Título: Procura-se um Marido
Autora: Carina Rissi
Editora: Verus
Gênero: Romance/Chick lit/Literatura Nacional
Ano: 2012
Páginas: 474
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Alicia sabe curtir a vida. Já viajou o mundo, é inconsequente, adora uma balada e é louca pelo avô, um rico empresário, dono de um patrimônio incalculável e sua única família. Após a morte do avô, ela vê sua vida ruir com a abertura do testamento. Vô Narciso a excluiu da herança, alegando que a neta não tem maturidade suficiente para assumir seu império – a não ser, é claro, que esteja devidamente casada. Alicia se recusa a casar, está muito bem solteira e assim pretende permanecer. Então, decide burlar o testamento com um plano maluco e audacioso, colocando um anúncio no jornal em busca de um marido de aluguel. Diversos candidatos respondem ao anúncio, mas apenas um deles será capaz de fazer o coração de Alicia bater mais rápido, transformando sua vida de maneiras que ela jamais imaginou.Resenha: Procura-se um Marido é o segundo sucesso da autora nacional Carina Rissi, lançado pela Verus Editora, selo do Grupo Editorial Record.
Alicia Moraes de Bragança e Lima
Porém, depois de Alícia arranjar mais problemas com tantas curtições desenfreadas, mostrando que não tem um pingo de responsabilidade, seu avô ficou muito decepcionado...
Mas vô Narciso acaba morrendo devido a um aneurisma, e o que Alícia não esperava, era descobrir que, além de ter perdido o avô, ele havia incluído uma cláusula em seu testamento em que ela só poderia receber toda aquela fortuna sem fim depois de casada, numa tentativa maluca de fazer com que a garota tomasse juízo. Alícia, desesperada, se vê numa completa enrascada, pois o curador da herança, Clóvis, segue a risca tudo o que o avô deixou por escrito e não vai dar moleza para ela.
Alicia ficou sem dinheiro, sem cartão de crédito, teve que começar a trabalhar em uma das empresas do avô começando de um cargo baixo com um salário miserável e vergonhoso, precisou vender seu precioso carro para pagar o que devia, e, como tentativa de sair dessa vida cruel, bolou um plano mirabolante e resolveu colocar um anúncio no jornal procurando um marido de aluguel para, enfim, receber a herança e poder viver tranquilamente.
Depois de alguns mocorongos que se candidataram, eis que surge Max, um funcionário que trabalha na empresa do avô e que, mesmo sendo um gato gostosíssimo e inteligente, ela não suportava desde quando o conheceu, mas, o casamento de fachada ajudaria os dois em seus interesses, e Alicia embarca nessa se metendo em muitas confusões e descobrindo que um casamento de negócios era mais complicado do que ela imaginava, principalmente quando ela passa a conhecer Max melhor e descobre que seus sentimentos vão muito além do que ela pretendia...
Quando vi a capa de Procura-se um Marido, já fiquei desesperada pelo livro, e depois de ter lido algumas resenhas, minha curiosidade e ansiedade pra ler logo essa história que todos andavam falando tão bem, só aumentou. Devido a isso, coloquei muitas expectativas na leitura e não aguentava mais esperar para começar a ler logo e matar essa curiosidade.
Alícia é uma patricinha com a vida boa que perde tudo da noite pro dia e precisa consertar tudo, e ver a garota amadurecendo, aprendendo com os erros e demonstrando o potencial que tem foi uma coisa muito bacana de acompanhar. O relacionamento que tinha (e continua mantendo através de sonhos) com o avô é uma coisa muito bonita e me emocionei várias vezes por isso. Sua amizade com Mari também é algo muito bacana e bem construído, pois uma amiga de verdade, além de conhecer a outra e saber do que ela precisa, está ali pro que der e vier, independente da situação. Super ponto positivo pra esse tipo de amizade abordada aqui.
Mas apesar da história ser boa no geral, ter me arrancado algumas risadas, ter me prendido e me deixado bem empolgada no começo, ela não superou minhas expectativas, pois além de extremamente previsível, em todos os pontos, soou muito surreal, principalmente no que diz respeito a Max, e ao final a considerei fraca. São muitas páginas para uma história muito simples e com poucos personagens. Chegou a me lembrar os livros da Marian Keys, que apesar de muito bons, poderiam ser muito mais finos se não fosse pelos detalhes e acontecimentos desnecessários e que não fazem diferença nenhuma na história.
Max é o típico galã de novela que arranca suspiros por onde passa. É inteligente, rico, bonito, rico, gostoso, lindo, educado, rico, compreensível, sarado, olhos verdes penetrantes, fala mansa, rico, protetor, intelectual, forte, alto, lindo, rico... Um cara como ele não existe, definitivamente, e nem me atrevo a querer um pra mim... Acho que personagens, por mais fictícios e "perfeitos" que sejam, devem ter seus defeitos. Alícia sim me conquistou, pois ela tem defeitos e aprende com eles.
Há várias cenas que, pra mim, foram completamente irritantes e infantis em que os personagens ficam precipitando as coisas, sem esperar por explicações para o que viram ou ficaram sabendo, para só bem mais tarde aparecerem com uma desculpa boba para não terem dado ouvidos ao outro. E isso acontece com a família de Max ao saberem do casamento, o que foi uma tentativa de forçar um humor numa família supostamente maluca, mas que pra mim não teve graça; com Alícia, pois a menina é explosiva, inconstante e está amadurecendo aos poucos, e até pra pra relevar todas as suposições que ela tem; mas o pior foi com Max, pois tendo em vista que ele é um cara tão sabido, compreensível e maduro ao que tudo indica, essa é uma atitude que não combina com ele.
A pior personagem da história é Vanessa, pois é a típica vagabunda que botou na cabeça que deve conquistar Max e atrapalhar o casamento dele, e fica se submetendo a situações lamentáveis em que ela força cenas de amassos o atacando e fazendo de tudo pra prejudicar Alícia na empresa, mesmo sabendo que não tem a menor chance de conseguir nada. Personagens que existem pra atrapalhar, devem realmente atrapalhar, caso contrário, são descartáveis, inúteis, enchedores de linguiça... Essa ganhou a caveirinha odiosa, com louvor.
A história tem uma premissa bacana, é um chick lit que traz uma narrativa em primeira pessoa super fácil, simples e gostosa de se ler, mas só continuei lendo pra ver se tudo o que previ desde o início iria mesmo acontecer, e foi dito e feito.
A revisão é ótima, a capa é linda (já disse isso) e merece uma estrela exclusiva, a diagramação é simples e as folhas são amareladas, o que acabam contribuindo para nossa leitura, obrigada, Verus!
Eu gostei da escrita da autora, e devido aos nomes e alguns termos usados, ela evidencia que é um livro nacional. Mais um ponto positivo.
No geral considerei um livro bom, pois é um romance água com açúcar que vai agradar às mais sentimentais, que curtem uma história fácil e bem levinha, e que sonham e suspiram por um príncipe encantado...