Autora: Johanna Spyri
Editora: Autêntica
Gênero: Infantil
Ano: 2017
Páginas: 160
Nota:★★★★★
Sinopse: Heidi, órfã desde muito pequena, mora numa cidadezinha da Suíça com sua tia Dete. Quando recebe uma excelente proposta de trabalho em Frankfurt, na Alemanha, a tia decide entregar a menina, agora com 6 anos, ao avô, um velho zangado com o mundo, rabugento, que vive isolado no alto de uma montanha dos Alpes suíços. Ao chegar ao novo lar, Heidi logo se apaixona pelas maravilhosas paisagens, pelas flores e pelos animais dos vales e das montanhas, além de ganhar um novo amigo, Pedro das Cabras, um menino pastor. Com o passar do tempo, a menina conquista os moradores do vilarejo e, principalmente, o coração do avô, mostrando-lhe que é possível ser feliz e reencontrar a paz. Mas essa felicidade desaparece quando tia Dete volta para levá-la para Frankfurt. Escrito em 1880, Heidi, a menina dos Alpes mostra o contraste entre a vida selvagem e livre nas montanhas, com seus valores simples e essenciais, e a vida na cidade grande, com costumes, regras e valores muito diferentes. A narrativa acompanha o crescimento e as aprendizagens de Heidi, e, sem perder de vista os 136 anos que separam nossa vida hoje, no século XXI, da vida dos personagens, é uma fonte de descobertas e reflexões importantes para todos nós.
Resenha: Escrito em 1880 pela escritora Johanna Spyri, Heidi já teve adaptações cinematográficas além de ter rendido vários desenhos animados ao longo dos anos.
A obra foi dividida em dois volumes, sendo este o primeiro, e faz parte da coleção Clássicos da Editora Autêntica, que irá resgatar vários títulos da literatura clássica.
Heide é uma garotinha que perdeu os pais e passou a viver com sua tia Dete. Porém, com a crise, Dete estava com grandes dificuldades para sustentar a menina e, aproveitando a ótima oportunidade que lhe apareceu de trabalhar em Frankfurt, na Alemanha, ela decide levar Heidi, que já completou seis anos, para morar com o avô que vive no alto de uma montanha nos Alpes suíços enquanto melhora sua condição financeira.
O avô de Heidi é um pastor de cabras, isolado no alto da montanha, muito rabugento, temido pelos moradores e, até então, um desconhecido para a garotinha. Mas isso não impediu que Heidi, muito curiosa e amável, fizesse de tudo para se aproximar do avô e quebrar o gelo em seu coração.
Narrado em terceira pessoa, a obra dá uma enorme lição sobre amor ao próximo através de uma garotinha adorável, curiosa, ingênua e que consegue enxergar a beleza onde muitos só enxergam a negatividade, além de encontrar a felicidade nas pequenas coisas a sua volta. Sua vida com o avô não começou muito fácil, mas nem ele, com toda a sua amargura, conseguiu resistir aos encantos e a pureza de Heidi a ponto de todos começarem a perceber as mudanças positivas que a menina estava causando em sua vida. Ele não consegue mais ficar longe dela e da alegria que ela espalha por onde passa.
E neste cenário frio, porém deslumbrante, descrito com detalhes que proporcionam uma verdadeira viagem ao leitor, vamos acompanhando o crescimento da menina, seus aprendizados e suas descobertas em meio a vida livre, rodeada por flores, animais fofos e amigos.
Como a obra é voltada ao público infantil, a linguagem é fácil mas também dá enfoque em pontos acerca da cultura e dos costumes da época, o que preserva o tom clássico da narrativa além de evidenciar o contraste com a época atual.
A parte gráfica foi projetada de maneira bastante delicada e que lembra a aparência de um livro clássico e antigo, principalmente pela capa simplista e pelas ilustrações originais e em preto e branco de Jessie Willcox Smith, cujos traços são bastante suaves e dão um toque vintage às páginas.
Embora o livro seja infantil, a leitura tem suas reviravoltas e é válida para leitores de todas as idades. A mensagem muito bonita que a história passa sobre amor, respeito às diferenças e até milagres pode ser levada para a vida.