Crepúsculo - Meg Cabot

5 de fevereiro de 2020

Título: Crepúsculo - A Mediadora #6
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Fantasia/Jovem adulto
Ano: 2006
Páginas: 240
Nota:★★★☆☆
Sinopse: Desta vez é vida ou morte. Suzannah já se acostumou com os fantasmas em sua vida e é muito aterrorizante ter o destino dos fantasmas em mãos, podendo alterar o curso da história. E tudo ficou pior depois que ela descobriu que Paul também sabe como fazer isso. E ele adoraria evitar o assassinato de Jesse, impedindo-o de virar fantasma e lhe garantindo uma vida tranquila, finalmente... Isso significaria que Jesse e Suzannah jamais se conheceriam. A mediadora está diante da decisão mais importante da sua vida: deixar o único cara que já amou voltar para seu próprio tempo, impedindo assim sua morte... ou ser egoísta e mantê-lo a seu lado como um fantasma. O que Jesse escolheria: viver sem Suzannah ou morrer para amá-la?

Resenha: Nesse sexto volume da série A Mediadora, Suzannah Simon descobriu que seu dom vai além de somente ser capaz de ver fantasmas e ajuda-los a irem para a luz, e a ideia de que os mediadores, de forma limitada, podem se deslocar pelo espaço e tempo para controlarem alguns acontecimentos passados a fim de alterarem o futuro é assustadora. E não só pelo fato de que essa viagem pode ser prejudicial para o destino das pessoas, mas para os próprios mediadores que ficam com a saúde em risco. No caso de Suze, isso é um poder que a deixa apavorada, não por ela, pois ela jamais faria nada pra prejudicar ninguém, mas por Paul que, obcecado por Suze e inflado de ciúmes de Jesse, não desistiu e continua disposto a fazer qualquer coisa pra ter Suzannah ao seu lado (mesmo contra a vontade dela???), incluindo mudar os fatos do passado para impedir o assassinato de Jesse, evitando assim que ele vire fantasma e deixe de existir na realidade atual, trazendo consequências desastrosas. Se Jesse tivesse vivido sua vida tranquila, ele não teria morrido daquela forma e nem ficado preso alí, logo não iria conhecer Suze...
Suze fica num embate bastante dificil: ela ama Jesse de todo o coração, mas diante da possibilidade dele ter de volta sua vida plena e feliz, ela perderia seu amor... E agora? Manter Jesse como fantasma ao seu lado, ou deixá-lo voltar 150 anos atrás e perdê-lo de vez?

Narrado em primeira pessoa, o livro mantém o padrão de bom humor de sempre mas, dessa vez, ele traz uma Suzannah mais madura por conta de tudo o que viveu e aprendeu, mas principalmente pelo problema que ela tem em mãos. É impossível não sentir empatia por ela e pelo sofrimento pelo qual ela está passando por conta do seu amor por Jesse. Dessa forma, o foco fica sobre sua escolha, de deixar Jesse partir ou de impedir Paul de seguir com seu plano maquiavélico. Paul é o típico mauricinho mimado que sempre teve tudo o que quis, e por não saber lidar com a rejeição de Suze, ele começa a fazer de tudo pra atrapalhar esse amor sem considerar que ele é a última pessoa que ela escolheria pra ficar. A gente sabe que Paul é um enorme obstáculo como o "vilão" da série, e sabe que nesse tipo de história gente que nem ele tem exatamente o que merece guardado pro final (não exatamente como eu imaginei, mas valeu a pena), mas chega a ser meio assustador saber que caras como Paul vão além da fantasia e da ficção e são um verdadeiro perigo para as garotas. Nunca se sabe do que são capazes e até onde vão para conseguirem o que querem, e azar o que a outra pessoa quer.

Enfim, eu gostei muito de ter acompanhado a série num geral, ri horrores das maluquices de Suze e da forma "carinhosa" como ela trata os fantasmas, os amigos de Suze e o padre Dom são ótimos, a família de Suze é impagável e única, me emocionei muito com o relacionamento impossível com Jesse e o quanto ele é um sonho de rapaz, mas justamente por ser impossível, eu esperava outro final, qualquer um que não fosse tão previsível e descarado. Não me entra na cabeça a autora ter feito o que fez e eu juro que esperava por um desfecho digno, mesmo que fosse algo a la Titanic, triste e trágico. E justamente por ter acontecido o óbvio, tão emocionante, bonitinho e fofo, com direito a participação especial do pai de Suze, eu vou contrariar todas as expectativas e dizer que não curti.

Sei que a maioria das fãs da série torciam pela união de Suze e Jesse, sei que quem lê os livros da Meg Cabot espera por finais tipicamente felizes que aquecem o coração, mas sabe quando a gente tem certeza como vai acabar mas espera que aconteça o contrário pra surpresa ser real? Pois é... Era o que eu esperava aqui. Continuo sendo fã da série, é uma das melhores da autora, sem dúvidas, e tenho certeza que a maioria das apaixonadas por Jesse vai adorar o destino super conveniente dado aos dois.


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