matthew), outras em terceira pessoa, mas não é nada confuso. Acredito que a autora usou essa forma para dar outros pontos de vista às situações e acontecimentos. Os personagens são todos muitos bem construídos, e cada um tem sua história particular. Detalhe especial para Ysabeau, a "mãe" de Matthew, uma vampira poderosa e cheia de classe, que apesar de sentir ódio e repulsa pelas outras espécies, passa a defender Diana com unhas e dentes quando o cerco começa a se fechar.

A história, por ter muitos detalhes e explicações, se desenrola de forma muito lenta e às vezes até cansativa, mas eu particularmente não achei que isso tenha sido um ponto negativo. Entendi que a autora fez isso de forma proposital a fim de tentar demonstrar o quanto o casal combina e tem química. Diana é uma historiadora e Matthew um vampiro com mais de 1500 anos de experiência, que traz à ela a própria História para seu espanto e fascínio, então, nada mais plausível do que diálogos longos sobre o assunto que é de interesse dos dois. E claro, o romance tem aquele toque de "vampiro milenar, super antiquado que quer tratar a mulher moderna com cortejo e superproteção", mesmo que ela não esteja acostumada a esse tipo de coisa.

Enfim, eu gostei muito da história e da forma como foi contada, mesmo que de forma lenta, e confesso ter demorado pra terminar de ler porque não queria que acabasse. Apesar de ter encontrando alguns poucos erros na revisão e ter achado o tamanho da fonte minúsculo, a única coisa que me chateou de verdade foram os detalhes metalizados da capa (tão bonita *o*) que vão sumindo conforme manuseio.

No mais, a história é incrível, fantástica e genial, e entrou pra minha listinha de favoritos. Pra quem é fã de histórias desse tipo, é leitura obrigatória. Aguardando ansiosa pela continuação.

Polêmica, eu? #1 - Literatura Nacional e suas Campanhas

23 de fevereiro de 2013

Hey, pessoal! Faz tempo que não publico uma postagem com algum tema para debate ou reflexão, e resolvi criar essa coluna nova. Depois de pensar bem e ver algumas coisas pela blogosfera e Facebook afora, resolvi trazer o assunto pra cá para dar minha opinião, que provavelmente não vai agradar a muitos, sobre o que acho da literatura nacional e as campanhas de "apoio e salvação" que criam pra ela.
Há um tempo atrás rolou uma polêmica a respeito de uma editora que deixaria de investir em livros nacionais impressos, o que gerou revolta e rebuliço entre autores e leitores pelo Brasil afora. Acho que muitos já estão saturados desse assunto, mas acho que a editora não está errada em ir atrás do que realmente seja financeiramente viável, afinal, nenhuma editora é uma organização sem fins lucrativos, e acho que não se deve investir no que não dá lucro.
Vejo muita gente reclamando que aqui no Brasil os leitores ignoram livros nacionais, que não tem a devida divulgação que merecem (?) e sempre estão dando preferência pra livros de fora, mas se as editoras compram os direitos autorais para publicar esses livros aqui, é porque já fizeram algum sucesso lá fora primeiro, então, estão investindo em algo que já deu lucro antes. É arriscado investir em algo desconhecido... Pode dar certo, mas pode dar errado...


