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A Caminho do Azul Sereno - Veronica Rossi

7 de abril de 2017

Título: A Caminho do Azul Sereno - Never Sky #3
Autora: Veronica Rossi
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Gênero: Distopia/YA
Ano: 2017
Páginas: 352
Nota:★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: No derradeiro capítulo da trilogia Never Sky, sucesso da brasileira radicada nos EUA Veronica Rossi, Aria e Perry estão determinados a encontrar o Azul Sereno, o último refúgio contra as tempestades de éter, cada vez mais constantes no mundo em que vivem. Mais do que o amor proibido que os mantém ligados, eles precisam unir Forasteiros e Ocupantes se quiserem sobreviver, e salvar a vida daqueles que amam. Sem escolha e determinados a permanecerem juntos, contra todas as probabilidades, os dois protagonistas partem para a mais perigosa de suas aventuras, que não só colocará à prova seu amor, coragem e capacidade de liderança, como também exigirá grandes sacrifícios. Será que eles estão preparados para a jornada A caminho do Azul Sereno?

Resenha: A Caminho do Azul Sereno é o terceiro e último volume da trilogia Never Sky, escrita pela autora brasileira Veronica Rossi e publicado pelo selo Jovens Leitores, da Editora Rocco.

Never Sky é uma trilogia que se passa num futuro pós-apocalíptico em que o mundo, já devastado, sofre com um clima severo regado a Tempestades de Éter e um ambiente muito hostil, onde os Ocupantes vivem em segurança dentro de uma cúpula e os Forasteiros sobrevivem como podem do lado de fora em meio aos mais diversos perigos. No primeiro volume, Sob o Céu do Nunca, conhecemos Ária, uma Ocupante que sái da cúpula em Quimera em busca de sua mãe, que desaparece. Ao tentar procurá-la, Ária se mete numa grande enrascada e acaba sendo banida da cúpula por algo que ela sequer teve culpa. O que ela não esperava era unir seu destino a Perry, um Forasteiro que salvou sua vida, e a partir daí eles partem numa busca incessante por seus entes queridos e por respostas.
No segundo volume, Pela Noite Eterna, Ária, que se tornou uma Ex-Ocupante, e Perry, que se tornou líder de sua comunidade, estão em busca de Azul Sereno, um paraíso do qual muitos acreditam não existir, que poderia garantir a sobrevivência dos Forasteiros já que as Tempestades de Éter e os perigos estão cada vez piores.
Neste volume, depois de um caminho árduo e de precisar lidarem não só com os problemas do cotidiano mas, também, com seus conflitos internos, o casal tenta fazer o impossível: unir Ocupantes e Forasteiros para, juntos, partirem a caminho de Azul Sereno, o único lugar livre do Éter e da devastação causada por ele, e salvarem o povo e a si mesmos.

Assim como nos livros anteriores, a narrativa é feita em primeira pessoa sob os pontos de vista de Ária e Perry, que vão se alternando a cada capítulo.
Os personagens amadureceram muito desde o início, e ter acompanhado esse progresso foi algo bastante satisfatório, principalmente perceber que muitas das tragédias que alguns deles precisaram enfrentar serviram como exemplo para que pudessem superar, acreditar em si mesmos e seguir em frente. Talvez o único problema que eu tenha tido com o livro foi a falta de profundidade sobre os personagens e a sensação que fiquei é que, por eles já serem conhecidos, a autora não se preocupou muito em continuar trabalhando nas suas características. Não sei se isso é um ponto negativo ou não mas senti falta de mais detalhes para que tudo soasse mais concreto.
Confesso ter ficado muito angustiada com o vilão do livro, Sable, pois ele é aquele tipo de pessoa inescrupulosa, psicopata e que não tem limite algum. Ao mesmo tempo em que ele falsamente transparece ser uma boa pessoa, ele é manipulador e muito cruel. Talvez seja um dos piores vilões que me deparei e chega a assustar, principalmente por ele ter um espaço bastante considerável na história.

Um dos pontos que mais gostei foi a conclusão para o significado do Éter, que desde o início era mencionado, mas sem tanta profundidade, fazendo com que o leitor possa, enfim, compreender por que o mundo foi devastado e se transformou em ruínas. As explicações, de forma geral, acabaram me fazendo refletir sobre a própria realidade no que diz respeito a sobrevivência desde os primórdios, onde a união entre aqueles que conseguiram sobreviver ao "fim do mundo" fez a força, permitindo, assim, o recomeço.

