Caixa de Correio #38 - Especial de Abril - Aniversário Triplo!

30 de abril de 2015

Hey, gentem! Hoje é dia de Caixa de Correio no blogdoce!! \o/
Esse mês de abril deve ter sido o mais corrido da minha vida. Marina, minha filhota mais velha, Theo e eu fazemos aniversário nesse mês só com uma semana de diferença entre cada ahahahaha!
 #Todoscomemoram!  
E mexendo com preparativos pras festinhas (das crianças, claro) mal tive tempo de respirar. Coisa que é até normal pra ser sincera, pra variar...

Mas indo ao que importa, bora ver o que chegou pra mim em abril?

Selva de Gafanhotos - Andrew Smith

29 de abril de 2015

Lido em: Abril de 2015
Título: Selva de Gafanhotos
Autor: Andrew Smith
Editora: Intrínseca
Gênero: Weird Fiction/Sci-Fi/Jovem adulto
Ano: 2015
Páginas: 352
Nota: ★★★★☆+16
Sinopse: Na pequena cidade de Ealing, Iowa, Austin e seu melhor amigo, Robby, libertam acidentalmente um exército incontrolável. São louva-a-deus de um metro e oitenta de altura, completamente tarados e famintos. Essa é a verdade. Essa é a história. É o fim do mundo e ninguém sabe o que fazer.
Com todos os elementos obrigatórios de um romance apocalíptico, Selva de Gafanhotos mistura insetos gigantes, um cientista louco, um fabuloso bunker subterrâneo, um mal resolvido triângulo amoroso-sexual e muita, muita confusão, e está longe de tratar apenas do fim do mundo.
Engraçado, intenso e complexo, o livro fala de um jeito inovador de adolescência, relacionamentos, amizade e, claro, de temas um tanto mais inusitados, como testículos dissolvidos e milho modificado geneticamente. Um romance surpreendente sobre a odisseia hormonal, amorosa e intelectual que é essa fase da vida.

Resenha: Selva de Gafanhotos, escrito pelo autor Andrew Smith e publicado no Brasil pela Intrínseca, conta a história de Austin Szerba, um garoto descendente de poloneses que vive na pacata (e fictícia) cidade de Ealing, Iowa com os pais e um irmão. Ele tem uma namorada, Shannon Collins, e um melhor amigo, Robby Brees, e gosta muito dos dois. Muito. Em todos os sentidos.
Austin e Robby estavam andando de skate pela Selva de Gafanhotos, apelido que deram pra rua da cidadezinha, mas tiveram seus pertences jogados no telhado do prédio do shopping local por um grupo de valentões que cismaram que os dois eram "boiolas". A noite os garotos decidem ir buscar as coisas mas resolvem bisbilhotar a loja do pai de Shann e acabam descobrindo coisas pavorosas: Globos com gosmas brilhantes, feto de duas cabeças, partes do corpo flutuando em algum líquido suspeito e coisas horripilantes e medonhas do tipo. Eles ficam assustados e fogem, mas conseguem testemunhar um ladrão roubando um dos globos misteriosos, que, ao cair por acidente, se mistura com sangue humano e este é o momento exato de quando começa o fim do mundo...

O estilo do livro remete ao estranho. Falando de forma superficial, Weird Fiction é um sub-gênero da Ficção que aborda elementos sobrenaturais mas ainda assim não se enquadra em histórias tradicionais de fantasmas ou vampiros, por exemplo. É algo voltado para lado sombrio e mais inquietante das histórias por mesclar terror, fantasia e ficção científica, levantando questões que muitas vezes as pessoas não entendem.

Pensar num livro absurdo e impossível ficou fácil após ler Selva de Gafanhotos. Acho que ninguém nunca irá encontrar tantas coisas estranhas e juntas num único livro como neste. É um livro que fala de tudo. TU-DO. Não há rodeios sobre assuntos. Desde um garoto entediado com a vida, seu irmão que teve as bolas explodidas por uma bomba no Afeganistão, homossexualidade, famílias que tiveram que mudar o sobrenome por causa da imigração, caras que sentem tesão matando alienígenas em video games, até o fim do mundo causado por uma invasão de insetos gigantes comedores de gente e loucos pra trepar.

