Na Telinha - Big Little Lies (2ª Temporada)

21 de agosto de 2019

Título: Big Little Lies
Temporada: 2 | Episódios: 7
Distribuidora: HBO
Elenco: Reese Whiterspoon, Nicole Kidman, Shailene Woodley, Laura Dern, Zoë Kravitz, Meryl Streep
Gênero: Drama/Suspense
Ano: 2019
Duração: 52min
Classificação: +16
Nota: ★★★★☆
Sinopse: As Cinco de Monterey precisam enfrentar as consequências de manter o grande segredo sobre o assassinato mas tudo se torna mais complicado com a chegada de Mary Louise (Meryl Streep), a mãe de Perry, que está determinada a descobrir o que realmente aconteceu com o seu filho.

Embora o livro no qual a série homônima tenha se baseado seja único, o universo e as personagens femininas criados por Liane Moriarty era intrigante demais pra ter acabado alí. Assim, quando a HBO anunciou uma segunda temporada para dar continuidade à história, eu logo me empolguei.


Agora, as Cinco de Monterrey, Madeleine, Celeste, Jane, Bonnie e Renata, estão de volta não só para mostrar mais de suas vidas (im)perfeitas e como elas estão lidando com o segredo da morte de Perry, como também introduzir Mary Louise Wright (interpretada por Maryl Streep), a mãe do falecido que não está sabendo lidar com a morte do filho e acaba sendo um tipo de "vilã" da série, sendo invasiva, inconveniente, e atormentando a vida de todo mundo. Se na primeira temporada tivemos um foco maior sobre os dilemas do trio Madeleine, Celeste e Jane, aqui, embora Celeste ainda tenha seu espaço (devido a ligação maior com a sogra), os maiores destaques ficam com Renata, Bonnie e a própria Mary Louise.


O espectador se vê em meio a uma trama envolvendo o segredo e as mentiras acerca da morte de Perry, mas o que acaba se sobrepondo é a raiva e o incômodo que Mary Louise nos causa com suas intromissões e falta de noção ao invadir a vida de Celeste e seus filhos, ou tentar bater de frente com as outras mulheres que não abaixam a cabeça pra ninguém.

Madeleine continua tentando reconstruir seu casamento e recuperar a confiança do marido, mostrando seu lado mais humano, e Jane segue tentando ser uma boa mãe para seu filho enquanto tenta investir num novo relacionamento, apesar de ainda carregar o trauma do estupro e não conseguir se soltar.


O passado trágico de Bonnie começa a ser revelado, mostrando que ela sofreu alguns abusos psicológicos e físicos cometidos pela própria mãe, e agora ela não só tenta lidar com a mágoa que ela sente, como também com a culpa que carrega por ter se envolvido diretamente com a morte de Perry.
Renata, que antes apareceu só como uma excêntrica advogada bem sucedida e que tenta compensar sua ausência dando tudo do bom e do melhor para sua filha, agora tem a vida mais abordada e seu relacionamento com o marido é pra matar qualquer um de desgosto. Não por não ter sido bem construído, muito pelo contrário, mas por mostrar o quão tóxico e oportunista esse homem foi, fazendo besteiras atrás de besteiras, a ponto de levar a família à falência e levar Renata a loucura.


Cega pelo luto e inconformada com a morte do filho que ela pensava ser um exemplo de bom homem e marido, Mary Louise não acredita que a morte dele tenha sido mero acidente e quer provar isso pra polícia, e, com seus pensamentos machistas, tenta encontrar no comportamento de Celeste justificativas para provar que ela não é boa mãe, que não é capaz de criar os próprios filhos, que ela mentiu sobre as violências que sofria, e ainda se acha no direito de julgar todo mundo com quem se depara da forma mais asquerosa que se possa imaginar, principalmente Jane, cujo filho foi fruto do estupro cometido por Perry no passado.