Vejo por aí muitas campanhas de autores e leitores apoiando e incentivando a literatura nacional, mas eu não acho que isso deva ser incentivado dessa forma. Acho que o que deve ser apoiado, divulgado e indicado são livros bons, independente de serem nacionais ou estrangeiros. Acho simplesmente ridículo eu (ou qualquer pessoa) entrar numa causa para apoiar obras que nem sei do que se tratam direito ou nunca nem ouvi falar só por serem nacionais. Não sou a favor de apoiar livros que nunca li e não sei se são bons só por serem nacionais, principalmente porque hoje em dia qualquer um com uma quantia x no bolso que possa investir, com uma ideia boa ou não, escreve e publica seu livro.
Como o marketing em cima desses livros é praticamente nulo, poucos leitores tomam conhecimento, e claro, vão dar preferência para livros que já ouviram falar. Muitos autores, principalmente os novos, então, recorrem aos blogs literários com as parcerias, a fim de terem ajuda na divulgação que a editora havia prometido, mas não cumpriu. Parceria é assunto pra outro post inclusive... Enfim, os blogueiros vão ler esse livro pra posteriormente fazerem suas resenhas, e até onde entendo, fazem isso para dar sua opinião para que os leitores saibam o que esperar do livro, só que eu me pergunto: até que ponto essas resenhas são confiáveis e sinceras?
As vezes vejo resenhas mega hiper super duper positivas, idolatrando um livro, e quando pego pra ler, não entendo de onde tiraram tantos elogios e por que cargas d'água ninguém apontou as falhas. Não tiveram senso crítico? Não perceberam? Ou foi por outro motivo? Digo isso porque sei de autores que praticamente mandam suas próprias resenhas prontas para o blogueiro postar, ou após lerem as resenhas e não terem gostado, pedem pro blogueiro editá-la de forma que fique ao gosto deles, ou simplesmente não aceitam ter o livro criticado de forma negativa e dão piti, se achando no direito de discutir e brigar (já vi cada caso vergonhoso que poxa vida... dá vontade de enfiar a cabeça num buraco ou pular em alguma vala, pois eu sinto vergonha alheia). E se esses autores agem assim e/ou não aceitam críticas para que entendam que ainda precisam trabalhar em alguns pontos para melhorarem seu trabalho, como esperam fazer sucesso nesse meio, conquistar a simpatia do público e serem respeitados? É uma pena que existam blogueiros que fazem os caprichos desses autores por terem "ganhado" um livro e acham que por isso não podem expor sua opinião sincera a respeito da obra, mesmo que seja pra apontar o que não agradou. Gente, oi? Não entendo isso.
Obviamente existem autores nacionais maravilhosos, tanto por terem escrito histórias ótimas, como na postura que têm ao tratarem os leitores e ao receberem críticas, positivas ou negativas, e são nesses autores e em seus livros que aposto, são esses que apoio, são esses que divulgo e indico pra todo mundo.
Então, meus queridos chocolatinhos com coco, eu acho que apoiar bons livros e bons autores é mais do que válido, sendo nacionais ou não, mas apoiar qualquer coisa, principalmente porcarias, de forma generalizada, única e exclusivamente por ser nacional e nada mais, não faz minha praia e nunca farei isso...
Sei que muitos podem discordar de mim, mas fui sincera em expor minha opinião e abordar esses pontos, e por mais que não agrade, respeitar não dói.
;)

Bjokas

Promoção - Páscoa Recheada


Sua Páscoa terá outro sabor com este Mega Sorteio. Da união de 6 blogs fofos só poderia ter saído coisa boa não é mesmo?! Serão 10 prêmios para 2 vencedores que vão desde bijuteria, filme a livros e marcadores. Bom né? Então confira todos os detalhes e participe desta promoção caprichada feita especialmente para você!
OBS: O primeiro colocado escolhe 5 dos prêmios disponíveis e o segundo recebe os 5 restantes.
Blogs participantes: Leitura MaravilhosaLeitora Gaucha, Clicando Livros, Livros e Chocolate, Tô Pensando em Ler e Balaio de Livros       

Prêmios:
  • Anel em Formato de Câmera Fotográfica (Rosa)
  • DVD do Filme A Fantástica Fábrica de Chocolate
  • DVD do Filme Olho por Olho
  • DVD do filme Shaolin 
  • Livro A Esperança de Uma Mãe - Francine Rivers
  • Livro A Filha do Ferro - JuKagawa
  • Livro As Vantagens de Ser Invisível - Stephen Chbosky
  • Livro Era Uma Vez Minha Primeira Vez - Talita Rebouças
  • Livro O Começo do Adeus (Kit) - Anne Tyler 
  • 1 Bloquinho de anotações.
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Lançamento de Março - Um Motim no Tempo - Editora Seguinte

21 de fevereiro de 2013


UM MOTIM NO TEMPO
(Infinity Ring vol. 1)
James Dashner

TÍTULO ORIGINAL: A Mutiny in Time
TRADUÇÃO: Alexandre Boide
PÁGINAS: 248
FORMATO: 14 x 21 cm
PREÇO: R$ 24,90
PREVISÃO DE LANÇAMENTO: 25 de março de 2013

Sinopse: Quando os melhores amigos Dak Smyth e Sera Froste descobrem o segredo da viagem no tempo — um dispositivo portátil conhecido como Anel do Infinito —, acabam envolvidos numa guerra secreta que existe há muitos séculos e que decidirá o futuro da humanidade. A história havia saído desastrosamente de seu curso natural, e agora caberia a eles voltar no tempo para corrigir as Grandes Fraturas — e, no caminho, ainda salvar os pais desaparecidos de Dak.
A primeira parada é na Espanha de 1492, quando um navegador chamado Cristóvão Colombo está prestes a ser lançado ao mar, durante um motim terrível.


JAMES DASHNER é autor de best-sellers do New York Times e já publicou vários livros para crianças e jovens, incluindo as séries Maze Runner e 13ª Realidade. Nasceu em 1972, na Geórgia, e atualmente vive com a sua família nas Montanhas Rochosas.
Em seu tempo livre, James adora ler, assistir filmes e programas de tevê, esquiar na neve, e ler. (“Ler” foi mencionado duas vezes de propósito.)


