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Top 10 #9 - Filmes Sobre Epidemias Horripilantes

26 de março de 2020


A gente sabe que epidemias e pandemias são assuntos delicados e que causam caos e pânico no mundo todo e, desde que anunciaram a contaminação pelo COVID19, as coisas não são muito diferentes. Ao mesmo tempo que as notícias sobre os estragos não cessam, as pessoas também parecem ter começado a manifestar um interesse e uma curiosidade bem grande em filmes sobre o assunto. Sendo assim, pegue seu álcool em gel e sua mascrinha, e confira essas dez indicações (separadas por ordem de lançamento) que podem ser procuradas e vistas nas telinhas:

Epidemia (Outbreak - 1995)

Sam Daniels (Dustin Hoffman) é coronel-médico do exército americano, além de ser o chefe do departamento de pesquisas epidemiológicas. Ele investiga uma nova doença contagiosa, que mata em pouquíssimo tempo e já dizimou um acampamento militar na África. Em virtude de um macaco ter sido levado de forma clandestina para os Estados Unidos, uma população de uma pequena cidade americana começa a apresentar os mesmos sintomas da doença, porém o contágio se desencadeia muito mais rapidamente, assim o exército coloca a cidade sob quarentena. Mas quando o cientista do exército tenta ajudar a população é inexplicavelmente afastado do caso.

Os Doze Macacos (Twelve Monkeys - 1996)

No ano de 2035, James Cole (Bruce Willis) aceita a missão de voltar ao passado para tentar decifrar um mistério envolvendo um vírus mortal que atacou grande parte da população mundial. Tomado como louco, no passado, ele tenta provar a sua sanidade para a médica Kathryn Railly (Madeleine Stowe), sua única esperança de mudar o futuro.

Extermínio (28 Days Later - 2003)

Após invadirem um laboratório de pesquisas em macacos, um grupo de ativistas encontra chimpanzés presos em gaiolas diante de telas que exibem continuamente cenas de extrema violência. Ignorando os avisos de um cientista que trabalha no local de que os macacos estariam infectos, os ativistas decidem libertá-los. Assim que são soltos os macacos atacam todos aqueles à sua volta, em verdadeiros ataques ensandecidos. 28 dias após este acontecimento desperta do coma em um hospital de Londres Jim (Cillian Murphy). Completamente confuso e estranhando a ausência de pessoas nas ruas, Jim nada sabe sobre o ocorrido e se esconde após encontrar diversos cadáveres e seres monstruosos, infectados pelo vírus disseminado. Após uma explosão Jim encontra outros sobreviventes, Selena (Naomi Harris) e Mark (Noah Huntley), que o levam a um local seguro e lhe explicam a situação atual. Decidido a reencontrar seus pais, Jim decide partir e é acompanhado pela dupla de novos companheiros. Até que, ao se refugiarem em um prédio, ouvem uma transmissão pelo rádio de que um grupo de soldados comandados pelo major Henry West (Christopher Eccleston) está se reunindo e diz ter a solução para a cura da infecção provocada pelo vírus. Sem outra alternativa, Jim, Selena e Mark decidem se juntar aos soldados em sua batalha.

Filhos da Esperança (Children of Men - 2006)

2027. Não se sabe o motivo, mas as mulheres não conseguem mais engravidar. O mais novo ser humano morreu aos 18 anos e a humanidade discute seriamente a possibilidade de extinção. Theodore Faron (Clive Owen) é um ex-ativista desiludido que se tornou um burocrata e que vive em uma Londres arrasada pela violência e pelas seitas nacionalistas em guerra. Procurado por sua ex-esposa Julian (Julianne Moore), Theodore é apresentado a uma jovem que misteriosamente está grávida. Eles passam a protegê-la a qualquer custo, por acreditar que a criança por vir seja a salvação da humanidade.