No mais, a série serviu para matarmos a saudade de Monterrey, e compreender um pouco mais das personagens através da forma como elas estão seguindo com a vida e lidando com segredos e problemas. Talvez a série pudesse ter sido mais enxuta a fim de evitar enrolação em cenas desnecessárias até que chegasse o final realmente empolgante, onde esperei ansiosamente por Mary Louise ter algum tipo de castigo digno, ou uma redenção. Mas, no fim das contas, posso dizer que embora tenha seus defeitos, a série foi muito boa de se acompanhar, seja pelas excelentes interpretações de todo o elenco, pela trilha sonora maravilhosa, pela forma de se conduzir os dramas (de forma direta ou através de cenas abstratas que sugerem algo que não se concretiza), ou pela curiosidade de saber mais sobre a vida cheia de altos e baixos dessas mulheres tão marcantes.

Ano Um - Nora Roberts

17 de agosto de 2019

Título: Ano Um - Crônicas da Escolhida #1
Autora: Nora Roberts
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance/Distopia
Ano: 2019
Páginas: 400
Nota:★★★★
Sinopse: Quando este mundo acaba, um novo começa.
Tudo começa na noite de Ano-Novo. A doença se alastra rapidamente. Em questão de semanas, a rede elétrica para de funcionar, as leis e o sistema de governo entram em colapso e mais da metade da população mundial é dizimada.
Onde existia ordem, agora só há caos. E conforme o poder da ciência e da tecnologia diminuíam, a magia crescia e tomava o seu lugar. Uma parte dessa magia é boa, como a feitiçaria praticada por Lana Bingham no apartamento que divide com o amante, Max. Outra parte dela, no entanto, é inimaginavelmente maligna, e pode se esconder em qualquer canto, numa esquina, nos fétidos túneis sob o rio ou dentro daqueles que você mais ama e conhece…
Espalham-se rumores de que nem os imunes nem os dotados estão a salvo das autoridades que patrulham as ruas devastadas, então Lana e Max resolvem deixar Nova York. Outros viajantes também seguem esperançosos para o oeste: Chuck, um gênio da tecnologia que mantém o bom humor em um mundo off-line; Arlys, uma jornalista que insiste em buscar e registrar a verdade; Fredinha, uma jovem com um otimismo que parece fora do lugar nessa paisagem desoladora; Rachel e Jonah, médica e paramédico, determinados a proteger uma jovem mãe e seus três bebês recém-nascidos.
Em um mundo em que cada estranho no caminho pode representar a morte ou a salvação, nenhum deles sabe o que encontrarão. Porém, um novo horizonte os aguarda, a concretização de uma profecia ancestral que transformará a vida de todos os sobreviventes.
O fim chegou. O início é o que vem agora.

Resenha:  O último dia do ano era dia de festa, a chegada do ano novo estava sendo celebrada por todos, mas, alguma coisa começou a se espalhar pelo toque, se alastrou pelo ar e começou a contaminar o mundo inteiro... Em questão de poucas semanas mais da metade da população foi dizimada, o governo entrou em colapso, e as pessoas estavam tentando sobreviver em meio ao caos absoluto. Com a queda da tecnologia e da ciência por falta de recursos, a magia surgiu, e o cenário foi totalmente transformado para uma realidade nova e desconhecida. Mas, assim como existe a luz, também existe as trevas...
Algumas pessoas passaram a usar a magia para o bem, ajudando sobreviventes e fazendo o possível para sobreviverem também. Mas, em contrapartida, as pessoas ruins parecem ter se aproveitado da magia para se tornarem ainda piores, malignas, demoníacas, e causar sofrimento e ver os outros sofrerem era algo que pra eles era bom. E entre o bem e o mal, restaram alguns humanos que, por algum motivo, eram imunes a tudo isso, mas eles se comportaram exatamente como o esperado quando estão diante de algo que não entendem ou não conhecem bem: os destroem.

E partindo dessa premissa, vamos acompanhar vários personagens que partem numa jornada cheia de perigos em busca de segurança: Lana Bingham e seu namorado, Max Fallon, que sabem que se permanecerem em Nova York serão caçados e decidem fugir; a jornalista Arlys Reid e seu estagiário Little Fred que buscam descobrir e registrar a verdade; o paramédico Jonah Vorhies e a médica Rachel Hopman que estão determinados a ajudar uma mãe com seus filhos recém nascidos; Chuck, um gênio da tecnologia que tenta manter o bom humor com a falta da mesma; e Fredinha, que embora esteja em meio a um cenário pós apocalíptico, tenta ser otimista e tirar algo de bom dessa trágica experiência. Todos eles sob as mesmas condições de um mundo caótico, sem que saibam das reais intenções do novo governo que assumiu, e por isso só querem se manter a salvos...

