Novidades de Junho - Seguinte

10 de junho de 2016

O Código dos Bucaneiros - A Quase Honrosa Liga de Piratas #3 - Caroline Carlson
Depois de descobrir que o líder da Quase Honrosa Liga de Piratas, o capitão Dentenegro, estava envolvido com um grupo de criminosos que quer dominar o reino, Hilary Westfield decide pegar seu sabre, seguir até a Praça da Pólvora e desafiar o capitão e seus comparsas perversos a uma batalha em alto-mar. Se vencer, Hilary se tornará a nova presidente da Liga. Se perder, ela vai perecer no mar, ou, na melhor das hipóteses, será exilada no Abrigo Pestilento para Piratas Mal-Humorados.
O problema é que a batalha nem vai começar se Hilary não conseguir reunir duzentos seguidores para lutar ao seu lado. Assim, a jovem pirata parte numa missão de recrutamento que pode ou não envolver piratas temíveis, damas delicadas mais temíveis ainda… e galinhas.


Thomas e sua Inesperada Vida Após a Morte - Emma Trevayne
Roubar túmulos é um negócio arriscado. É, na verdade, um péssimo negócio.
Para Thomas Marsden, a partir de uma noite de primavera em Londres (véspera do seu aniversário de doze anos), esse passa a ser um negócio também assustador. Isso porque, deitado em uma cova recente, ele encontra um corpo idêntico ao seu.
Esse é apenas o primeiro sinal de que alguma coisa esquisita está acontecendo. Desesperado para conhecer a sua verdadeira história e descobrir de onde vem, Thomas será apresentado à magia e ao ritual, às fadas e aos espiritualistas, e vai se dar conta de que, para ele, a morte está muito mais próxima da vida — e é bem menos assustadora — do que imaginava.


Lua de Vinil - Oscar Pilagallo
Em 1973, a ditadura militar comandava o Brasil. O Pink Floyd lançava o aguardado disco The Dark Side of the Moon. E Giba passava os dias jogando futebol de botão com os amigos do prédio, suspirando por Leila, sua vizinha irreverente e descolada. Ele tentava ignorar o estado grave de seu pai, internado no hospital, e não sabia que a violência do governo estava muito mais perto da sua casa na Vila Mariana do que ele imaginava.
Até que, num dia tranquilo de março, ele acaba causando um acidente e se vê obrigado a lidar com um dilema moral que o fará abandonar a inocência dos dezesseis anos para sempre.


Na Telinha - Zootopia

9 de junho de 2016

Título: Zootopia: Essa Cidade é o Bicho (Zootopia)
Produção: Walt Disney Studios
Elenco: Ginnifer Goodwin, Jason Bateman, Idris Elba, Jenny Slate, Nate Torrence, Bonnie Hunt, Tommy Chong, J.K. Simmons
Gênero: Animação
Ano: 2016
Duração: 1h 48min
Classificação: Livre
Nota:★★
Sinopse: Judy Hopps é a pequena coelha de uma fazenda isolada, filha de agricultores que plantam cenouras há décadas. Mas ela tem sonhos maiores: pretende se mudar para a cidade grande, Zootopia, onde todas as espécies de animais convivem em harmonia, na intenção de se tornar a primeira coelha policial. Judy enfrenta o preconceito e as manipulações dos outros animais, mas conta com a ajuda inesperada da raposa Nick Wilde, conhecida por sua malícia e suas infrações. A inesperada dupla se dedica à busca de um animal desaparecido, descobrindo uma conspiração que afeta toda a cidade.

Num mundo quase utópico, todos os animais evoluíram psicológica e socialmente dispensando conceitos de predador e presa, e agora eles convivem em total harmonia. Na cidadezinha interiorana de Toca do Coelho, conhecemos Judy Hopps, uma coelhinha da pré escola que vive com os pais e centenas de irmãos. Seu maior sonho é ir pra Zootopia, um lugar onde todos podem ser o que e quem quiserem, e lá se tornar uma policial para fazer do mundo um lugar melhor, mas sempre foi desencorajada e desacreditada por todos, pois coelhos sempre foram considerados pequenos, indefesos e frágeis, e nunca na história dos bichos houve um que se tornou policial. Mas Judy está determinada a ser a primeira, e nada irá impedí-la nem fazê-la desistir.