A série Infinity Ring...
• Terá sete livros, cada um escrito por um autor diferente — exceto o primeiro e o último, de autoria de James Dashner;
• Foi criada pela Scholastic, editora americana que também idealizou a série 39 Clues — é, portanto, a próxima leitura ideal para os fãs dessa série.
• É uma série multimídia: para cada um dos sete livros haverá um jogo que poderá ser acessado pelo site da Seguinte, além de outros conteúdos online relacionados à série.
• Tem grande potencial para ser usada em sala de aula. Os leitores aprenderão sobre Aristóteles, Colombo, Rasputin, a Revolução Francesa, a Guerra de Independência dos Estados Unidos, e muito mais — assim como aprenderão a importância de pensar por si mesmos e lutar contra um governo ultracontrolador.

“Enredo amarrado, diálogos inteligentes... o ritmo da história é de tirar o fôlego.”- Rick Riordan, The New York Times

“Infinity Ring é uma jornada multimídia pela história.”- The Los Angeles Times

“Tem ação rápida e componentes interativos que atrairão os leitores, especialmente aqueles que devoraram os livros da série 39 Clues.”- School Library Journal

Novidade de Fevereiro - Alma? - Editora Valentina

19 de fevereiro de 2013

Alma? - Gail Carriger
O Protetorado da Sombrinha: O Primeiro Livro

UM ROMANCE SOBRE VAMPIROS, LOBISOMENS E SOMBRINHAS.
“Inteligente, ferino e venenoso.” Publishers Weekly (Melhores do Ano)

“Perversamente engraçado.” Angie Fox, autora best-seller do New York Times
1ª ed. – Rio de Janeiro: Valentina, 2013.
308 páginas.
Formato: 16x23 cm.
ISBN 978-85-65859-04-2
R$ 39,90
Tiragem: 5.000

Alexia Tarabotti enfrenta uma série de atribulações sociais, quiproquós e saias justas (embora compridíssimas) em plena sociedade vitoriana.
Em primeiro lugar, ela não tem alma. Em segundo, é solteirona e filha de italiano. Em terceiro, acaba sendo atacada sem a menor educação por um vampiro, o que foge a todas as regras de etiqueta.
E agora? Pelo visto, tudo vai de mal a pior, pois a srta. Tarabotti mata sem querer o vampiro ― ocasião em que a Rainha Vitória envia o assustador Lorde Maccon (temperamental, bagunceiro, lindo de morrer e lobisomem) para investigar o ocorrido.
Com vampiros inesperados aparecendo e os esperados desaparecendo, todos parecem achar que a srta. Tarabotti é a responsável. Será que ela conseguirá descobrir o que realmente está acontecendo na alta sociedade londrina? Será que seu dom de sem alma para anular poderes sobrenaturais acabará se revelando útil ou apenas constrangedor? No fim das contas, quem é o verdadeiro inimigo, e... será que vai ter torta de melado?
A série de STEAMPUNK mais cultuada do mundo!

“Uma fantasia rasgada com uma protagonista irresistível e ourivesaria verbal da mais alta qualidade. Um humor delicioso, ágil e afiadíssimo ao melhor estilo de Jane Austen e P. G. Wodehouse.” io9.com

“Alma? possui o charme delicado de uma sombrinha vitoriana... que pode se transformar em arma cruel, quando a dama manda fazer a dela em bronze e sabe manejá-la como um florete. Deslumbrante!” Lev Grossman

“Vai agradar os fãs de urban fantasy, romance histórico e love story.” Miami Herald

“Uma trama a um só tempo espirituosa, envolvente, eletrizante e extremamente divertida.” Fantasyliterature.com

Gail Carriger começou a escrever para suportar as agruras de ser criada na obscuridade por uma britânica expatriada e um rabugento incorrigível. Fugiu da pacata vida interiorana e, quando deu por si, tinha adquirido vários diplomas de nível superior. Então, viajou pelas cidades históricas da Europa, sobrevivendo apenas dos biscoitos que levava escondidos na bolsa. Agora vive nas Colônias, cercada por um harém de amantes armênios, só toma chá importado de Londres e cria gatos que urinam exclusivamente em vasos sanitários. Gosta de chapéus pequeninos e de frutas tropicais. Descubra muito mais em gailcarriger.com.