Narrado em terceira pessoa, a história é interessante e bem construída, mas tem um início um pouco arrastado e a quantidade de personagens que são inseridos de uma vez acaba tornando a leitura um pouco confusa até começar a fluir melhor. O livro é dividido em quatro partes: A Catástrofe, onde podemos acompanhar como o tal vírus rapidamente se espalhou pelo mundo, como as pessoas reagiram ao fim do mundo, e o que fizeram para tentar se salvar; Fuga, onde acompanhamos o trajeto de "incomuns" (com poderes) e "imunes" (aqueles que não foram acometidos pelo vírus) fugindo das ameaças que os cercam; Sobrevivência, que mostra como está sendo a vida depois da fuga; e Da Escuridão à Luz, onde os personagens, enfim, chegam ao destino onde acreditam, erroneamente, que estão em segurança.

A autora criou um mundo intrigante, cujo caos incomoda e causa pânico, onde o contraste entre o bem e o mal ficam evidentes, principalmente ao expor a natureza humana, e o comportamento de alguns nos causam arrepios e repulsa, mas ao mesmo tempo, Nora Roberts promove um certo ar de normalidade através deles, já que as pessoas precisam se adaptar e aceitar tudo aquilo por não terem outra escolha. Somando esses elementos com fantasia, magia e toques de ação e distopia, posso dizer que a autora acertou em cheio, pois aborda tudo que envolve o cenário pós apocalíptico, a forma como os sobreviventes tentam se estabelecer através de pequenas comunidades e regras, e ainda traz um pouco mais.

Por ser um livro introdutório, tentei relevar sobre alguns pontos que, pra mim, não foram muitos satisfatórios, mas acabaram sendo incômodos demais pra desconsiderar. O início confuso que não me manteve presa à leitura; alguns diálogos que pareciam inacabados; algumas cenas descritas de uma forma que não conseguimos visualizar o que está, de fato, acontecendo; a quantidade de personagens e suas histórias que são demais e me fizeram não sentir nenhum apego por ninguém; ou o excesso de detalhes de uma rotina monótona que não fazem muita diferença e nem acrescentam nada na história, a não ser deixá-la ainda mais comprida. Fora isso, eu gostei da trama de forma geral, das reviravoltas, das situações críticas, e da ideia das pessoas que se põe a prova e mostram suas verdadeiras essências diante de novas responsabilidades, novos poderes, e uma nova realidade.


Novidade de Agosto - Suma de Letras

16 de agosto de 2019

O Aprendiz de Assassino - A Saga do Assassino #1 - Robin Hobb

Fitz tem seis anos de idade quando seu avô o joga aos pés de um guarda real e anuncia que a partir de então o pai deve cuidar do bastardo que produziu — e o pai de Fitz é ninguém menos que Chilvary Farseer, o príncipe herdeiro dos Seis Ducados.
Excluído pela realeza, mas importante demais para ser abandonado, Fitz é criado à sombra da corte, protegido pelo mestre dos estábulos e crescendo em meio aos criados e plebeus da Cidade de Torre do Cervo.
No entanto, um bastardo real é uma peça perigosa, e o rei Shrewd não demora a convocá-lo. Carregando no sangue a magia ancestral do Talento e uma habilidade ainda mais instintiva de se comunicar com os animais, Fitz passa a ser treinado para se tornar um assassino a serviço do rei.
Quando saqueadores selvagens começam a atacar as regiões costeiras dos Seis Ducados, Fitz recebe sua primeira missão. Embora alguns o vejam como uma ameaça, o jovem bastardo vai provar que pode ser a chave para a sobrevivência do reino.