Selva de Gafanhotos me tirou completamente da minha zona de conforto. Eu nunca li nada parecido antes e me surpreendi com a ousadia do autor, principalmente ao ler os agradecimentos ao fim do livro onde ele fala que quando escreveu o livro era pra fugir dos romances comerciais e que só queria ser livre para escrever o que quisesse, mesmo que ninguém fosse ler. Admirei o cara por isso, mesmo que ao longo do livro a impressão de que o autor só poderia ter escrito isso num estado de torpor sem fim é inquestionável. O livro é uma brisa, parece coisa de maluco e fiquei me perguntando diversas vezes de onde surgiu tanta ideia absurda pra colocar no papel. Mas, ao fim da leitura, parei pra analisar um pouco mais a fundo, e percebi que a ideia do livro, por mais esquisita que seja, é genial. E, pra mim, o autor mostrou que, fugindo de clichês e enredos nada originais, é possível conquistar leitores desde que eles tenham a mente aberta.

O livro é dividido em quatro partes e mostra gradualmente os acontecimentos que fizeram com que o fim do mundo acontecesse, desde a apresentação da cidade, o momento em que alguns habitantes que sobreviveram - incluindo Austin, Shann e Robby - se refugiam num silo chamado Éden enquanto descobrem como os bichos surgiram, até a invasão dos soldados irrefreáveis, vulgos insetos.

A capa verde florescente tem o título em alto relevo, é simples mas muito bacana pois faz referência ao experimento genético envolvendo esperma e milho, que resultou em algo brilhante, mas mortal: o Milho Irrefreável. A lateral das páginas é amarela (lembrando o milho, talvez) e é um detalhe que só colabora para a parte visual do livro. Os capítulos, em sua grande maioria, são curtos. Cada parte trás uma pata serrilhada de louva-a-deus antes do capítulo inicial e num geral gostei bastante dessa diagramação. A revisão está impecável. Posso dizer, para os entendedores, que o trabalho gráfico está um verdadeiro dínamo.

O que mais curti na história foi o fato de Austin fazer questão de usar a História para mostrar que os erros do passado podem servir de exemplo pra não se fazer merda no futuro, além de estar numa fase em que está se descobrindo no que diz respeito a sua orientação sexual. Só fiquei com pena por ele estar nessa fase confusa em pleno fim do mundo e ter que lidar com suas frustrações ao mesmo tempo em que observa gafanhotos de 1,80m de altura, comedores de gente, tarados e irrefreáveis a solta nas ruas. Sua sexualidade ainda o deixa cheio de dúvidas e ter uma namorada, mas, gostar e se sentir atraído pelo melhor amigo, que é gay, mostra o que quero dizer. Acho que o autor inovou ao colocar essa situação sendo que o protagonista é um garoto. É comum, e geralmente mais "aceitável", que garotas se sintam atraídas por suas amigas até descobrirem qual é o lance. Mas nunca tinha lido nada quando é um garoto que passa por isso. É um "triângulo" amoroso nada convencional e, por ser diferente, me agradou, sim.

Os garotos falam palavrão e também se mostram muitas vezes despreocupados e indiferentes com a gravidade da situação em que se encontram. O que tem demais num gafanhoto gigante devorando algum transeunte no meio da rua? Nada, claro. Coisas do cotidiano...
O negócio é que, talvez por essa descoberta e obsessão que Austin começou a ter por sexo (e por um mènage consentido entre ele, Shann e Robby), o garoto vive cheio de muito tesão. Tudo é motivo pra ele ficar excitado, desde pensar em trepar com a namorada, pensar nos lábios do amigo enquanto ele fuma, ou... ver uma bituca de cigarro jogada na sarjeta! Essa coisa insistente com tesão, sexo, pau duro e afins é, no mínimo, doentia. Mas foi engraçada, confesso.

Minha única ressalva é a respeito da narrativa. É feita em primeira pessoa com Austin nos mostrando seu ponto de vista "histórico" para o apocalipse e esses seus eternos conflitos pessoais e sexuais. E por ele ser um sujeito muito detalhista, muitas vezes o que já foi explicado se repete por tantas vezes que é impossível contar. Me perdi e achei que isso atrapalhou muito. Não sei se isso faz parte do estilo da narrativa, não sei se faz parte da característica perfeccionista e detalhista de Austin querer repetir tudo um milhão de vezes pra fixar a informação nas nossas cabeças, mas achei muito desgastante esse excesso de repetição de informações. Já sabia desde o começo que os insetos são louva-a-deus de 1,80m com patas serrilhadas, famintos e que só querem uma coisa. E sempre se referir a eles usando essa mesma descrição foi um porre, fora outras informações e descrições. Acho que se não fosse por isso o livro seria reduzido pela metade na questão das páginas e o enredo seria muito menos cansativo.