Eu sou a Lenda (I am Legend - 2007)

Um terrível vírus incurável, criado pelo homem, dizimou a população de Nova York. Robert Neville (Will Smith) é um cientista brilhante que, sem saber como, tornou-se imune ao vírus. Há 3 anos ele percorre a cidade enviando mensagens de rádio, na esperança de encontrar algum sobrevivente. Robert é sempre acompanhado por vítimas mutantes do vírus, que aguardam o momento certo para atacá-lo. Paralelamente ele realiza testes com seu próprio sangue, buscando encontrar um meio de reverter os efeitos do vírus

Fim dos Tempos (The Happening - 2008)

Em questão de minutos estranhas mortes ocorrem em várias das principais cidades dos Estados Unidos. Elas coincidem em dois pontos: desafiam a razão e chocam pelo inusitado com que ocorrem. Sem saber o que está ocorrendo, o professor Elliot Moore (Mark Wahlberg) apenas quer encontrar um meio de escapar do misterioso fenômeno. Apesar dele e sua esposa Alma (Zooey Deschanel) estarem em plena crise conjugal, os dois decidem partir para as fazendas da Pensilvania juntamente com Julian (John Leguizamo), um professor amigo de Elliot, e Jess (Ashlyn Sanchez), a filha dele de 8 anos. Lá eles acreditam que estarão a salvo, o que logo se mostra um equívoco.

Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness - 2008)

Uma inédita e inexplicável epidemia de cegueira atinge uma cidade. Chamada de "cegueira branca", já que as pessoas atingidas apenas passam a ver uma superfície leitosa, a doença surge inicialmente em um homem no trânsito e, pouco a pouco, se espalha pelo país. À medida que os afetados são colocados em quarentena e os serviços oferecidos pelo Estado começam a falhar as pessoas passam a lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. Nesta situação a única pessoa que ainda consegue enxergar é a mulher de um médico (Julianne Moore), que juntamente com um grupo de internos tenta encontrar a humanidade perdida.

Contágio (Contagion - 2011)

Contágio segue o rápido progresso de um vírus letal, transmissível pelo ar, que mata em poucos dias. Como a epidemia se espalha rapidamente, a comunidade médica mundial inicia uma corrida para encontrar a cura e controlar o pânico que se espalha mais rápido do que o próprio vírus. Ao mesmo tempo, pessoas comuns lutam para sobreviver em uma sociedade que está desmoronando.

Guerra Mundial Z (World War Z - 2013)

Uma terrível e misteriosa doença se espalha pelo mundo, transformando as pessoas em uma espécie de zumbis. A velocidade do contágio é impressionante e logo o Governo americano recruta um ex-investigador da ONU (Organização das Nações Unidas) para investigar o que pode estar acontecendo e assim salvar a humanidade, tendo em vista que as previsões são as mais catastróficas possíveis. Gerry Lane (Brad Pitt) tinha optado por dedicar mais tempo a sua esposa Karen (Mireille Enos) e as filhas, mas seu amor a pátria e o desejo de salvar sua família acabam contribuindo para que ele tope a missão. Agora, ele precisa percorrer o caminho inverso da contaminação para tentar entender as causas ou, ao menos, indentificar uma maneira de conter o contágio até que se descubra uma cura antes do  apocalipse. Começa uma verdadeira corrida contra o tempo, que mostra-se cada vez mais curto, na medida que a população de humanos não para de diminuir.

Caixa de Pássaros (Bird Box - 2018)

Em Caixa de Pássaros, Malorie (Sandra Bullock) e seus filhos estão em um mundo pós-apocalíptico e precisam chegar em um refúgio para escapar do Problema, criaturas que ao serem vistas fazem pessoas se tornarem extremamente violentas. De olhos vendados para não serem afetados, a família segue o curso de um rio para chegar à segurança.

