A Espada do Destino - Andrzej Sapkowski

10 de fevereiro de 2020

Título: A Espada do Destino - The Witcher/A Saga do Bruxo Geralt de Rívia #2
Autor: Andrzej Sapkowski
Editora: Martins Fontes
Gênero: Fantasia
Ano: 2012
Páginas: 380
Nota:★★★★★
Sinopse: Geralt de Rívia é um bruxo. Um feiticeiro cheio de astúcia. Um matador impiedoso. Um assassino de sangue-frio, treinado desde a infância para caçar e eliminar monstros. Seu único objetivo: destruir as criaturas do mal que assolam o mundo. Um mundo fantástico criado por Sapkowski com claras influências da mitologia eslava. Um mundo em que nem todos os que parecem monstros são maus e nem todos os que parecem anjos são bons.

Resenha: A Espada do Destino, segundo livro da Saga do Bruxo Geralt de Rívia, continua apresentando alguns contos de algumas das aventuras tão hilárias quanto perigosas de Geralt em companhia de Jaskier, da feiticeira Yennefer, e alguns outros que ele encontra pelo caminho.
Assim como no primeiro volume, continuamos a acompanhar Geralt em seu trabalho de caçar e matar monstros para se sustentar através de seis contos não que possuem uma ligação direta entre si e nem ocorrem numa sequência cronológica exata, mas ao perceber as sutis referências que os próprios personagens fazem ao observarem algo ou comentarem alguma coisa, é possível começar a se situar na linha do tempo desordenada criada pelo autor de forma proposital.

Os contos vão desde a caça pelo lendário dragão dourado, a aproximação com sereias e dríades e a confusão que isso desencadeia, até o conto que traça o destino do bruxão quando ele, enfim, encontra a princesa Cirilla. E em meio a tudo isso, acompanhamos os dilemas morais de Geralt com relação ao seu trabalho e aos seus sentimentos por Yen, que ele ainda não sabe lidar muito bem (principalmente quando ele se depara com um outro personagem que também gosta dela e quer disputar seu amor num duelo contra Geralt), sabemos um pouco mais da personalidade de Yennefer e como ela é um mulherão que não tem paciência com idiotices e como ela é o total oposto de Geralt (o que talvez explique bem a química e a atração quase explosiva entre eles), assim como as patifarias e as inconveniências hilárias de Jaskier, que é o maior alívio cômico dessa história.
É muito interessante ver que Geralt, embora seja conhecido por ser um bruxo cuja característica principal é ser desprovido de sentimentos, se porta como humano de bom coração, mesmo que às vezes ele faça escolhas um tanto questionáveis devido a situação em que ele se encontra (que nem sempre é favorável a ele), e se pega em conflitos internos sobre o que sente e porquê.

Alguns personagens aparecem de forma aleatória, mas depois percebemos que eles não apareceram por acaso e que lá na frente têm (ou terão) grande importância nessa saga. E como sempre, são bem construídos e conseguem ser cativantes ou odiosos na medida certa dentro do contexto.

O autor manteve o mesmo estilo de narrativa, com várias descrições detalhadas, alguns floreios exagerados, algumas referências a contos de fadas clássicos (apresentados de uma forma bem mais sombria), mas sempre deixando tudo em sintonia, dando seu toque de muito bom humor, tornando a leitura fluída, instigante e impossível de largar.

Os dois primeiros livros da série terem sido escritos em forma de contos fizeram com que o autor pudesse mostrar, de forma criativa, algumas das aventuras pontuais de Geralt a fim de contextualizar a trama e ampliar o universo maravilhoso e intrigante que ele criou. A partir do próximo volume a história segue de forma linear e mal posso esperar.

Um comentário

  1. Tá me deixando doida de vontade de ler essa saga logo! Caramba, não achei que esse livro ia me interessar tanto assim!

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