Tudo acontece ao mesmo tempo, e vários fatos que ocorreram no passado da família de Austin, ou de quem ele queira fazer uma observação qualquer, também vêm à tona. Às vezes sentia que o assunto da vez era desviado com alguma lembrança ou informação sobre um personagem que apareceu de repente pra que ele fosse apresentado e devidamente identificado, e, até voltar ao que estava sendo contado antes, já tinha me esquecido do que estava sendo falado primeiro e tinha que voltar pra reler e lembrar.

No final das contas, Selva de Gafanhotos é um puta livro que pode ser definido como único, divertido e grotesco. E talvez por isso tenha tomado uma liberdade um pouco maior pra usar certos tipos de palavras nessa resenha. E adianto que não é o tipo de livro que qualquer um vá gostar justamente pelos temas absurdos, sexuais e violentos que aparecem, e também pelo estilo bizarro da narrativa.
Recomendo? Sim. Mas sabendo que existem capítulos com títulos como "Caiu sangue no seu presunto", "Gente burra nunca deveria ler livros", "Um chuveiro muito calmante", ou "Nunca procure sorvete em um freezer de esperma", leia por sua conta e risco, ciente que se trata de um estilo único que foge totalmente do comum e que com certeza vai sacudir seus miolos...
"O lema do policial Denny Drayton estava tatuado em fonte Old English, formando um semicírculo igual a um sol nascente acima de seu umbigo branco e sem pelos.
Foda-se essa merda. Eu tenho uma arma, filho da puta."
- Pág. 245
"A história mostra que, enquanto houver seres humanos neste planeta, quando você coloca dois deles juntos, antes que você perceba, eles começam a criar regras."
- Pág. 288

Novidades de Abril - Verus

28 de abril de 2015

No mundo da Luna - Carina Rissi
A vida de Luna está uma bagunça! O namorado a traiu com a vizinha, seu carro passa mais tempo na oficina do que com ela e seu chefe vive trocando seu nome.
Recém-formada em jornalismo, ela trabalha como recepcionista na renomada Fatos&Furos. Mas, em tempos de internet e notícias instantâneas, a revista enfrenta problemas e o quadro de jornalistas diminuiu drasticamente. É assim que a coluna do horóscopo semanal cai no colo dela. Embora não tenha a menor ideia de como fazer um mapa astral e não acredite em nenhum tipo de magia, Luna aceita o desafio sem pestanejar. Afinal, quão complicado pode ser criar um texto em que ninguém presta atenção?
Mas a garota nem desconfia dos perigos que a aguardam e, entre muitas confusões, surge uma indesejada, porém irresistível paixão que vai abalar o seu mundo. O romance perfeito — não fosse com o homem errado. Sem saída, Luna terá que lutar com todas as forças contra a magia mais poderosa de todas, que até então ela desconhecia: o amor.
Com seu estilo ágil e fluido, Carina Rissi criou em No mundo da Luna uma leitura viciante, permeada de humor, magia e paixão, que vai conquistar você do início ao fim.

Que tal esta noite? - Pense Rápido #1 - Bridie Clark
Esta noite vai acontecer a melhor festa do ano, a Sonho de uma Noite de Inverno, nos bosques gelados nos arredores da Academia Kings, a escola de elite onde você foi admitida com uma bolsa de estudos. Suas amigas também vão, e vocês precisam estar impecáveis! Mas o que você vai fazer com a sua paixão secreta pelo namorado da sua melhor amiga? E quando o seu melhor amigo se declara para você, que atitude tomar?
Nesta história cheia de festas, amizades e glamour, você é a personagem principal e deve decidir que caminho seguir. Você prefere ser uma baladeira e se divertir com suas amigas sem pensar nas consequências, ou a estudante responsável que tira as melhores notas e garante um futuro brilhante?
Escolhas devem ser feitas rapidamente, e você terá de decidir que riscos correr para conseguir status social, aventuras, sucesso e amor.

