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Amor: O Caminho para a Felicidade - Vilko Lacerda

6 de julho de 2013

Lido em: Maio de 2013
Título: Amor: O Caminho para a Felicidade
Autor: Vilko Lacerda
Editora: Baraúna
Gênero: Autoajuda/Nacional
Ano: 2013
Páginas: 88
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Ah! O Amor, esse sentimento tão puro e especial, capaz de... OPA! UMA PAUSA AQUI! O Amor é isso sim, essa visão encantadora e inspiradora de um sentimento. Mas é muito mais do que isso. Com um olhar mais analítico é possível encontrar uma leitura diferente desse sentimento, menos romântica e sonhadora, porém muito mais profunda e realista. O Amor esta presente em tudo. Na compreensão e domínio desse sentimento está a chave da felicidade. Observando esse sentimento, vendo como ele surge, como se comporta, e, enfim, olhando para si mesmo é possível perceber como o Amor participa de tudo o que você sente, pensa e faz, ou seja, tudo o que você é. Quanto maior o conhecimento sobre como você mesmo funciona, mais fácil e claro se torna conduzir sua vida rumo a seus desejos. E aí está o grande segredo: como transformar esse sentimento em felicidade. Depois de ler o Amor sob a ótica proposta neste livro, você nunca mais verá a vida da mesma forma...

Resenha: "Amor: O Caminho para a Felicidade" é um livro que, através de poucas páginas, tenta explicar para o leitor o amor em sua totalidade, fazendo com que, ao analisar esse sentimento de forma crítica, seja possível compreender seu funcionamento para que sejamos mais felizes, afinal, é isso o que as pessoas buscam em suas vidas, não é verdade? Serem felizes.
A leitura do livro é bem rápida e fácil. O Amor nos é apresentado de forma diferente, com sua definição de acordo com o dicionário, como é visto nas mais diversas religiões e várias citações de sábios como Platão, Dalai Lama, Allan Kardec, Shakespeare, Luis de Camões, dentre outros. São informações bastante válidas, tanto a título de curiosidade como de conhecimento, seguidas por uma análise do autor, a fim de explicar os trechos citados, porém, pelo fato de o livro ser bem curto, não achei muito legal tantas explicações e definições feitas por outras pessoas, pois, às vezes, fiquei com a impressão de que o autor esteve ausente do próprio livro e eu estava lendo uma coletânea de definições alheias num livro didático.
Enfim... um trecho que gostei bastante foi o seguinte:
Para algumas pessoas é muito simples observar exemplos ruins e utilizar isso para dar valor às coisas boas que desfruta. Para outras é necessário viver as coisas ruins, sofrer pessoalmente com elas, muitas vezes em tempo permanente, para, então, dar o valor correto ao todo. - pág. 50
É um bom livro para refletir sobre diversas atitudes que temos ou deixamos de ter. Mesmo se encaixando na categoria de autoajuda, não li com intenção de me "autoajudar" nem nada disso. Todos os tipos de leituras são válidas, principalmente aquelas que de alguma forma trazem conhecimento que são úteis para se levar para a vida. Por mais que o autor abra os olhos do leitor para determinadas atitudes que podem fazê-lo infeliz, e diga o que é possível fazer para contornar esses problemas, ele deixa claro que a pessoa precisa querer buscar a felicidade em vez de sentar e esperar, pois nada cai do céu... E isso é verdade, convenhamos...
Cada pessoa é o que ela própria deseja ser. - pág 50

O Mendigo - Edson Jose da Silva Santos

2 de novembro de 2012

Lido em: Novembro de 2012
Título: O Mendigo
Autor: Edson Jose da Silva Santos
Editora: Baraúna
Gênero: Literatura Nacional
Ano: 2010
Páginas: 235
Nota: ★★☆☆☆
Sinopse: Herbert é um mendigo que, como tantos outros, passa por dificuldades e sente na pele o peso do preconceito. Porém, a sua forma peculiar de comunicação e a sua desenvoltura em transmitir paz através de palavras otimistas faz dele uma personalidade única nos lugares por onde passa. É um homem que usa a sua experiencia de vida, os seus conhecimentos e a sua própria mendicância para acalentar os corações mais aflitos.
Resenha:  Em "O Mendigo", somos apresentados a um grupo de adolescentes que moram numa vila de classe média e que estavam reunidos batendo um papo descontraído enquanto algumas crianças jogavam bola. Acidentalmente a bola atinge um homem que passava por ali e o derruba no chão, e Marcos, o mais sensato da turma, vai ajudá-lo na maior boa vontade. E assim os jovens conhecem Herbert que apesar de ser um mendigo, é um homem muito inteligente, sábio, bondoso, gentil e com muita experiência de vida. Ele consegue enxergar além do que as pessoas são ou demonstram ser e sempre tem uma explicação ou conselho pra todas as coisas e atitudes erradas que os outros fazem. E através dele, os jovens ficam tocados e resolvem ajudar a comunidade a que ele pertence. Todos ficam impressionados ao saberem como funciona a distribuição dos donativos e a organização entre o pessoal da favela caindo aos pedaços, com exceção de Sandra, a patricinha da turma que o repudia por ele ser um mendigo pobre e imundo. Mesmo sendo admirado pela sua atitude e forma de pensar por alguns, Herbert também é criticado por quem se acha superior a ele, mas mesmo assim, não carrega raiva no coração, perdoa essas pessoas por mais maltratado que seja, e segue a vida continuando sua jornada de mendicância e ajudando os outros através de sua sabedoria. Ele também desperta a curiosidade desses jovens a respeito de sua origem e o que o levou às ruas já que é tão inteligente.