A capa é muito bonita e combina com a dos livros anteriores, mas ainda penso que ela não representa o ambiente pós-apocalíptico que a história apresenta. A diagramação segue nos mesmos padrões dos demais livros onde a cada início de capítulo temos galhos e o nome do protagonista que narra seu ponto de vista. Os capítulos são curtos, e isso acaba colaborando para a fluides da leitura, e somando isso a escrita totalmente envolvente da autora, é impossível não mergulhar na história. O final do capítulo sempre deixa um gancho para o seguinte, o que provoca uma curiosidade enorme e faz com que o leitor não consiga desgrudar do livro um minuto sequer.

A Caminho do Azul Sereno é uma conclusão que superou as minhas expectativas e posso dizer que é uma das melhores trilogias distópicas que já pude acompanhar até então. É uma pena que não é tão conhecida, mesmo que seja bastante superior a muitas outras que viraram filmes por aí...
Se compararmos com os livros anteriores vamos nos deparar com uma história muito mais sangrenta e cruel, cheia de sacrifícios e muita dor, mas também pela superação e pela força e coragem para se alcançar algo maior e que vale a pena. A luta pela sobrevivência e até mesmo a grande batalha pelo título de Soberano de Sangue fazem da história um prato cheio de ação e emoção a se perder de vista, e mesmo que o romance entre Ária e Perry esteja alí, não é um elemento que se sobrepõe e nem é ofuscado pelos demais acontecimentos. Cada coisa na história tem seu devido espaço que, felizmente, só enriqueceu o enredo e seu desenvolvimento, desde as incríveis reviravoltas, as descobertas surpreendentes, a busca pelo paraíso e até as perdas. E isso tudo em conjunto não tráz somente uma história épica com um desfecho perfeito, mas também matou a saudade de personagens marcantes e memoráveis que haviam me conquistado desde o princípio.


Pela Noite Eterna - Veronica Rossi

12 de maio de 2016

Título: Pela Noite Eterna - Never Sky #2
Autora: Veronica Rossi
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Gênero: Distopia/YA
Ano: 2016
Páginas: 304
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Ambientada 300 anos após uma catástrofe que devastou a Terra, num mundo dominado por um governo autoritário disposto a manter o poder a qualquer preço, a trilogia Never Sky acompanha a saga da jovem Aria, ex-moradora de Quimera, um núcleo de civilização protegido por um domo e sem qualquer contato com o mundo exterior, e Perry, considerado um Forasteiro. Se no primeiro volume da série, Sob o céu do nunca, os destinos dos jovens se cruzam numa improvável (e perigosa) aliança pela sobrevivência, agora, em Pela noite eterna, eles anseiam por um reencontro. Mas muitos obstáculos e algumas armadilhas se impõem no caminho dos dois. Fantasia, ação, ficção científica e uma história de amor inesquecível fazem da série de Veronica Rossi um mundo perigoso e cruel, mas ao mesmo tempo belo e digno da tradição de sagas como Jogos Vorazes e Divergente.

Resenha: Pela Noite Eterna é o segundo volume da trilogia Never Sky, escrita pela autora brasileira Veronica Rossi e publicado pelo selo Jovens Leitores, da Editora Rocco.
A continuação se passa logo após os acontecimentos do primeiro livro, Sob o Céu do Nunca.

Alguns meses se passaram desde que Perry se tornou o líder dos Soberanos de Sangue em sua comunidade e que Ária descobriu o que aconteceu com sua mãe. Prestes a se reencontrar, o casal anseia por ficar juntos, mas a tribo não aceita Ária muito bem já que ela é uma ex-Ocupante.
A Tempestade de Éter vem piorando cada vez mais, Perry lida com as dificuldades de liderar a comunidade e a única esperança que lhes resta é encontrar Azul Sereno, um paraíso que muitos não acreditam existir. E em meio a tantos perigos e questões de sobrevivência, Ária e Perry não sabem como enfrentarão a noite eterna.

