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Duas Vezes Estranha - Rob Reger

18 de dezembro de 2014

Lido em: Dezembro de 2014
Título: Duas Vezes Estranha - Emily the Strange #2
Autor: Rob Reger
Editora: Galera Record
Gênero: Juvenil
Ano: 2014
Páginas: 352
Nota: ★★★★★
Sinopse: Emily the Strange: 13 anos. Capaz de ler seus pensamentos, se assim desejar. É mais provável que esteja cochilando ao lado de seus quatro gatos pretos; ou cuidando de seu jardim de ervas estranhas. Ou aprontando pegadinhas cruéis nos vizinhos; ou visitando seus ancestrais mortos, com a ajuda de um aparelho feito de palitos de picolé e cordas de guitarra. Após um pequeno incidente com um aparelho de duplicação que ela mesma inventou, surge uma segunda Emily! A princípio, ela parece legal, mas não demora até Emily perceber que seu clone não é a melhor das pessoas...

Emily é...
1. Uma cientista louca
2. Apaixonada por gatos
3. Pintora de Murais
4. Criadora de golens
5. Uma guitarrista virtuosa-conculsiva
6. Skatista irada
7. Perseguidora de sarna pra se coçar
8. Adestradora de assombrações
9. Solucionadora de mistérios
10. Especialista em trote
11. Uma procrastinadora extrema
12. Solitária feliz
13. Um ser único
...e agora há duas dela.

Resenha: Duas Vezes Estranha, escrito por Rob Reger e lançado pela Galera Record no Brasil é o segundo livro da quadrilogia Emily the Strange e dá continuidade aos acontecimentos do livro Os Dias Perdidos. As histórias são independentes, com o ciclo fechado, mas pela segunda ter informações que envolvem acontecimentos do primeiro livro, seria bacana ler na ordem para se familiarizar com personagens e a própria Emily com sua personalidade peculiar.

Assim como o primeiro livro, Duas Vezes Estranha também é em forma de diário e Emily, não muito animada, já começa contando sobre a mudança (mais uma) da cidade de Blandindulle para Silifordville e como faz de tudo para fugir da árdua tarefa de encaixotar suas coisas. Assim, cria listas enumeradas, sempre com 13 itens, enquanto mede seu nível de procrastinação, que só aumenta.
Como Pegadinha Master de despedida, Emily, como a grande cientista que é, decide terminar de construir sua máquina de duplicação pois queria duplicar cada morador de Blandindulle e causar o caos enquanto senta e ri da cara dos infelizes, mas seus planos dão errado e ela vai embora sem pregar peças em ninguém. E assim, Emily, Patti (sua mãe), Raven (a golem que Emily construiu que obedece todas as suas ordens), os gatos (NeeChee, Mistery, Miles e Sabbath) e o jarro com a falecida Tiavó Millie chegam em Silifordville e logo encontram uma casa bastante espaçosa para se acomodarem. Emily sai pra explorar a vizinhança mas sua prioridade maior é fazer o duplicador funcionar. Com a ideia de usar pedra preta líquida (relíquia que Emily trouxe da cidade de Blackrock) para a duplicação ser bem sucedida, Emily faz vários testes e obtém resultados satisfatórios, mas um acidente com o espelho resulta em algo que ela não esperava... Ao se levantar, Emily se depara com outra Emily! A princípio sua Outra Eu parece ser tudo o que lhe faltava na vida. Inteligência, fofurice, talento, perspicácia, sarcasticidade, tudo em dobro! Mas a medida que a Outra Eu acredita que ela é a Emily verdadeira, as coisas começam a sair um pouco fora de controle... E Emily vê em seu clone alguém bem diferente do que deveria ser e que as pessoas ainda correm perigo na cidade...

Pelo livro ser em forma de diário, a narrativa é feita em primeira pessoa, e além de acompanharmos a rotina de Emily na cidade nova, vemos sua "regressão", se tornando uma garotinha emotiva, insegura, com problemas de autoestima e que não para de enfiar o dedo no nariz enquanto a Outra Eu começa a tomar conta de tudo, cheia de poder. E porque isso está acontecendo? Acompanhando o diário de Emily pelo seu próprio ponto de vista, a história vai se desenrolando enquanto ela tenta de todas as formas se livrar de Maligna. Ela só não podia matá-la, pois assassinato é proibido em sua casa. São regras. Hahaha.

Obviamente a história não tem nada de realista, afinal, onde já se viu uma garota de 13 anos inventar duplicadores construídos com coisas do lixo, ou aparelhos que traduzem a língua dos gatos para a nossa pra que ela possa conversar com eles, construir um golem que lhe serve entre outras maluquices? Mas a forma como é contada, cheia de humor e com bastante ironia é uma leitura bastante agradável e divertida. O universo alternativo de Emily, por mais estranho que seja, é simplesmente encantador. ♥

Vi muito de mim em Emily e talvez seja por isso que eu seja sua fã, pois é uma personagem que por mais que se meta em situações malucas e faça coisas impossíveis, tem personalidade forte e ainda ama gatos! O final é um pouco previsível, só não imaginava a forma que seria conduzido e por mais mirabolante que seja, é bem interessante.

