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Wishlist #97 - Funko Pop - Onward

18 de março de 2021

Meudeus, como assim depois de ter assistido e super curtido Dois Irmãos eu esqueci de fazer a wishlist de pops deles? Mas antes tarde do que nunca. Pra quem quer saber minha opinião sobre essa animação da Disney que fala sobre a jornada de dois irmãos órfãos em busca de um último encontro com o pai, clica aqui. E pra quem quiser ver quais foram os pops que a Funko lançou, espie abaixo:


Não acho que vou completar todo o set dessa coleção. Acho que só o Ian e o Barley já estão bons, e talvez o pai. Os outros já não me chamaram muito a atenção e vão ficar de fora.

Na Telinha - Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica

18 de abril de 2020

Título: Dois Irmãos - Uma Jornada Fantástica (Onward)
Elenco: Tom Holland, Chris Pratt, Julia Louis-Dreyfus, Cctavia Spencer
Gênero: Fantasia/Animação
Ano: 2020
Duração: 1h 42min
Classificação: Livre
Nota:★★★★☆
Sinopse: No enredo de Dois Irmãos - Uma Jornada Fantástica, em um local onde as coisas fantásticas parecem ficar cada vez mais distantes de tudo, dois irmãos elfos adolescentes embarcam em uma extraordinária jornada para tentar redescobrir a magia do mundo ao seu redor.

No passado, a magia fazia parte da vida de seres fantásticos como elfos, unicórnios, magos, sátiros, centauros, fadas, ciclopes, sereias e afins, que coexistiam em plena harmonia. Quem tinha o dom, usava a magia para ajudar o próximo e resolver vários problemas, porém, pelo esforço que era exigido e por ser um dom para poucos, algumas criaturas não conseguiam fazer os feitiços direito e passaram a buscar alternativas para facilitar o cotidiano. A eletricidade, então, foi descoberta, e, a partir dela, as novas tecnologias também. Pra que se esforçar com a magia para criar fogo, se uma lâmpada ilumina um ambiente? Pra que fazer uma fogueira pra cozinhar, se é possível usar um fogão? Pra que uma espécie vai se cansar usando as próprias asas pra voar, se existe o avião? E a partir daí, com o passar dos anos, a sociedade evoluiu, e a magia ficou esquecida no passado.



Conhecemos, então, Barley e Ian Lightfoot, dois irmãos adolescentes que moram com a mãe em New Mushroomton, e são bem diferentes entre si. Enquanto Barley, o mais velho, é mais descolado e interessado em saber tudo sobre a magia do passado, Ian é tímido e reservado, e cresceu bastante sentido pela ausência do pai que ele nunca conheceu, já que ele morreu pouco antes dele nascer. Agora, em seu aniversário de dezesseis anos, Ian recebe um cajado misterioso deixado pelo pai para que só fosse entregue a ele e ao irmão nessa data, com instruções sobre um feitiço poderoso que o traria de volta por um dia inteiro, por uma única vez. Quando Ian tenta conjurar o feitiço, as coisas não saem conforme planejado, e só a metade do pai é trazida de volta. Agora, Ian e Barley partem numa aventura, em companhia das pernas do pai e de Guinevere, (nome da van temperamental de Barley) em busca de uma outra joia mágica para refazerem o feitiço e trazer o resto do corpo de volta. Mas o tempo está passando, e as chances deles verem o pai pela última vez está chegando ao fim...



A Disney/Pixar sempre acerta nos temas escolhidos para as suas animações, assim como a ambientação das mesmas, e com Dois Irmãos, apesar do impacto não ser do tipo inesquecível como alguns longas que o antecederam, não é diferente. O visual da animação, como sempre, é de encher os olhos, e se repararmos bem, até as características físicas dos personagens lembram bem seus dubladores originais (Tom Holland e Chris Pratt), que fizeram um trabalho de voz incrível. Tudo é muito colorido e iluminado, reforçando ainda mais o conceito de fantasia. A forma de conjurar os feitiços lembra um tanto o universo de Harry Potter, e talvez esse ponto poderia ser um tantinho diferente pra não deixar aquela impressão de que já vimos algo parecido em outro lugar...

Ian é um garoto bem recluso que tem dificuldade em se socializar com os outros, logo ele não é nada popular entre os estudantes da escola onde estuda e é como se nem existisse direito. Ele sempre faz listas de pequenas coisas que ele quer fazer, incluindo ser igual ao pai que ele nunca teve oportunidade de conviver, mas acaba desistindo de tudo por se embaraçar em alguma situação, por vergonha, por medo de se arriscar, por não conseguir se impor, ou por se sentir incapaz, e a jornada com seu irmão acaba sendo um grande impulso para que ele consiga enxergar que ele precisava se libertar do que andava o "prendendo" nessa condição.



Barley já é o oposto. Ele é sempre muito otimista e faz o tipo engraçadão por seus exageros, dirigindo feito um maníaco chamando atenção pra si como se não tivesse muita noção das coisas e tudo mais, o que deixa Ian morto de vergonha, mas no fundo Barley tem sentimentos intensos e é bem mais inteligente e maduro do que aparenta. Assim, o alívio cômico acaba recaindo sobre as pernas ambulantes do pai, que, ao usar um complemento com roupas, acessórios e enchimentos para simular um corpo, acaba criando confusões hilárias e que realmente arranca algumas gargalhadas na gente, além de indiretamente, ser o motivo para que os filhos, juntos, se conheçam melhor e fortaleçam esse relacionamento cheio de desentendimentos, mas acima de tudo, fraternal.



Dessa forma, a animação não aborda somente a aventura vivida pelos personagens que estão em busca de alguma coisa grandiosa e importante. É na jornada que suas emoções, crenças, o resgate pela magia antiga, o amadurecimento e a autodescoberta sobre quem são e o quê, de fato, devem valorizar na vida, começam a ser exploradas mostrando que o relacionamento e a ligação entre os dois irmãos vão muito além do que eles imaginavam, e o desfecho acaba sendo muito bonito e carregado de emoção.

Onward, o título original em inglês, quer dizer "adiante", e a jornada de Ian e Barley, em meio a esse universo cheio de referências incríveis de RPG, deixa bem evidente que, apesar da falta que o pai faz e o que a ausência dele representa, é preciso seguir em frente e dar valor a quem sempre esteve e sempre estará ao seu lado, em vez de se prender ao passado.