"- A única coisa que devemos temer é o próprio medo."
Quinze anos depois, Judy terminou seu treinamento intenso na Academia de Polícia de Zootopia. Em meio a ursos, tigres, rinocerontes e outros animais enormes e ferozes, ela era a única coelhinha da turma, mas com muita garra e força de vontade ela conseguiu superar os desafios e se formou com louvor sendo encaminhada ao Departamento de Polícia de Zootopia (DPZ) no centro da cidade. Ao se apresentar à delegacia, Judy é muito mal recebida e mesmo que haja um imporante caso em andamento em que 14 mamíferos desapareceram sem pistas, ela é designada pelo chefe de polícia a ser guarda de trânsito aplicando multas. Mas a tarefa "pequena" que lhe foi atribuída não é motivo para que ela desista ou se deixe abater. Judy quer ser uma policial de verdade e não uma guarda de trânsito. Ela trabalha com dedicação e eficiência cumprindo e superando as próprias metas. Até ela conhecer Nick Wilde, uma raposa trapaceira e que não tem o menor respeito pelas leis...
"- Todos chegam em Zootopia achando que podem ser o que quiserem, mas não podem. Só podem ser o que são: Raposa astuta, Coelha burra."
Judy consegue pegar um dos casos de desaparecimento e Nick é obrigado a ajudá-la nas investigações, o problema é que, como castigo por uma perseguição não autorizada por um roubo considerado fútil, ela tem apenas 48 horas para descobrir o que aconteceu e encontrar o desaparecido, caso contrário terá que se demitir e deixar a DPZ. Logo, a improvável dupla passa a correr contra o tempo atrás de pistas e informações para solucionar o caso do sumiço de um dos animais desaparecidos, ou Judy deverá desistir dos seus sonhos e voltar para a vida na fazenda.


A partir dessa premissa a história se desenvolve de forma muito crível tendo como base a investigação policial e elementos que fazem parte da vida cotidiana da nossa própria realidade onde os animais ganham uma roupagem "humanizada" numa cidade moderna e cheia de recursos.

Zootopia é dividida em vários distritos com elementos geográficos próprios, e assim como vemos uma grande metrópole muito bonita visualmente, com prédios e tecnologia (e até bastante publicidade espalhada em todos os cantos), também vemos os contrastes que o trânsito, a criminalidade e todo grande fluxo populacional, incluindo a migração do campo para a cidade grande, trazem, logo, com os acontecimentos que se desencadeiam enquanto Judy e Nick investigam o caso, podemos perceber que da mesma forma que a evolução contribuiu para que os bichos convivessem em harmonia num ambiente pacífico e favorável, também vemos que alguns problemas são responsáveis por desencadear conflitos que acabam afetando a vida de todos causando um verdadeiro retrocesso social.


E nesse cenário com tanta diversidade, vemos referências explícitas às etinias, às classes sociais, ao estilo de vida, a liberdade de expressão e até mesmo à orientação de gênero, e como o preconceito interfere nos direitos alheios. Esse preconceito é explorado desde sua forma mais sutil até as mais ofensivas, como por exemplo, o ato de chamar um coelho de fofo só ser bem aceito entre os próprios coelhos e se outra espécie os chamam assim é incômodo e inconveniente, ou até o ato de se afastar de alguém por ele ser de uma outra raça e usar roupas diferentes, como se isso o tornasse um "mau elemento" suspeito e perigoso. Zootopia é uma proposta inovadora e corajosa que serve como ferramenta para combater tais preconceitos, fazendo com que o público reflita sobre os problemas apresentados e talvez, quem sabe, crie novos conceitos. Até o público infantil não fica de fora, pois a mensagem é apresentada de forma quase didática, mostrando como nasce o preconceito e como ele cresce se apoiando em tradições culturais e biológicas que os indivíduos da sociedade cultivam há várias gerações.