O livro é um hardcover, tanto a jacket quanto a capa são lindas demais e mantem o estilo do primeiro, com um ar misterioso, gótico mas bem fofo. A diagramação é perfeita, com ilustrações, fotos e lembranças de Emily espalhadas, as folhas são brancas em papel couché 115gr e minha única ressalva é que o segundo livro demorou eras pra ser lançado aqui e ainda ficou um pouco maior do que o primeiro com relação a altura, e a diferença é notável quando postos lado a lado.

Pra quem quer acompanhar as aventuras de uma garotinha muito estranha, mas super cativante e fofa, Emily the Strange é uma ótima pedida!

Os Dias Perdidos - Rob Reger

25 de janeiro de 2012

Lido em: Janeiro de 2012
Título: Os Dias Perdidos - Emily the Strange #1
Autor: Rob Reger
Editora: Galera Record
Gênero: Juvenil
Ano: 2011
Páginas: 274
Nota: ★★★★★
Sinopse: Emily the Strange: 13 anos. Poderia pular de prédios muito altos, se estivesse a fim. É mais provável que esteja cochilando ao lado de seus quatro gatos pretos; ou montando rapidamente um acelerador de partículas com fios de algodão, lentilhas e alfinetes de segurança; ou tocando bateria/guitarra/saxofone/cítara; ou pintando um mural furioso no esgoto; ou forçando alguém a dizer “três tigres tristes” treze vezes e bem rápido... Para poder apontar na cara desse alguém e rir.

13 coisas que você vai encontrar no primeiro livro de Emily:
1. Mistério
2. Um belo golem
3. Um estilingue
4. Quatro gatos pretos
5. Amnésia
6. Pôquer calamidade
7. Pôneis zangados
8. Um bedel misterioso
9. Listas dos 13 +
10. Um gerador de tempestade de areia
11. Doppelgängers
12. Uma missão secreta
13. Lacraia

Resenha: Emily the Strange é marca registrada e criação de Rob Reger para a Cosmic Debris Etc.,Inc. Se tornou uma franquia com um catálogo de vendas de produtos incluindo artigos de papelaria, roupas e acessórios de moda. Virou jogo e ao que tudo indica terá uma adaptação cinematográfica futuramente.
Os Dias Perdidos é o primeiro livro de uma quadrilogia, e foi publicado no Brasil pela Galera Record.

O livro nada mais é do que o próprio diário de Emily, ou "Lacraia"como ela se autodenomida para os outros, onde ela conta a história que começa quando acordou na minúscula cidade de Blackrock, sem se lembrar de nada do que aconteceu no passado, sem saber quem é, onde está ou pra onde vai e passa a escrever, na maioria das vezes de forma enumerada e muito engraçada, desenhar e "pregar" fotos de tudo o que acontece e apronta durante o tempo que fica desmemoriada.
Por se tratar de um diário, o livro é todo ilustrado e cheio de observações hilárias de Emily, que toma nota de tudo que vivencia em sua estadia na cidade caindo aos pedaços.
De início ela resolve morar numa caixa de geladeira atrás do "El Dungeon", um café copo sujo frequentado por gente mui estranha e aparentemente administrado por Raven, a única funcionária do lugar. Emily (que não se lembra que chama Emily), se apresenta como Lacraia e passa a ajudar no café em troca de comida, e aproveitando a oportunidade de poder bisbilhotar e estudar os frequentadores a fim de descobrir alguma pista do que lhe aconteceu.
Capa interna
A partir daí, mesmo que Emily desconfie que há alguma coisa de estranho em Raven, as duas se tornam amigas. Emily faz amizade com os 4 gatos pretos do beco e se tornam inseparáveis, sempre enumera as coisas em forma de lista que tem exatos 13 itens, e a medida que ela investiga e toma nota de tudo o que acontece com intuito de descobrir o que está fazendo alí e por que não se lembra de nada, a história vai se desenrolando de forma super cativante e engraçada, com personagens malucos que fazem muita diferença na vida dela.

Emily é super fofa, muito sarcástica e nada lhe passa despercebido. O tema se remete a um público mais infantil, mas acredito que vá agradar leitores de todas as idades que procuram por uma leitura que flui bem e entretém.
O formato hardcover do livro é de encher os olhos, as páginas são em papel couché de uma gramatura baixa que lembra uma revista, e a diagramação com detalhes e ilustrações em preto e vermelho dão todo o toque gótico da querida Emily. Super recomendo e já está nos meus favoritos, tanto pela história super divertida e cativante quanto pelo trabalho gráfico riquíssimo que foi dado a obra.

Quadrilogia:
Os Dias Perdidos (lançamento em 2011)
Duas Vezes Estranha (lançamento em 2014)
Dark Times (sem previsão)
Piece of Mind (sem previsão)