Novidades de Agosto - Paralela

15 de agosto de 2019

The Risk: O Dilema de Brenna e Jake - Briar U #2 - Elle Kennedy

Todo mundo diz que eu sou uma garota má. Deve ser porque faço o que bem entendo e não estou nem aí para o que os outros pensam de mim. Apesar disso, dormir com o inimigo não faz meu tipo. Como filha do técnico de hóquei da Briar, minha vida estaria arruinada se eu me relacionasse com um jogador de um time rival.
E essa é a definição de Jake Connelly. Estrela e capitão do time de Harvard, ele é arrogante, irritante e atraente demais pra ser verdade. E o pior é que eu preciso que ele tope fingir ser meu namorado para que eu consiga meu tão sonhado estágio na HockeyNet. Mas é claro que aquele gostoso idiota não vai facilitar: para cada encontro falso… ele quer um pra valer.
O que significa que estou em apuros. Isso de ficar saindo às escondidas com Jake Connelly não tem como dar certo. Embora esteja cada vez mais difícil resistir ao desejo e ao sorriso de Jake, me recuso a me apaixonar por ele.
Esse é o único risco que eu não vou correr.

O Dom Supremo - Paulo Coelho

O texto bíblico da Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios é um dos escritos mais famosos sobre o amor, mas de tanto ouvi-lo, será que ainda aprendemos com sua mensagem? Seguindo os passos do jovem pregador Henry Drummond, Paulo Coelho é capaz de redefinir tudo que conhecíamos a respeito do tema, inspirando-se no famoso discurso “The Greatest Thing in the World”. O resultado é um texto belíssimo e poderoso, que lista os nove elementos do amor — paciência, bondade, generosidade, humildade, delicadeza, entrega, tolerância, inocência e sinceridade —, e nos traz um ensinamento transformador sobre o que é mais importante para a fé.

O Zahir - Paulo Coelho

Muitas perguntas surgem quando Esther, a esposa de um famoso escritor, desaparece sem deixar rastros. Teria ela, uma bem-sucedida jornalista que cobriu a guerra no Iraque, sido vítima de assassinato ou sequestro? Ou simplesmente decidira fugir com seu amante? Afinal, como Esther se sentia em relação ao casamento?
Disposto a reencontrar sua amada e preocupado com o que teria acontecido com ela, o escritor viaja ao Cazaquistão com um desconhecido para desvendar o significado do amor e as muitas maneiras pelas quais esse sentimento pode se manifestar em nossa vida. Traduzido para mais de 40 línguas e publicado em dezenas de países, O Zahir é uma jornada de autoconhecimento, do aclamado autor de O alquimista e Hippie.

Novidades de Agosto - Seguinte

14 de agosto de 2019

Cinco Julias - Matheus Souza

De madrugada, sem o menor aviso, todas as mensagens que todo mundo já enviou por e-mail e pelas redes sociais vazaram na internet. Agora, basta digitar o nome de alguém num campo de busca para ler as conversas particulares que a pessoa já teve. Vários políticos são presos, milhares de fofocas de celebridades vêm à tona. E a vida de cinco adolescentes que têm o mesmo nome [Júlia] vira de cabeça para baixo.
Em uma noite chuvosa no Rio de Janeiro, uma série de incidentes faz com que as cinco se encontrem. Cada uma tem o seu motivo, mas todas querem fugir da cidade o quanto antes. Assim, elas partem num carro de autoescola para São Paulo, numa viagem hilária e intensa, sofrida e maravilhosa — como a própria adolescência.

Nocturna - Nocturna #1 - Maya Motayne

Depois de se libertar da dominação dos inglésios, o reino de Castallan não esperava passar por mais nenhuma crise. Mas Dez, o herdeiro, foi assassinado, e agora nobres e plebeus precisam aceitar que o destino do reino está nas mãos do príncipe Alfie, que passou meses fugindo de suas obrigações enquanto bebia tequila em alto-mar.
De volta a Castallan, Alfie não consegue acreditar que seu irmão morreu e, tentando provar o contrário, se depara com Finn Voy. Graças a sua habilidade de assumir a aparência de qualquer pessoa, Finn está sempre usando um disfarce para se proteger dos traumas de seu passado e de qualquer um que se meter em seu caminho.
Quando os destinos de Alfie e Finn se cruzam, eles acidentalmente libertam uma magia poderosa e antiga que, se não for detida, vai mergulhar o mundo em escuridão. Com o futuro de Castallan em suas mãos, o príncipe e a ladra terão de aprisionar essa magia obscura a qualquer custo, mesmo que, no caminho, precisem confrontar seus segredos mais sombrios.


