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Os Últimos Dias de Krypton - Kevin J. Anderson

20 de outubro de 2013

Lido em: Outubro de 2013
Título: Os Últimos Dias de Krypton
Autor: Kevin J. Anderson
Editora: Fantasy/Casa da Palavra
Gênero: Ficção Científica
Ano: 2013
Páginas: 464
Nota:< ★★★☆☆
Sinopse: Antes do Apocalipse – que fez o bebê conhecido mais tarde como Clark Kent ser enviado à Terra – Krypton prosperava. Na cidade de Kandor, o cientista Jor-El e a historiadora Lara casaram-se e tiveram Kal-El, o único que sobreviveria ao fim do mundo. Tudo era harmonia e perfeição numa civilização com baixíssimo índice criminal, quando um alienígena invade o planeta e provoca uma tragédia irremediável para os kryptonianos. É a grande chance do diabólico General Zod tomar o poder e implantar uma ditadura que usará da invenção tecnológica de Jor-El para subjugar a todos. E em meio a tudo isso, uma tragédia fatal se aproximava – um destino catastrófico profetizado por Jor-El que mudaria a história kryptoniana para sempre...

Resenha: Os Últimos Dias de Krypton, escrito por Kevin J. Anderson e lançado pela Fantasy - Casa da Palavra, conta a história do que aconteceu em Krypton antes de Kal-El (que ficou conhecido como Clark Kent), único sobrevivente do apocalipse, ter sido enviado à Terra.
Krypton era um planeta próspero e pacífico, cuja civilização vivia acomodada e estagnada na fantasia de que a vida é boa como está e não precisa de mudanças, até ser sucumbido à tirania do General Zod, que por mais que tenha sido alertado por Jor-El sobre o final trágico que o planeta teria, não se importou e seguiu com seus propósitos adiante...

Jor-El é um importante e genial cientista que dedicou a vida às invenções e descobertas, sempre consideradas pelos governantes como perigosas, até conhecer e se apaixonar por Lara, uma historiadora e artista carismática, determinada e que tem o dom de enxergar a "essência" de alguém. Daí surgiu um romance incrível, e dessa união, nasceu Kal-El.

Jor-El fez de tudo pra poder alertar e salvar Krypton da destruição quando ele e o irmão, Zor-El, descobrem que o planeta estava em perigo devido ao risco de algumas catástrofes naturais ocorressem, e a visita de um alienígena desencadeia vários fatores que despertaram o pânico geral da sociedade e Zod se aproveitou dessa fragilidade para tomar o poder e posteriormente se revelar como um grande vilão. É um pouco estranho ler um livro sabendo que o mesmo terá um final trágico. E não pensem que isso é spoiler, afinal, o próprio nome do livro já indica que se trata dos últimos dias desse planeta... Resta ler para saber como tudo aconteceu.

Narrado em terceira pessoa de forma dinâmica e muito detalhada, é perfeitamente possível que até mesmo os  leitores que não são fãs ou não acompanham Super-Homem fiquem curiosos com os elementos presentes na história: Ficção científica, apocalipse, invasões, traições, conspirações e claro, um lindo romance...

Apesar de ser totalmente alheia à história do Super-Homem (eu adoro acompanhar as histórias de alguns super heróis, principalmente os da Marvel, mas o Super-Homem mesmo nunca me despertou a atenção nem curiosidade e a única coisa que sabia sobre ele era algo completamente superficial, pois nem séries ou filmes eu cheguei a assistir), o que foi o principal motivo de ter adiado a leitura desse livro, li sem expectativas e sem poder fazer comparações com a HQ para saber se a história faz jus ao que deveria ter sido, mas ainda assim fiquei bem impressionada como o autor deixa bem claro, mesmo através da ficção, que existem pessoas que não medem esforços em nome do poder, e este na grande maioria das vezes, fica concentrado nas mãos das pessoas com as piores intenções que podemos imaginar...

Considerei como um bom livro devido a excelente escrita e aos detalhes explorados com maestria, apesar de às vezes pensar que não se tratava de uma vida fora do planeta Terra por algumas similaridades com a vida aqui. Qualquer um pode ler o livro por se tratar do que aconteceu com uma sociedade cujo fim foi trágico, mas acredito que os fãs de Super Homem que conhecem a história ou queiram conferir para saber se foi ou não fiel vão ficar mais interessados e aproveitarem mais a leitura de Os Últimos Dias de Krypton.