A Linhagem - Camila Dornas

16 de fevereiro de 2013

Lido em: Fevereiro de 2013
Título: A Linhagem
Autor: Camila Dornas
Editora: Novo Século (Selo Novos Talentos)
Gênero: Romance, Literatura Nacional
Ano: 2013
Páginas: 336
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Londres do século XVIII. A capital da Inglaterra era um dos mais importantes centros do mundo. Vestidos pomposos, elegância e boas maneiras. Um tempo onde as posses e a reputação regiam a sociedade. A igreja possuía poder absoluto e condenava aqueles os quais pesava a suspeita de bruxaria – a arte oculta temida e repudiada pelo senso comum. Nesse cenário intimidador, surge uma mulher especial, com dons inimagináveis. E um destino grandioso... 

Resenha: O livro A Linhagem se passa na antiga Inglaterra do século XVIII (?) e conta a história de Evangeline Bennet, uma moça que perdeu a mãe quando ainda era criança e foi criada por seu pai, Julian, um homem super tirano, violento, antiquado e cruel. Ela tem uma irmã que vive a atormentando, Margareth, com quem não tem a menor afinidade. Somente Morgana, sua dama de companhia, é quem foi a única pessoa mais próxima de uma mãe que Evangeline poderia ter, e por isso, as duas tem uma relação de cumplicidade e amor incondicional que ultrapassa todas as barreiras.
Evangeline não é uma moça comum... Além de linda, o que atrái olhares de vários homens, ainda possui poderes sobrenaturais: ela controla os quatro elementos da natureza, fogo, água, terra e ar. Sempre que quer levantar o astral ou recuperar suas forças, ela corre para a floresta para sentir e absorver a boa energia do lugar. Mas por receio de ser condenada como bruxa e ser queimada numa fogueira, a moça esconde que possui esse talento de todos. Só seu pai e seus amigos, Genevieve e Albert, sabiam desse segredo.

Como era costume na época, os casamentos eram arranjados pelos pais dos futuros noivos, e para horror de Evangeline, Julian acaba por arranjar um casamento para a filha com Hector, o primo do rei. Julian só queria se ver livre da filha e aproveitou a oportunidade. Mas o que se esperava, era que Evangeline concordasse com tudo de cabeça baixa, e vivesse submissa ao marido, mas não é o que acontece... Evangeline tem o espírito livre, tem a personalidade forte, enfrenta quem quer que seja sem se preocupar com as consequências, vive discutindo com o pai para defender seus interesses e é decidida em suas escolhas. Eis que surge Henry, o cocheiro, e inconformada pelo casamento arranjado, ela acaba encontrando conforto e segurança nele, e daí surge um romance intenso, porém proibido.

Então, a fim de tentar acabar com o casamento e ficar livre para viver com Henry, Evangeline tenta descobrir algo de errado que Hector poderia ter feito, porém, ela descobre que os segredos que ele possui são terríveis...
Ela descobre que não é a única a possuir o dom da magia e aprende muito mais sobre isso, descobre sobre sua verdadeira linhagem, e ainda passa a correr contra o tempo pois há uma enorme conspiração no ar...

Quando vi a capa de "A Linhagem" pela primeira vez, achei muito bonita pois a impressão que dá é a de leveza e liberdade, e é isso que Evangeline quer. Mas ao olhar a capa de perto, pude notar alguns defeitos de montagem que ficaram meio grosseiros, como o recorte e o sombreado exagerado.
A narrativa é muito boa e flui muito bem, os cenários foram muito detalhados, as páginas são amareladas e o tamanho da fonte é ótimo, mas além de ter encontrado alguns erros de ortografia que passaram despercebidos na revisão, de ter percebido que muitas características e pensamentos de personagens se repetiram por muitas vezes, ter encontrado duas mesóclises que não entendi o que estavam fazendo alí (pois acho que os personagens devem manter um padrão de fala, e se falam de forma simples o tempo todo e no mesmo parágrafo aparecerem do nada com um "dar-te-ei", por exemplo, foi triste) e ter notado várias frases de efeito que não se encaixaram no lugar onde estão, fiquei encucada com alguns pontos, pois a história se passa no século XVIII (?) mas em momento algum eu fui convencida de que realmente se passava nessa época. Por mais que eles vivam a luz de velas, usem anáguas e espartilhos, andem por aí a cavalo ou em carruagens, as personagens vão ao banheiro, ao toalete, tomam banho de banheira, enfeitam a casa com persianas e etc... Oi? Essas coisas não existiram nessa época! Só vieram no século seguinte. Até o termo "nanossegundo" foi usado, e duas vezes, então, todo esse anacronismo fez eu me desconcentrar da história. Acho que faltou pesquisa para que se tornasse crível.

Enfim, a história é bacana, até tem umas cenas mui calientes (talvez para ilustrar a química perfeita entre Evangeline e Henry), e vale a pena ser lida. Pra quem gosta de romances de época, com toque de mistério e magia, vai curtir, mas não sei se o leitor vai aproveitar a leitura se se atentar a esses detalhes que apontei como falhos.