A curiosidade - Stephen P. Kiernan
A cientista Kate Philo e sua equipe em um projeto revolucionário de criogenia fazem uma descoberta impressionante no Ártico: o corpo de um homem enterrado no gelo. O ambicioso chefe do projeto ordena que o homem seja levado para o laboratório, em Boston, e reanimado — o que é feito com sucesso. À medida que o homem começa a recuperar a memória, a equipe descobre que ele foi — ou melhor, é — Jeremiah Rice, um juiz, e a última coisa de que ele se lembra é a queda no oceano Ártico em 1906.
Unidos por circunstâncias além de seu controle, Kate e Jeremiah se tornam próximos. Mas o tempo está passando, e Jeremiah percebe que sua vida está mais uma vez em risco. Muito em breve Kate deverá decidir até onde está disposta a ir para proteger o homem que aprendeu a amar.
A curiosidade é um thriller emocionante, comovente e original que levanta questões perturbadoras sobre a natureza da vida e da humanidade.

Clube da Liga #3 - Pequenas Grandes Mentiras - Liane Moriarty

27 de abril de 2015

Lido em: Abril de 2015
Título: Pequenas Grandes Mentiras
Autora: Liane Moriarty
Editora: Intrínseca
Gênero: Romance/Drama
Ano: 2015
Páginas: 400
Nota: ★★★★★
Sinopse: Com muita bebida e pouca comida, o encontro de pais dos alunos da Escola Pirriwee tem tudo para dar errado. Fantasiados de Audrey Hepburn e Elvis, os adultos começam a discutir já no portão de entrada, e, da varanda onde um pequeno grupo se juntou, alguém cai e morre.
Quem morreu? Foi acidente? Se foi homicídio, quem matou?
Pequenas grandes mentiras conta a história de três mulheres, cada uma delas diante de uma encruzilhada.
Madeline é forte e decidida. No segundo casamento, está muito chateada porque a filha do primeiro relacionamento quer morar com o pai e a jovem madrasta. Não bastasse isso, Skye, a filha do ex-marido com a nova mulher, está matriculada no mesmo jardim de infância da caçula de Madeline.
Celeste, mãe dos gêmeos Max e Josh, é uma mulher invejável. É magra, rica e bonita, e seu casamento com Perry parece perfeito demais para ser verdade.
Celeste e Madeleine ficam amigas de Jane, a jovem mãe solteira que se mudou para a cidade com o filho, Ziggy, fruto de uma noite malsucedida.
Quando Ziggy é acusado de bullying, as opiniões dos pais se dividem. As tensões nos pequenos grupos de mães vão aumentando até o fatídico dia em que alguém cai da varanda da escola e morre. Pais e professores têm impressões frequentemente contraditórias e a verdade fica difícil de ser alcançada.
Ao colocar em cena ex-maridos e segundas esposas, mãe e filhas, violência e escândalos familiares, Liane Moriarty escreveu um livro viciante, inteligente e bem-humorado, com observações perspicazes sobre a natureza humana.

Resenha: Pequenas Grandes Mentiras, escrito pela autora Liane Moriarty e publicado no Brasil pela Editora Intrínseca foi o livro do mês de abril do Clube de Leitura da Liga.
O livro conta a história de Madeline, Celeste e Jane, três mulheres que têm suas vidas entrelaçadas, cada uma com personalidade distinta e questões familiares complexas a serem resolvidas. E enquanto as protagonistas intercalam a narrativa contando o que se passa com cada uma delas, desde o princípio o leitor se depara com um mistério que move a trama até o fim: Durante a noite do Concurso de Perguntas, um encontro de pais de alunos da Escola Pública de Pirriwee para angariar fundos para a escola, alguém morreu. E não se sabe quem foi, nem quem matou.
E enquanto o mistério perdura ao longo da história, vamos conhecendo a fundo as particularidades de cada protagonista. Madeline é uma mulher de quarenta anos muito pé no chão e bem humorada. É casada com Nathan, com quem tem dois filhos, Fred e Chloe, mas parece não aceitar e nem estar sabendo lidar com a situação em que se encontra: Sua filha de quatorze anos, do primeiro casamento com Ed, Abigail, quer ir morar com o pai. Ed está casado com Bonnie, e tiveram Skye. Chloe e Skye estudam juntas no jardim de infância e isso é motivo para deixar Madeline muito desconsertada. Aliás, todos os filhos mais novos dos protagonistas tem isso em comum, todos estão no mesmo jardim de infância.

Celeste é casada com Perry e, aos olhos da sociedade, eles têm uma vida invejável. São pais dos gêmeos Max e Josh e a família parece ser simplesmente perfeita.
Jane é mãe solteira e se mudou para a cidade com seu filho, Ziggy, há pouco tempo. Logo Madeline e Celeste ficam amigas de Jane e alguns de seus segredos mais íntimos começam a ser compartilhados entre elas.
Até que Ziggy é acusado de cometer bullying com uma das crianças da escola causando um enorme alvoroço entre os pais, que cobram uma atitude drástica da escola, mas as coisas não parecem ser o que realmente são... E diante de contradições e muita confusão, o leitor adentra a trama e conhece o que cada família vivencia e guardava para si, até então...