Top 10 #6 - Filmes Baseados em Livros na Netflix

22 de fevereiro de 2019


A Netflix anda apostando bastante em produções baseadas em obras literárias, e só tenho uma coisa a dizer sobre: Parabéns!
Assim, sejam filmes cujos direitos foram adquiridos para exibição, ou produzidos pela própria Netflix, fiz esse Top 10 esperto de filmes imperdíveis que foram baseados em livros, e que vão agradar fãs tanto da literatura (mesmo que se trate de adaptações), quanto da sétima arte também.
  • Obs¹: Não vou incluir séries na lista, deixo as séries baseadas em livros que assisti e gostei pra outro post;
  • Obs²: A ordem dos filmes nessa lista não corresponde exatamente à minha ordem de preferência;
  • Obs³: Caixa de Pássaros não entrou na lista por motivos de "todo mundo já assistiu" e dispensa comentários XD.
Pegue a pipoca, e enjoy!

Na Telinha - Venom

30 de dezembro de 2018

Título: Venom (Venom)
Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Riz Ahmed
Ano: 2018
Duração: 1hr 52min
Classificação: +14
Nota
Sinopse: San Francisco, Estados Unidos. Eddie Brock (Tom Hardy) é um jornalista investigativo, que tem um quadro próprio em uma emissora local. Um dia, ele é escalado para entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed), o criador da Fundação Vida, que tem investido bastante em missões espaciais de forma a encontrar possíveis usos medicinais para a humanidade. Após acessar um documento sigiloso enviado à sua namorada, a advogada Anne Weying (Michelle Williams), Brock descobre que Drake tem feito experimentos científicos em humanos. Ele resolve denunciar esta situação durante a entrevista, o que faz com que seja demitido. Seis meses depois, o ainda desempregado Brock é procurado pela dra. Dora Skirth (Jenny Slate) com uma denúncia: Drake estaria usando simbiontes alienígenas em testes com humanos, muitos deles mortos como cobaias.

Quem é fã ou conhece a história de Homem-Aranha sabe que um dos seus inimigos mortais é Venom, o simbionte alienígena que precisa de um corpo hospedeiro para sobreviver na Terra.
A primeira aparição do vilão nesse universo foi em forma de "traje", e ao ser usado por Peter Parker não só potencializou seus poderes de aranha, como também começou a afetar sua personalidade, o tornando bastante violento. Quando Parker, enfim, consegue se livrar desse traje vivo, o alienígena encontra refúgio no corpo de Eddie Brock, um jornalista falido e amargurado que culpa Peter por todos os fracassos e problemas de sua vida. Basicamente, a história é essa: Brock, agora com os poderes de Venom, quer se vingar e aniquilar o Homem-Aranha.

Mas o que acontece quando a produtora decide estabelecer um universo que gira em torno de um super herói, sem o dito super herói?

Em Venom, a origem dos simbiontes se dá a partir de um pouso forçado onde esses seres, até então desconhecidos, começam a procurar o hospedeiro ideal enquanto causam diversas mortes por onde passam. Enquanto um conseguiu escapar, outros foram capturados e mantidos num laboratório para fins de pesquisas científicas. Tais pesquisas levaram Carlton Drake, o criador da Fundação Vida, a fazer testes dos simbiontes com humanos, o que resultava em suas mortes por não serem compatíveis. E quando o jornalista fracassado Eddie Brock decide investigar o que anda acontecendo nessa corporação nefasta e antiética, acaba se fundindo ao alienígena por acidente, se tornando Venom. Ele lida com o parasita que é um tipo de "voz interior", que além de não sair de sua cabeça, ainda controla seus atos e afeta seu comportamento e o que restou de sua vida social.


Com essa premissa, fica claro que a origem de Venom, assim como o que causou o fracasso e a amargura de Eddie Brock, precisaram ser modificadas para que não existisse nenhuma ligação com o Aranha, mas o problema não chega a ser somente esse. Além das explicações científicas para a condição de sobrevivência serem totalmente furadas e questionáveis, o roteiro é cheio de buracos e conveniências toscas que impedem uma coerência narrativa.


Venom cumpre com o papel de explorar um personagem icônico a fim de faturar nas bilheterias, e acredito que tenha conseguido isso com eficácia, mas só. Acredito que para que o filme se tornasse um pouco mais fiel ao personagem, já que não pôde ser fiel à história original, seria necessário cenas de ação com mais violência, daquelas bem viscerais, levando em consideração a natureza do vilão, mas foi uma coisa que não pôde ser feita devido a baixa classificação indicativa do longa. É pra se pensar que perderam uma oportunidade enorme de fazer algo digno desse vilão comedor de cabeças, pois se fosse +18 poderia ser algo bem próximo a Deadpool, mas passou muito longe...