O livro aborda o preconceito, a amizade verdadeira, o amor, a intolerância, a futilidade, o egoísmo, o mal julgamento, os bons valores, etc... Enfim, aponta vários pensamentos sobre atitudes erradas que as pessoas têm e que não vão levá-las a lugar nenhum, mas para ser bem sincera, apesar de concordar com o ponto de vista do que é certo e errado e o que a pessoa precisa fazer para ser alguém melhor, eu não gostei da forma como a proposta deste livro foi apresentada, pois não há uma história propriamente dita.
Senti que as situações e os personagens foram criados de forma muito forçada, só com a finalidade de demonstrar quem ou o que corresponde ao que é certo ou errado para logo em seguida vir a lição de moral do mendigo. A mensagem não está nas entrelinhas, mas sim escrachada, e isso me incomodou porque são ensinamentos e pontos de vista que pelo menos a maioria que tem senso está cansada de saber.

A personagem Sandra, por exemplo. Uma mocinha linda, loira e dos olhos azuis, super preconceituosa, antipática e esnobe, que detesta pobreza. Ela acredita que não tem que estudar pra ser alguém na vida, mas sim, encontrar um marido rico para sustentá-la e lhe proporcionar uma vida cheia de status e luxo, então, quando tem oportunidade, mesmo sendo menor de idade, se veste de forma provocante a fim de tentar fisgar o tal bom partido se jogando pra cima dele. É o tipo de pessoa que absorve o que lhe convém, e faz julgamentos precipitados, sem saber se correspondem a verdade ou não. Todas as características que resumem uma pessoa intragável, ridícula e pobre de espírito, estão em Sandra. Porém, o que acontece é que uma situação foi criada e ela faz algo errado, como um julgamento por exemplo, e logo em seguida aparece alguém para lhe dar lição de moral, falando que tal atitude não é certa. Muitas vezes a fala ultrapassa uma página inteira! Não é um diálogo, é um sermão inteiro!

Acho que todos sabem que pessoas fúteis e que têm o pensamento atrasado, até que caiam na real, não chegam em lugar nenhum, então, a lição de moral que é dada a cada atitude ou julgamento que Sandra (ou qualquer outro) faz pra apontar que esse tipo de comportamento é errado, é totalmente desnecessária. Mesmo que depois venha a explicação do motivo que levou Sandra a se comportar assim, achei forçado demais! Tão forçado, que até os adolescentes fazem faculdade de algum curso que de alguma forma tem a ver com a própria personalidade, como Marcos, que faz Direito e tem um grande senso de justiça... Inclusive todos os cursos que eles fazem na faculdade são "tops", como Medicina, Psicologia, etc...

Outra coisa é que tudo é narrado da forma mais informal e simples possível, talvez para nos aproximarmos das personagens e sentirmos que podem ser pessoas do nosso cotidiano que falam e se comportam como nós, mas uma coisa é a pessoa conversar casualmente, de forma descontraída e ao vivo, outra coisa é a pessoa colocar a conversa em forma de narrativa num livro. Por um lado até pode ser bacana se se tratasse de uma característica linguística de um personagem em particular, mas muitas vezes não senti que se tratava de uma narrativa de um livro, mas de alguém contando um caso qualquer, principalmente por causa do uso constante de artigos antes dos sujeitos, como por exemplo "O Carlos abraçou a Sandra". Isso pra mim empobrece completamente o texto ainda mais pelo fato de o artigo ser usado e outras vezes não, ainda que na mesma frase! Além de alguns erros ortográficos, palavras como "" e "tava" estão muito presentes nas falas. Termos como "pegou uma queda por causa da bola", "deu formiga na cama", "para de fazer vergonha", "que marmota é aquela lá dentro?" e "abestado" também aparecem muito e por mais que as pessoas entendam, acredito que são expressões regionais e nem todos estão acostumados ou por dentro do que significam... Senti que a narrativa foi feita com sotaque do próprio Nordeste!
Muitas vezes aparecem personagens que nem são apresentados direito. Quem são, de onde vem... Eles surgem do nada!

Enfim, gostei da capa desse livro e acho que a ideia de falar a respeito desses problemas da sociedade é válida, mas a forma como foi exposta em forma de livro, não me agradou.