Título: Coroa da Meia-Noite - Throne of Glass #2
Autora: Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Gênero: Juvenil/Fantasia
Ano: 2014
Páginas: 406
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Celaena Sardothien, a melhor assassina de Adarlan, tornou-se a assassina real depois de vencer a competição do rei e se livrar da escravidão das Minas de Sal de Endovier. Mas sua lealdade nunca esteve com a coroa. Tudo o que deseja é ser livre — e fazer justiça. Nos arredores do castelo, surgem rumores a respeito de uma conspiração contra misteriosos planos do rei, mas antes de cuidar dos traidores, Celaena quer descobrir exatamente que planos são esses. O que ela não imaginava é que acabaria em meio a uma perigosa trama de segredos e traições tecida ao redor da coroa. Enquanto a amizade entre ela e o capitão Westfall cresce cada vez mais, o príncipe Dorian se afasta, imerso em seus próprios dilemas e descobertas.
A princesa Nehemia acaba se tornando uma conselheira e confidente, mas sua atenção está mais voltada para outros assuntos. Em Adarlan, um segredo parece se esconder por trás de cada porta trancada, e Celaena está determinada a desvendar todos eles para proteger aqueles que aprendeu a amar. Mas o tempo é curto, e as ameaças ao redor castelo de vidro estão cada vez mais próximas. Quando menos se espera, uma trágica noite mudará a vida de todos no reino, e mais do que nunca Celaena quer descobrir a verdade para fazer justiça.
Resenha: Coroa da Meia-Noite é o segundo volume da série Throne of Glass escrita pela autora Sarah J. Maas e publicado no Brasil pela Galera Record.
Por se tratar de uma continuação e pelo desfecho do livro anterior estar exposto na sinopse, a resenha tem spoilers do livro anterior, Trono de Vidro.
Como era de se esperar, Celaena venceu a competição entre assassinos e se livrou de ser uma escrava das minas de sal de Endovier. Próxima de sua liberdade, a garota ainda precisa servir o rei durante algum tempo até que, enfim, seja libertada. Presa aos deveres, Celeana se encontra em conflito pois mesmo que sirva o rei, não é leal a ele. Quando rumores de que uma conspiração que está se formando ao redor do castelo de vidro vem à tona, Celaena recebe ordens para investigar e eliminar os suspeitos que orquestrarem qualquer rebelião, porém, toda ação tem uma consequência e, neste caso, esta parece interferir em sua própria liberdade... Em meio a ameaças, rebeliões, reviravoltas, tragédias e até mesmo a magia que retorna, Celaena acaba descobrindo uma verdade que mudará tudo, e só assim poderá fazer a justiça que tanto desejou...
Levando em consideração minha impressão do primeiro volume, que não foi tão satisfatório quanto pensei que fosse já que me deparei com algo diferente do que esperei, iniciei a leitura do segundo com um pouco mais de cautela, já imaginando que eu pudesse não encontrar o que a sinopse revelou... E como já sabia do que, de fato, a história se tratava, não elevei às alturas minhas expectativas... Talvez por isso eu tenha aproveitado melhor a história e posso afirmar que gostei infinitamente mais, mesmo que o relacionamento entre Celaena, Dorian e Chaol tenham me lembrado um pouco de Crepúsculo. Ela faz sua escolha entre os dois partidos, um deles se afasta, o outro fica mais próximo, mas fica na cara que tem alguma coisa de errada no ar. Enquanto Dorian aceita Celeana como ela é (assim como o que ela faz), e principalmente amadurece junto com ela, a enxergando como uma aliada, Chaol acha que por conhecê-la bem, e também pela amizade ter se tornado algo bem mais sólido, pode sair por aí tomando decisões por ela como se mandasse, como se fosse seu pai, e isso fugiu um pouco do que conheci dele no primeiro livro. Ele simplesmente não confia em Celaena. Continuo gostando dele como personagem pois é um dos melhores, mas não gostei do comportamento dele dessa vez, por mais bem intencionado que ele seja e estou pendendo pro Team Dorian, confesso... Fiquei com um pouco de pena de Dorian por ser oprimido pelo rei e ser colocado num papel passivo, como se tivesse sendo excluído do que deveria fazer parte, mas acho que algo grandioso está reservado pra ele futuramente...
O que deixou a desejar no primeiro livro, a falta de profundidade dos personagens, as pontas soltas e a falta de explicações para algumas questões, foram respondidas neste segundo, e as coisas estão bastante equilibradas como um todo. Celaene havia me desapontado quando esperei que ela fosse uma assassina letal mas só demonstrou ser uma lady perfeitinha cheia de frescuras, mas agora, a moça, enfim, mostrou para o que veio... E mesmo que, às vezes, a autora parece se esquecer que a garota é uma assassina e que Celaena tenha alguns acessos de loucura e idiotice, ela veio para arrebentar! Thank's, Lord!
Fico saltitante quando a sequência supera a introdução e me faz mudar de ideia com relação a má impressão que ficou, o que pode comprovar que realmente não se pode julgar um livro pela capa e que nem sempre a primeira impressão é a que fica. E o final? Meudeus, o que é aquele final. Quase morri de agonia e desespero pra por logo as mãos no próximo volume e saber o que virá pela frente.
Dessa vez, o livro é dividido em duas partes mas continua mantendo os capítulos curtos e a narrativa em terceira pessoa. No começo do livro nos deparamos com o mapa de Erilea, o mesmo que veio no primeiro volume. A capa é linda, o título é metalizado num tom vermelho mas a lombada não tem o mesmo padrão do livro 1. A contracapa, assim como a do primeiro livro, mostra a personagem de costas com uma roupa diferente.
Uma história cheia de reviravoltas e surpresas, que superou todas as minhas expectativas a ponto de me fazer rever meus conceitos sobre a série (que ao que tudo indica terá 6 livros).
Ansiosa pelo terceiro volume, "Heir of Fire".