Dessa forma, a voz estilo "Optimus Prime" de Venom soou forçada e clichê demais; as cenas interrompidas por dramas pessoais ou explicações óbvias deixam o filme fragmentado, como se fosse um trailer gigante; as tentativas de se fazer piadas desconexas com questões aleatórias para amenizar o que deveria ser brutal não funcionam; o dilema enfrentado pelo protagonista, assim como a forma como ele se comporta, ao aceitar o simbionte controlando seu corpo é tratado com superficialidade; e a ideia absurda de que eles, ao estarem conectados nessa fusão perfeita, se tornaram grandes amigos que devem combater o perigo - quando o perigo deveria ser eles - é inacreditável. Só faltou eles darem as mãos e saírem saltitando pela cidade cantando We Are the Champions. Os efeitos especiais também são exagerados e destoam dos filmes do gênero envolvendo o mesmo universo, e a experiência visual acaba sendo pura poluição.


Além da breve aparição infalível do mestre Stan Lee (RIP), a atuação do maravilhoso Tom Hardy conseguiu salvar um pouco dessa decepção cinematográfica, mas não posso negar que o homem, embora seja intenso e flexível, interpreta alguém cuja personalidade é afetada e cheia de paranoias, e em vários momentos parece estar perdido no próprio papel, como se não conseguisse definir a própria identidade devido a construção desordenada de seu personagem.


Como se tudo isso não fosse o suficiente, a cena pós-crédito ainda sugere que o bendito filme terá uma continuação envolvendo outro super vilão ainda pior do que o próprio Venom: Carnage (Carnificina), e sinceramente, depois dessa experiência horrível, não é um filme que eu vá assistir se estiver em sã consciência. Pra quem gosta de cenas de ação avulsas e que causam um pouco de empolgação, sem que o filme tenha uma história que convença, pode ser um excelente entretenimento, mas pra quem espera o mínimo de fidelidade com o original ou coerência narrativa, é decepção na certa.

Na Telinha - Esquadrão Suicida

9 de agosto de 2016

Título: Esquadrão Suicida (Suicide Squad)
Produção: DC Entertainment e Warner Bros
Elenco: Will Smith, Margot Robbie, Viola Davis, Jared Leto, Jay Hernandez, Cara Delevingne, Joel Kinnaman, Karen Fukuhara, Adam Beach, Scott Eastwood, Jai Courtney, Adewale Akinnuoye-Agbaje
Gênero: Ação
Ano: 2016
Duração: 2h 10min
Classificação: 12 anos
Nota:★★★
Sinopse: Reúna um time dos super vilões mais perigosos já encarcerados, dê a eles o arsenal mais poderoso do qual o governo dispõe e os envie a uma missão para derrotar uma entidade enigmática e insuperável que a agente governamental Amanda Waller (Viola Davis) decidiu que só pode ser vencida por indivíduos desprezíveis e com nada a perder. No então, assim que o improvável time percebe que eles não foram escolhidos para vencerem, e sim para falharem inevitavelmente, será que o Esquadrão Suicida vai morrer tentando concluir a missão ou decidem que é cada um por si?

Após os eventos de Batman vs Superman - A Origem da Justiça, o governo americano decide apostar no plano arriscado e ambicioso de Amanda Waller (Vila Davis): Sua ideia é formar uma equipe controlada pelo governo com os piores super vilões que os super heróis já ajudaram a capturar a fim de combater forças malignas e sobre-humanas.
Waller escolhe a dedo vilões com pontos fracos que os tornariam vulneráveis a ela, e seu time fica composto por Pistoleiro (Will Smith), Arlequina (Margot Robbie), Bumerangue (Jai Courtney), El Diablo (Jay Hernandez), Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje) e, até certo ponto, Magia (Cara Delevingne). A equipe, muito individualista em que cada um possui seus próprios interesses, se une às forças do governo e junto com o oficial Rick Flag (Joel Kinnaman) e Katana (Karen Fukuhara), partem numa missão suicida. Caso o plano desse errado, os vilões serviriam de bode expiatório e o governo poderia jogar a culpa toda sobre eles; caso eles quebrassem as regras, morreriam; e caso conseguissem cumprir com o acordo, teriam as penas reduzidas em dez anos.