O livro é narrado em terceira pessoa e os capítulos se alternam entre Ária e Peregrine.
A escrita da autora é ótima, fluída e mantém o leitor envolvido o tempo todo. As descrições dos personagens são muito bem feitas mas o destaque fica para o cenário, principalmente devidos aos sons e odores que os envolvem. É praticamente possível nos imaginarmos junto com os personagens, vendo e sentindo as mesmas coisas que eles. O cenário em si ganha muito destaque devido ao territóio hostíl e áspero além das consequências trazidas pelo Éter.
O primeiro livro havia sido publicado em 2013 pela Prumo, que pertencia à Rocco, mas com o fim do selo ele foi relançado sob novo projeto gráfico para acompanhar a obra original e combinar com a capa desse segundo volume. Eu gostei mais da primeira capa pois os detalhes e o efeito realmente lembram um ar etéreo, mas as capas novas também são bem bonitas apesar da aparência "limpa" dos modelos nas capas não combinarem muito bem com o que imagino no cenário hostíl em que a história se passa.

Esta sequência traz novos personagens além dos personagens anteriores estarem bem mais desenvolvidos, mantém os elementos chave da trama que é apresentada com um avanço considerável, e ainda se aprofunda aos detalhes tornando o livro ainda melhor do que o primeiro, principalmente por esclarecer questões que ficaram em aberto anteriormente. O ritmo é acelerado, os relacionamentos são bem aprofundados e desenvolvidos, os personagens possuem personalidade forte e as dinâmicas de caráter são bem trabalhadas, há ação, emoção e todos esses aspectos tornam Pela Noite Eterna uma história de tirar o fôlego.
Os personagens secundários ganham destaque e mostram que são fundamentais para o desenrolar da história, todos bem construídos e marcantes.
Ária é uma protagonista que demonstra um grande crescimento ao longo da trama, tanto físico quanto emocional. Ela é independente e, apesar de ainda precisar amadurecer em alguns pontos, suas atitudes e escolhas evidenciam o quanto ela é corajosa.
Perry já enfrentou muitas dificuldades e ainda carrega muitos conflitos internos em si, mas ele também progride bastante sem deixar sua dedicação às pessoas que estão à sua volta de lado. Suas caracterírticas são preservadas de forma que, apesar de seu crescimento, ele não tenha sofrido mudanças drásticas de personalidade ou caráter.
O romance não fica atrás. Ária e Perry formam um dos casais mais brilhantes do gênero. O romance é crível e verdadeiro e, embora seja um fator importante, não se sobrepõe a outros elementos da história.
Gostei muito do relacionamento de amizade verdadeira entre Ária e Roar. A dinâmica é pontual e comovente e mostra que é possível, sim, haver amizade entre homem e mulher sem envolver outras intenções. Fica claro que eles são unidos, se preocupam um com o outro de forma muito especial e o sentimento que eles têm um pelo outro nunca irá ultrapassar as barreiras da amizade.

Pela Noite Eterna é uma das melhores sequências que já li e o final foi perfeito! Pra quem gosta de distopias voltadas ao público jovem adulto com todos os elementos necessários pra que ela seja um sucesso, vai adorar!


Sob o Céu do Nunca - Veronica Rossi

3 de abril de 2013

Lido em: Março de 2013
Título: Sob o Céu do Nunca - Never Sky #1
Autora: Veronica Rossi
Editora: Prumo
Gênero: Distopia/YA
Ano: 2013
Páginas: 304
Nota: ★★★★★
Sinopse: Desde que fora forçada a viver entre os Selvagens, Ária sobreviveu a uma tempestade de Éter, quase teve o pescoço cortado por um canibal, e viu homens sendo trucidados. Mas o pior ainda estava por vir... Banida de seu lar, a cidade encapsulada de Quimera, Ária sabe que suas chances de sobrevivência no mundo além das paredes dos núcleos são ínfimas. Se os canibais não a matarem, as violentas tempestades elétricas certamente o farão. Até mesmo o ar que ela respira pode ser letal. Quando Ária se depara com Perry, o Forasteiro responsável por seu exílio, todos os seus medos são confirmados: ele é um bárbaro violento. É também sua única chance de continuar viva.
Perry é um exímio caçador, em um território impiedoso, e vê Ária como uma menina mimada e frágil – tudo o que se poderia esperar de uma Ocupante. Mas ele também precisa da ajuda dela, somente Ária tem a chave de sua redenção. Opostos em praticamente tudo, Ária e Perry precisam tolerar a existência um do outro para alcançar seus objetivos. A aliança pouco provável entre os dois acabará por forjar uma ligação que selará o destino de todos os que vivem sob o céu do nunca.