Os personagens são expressivos e têm personalidades fortes e distintas, e o trabalho da dublagem original colabora bastante com isso pois além de voz eles ganham características únicas que lhes dão vida, mas obviamente o destaque fica com Judy. Mesmo que tenha crescido aprendendo com os pais que a complacência é a base da vida, ela também ouvia que o melhor a fazer é desistir dos seus sonhos, pois dessa forma não há risco de falhar. Mas ela arrisca, vai atrás do que quer com otimismo e não deixa nada nem ninguém impedí-la. No contexto e levando em consideração toda a problemática social que enfrentamos na atualidade, ela é a melhor personagem que pude acompanhar na história das animações. Seu sonho é seguir carreira numa área que a sociedade julga como destinada a homens e todos, inclusive seus pais, acreditam que ela é incapaz de conseguir atingir seus objetivos, tanto por ser pequena quanto por ser mulher. Que chances ela teria em meio a grandalhões bufantes e cheios de músculos? Judy quebra estereótipos femininos enfrentando esses preconceitos de cabeça erguida, cheia de coragem, bom senso e muita determinação.
Ela é praticamente o oposto de Nick, que leva a vida na malandragem tirando proveito de todos, e só consegue enxergar o pior lado das coisas em qualquer situação.

O cenário é aberto, ensolarado, colorido e cheio de vida, temos vislumbres dos distritos ao redor do centro da cidade, mas nenhum aprofundamento na vida dos animais que vivem neles ou no funcionamento propriamente dito desses locais, já que o foco fica no mistério a ser solucionado e na crítica social.




Embora Zootopia tenha uma música tema que fala sobre se levantar e não desistir mesmo se falharmos - Try Everything, da Shakira (dessas que grudam na cabeça e ficamos cantarolando o dia inteiro) -, não se trata de uma animação musical em que os personagens se expressam cantando e dançando por aí. Pelo tema ser mais delicado, as partes mais engraçadas, apesar de não serem muitas, se concentram em piadinhas pontuais para servirem de alívio cômico em meio a tensão e isso funciona muito bem.
Vale ressaltar que, assim como praticamente todas as animações da Disney, Zootopia é cheio de easter eggs e referências bastante famosas, seja com relação a outros desenhos, como Frozen, Big Hero e etc, quanto ao clássico do cinema O Poderoso Chefão, ícones da música Pop e até ao seriado Breaking Bad.




Em suma, Zootopia superou minhas expectativas, não só pela diversão que proporciona, mas por apresentar temas como o racismo, o machismo e a intolerância, assim como as formas de se combatê-los, através de uma metáfora social inteligente e ousada.

I won't give up, no I won't give in
Till I reach the end
And then I'll start again
No I won't leave
I wanna try everything
I wanna try even though I could fail

Novidades de Junho - Darkside Books

8 de junho de 2016

O Menino que Desenhava Monstros - Keith Donohue
Um livro para fazer você fechar as cortinas e conferir se não há nada embaixo da cama antes de dormir. O Menino que Desenhava Monstros ganhará uma adaptação para os cinemas, dirigida por ninguém menos que James Wan, o diretor de Jogos Mortais e Invocação do Mal.
Jack Peter é um garoto de 10 anos com síndrome de Asperger que quase se afogou no mar três anos antes. Desde então, ele só sai de casa para ir ao médico. Jack está convencido de que há de monstros embaixo de sua cama e à espreita em cada canto. Certo dia, acaba agredindo a mãe sem querer, ao achar que ela era um dos monstros que habitavam seus sonhos. Ela, por sua vez, sente cada vez mais medo do filho e tenta buscar ajuda, mas o marido acha que é só uma fase e que isso tudo vai passar. Não demora muito até que o pai de Jack também comece a ver coisas estranhas. Uma aparição que surge onde quer que ele olhe. Sua esposa passa a ouvir sons que vêm do oceano e parecem forçar a entrada de sua casa. Enquanto as pessoas ao redor de Jack são assombradas pelo que acham que estão vendo, os monstros que Jack desenha em seu caderno começam a se tornar reais e podem estar relacionados a grandes tragédias que ocorreram na região. Padres são chamados, histórias são contadas, janelas batem. E os monstros parecem se aproximar cada vez mais. Na superfície, O Menino que Desenhava Monstros é uma história sobre pais fazendo o melhor para criar um filho com certo grau de autismo, mas é também uma história sobre fantasmas, monstros, mistérios e um passado ainda mais assustador. O romance de Keith Donohue é um thriller psicológico que mistura fantasia e realidade para surpreender o leitor do início ao fim ao evocar o clima das histórias de terror japonesas.