Filhos do Fim do Mundo - Fábio M. Barreto

26 de março de 2013

Lido em: Março de 2013
Título: Filhos do Fim do Mundo
Autor: Fábio M. Barreto
Editora: Fantasy/Casa da Palavra
Gênero: Ficção/Fantasia
Ano: 2013
Páginas: 288
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Quando as crianças do mundo parar de nascer, um repórter se prepara para sua última matéria sobre o começo do fim do mundo. É meia-noite quando a humanidade é surpreendida pela notícia: todas as crianças nascidas nos últimos 12 meses morreram misteriosamente. Descobrem também que plantas e filhotes também morreram. Um repórter responsável por cobrir os eventos preparativos para o fim do mundo, deixa sua esposa grávida em casa, partindo para uma perigosa missão investigativa, em que terá de enfrentar grandes desafios para proteger aqueles que ama. Em Filhos do fim do mundo, acompanhamos a saga de um repórter tentando se equilibrar entre sua função de pai e jornalista em meio ao caos pré- apocalipse. As catástrofes se misturam com a tensão psicológica do personagem em um envolvente romance que vai encantar os amantes de ficção.
Resenha: Meia noite do dia 21 de Dezembro de 2012: Todas as crianças de até 1 ano de idade, simplesmente são dadas como mortas, assim como plantas e filhotes de animais. O caos está tomando conta do mundo, as pessoas não podem se comunicar direito, não sabem a causa de toda essa tragédia e só dependem de um único jornal para terem maiores explicações, e tudo que é passado às pessoas é filtrado pelo Governo, que cortou internet e telefone a fim de evitar especulações ou notícias indesejáveis  A população entra em pânico. Será que humanidade será extinta já que as crianças, que são o futuro do mundo, estão todas mortas?
Eis que em meio a todo esse caos e desordem somos apresentados ao Repórter, que está num enorme dilema: ele trabalha pra esse jornal (o único dentre todos autorizado a passar informações ao público), é o responsável por cobrir esses eventos apocalípticos e precisa partir para investigar esses acontecimentos terríveis. Mas ele também está prestes a se tornar pai... A Esposa fica em casa, grávida, e ele, mais do que nunca, quer descobrir o que está acontecendo a fim de evitar a morte do próprio filho que está chegando e proteger todos aqueles que ama. O Repórter, então, embarca numa corrida frenética e desesperada em busca de respostas e soluções.
Todos os personagens que são apresentados tem alguma ligação um com o outro, então, a ação não pára e o ritmo de correria se mantém ao longo da história. O Prefeito, o Major, o Padre, o Blogueiro rebelde são alguns dos personagens que dão vida em meio a tantos desastres e mortes, e nos levam a acreditar piamente que, independente de quem seja ou o que essa pessoa faz, o instinto de sobrevivência e o amor incondicional são as coisas que falam mais alto no final das contas... Imaginem um mundo onde os humanos não tivessem mais controle algum e não soubessem o que seria de suas próprias vidas nos próximos minutos...

Quando li a sinopse do livro, já achei bem interessante, mas ao mesmo tempo inquietante. Como assim os bebês simplesmente morrem sem explicações, em escala global e o futuro, a partir daí, se torna incerto e duvidoso? O caos reina, pois resta a quem sobrevive questionar, e no mínimo, ter direito a respostas convincentes sobre o futuro da própria existência.
O livro é super bem escrito, mas a narrativa apesar de fluída, se tornou um pouco confusa pra mim com relação a toda a ação presente na trama e alguns diálogos também, pois em alguns momentos me perdi de forma que eu precisasse reler o que se passou e continuar na dúvida. Os capítulos são enoooormes (o primeiro tem quase 90 páginas) e por mais que sejam divididos, sinto que não tenho tempo pra parar e pensar sobre o que aconteceu ali pra seguir pro próximo acontecimento. Talvez devido ao ritmo corrido a ideia é realmente não ter tempo pra respirar nem pra pensar, pois quem vai parar pra pensar na vida enquanto ela corre risco de chegar ao fim a qualquer momento? Mas ainda assim não curti muito pois prefiro capítulos curtos.
Por falta de costume, ainda estou em dúvida se gostei da forma como os personagens foram apresentados, pois nenhum deles tem nome e são sempre chamados por alguma característica ou função que têm, por isso as letras maiúsculas ao chamar o Repórter, a Esposa, o Padre, o Filho... Não dificulta nem impede o entendimento, mas acho que quanto mais próximo estivermos do personagem, sabendo mais detalhes dele incluindo seu nome, nos sentimos mais ligados a ele.
A história coloca à prova a questão das escolhas que fazemos e as consequências delas, o que vale a pena nessa vida, e, acima de tudo, o que seria, de fato, o fim do mundo pra alguém.
Com um final bem ousado, o autor escreveu uma história bem inovadora, mesmo que o tema "fim do mundo" já seja bem explorado.
Os leitores mais sensíveis, com certeza encontrarão uma história que vai mexer com suas emoções de forma a fazê-los refletir bastante. O livro é recomendado pra quem curte um misto de fantasia com ficção, muita ação, e, acima de tudo, pra quem quer saber do que um homem é capaz de fazer pra salvar o que considera seu bem mais precioso: seu filho...