Resenha: Sob o Céu do Nunca é o primeiro volume da trilogia distópica Never Sky, da autora brasileira Veronica Rossi, lançado nos EUA e traduzido para mais de 20 países.
Estamos no futuro e o mundo que conhecemos não existe mais. Quimera é uma cidade sob uma cúpula que impede que seus habitantes tenham contato com o mundo exterior devido aos perigos das terríveis Tempestades de Éter, canibais e outras coisas horripilantes que existem lá fora... A única forma de "viajar" em Quimera, é virtualmente, através do Olho Mágico, onde plataformas multidimensionais são projetadas, chamadas de Reinos e os Ocupantes podem ir e ser quem quiserem nesses locais. Ária é uma das Ocupantes de Quimera e nunca se imaginou fora dalí, porém, quando Lumina, mãe dela, desaparece e a última mensagem deixada não consegue ser acessada, Ária se junta a Soren, filho do Cônsul, a fim de procurar por respostas e é levada pro mundo exterior. Mas o inesperado acontece: Soren além de colocar a vida de todos em risco, ainda tenta matar Aria, que foi salva por um Forasteiro misterioso que havia invadido a cúpula em busca de remédios para Talon, seu sobrinho enfermo, causando uma grande confusão. Ao tentar voltar para Quimera, Ária é banida e acusada de ter feito parte da confusão com o Forasteiro e descobre que teria que se virar para sobreviver do lado de fora. Ela, então, se une ao Forasteiro, chamado Peregrine, que agora está desesperado em busca de Talon, que foi sequestrado após a confusão. Peregrine prometeu ao irmão, Vale, que resgataria Talon custe o que custar. Eles partem atrás de seus entes queridos para resgatá-los e ao mesmo tempo tentarem sobreviver sob as constantes Tempestades de Éter e escaparem de outros habitantes perigosos.
Em Never Sky, os capítulos são alternados entre Aria e Peregrine, ou Perry como é chamado pelos outros, o que pra mim foi muito bacana, pois a visão dos acontecimentos não fica focada em somente um dos personagens, o que traz outros pontos de vista ao leitor.
A ideia de um mundo praticamente inabitável devido ao clima, pós apocalíptico, onde os habitantes do lado de fora se tornaram selvagens e tentam sobreviver como podem, mesmo que para isso tenham que matar outras pessoas e comê-las (o_O), e os que vivem sob a cúpula acreditando estarem em segurança, talvez fiquem em dúvida com relação ao sistema que até então parecia perfeito é incrível!
Os personagens são únicos e cativantes e alguns ainda tem habilidades que são um tipo de poder. Ária é bonita, forte, corajosa e não se deixa abater. Perry (suspiros), além de ser um caçador e guerreiro, ainda é Olfativo (ele consegue sentir os cheiros a distâncias imensas e consegue distinguir emoções alheias através dos cheiros que a pessoa em questão exala)  e também Vidente (consegue enxergar no escuro).
O relacionamento dos dois é bem complicado, pois Perry, apesar de sempre fazer de tudo para protegê-la, considera Aria como um estorvo e só topa seguir junto com ela pra salvar o sobrinho, mas a medida que convivem e passam por muitos perigos juntos, ele começa a ceder e a demonstrar que é um verdadeiro companheiro, e o interesse entre os dois, gradualmente e de forma bem convincente, passa a ser recíproco e mui intenso.
O trabalho de diagramação da editora foi ótimo. As páginas são amareladas, a fonte tem um tamanho agradável, não percebi erros na revisão e a capa metalizada ajudou no visual do éter.
Sob o Céu do Nunca é uma história bem original, encantadora e fantástica, que me conquistou desde o início e a medida que evoluía me prendia de um jeito que não conseguia desgrudar mais. Estou super ansiosa pela continuação e é leitura obrigatória para os fãs de distopias! Às vezes nas horas mais sombrias encontramos o que menos esperamos...