Em Algum Lugar nas Estrelas  - Clare Vanderpool
Em Algum Lugar nas Estrelas, da autora norte-americana Clare Vanderpool, é um romance intenso sobre a difícil arte de crescer em um mundo que nem sempre parece satisfeito com a nossa presença. Pelo menos é desse jeito que as coisas têm acontecido para Jack Baker. A Segunda Guerra Mundial estava no fim, mas ele não tinha motivos para comemorar. Sua mãe morreu e seu pai... bem, seu pai nunca demonstrou se preocupar muito com o filho. Jack é então levado para um internato no Maine (o mesmo estado onde vivem Stephen King e boa parte de seus personagens). O colégio militar, o oceano que ele nunca tinha visto, a indiferença dos outros alunos: tudo aquilo faz Jack se sentir pequeno. Até ele conhecer o enigmático Early Auden. Early, um nome que poderia ser traduzido como precoce, é uma descrição muito adequada para um prodígio como ele, que decifra casas decimais do número Pi como se lesse uma odisseia. Mas, por trás de sua genialidade, há uma enorme dificuldade de se relacionar com o mundo e de lidar com seus sentimentos e com as pessoas ao seu redor. Quando chegam as festas de fim de ano, a escola fica vazia. Todos os alunos voltam para casa, para celebrar com suas famílias. Todos, menos Jack e Early. Os dois aproveitam a solidão involuntária e partem em uma jornada ao encontro do lendário Urso Apalache. Nessa grande aventura, vão encontrar piratas, seres fantásticos e até, quem sabe, uma maneira de trazer os mortos de volta – ainda que talvez do que Jack mais precise seja aprender a deixá-los em paz.

O Último Adeus - Cynthia Hand
“Desculpa, mãe, mas eu estava muito vazio.” – Tyler
A autora de fantasia que está encantando leitores com a força de sua escrita lança seu primeiro romance contemporâneo – uma trama comovente e impactante situada nos dias de hoje. Depois de sucessos internacionais como a saga Sobrenatural, Cynthia Hand demonstra todo o seu talento numa história sobre perda, culpa e superação. O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz. O divórcio dos seus pais, as provas para entrar na universidade, os gastos com seu carro velho. Ter que lidar com a rotina mergulhada numa apatia profunda é um desafio diário que ela não tem como evitar. E no meio desse vazio, Lex e sua mãe começam a sentir a presença do irmão. Fantasma, loucura ou apenas a saudade falando alto? Eis uma das grandes questões desse livro apaixonante. O Último Adeus é sobre o que vem depois da morte, quando todo mundo parece estar seguindo adiante com sua própria vida, menos você. Lex busca uma forma de lidar com seus sentimentos e tem apenas nós, leitores, como amigos e confidentes.


Novidades de Junho - Valentina

Sem Olhar para Trás - Lycia Barros
Alguns segundos depois, ainda amparada por Vicente, Agatha parou de tremer. Sentia-se mais forte quando o cheiro da pele dele penetrava suas narinas. Mas não poderia ser sempre assim. Chegaria o dia em que ela precisaria resolver sozinha aquela batalha particular. Colocar um fim na história. Quando se afastou de Vicente, enterneceu-se com o modo doce com que lhe beijou os lábios, para lhe passar segurança. Era exatamente disso que ela precisava naquele momento, de um pouco de ternura. Tendo tido um pai e um marido tão implacáveis, Vicente a fazia renovar a fé nos homens. Este é o foco da história de Agatha: é preciso força para recomeçar. As cicatrizes ficam, mas a força de reação é maior. Quando queremos mudar a situação à nossa volta, é preciso que essa mudança comece dentro de nós. Afinal, é lá que moram a fé e a coragem capazes de alterar o nosso destino para sempre.

O Livro das Ideias Brilhantes - E o que fazer para tê-las - The Brothers McLeod
Da famosa dupla inglesa, The Brothers McLeod, detentora do Prêmio BAFTA, um livro interativo recheado de atividades que estimularão a sua criatividade e despertarão a sua imaginação, desde desenhos de criaturas bizarras e nomes para invenções inovadoras até mapas de lugares imaginários e formas para você desenvolver os seus próprios super-heróis.
Uma coleção divertida e inspiradora de ideias brilhantes que proporcionarão horas de entretenimento a leitores dos oito aos oitenta.