Nightflyers - George R.R. Martin

12 de agosto de 2019

Título: Nightflyers
Autor: George R.R. Martin
Editora: Suma de letras
Gênero: Sci-fi/Terror/Contos
Ano: 2019
Páginas: 144
Nota:★★★★
Sinopse: Nas fronteiras do universo, uma expedição científica composta de nove acadêmicos dá início à missão de estudar os volcryn, uma misteriosa raça alienígena. Existem, no entanto, mistérios mais perigosos a bordo da própria nave. A Nightflyer, única embarcação que se dispôs à missão, é uma maravilha tecnológica: completamente automatizada e pilotada por uma única pessoa. O capitão Royd Eris, porém, não se mistura com a tripulação – conversando apenas através de comunicadores e se apresentando somente por holograma, ele mais parece um fantasma do que um líder. Quando Thale Lassamer, o telepata do grupo, começa a detectar uma presença desconhecida e ameaçadora por perto, a tripulação se agita e as desconfianças aumentam. E a garantia de Royd sobre a segurança de todos é posta à prova quando uma entidade malévola começa uma sangrenta onda de assassinatos.

Resenha:  Uma equipe composta por nove cientistas embarca na nave Nighflyer para iniciar uma missão que envolve estudar uma raça alienígena misteriosa e super avançada que viaja pelo espaço, os volcryn. Pilotada pelo excêntrico capitão Royd Eris, a Nightflyer é totalmente automatizada e autossustentável, mas Royd não se envolve com a tripulação, os vigia através das câmeras de segurança e se apresenta somente por holograma.
Porém, vários problemas começam a surgir, e a equipe se dá conta de que está numa situação totalmente inesperada e fora de controle. Thale Lassamer, o telepata do grupo, detecta uma presença desconhecida e ameaçadora. A forma de contato do capitão levanta suspeitas, e o individualismo dos tripulantes acabam tirando a missão do foco, principalmente quando uma onda sangrenta de assassinatos cometidos por uma misteriosa entidade começa a se desencadear...

Narrado em terceira pessoa, o conto traz os acontecimentos na nave regados a muito suspense e em meio a um clima bastante sombrio. Para um livro com tão poucas páginas, talvez ele pudesse ser mais direto e menos arrastado no começo, e embora a história seja boa e tenha potencial, a sensação de que faltou alguma coisa é inevitável, principalmente porque as coisas realmente interessantes ficam guardadas para o final. Logo no início somos apresentados a muitos personagens (característica clássica nas obras do autor), e isso acaba dificultando um pouco a identificação sobre quem é quem. Pra mim é um pouco difícil gravar quem é ou o que fazem quando são todos jogados de uma vez sem que uma apresentação mais detalhada não seja feita de forma gradual, e a impressão que tive no final é de que não houve um desenvolvimento suficiente para que houvesse apego ou desprezo, mas que os personagens só estavam ali para mover a trama de ponto A para B. Não vou ser exigente ou implicante a ponto de considerar esses pontos totalmente negativos, afinal, se trata de um conto e realmente não há tanto espaço para um desenvolvimento maior, então posso dizer que a combinação de suspense, terror e ficção científica funcionou bem em Nightflyers e que dentro do que se propôs, a história, mesmo que pudesse ter ido além, foi bem satisfatória.

Preciso destacar o projeto gráfico do livro que é totalmente maravilhoso. Embora tenha um formato pequeno e poucas páginas, o livro tem a capa dura e várias ilustrações em cores dos personagens, locais da nave ou cenas impactantes.

No mais, a história é cheia de mistérios, traz várias perguntas e desperta a curiosidade do leitor sobre a real existência dos Volcryns, quem é o capitão Royd e por que ele se comporta assim, quem (ou o que) está assassinando todo mundo, e será que alguém vai sobreviver?
Pra quem gostou de obras dos anos 80 como Alien, o oitavo passageiro, vai aproveitar a leitura.