O filme começa muito bem, a apresentação dos personagens é breve mas convence mostrando um pouco da vida de cada um deles, o que faziam como vilões e como foram capturados. O problema maior é que o foco fica sobre Pistoleiro e Arlequina, e o restante dos personagens não ganham o devido destaque causando um enorme desequilíbrio no que deveria ser uma equipe, por mais desunida que fosse. A ideia de reunir os piores dos piores é uma coisa bem bacana, principalmente uma em que os vilões seriam os responsáveis por fazer algum bem, mostrando que por mais impiedosos e cruéis que possam ser, lá no fundo ainda é possível encontrar alguma coisa, mesmo que mínima, de bom. Mas o filme inteiro eles são retratados como badasses que estão dando a mínima pra todo mundo, e chegar num ponto onde eles simplesmente decidem se importar um com o outro se tornando mais do que amigos, mas sim uma família, foi terrível e inexplicável, pois nada acontece pra justificar tais considerações.


É comum que sejam exibidas cenas que ilustrem explicações e fiquem sobre outras cenas, por exemplo, quando Waller está apresentando seu projeto e começa a falar sobre os vilões que ela quer recrutar. Ela pega a ficha de cada um deles e as cenas do passado de suas vidas vão passando enquanto ela fala sobre quem são e o que fazem, mas outros eventos entram em cena totalmente fora de cronologia e sem aviso de que são eventos de um passado recente, não sendo possível distinguir que aquilo foi algo que já aconteceu, logo fica aquela sensação de remendo, de coisa desconexa e mal explicada pois a impressão que tive é que ela recrutou os vilões antes mesmo de saber que haveria um outro vilão que iria ameaçar a cidade, e essa falta de cronologia acabou deixando tudo muito confuso. Uma indicação simples de que aquilo era um evento passado resolveria isso.

Deadshot

Somente três personagens realmente ganham as cenas nesse filme: Pistoleiro, Arlequina e Waller. Os demais parecem meros figurantes irrelevantes, sem peso e sem um arco bem trabalhado.
Amanda Waller é uma líder que marca presença com sua personalidade forte, enfrentando qualquer um que entre em seu caminho sem se deixar intimidar por ninguém. Ela se impõe entre um time de vilões perigosos sem medo e não hesita em tomar decisões drásticas em nome de um bem maior.
Pistoleiro é um mercenário. Ele é o assassino mais habilidoso que já existiu e faz o que faz por dinheiro, porém, sua filha é seu maior ponto fraco e isso faz com que sua construção e desenvolvimento sejam interessantes a ponto de torcermos por ele. A atuação de Will Smith é ótima pois ele demonstra claramento uma desenvoltura perfeita quando o assunto é empunhar armas, dar tiros certeiros pra todos os lados e se impor em meio aos demais vilões.


Arlequina é quem dá vida ao Esquadrão. Ela é linda, sexy e divertida, mas completamente perturbada e sem noção. Sua personagem é complexa e seu arco é o mais desenvolvido entre os demais mostrando que ela teve uma história trágica envolvendo abusos e transformações psicológicas irreversíveis, porém, em alguns pontos senti que a loucura dela ficou limitada a momentos de histeria irritante e uma coragem inexplicável para enfrentar e destruir criaturas das trevas com seu taco de baseball.
Já o Coringa (Jared Leto) só faz uma "participação especial". Além de ter pouquíssimas cenas, ele não faz parte do Esquadrão e sua função é, além de tentar resgatar Arlequina da prisão a qualquer custo, é ajudar a trazer a história dela à tona através de flashbacks da própria, mostrando que ela só se tornou quem é devido aos abusos e manipulações que sofreu nas mãos dele. Mesmo que fique óbvio que Arlequina foi uma vítima, não há muitos detalhes sobre esse relacionamento doentio onde ele fazia o que bem queria sem se importar em nada com ela ou com a destruição que causou em sua vida, mas ao mesmo tempo não consegue viver sem a mulher ao seu lado. No final das contas, ele é um lunático e sádico mas que não ganhou espaço suficiente para ser melhor desenvolvido e/ou comparado a outros Coringas... Logo, o papel de vilão não fica exatamente com ele, mas sim com uma criatura totalmente genérica sem um propósito realmente decente e plausível que está alí só pra reunir os vilões em missão.