O livro tendo sido lido em grupo, compartilhamos pensamentos bastante parecidos sobre os comportamentos das personagens e como identificamos ou entendemos seus motivos para tomarem certos tipos de atitudes. Conhecemos nossos filhos a ponto de confiar neles plenamente? Sabemos mesmo quando estão mentindo ou quando estão dizendo a verdade? Até onde os pais têm autoridade para lidar com filhos que defendem seus ideais, por mais absurdos que sejam? O relacionamento dos pais com os filhos podem e devem ser baseados em quê?

Madeline foi uma personagem com a qual me identifiquei bastante em alguns pontos. Ela é decidida naquilo que quer e é muito engraçada, mas senti que ainda guarda muito ressentimento pelo fato de seu relacionamento com Nathan não ter dado certo, mas o dele com Bonnie sim. Isso me fez pensar que ela estava sendo bastante egoísta e até amargurada.
Jane é mais misteriosa sobre a paternidade de Ziggy e como ela lida com isso, mas, através dela, o leitor sabe um pouco mais sobre como alguém pode ficar marcada devido a um acontecimento trágico cujas consequências serão levadas para o resto da vida, mas ainda assim ter forças pra seguir em frente.
Não me identifiquei muito com Celeste por ela ser mais passiva, mas por ela é possível entender um pouco mais sobre viver de aparências...

Pequenas Grandes Mentiras é um livro cuja narrativa é lenta até certa parte, no início parece ser confusa por mesclar passado com presente junto com muitos personagens que aparecem sem uma apresentação prévia, mas é viciante quando os problemas reais começam a vir a tona. Me lembrou o livro Morte Súbita, de J.K. Rowling. A escrita da autora é ótima e bastante detalhada, a história é inteligente e ela consegue entrelaçar os dilemas de cada personagens de forma a fazer com que todos tenham uma ligação, por mais que a primeira vista isso não fique óbvio. Tudo é entregue ao leitor no momento certo e admiro demais essa habilidade numa narrativa. Os personagens são muito bem construídos, tem suas qualidades mas também possuem seus defeitos, mostrando que as pessoas nunca são perfeitas.
O mais interessante é que o mesmo evento pode ser visto por perspectivas diferentes, mostrando o lado de cada um. Assim, os capítulos vem em forma de contagem regressiva até a noite do Concurso para que, enfim, o leitor possa saber, após roer todas as unhas, o desfecho dessa história surpreendente.

Durante a leitura tentava bolar algumas teorias sobre a vítima, mas não chegava a lugar nenhum. Muitos personagens me enganaram, mas outros, talvez por instinto feminino e materno, ganharam minha confiança logo de cara. Posso afirmar que tive meus acertos, mas também tive alguns erros...
Pra mim, o mistério acerca da morte só serviu como desculpa para que temas muito polêmicos como bullying, violência doméstica, assédio moral, traição, falta de amor próprio e afins pudessem ser abordados, mas mesmo sendo temas complexos, a autora soube dosar com bastante bom humor vindos de certas situações e personagens para que a história não se torne pesada. Achei que todas as situações foram tratadas com bastante realidade, principalmente na questão de como a sociedade é hipócrita em preferir fazer julgamentos sem antes se preocupar em conhecer a verdade, apenas baseando em achismos.

Pequenas Grandes Mentiras é o tipo de história que me fez levantar muitas perguntas. Me fez pensar, bolar teorias e questionar a verdadeira índole dos personagens presentes na trama além de refletir sobre todos os problemas que eles enfrentam e que não se prendem apenas na ficção. Uma das melhores leituras do ano e indico para quem gosta de dramas bem construídos e que coloca o leitor para refletir sobre a própria vida.


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Regras:
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- Não nos responsabilizamos por danos, eventual extravio ou problemas com os Correios, nem por um segundo envio em caso de devolução por erro nos dados informados ou impossibilidade na entrega.

Boa sorte!
O "Clube do Livro da Liga" é formado por amigos que resolveram arriscar uma leitura coletiva e se surpreenderam com a interação que foi proporcionada. Temos muitos gostos e ideias em comum, além de muitas discussões e risadas. Ninguém nunca irá nos entender, ainda bem.
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