Magia no começo tem uma história muito envolvente, os efeitos quando ela se transforma são muito legais e sombrios. Ela passa uma sensação de perigo que chega a arrepiar, mas é justamente quando ela decide agir por conta própria em nome de uma vingança injustificável que a coisa vira um caos.

Enchantress

Posso dizer que seus propósitos são completamente imbecis e a atuação de Cara Delevigne se resume a movimentos flutuantes com olhares enigmáticos. Parece um fantasma sujo de fuligem. Seu relacionamento com o oficial Rick Flag (enquanto Dra. June) é o mais sem sal e sem química que já vi na face da Terra e não transpassa em momento algum um amor tão grande assim a ponto de ele se juntar à missão em nome dele...
El Diablo é aquele que carrega a culpa por ter perdido a família quando perdeu o controle de seus poderes infernais, mas sua forma de redenção foi um fiasco completo. O tempo inteiro ele demonstra ser um cara reservado, que não quer se envolver em nada, que desistiu de usar seus poderes, então fica super previsível que mais cedo ou mais tarde ele vai explodir mostrando o quão poderoso é. Super clichê, coitado.


Aparições "ilustres" de outros personagens no universo DC e que estão diretamente ligados a esses eventos estão presentes, e quando eles aparecem é impossível não vibrar, mas cheguei num ponto em que me perguntei porque diabos Waller não foi atrás da Mulher Maravilha para dar um jeito no desastre que acometeu a cidade em vez de recorrer a vilões. Era só pra dar um gostinho ao público?

O tom do filme é bastante dark e se constrasta com iluminações retrô em neon que acabam deixando as coisas mais coloridas e dinâmicas em meio a escuridão. A apresentação dos personagens é feita em forma de flashbacks com suas devidas fichas técnicas animadas e muito divertidas, com uma tipografia cheia de cores vibrantes e em movimento que se sobrepõe ao fundo escuro e que dá ao filme um estilo único e descolado, porém, peca em excesso de CGI.
Eu assisti o filme em 3D, mas confesso que é totalmente dispensável visto que não há aquela sensação de estarmos mais próximos dos acontecimentos. A legenda ainda não se concentra somente no centro da tela, fazendo com que pareça que se trata de alguma descrição qualquer em vez de diálogo. Não assistam em 3D, sério! As coisas não voam nas nossas caras quando explodem, os socos nem passam perto, e é essa a sensação que espero ter num filme 3D...

A trilha sonora conta com músicas ótimas de artistas de peso, mas não são todas que se encaixam às situações do filme. A impressão que tive foi que se a ideia da Warner/DC era fazer algo bacana como foi feito em Guardiões da Galáxia, da Marvel, falhou miseravelmente, pois a coisa em conjunto não funciona. É como se várias músicas de sucesso e que agradam a maioria fossem jogadas alí só para agradar as pessoas, mas que na verdade estão totalmente fora de contexto.


Enfim... Esquadrão Suicida não é completamente um fracasso se você não for com as expectativas nas alturas e nem se basear no marketing de peso que o filme ganhou... É um filme que entretém apesar das falhas, dos buracos e das típicas conveniências que tornam a vida dos personagens mais fácil (ou não). Will Smith, Viola Davis e Margot Robbie carregam o filme inteiro nas costas e por causa deles a ida no cinema vale a pena.